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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO
DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES I
ACADÊMICA: TASSIA TURCATTO
PORTFÓLIO DIGITAL
ATIVIDADES SEMANAIS REALIZADAS NO EIXO
1ª SEMANA
HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DOS MÉTODOS
MEMÓRIAS DA MINHA ALFABETIZAÇAO
A grande parte da minha alfabetização aconteceu na escola Municipal de Ensino
Fundamental São Valentim em Campestre- Sobradinho. Entrei na escola com quatro anos,
permaneci até os seis anos na pré-escola. Com sete anos ingressei na primeira serie do ensino
fundamental. Nesta época, ir para escola era muito bom e era difícil eu faltar às aulas.
Lembro-me das seguintes professoras, estas marcaram minha vida, pois foi nas séries
iniciais eu me alfabetizei, foram as seguintes: Victoria Puntel Festinalli e Leonara Dors Bolfe,
na verdade não sei qual das professoras foi a primeira a me alfabetizar, não consegui entrar
em contato com elas, mas fizeram um belo trabalho com nossa turma e pra mim me deixaram
um marco para vida toda.
O que é básico na alfabetização:
É um processo do sujeito que aprende:
 O objeto do conhecimento (leitura e escrita);
 O outro (dimensão social);
Um processo de aprendizagem que acontece a partir de um problema e tem origem
quando o sujeito vivencia experiências que envolvem um campo conceitual.
O ambiente deve produzir no aluno e o desejo ali de ficar, de apossar-se daquele saber
impregnador; Leitura e Escrita.
Na minha sala de aula, onde eu estudava lembro o seguinte: Havia cartaz com letras do
alfabeto, contendo figuras que representasse cada letra, e painéis de números também
contendo o mesmo esquema do alfabeto, com imagens representando números, para melhor
visualização e aprendizagem dos alunos. Assim era de fácil compreensão para nós.
Voltando a minha alfabetização, eu me alfabetizei em diversas maneiras, com, por
exemplo: cantando cantigas e musicas brincadeiras e cantigas de roda, naquele tempo era o
que nós mais fazia, era a nossa diversão, além disso, fazendo atividades de leitura e escrita
na sala de aula, lendo livrinhos de historias infantis, reconhecendo as letras do alfabeto,
números e cores, tudo isso foram d métodos que as professoras utilizaram para nos
alfabetizar.
A aprendizagem do sistema da escrita percorre uma longa trajetória. A criança pensa
constrói hipóteses, age sobre o real e apropria-se do real. Ela é sujeito na construção do seu
conhecimento. A esse processo denomina-se psicogênese da alfabetização. A psicogênese no
aprendizado da leitura e da escrita caracteriza-se por um processo progressivo de elaboração e
reelaborarão e, segundo Emilia Ferreiro, define-se em três níveis: pré-silábico, silábico e
alfabético.
Abaixo, está algumas das atividades realizadas no nível pré-silabico:
 Diferenciar letras de algarismos;
 Formar palavras grandes e pequenas com certos números de letras previamente
estabelecidos;
 Identificar semelhanças e diferenças entre palavras observando a letra inicial ou a
final;
 Recortar de revistas ou jornais palavras com determinada letra inicial ou final;
 Fazer mosaico com papel colorido, e colagem com um barbante ou fio de lã, isso eu
fazia com as letras do alfabeto, uma a uma;
 Reconhecer e reproduzir letras apresentadas pelo professor ou por um colega;
 Agrupar embalagens ou rótulos nos quais aparece determinada letra;
Algumas atividades de trabalho com o nome:
 Formar o próprio nome com letras movéis na carteira;
 Ordenar as letras do próprio nome;
 Identificar e agrupar nomes com a mesma letra inicial e final;
 Fazer advinhas (começa com a letra I e termina com a letra A);
 Identificar nomes com diferentes grafias;
 Colorir as letras do seu nome no alfabeto apresentado;
 Ordenar e copiar as letras do seu nome;
Trabalhinho realizado na primeira série com os nomes, até hoje guardo os trabalhinhos, são muitos tenho todos em uma
pasta.
Algumas atividades de Leitura:
 Criar espaço para participar de diversos aptos de leitura;
 Contar acompanhando sua letra em cartaz ou no quadro;
 Participar de coro falado seguindo o texto;
 Formar frases com as crianças e escrevê-las no quadro ou em tiras de papel;
 Ler cartazes, calendários, propagandas;
 Brincar de ler;
Algumas atividades para o nível silábico:
 Apresentar fichas, ler o nome e entrega-lo ao dono;
 Colocar as fichas com os nomes do meio da roda, cada um localiza o seu e coloca no
fichário;
 Advinhas;
 Trabalhar nomes de personagens e outros presentes em diferentes objetos;
Produção de texto:
 Ler, um texto produzindo diversas reescritas;
 Colocar títulos em fotos ou gravuras;
 Escrever frases ou listas sobre um tema sorteado;
 Trabalhar com rimas;
Leitura:
 Tentar ler palavras que recortou;
 Ler o que acabou de escrever;
 Leitura de jornais;
Algumas atividades realizadas no nível silábico alfabético:
 Ordenar listas telefônicas, agendas, fichários e dicionário.
 Formar frases recortando palavras de revistas.
 Recortar personagens de historias em quadrinhos e em duplas criar diálogos para as
historias.
 Criar rimas de palavras oferecidas pela professora.
 Pesquisar palavras com e sem acento.
 Pesquisar palavras que terminam em e ou i.
 Numa linha do texto, o professor pede para o aluno pintar cada palavra de uma cor.
Em seguida conta-las, compará-las e concluir.
A concluir este trabalho percebo a grande importância destas atividades para minha
alfabetização. Ferreiro destaca que, tradicionalmente, a alfabetização é considerada em função
da relação entre o método utilizado e o estado de 'maturidade' ou de 'prontidão' da criança. Os
dois polos do processo de aprendizagem - quem ensina e quem aprende - têm sido
considerados sem levar em consideração o terceiro elemento da relação que é a natureza do
objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem.
A partir desta constatação, a autora aborda de que maneira este objeto de conhecimento
intervém no processo utilizando uma relação tríade: de um lado, o sistema de representação
alfabética da linguagem com suas características específicas: por outro lado as concepções
de quem aprendem (crianças) e as concepções dos que ensinam (professores), sobre este
objeto de conhecimento.
BIBLIOGRAFIA:
FERREIRO, Emilia, Reflexões sobre Alfabetização disponível em:
<http://www.professorefetivo.com.br/resumos/Reflexoes-Sobre-Alfabetizacao.html>;
CONCEITOS ENTRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
O termo alfabetização faz referencia ao processo mediante o qual uma pessoa pode
aprender a ler e a escrever, duas funções ou atividades que lhe permitirão se comunicar com o
resto dos seres humanos a um nível mais profundo e abstrato. A alfabetização é muito
importante para que uma pessoa possa desenvolver ao máximo suas capacidades e isto não
quer dizer que e uma pessoa analfabeta não possa levar adiante sua vida, sim é verdade que
lhe custará bem mais conseguir um bom trabalho, mas principalmente poder se comunicar
com outros já que não saberá ler nem expressar por escrito suas ideias.
A alfabetização deve começar desde a etapa inicial das crianças, ao redor dos 5 a 6 anos,
quando se considera que já têm passado por etapas de aprendizagem de símbolos,formas,
senhas, etc. e podem agora se dedicar a compreender palavras e inclusive alguns termos mais
abstratos. A alfabetização pode começar em casa, mas é sem duvida a escola a responsável
por ensinar à crianças a ler e a escrever nos primeiros anos de escola. Isto se tornará mais
complexo à medida que a pessoa desenvolve mais habilidades e possa compreender textos
mais complexos.
Hoje, sabe-se que o processo de aprendizagem é contínuo e nos acompanha sempre, da
infância à velhice. Assim também ocorre com o processo de alfabetização, sendo este,
considerado um processo permanente, que não se restringe à aprendizagem da leitura e da
escrita e que tem forte influência na vida social das pessoas.
Ao contrário do tradicional conceito de alfabetização, em que os alunos deveriam
dominar as habilidades de leitura e escrita de forma mecânica, sem a preocupação com a
capacidade de interpretar, compreender, criticar; o Letramento apresenta-se como um
processo em que o ensino da leitura e da escrita acontece dentro de um contexto social e que
essa aprendizagem faça parte da vida dos alunos efetivamente. As habilidades adquiridas na
escola devem fazer parte das relações comunicativas dos indivíduos.
Soares (1998) aponta que o Letramento tem um sentido ampliado da alfabetização, pois
consiste em práticas de leitura e escrita, que vão além da alfabetização funcional, em que
indivíduos são alfabetizados, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita; muitos não têm
habilidade sequer para preencher um requerimento.
O processo de alfabetização pode acontecer a partir de outros suportes, como jornais e
revistas, não ficando restrito apenas ao livro didático, para que as habilidades de leitura e
escrita aconteçam dentro de situações reais de comunicação, sem falar na riqueza de imagens
e diversidade de gêneros textuais que esses suportes apresentam o que poderia contribuir com
a visão crítica e cidadã dos envolvidos no processo de aprendizagem.
O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da
leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a
importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a
criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa
inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir
socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por
isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal
absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o
aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização.
BIBLIOGRAGIA:
Conceitos de alfabetização, disponível em: <http://queconceito.com.br/alfabetizacao>;
PASTORELI, Ricardo, Programa Educacional ‘O Diário na Escola’, Educando a criança,
formando o cidadão, disponível em:
<http://blogs.odiario.com/odiarionaescola/2012/07/02/especial-o-conceito-de-letramento-e-a-
educacao-escolar/>;
Canal do educador, Alfabetização Trabalho Docente, disponível em:
<http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/alfabetizacao.htm>;
2ª SEMANA
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
SÍNTESE DO TEXTO: LEITURA E ALFABETIZAÇÃO: AS MUITAS FACETAS
Sobre o texto, a autora inicia destacando as diferenças entre países distantes mais com a
mesma necessidade de reconhecer a leitura e a escrita como algo além dessa capacidade do
simples ato de ler e escrever. Comenta ainda a desinvenção da alfabetização
especificadamente no Brasil, e aponta o fracasso na aprendizagem como principal fator.
A grande preocupação destes países era em saber se quem dizia ler e escrever, era capaz
de raciocinar e colocar em ordem as ideias apresentadas no texto. Houve a necessidade de
diferencia-se a alfabetização de letramento para que assim, houvesse como trabalhar melhor,
pois, constatado em países de primeiro mundo que grande parte da população, embora
soubesse ler, não tinham o domínio das habilidades de leitura e escritas fundamentais para as
práticas sociais que englobam a linguagem escrita.
A desinvenção da alfabetização seria o atual fracasso na aprendizagem, e no ensino da
língua escrita nas escolas brasileiras, e há décadas vem ocorrendo isso, pois várias causas
podem ser apontadas para essa perda de especificidade do processo de alfabetização;
limitando-me às causas de natureza pedagógica, cito, entre outras, a reorganização do tempo
escolar com a implantação do sistema de ciclos, que, ao lado dos aspectos positivos que sem
dúvida tem, pode trazer – e tem trazido – uma diluição ou uma preterição de metas e objetivos
a serem atingidos gradativamente ao longo do processo de escolarização; o princípio da
progressão continuada, que, mal concebido e mal aplicado, pode resultar em descompromisso
com o desenvolvimento gradual e sistemático de habilidades, competências, e conhecimentos.
Segundo Gaffney e Anderson (2000, p. 57), as últimas três décadas assistiram a mudanças
de paradigmas teóricos no campo da alfabetização que podem ser assim resumidas: um
paradigma behaviorista, dominante nos anos de 1960 e 1970, é substituído, nos anos de 1980,
por um paradigma cognitivista, que avança, nos anos de 1990, para um paradigma
sociocultural. Segundo eles, estas transições de paradigmas provocaram uma radical mudança
das teorias. Sem negar a incontestável contribuição que essa mudança paradigmática, na área
da alfabetização, trouxe para a compreensão da trajetória da criança em direção à descoberta
do sistema alfabético, é preciso, entretanto, reconhecer que ela conduziu a alguns equívocos e
a falsas inferências, que podem explicar a desinvenção da alfabetização, de que se fala neste
tópico – podem explicar a perda de especificidade do processo de alfabetização.
Por outro lado, os componentes essenciais do processo de alfabetização – consciência
fonêmica, (relações fonema–grafema), fluência em leitura (oral e silenciosa), vocabulário e
compreensão –, as evidências a que as pesquisas conduziam mostravam que têm implicações
altamente positivas para a aprendizagem da língua escrita o desenvolvimento da consciência
fonêmica e o ensino explícito, direto e sistemático das correspondências fonema–grafema. A
concepção de aprendizagem da língua escrita, em ambos, é mais ampla e multifacetada que
apenas a aprendizagem do código, das relações grafofônicas; o que ambos postulam é a
necessidade de que essa faceta recupere a importância fundamental que tem na aprendizagem
da língua escrita; sobretudo, que ela seja objeto de ensino direto, explícito e sistemático.
Já em nosso país, considerava-se alfabetizado aquele que soubesse ler e escrever, mas com
o tempo seria quem fosse capaz de ler e escrever um bilhete, embora pouco, mas existisse
uma leve diferença entre as duas, possibilitando assim distinguir alfabetizados de letrados, de
forma que o segundo já tinha condições de fazer uso da leitura e escrita. Grande parte desse
problema esta na forma como o material para “aprender a ler” é colocado na sala de aula,
colocando a criança como um produto pronto para a alfabetização, ao passo que se fosse
trabalhado alfabetização e letramento no mesmo processo, lado a lado, colocaria nas mãos da
criança um material “para ler”, e assim a mesma, aos poucos construiria o conhecimento, pois
existiria uma interação com língua escrita há ao mesmo tempo com a leitura.
Soares cita Ferreiro como opositora da necessidade de existir duas vertentes tão
parecidas ao ponto de se confundirem às vezes no processo educacional, “uma vez que uma
estar contida dentro da outra” (Emília Ferreiro, revista nova escola, ano XVIII, n.162). Essas
multes facetas como a imersão na cultura escrita, diferentes tipos e gêneros de material
escrito, habilidades de decodificação e decodificação de língua escrita, segundo Soares, se
fosse permitida as crianças, não haveria um grande e precário resultado de uma má
aprendizagem nas series iniciais se estendendo ate o ensino médio , provocando uma seria
reflexão de se trabalhar a alfabetização simultaneamente com o letramento. A autora finaliza
o texto explicitando de forma clara a fundamental necessidade de fazer essa interação entre
alfabetizar e letrar, sendo que cada uma com suas especificidades, mas que não podem agir de
forma isolada, como se cada uma tivesse uma vertente e um interesse particular no processo
educacional, e uma vez que a alfabetização é uma aquisição e apropriação do sistema da
escrita e o letramento é desenvolvimento das habilidades de uso da leitura e escrita, e se
ambas convergem para um mesmo paralelo, não pode existir separadas.
REFERÊNCIAS:
SOARES, Magda. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Disponível em:
http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7630/mod_resource/content/1/letramento%20e
%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%2C%20as%20muitas%20facetas.pdf;
SOARES, Magda. O que é letramento? Disponível em: <
http://www.verzeri.org.br/artigos/003.pdf>;
SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Disponível em: <
http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/a-reivencao-alfabetizacao.pdf>;
3ª SEMANA
REIVENTANDO A ALFABETIZAÇÃO
TAREFA PARA SER REALIZADA EM CASA (PRAZO 30/04 A 14/05):
Verificar o nível de escrita de uma criança
4ª SEMANA
NÍVEIS DA ESCRITA E MATERIAIS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA
ESCRITA
VERIFICANDO O NÍVEL DE ESCRITA DA CRIANÇA OBSERVADA
Muito antes de iniciar o processo formal da aprendizagem da leitura e escrita, as
crianças constroem hipóteses sobre este objeto de conhecimento. Segundo Emilia Ferreiro, a
grande maioria das crianças na faixa dos seis anos faz corretamente a distinção entre texto e
desenho, sabendo que se pode ler é aquilo que contém letras, embora algumas ainda persistam
na hipótese de que tanto se podem ler as letras quanto os desenhos. Contudo, todas as
crianças passam pelo processo de construção da escrita.
Realizei este teste, com a criança Dhienyfer Maieron, de seis anos, moradora aqui da
localidade de Campestre-Sobradinho, e estuda na escola São Valentim, pertencente a esta
comunidade. Este teste da psicogênese é composto por quatro palavras de um mesmo
universo semântico e uma frase. As quatro palavras foram pensada em animais, sendo uma
palavra monossílaba, outra dissílaba, trissílaba e polissílaba. Pedi á ela que ela escrevesse as
seguintes palavras referentes a animais: ELEFANTE, CACHORRO, GATO E RÃ. E, em
seguida pedi a Dhienyfer que escrevesse a seguinte frase: EU TENHO UM CACHORRO.
Nesta imagem abaixo, está o resultado do teste realizado, como podemos perceber o
nível da escrita da Dhienyfer se caracteriza no nível alfabético, pois nesta etapa, a escrita
alfabética “é um marco decisivo na compreensão do sistema da escrita”. (Grossi, 1998).
Neste nível, a criança percebe que, para formar palavras, é necessário o uso de sílabas e, na
formação de sílabas, o uso de letras. Essa percepção que ocorre na criança mostra que houve
compreensão de como se dá a escrita.
A aprendizagem neste nível é mais que um desafio, considerando-se que a
correspondência “grafema-fonema” não acontece de forma momentânea e definitiva. Sua
compreensão exige tempo, pois o processo de aquisição da escrita apresenta muita
dificuldade. Em alguns momentos, a criança escreve de forma alfabética; em outros, de forma
silábica, baseada nas razões lógicas. Como, por exemplo, podemos citar as palavras que
foram realizadas no teste, onde a Dhienyfer escreveu: “ELEFANTE” ela, primeiramente
pensou na palavra, em como escrever, e em seguida ela escreveu “ELEFATE” na folha, e
também na palavra “CACHORRO”, ela realizou o mesmo procedimento da primeira, palavra,
pensou antes de escrever, onde ela representou como “CAXRO”. À medida que aprende a
ortografia vai consolidando a estabilidade da escrita. As "dúvidas" vão ficando reduzidas
(CAXRO- CACHORRO) e a escrita vai ficando mais estável, atinge o nível que Emília
Ferreiro caracteriza com "Diferenciação qualitativa inter- relacional sistemática". As outras
palavras que foram ditadas ela escreve corretamente: “GATO”, e “RÔ, no caso da palavra rã
ela não colocou o acento, assim como na frase que foi dita a ela: “EU TENU UM CAXRO”,
frase escrita por Dhienyfer, para ela, o X e o CH tem o mesmo som.
A partir desse momento, a criança se confrontará com as dificuldades próprias da
ortografia, mas não terá problemas de escrita, no sentido estrito (FERREIRO e
TEBEROSSKY, 1986). O conhecimento do som das letras na sílaba completa a
caracterização do nível alfabético da escrita. Atingiu a constituição alfabética das sílabas.
Escreve como fala. O grande avanço do nível alfabético é a fonetização da sílaba, em relação
ao nível silábico, que chega até a fonetização da palavra.
REFERÊNCIAS:
FERREIRO, Emilia, TEBEROSKY, Ana, Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1986.
Teste da psicogênese com a Dhienyfer
GROSSI, Esther Pillar. Didática dos níveis pré-silábico, silábico e alfabético. Porto Alegre:
GEEMPA, 1985.
5ª SEMANA
PENSANDO SOBRE OS NÍVEIS E ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO NA SALA
DE AULA
PLANO DE AULA
1) Dados de Identificação:
Nome dos acadêmicos: Janete Eduete dos Santos, Nelci Folleto Fiuza e Tassia Turcatto.
Data: 14/05/2015
Polo: Sobradinho
Ano: 3° ano
2) Conteúdo:
Reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem visual representado pelo
desenho.
Sinais de pontuação e ortografia.
Confecção de varal.
3) Objetivos:
- Gerais: Escrever texto utilizando a escrita alfabética e preocupando-se com a forma
ortográfica.
- Específicos: Analisar gravuras trazidas pelo professor;
Expressar oralmente, manifestando sua opinião bem como a descrição da imagem;
Elaborar texto;
Analisar e pontuar aspectos, observando no texto quanto à ortografia e a escrita
alfabética;
Representar os principais personagens através de desenho no texto produzido;
Confeccionar um varal de texto;
4) Procedimentos metodológicos:
No primeiro momento a professora colocará a disposição dos alunos diferentes figuras,
quando eles observarão, irão escolher a qual mais lhe chamou a atenção ou mais
gostou. Em seguida, a professora irá os questionar, o porquê da escolha, desta figura.
Se foi pelo animal, pela flor, pela natureza, etc... Com a conclusão da conversa sobre a
imagem escolhida, cada aluno deverá produzir um texto, sobre a mesma, escolhendo
um titulo adequado ao assunto, observando ortografia e sinais de pontuação.
Enfatizando clareza e uma sequência lógica, para quem quer vir a ler, ter um
entendimento do assunto que deseja emitir o texto.
Com os textos prontos, será feita a troca entre os alunos para realizar a leitura oral. Esta
leitura será feita pelo colega, quando eles deverão dar a sua opinião da escrita e da
pontuação. Após a professora ter corrigido o texto, eles irão passar a limpo em uma
folha pautada e deverão representar os principais personagens na mesma.
Sequentemente será confeccionado um varal, para expor os textos para os demais
alunos de a escola ter oportunidade de lerem.
5) Recursos: Folha xerocada, folhas pautadas,lápis décor e barbante para o varal.
6ª SEMANA
ATIVIDADE PRESENCIAL
AVALIAÇÃO PRESENCIAL NO POLO
ACADÊMICA: TASSIA TURCATTO
DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES
TEXTO AVALIATIVO
CONCEITOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Alfabetização é não é uma tarefa fácil de realizar, ao meu entendimento, quando se
ensina e alfabetiza crianças, temos que entender o tempo das crianças aprende, levando em
conta que cada uma tem período para aprender a ler e a escrever, algumas em pouco tempo, já
são alfabetizadas, já outras não.
De acordo com Monteiro e Baptista (2009, p.30) a alfabetização trata do domínio da
tecnologia, do conjunto de técnicas que capacita o sujeito a exercer a arte e a ciência da
escrita e o letramento implica habilidades, tais como “a capacidade de ler e escrever para
informar-se ou interagir, para ampliar o conhecimento, capacidade de interpretar e produzir
diferentes tipos de texto, de inserir-se efetivamente no mundo da escrita, entre muitas outras”.
Sendo assim, é possível considerar que letrar é o mesmo que, conduzir a criança ao exercício
das práticas sociais de leitura e escrita, é inseri-la ao campo das letras em seu sentido e
contexto social, e a alfabetização compreende a decodificação e assimilação dos signos
linguísticos; alfabetizar está em inserir a criança para a prática da leitura, ou seja, fazer com
que se aprenda a ler, mas isso não implica em criar hábito da leitura.
Relacionando isso com o eixo estudado, tivemos vários textos e trabalhos envolvendo
alfabetização e letramento, que possibilitaram a nós um maior aprendizado sobre estes
importantes temas, desde a nossa alfabetização, contar como fomos alfabetizados, os métodos,
que foram utilizados pelas professoras, até foi bom relembrar isto, pois possibilitou fazer a
compreensão do passado, como as crianças se alfabetizaram e como esta hoje, diferenciando
métodos entre professores.
Estes conceitos todos estudados contribuíram muito para minha formação de
alfabetizar crianças, aprendi muito, através de rodas de conversas, diálogo e questionamentos
realizados entre nossa turma, cada um colaborou de forma significativa trazendo diversos
métodos, sugestões, e reflexões de como esta tarefa de alfabetizar é importantíssima na vida
das crianças.
Destaco também, os interessantes textos que foram disponibilizados a nós, pois foi de
extrema importância para realização das tarefas, e para mim foi também um momento de
aprendizado, pois com estes materiais, tive um maior aprofundamento sobre alfabetizar e
letrar, como se da este processo de aprendizados das crianças, as tarefas propostas para fazer,
o teste de níveis de escrita, que foi muito bom poder observar e compreender o processo de
escrita das crianças e verificar o nível em que elas estão, contudo, nós futuros professores e
alfabetizadores devemos ter sensibilidade e competência para organizar o trabalho pedagógico
de forma lúdica e interdisciplinar, organizando os conteúdos em projetos ou eixos que
proporcionam atividades mais amplas e diversificadas.
REFERÊNCIAS:
LAPUENTE, Janaína Soares Martins. Contribuições para a prática pedagógica na
alfabetização. Disponível em: <
http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7656/mod_resource/content/1/Contribui%C3%
A7%C3%B5es%20para%20a%20pr%C3%A1tica%20pedag%C3%B3gica%20na%20alfabeti
za%C3%A7%C3%A3o%20Jana%C3%ADna.pdf>;
LAPUENTE, Janaína Soares Martins. Contribuições para a prática pedagógica na
alfabetizadora de sucesso. Disponível em: <
http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7631/mod_resource/content/1/Contribui%C3%
A7%C3%B5es%20para%20uma%20pr%C3%A1tica%20alfabetizadora%20de%20sucesso%
20Jana%C3%ADna.pdf>;
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas*. Disponível em: <
http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7630/mod_resource/content/1/letramento%20e
%20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%2C%20as%20muitas%20facetas.pdf>;
TEXTO COLETIVO
PROFESSORA RESPONSÁVEL: VANIA GRIN THIES
ACADÊMICOS: ALENE, ELIANI, ENIO, EOLITA, EVA, IVANIA, JANETE,
JÉSSICA, JOELMA, LUCINARA, MARCOS, MICHELLE, NELCI, TASSIA E
VANDREIA.
POLO: SOBRADINHO
SEMESTRE: 5º DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES I
O QUE ENTENDEMOS POR ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO E COMO
EFETIVAR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA COERENTE COM ESTES
CONCEITOS?
Entendemos por alfabetização como sendo uma prática de letramento que implica em
uma contextualização, em que por meio de práticas sociais de leitura e escrita da sala de aula,
o aluno é apresentado a língua de seu país como instrumento social, que pode ajudá-lo a viver
melhor. Como relação a estes conceitos os PCNs da Língua Portugesa dizem:
“O domínio da língua tem estrita relação com a possibilidade de plena
participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica,
tem acesso a informação, expressa e defende pontos de vista, partilha
e constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim um projeto
educativo comprometido com a democratização social e cultural
atribui a escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os
seus alunos o acesso aos saberes linguisticos necessários para o
exercício da cidadania, direito inalinável de todos.” (BRASI, 1997 B,
p.21)
Se analisarmos o que diz os PCNs temos a argumentação firmada pela legislação no
que tange a alfabetização e o letramento, pois é lá que são definidas as metas que fazem parte
d processo ensino aprendizagem.
Quando a alfabetização é concebida como uma forma de acesso a cultura, não é
possível admitir que existem crianças na escola que supostas saibam ler, mas que não
consigam entender uma notícia de jornal; saibam escrever, mas conseguem redigir uma carta.
Em linhas gerais essas crianças não conseguem compreender que a língua portuguesa
ensinada na escola é a mesma das ruas, dos livros. Isso porque via de regra, a escola muitas
vezes trabalha com textos que só tem sentido no ambiente escolar.
Consideramos que é preciso que a escola tome consciência de que nada adiantam as
crianças saberem ler s textos escolares. É preciso que saibam usar a linguagem como
instrumento para viver melhor e para ter acesso a cultura de seu povo. Contudo, sabemos que
as políticas púbicas envolvem questões maiores quando mencionamos os textos de livros, pois
nas escolas públicas recebemos o material para trabalhar sem a devida conscientização dos
governantes que cada criança é uma criança, ou melhor, cada região deveria ter acesso o
material condizente com a sua realidade.
Sabemos que a criança vem para a escola com uma bagagem de conhecimento oriunda
de suas práticas sociais, é o educador tem a função de mediar este entendimento entre a
linguagem propriamente dita e prática pedagógica.
Entendemos que é preciso usar a linguagem como forma de cidadania. É um direito da
criança, um dever da escola e uma responsabilidade grande do professor. Sob esse ponto de
vista, destaca Rego (2007) “alfabetização dar-se-ia através de uma profunda imersão das
crianças nas práticas sociais de leitura e escrita, descartando-se qualquer tipo de atividade
didática que não estivesse vinculada a estas práticas.” diante destas afirmações feitas por
Rego, entendemos que a utilização da leitura e escrita em placas, outodoors, símbolos, gibis,
etc, mais a criança avançam na direção do domínio da leitura e da escrita convencional.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
VALLE, Luciana L.D. Metodologia da Alfabetização. Curitiba: Intersaberes, 2013.
Portifolio digital TASSIA

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  • 1. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL FACULDADE DE EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES I ACADÊMICA: TASSIA TURCATTO PORTFÓLIO DIGITAL ATIVIDADES SEMANAIS REALIZADAS NO EIXO
  • 2. 1ª SEMANA HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO ATRAVÉS DOS MÉTODOS MEMÓRIAS DA MINHA ALFABETIZAÇAO A grande parte da minha alfabetização aconteceu na escola Municipal de Ensino Fundamental São Valentim em Campestre- Sobradinho. Entrei na escola com quatro anos, permaneci até os seis anos na pré-escola. Com sete anos ingressei na primeira serie do ensino fundamental. Nesta época, ir para escola era muito bom e era difícil eu faltar às aulas. Lembro-me das seguintes professoras, estas marcaram minha vida, pois foi nas séries iniciais eu me alfabetizei, foram as seguintes: Victoria Puntel Festinalli e Leonara Dors Bolfe, na verdade não sei qual das professoras foi a primeira a me alfabetizar, não consegui entrar em contato com elas, mas fizeram um belo trabalho com nossa turma e pra mim me deixaram um marco para vida toda. O que é básico na alfabetização: É um processo do sujeito que aprende:  O objeto do conhecimento (leitura e escrita);  O outro (dimensão social); Um processo de aprendizagem que acontece a partir de um problema e tem origem quando o sujeito vivencia experiências que envolvem um campo conceitual. O ambiente deve produzir no aluno e o desejo ali de ficar, de apossar-se daquele saber impregnador; Leitura e Escrita. Na minha sala de aula, onde eu estudava lembro o seguinte: Havia cartaz com letras do alfabeto, contendo figuras que representasse cada letra, e painéis de números também contendo o mesmo esquema do alfabeto, com imagens representando números, para melhor visualização e aprendizagem dos alunos. Assim era de fácil compreensão para nós. Voltando a minha alfabetização, eu me alfabetizei em diversas maneiras, com, por exemplo: cantando cantigas e musicas brincadeiras e cantigas de roda, naquele tempo era o
  • 3. que nós mais fazia, era a nossa diversão, além disso, fazendo atividades de leitura e escrita na sala de aula, lendo livrinhos de historias infantis, reconhecendo as letras do alfabeto, números e cores, tudo isso foram d métodos que as professoras utilizaram para nos alfabetizar. A aprendizagem do sistema da escrita percorre uma longa trajetória. A criança pensa constrói hipóteses, age sobre o real e apropria-se do real. Ela é sujeito na construção do seu conhecimento. A esse processo denomina-se psicogênese da alfabetização. A psicogênese no aprendizado da leitura e da escrita caracteriza-se por um processo progressivo de elaboração e reelaborarão e, segundo Emilia Ferreiro, define-se em três níveis: pré-silábico, silábico e alfabético. Abaixo, está algumas das atividades realizadas no nível pré-silabico:  Diferenciar letras de algarismos;  Formar palavras grandes e pequenas com certos números de letras previamente estabelecidos;  Identificar semelhanças e diferenças entre palavras observando a letra inicial ou a final;  Recortar de revistas ou jornais palavras com determinada letra inicial ou final;  Fazer mosaico com papel colorido, e colagem com um barbante ou fio de lã, isso eu fazia com as letras do alfabeto, uma a uma;  Reconhecer e reproduzir letras apresentadas pelo professor ou por um colega;  Agrupar embalagens ou rótulos nos quais aparece determinada letra; Algumas atividades de trabalho com o nome:  Formar o próprio nome com letras movéis na carteira;  Ordenar as letras do próprio nome;  Identificar e agrupar nomes com a mesma letra inicial e final;  Fazer advinhas (começa com a letra I e termina com a letra A);  Identificar nomes com diferentes grafias;  Colorir as letras do seu nome no alfabeto apresentado;  Ordenar e copiar as letras do seu nome;
  • 4. Trabalhinho realizado na primeira série com os nomes, até hoje guardo os trabalhinhos, são muitos tenho todos em uma pasta. Algumas atividades de Leitura:  Criar espaço para participar de diversos aptos de leitura;  Contar acompanhando sua letra em cartaz ou no quadro;  Participar de coro falado seguindo o texto;  Formar frases com as crianças e escrevê-las no quadro ou em tiras de papel;  Ler cartazes, calendários, propagandas;  Brincar de ler; Algumas atividades para o nível silábico:  Apresentar fichas, ler o nome e entrega-lo ao dono;  Colocar as fichas com os nomes do meio da roda, cada um localiza o seu e coloca no fichário;  Advinhas;  Trabalhar nomes de personagens e outros presentes em diferentes objetos; Produção de texto:
  • 5.  Ler, um texto produzindo diversas reescritas;  Colocar títulos em fotos ou gravuras;  Escrever frases ou listas sobre um tema sorteado;  Trabalhar com rimas; Leitura:  Tentar ler palavras que recortou;  Ler o que acabou de escrever;  Leitura de jornais; Algumas atividades realizadas no nível silábico alfabético:  Ordenar listas telefônicas, agendas, fichários e dicionário.  Formar frases recortando palavras de revistas.  Recortar personagens de historias em quadrinhos e em duplas criar diálogos para as historias.  Criar rimas de palavras oferecidas pela professora.  Pesquisar palavras com e sem acento.  Pesquisar palavras que terminam em e ou i.  Numa linha do texto, o professor pede para o aluno pintar cada palavra de uma cor. Em seguida conta-las, compará-las e concluir. A concluir este trabalho percebo a grande importância destas atividades para minha alfabetização. Ferreiro destaca que, tradicionalmente, a alfabetização é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado de 'maturidade' ou de 'prontidão' da criança. Os dois polos do processo de aprendizagem - quem ensina e quem aprende - têm sido considerados sem levar em consideração o terceiro elemento da relação que é a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem. A partir desta constatação, a autora aborda de que maneira este objeto de conhecimento intervém no processo utilizando uma relação tríade: de um lado, o sistema de representação alfabética da linguagem com suas características específicas: por outro lado as concepções
  • 6. de quem aprendem (crianças) e as concepções dos que ensinam (professores), sobre este objeto de conhecimento. BIBLIOGRAFIA: FERREIRO, Emilia, Reflexões sobre Alfabetização disponível em: <http://www.professorefetivo.com.br/resumos/Reflexoes-Sobre-Alfabetizacao.html>; CONCEITOS ENTRE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO O termo alfabetização faz referencia ao processo mediante o qual uma pessoa pode aprender a ler e a escrever, duas funções ou atividades que lhe permitirão se comunicar com o resto dos seres humanos a um nível mais profundo e abstrato. A alfabetização é muito importante para que uma pessoa possa desenvolver ao máximo suas capacidades e isto não quer dizer que e uma pessoa analfabeta não possa levar adiante sua vida, sim é verdade que lhe custará bem mais conseguir um bom trabalho, mas principalmente poder se comunicar com outros já que não saberá ler nem expressar por escrito suas ideias. A alfabetização deve começar desde a etapa inicial das crianças, ao redor dos 5 a 6 anos, quando se considera que já têm passado por etapas de aprendizagem de símbolos,formas, senhas, etc. e podem agora se dedicar a compreender palavras e inclusive alguns termos mais abstratos. A alfabetização pode começar em casa, mas é sem duvida a escola a responsável por ensinar à crianças a ler e a escrever nos primeiros anos de escola. Isto se tornará mais complexo à medida que a pessoa desenvolve mais habilidades e possa compreender textos mais complexos. Hoje, sabe-se que o processo de aprendizagem é contínuo e nos acompanha sempre, da infância à velhice. Assim também ocorre com o processo de alfabetização, sendo este,
  • 7. considerado um processo permanente, que não se restringe à aprendizagem da leitura e da escrita e que tem forte influência na vida social das pessoas. Ao contrário do tradicional conceito de alfabetização, em que os alunos deveriam dominar as habilidades de leitura e escrita de forma mecânica, sem a preocupação com a capacidade de interpretar, compreender, criticar; o Letramento apresenta-se como um processo em que o ensino da leitura e da escrita acontece dentro de um contexto social e que essa aprendizagem faça parte da vida dos alunos efetivamente. As habilidades adquiridas na escola devem fazer parte das relações comunicativas dos indivíduos. Soares (1998) aponta que o Letramento tem um sentido ampliado da alfabetização, pois consiste em práticas de leitura e escrita, que vão além da alfabetização funcional, em que indivíduos são alfabetizados, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita; muitos não têm habilidade sequer para preencher um requerimento. O processo de alfabetização pode acontecer a partir de outros suportes, como jornais e revistas, não ficando restrito apenas ao livro didático, para que as habilidades de leitura e escrita aconteçam dentro de situações reais de comunicação, sem falar na riqueza de imagens e diversidade de gêneros textuais que esses suportes apresentam o que poderia contribuir com a visão crítica e cidadã dos envolvidos no processo de aprendizagem. O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento, que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização. BIBLIOGRAGIA: Conceitos de alfabetização, disponível em: <http://queconceito.com.br/alfabetizacao>;
  • 8. PASTORELI, Ricardo, Programa Educacional ‘O Diário na Escola’, Educando a criança, formando o cidadão, disponível em: <http://blogs.odiario.com/odiarionaescola/2012/07/02/especial-o-conceito-de-letramento-e-a- educacao-escolar/>; Canal do educador, Alfabetização Trabalho Docente, disponível em: <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/alfabetizacao.htm>; 2ª SEMANA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO SÍNTESE DO TEXTO: LEITURA E ALFABETIZAÇÃO: AS MUITAS FACETAS Sobre o texto, a autora inicia destacando as diferenças entre países distantes mais com a mesma necessidade de reconhecer a leitura e a escrita como algo além dessa capacidade do simples ato de ler e escrever. Comenta ainda a desinvenção da alfabetização especificadamente no Brasil, e aponta o fracasso na aprendizagem como principal fator. A grande preocupação destes países era em saber se quem dizia ler e escrever, era capaz de raciocinar e colocar em ordem as ideias apresentadas no texto. Houve a necessidade de diferencia-se a alfabetização de letramento para que assim, houvesse como trabalhar melhor, pois, constatado em países de primeiro mundo que grande parte da população, embora soubesse ler, não tinham o domínio das habilidades de leitura e escritas fundamentais para as práticas sociais que englobam a linguagem escrita. A desinvenção da alfabetização seria o atual fracasso na aprendizagem, e no ensino da língua escrita nas escolas brasileiras, e há décadas vem ocorrendo isso, pois várias causas podem ser apontadas para essa perda de especificidade do processo de alfabetização; limitando-me às causas de natureza pedagógica, cito, entre outras, a reorganização do tempo escolar com a implantação do sistema de ciclos, que, ao lado dos aspectos positivos que sem dúvida tem, pode trazer – e tem trazido – uma diluição ou uma preterição de metas e objetivos
  • 9. a serem atingidos gradativamente ao longo do processo de escolarização; o princípio da progressão continuada, que, mal concebido e mal aplicado, pode resultar em descompromisso com o desenvolvimento gradual e sistemático de habilidades, competências, e conhecimentos. Segundo Gaffney e Anderson (2000, p. 57), as últimas três décadas assistiram a mudanças de paradigmas teóricos no campo da alfabetização que podem ser assim resumidas: um paradigma behaviorista, dominante nos anos de 1960 e 1970, é substituído, nos anos de 1980, por um paradigma cognitivista, que avança, nos anos de 1990, para um paradigma sociocultural. Segundo eles, estas transições de paradigmas provocaram uma radical mudança das teorias. Sem negar a incontestável contribuição que essa mudança paradigmática, na área da alfabetização, trouxe para a compreensão da trajetória da criança em direção à descoberta do sistema alfabético, é preciso, entretanto, reconhecer que ela conduziu a alguns equívocos e a falsas inferências, que podem explicar a desinvenção da alfabetização, de que se fala neste tópico – podem explicar a perda de especificidade do processo de alfabetização. Por outro lado, os componentes essenciais do processo de alfabetização – consciência fonêmica, (relações fonema–grafema), fluência em leitura (oral e silenciosa), vocabulário e compreensão –, as evidências a que as pesquisas conduziam mostravam que têm implicações altamente positivas para a aprendizagem da língua escrita o desenvolvimento da consciência fonêmica e o ensino explícito, direto e sistemático das correspondências fonema–grafema. A concepção de aprendizagem da língua escrita, em ambos, é mais ampla e multifacetada que apenas a aprendizagem do código, das relações grafofônicas; o que ambos postulam é a necessidade de que essa faceta recupere a importância fundamental que tem na aprendizagem da língua escrita; sobretudo, que ela seja objeto de ensino direto, explícito e sistemático. Já em nosso país, considerava-se alfabetizado aquele que soubesse ler e escrever, mas com o tempo seria quem fosse capaz de ler e escrever um bilhete, embora pouco, mas existisse uma leve diferença entre as duas, possibilitando assim distinguir alfabetizados de letrados, de forma que o segundo já tinha condições de fazer uso da leitura e escrita. Grande parte desse problema esta na forma como o material para “aprender a ler” é colocado na sala de aula, colocando a criança como um produto pronto para a alfabetização, ao passo que se fosse trabalhado alfabetização e letramento no mesmo processo, lado a lado, colocaria nas mãos da criança um material “para ler”, e assim a mesma, aos poucos construiria o conhecimento, pois existiria uma interação com língua escrita há ao mesmo tempo com a leitura.
  • 10. Soares cita Ferreiro como opositora da necessidade de existir duas vertentes tão parecidas ao ponto de se confundirem às vezes no processo educacional, “uma vez que uma estar contida dentro da outra” (Emília Ferreiro, revista nova escola, ano XVIII, n.162). Essas multes facetas como a imersão na cultura escrita, diferentes tipos e gêneros de material escrito, habilidades de decodificação e decodificação de língua escrita, segundo Soares, se fosse permitida as crianças, não haveria um grande e precário resultado de uma má aprendizagem nas series iniciais se estendendo ate o ensino médio , provocando uma seria reflexão de se trabalhar a alfabetização simultaneamente com o letramento. A autora finaliza o texto explicitando de forma clara a fundamental necessidade de fazer essa interação entre alfabetizar e letrar, sendo que cada uma com suas especificidades, mas que não podem agir de forma isolada, como se cada uma tivesse uma vertente e um interesse particular no processo educacional, e uma vez que a alfabetização é uma aquisição e apropriação do sistema da escrita e o letramento é desenvolvimento das habilidades de uso da leitura e escrita, e se ambas convergem para um mesmo paralelo, não pode existir separadas. REFERÊNCIAS: SOARES, Magda. Letramento e Alfabetização: as muitas facetas. Disponível em: http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7630/mod_resource/content/1/letramento%20e %20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%2C%20as%20muitas%20facetas.pdf; SOARES, Magda. O que é letramento? Disponível em: < http://www.verzeri.org.br/artigos/003.pdf>; SOARES, Magda. A reinvenção da alfabetização. Disponível em: < http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/a-reivencao-alfabetizacao.pdf>; 3ª SEMANA REIVENTANDO A ALFABETIZAÇÃO
  • 11. TAREFA PARA SER REALIZADA EM CASA (PRAZO 30/04 A 14/05): Verificar o nível de escrita de uma criança 4ª SEMANA NÍVEIS DA ESCRITA E MATERIAIS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA VERIFICANDO O NÍVEL DE ESCRITA DA CRIANÇA OBSERVADA Muito antes de iniciar o processo formal da aprendizagem da leitura e escrita, as crianças constroem hipóteses sobre este objeto de conhecimento. Segundo Emilia Ferreiro, a grande maioria das crianças na faixa dos seis anos faz corretamente a distinção entre texto e desenho, sabendo que se pode ler é aquilo que contém letras, embora algumas ainda persistam na hipótese de que tanto se podem ler as letras quanto os desenhos. Contudo, todas as crianças passam pelo processo de construção da escrita. Realizei este teste, com a criança Dhienyfer Maieron, de seis anos, moradora aqui da localidade de Campestre-Sobradinho, e estuda na escola São Valentim, pertencente a esta comunidade. Este teste da psicogênese é composto por quatro palavras de um mesmo universo semântico e uma frase. As quatro palavras foram pensada em animais, sendo uma palavra monossílaba, outra dissílaba, trissílaba e polissílaba. Pedi á ela que ela escrevesse as seguintes palavras referentes a animais: ELEFANTE, CACHORRO, GATO E RÃ. E, em seguida pedi a Dhienyfer que escrevesse a seguinte frase: EU TENHO UM CACHORRO. Nesta imagem abaixo, está o resultado do teste realizado, como podemos perceber o nível da escrita da Dhienyfer se caracteriza no nível alfabético, pois nesta etapa, a escrita alfabética “é um marco decisivo na compreensão do sistema da escrita”. (Grossi, 1998). Neste nível, a criança percebe que, para formar palavras, é necessário o uso de sílabas e, na formação de sílabas, o uso de letras. Essa percepção que ocorre na criança mostra que houve compreensão de como se dá a escrita. A aprendizagem neste nível é mais que um desafio, considerando-se que a correspondência “grafema-fonema” não acontece de forma momentânea e definitiva. Sua
  • 12. compreensão exige tempo, pois o processo de aquisição da escrita apresenta muita dificuldade. Em alguns momentos, a criança escreve de forma alfabética; em outros, de forma silábica, baseada nas razões lógicas. Como, por exemplo, podemos citar as palavras que foram realizadas no teste, onde a Dhienyfer escreveu: “ELEFANTE” ela, primeiramente pensou na palavra, em como escrever, e em seguida ela escreveu “ELEFATE” na folha, e também na palavra “CACHORRO”, ela realizou o mesmo procedimento da primeira, palavra, pensou antes de escrever, onde ela representou como “CAXRO”. À medida que aprende a ortografia vai consolidando a estabilidade da escrita. As "dúvidas" vão ficando reduzidas (CAXRO- CACHORRO) e a escrita vai ficando mais estável, atinge o nível que Emília Ferreiro caracteriza com "Diferenciação qualitativa inter- relacional sistemática". As outras palavras que foram ditadas ela escreve corretamente: “GATO”, e “RÔ, no caso da palavra rã ela não colocou o acento, assim como na frase que foi dita a ela: “EU TENU UM CAXRO”, frase escrita por Dhienyfer, para ela, o X e o CH tem o mesmo som. A partir desse momento, a criança se confrontará com as dificuldades próprias da ortografia, mas não terá problemas de escrita, no sentido estrito (FERREIRO e TEBEROSSKY, 1986). O conhecimento do som das letras na sílaba completa a caracterização do nível alfabético da escrita. Atingiu a constituição alfabética das sílabas. Escreve como fala. O grande avanço do nível alfabético é a fonetização da sílaba, em relação ao nível silábico, que chega até a fonetização da palavra. REFERÊNCIAS: FERREIRO, Emilia, TEBEROSKY, Ana, Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986. Teste da psicogênese com a Dhienyfer
  • 13. GROSSI, Esther Pillar. Didática dos níveis pré-silábico, silábico e alfabético. Porto Alegre: GEEMPA, 1985. 5ª SEMANA PENSANDO SOBRE OS NÍVEIS E ATIVIDADES DE ALFABETIZAÇÃO NA SALA DE AULA PLANO DE AULA 1) Dados de Identificação: Nome dos acadêmicos: Janete Eduete dos Santos, Nelci Folleto Fiuza e Tassia Turcatto. Data: 14/05/2015 Polo: Sobradinho Ano: 3° ano 2) Conteúdo: Reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem visual representado pelo desenho. Sinais de pontuação e ortografia. Confecção de varal. 3) Objetivos: - Gerais: Escrever texto utilizando a escrita alfabética e preocupando-se com a forma ortográfica. - Específicos: Analisar gravuras trazidas pelo professor; Expressar oralmente, manifestando sua opinião bem como a descrição da imagem;
  • 14. Elaborar texto; Analisar e pontuar aspectos, observando no texto quanto à ortografia e a escrita alfabética; Representar os principais personagens através de desenho no texto produzido; Confeccionar um varal de texto; 4) Procedimentos metodológicos: No primeiro momento a professora colocará a disposição dos alunos diferentes figuras, quando eles observarão, irão escolher a qual mais lhe chamou a atenção ou mais gostou. Em seguida, a professora irá os questionar, o porquê da escolha, desta figura. Se foi pelo animal, pela flor, pela natureza, etc... Com a conclusão da conversa sobre a imagem escolhida, cada aluno deverá produzir um texto, sobre a mesma, escolhendo um titulo adequado ao assunto, observando ortografia e sinais de pontuação. Enfatizando clareza e uma sequência lógica, para quem quer vir a ler, ter um entendimento do assunto que deseja emitir o texto. Com os textos prontos, será feita a troca entre os alunos para realizar a leitura oral. Esta leitura será feita pelo colega, quando eles deverão dar a sua opinião da escrita e da pontuação. Após a professora ter corrigido o texto, eles irão passar a limpo em uma folha pautada e deverão representar os principais personagens na mesma. Sequentemente será confeccionado um varal, para expor os textos para os demais alunos de a escola ter oportunidade de lerem. 5) Recursos: Folha xerocada, folhas pautadas,lápis décor e barbante para o varal. 6ª SEMANA ATIVIDADE PRESENCIAL AVALIAÇÃO PRESENCIAL NO POLO
  • 15. ACADÊMICA: TASSIA TURCATTO DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES TEXTO AVALIATIVO CONCEITOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Alfabetização é não é uma tarefa fácil de realizar, ao meu entendimento, quando se ensina e alfabetiza crianças, temos que entender o tempo das crianças aprende, levando em conta que cada uma tem período para aprender a ler e a escrever, algumas em pouco tempo, já são alfabetizadas, já outras não. De acordo com Monteiro e Baptista (2009, p.30) a alfabetização trata do domínio da tecnologia, do conjunto de técnicas que capacita o sujeito a exercer a arte e a ciência da escrita e o letramento implica habilidades, tais como “a capacidade de ler e escrever para informar-se ou interagir, para ampliar o conhecimento, capacidade de interpretar e produzir diferentes tipos de texto, de inserir-se efetivamente no mundo da escrita, entre muitas outras”. Sendo assim, é possível considerar que letrar é o mesmo que, conduzir a criança ao exercício das práticas sociais de leitura e escrita, é inseri-la ao campo das letras em seu sentido e contexto social, e a alfabetização compreende a decodificação e assimilação dos signos linguísticos; alfabetizar está em inserir a criança para a prática da leitura, ou seja, fazer com que se aprenda a ler, mas isso não implica em criar hábito da leitura. Relacionando isso com o eixo estudado, tivemos vários textos e trabalhos envolvendo alfabetização e letramento, que possibilitaram a nós um maior aprendizado sobre estes importantes temas, desde a nossa alfabetização, contar como fomos alfabetizados, os métodos, que foram utilizados pelas professoras, até foi bom relembrar isto, pois possibilitou fazer a compreensão do passado, como as crianças se alfabetizaram e como esta hoje, diferenciando métodos entre professores. Estes conceitos todos estudados contribuíram muito para minha formação de alfabetizar crianças, aprendi muito, através de rodas de conversas, diálogo e questionamentos realizados entre nossa turma, cada um colaborou de forma significativa trazendo diversos métodos, sugestões, e reflexões de como esta tarefa de alfabetizar é importantíssima na vida das crianças.
  • 16. Destaco também, os interessantes textos que foram disponibilizados a nós, pois foi de extrema importância para realização das tarefas, e para mim foi também um momento de aprendizado, pois com estes materiais, tive um maior aprofundamento sobre alfabetizar e letrar, como se da este processo de aprendizados das crianças, as tarefas propostas para fazer, o teste de níveis de escrita, que foi muito bom poder observar e compreender o processo de escrita das crianças e verificar o nível em que elas estão, contudo, nós futuros professores e alfabetizadores devemos ter sensibilidade e competência para organizar o trabalho pedagógico de forma lúdica e interdisciplinar, organizando os conteúdos em projetos ou eixos que proporcionam atividades mais amplas e diversificadas. REFERÊNCIAS: LAPUENTE, Janaína Soares Martins. Contribuições para a prática pedagógica na alfabetização. Disponível em: < http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7656/mod_resource/content/1/Contribui%C3% A7%C3%B5es%20para%20a%20pr%C3%A1tica%20pedag%C3%B3gica%20na%20alfabeti za%C3%A7%C3%A3o%20Jana%C3%ADna.pdf>; LAPUENTE, Janaína Soares Martins. Contribuições para a prática pedagógica na alfabetizadora de sucesso. Disponível em: < http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7631/mod_resource/content/1/Contribui%C3% A7%C3%B5es%20para%20uma%20pr%C3%A1tica%20alfabetizadora%20de%20sucesso% 20Jana%C3%ADna.pdf>; SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas*. Disponível em: < http://moodle.ufpel.edu.br/ead/pluginfile.php/7630/mod_resource/content/1/letramento%20e %20alfabetiza%C3%A7%C3%A3o%2C%20as%20muitas%20facetas.pdf>;
  • 17. TEXTO COLETIVO PROFESSORA RESPONSÁVEL: VANIA GRIN THIES ACADÊMICOS: ALENE, ELIANI, ENIO, EOLITA, EVA, IVANIA, JANETE, JÉSSICA, JOELMA, LUCINARA, MARCOS, MICHELLE, NELCI, TASSIA E VANDREIA. POLO: SOBRADINHO SEMESTRE: 5º DISCIPLINA: ESTUDOS INTEGRADORES I O QUE ENTENDEMOS POR ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO E COMO EFETIVAR UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA COERENTE COM ESTES CONCEITOS? Entendemos por alfabetização como sendo uma prática de letramento que implica em uma contextualização, em que por meio de práticas sociais de leitura e escrita da sala de aula, o aluno é apresentado a língua de seu país como instrumento social, que pode ajudá-lo a viver melhor. Como relação a estes conceitos os PCNs da Língua Portugesa dizem: “O domínio da língua tem estrita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso a informação, expressa e defende pontos de vista, partilha e constrói visões de mundo, produz conhecimento. Assim um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural atribui a escola a função e a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguisticos necessários para o exercício da cidadania, direito inalinável de todos.” (BRASI, 1997 B, p.21)
  • 18. Se analisarmos o que diz os PCNs temos a argumentação firmada pela legislação no que tange a alfabetização e o letramento, pois é lá que são definidas as metas que fazem parte d processo ensino aprendizagem. Quando a alfabetização é concebida como uma forma de acesso a cultura, não é possível admitir que existem crianças na escola que supostas saibam ler, mas que não consigam entender uma notícia de jornal; saibam escrever, mas conseguem redigir uma carta. Em linhas gerais essas crianças não conseguem compreender que a língua portuguesa ensinada na escola é a mesma das ruas, dos livros. Isso porque via de regra, a escola muitas vezes trabalha com textos que só tem sentido no ambiente escolar. Consideramos que é preciso que a escola tome consciência de que nada adiantam as crianças saberem ler s textos escolares. É preciso que saibam usar a linguagem como instrumento para viver melhor e para ter acesso a cultura de seu povo. Contudo, sabemos que as políticas púbicas envolvem questões maiores quando mencionamos os textos de livros, pois nas escolas públicas recebemos o material para trabalhar sem a devida conscientização dos governantes que cada criança é uma criança, ou melhor, cada região deveria ter acesso o material condizente com a sua realidade. Sabemos que a criança vem para a escola com uma bagagem de conhecimento oriunda de suas práticas sociais, é o educador tem a função de mediar este entendimento entre a linguagem propriamente dita e prática pedagógica. Entendemos que é preciso usar a linguagem como forma de cidadania. É um direito da criança, um dever da escola e uma responsabilidade grande do professor. Sob esse ponto de vista, destaca Rego (2007) “alfabetização dar-se-ia através de uma profunda imersão das crianças nas práticas sociais de leitura e escrita, descartando-se qualquer tipo de atividade didática que não estivesse vinculada a estas práticas.” diante destas afirmações feitas por Rego, entendemos que a utilização da leitura e escrita em placas, outodoors, símbolos, gibis, etc, mais a criança avançam na direção do domínio da leitura e da escrita convencional. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: VALLE, Luciana L.D. Metodologia da Alfabetização. Curitiba: Intersaberes, 2013.