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MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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        Programa de
        Conservação
          Auditiva

    	2013	
 

 




                           – PCA –
                                  
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                                         SUMARIO

01 DADOS DA EMPRESA

02 INTRODUÇÃO
 2.1 Apresentação
 2.2 Objetivo
2.3 Responsabilidades da Empresa
2.4 Responsabilidades do Empregado
 2.5 Documentos de Referência

03 MONITORAMENTO DO RISCO
 3.1 Objetivos
3.2 Risco e Conseqüência (informativo)
 3.3 Monitoramento dos Riscos

04 MEDIDAS DE CONTROLE
 4.1 Redução de Ruído na Fonte
 4.2 Redução de Ruído na Transmissão
 4.3 Isolamento de Pessoas
 4.4 Recomendações Específicas
 4.5 Proteção da Audição
 4.6 Educação
4.7 Avaliação Médica - Controle Médico

05 AUDITORIA
 5.1 Objetivo
 5.2 Periodicidade

06 POLUIÇÃO SONORA
6.1 Efeitos da Poluição Sonora no Sono e na Saúde Geral
 6.2 Avaliação do Ruído Ambiental
 6.3 Legislação Ambiental

07 CONSIDERAÇÕES
Anexo I: Avaliação de Ruído




                                             
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DADOS DA EMPRESA


EMPRESA:


ENDEREÇO:

C.N.P.J:


CNAE:        52.32-1


RAMO DE ATIVIDADE:

GRAU DE RISCO:          04


RELAÇÃO DE EMPREGADOS:




CONTRATO




INTRODUÇÃO

2.1 APRESENTAÇÃO

As exigências de caráter legais e normativas, em relação à segurança no trabalho, são
conhecidas pela empresa xxx, e a mesma procura atuar de acordo as normas de segurança.

A segurança e o bem estar dos funcionários são de fundamental importância para a
Companhia Portuária de Vila Velha, que procura diminuir perdas, acidentes e doenças do
trabalho. Toda movimentação executiva tem que ter embasamento prevencionistas, isto é,
nenhum trabalho pode ser feito sem segurança, onde todos recebem treinamentos e
orientações específicas para prevenção de acidentes.

A empresa xxxx, acompanha e monitora o nível de segurança no trabalho por meio de
indicadores mensais de acidentes no trabalho, que são analisados pela alta administração.


                                             
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Fornece equipamentos de proteção individual a seus colaboradores, fazendo toda a orientação
necessária e verificando a sua efetiva utilização nas atividades diárias.



2.2 OBJETIVO

O objetivo deste programa é assegurar a todos os trabalhadores proteção contra ruído, que
possam causar danos ao aparelho auditivo, procurando eliminar ou minimizar a exposição ao
ruído no local de trabalho. Este programa visa reduzir o ruído ambiental na área onde a
empresa se encontra, eliminando o ruído que possa afetar a vizinhança.

O PCA vem de uma integração entre o PPRA e o PCMSO como no esquema abaixo:




2.3 RESPONSABILIDADES DA EMPRESA

    a. Fornecer o protetor auricular, conveniente e apropriado, para proteger à saúde do
       trabalhador.
    b. Permitir ao empregado, que usa o protetor auricular, deixar a área de risco por
       qualquer motivo relacionado com seu uso:
       Falha do protetor auricular que altere a proteção proporcionada pelo mesmo;
       Grande desconforto devido ao uso do protetor ou grande aumento de ruído no local;

                                              
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         Mal estar sentido pelo usuário, tais como: dor de cabeça, zumbido no ouvido,
          dificuldade para se comunicar, e outros;
         Trocar componentes do protetor, sempre que necessário.

2.4 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO

    a. Usar o protetor auricular de acordo com as instruções e treinamentos recebidos.
    b. Guardar o protetor auricular, de modo conveniente para que não o danifique ou
       deforme.
    c. Comunicar aos profissionais de segurança do trabalho, qualquer alteração do seu
       estado de saúde quanto sua capacidade auditiva.
    d. Fazer higiene adequada dos protetores auriculares.


2.5 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

     Norma Regulamentadora - Portaria N. º 3.214/78.
     PPRA – Programa de Prevenção de Risco Ambiental.
     PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.
     Plano de Segurança do Trabalho.
     CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho.
    Obs: Este documento é parte integrante do PPRA e PCMSO da empresa.



MONITORAMENTO DE RISCOS

3.1 OBJETIVOS

    O objetivo é analisar, acompanhar e monitorar o nível de ruído do ambiente,
determinando:

        Agentes causadores;
        Limites de tolerância;
        Nível de exposição ao ruído;
        Nível de atenuação adequado.


3.2 RISCOS E CONSEQÜÊNCIAS (INFORMATIVO)

Ruído – O ruído seja contínuo ou intermitente além de causar desconforto e irritação
(estresse) deterioram o sistema auditivo, podendo chegar à surdez completa, sendo que
qualquer dano provocado é irreversível.



                                             
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3.3 MONITORAMENTO DOS RISCOS

As avaliações ambientais constam no caderno Laudo de Avaliações Ambientais de Ruído,
ANEXO I.

       Foram registrados os seguintes valores:

         Nº Ordem               Cargos avaliados            Lavg dB(A)

            01          Ajudante                             89,8db(A)

            02          Ajudante                             95,1db(A)

            03          Auxiliar                             83,2db(A)

            04          Auxiliar Administrativo III          66,02db(A)

            05          Eletricista                          64,6 db(A)

            06          Motorista                            82,8 db(A)

            07          Mecânico                             77,6 db(A)

            08          Operador de empilhadeira             80,5 db(A)

            09          Operador de empilhadeira             82,0 db(A)

            10          Operador de empilhadeira             89,7db(A)

            11          Operador de empilhadeira             72,9 db(A)

            12          Operador de guindaste                90,6 db(A)

            13          Operador de guindaste                67,3 db(A)

            14          Operador de guindaste                54,1 db(A)

            15          Operador de guindaste                87,5 db(A)

            16          Operador de retro escavadeira        89,6 db(A)

            17          Operador transporte de diesel        91,1 db(A)

            18          Preposto                             63,6db(A)

            19          Técnico de segurança do              69,6 db(A)
                        trabalho




                                             
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MEDIDAS DE CONTROLE




4.1 REDUÇÃO DE RUÍDO NA FONTE

Sugestões de Melhorias

       Manutenção em máquinas e equipamentos;
       Redução dos efeitos e força de impacto;
       Isolamentos entre superfície que vibram e dos dispositivos e máquinas que produzem
        as vibrações mecânicas que as exercitam;
       Redução da radiação do ruído através da alteração das características de ressonância
        de painéis, redução da amplitude das ressonâncias utilizando materiais amortecedores
        e/ou enrigecedores, ou mesmo pela redução das áreas das superfícies irradiantes;
       Modificação do processo de produção;
       Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos;
       Mudanças para técnicas menos ruidosa de operação.


4.2 REDUÇÃO DE RUÍDO NA TRANSMISSÃO

Sugestões de Melhorias

                                               
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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        Alteração das posições relativas entre o trabalhador e a fonte, no ambiente e posto de
         trabalho;
        Utilização das características de diretividade da fonte para obter uma orientação que
         ofereça alguma redução de ruído ao trabalhador;
        Barreira, silenciadores, enclausuramentos parciais ou completos podem reduzir a
         energia sonora;
        Alteração das características acústicas do ambiente de trabalho pela introdução de
         materiais absorventes;
        Assentamento com material anti-vibrante, isolamento do posto de trabalho do local de
         transmissão da vibração.



 4.3 ISOLAMENTO DE PESSOAS

 Sugestões de Melhorias

        Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades;
        Posicionamento remoto dos controles das máquinas;
        Enclausuramento do trabalhador em cabine tratada acusticamente;
        Reposicionamento do trabalhador em relação à fonte de ruído ou do caminho da
         transmissão durante as etapas da jornada de trabalho.


 4.4 – RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS




 O ISOLAMENTO ACÚSTICO refere-se a capacidade de certos materiais formarem uma
  barreira, impedindo que a onda sonora (ou ruído) passe de um recinto a outro, conforme
  fotos acima.

 Neste caso se deseja impedir que o ruído alcance o homem. Normalmente são utilizados
  materiais densos (pesados) como por ex: concreto, vidro, chumbo, etc.

 A ABSORÇÃO ACÚSTICA trata do fenômeno que minimiza a reflexão das ondas sonoras
  num mesmo ambiente. Ou seja, diminui ou elimina o nível de reverberação (que é uma
  variação do eco) num mesmo ambiente. Nestes casos se deseja, além de diminuir os níveis

                                                 
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    de pressão sonora do recinto, melhorar o nível de inteligibilidade. Contrariamente aos
    materiais de isolamento, estes são materiais leves (baixa densidade), fibrosos ou de poros
    abertos, como por ex: espumas poliéster de células abertas, fibras cerâmicas e de vidro,
    tecidos, carpetes e outros, conforme ilustrada acima.

Praticamente todos os materiais existentes no mercado isolam ou absorvem ondas sonoras,
embora com diferente eficácia. Aquele material que tem grande poder de isolamento acústico
quase não tem poder de absorção acústica e vice-versa. Alguns outros materiais têm baixo
poder de isolamento acústico e também baixo poder de absorção acústica (como plásticos
leves e impermeáveis), pois são de baixa densidade e não tem poros abertos. Espumas de
poliestireno (expandido ou extrudado) tem excelentes características de isolamento térmico,
porém não são recomendados em acústica. A cortiça (muito utilizada no passado) já não
apresenta os resultados acústicos desejados pelo consumidor da atualidade, e também
apresenta problemas de higiene e deterioração (é um produto orgânico que se deteriora muito
facilmente).

A indústria tem desenvolvido novos materiais com coeficientes de isolamento acústico e/ou
de absorção muito mais eficientes que os materiais até então considerados "acústicos". Desta
maneira tem sido possível se obter, mediante variações de sua composição, resultados
acústicos satisfatórios que atendam as necessidades do usuário.

Cada recinto, conforme sua utilização requer critérios bem definidos de Níveis de Pressão
Sonora e de reverberação para permitir o conforto acústico e/ou eliminar as condições nocivas
a saúde. Níveis de Pressão Sonora muito baixa podem tornar o recinto monótono e cansativo,
induzindo as pessoas às condições de inatividade e sonolência.

Normalmente um bom projeto acústico prevê o isolamento e a absorção acústica utilizadas
com critérios bem definidos, objetivando a melhor eficácia no resultado final. Para isto, deve-
se levar em consideração o desempenho acústico dos materiais a serem aplicados, sua fixação,
posição relativa a fonte de ruído e facilidade de manutenção, sem restringir a funcionalidade
do recinto.

A aplicação de um material acústico, fornecido ou utilizado sem critérios rígidos de projeto,
não significa a solução do problema.


Qual o melhor material acústico?

 Se o problema é "vazamento" de sons de um ambiente para outro, a solução deve ser
direcionada para o uso de materiais "densos", como o concreto, o vidro, o aço, etc. Nestes
casos não se deve utilizar materiais do tipo fibras, tecidos, carpetes e similares, pois não
significará a solução definitiva.

 Se o problema é falta de inteligibilidade da palavra falada dentro de um mesmo ambiente, a
solução deve ser direcionada para o uso de fibras e/ou espumas de poros abertos. Não se deve

                                                 
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utilizar materiais densos ou que sejam impermeáveis ao ar. A melhor solução final,
normalmente, requer o uso dos dois tipos (isolantes e absorvedores) de forma muito criteriosa.

As características Térmicas e Acústicas dos materiais não são dependentes, o que significa
que um bom material que isola termicamente não é necessariamente um bom isolante
acústico, e vice-versa. O "Isopor" (que é ar enclausurado em pequenas células) é um exemplo
de excelente isolante térmico (para baixas temperaturas) mas não é um isolante acústico.
Outro exemplo é o "aço" que é um bom isolante acústico, mas não é bom isolante térmico.


4.5 PROTEÇÃO DA AUDIÇÃO

4.5.1 ITENS DA LEGISLAÇÃO

4.12 ALÍNEA “b” - Competem aos profissionais do SESMT determinar o uso do EPI.

6.2 A empresa é obrigada a fornecer EPI’s adequado ao risco.

6.3 V - EPI`s quando NPS = ou > do que determinado pela NR-15, anexos I e II.

6.4 Compete ao SESMT recomendar ao empregador os EPI’s necessários ao risco.

6.6.1 Obriga-se o empregador:
• Tipo adequado à atividade;
• Treinar para uso;
• Obrigar o uso.

6.7 Obrigações do empregado
• Usá-lo.

15.4.1.2 Eliminação da insalubridade:
 com a utilização de EPI’s.

9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição, a inviabilidade técnica da
adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou
encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou ainda em caráter
complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas obedecendo-se à seguinte
hierarquia:
            a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho:
               Afastar do ruído fisicamente;
               Diminuir jornada de trabalho.
            b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI.

9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as normas Legais e
Administrativas em vigor e envolver, no mínimo:

                                               
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            a) Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está
               exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o
               controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do
               trabalhador usuário;


            b) Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e
               orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece;

            c) Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento,
               o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do
               EPI, visando a garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas.


4.5.2 QUALIFICAÇÃO DO EPI

Todo EPI deve possuir Certificado de Aprovação (C.A).

O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser colocado à venda, comercializado
ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo Ministério do
Trabalho e da Administração - MTA, atendido o disposto no subitem 6.9.3.


4.5.3 TIPO DE PROTETORES AURICULARES

a) Protetor Tipo Concha ou Auricular

                                         As conchas assemelham-se a fones para ouvir
                                         música. Os coxins plásticos e macios estão
                                         cheios de espuma ou um líquido, e devem se
                                         adaptar bem de encontro ao rosto. Se você
                                         estiver exposto a ruído muito alto, você pode
                                         necessitar de conchas e plugs juntos.

                                          




Mantenha os coxins limpos com um pano úmido quando se tornarem sujos. Verifique os
coxins freqüentemente e substitua-os se ficarem duros, desgastados, cortados ou rasgados.
Não modifique suas conchas de nenhuma maneira.

                                               
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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Vantagens:

   Único tamanho;
   Colocação rápida;
   Pode ser utilizado mesmo com infecções mínimas no canal auditivo;
   Atenuação uniforme nas duas conchas;
   Partes substituíveis;
   Modelos variados.

Desvantagens:

   Desconforto em áreas quentes;
   Dificuldade em carregar e guardar;
   Interfere no uso de outros EPIs;
   Pode restringir movimentos da cabeça;
   Desconfortável para 8 horas de trabalho;
   Não recomendado uso com cabelos compridos, barba, óculos, etc.

b) Protetores de Inserção ou Plug - Tipo Moldado:

        Tipo Silicone                                      Tipo Borracha




    Vantagens

       Diversos modelos;

       Compatível com outros equipamentos;
       Reutilizáveis ou descartáveis;
       Pequenos e facilmente transportados e guardados;
       Relativamente confortáveis em ambientes quentes;
       Não restringe movimentos em áreas muito pequenas;
       Pode ser usado por pessoas de cabelos longos, barba e cicatrizes.

    Desvantagens

       Necessidade de diferentes tamanhos;
       Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o plug;
       Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;
       Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis;
       Fáceis de perder.

c) Tipo Moldável

                                                
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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    Vantagens:

       De espuma macia, não machuca o ouvido;
       Utilizado por pessoas de cabelos compridos, barba, cicatriz;
       Se ajusta bem a todos os tamanhos de canais auditivos;
       Compatível com outros equipamentos;
       Descartáveis;
       Pequenos e facilmente transportados e guardados;
       Relativamente confortáveis em ambiente quente;
       Não restringe movimentos em áreas muito pequenas;
       Excelente vedação no canal auditivo.

    Desvantagens:

       Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o plug;
       Necessidade de treinamento específico;
       Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;
       Não recomendado manuseio com mãos sujas;
       Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis;
       Fáceis de perder.


4.5.4 COMO IDENTIFICAR UM BOM PROTETOR AUDITIVO
Um bom protetor auricular deve ter as seguintes características:

       Vedação;
       Eficiência;
       Conforto;
       Fácil utilização;
       Compatível com outros EPI´s.


4.5.5 ESCOLHA DOS PROTETORES AURICULARES


                                                
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                                                                   14 



Definir o melhor protetor auricular para determinada exposição ao ruído e conforto. A seleção
do protetor auricular será feita baseada nos seguintes critérios:
    A natureza da operação, considerando a atividade do trabalhador e interferência do
         protetor com outros EPI´s;
        Características da exposição – tempo de exposição, nível de ruído, e as características
         e limitações do equipamento de proteção, como vida útil, preço e fator de atenuação.
Os protetores auriculares foram escolhidos usando os parâmetros descritos acima.

a) Protetor usado pela empresa

   Fabricante: AGENA EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE PROTEÇÃO LTDA.
    Modelo: Protetor auditivo de segurança tipo concha.
    CA: 4398-     Atenuação: vide C.A. – NRR/RC 10 dB.


4.5.6 CÁLCULO DE REDUÇÃO DE RUÍDO

a) Referência

 Em conformidade com os critérios adotados pelos: 1) Estudos efetuados pelo órgão do
governo dos E.U.A., órgão com finalidades semelhantes a FUNDACENTRO no Brasil, a
NIOSH-National Institute for Ocupacional Safety and Health (Instituto Nacional para Saúde e
Segurança Ocupacional; 2) Normativas do Ministério da Previdência e Assistência Social -
MPAS, Instrução Normativa “INSS DC Nº 78/02” de 16/07/02, Artigo 181, Capítulo II,
alínea “c”, item 2.1, Norma ANSI S.12.6-1984(NRR); os quais informam a “real” atenuação
proporcionada pelos protetores auriculares.

 Para os cargos acima avaliados expostos a ruído, realizamos o “Cálculo de Atenuação do
EPI” uma vez especificado e em uso os protetores auriculares dos fabricantes: Agena
EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE PROTEÇÃO LTDA., CA nº 4398, tipo PLUG,
NRR/sf = 14 dB. Para definirmos qual o nível em dB(A) que atinge os ouvidos dos usuários
ao utilizar o mesmo, realizamos as seguintes operações conforme fórmula abaixo:


                           NPSc = NPSa – (NRR x f)




Sendo:

                                                 
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                                                               15 



     NPSc = nível de pressão sonora no ouvido em dB(A) quando utilizando-se o protetor.
     NPSa = nível de pressão sonora no ambiente de trabalho em dB(C).
     NRR = Nível de redução de ruído do protetor – vide CA nas páginas seguintes.
     f = Fator de correção de 0,75 para protetor tipo concha.
     f = Fator de correção de 0,5 para protetor tipo plug de inserção – espuma moldável.
     f = Fator de correção de 0,3 para protetor tipo plug de inserção pré-moldado.


A seguir, gráfico que mostra o tempo de uso de um protetor auricular em função de sua
atenuação:




4.5.7 DISTRIBUIÇÃO DOS PROTETORES AURICULARES

a) Objetivo
     Estabelecer uma forma única de distribuição dos protetores auriculares.

b) Responsabilidades
     A distribuição será feita pelo almoxarife que registrará o fato na ficha de EPI do
       funcionário;
     Consta anexo modelos de fichas para devida orientação;
     O funcionário deve assinar a ficha e fazer uma inspeção ao receber o protetor
       auricular, para averiguar possíveis anormalidades;
     Em caso positivo, o funcionário deve comunicar o fato ao departamento de segurança
       do trabalho, que inspecionará o protetor, sugerindo se for o caso a sua substituição.


4.5.8 INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO, LIMPEZA E GUARDA

a) Objetivos


                                               
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                                                             16 



     Orientar a todos os funcionários da empresa quanto à limpeza, inspeção, manutenção e
      guarda dos protetores auriculares.

b) Inspeção
     Todos os funcionários terão que inspecionar os protetores auriculares antes e após o
       uso, para averiguar possíveis anormalidades. Caso positivo, o funcionário deve
       comunicar o fato ao departamento de segurança do trabalho, que tomará as devidas
       providências.

c) Manutenção
     Não existe uma política de manutenção uma vez que se optou pela troca por um novo,
      toda vez que o protetor apresentar defeito.

b) Limpeza e higienização
     Os protetores auriculares (tipo plug ou abafador) serão limpos e higienizados pelos
      próprios usuários;
     Esse tipo de equipamento é pessoal, e só é devolvido após término de vida útil ou
      defeito, para efeito de controle.

c) Guarda
    Os equipamentos de proteção tipo plug devem ser guardados em um lugar; protegidos
      contra calor, umidade e agentes químicos, porém devem ficar dentro de seu estojo
      original e ser higienizado antes do uso.
    Os equipamentos tipo abafador são embutidos no capacete, logo podem ser guardados
      em lugares onde ficam pendurados ou em malões, porém deve se tiver uma atenção
      maior quanto à higienização dos mesmos.


4.5.9 USANDO OS EPI´S NO TRABALHO

Razões pelas quais a atenuação dos EPIs é falha:
    Tamanho inadequado;
    Pouca inserção;
    Problemas de compatibilidade;
    Problemas de comunicação;
    Criatividade do usuário;
    Cerumen, otite externa;
    Plugs moldáveis muito reutilizados;
    Bandas das conchas perdem a tensão e as almofadas se deterioram;
    Falar, bocejar, mascar chicletes desloca o plug para fora;
    Limitações físicas do usuário;
    Deficiência na reposição;
    Treinamento inadequado.

                                              
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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4.6 – EDUCAÇÃO

       Informar a todos sobre os efeitos danosos do ruído;
       Informar claramente o que o PCA deseja realizar;
       Descrever como a perda auditiva ocorre e como a proteção deve ocorrer;
       Definir os benefícios para o funcionário e para a empresa;
       Formas de educação: depende do tamanho da empresa e de seus processos de
        produção. Algumas opções:
        d) Encontro um a um: durante o exame periódico;
        e) Formação de pequenos grupos;
        f) Encontros regulares de segurança;
        g) Cartazes, filmes, palestras;
        h) Competições entre os vários grupos;
        i) Educadores: pessoas que os empregados reconheçam ser sinceramente
            interessados e familiarizados com o ambiente de trabalho.

4.7 AVALIAÇÃO MÉDICA – CONTROLE MÉDICO

a) Objetivos
    Determinar parâmetros para admissão e controle periódicos de empregados;
    Adotar um parâmetro entre os médicos da empresa, atendendo os funcionários tanto na
       admissão quanto no controle periódico.

b) Exames Médicos
     Os exames feitos para avaliação (além dos exames clínicos) são:
    Audiometria: Onde se detecta alterações provocadas pela exposição ao ruído.

Esses exames têm caráter admissional, periódico (com periodicidade contida na Portaria nº24
de 29/12/94 do MTb e suas alterações), de retorno (após afastamento maior de 30 dias),
mudança de função e demissional (15 dias antes do desligamento da empresa).

Obs: Esses exames são feitos por empresa contratada, com procedimentos escritos e
      detalhados, e que ainda são avaliados pela equipe de medicina do trabalho da empresa.

c) Controle médico para detectar precocemente algum dano ocasionado pela exposição ao
   ruído.

O não atendimento às recomendações acima, o colaborador poderá desenvolver a PAIRO
durante o tempo de exposição ao ruído.

    Características da PAIRO (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional):

                                              
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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       Exposição ao ruído ocupacional;
       Ser sempre neurosensorial;
       Ser quase sempre bilateral;
       Irreversível.

Uma vez cessada a exposição ao ruído intenso, não haverá progressão da doença.

Manifesta-se, primeira e predominantemente, nas freqüências de 6000, 4000, ou 3000Hz e
com o agravamento da lesão, estende-se às freqüências de 8000, 2000, 1000, 500 e 250Hz, as
quais levam mais tempo para serem comprometidas.

A PAIRO geralmente atinge o seu nível máximo para as freqüências de 3000, 4000 e 6000Hz
nos primeiros 10 a 15 anos de exposição sob condições estáveis de ruído.


        Normal                                      Danificada




d) Cronograma de Exames Médicos

     Conforme um cronograma de acordo com o PCMSO para as admissões e realização
      dos exames periódicos.



AUDITORIA

5.1 OBJETIVO
Atualizar, regularizar e concertar pontos chave do programa.

5.2 PERIODICIDADE

NR 9.3.5.6 - O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliações das medidas de
proteção, considerando:
     Dados das avaliações;

                                               
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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     Controle médico.

Para este programa ser eficiente, ficou definido que haverá um acompanhamento contínuo e
uma avaliação completa do programa a cada 12 meses (porém o programa PCA está válido
até 30/06/2011).


POLUIÇÃO SONORA

6.1 EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA NO SONO E NA SAÚDE GERAL

Distúrbios do sono e da saúde em geral no cidadão urbano, devidos direta ou indiretamente ao
ruído, através do estresse ou perturbação do ritmo biológico, foram revistos na literatura
científica dos últimos 20 anos. Em vigília, o ruído de até 50 dB(A) provoca estresse leve,
excitante, causando dependência, e levando a durável desconforto. O estresse degradativo do
organismo começa a cerca de 65 dB(A) com desequilíbrio bioquímico, aumentando o risco de
enfarte, derrame cerebral, infecções, osteoporose, etc.

Provavelmente a 80 dB(A) já libera morfinas biológicas no corpo, provocando prazer e
completando o quadro de dependência. Em torno de 100 dB(A) pode haver perda imediata da
audição. Por outro lado, o sono, a partir de 35 dB(A), vai ficando superficial, à 75 dB(A)
atinge uma perda de 70% dos estágios profundos.

6.2 AVALIAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTAL

Para avaliar o rigor do ruído ambiental em relação ao seu efeito sobre a saúde pública, os
principais fatores a ser considerados são:
 Incômodo;
 Interferência no sono;
 Perda de audição por indução do ruído;
 Comunicação da palavra.

A combinação dessas quatro avaliações é suficiente para a maioria das situações. Esses
mesmos fatores podem proporcionar a direção e relativa avaliação dos procedimentos para
minimizar os efeitos de tensão, diretos e indiretos, responsáveis pela maioria das reclamações
relacionadas com a saúde. Não há evidências de que essas tensões causem ou agravem
doenças clinicamente detectáveis, desde que os níveis de exposição de ruído estejam abaixo
daqueles que causam danos à audição.
A totalidade de respostas da comunidade, incluindo e integrando todas as interferências de
atividades potenciais e os mencionados efeitos na saúde, é melhor avaliada e planejada,
baseada nas diretrizes de uso do solo sumarizadas na última seção.

Os critérios detalhados vistos na seção 3, sobre as Indicações dos Efeitos dos Ruídos, são para
serem utilizados para avaliações específicas dos efeitos na saúde (isto é, perda de audição

                                                
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
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induzida pelo ruído ou interferência no sono) ou interferência nas atividades específicas (isto
é, atividade escolar ou atividade no lazer) nas localidades específicas. Tais análises de simples
eventos devem suplementar, mas não substituir, a avaliação dos efeitos do nível de exposição
sonora cumulativa.

6.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

a) Níveis de ruído para conforto acústico

Com relação ao conforto acústico no trabalho, apresentamos abaixo uma transcrição parcial
da Lei 6.514 de 22/11/77 relativa ao Capitulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, dado pela Portaria No. 3.751 de 23 de
Novembro de 1990, Norma Reguladora Nº 17 - ERGONOMIA, na qual encontramos os
parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto acústico, desempenho e
segurança:

17.5.2 Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exigem solicitação
intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de
desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes
condições de conforto:
a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, registrada no INMETRO;
b) Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23 graus;
c) Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
d) Umidade relativa do ar não inferior a 40%.


      17.5.2.1 Para as atividades que possuam as características definidas no sub-item 17.5.2,
               mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR
               10.152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a
               curva avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB.

      17.5.2.2 Os parâmetros previstos no sub-item 17.5.2 devem ser medidos nos postos de
               trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e às
               demais variáveis na altura do tórax do trabalhador.

                         I. NB‐95 NBR 10152/1987 ‐ TABELA 1                II. dB(A)    III. NC

                                        HOSPITAIS                               
    Apartamentos, Enfermarias, Berçarios, Centro cirurgicos.               35 a 45      30  a 40
    Laboratórios, Áreas para uso do público.                               40 a 50      35 a 45
    Serviços.                                                              45 a 55      40 a 50
                                         ESCOLAS                                
    Bibliotecas, Sala de música, Salas de desenho.                         35 a 45      30 a 40
    Salas de aula, laboratórios.                                           40 a 50      35 a 45
    Circulação.                                                            45 a 55      40 a 50

                                                           
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                                                                21 



                                         HOTÉIS                              
    Apartamentos.                                                       35 a 45    30 a 40
    Restaurantes, Salas de Estar.                                       40 a 50    35 a 45
    Portaria, Recepção, Circulação.                                     45 a 55    40 a 50
                                       RESIDÊNCIAS                           
    Dormitórios.                                                        35 a 45    30 a 40
    Salas de Estar.                                                     40 a 50    35 a 45
                                       AUDITÓRIOS                            
    Salas de Concreto, Teatros.                                         30 a 40    25 a 30
    Salas de Conferências, Cinemas, Sala de Múltiplo uso.               35 a 45    30 a 35
                                     RESTAURANTES                            
    Restaurantes.                                                       40 a 50    35 a 45
                                      ESCRITÓRIOS                            
    Salas de Reuniões.                                                  30 a 40    25 a 35
    Salas de Gerência, Projetos e Administração.                        35 a 45    30 a 40
    Salas de Computadores.                                              45 a 65    40 a 60
    Salas de Mecanografia.                                              50a 60     45 a 55
                                   IGREJAS E TEMPLOS                         
    Cultos Meditativos.                                                 40 a 50    35 a 45
                                   LOCAIS DE ESPORTE                         
    Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas.        45 a 60    40 a 55

NOTA: O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor
superior significa a nível sonoro máximo aceitável para a respectiva finalidade.


Na forma de medição dos ruídos, a fiscalização pode agir de duas maneiras para constatar
uma poluição sonora: por vistorias de rotina e/ou por reclamações de cidadão incomodado
identificável (para a fiscalização e não para o infrator).

 Na vistoria de rotina constatado um provável excesso de ruído para além do alinhamento do
imóvel, pode a fiscalização medir o ruído colocando o aparelho bem no limite do alinhamento
desse imóvel (onde fica o portão, por exemplo) e utilizará para comparação a tabela 1 para
verificar se atende ou não a lei municipal.


Condições desta medição em Ambiente Externo

           As medições no ambiente externo devem ser efetuadas a 1,20 metros acima do solo e
            no mínimo a 1,50 metros de paredes, edifícios e outras superfícies refletoras;
           A distância do microfone, a qualquer superfície refletiva deve ser no mínimo 3,50
            metros;
           Quando as circunstancias exigirem, as medições podem ser efetuadas em diferentes
            alturas e próximo a paredes como preconiza a NBR 10.151;
           O microfone deverá estar provido de protetor de vento;
           Não deverão ser efetuadas avaliações na ocorrência de precipitação (chuva);
           Deve ser evitada a interferência de outras fontes nos níveis de ruído da fonte de
            avaliação.


                                                           
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                                                                22 



Na vistoria de reclamação, a fiscalização entra no imóvel do reclamante e efetua a medição do
ponto onde é maior a poluição sonora, obedecendo as regras abaixo. Do registro de decibéis
determinados pelo aparelho devem ser descontados (correção por causa de interferências) os
valores da tabela 2 acima.

Exemplificando: Uma medição de uma fonte poluidora medida de dentro do dormitório, com
janela aberta, resultou no aparelho 75 dB. A medição resultante corrigida será de 65 dB (75
dB medidos menos 10 dB previstos como correção por interferências na tabela 2).

Essa medição de 65 dB é que será tomada para comparação com os valores permitidos para a
zona de uso e horário previstos na tabela acima.

As medições em Ambientes Internos devem seguir os procedimentos:
    Altura do microfone : 1,20 m a 1,50 m do piso
    Distancia mínima das paredes : 1,00 m
    Distancia de janelas : 1,50 m
    Devem ser realizadas, no mínimo 03 (três) medições separadas 0,50 m uma da outra
      ou representativo do local
    As medições devem ser realizadas nas condições normais de utilização das janelas e
      portas (abertas e/ou fechadas), do recinto.




e) Exemplos de níveis de ruídos:


    Floresta                    18 dB 
    Quarto de dormir            25 dB 
    Biblioteca                  35 dB 
    Sala de estar               40 dB 
    Bate‐papo                   58 dB 
    Barulho  de escriório       65 dB 
    Rua com tráfego médio       85 dB 
    Caminhão pesado             90 dB 
    Britadeira em ação          100 dB 
    Grupo de rock               110 dB 
    Decolagem de jato (a 100 
    metros de distância)        125 dB 

Ambiente Externo : Avenida, rua, praça, logradouro público a céu aberto;
Ambiente Interno: Espaço dentro de uma construção: sala, dormitório;




                                               
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                                                                23 



DeciBel (dB): É o valor que representa a pressão sonora exercida num aparelho específico
para este fim. A faixa de audibilidade percebida pelo ouvido humano é ampla e, no limiar da
dor, alcança 140 dB.
Poluição Sonora: É a degradação do ambiente provocada por excesso de ruído. É uma das
piores das poluições ambientais. Ela ocorre sempre que a natureza ou os valores da emissão
contrariem prescrições ou limitações impostas pelas autoridades em conformidade com
disposições legais.

É prevista no Código do Meio Ambiente Federal (art. 279) que prevê pena de até 3 anos de
prisão ou com pena de multa de até 600 salários mínimos.

Ruído: É um som não desejado que pode afetar de forma negativa a saúde e o bem estar de
indivíduos ou populações.

Som: é uma alteração mecânica que se propaga em forma de movimentos ondulatórios
através do ar com algumas características definidas:

   Intensidade: É a quantidade de energia vibratória que se propaga nas áreas próximas da
    fonte emissora e
   Freqüência: É representada pelo número de vibrações completas em um segundo,
    expressa em Hertz (Hz).
   Zona de uso: Parte da área do território da Cidade onde são permitidas ou proibidas
    atividades urbanas (residência, comércio, indústria, serviços ou instituição). Para saber
    qual a zona de uso de seu imóvel olhe na última linha da folha azul do IPTU onde está
    escrito "ZONEAMENTO" (Z1 , Z2, ......). A lei indicada em seguida ao zoneamento é a
    que definiu sua zona de uso.


CONSIDERAÇÕES


Valendo-se da existência das atividades de segurança do trabalho na empresa, acreditamos ser
o presente trabalho e suas recomendações, de caráter de respaldo técnico complementar a
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais onde a responsabilidade dos assuntos em
questão e o conhecimento da peculiaridade das atividades laborais serão de grande valia para
o sucesso dos programas prevencionistas.


Responsável pela empresa




                                               
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                          24 



Empresa XXX

 


Responsável pela elaboração


 

 

Junho de 2010/Junho 2011.




                                   Anexo I

                              Avaliação de Ruído




                                       
MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA
                                                 25 




                             LAYOUT




                                      

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Modelo pca 04_02_2013_ (1)

  • 1. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   1      Programa de Conservação Auditiva 2013     – PCA –  
  • 2. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   2  SUMARIO 01 DADOS DA EMPRESA 02 INTRODUÇÃO 2.1 Apresentação 2.2 Objetivo 2.3 Responsabilidades da Empresa 2.4 Responsabilidades do Empregado 2.5 Documentos de Referência 03 MONITORAMENTO DO RISCO 3.1 Objetivos 3.2 Risco e Conseqüência (informativo) 3.3 Monitoramento dos Riscos 04 MEDIDAS DE CONTROLE 4.1 Redução de Ruído na Fonte 4.2 Redução de Ruído na Transmissão 4.3 Isolamento de Pessoas 4.4 Recomendações Específicas 4.5 Proteção da Audição 4.6 Educação 4.7 Avaliação Médica - Controle Médico 05 AUDITORIA 5.1 Objetivo 5.2 Periodicidade 06 POLUIÇÃO SONORA 6.1 Efeitos da Poluição Sonora no Sono e na Saúde Geral 6.2 Avaliação do Ruído Ambiental 6.3 Legislação Ambiental 07 CONSIDERAÇÕES Anexo I: Avaliação de Ruído  
  • 3. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   3  DADOS DA EMPRESA EMPRESA: ENDEREÇO: C.N.P.J: CNAE: 52.32-1 RAMO DE ATIVIDADE: GRAU DE RISCO: 04 RELAÇÃO DE EMPREGADOS: CONTRATO INTRODUÇÃO 2.1 APRESENTAÇÃO As exigências de caráter legais e normativas, em relação à segurança no trabalho, são conhecidas pela empresa xxx, e a mesma procura atuar de acordo as normas de segurança. A segurança e o bem estar dos funcionários são de fundamental importância para a Companhia Portuária de Vila Velha, que procura diminuir perdas, acidentes e doenças do trabalho. Toda movimentação executiva tem que ter embasamento prevencionistas, isto é, nenhum trabalho pode ser feito sem segurança, onde todos recebem treinamentos e orientações específicas para prevenção de acidentes. A empresa xxxx, acompanha e monitora o nível de segurança no trabalho por meio de indicadores mensais de acidentes no trabalho, que são analisados pela alta administração.  
  • 4. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   4  Fornece equipamentos de proteção individual a seus colaboradores, fazendo toda a orientação necessária e verificando a sua efetiva utilização nas atividades diárias. 2.2 OBJETIVO O objetivo deste programa é assegurar a todos os trabalhadores proteção contra ruído, que possam causar danos ao aparelho auditivo, procurando eliminar ou minimizar a exposição ao ruído no local de trabalho. Este programa visa reduzir o ruído ambiental na área onde a empresa se encontra, eliminando o ruído que possa afetar a vizinhança. O PCA vem de uma integração entre o PPRA e o PCMSO como no esquema abaixo: 2.3 RESPONSABILIDADES DA EMPRESA a. Fornecer o protetor auricular, conveniente e apropriado, para proteger à saúde do trabalhador. b. Permitir ao empregado, que usa o protetor auricular, deixar a área de risco por qualquer motivo relacionado com seu uso:  Falha do protetor auricular que altere a proteção proporcionada pelo mesmo;  Grande desconforto devido ao uso do protetor ou grande aumento de ruído no local;  
  • 5. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   5   Mal estar sentido pelo usuário, tais como: dor de cabeça, zumbido no ouvido, dificuldade para se comunicar, e outros;  Trocar componentes do protetor, sempre que necessário. 2.4 RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO a. Usar o protetor auricular de acordo com as instruções e treinamentos recebidos. b. Guardar o protetor auricular, de modo conveniente para que não o danifique ou deforme. c. Comunicar aos profissionais de segurança do trabalho, qualquer alteração do seu estado de saúde quanto sua capacidade auditiva. d. Fazer higiene adequada dos protetores auriculares. 2.5 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA  Norma Regulamentadora - Portaria N. º 3.214/78.  PPRA – Programa de Prevenção de Risco Ambiental.  PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional.  Plano de Segurança do Trabalho.  CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho. Obs: Este documento é parte integrante do PPRA e PCMSO da empresa. MONITORAMENTO DE RISCOS 3.1 OBJETIVOS O objetivo é analisar, acompanhar e monitorar o nível de ruído do ambiente, determinando:  Agentes causadores;  Limites de tolerância;  Nível de exposição ao ruído;  Nível de atenuação adequado. 3.2 RISCOS E CONSEQÜÊNCIAS (INFORMATIVO) Ruído – O ruído seja contínuo ou intermitente além de causar desconforto e irritação (estresse) deterioram o sistema auditivo, podendo chegar à surdez completa, sendo que qualquer dano provocado é irreversível.  
  • 6. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   6  3.3 MONITORAMENTO DOS RISCOS As avaliações ambientais constam no caderno Laudo de Avaliações Ambientais de Ruído, ANEXO I. Foram registrados os seguintes valores: Nº Ordem Cargos avaliados Lavg dB(A) 01 Ajudante 89,8db(A) 02 Ajudante 95,1db(A) 03 Auxiliar 83,2db(A) 04 Auxiliar Administrativo III 66,02db(A) 05 Eletricista 64,6 db(A) 06 Motorista 82,8 db(A) 07 Mecânico 77,6 db(A) 08 Operador de empilhadeira 80,5 db(A) 09 Operador de empilhadeira 82,0 db(A) 10 Operador de empilhadeira 89,7db(A) 11 Operador de empilhadeira 72,9 db(A) 12 Operador de guindaste 90,6 db(A) 13 Operador de guindaste 67,3 db(A) 14 Operador de guindaste 54,1 db(A) 15 Operador de guindaste 87,5 db(A) 16 Operador de retro escavadeira 89,6 db(A) 17 Operador transporte de diesel 91,1 db(A) 18 Preposto 63,6db(A) 19 Técnico de segurança do 69,6 db(A) trabalho  
  • 7. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   7  MEDIDAS DE CONTROLE 4.1 REDUÇÃO DE RUÍDO NA FONTE Sugestões de Melhorias  Manutenção em máquinas e equipamentos;  Redução dos efeitos e força de impacto;  Isolamentos entre superfície que vibram e dos dispositivos e máquinas que produzem as vibrações mecânicas que as exercitam;  Redução da radiação do ruído através da alteração das características de ressonância de painéis, redução da amplitude das ressonâncias utilizando materiais amortecedores e/ou enrigecedores, ou mesmo pela redução das áreas das superfícies irradiantes;  Modificação do processo de produção;  Manutenção preventiva e corretiva de máquinas e equipamentos;  Mudanças para técnicas menos ruidosa de operação. 4.2 REDUÇÃO DE RUÍDO NA TRANSMISSÃO Sugestões de Melhorias  
  • 8. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   8   Alteração das posições relativas entre o trabalhador e a fonte, no ambiente e posto de trabalho;  Utilização das características de diretividade da fonte para obter uma orientação que ofereça alguma redução de ruído ao trabalhador;  Barreira, silenciadores, enclausuramentos parciais ou completos podem reduzir a energia sonora;  Alteração das características acústicas do ambiente de trabalho pela introdução de materiais absorventes;  Assentamento com material anti-vibrante, isolamento do posto de trabalho do local de transmissão da vibração. 4.3 ISOLAMENTO DE PESSOAS Sugestões de Melhorias  Revezamento entre ambientes, postos, funções ou atividades;  Posicionamento remoto dos controles das máquinas;  Enclausuramento do trabalhador em cabine tratada acusticamente;  Reposicionamento do trabalhador em relação à fonte de ruído ou do caminho da transmissão durante as etapas da jornada de trabalho. 4.4 – RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS  O ISOLAMENTO ACÚSTICO refere-se a capacidade de certos materiais formarem uma barreira, impedindo que a onda sonora (ou ruído) passe de um recinto a outro, conforme fotos acima.  Neste caso se deseja impedir que o ruído alcance o homem. Normalmente são utilizados materiais densos (pesados) como por ex: concreto, vidro, chumbo, etc.  A ABSORÇÃO ACÚSTICA trata do fenômeno que minimiza a reflexão das ondas sonoras num mesmo ambiente. Ou seja, diminui ou elimina o nível de reverberação (que é uma variação do eco) num mesmo ambiente. Nestes casos se deseja, além de diminuir os níveis  
  • 9. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   9  de pressão sonora do recinto, melhorar o nível de inteligibilidade. Contrariamente aos materiais de isolamento, estes são materiais leves (baixa densidade), fibrosos ou de poros abertos, como por ex: espumas poliéster de células abertas, fibras cerâmicas e de vidro, tecidos, carpetes e outros, conforme ilustrada acima. Praticamente todos os materiais existentes no mercado isolam ou absorvem ondas sonoras, embora com diferente eficácia. Aquele material que tem grande poder de isolamento acústico quase não tem poder de absorção acústica e vice-versa. Alguns outros materiais têm baixo poder de isolamento acústico e também baixo poder de absorção acústica (como plásticos leves e impermeáveis), pois são de baixa densidade e não tem poros abertos. Espumas de poliestireno (expandido ou extrudado) tem excelentes características de isolamento térmico, porém não são recomendados em acústica. A cortiça (muito utilizada no passado) já não apresenta os resultados acústicos desejados pelo consumidor da atualidade, e também apresenta problemas de higiene e deterioração (é um produto orgânico que se deteriora muito facilmente). A indústria tem desenvolvido novos materiais com coeficientes de isolamento acústico e/ou de absorção muito mais eficientes que os materiais até então considerados "acústicos". Desta maneira tem sido possível se obter, mediante variações de sua composição, resultados acústicos satisfatórios que atendam as necessidades do usuário. Cada recinto, conforme sua utilização requer critérios bem definidos de Níveis de Pressão Sonora e de reverberação para permitir o conforto acústico e/ou eliminar as condições nocivas a saúde. Níveis de Pressão Sonora muito baixa podem tornar o recinto monótono e cansativo, induzindo as pessoas às condições de inatividade e sonolência. Normalmente um bom projeto acústico prevê o isolamento e a absorção acústica utilizadas com critérios bem definidos, objetivando a melhor eficácia no resultado final. Para isto, deve- se levar em consideração o desempenho acústico dos materiais a serem aplicados, sua fixação, posição relativa a fonte de ruído e facilidade de manutenção, sem restringir a funcionalidade do recinto. A aplicação de um material acústico, fornecido ou utilizado sem critérios rígidos de projeto, não significa a solução do problema. Qual o melhor material acústico?  Se o problema é "vazamento" de sons de um ambiente para outro, a solução deve ser direcionada para o uso de materiais "densos", como o concreto, o vidro, o aço, etc. Nestes casos não se deve utilizar materiais do tipo fibras, tecidos, carpetes e similares, pois não significará a solução definitiva.  Se o problema é falta de inteligibilidade da palavra falada dentro de um mesmo ambiente, a solução deve ser direcionada para o uso de fibras e/ou espumas de poros abertos. Não se deve  
  • 10. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   10  utilizar materiais densos ou que sejam impermeáveis ao ar. A melhor solução final, normalmente, requer o uso dos dois tipos (isolantes e absorvedores) de forma muito criteriosa. As características Térmicas e Acústicas dos materiais não são dependentes, o que significa que um bom material que isola termicamente não é necessariamente um bom isolante acústico, e vice-versa. O "Isopor" (que é ar enclausurado em pequenas células) é um exemplo de excelente isolante térmico (para baixas temperaturas) mas não é um isolante acústico. Outro exemplo é o "aço" que é um bom isolante acústico, mas não é bom isolante térmico. 4.5 PROTEÇÃO DA AUDIÇÃO 4.5.1 ITENS DA LEGISLAÇÃO 4.12 ALÍNEA “b” - Competem aos profissionais do SESMT determinar o uso do EPI. 6.2 A empresa é obrigada a fornecer EPI’s adequado ao risco. 6.3 V - EPI`s quando NPS = ou > do que determinado pela NR-15, anexos I e II. 6.4 Compete ao SESMT recomendar ao empregador os EPI’s necessários ao risco. 6.6.1 Obriga-se o empregador: • Tipo adequado à atividade; • Treinar para uso; • Obrigar o uso. 6.7 Obrigações do empregado • Usá-lo. 15.4.1.2 Eliminação da insalubridade:  com a utilização de EPI’s. 9.3.5.4 Quando comprovado pelo empregador ou instituição, a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas obedecendo-se à seguinte hierarquia: a) medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho:  Afastar do ruído fisicamente;  Diminuir jornada de trabalho. b) utilização de equipamento de proteção individual - EPI. 9.3.5.5 A utilização de EPI no âmbito do programa deverá considerar as normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo:  
  • 11. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   11  a) Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário; b) Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece; c) Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando a garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas. 4.5.2 QUALIFICAÇÃO DO EPI Todo EPI deve possuir Certificado de Aprovação (C.A). O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser colocado à venda, comercializado ou utilizado, quando possuir o Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e da Administração - MTA, atendido o disposto no subitem 6.9.3. 4.5.3 TIPO DE PROTETORES AURICULARES a) Protetor Tipo Concha ou Auricular As conchas assemelham-se a fones para ouvir música. Os coxins plásticos e macios estão cheios de espuma ou um líquido, e devem se adaptar bem de encontro ao rosto. Se você estiver exposto a ruído muito alto, você pode necessitar de conchas e plugs juntos.   Mantenha os coxins limpos com um pano úmido quando se tornarem sujos. Verifique os coxins freqüentemente e substitua-os se ficarem duros, desgastados, cortados ou rasgados. Não modifique suas conchas de nenhuma maneira.  
  • 12. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   12  Vantagens:  Único tamanho;  Colocação rápida;  Pode ser utilizado mesmo com infecções mínimas no canal auditivo;  Atenuação uniforme nas duas conchas;  Partes substituíveis;  Modelos variados. Desvantagens:  Desconforto em áreas quentes;  Dificuldade em carregar e guardar;  Interfere no uso de outros EPIs;  Pode restringir movimentos da cabeça;  Desconfortável para 8 horas de trabalho;  Não recomendado uso com cabelos compridos, barba, óculos, etc. b) Protetores de Inserção ou Plug - Tipo Moldado: Tipo Silicone Tipo Borracha Vantagens  Diversos modelos;  Compatível com outros equipamentos;  Reutilizáveis ou descartáveis;  Pequenos e facilmente transportados e guardados;  Relativamente confortáveis em ambientes quentes;  Não restringe movimentos em áreas muito pequenas;  Pode ser usado por pessoas de cabelos longos, barba e cicatrizes. Desvantagens  Necessidade de diferentes tamanhos;  Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o plug;  Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;  Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis;  Fáceis de perder. c) Tipo Moldável  
  • 13. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   13  Vantagens:  De espuma macia, não machuca o ouvido;  Utilizado por pessoas de cabelos compridos, barba, cicatriz;  Se ajusta bem a todos os tamanhos de canais auditivos;  Compatível com outros equipamentos;  Descartáveis;  Pequenos e facilmente transportados e guardados;  Relativamente confortáveis em ambiente quente;  Não restringe movimentos em áreas muito pequenas;  Excelente vedação no canal auditivo. Desvantagens:  Movimentos (fala, mastigação) podem deslocar o plug;  Necessidade de treinamento específico;  Bons níveis de atenuação dependem da boa colocação;  Não recomendado manuseio com mãos sujas;  Só pode ser utilizado em canais auditivos saudáveis;  Fáceis de perder. 4.5.4 COMO IDENTIFICAR UM BOM PROTETOR AUDITIVO Um bom protetor auricular deve ter as seguintes características:  Vedação;  Eficiência;  Conforto;  Fácil utilização;  Compatível com outros EPI´s. 4.5.5 ESCOLHA DOS PROTETORES AURICULARES  
  • 14. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   14  Definir o melhor protetor auricular para determinada exposição ao ruído e conforto. A seleção do protetor auricular será feita baseada nos seguintes critérios:  A natureza da operação, considerando a atividade do trabalhador e interferência do protetor com outros EPI´s;  Características da exposição – tempo de exposição, nível de ruído, e as características e limitações do equipamento de proteção, como vida útil, preço e fator de atenuação. Os protetores auriculares foram escolhidos usando os parâmetros descritos acima. a) Protetor usado pela empresa  Fabricante: AGENA EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE PROTEÇÃO LTDA. Modelo: Protetor auditivo de segurança tipo concha. CA: 4398- Atenuação: vide C.A. – NRR/RC 10 dB. 4.5.6 CÁLCULO DE REDUÇÃO DE RUÍDO a) Referência  Em conformidade com os critérios adotados pelos: 1) Estudos efetuados pelo órgão do governo dos E.U.A., órgão com finalidades semelhantes a FUNDACENTRO no Brasil, a NIOSH-National Institute for Ocupacional Safety and Health (Instituto Nacional para Saúde e Segurança Ocupacional; 2) Normativas do Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS, Instrução Normativa “INSS DC Nº 78/02” de 16/07/02, Artigo 181, Capítulo II, alínea “c”, item 2.1, Norma ANSI S.12.6-1984(NRR); os quais informam a “real” atenuação proporcionada pelos protetores auriculares.  Para os cargos acima avaliados expostos a ruído, realizamos o “Cálculo de Atenuação do EPI” uma vez especificado e em uso os protetores auriculares dos fabricantes: Agena EQUIPAMENTOS INDIVIDUAIS DE PROTEÇÃO LTDA., CA nº 4398, tipo PLUG, NRR/sf = 14 dB. Para definirmos qual o nível em dB(A) que atinge os ouvidos dos usuários ao utilizar o mesmo, realizamos as seguintes operações conforme fórmula abaixo: NPSc = NPSa – (NRR x f) Sendo:  
  • 15. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   15   NPSc = nível de pressão sonora no ouvido em dB(A) quando utilizando-se o protetor.  NPSa = nível de pressão sonora no ambiente de trabalho em dB(C).  NRR = Nível de redução de ruído do protetor – vide CA nas páginas seguintes.  f = Fator de correção de 0,75 para protetor tipo concha.  f = Fator de correção de 0,5 para protetor tipo plug de inserção – espuma moldável.  f = Fator de correção de 0,3 para protetor tipo plug de inserção pré-moldado. A seguir, gráfico que mostra o tempo de uso de um protetor auricular em função de sua atenuação: 4.5.7 DISTRIBUIÇÃO DOS PROTETORES AURICULARES a) Objetivo  Estabelecer uma forma única de distribuição dos protetores auriculares. b) Responsabilidades  A distribuição será feita pelo almoxarife que registrará o fato na ficha de EPI do funcionário;  Consta anexo modelos de fichas para devida orientação;  O funcionário deve assinar a ficha e fazer uma inspeção ao receber o protetor auricular, para averiguar possíveis anormalidades;  Em caso positivo, o funcionário deve comunicar o fato ao departamento de segurança do trabalho, que inspecionará o protetor, sugerindo se for o caso a sua substituição. 4.5.8 INSPEÇÃO, MANUTENÇÃO, LIMPEZA E GUARDA a) Objetivos  
  • 16. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   16   Orientar a todos os funcionários da empresa quanto à limpeza, inspeção, manutenção e guarda dos protetores auriculares. b) Inspeção  Todos os funcionários terão que inspecionar os protetores auriculares antes e após o uso, para averiguar possíveis anormalidades. Caso positivo, o funcionário deve comunicar o fato ao departamento de segurança do trabalho, que tomará as devidas providências. c) Manutenção  Não existe uma política de manutenção uma vez que se optou pela troca por um novo, toda vez que o protetor apresentar defeito. b) Limpeza e higienização  Os protetores auriculares (tipo plug ou abafador) serão limpos e higienizados pelos próprios usuários;  Esse tipo de equipamento é pessoal, e só é devolvido após término de vida útil ou defeito, para efeito de controle. c) Guarda  Os equipamentos de proteção tipo plug devem ser guardados em um lugar; protegidos contra calor, umidade e agentes químicos, porém devem ficar dentro de seu estojo original e ser higienizado antes do uso.  Os equipamentos tipo abafador são embutidos no capacete, logo podem ser guardados em lugares onde ficam pendurados ou em malões, porém deve se tiver uma atenção maior quanto à higienização dos mesmos. 4.5.9 USANDO OS EPI´S NO TRABALHO Razões pelas quais a atenuação dos EPIs é falha:  Tamanho inadequado;  Pouca inserção;  Problemas de compatibilidade;  Problemas de comunicação;  Criatividade do usuário;  Cerumen, otite externa;  Plugs moldáveis muito reutilizados;  Bandas das conchas perdem a tensão e as almofadas se deterioram;  Falar, bocejar, mascar chicletes desloca o plug para fora;  Limitações físicas do usuário;  Deficiência na reposição;  Treinamento inadequado.  
  • 17. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   17  4.6 – EDUCAÇÃO  Informar a todos sobre os efeitos danosos do ruído;  Informar claramente o que o PCA deseja realizar;  Descrever como a perda auditiva ocorre e como a proteção deve ocorrer;  Definir os benefícios para o funcionário e para a empresa;  Formas de educação: depende do tamanho da empresa e de seus processos de produção. Algumas opções: d) Encontro um a um: durante o exame periódico; e) Formação de pequenos grupos; f) Encontros regulares de segurança; g) Cartazes, filmes, palestras; h) Competições entre os vários grupos; i) Educadores: pessoas que os empregados reconheçam ser sinceramente interessados e familiarizados com o ambiente de trabalho. 4.7 AVALIAÇÃO MÉDICA – CONTROLE MÉDICO a) Objetivos  Determinar parâmetros para admissão e controle periódicos de empregados;  Adotar um parâmetro entre os médicos da empresa, atendendo os funcionários tanto na admissão quanto no controle periódico. b) Exames Médicos  Os exames feitos para avaliação (além dos exames clínicos) são: Audiometria: Onde se detecta alterações provocadas pela exposição ao ruído. Esses exames têm caráter admissional, periódico (com periodicidade contida na Portaria nº24 de 29/12/94 do MTb e suas alterações), de retorno (após afastamento maior de 30 dias), mudança de função e demissional (15 dias antes do desligamento da empresa). Obs: Esses exames são feitos por empresa contratada, com procedimentos escritos e detalhados, e que ainda são avaliados pela equipe de medicina do trabalho da empresa. c) Controle médico para detectar precocemente algum dano ocasionado pela exposição ao ruído. O não atendimento às recomendações acima, o colaborador poderá desenvolver a PAIRO durante o tempo de exposição ao ruído. Características da PAIRO (Perda Auditiva Induzida pelo Ruído Ocupacional):  
  • 18. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   18   Exposição ao ruído ocupacional;  Ser sempre neurosensorial;  Ser quase sempre bilateral;  Irreversível. Uma vez cessada a exposição ao ruído intenso, não haverá progressão da doença. Manifesta-se, primeira e predominantemente, nas freqüências de 6000, 4000, ou 3000Hz e com o agravamento da lesão, estende-se às freqüências de 8000, 2000, 1000, 500 e 250Hz, as quais levam mais tempo para serem comprometidas. A PAIRO geralmente atinge o seu nível máximo para as freqüências de 3000, 4000 e 6000Hz nos primeiros 10 a 15 anos de exposição sob condições estáveis de ruído. Normal Danificada d) Cronograma de Exames Médicos  Conforme um cronograma de acordo com o PCMSO para as admissões e realização dos exames periódicos. AUDITORIA 5.1 OBJETIVO Atualizar, regularizar e concertar pontos chave do programa. 5.2 PERIODICIDADE NR 9.3.5.6 - O PPRA deve estabelecer critérios e mecanismos de avaliações das medidas de proteção, considerando:  Dados das avaliações;  
  • 19. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   19   Controle médico. Para este programa ser eficiente, ficou definido que haverá um acompanhamento contínuo e uma avaliação completa do programa a cada 12 meses (porém o programa PCA está válido até 30/06/2011). POLUIÇÃO SONORA 6.1 EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA NO SONO E NA SAÚDE GERAL Distúrbios do sono e da saúde em geral no cidadão urbano, devidos direta ou indiretamente ao ruído, através do estresse ou perturbação do ritmo biológico, foram revistos na literatura científica dos últimos 20 anos. Em vigília, o ruído de até 50 dB(A) provoca estresse leve, excitante, causando dependência, e levando a durável desconforto. O estresse degradativo do organismo começa a cerca de 65 dB(A) com desequilíbrio bioquímico, aumentando o risco de enfarte, derrame cerebral, infecções, osteoporose, etc. Provavelmente a 80 dB(A) já libera morfinas biológicas no corpo, provocando prazer e completando o quadro de dependência. Em torno de 100 dB(A) pode haver perda imediata da audição. Por outro lado, o sono, a partir de 35 dB(A), vai ficando superficial, à 75 dB(A) atinge uma perda de 70% dos estágios profundos. 6.2 AVALIAÇÃO DO RUÍDO AMBIENTAL Para avaliar o rigor do ruído ambiental em relação ao seu efeito sobre a saúde pública, os principais fatores a ser considerados são:  Incômodo;  Interferência no sono;  Perda de audição por indução do ruído;  Comunicação da palavra. A combinação dessas quatro avaliações é suficiente para a maioria das situações. Esses mesmos fatores podem proporcionar a direção e relativa avaliação dos procedimentos para minimizar os efeitos de tensão, diretos e indiretos, responsáveis pela maioria das reclamações relacionadas com a saúde. Não há evidências de que essas tensões causem ou agravem doenças clinicamente detectáveis, desde que os níveis de exposição de ruído estejam abaixo daqueles que causam danos à audição. A totalidade de respostas da comunidade, incluindo e integrando todas as interferências de atividades potenciais e os mencionados efeitos na saúde, é melhor avaliada e planejada, baseada nas diretrizes de uso do solo sumarizadas na última seção. Os critérios detalhados vistos na seção 3, sobre as Indicações dos Efeitos dos Ruídos, são para serem utilizados para avaliações específicas dos efeitos na saúde (isto é, perda de audição  
  • 20. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   20  induzida pelo ruído ou interferência no sono) ou interferência nas atividades específicas (isto é, atividade escolar ou atividade no lazer) nas localidades específicas. Tais análises de simples eventos devem suplementar, mas não substituir, a avaliação dos efeitos do nível de exposição sonora cumulativa. 6.3 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL a) Níveis de ruído para conforto acústico Com relação ao conforto acústico no trabalho, apresentamos abaixo uma transcrição parcial da Lei 6.514 de 22/11/77 relativa ao Capitulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, dado pela Portaria No. 3.751 de 23 de Novembro de 1990, Norma Reguladora Nº 17 - ERGONOMIA, na qual encontramos os parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto acústico, desempenho e segurança: 17.5.2 Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exigem solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto: a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, registrada no INMETRO; b) Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23 graus; c) Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s; d) Umidade relativa do ar não inferior a 40%. 17.5.2.1 Para as atividades que possuam as características definidas no sub-item 17.5.2, mas não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10.152, o nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de até 65 dB(A) e a curva avaliação de ruído (NC) de valor não superior a 60 dB. 17.5.2.2 Os parâmetros previstos no sub-item 17.5.2 devem ser medidos nos postos de trabalho, sendo os níveis de ruído determinados próximos à zona auditiva e às demais variáveis na altura do tórax do trabalhador. I. NB‐95 NBR 10152/1987 ‐ TABELA 1 II. dB(A)  III. NC HOSPITAIS    Apartamentos, Enfermarias, Berçarios, Centro cirurgicos. 35 a 45  30  a 40 Laboratórios, Áreas para uso do público. 40 a 50  35 a 45 Serviços.  45 a 55  40 a 50 ESCOLAS    Bibliotecas, Sala de música, Salas de desenho. 35 a 45  30 a 40 Salas de aula, laboratórios.  40 a 50  35 a 45 Circulação.  45 a 55  40 a 50  
  • 21. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   21  HOTÉIS    Apartamentos.  35 a 45  30 a 40 Restaurantes, Salas de Estar.  40 a 50  35 a 45 Portaria, Recepção, Circulação.  45 a 55  40 a 50 RESIDÊNCIAS    Dormitórios.  35 a 45  30 a 40 Salas de Estar.  40 a 50  35 a 45 AUDITÓRIOS    Salas de Concreto, Teatros.  30 a 40  25 a 30 Salas de Conferências, Cinemas, Sala de Múltiplo uso. 35 a 45  30 a 35 RESTAURANTES    Restaurantes.  40 a 50  35 a 45 ESCRITÓRIOS    Salas de Reuniões.  30 a 40  25 a 35 Salas de Gerência, Projetos e Administração. 35 a 45  30 a 40 Salas de Computadores.  45 a 65  40 a 60 Salas de Mecanografia. 50a 60  45 a 55 IGREJAS E TEMPLOS    Cultos Meditativos.  40 a 50  35 a 45 LOCAIS DE ESPORTE    Pavilhões fechados para espetáculos e atividades esportivas. 45 a 60  40 a 55 NOTA: O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o valor superior significa a nível sonoro máximo aceitável para a respectiva finalidade. Na forma de medição dos ruídos, a fiscalização pode agir de duas maneiras para constatar uma poluição sonora: por vistorias de rotina e/ou por reclamações de cidadão incomodado identificável (para a fiscalização e não para o infrator). Na vistoria de rotina constatado um provável excesso de ruído para além do alinhamento do imóvel, pode a fiscalização medir o ruído colocando o aparelho bem no limite do alinhamento desse imóvel (onde fica o portão, por exemplo) e utilizará para comparação a tabela 1 para verificar se atende ou não a lei municipal. Condições desta medição em Ambiente Externo  As medições no ambiente externo devem ser efetuadas a 1,20 metros acima do solo e no mínimo a 1,50 metros de paredes, edifícios e outras superfícies refletoras;  A distância do microfone, a qualquer superfície refletiva deve ser no mínimo 3,50 metros;  Quando as circunstancias exigirem, as medições podem ser efetuadas em diferentes alturas e próximo a paredes como preconiza a NBR 10.151;  O microfone deverá estar provido de protetor de vento;  Não deverão ser efetuadas avaliações na ocorrência de precipitação (chuva);  Deve ser evitada a interferência de outras fontes nos níveis de ruído da fonte de avaliação.  
  • 22. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   22  Na vistoria de reclamação, a fiscalização entra no imóvel do reclamante e efetua a medição do ponto onde é maior a poluição sonora, obedecendo as regras abaixo. Do registro de decibéis determinados pelo aparelho devem ser descontados (correção por causa de interferências) os valores da tabela 2 acima. Exemplificando: Uma medição de uma fonte poluidora medida de dentro do dormitório, com janela aberta, resultou no aparelho 75 dB. A medição resultante corrigida será de 65 dB (75 dB medidos menos 10 dB previstos como correção por interferências na tabela 2). Essa medição de 65 dB é que será tomada para comparação com os valores permitidos para a zona de uso e horário previstos na tabela acima. As medições em Ambientes Internos devem seguir os procedimentos:  Altura do microfone : 1,20 m a 1,50 m do piso  Distancia mínima das paredes : 1,00 m  Distancia de janelas : 1,50 m  Devem ser realizadas, no mínimo 03 (três) medições separadas 0,50 m uma da outra ou representativo do local  As medições devem ser realizadas nas condições normais de utilização das janelas e portas (abertas e/ou fechadas), do recinto. e) Exemplos de níveis de ruídos: Floresta  18 dB  Quarto de dormir  25 dB  Biblioteca  35 dB  Sala de estar  40 dB  Bate‐papo  58 dB  Barulho  de escriório  65 dB  Rua com tráfego médio 85 dB  Caminhão pesado  90 dB  Britadeira em ação  100 dB  Grupo de rock  110 dB  Decolagem de jato (a 100  metros de distância)  125 dB  Ambiente Externo : Avenida, rua, praça, logradouro público a céu aberto; Ambiente Interno: Espaço dentro de uma construção: sala, dormitório;  
  • 23. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   23  DeciBel (dB): É o valor que representa a pressão sonora exercida num aparelho específico para este fim. A faixa de audibilidade percebida pelo ouvido humano é ampla e, no limiar da dor, alcança 140 dB. Poluição Sonora: É a degradação do ambiente provocada por excesso de ruído. É uma das piores das poluições ambientais. Ela ocorre sempre que a natureza ou os valores da emissão contrariem prescrições ou limitações impostas pelas autoridades em conformidade com disposições legais. É prevista no Código do Meio Ambiente Federal (art. 279) que prevê pena de até 3 anos de prisão ou com pena de multa de até 600 salários mínimos. Ruído: É um som não desejado que pode afetar de forma negativa a saúde e o bem estar de indivíduos ou populações. Som: é uma alteração mecânica que se propaga em forma de movimentos ondulatórios através do ar com algumas características definidas:  Intensidade: É a quantidade de energia vibratória que se propaga nas áreas próximas da fonte emissora e  Freqüência: É representada pelo número de vibrações completas em um segundo, expressa em Hertz (Hz).  Zona de uso: Parte da área do território da Cidade onde são permitidas ou proibidas atividades urbanas (residência, comércio, indústria, serviços ou instituição). Para saber qual a zona de uso de seu imóvel olhe na última linha da folha azul do IPTU onde está escrito "ZONEAMENTO" (Z1 , Z2, ......). A lei indicada em seguida ao zoneamento é a que definiu sua zona de uso. CONSIDERAÇÕES Valendo-se da existência das atividades de segurança do trabalho na empresa, acreditamos ser o presente trabalho e suas recomendações, de caráter de respaldo técnico complementar a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais onde a responsabilidade dos assuntos em questão e o conhecimento da peculiaridade das atividades laborais serão de grande valia para o sucesso dos programas prevencionistas. Responsável pela empresa  
  • 24. MODELO DE PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA   24  Empresa XXX   Responsável pela elaboração     Junho de 2010/Junho 2011. Anexo I Avaliação de Ruído