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1INTRODUÇÃO
GUIA NACIONAL DE COLETA
E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
ÁGUA, SEDIMENTO, COMUNIDADES AQUÁTICAS
E EFLUENTES LÍQUIDOS
2 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
República Federativa do Brasil
Dilma Vana Rousseff
Presidenta
Ministério do Meio Ambiente
Izabella Mônica Vieira Teixeira
Ministra
Agência Nacional de Águas
Diretoria Colegiada
Vicente Andreu Guillo (Diretor-Presidente)
Dalvino Troccoli França
Paulo Lopes Varella Neto
João Gilberto Lotufo Conejo
Paulo Rodrigues Vieira
Secretaria-Geral (SGE)
Mayui Vieira Guimarães Scafuto
Procuradoria-Geral (PGE)
Emiliano Ribeiro de Souza
Corregedoria (COR)
Elmar Luis Kichel
Auditoria Interna (AUD )
Edmar da Costa Barros
&KH÷D GH *DELQHWH *$%
Horácio da Silva Figueiredo Junior
Coordenação de Articulação e
Comunicação (CAC )
Antônio Félix Domingues
Coordenação de Gestão Estratégica (CGE)
Bruno Pagnoccheschi
Superintendência de Planejamento de Recursos
Hídricos (SPR)
Ney Maranhão
Superintendência de Gestão da Rede
Hidrometeorológica (SGH)
Valdemar Santos Guimarães
Superintendência de Gestão da
Informação (SGI)
Sérgio Augusto Barbosa
Superintendência de Apoio à Gestão de
Recursos Hídricos (SAG )
Rodrigo Flecha Ferreira Alves
Superintendência de Implementação de
Programas e Projetos (SIP)
Ricardo Medeiros de Andrade
Superintendência de Regulação (SRE)
Francisco Lopes Viana
Superintendência de Usos Múltiplos e Eventos
Críticos (SUM)
Joaquim Guedes Correa Gondim Filho
Superintendência de Fiscalização (SFI)
Flavia Gomes de Barros
Superintendência de Administração, Finanças
e Gestão de Pessoas (SAF)
Luís André Muniz
Governo do Estado de São Paulo
Geraldo Alckmin
Governador
Secretaria do Meio Ambiente
Bruno Covas
Secretário
Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
Diretor-Presidente
Otavio Okano
Diretor Vice-Presidente
Nelson Roberto Bugalho
Diretor de Gestão Corporativa
Sérgio Meirelles Carvalho
Diretor de Controle e
Licenciamento Ambiental
Geraldo do Amaral Filho
Diretor de Engenharia e
Qualidade Ambiental
Carlos Roberto dos Santos
Diretora de Avaliação e Impacto Ambiental
Ana Cristina Pasini da Costa
3INTRODUÇÃO
GUIA NACIONAL DE COLETA
E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
ÁGUA, SEDIMENTO, COMUNIDADES AQUÁTICAS
E EFLUENTES LÍQUIDOS
Agência Nacional de Águas
Ministério do Meio Ambiente
Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo
Secretaria de Meio Ambiente
Governo do Estado de São Paulo
Brasília-DF
2011
4 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
Equipe editorial
Supervisão de edição:
Superintendência de Implementação de
Programas e Projetos - SIP/ANA.
Banco Interamericano de
Desenvolvimento - BID.
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo - CETESB.
Elaboração dos originais:
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo - CETESB.
Revisão dos originais:
Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo - CETESB.
Superintendência de Implementação de
Programas e Projetos - SIP/ANA.
Produção:
$WKDODLD *U£÷FD H (GLWRUD
3URMHWR JU£÷FR  DSD  'LDJUDPD©¥R
Eduardo Meneses
)RWRJUD÷DV
Banco de imagens da CETESB.
Tiragem:
2.000 exemplares
Todos os direitos reservados.
E permitida a reprodução de dados e de
informações contidos nesta
publicação, desde que citada a fonte.
$7$/2*$‰…2 1$ )217( ('2%,%/,27($
C737g Companhia Ambiental do Estado de São Paulo.
Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas
H HøXHQWHV O¯TXLGRV  RPSDQKLD $PELHQWDO GR (VWDGR GH 6¥R 3DXOR 2UJDQL]DGRUHV DUORV -HVXV
%UDQG¥R  HW DO@  6¥R 3DXOR (7(6% %UDV¯OLD $1$ 
326 p.: il.
ISBN –
 ƒJXD 0RQLWRUDPHQWR  ƒJXD ROHWD GH DPRVWUDV  ƒJXD 3UHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV
I. Brandão, Carlos Jesus, org. II. Botelho, Marcia Janete Coelho, org. III. Sato, Maria Inês Zanoli, org.
IV. Lamparelli, Marta Condé, org. V. Título
'8  HG
© Agência Nacional de Águas – ANA, 2011
Setor Policial Sul, Area 5, Quadra 3,
Blocos B, L, M e T.
(3  %UDV¯OLD × ')
3$%;
_
www.ana.gov.br
© Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo – CETESB, 2011
Av. Professor Frederico Hermann Júnior,
345, térreo, Alto de Pinheiros
(3  6¥R 3DXOR × 63
www.cetesb.sp.gov.br
Organizadores
Carlos Jesus Brandão
Márcia Janete Coelho Botelho*
Maria Inês Zanoli Sato
Marta Condé Lamparelli
Autores
Adriana Castilho R. de Deus
Setor de Comunidades Aquáticas
Cacilda J. Aiba*,
Divisão de Análises Físico-Químicas
Carlos Jesus Brandão
Setor de Amostragem
Carlos Ferreira Lopes
Setor de Atendimento a Emergência
Carlos Roberto Fanchini
Agência Ambiental de Jundiai
Déborah Arnsdorff Roubicek
Setor de Toxicologia Humana
e Saúde Ambiental
Elayse Maria Hachich
Setor de Microbiologia e Parasitologia
Francisco J. Ferreira
Setor de Química Inorgânica
Gilson Alves Quináglia
Setor de Análises Toxicológicas
Helena Mitiko Watanabe
Setor de Comunidades Aquáticas
João Carlos Carvalho Milanelli
Agência Ambiental de Ubatuba
José Eduardo Bevilacqua
Diretoria de Avaliação de
Impacto Ambiental
Júlio César Swartelé Rodrigues
Setor de Avaliação de Sistema
de Saneamento
Luis Altivo Carvalho Alvim
Setor de Hidrologia e
Interpretação de Dados
Mara Elisa Pereira Salvador*
Setor de Comunidades Aquáticas
Márcia Janete Coelho Botelho *
Setor de Comunidades Aquáticas
Maria do Carmo Carvalho
Setor de Comunidades Aquáticas
Maria Inês Zanoli Sato
Departamento de Análises Ambientais
Marta Condé Lamparelli
Divisão de Análises Hidrobiológica
Mônica Luisa Kuhlmann
Setor de Comunidades Aquáticas
Neusa Akemi N. Beserra
Setor de Química Orgânica
Paulo Fernando Rodrigues
Setor de Águas Subterrâneas e Solo
Paulo Sérgio Gonçalves Rocha
Setor de Amostragem
Regis Nieto
Setor de Avaliação de Sistema
de Saneamento
Ricardo Minçon Filho*
Setor de Amostragem
Rita Cerqueira Ribeiro de Souza*
Setor de Comunidades Aquáticas
Rogério Visquetti de Santana
Setor de Amostragem
Rosalina Pereira de A. Araújo
Setor de Ecotoxicologia Aquática
Valéria Aparecida Prósperi
Setor de Ecotoxicologia Aquática
Venicio Pedro Ribeiro
Setor de Amostragem
Vivian Baltazar
Setor de Amostragem
COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CETESB
Colaboradores
Cesar Augusto Martins Roda*
Setor de Amostragem
Fernando de Caires
Setor de Amostragem
Geraldo G. J. Eysink*
Setor de Comunidades Aquáticas
Guiomar Johnscher Fornasaro
Setor de Comunidades Aquáticas
Marcelo Adriano de Oliveira
Setor de Amostragem
Meron Petro Zajac
Diretoria de Avaliação de
Impacto Ambiental
Nancy de Castro Stoppe*
Setor de Microbiologia e Parasitologia
Osvaldo Atanagildo da Silva
Setor de Amostragem
Renato Pizzi Rossetti
Setor de Hidrologia e
Interpretação de Dados
*ex-funcionários da CETESB e
suas áreas de origem
AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA
Colaboração Técnica
Adriana de Araujo Maximiano
Ana Paula Montenegro Generino
Doralice Meloni Assirati
Maria Cristina de Sá Oliveira Matos Brito
Paulo Augusto Cunha Libânio
BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - BID
Apoio
Fernanda Campello (consultora)
,UHQH *XLPDU¥HV $OWD÷Q
Janaina Borges de Pádua Goulart
Rafael Porfírio Tavares (consultor)
$ $J¬QFLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV DJUDGHFH D WRGRV TXH FRQWULEX¯UDP SDUD
este documento, em especial:
- à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que com
conhecimento, experiência e dedicação elaborou e revisou essa obra,
e permitiu a ANA publicá-la para se tornar um documento técnico de
referência nacional em apoio às ações do Programa Nacional de Avalia-
©¥R GH 4XDOLGDGHV GDV ƒJXDV 314$
- ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pelo apoio à
implementação do PNQA, por meio da Cooperação Técnica ATN/OC
%5
- aos órgãos de meio ambiente e de recursos hídricos e às companhias
de saneamento estaduais e do Distrito Federal que se dedicaram a re-
visar esta obra e a contribuir com sugestões para seu aperfeiçoamento
durante a consulta técnica dirigida realizada pela ANA, em especial a:
á $ODJRDV ,QVWLWXWR GH 0HLR $PELHQWH GR (VWDGR GH $ODJRDV ,0$
á Amapá: Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do
$PDS£ ,0$3
á %DKLD (PSUHVD %DLDQD GH ƒJXDV H 6DQHDPHQWR 6$ × (PEDVD
á HDU£ RPSDQKLD GH ƒJXD H (VJRWR GR HDU£ $*((
á 'LVWULWR )HGHUDO $J¬QFLD 5HJXODGRUD GH ƒJXDV H 6DQHDPHQWR GR
Distrito Federal (ADASA) e Companhia de Saneamento Ambiental
GR 'LVWULWR )HGHUDO $(6%
á Espírito Santo: Companhia Espírito Santense de Saneamento (CE-
6$1
á Mato Grosso do Sul: Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso
GR 6XO ,0$68/
á 0LQDV *HUDLV ,QVWLWXWR 0LQHLUR GH *HVW¥R GDV ƒJXDV GR (VWDGR GH
Minas Gerais (IGAM) e Companhia de Saneamento de Minas Ge-
UDLV 23$6$
AGRADECIMENTOS
á Paraíba: Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Am-
ELHQWH H GD L¬QFLD H 7HFQRORJLD GR (VWDGR GD 3DUD¯ED 6(5+0$7
á Paraná: Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Secretaria de Estado de
0HLR $PELHQWH H 5HFXUVRV +¯GULFRV GR (VWDGR GR 3DUDQ£ 6(0$
á 3LDX¯ ƒJXDV H (VJRWRV GR 3LDX¯ 6$ $*(3,6$
á Rio Grande do Norte: Instituto de Desenvolvimento Econômi-
FR H 0HLR $PELHQWH ,'(0$
H R ,QVWLWXWR GH *HVW¥R GDV ƒJXDV
,*$51
á 6DQWD DWDULQD RPSDQKLD DWDULQHQVH GH ƒJXDV H 6DQHDPHQWR
$6$1
á Sergipe: Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO).
Aos órgãos federais envolvidos, direta ou indiretamente, com ações
relacionadas à qualidade das águas que contribuíram para o aperfeiço-
amento dessa obra:
á )XQGD©¥R 1DFLRQDO GH 6D¼GH )81$6$
á Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministé-
ULR GDV LGDGHV H
á Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo registra um especial
agradecimento:
á aos autores da publicação original do “Guia de Coleta e Preserva-
©¥R GH $PRVWUDV $PELHQWDLVÝ HGLWDGR HP  TXH ODQ©DUDP D SHGUD
fundamental para construir o novo texto desse Guia de Coleta: Azor
Camargo Penteado Filho, Ben Hur Luttembarck Batalha, Denise
Navas Pereira, Edmundo Garcia Agudo, Eduardo Bertoletti, Ernesto
Werner Fredricksson, Guiomar Johnscher Fornasaro, Helcias Ber-
nardo de Padua, Helga Bernhard de Souza, Ivan Ronaldo Horcel, João
Ruocco Junior, José Guilherme Barreto Pires, José Leomax dos San-
tos, José Luiz de Guide, Maria Helena Roquetti Humayta, Maria Neu-
zaAlves,MariaTherezinhaMartins,NilsonNeyScatigno,PauloTetuia
Hasegawa, Petra Sanchez Sanchez, Renato Amaral, Rosa Helena de
Oliveira Martins Freitas, Sebastião Gaglianone, Sergio Roberto e
9DQGHUOHL 0DUXMR 3UDGR
á à ANA que, com o apoio do BID, viabilizou a publicação deste Guia.
Figura 1. Planejamento para a seleção de locais e posições de monitoramento 32
Figura 2. Etapas principais para o planejamento de programas de amostragem 34
Figura 3. Efeito da variabilidade temporal na estimativa quantitativa da concentração
GH XPD GDGD YDUL£YHO $
9DULD©·HV DOHDWµULDV %
9DULD©·HV DOHDWµULDV H F¯FOLFDV 
Figura 4 5HSUHVHQWD©¥R HVTXHP£WLFD GD PLVWXUD GH XP HøXHQWH FRP
R ULR 9LVWD 6XSHULRU × GLVSHUV¥R ODWHUDO GR HøXHQWH RUWH /DWHUDO × GLVSHUV¥R
YHUWLFDO H ODWHUDO GR HøXHQWH 
Figura 5. Variação da qualidade de um corpo d’água considerando a distância do ponto
GH ODQ©DPHQWR GH GHVFDUJD $
/RFDO GH DPRVWUDJHP SUµ[LPR ¢ GHVFDUJD %
3RVL©¥R
LQWHUPHGL£ULD GR ORFDO GH DPRVWUDJHP
/RFDO GH DPRVWUDJHP GLVWDQWH GD GHVFDUJD 
Figura 6. Dimensões do tecido de gaze para a confecção da mecha para coleta
de amostras para análise de patógenos 64
Figura 7. Mecha empregada na técnica de Moore: (A
(VTXHPD B) foto da mecha
de gase com meio de transporte (Carry Blair) 64
Figura 8. (VTXHPD GH UHSOLFDWD SDUD F£OFXOR GH LQFHUWH]D GD DPRVWUDJHP 
Figura 9. Balde de aço inox 84
Figura 10. ROHWRU FRP EUD©R UHWU£WLO $
9LVWD ODWHUDO GR HTXLSDPHQWR PRQWDGR
%
9LVWD GR EDOGH H GR EUD©R UHWU£WLO GHVPRQWDGR
9LVWD VXSHULRU GR EDOGH FROHWRU 
Figura 11. %DWLVFDIR $
%DWLVFDIR IHFKDGR %
(VTXHPD LOXVWUDWLYR HP FRUWH GR
HTXLSDPHQWR
%DWLVFDIR DEHUWR 
Figura 12. Esquema de uma Garrafa de van Dorn 86
Figura 13. Garrafa de Niskin 86
Figura 14. 0HQVDJHLUR $
(TXLSDPHQWR LQGXVWULDOL]DGR %
0HQVDJHLUR PDQXIDWXUDGR 
Figura 15. *DUUDID GH YDQ 'RUQ GH øX[R YHUWLFDO $
*DUUDID GHVPRQWDGD
(B) Garrafa montada 87
Figura 16. *DUUDID GH YDQ 'RUQ GH øX[R KRUL]RQWDO $
*DUUDID GHVPRQWDGD
(B) Garrafa montada 87
Figura 17. Armadilha de Schindler-Patalas 88
Figura 18. 5HGH GH SO¤QFWRQ $
9LVWD IURQWDO GD UHGH H FRSR FROHWRU
%
9LVWD ODWHUDO GD UHGH H FRSR FROHWRU 
LISTA DE FIGURAS
Figura 19. RSR FROHWRU GH UHGH GH SO¤QFWRQ $
,QR[ %
39 
Figura 20. )OX[¶PHWUR 
Figura 21. 3HJDGRU (NPDQ%LUJH $
(TXLSDPHQWR GHVPRQWDGR %
(TXLSDPHQWR
PRQWDGR 
Figura 22. 3HJDGRU (NPDQ%LUJH PRGL÷FDGR SRU /HQ] $
9LVWD ODWHUDO
GR HTXLSDPHQWR PRQWDGR %
9LVWD IURQWDO GR HTXLSDPHQWR IHFKDGR FRP
IUDFLRQDGRU GH VHGLPHQWR LQVHULGR 
Figura 23. 3HJDGRU 3HWHUVHQ PRGL÷FDGR 
Figura 24. 3HJDGRU YDQ 9HHQ 
Figura 25. 3HJDGRU 3RQDU 3HTXHQR 
Figura 26. 3HJDGRU 6KLSHN  $
'HVPRQWDGR %
0RQWDGR 
Figura 27. 7HVWHPXQKDGRU PRGHOR .DMDN%ULQNKXUVW .% FRUHU
Figura 28. 3HJDGRU 0DQXDO 
Figura 29. 'UDJD 5HWDQJXODU 
Figura 30. 'HOLPLWDGRU 6XUEHU 
Figura 31. 'HOLPLWDGRU +HVVDQWRQ 
Figura. 32. Detalhe do delimitador para estimativa da porcentagem de cobertura
GH FRPXQLGDGHV GH FRVW¥R URFKRVR 
Figura 33. 'LPHQV·HV GR GHOLPLWDGRU 
Figura 34. 0£TXLQD IRWRJU£÷FD PRQWDGD FRP OHQWH ÜFORVHXSÝ VXSRUWH
FRP GHOLPLWDGRU GH HQTXDGUDPHQWR H øDVKHV 
Figura 35. Detalhe do delimitador para estimativa da estrutura espacial de
FRPXQLGDGHV GH FRVW¥R URFKRVR LQGLFDQGR VXDV UHVSHFWLYDV GLPHQV·HV HP FHQW¯PHWURV 
Figura 36. 0HGLGRU GH GHFOLYH GH SUDLD 
Figura 37. 5HGH 0DQXDO 
Figura 38. 6XEVWUDWR DUWL÷FLDO GR WLSR FHVWR SUHHQFKLGR FRP SHGUD GH EULWD 
Figura 39. 6XEVWUDWR DUWL÷FLDO GR WLSR øXWXDGRU FRP O¤PLQDV GH YLGUR
$
9LVWD VXSHULRU GR øXWXDGRU %
9LVWD GR øXWXDGRU LQVWDODGR SUµ[LPR ¢ PDUJHP 
Figura 40. 6XEVWUDWR DUWL÷FLDO GR WLSR øXWXDGRU FRP O¤PLQDV GH YLGUR 'HWDOKH
GR ÷R Q£LORQ GH VXVWHQWD©¥R GR øXWXDGRU 
Figura 41. 3HUL÷W¶PHWUR FRP HVFRYD 9,6  PRGL÷FDGR 
Figura 42. 5HGH GH HVSHUD GH VXSHUI¯FLH
Figura 43. 5HGH GH HVSHUD DUPDGD 
Figura 44. 5HWLUDGD GD UHGH GH HVSHUD 
Figura 45. 5HGH GH HVSHUD DQFRUDGD QR IXQGR 
Figura 46. ([HPSORV GH HVSLQK«LV 
Figura 47. DQL©R RX YDUD GH SHVFD 
Figura 48. XUUDO 
Figura 49. HVWR RX FDQDVWUD 
Figura 50. HVWR RX FDQDVWUD 
Figura 51. 'LIHUHQWHV DUPDGLOKDV Ü7LSR RYRÝ $
$UPDGLOKD GH IRUPD FLO¯QGULFD
%
$UPDGLOKD SDUD SHVFD GD ODJRVWD
$UPDGLOKD SDUD SHL[HV GH SHTXHQR SRUWH HP ULRV 
Figura 52. Rede de arrasto manual: (A) Foto da rede de arrasto manual
HP RSHUD©¥R %
(VTXHPD GD UHGH GH DUUDVWR PDQXDO 
Figura 53. 5HGH GH DUUDVWR SRU HPEDUFD©¥R 
Figura 54. Rede de arrasto manual do tipo saco: A) Foto da rede de arrasto
PDQXDO WLSR VDFR HP RSHUD©¥R %
(VTXHPD GR GHWDOKH GR VDFR 
Figura 55. 7DUUDID $
7DUUDID HP XVR %
9LVWD VXSHULRU GD WDUUDID 
Figura 56 3X©£ $
9LVWD ODWHUDO )RWR $GULDQD   5 GH 'HXV
%
(TXLSDPHQWR HP XVR 
Figura 57. 3HVFD HO«WULFD FRP DSDUHOKDJHP GR WLSR PµYHO PRFKLOD
Figura 58 /RFDOL]D©¥R JHQ«ULFD GH SRQWRV GH FROHWD GH £JXD VXSHU÷FLDO
HP JUDQGHV FXUVRV GH £JXD 
Figura 59. ROHWD GH DPRVWUDV GH £JXD VXSHU÷FLDO $
'LVSRVL©¥R GRV IUDVFRV
FRP LGHQWL÷FD©¥R %
'LVWULEXL©¥R GD DPRVWUD HP WRGRV RV IUDVFRV
)UDVFRV
SUHHFKLGRV FRP DPRVWUD 
Figura 60. ROHWD GH DPRVWUDV GH £JXD VXSHU÷FLDO SDUD DQ£OLVH GH 2'
$
%DWLVFDIR %
)HFKDPHQWR GR IUDVFR 
Figura 61. Procedimento de preservação de amostra: (A) Adição de ácido
Q¯WULFR  SDUD SUHVHUYD©¥R GH PHWDLV SHVDGRV %
$GL©¥R GH DFHWDWR GH ]LQFR
SDUD SUHVHUYD©¥R GH VXOIHWR 
Figura 62. Coleta de amostra em profundidade com garrafa de van Dorn
GH )OX[R 9HUWLFDO 
Figura 63. )LOWUD©¥R HP FDPSR GH DPRVWUD SDUD PHWDLV GLVVROYLGRV 
Figura 64. ROHWD GH DPRVWUD FRP EDOGH GH D©R LQR[ SDUD 7HVWH GH $PHV
Figura 65 ROHWD GH DPRVWUD GH £JXD VXSHU÷FLDO SDUD DQ£OLVH PLFURELROµJLFD
$
FRP EDOGH GH D©R LQR[ %
GLUHWDPHQWH GR FRUSR GÚ£JXD 
Figura 66. Acondicionamento e transporte de amostras para análises
PLFURELROµJLFDV HP FDL[D W«UPLFD VRE UHIULJHUD©¥R 
Figura 67. ROHWD GH DPRVWUD GH £JXD UHFUHDFLRQDO PDU
SDUD DQ£OLVH PLFURELROµJLFD 
Figura 68. Sistema Porta Filtro para Filtração de Amostras para Ensaio
GH ORUR÷OD a H )HR÷WLQD a HP /DERUDWµULR 
Figura 69. Sistema Porta Filtro para Filtração de Amostras para Ensaio
GH ORUR÷OD a H )HR÷WLQD a HP DPSR 
Figura 70. %RPED GH 9£FXR 0DQXDO SDUD FDPSR 
Figura 71. %RPED GH 9£FXR (O«WULFD SDUD FDPSR 
Figura 72. Floração ou “Bloom” de Cianobactérias no Reservatório
%LOOLQJV × 6¥R 3DXOR63 $
3UROLIHUD©¥R H[FHVVLYD GH DOJDV H FLDQREDFW«ULDV
%
'LVFR GH 6HFFKL UHFREHUWR SRU DOJDV H FLDQREDFW«ULDV 
Figura 73. 6HOH©¥R GH VXEVWUDWR 
Figura 74. 'HWDOKH GD VHOH©¥R GH UDPRV H IROKDV 
Figura 75. RUWHV GRV UDPRV H IROKDV VHOHFLRQDGDV 
Figura 76. Seleção de ramos e folhas - Material coletado na bandeja
FRP R ODGR D VHU UDVSDGR SDUD FLPD 
Figura 77. 5DVSDJHP GR VXEVWUDWR FRP SLQFHO PDFLR 
Figura 78 'HVHQKR PDQXDO GDV IROKDV H UDPRV 
Figura 79. Paquímetro utilizado para medida do comprimento e diâmetro
GRV UDPRV H WDPDQKR GDV IROKDV 
Figura 80. 0HGLGD GR GL¤PHWUR GRV UDPRV 
Figura 81. ROHWD GH DPRVWUDV SDUD 3HULI¯WRQ FRP SHUL÷W¶PHWUR FRP HVFRYD
PRGL÷FDGR SRU 9,6 $
,QWURGX©¥R GR DPRVWUDGRU QR ORFDO VHOHFLRQDGR %
5HWLUDGD
GR SHUL÷WRQ FRP D HVFRYD
%RPEHDPHQWR GD £JXD H SHUL÷WRQ UDVSDGR
H SUHHQFKLPHQWR GR IUDVFR 
Figura 82. ROHWD GH DPRVWUDV SDUD 3HULI¯WRQ $
)OXWXDGRU GH /¤PLQDV GH YLGUR
%
5HWLUDGD GR )OXWXDGRU GH /¤PLQDV GH YLGUR 
Figura 83: Coleta de amostras de zooplâncton com armadilha
GH 6FKLQGOHU3DWDODV $
(TXLSDPHQWR SRVLFLRQDGR SDUD GHVFLGD
%
(TXLSDPHQWR L©DGR DSµV FROHWD
$PRVWUD VHQGR ÷OWUDGD '
'HVFRQH[¥R
do copo coletor, (E) Transferência da amostra retida no copo coletor para o frasco,
)
/DYDJHP H[WHUQD GR FRSR FROHWRU SDUD D UHWLUDGD GH PDWHULDO DGHULGR QDV SDUHGHV
Figura 84. Esquema de um sistema de produção e distribuição de água. – Fluxo
RSHUDFLRQDO
0DQDQFLDO GH DEDVWHFLPHQWR
$SOLFD©¥R GH SURGXWRV TX¯PLFRV
6LVWHPD GH )ORFXOD©¥R
6LVWHPD GH GHFDQWD©¥R
6LVWHPD GH ÷OWUD©¥R
$SOLFD©¥R GH FORUR ø¼RU H FDO
5HVHUYDWµULR GD (7$
5HVHUYDWµULR HOHYDGR
5HGH GH GLVWULEXL©¥R 
Figura 85. Torneiras localizadas no laboratório da ETA para controle das etapas
GR SURFHVVR GH WUDWDPHQWR 
Figura 86. ROHWD GH DPRVWUD QD WRUQHLUD DSµV R KLGU¶PHWUR 
Figura 87 ROHWD GH DPRVWUD QD WRUQHLUD GR MDUGLP DSµV KLGU¶PHWUR 
Figura 88. Coleta de amostras em reservatório com balde e corda estéreis:
$
%DOGH HVW«ULO %
%DOGH H FRUGD HVW«ULO HP SURFHGLPHQWR GH FROHWD 
Figura 89. Vista interna do container de uma Estação Automática
de Monitoramento: (A) Em primeiro plano o amostrador automático refrigerado
e, ao fundo, o gabinete onde estão instalados o CLP e os medidores de pH, OD,
WHPSHUDWXUD H FRQGXWLYLGDGH HO«WULFD %
7XUELG¯PHWUR 
Figura 90. Vista da Estação Automática de Monitoramento Rasgão, localizada
no rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus – SP: (A) Vista da estrutura metálica
øXWXDQWH TXH VXSRUWD D ERPED GH UHFDOTXH %
RQWDLQHU 
Figura 91. 5«JXDV /LPQLP«WULFDV 
Figura 92. Molinete Hidrométrico 262
Figura 93. Minimolinete Hidrométrico 262
Figura 94. Micromolinete Hidrométrico 263
Figura 95. Guincho Hidrométrico 264
Figura 96 3HU÷ODGRU $F¼VWLFR GH RUUHQWH SRU (IHLWR 'RSSOHU RX $'3 
Figura 97 DOKD 3DUVKDOO $
9LVWD VXSHULRU HP FRUWH GH XPD FDOKD 3DUVKDOO
%
9LVWD ODWHUDO HP FRUWH ORQJLWXGLQDO GH XPD FDOKD 3DUVKDOO 
Figura 98. 9HUWHGRUHV GH SDUHGH GHOJDGD $
6ROHLUD GHOJDGD %
6ROHLUD HVSHVVD 
Figura 99. Vertedores de parede delgada: (A) Vertedouro retangular
H F£OFXOR GD YD]¥R %
9HUWHGRXUR WUDSH]RLGDO H F£OFXOR GD YD]¥R
9HWHGRXUR
triangular ou em “V” e cálculo da vazão 270
Figura 100. DL[D GH WUDQTXLOL]D©¥R FRP YHUWHGRU LQWHUQR 
Figura 101. Caixa de tranquilização – corte longitudinal 272
Figura 102. Medidor Venturi 272
Figura 103. Bocais e orifícios para medição de vazão 273
Figura 104. Tubo de Pitot 274
Figura 105. Medidor Magnético 275
Figura 106. Rotâmetro 276
Figura 107. Método das Coordenadas Geométricas do Jato: (A) Vista em corte
ORQJLWXGLQDO GR WXER %
'HWDOKH GR FRUWH IURQWDO GR WXER 
Figura 108. Aplicação do Método das Coordenadas Geométricas do Jato
a canalizações inclinadas 278
Figura 109. 0«WRGR DOLIµUQLD $
'HWDOKH GR FRUWH IURQWDO GR WXER
%
9LVWD HP FRUWH ORQJLWXGLQDO GR WXER 
Figura 110 0«WRGR DOLIµUQLD SDUD FRQGXWRV LQFOLQDGRV 
Figura 111. 0«WRGR DOLIµUQLD 0RGL÷FDGR $
7XER KRUL]RQWDO %
7XER LQFOLQDGR
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Comparação entre recipientes de vidro (borossilicato) e polietileno,
polipropileno ou outro polímero inerte. 56
Tabela 2. 5HVXPR GRV FRQWUROHV GH TXDOLGDGH UHTXHULGRV SDUD DPRVWUDJHP 
Tabela 3. Principais características de alguns amostradores de sedimento,
FRPXQLGDGHV EHQW¶QLFDV H SHULI¯WLFDV 
Tabela 4. ODVVL÷FD©¥R GR ]RRSO¤QFWRQ HP IXQ©¥R GR WDPDQKR GRV RUJDQLVPRV 
Tabela 5. Recomendações para a seleção do equipamento de coleta de
]RRSO¤QFWRQ HP GLIHUHQWHV DPELHQWHV 
Tabela 6. Características principais dos estudos passivos e ativos e determinação
GH ELRPDVVD GH PDFUµ÷WDV DTX£WLFDV 
Tabela 7. 0HWRGRORJLD GH DPRVWUDJHP GH GHFOLYH H SHU÷O GH SUDLDV 
Tabela 8. DUDFWHUL]D©¥R 7¯SLFD SDUD (øXHQWHV ,QGXVWULDLV 
Tabela 9. 'LVW¤QFLD UHFRPHQGDGD HQWUH YHUWLFDLV 
ANEXOS
Tabela A1. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios físico-químicos
LQRUJ¤QLFRV  ƒJXD H 6HGLPHQWR 
Tabela A2. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de compostos
TX¯PLFRV RUJ¤QLFRV × ƒJXD H 6HGLPHQWR 
Tabela A3. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de
cianobactérias e cianotoxina 300
Tabela A4. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios
HFRWR[LFROµJLFRV FRP RUJDQLVPRV DTX£WLFRV × ƒJXD H 6HGLPHQWR 
Tabela A5. Armazenamento e preservação de amostras para testes de toxicidade
aguda com bactérias luminescentes 9LEULR ÷VFKHUL 0LFURWR[
× ƒJXD H 6HGLPHQWR 
Tabela A6. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de
mutagenicidade (Salmonella/PLFURVVRPD
× ƒJXD H 6HGLPHQWR 
Tabela A7. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios
PLFURELROµJLFRV  ƒJXD H 6HGLPHQWR
Tabela A8. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios
GH FORUR÷OD a H IHR÷WLQD a × ƒJXD EUXWD 
Tabela A9. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de
÷WRSO¤QFWRQ × ƒJXD 
Tabela A10. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV GH SHULI¯WRQ 
Tabela A11. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV GH ]RRSO¤QFWRQ 
Tabela A12. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV FRP PDFUµ÷WDV 
Tabela A13. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV FRP EHQWRV 
Tabela A14. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de
Q«FWRQ SHL[HV
(QWUH RV GHVD÷RV GD £UHD DPELHQWDO GR 3D¯V R FRQKHFLPHQWR VREUH
a qualidade das águas está entre os mais relevantes e emblemáticos.
Informações esparsas ou inexistentes, ausência de redes de monito-
ramento adequadas em termos de frequência, parâmetros e repre-
VHQWDWLYLGDGH HP Q¼PHUR GH SRQWRV GH DPRVWUDJHP GL÷FXOWDP XP
diagnóstico mais preciso sobre a realidade da condição da qualidade
dos corpos hídricos brasileiros.
2 3URJUDPD 1DFLRQDO GH $YDOLD©¥R GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV 314$
surge da percepção de que a gestão integrada dos recursos hídricos re-
quer sistemático monitoramento tanto da quantidade quanto da quali-
dade das águas, para contribuir com os objetivos de uma economia em
base ambientalmente sustentável e socialmente justa.
O PNQA é um Programa de parcerias, que envolve, além da ANA,
outras instituições relacionadas ao monitoramento de qualidade das
águas, especialmente os órgãos estaduais de recursos hídricos e de
meio ambiente, as companhias de saneamento e as concessionárias de
empreendimentos hidrelétricos.
O objetivo central do PNQA é prover à sociedade um conhecimento
DGHTXDGR VREUH D TXDOLGDGH GDV £JXDV VXSHU÷FLDLV EUDVLOHLUDV GH IRUPD
a subsidiar os tomadores de decisão, contribuindo, assim, com a gestão
VXVWHQW£YHO GRV UHFXUVRV K¯GULFRV RP LVVR R 314$ SUHWHQGH TXDOL÷FDU
D DWXD©¥R GRV HVWDGRV H GD $1$ 6HXV REMHWLYRV HVSHF¯÷FRV V¥R HOLPLQDU
DV ODFXQDV JHRJU£÷FDV H WHPSRUDLV QR PRQLWRUDPHQWR GH 4XDOLGDGH GH
ƒJXD QR %UDVLO DXPHQWDU D FRQ÷DELOLGDGH GDV LQIRUPD©·HV JHUDGDV VREUH
TXDOLGDGHGH£JXDWRUQDURVGDGRVHDVLQIRUPD©·HVGHTXDOLGDGHGH£JXD
FRPSDU£YHLV HP ¤PELWR QDFLRQDO H DYDOLDU GLYXOJDU H GLVSRQLELOL]DU ¢ VR-
ciedade as informações de qualidade de água.
O PNQA está estruturado em quatro componentes: a) Elaboração e
Implementação de uma Rede Nacional de Monitoramento de Qua-
OLGDGH GDV ƒJXDV E
3DGURQL]D©¥R GH 3DU¤PHWURV H GH 3URFHGLPHQ-
PREFÁCIO
WRV UHIHUHQWHV ¢ FROHWD SUHVHUYD©¥R H DQ£OLVH GH TXDOLGDGH GH £JXD
F
HUWL÷FD©¥R H $SULPRUDPHQWR GH /DERUDWµULRV H DSDFLWD©¥R GRV
3UR÷VVLRQDLV HQYROYLGRV QR 0RQLWRUDPHQWR GH 4XDOLGDGH GH ƒJXD H G
$YDOLD©¥R H 'LYXOJD©¥R GDV ,QIRUPD©·HV VREUH 4XDOLGDGH GH ƒJXD HP
âmbito nacional, disponível a toda a sociedade em portal na internet.
A proposta desse Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras
GH ƒJXD 6HGLPHQWR RPXQLGDGHV $TX£WLFDV H (øXHQWHV /¯TXLGRV VH
insere no escopo da componente de “Padronização” do PNQA, inicia-
tiva essa concretizada por meio do Acordo de Cooperação Técnica nº
 FHOHEUDGR HQWUH D $1$ H R (VWDGR GH 6¥R 3DXOR SRU LQWHU-
médio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB),
e do apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por
PHLR GD RRSHUD©¥R Q| $71 2%5
Com a conclusão desse Guia, e a Resolução ANA nº 724, de 3 de ou-
WXEUR GH  SXEOLFDGD QR 'L£ULR 2÷FLDO GD 8QL¥R Q|  HP  GH
RXWXEUR GH  HVWD $J¬QFLD FRQWULEXL SDUD D TXDOL÷FD©¥R W«FQLFD H
a harmonização dos procedimentos de coleta e preservação de amos-
tras de águas entre os diversos atores que operam no monitoramento
da qualidade dos recursos hídricos brasileiros, facilitando a compara-
ção e análise conjunta dos dados de monitoramento e o aprimoramen-
WR GRV GLDJQµVWLFRV GH TXDOLGDGH GDV £JXDV VXSHU÷FLDLV QR %UDVLO FRPR
subsídio à gestão integrada de recursos hídricos.
VICENTE ANDREU GUILLO
Diretor Presidente
$J¬QFLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV
Nos seus 50 anos de atividade, o Banco Interamericano de Desenvol-
vimento (BID) acumulou experiência valiosa em diversas áreas de atu-
ação, tanto no Brasil como nos demais países da Região.
O mandato do BID em apoio aos esforços de desenvolvimento dos pa-
íses da América Latina e Caribe é bastante amplo e sua estratégia se
baseia em dois pilares sobre os quais se constroi o desenvolvimento da
Região nas próximas décadas: a redução da pobreza e da desigualda-
GH H R FUHVFLPHQWR HFRQ¶PLFR H VRFLDO VXVWHQWDGR H DPELHQWDOPHQWH
sustentável. A gestão adequada dos recursos hídricos e a garantia do
acesso à água à toda população são requisitos essenciais para que se
promova o desenvolvimento calcado nesses dois pilares.
1R WHPD GD ƒJXD R %,' WHP VH PRVWUDGR XP SDUFHLUR LPSRUWDQWH GR
Brasil, não só pelo seu caráter pioneiro na implantação de programas
de saneamento ambiental e de programas sociambientais integrados,
como também no apoio à implantação da legislação vigente na área do
abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e
gestão de resíduos sólidos.
Com respeito à gestão dos recursos hídricos, o BID junta-se à Agên-
FLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV $1$
HP XPD FRRSHUD©¥R YROWDGD DR DSRLR DR
Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas – PNQA, que irá
prover a sociedade brasileira do conhecimento sobre a qualidade das
£JXDV VXSHU÷FLDLV H VXEVLGLDU RV RUJ¥RV JRYHUQDPHQWDLV QDV GLYHUVDV
esferas, na elaboração de políticas públicas.
PREFÁCIO
A publicação do Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras de
ƒJXD 6HGLPHQWR RPXQLGDGHV $TX£WLFDV H (øXHQWHV /¯TXLGRV, elaborado
pela CETESB em conjunto com a ANA faz parte desta parceria, que in-
clui, também, a produção de um vídeo que demonstra os procedimen-
tos constantes no Manual e a elaboração do Panorama da Qualidade das
ƒJXDV 6XSHU÷FLDLV GR %UDVLO × .
O BID se orgulha em participar de uma iniciativa tão relevante para o
País no tema de recursos hídricos.
Fernando Carrillo-Flórez
Representante do BID no Brasil
O monitoramento e o diagnóstico da qualidade ambiental, bem como
DV D©·HV GH ÷VFDOL]D©¥R HQYROYHP D PHGLGD GH XPD RX PDLV YDUL£YHLV
cujos resultados serão utilizados para avaliar as condições de um am-
biente e dar subsídios para a tomada de medidas preventivas e corre-
tivas, com base na legislação existente. Nesse sentido, os objetivos do
trabalho, as estratégias de amostragem e os métodos de análises a se-
UHP HPSUHJDGRV GHYHP VHU FULWHULRVDPHQWH GH÷QLGRV SDUD VH REWHU
resultados robustos.
A etapa de amostragem é crucial nesse processo, pois o material cole-
WDGR GHYH UHSUHVHQWDU GH IRUPD ÷GHGLJQD R ORFDO DPRVWUDGR $ VHOH©¥R
criteriosa dos pontos de amostragem e a escolha de técnicas adequa-
GDV GH FROHWD H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV V¥R SULPRUGLDLV SDUD D FRQ÷D-
bilidade e representatividade dos dados gerados.
A CETESB sempre esteve na vanguarda desse tema, atenta à impor-
tância dos programas e processos de amostragem dentro de suas ativi-
GDGHV GH WDO IRUPD TXH HP  SXEOLFRX R Ü*XLD GH ROHWD H 3UHVHU-
YD©¥R GH $PRVWUDV GH ƒJXDÝ R TXDO WHP VLGR H[WHQVLYDPHQWH XWLOL]DGR
não só no Estado de São Paulo, mas em todo o país, sendo ainda hoje
referência em nível nacional.
Considerando a necessidade de acompanhar a evolução analítica, com
W«FQLFDV GH SRQWD H OLPLWHV GH TXDQWL÷FD©¥R FDGD YH] PHQRUHV TXH UH-
querem a inovação também das técnicas de coleta e o avanço da utili-
zação de novas variáveis biológicas e toxicológicas na área ambiental,
os técnicos da CETESB sentiram a necessidade de trabalhar em um
QRYR *XLD GH ROHWD QR LQWXLWR GH WUD]HU SDUD RV SUR÷VVLRQDLV GDV £UH-
as de meio ambiente, saneamento, saúde, recursos hídricos e público
interessado a sua experiência e conhecimento adquiridos nesses nos
últimos 23 anos de atividades.
APRESENTAÇÃO
Nesse processo a CETESB encontrou a parceria da Agência Nacional
GH ƒJXDV SDUD D SXEOLFD©¥R GHVVH Guia Nacional de Coleta de Amostras
GH ƒJXD 6HGLPHQWR RPXQLGDGHV $TX£WLFDV H (øXHQWHV ,QGXVWULDLV, o
TXDO HQJORED GH] FDS¯WXORV RQGH HVW¥R HVSHFL÷FDGRV RV SURFHGLPHQWRV
GHWDOKDGRV SDUD D FROHWD GH DPRVWUDV GH £JXD VXSHU÷FLDO VHGLPHQWR
FRPXQLGDGHV DTX£WLFDV H HøXHQWHV LQGXVWULDLV SDUD DV PDLV GLYHUVDV
variáveis, baseados em metodologias padronizadas e de referência na-
cional e internacional, mas também traduz a gestão do conhecimento
do corpo técnico da CETESB, adquirido na prática diária e no processo
de implantação de um Sistema de Qualidade dessas atividades. A edi-
ção deste Guia em conjunto com a ANA, torna acessível a experiência
da CETESB aos órgãos públicos e empresas privadas de todo o país ,
provendo protocolos consistentes de amostragem de campo.
2V WU¬V SULPHLURV FDS¯WXORV DVVLP FRPR QR *XLD GH ROHWD GH 
trazem os conceitos básicos necessários ao planejameno de um pro-
grama de amostragem e organização do trabalho de campo. O capítulo
quatrotrazosrequisitosdocontroledequalidadeanalíticanoprocesso
de amostragem, essencial para a rastreabilidades dos resultados ana-
O¯WLFRV 2 FDS¯WXOR FLQFR WUD] GH IRUPD GHWDOKDGD DV HVSHFL÷FD©·HV GRV
equipamentos requeridos para amostragem. Os capítulos seis, sete e
RLWR WUD]HP RV SURFHGLPHQWRV SDUD FROHWD GH £JXDV VXSHU÷FLDLV £JXD
GH FRQVXPR KXPDQR VHGLPHQWR H HøXHQWHV LQGXVWULDLV 2 FDS¯WXOR
nove destaca os procedimentos para os ensaios de campo, bem como
medidores e amostradores automáticos, cada vez mais importante nos
programas de monitoramento. O capítulo dez aborda os métodos de
medição de vazão, considerando a importância da interpretação con-
junta dos dados de quantidade (vazão) e qualidade ambiental. O último
FDS¯WXOR WUD] D ELEOLRJUD÷D FRQVXOWDGD QD HODERUD©¥R GHVVH *XLD
O Guia apresenta também três Anexos, o primeiro (Anexo I) traz infor-
mações relativas às frascarias empregadas na coleta e os procedimen-
tos para armazenamento e preservação de amostras, detalhados por
ensaio, o segundo (Anexo II) apresenta um glossário com as terminologias
mais frequentemente empregadas na área e o terceiro (Anexo III) traz a
5HVROX©¥R $1$ Q|  TXH DSURYD HVWH *XLD FRPR GRFXPHQWR GH
referência nacional para o monitoramento da qualidade das águas.
Apensado a esta obra encontra-se um DVD com vídeos que demons-
tram os procedimentos de coleta e preservação de amostras de água
destinadas à análise dos parâmetros que compõem a Rede Nacional de
$YDOLD©¥R GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV LQWHJUDQWH GR 3URJUDPD 1DFLRQDO
GH $YDOLD©¥R GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV × 314$
$ DGR©¥R GHVVH *XLD SHOD $J¬QFLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV FRPR UHIHU¬QFLD
para os procedimentos de coleta dentro de seu campo de atuação de-
monstra a responsabilidade da CETESB na sua missão institucional de
transferência de tecnologia ambiental, colaborando para o desenvolvi-
PHQWR FLHQW¯÷FR H WHFQROµJLFR GR SD¯V
(QJ 27ƒ9,2 2.$12
Diretor Presidente da CETESB
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 31
2 PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM 35
 'H÷QL©¥R GR 3URJUDPD GH $PRVWUDJHP 
 8VRV GR RUSR GÚƒJXD 
 1DWXUH]D GD $PRVWUD 
 3DU¤PHWURV GH DUDFWHUL]D©¥R GD ƒUHD GH (VWXGR 
 ,QIRUPD©·HV VREUH D ƒUHD GH ,QøX¬QFLD 
 /RFDO H 3RQWRV GH ROHWD 
 ƒJXD %UXWD 
 ƒJXD 7UDWDGD 
 6HGLPHQWR 
 (øXHQWHV /¯TXLGRV H RUSRV +¯GULFRV 5HFHSWRUHV 
 $SRLR 2SHUDFLRQDO 
 DSDFLGDGH $QDO¯WLFD /DERUDWRULDO 
 5HFXUVRV )LQDQFHLURV H +XPDQRV 
3 ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO 49
3.1 Planejamento das Atividades 49
 ROHWD H 3UHVHUYD©¥R GH $PRVWUDV 
 ROHWD H 7LSRV GH $PRVWUDV 
3.2.2 Preservação de amostra 54
 $FRQGLFLRQDPHQWR 7UDQVSRUWH H $UPD]HQDPHQWR GH $PRVWUDV 
 $FRQGLFLRQDPHQWR 
 7LSRV GH 5HFLSLHQWHV 
 /LPSH]D H 3UHSDUR GH 5HFLSLHQWHV 
3.3.2 Transporte e Armazenamento 65
 6HJXUDQ©D QRV 7UDEDOKRV GH DPSR 
 7UDQVSRUWH 5RGRYL£ULR 
3.4.2 Acesso aos Pontos de Amostragem 66
3.4.3 Embarcações 67
3.4.4 Manipulação de Reagentes e Soluções 68
 $PRVWUDV GH (øXHQWHV LQGXVWULDLV H GRP«VWLFRV
e Resíduos Sólidos 68
3UHSDUR GH 6ROX©·HV H 5HDJHQWHV 
 )RUPRO 1HXWUDOL]DGR 
 )RUPRO 1HXWUDOL]DGR FRP 6DFDURVH 
 0HLR GH 7UDQVSRUWH DU H %ODLU 7«FQLFD GH 0RRUH
3.5.4 Solução de Acetato de Zinco (Zn (C2
H3
O2
)2
) 2M 70
 6ROX©¥R GH ƒFLGR ORU¯GULFR +O
6ROX©¥R GH ƒFLGR ORU¯GULFR +O
6ROX©¥R GH ƒFLGR 1¯WULFR +123
6ROX©¥R GH ƒFLGR 1¯WULFR +123
6ROX©¥R GH ƒFLGR 6XOI¼ULFR +2
SO4
6ROX©¥R GH ƒFLGR 6XOI¼ULFR +2
SO4
6ROX©¥R GH ƒFLGR 6XOI¼ULFR +2
SO4
) /
ƒFLGR 1¯WULFR +123
6ROX©¥R $OFDOL,RGHWR$]LGD 
 6ROX©¥R GH ƒOFRRO | */ 
 6ROX©¥R GH DUERQDWR GH 0DJQ«VLR 0J23
6ROX©¥R GH ORUHWR GH £OFLR 'LKLGUDWDGR DO2
.2H2
2
6ROX©¥R GH RUDQWH 5RVDGHEHQJDOD  
 6ROX©¥R GH 'HWHUJHQWH $OFDOLQR  
 6ROX©¥R GH 'HWHUJHQWH (Q]LP£WLFR  
 6ROX©¥R GH ('7$ 
H
N2
O8
6ROX©¥R GH )RUPRO  
 6ROX©¥R GH )RUPRO  
 6ROX©¥R GH )RUPRO  
 6ROX©¥R GH )RUPRO  
 6ROX©¥R GH )OXRUHWR GH 3RW£VVLR  
 6ROX©¥R GH +LGUµ[LGR GH 6µGLR 1D2+
0 
3.5.26 Solução de Amido 73
3.5.27 Solução de Lugol (iodo ressublimado e iodeto de potássio - KI) 73
 6ROX©¥R 0HWDQRO$P¶QLR  YY
6ROX©¥R GH 6XOIDWR 0DQJDQRVR  0 
3.5.30 Solução de Tiossulfato de Sódio (Na2
S2
O3
1 SDGURQL]DGD 
 6ROX©¥R GH 7LRVVXOIDWR GH 6µGLR 1D2
S2
O3
3.5.32 Solução de Tiossulfato de Sódio (Na2
S2
O3
3.5.33 Solução Transeau 74
4 CONTROLE DE QUALIDADE NA AMOSTRAGEM 75
 %UDQFRV 
 %UDQFR GH DPSR H GH 9LDJHP 
 %UDQFR GH (TXLSDPHQWRV 
 %UDQFR GH )UDVFDULD 
 %UDQFR GH 6LVWHPD GH )LOWUD©¥R 
4.2 Duplicata de Campo 78
4.3 Temperatura de Transporte e Armazenamento 78
4.4 Incerteza da Amostragem 79
5 EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM 83
 $PRVWUDGRUHV GH 6XSHUI¯FLH 
 %DOGH GH $©R ,QR[ 
 ROHWRU FRP %UD©R 5HWU£WLO 
 %DWLVFDIR 
 $PRVWUDGRUHV GH 3URIXQGLGDGH FROXQD GÚ£JXD
*DUUDIDV GH YDQ 'RUQ H GH 1LVNLQ 
5.2.2 Armadilha de Schindler-Patalas (Trampa) 87
 %RPED GH ƒJXD 
5.2.4 Redes de Plâncton 88
 $PRVWUDGRUHV GH )XQGR 
 3HJDGRU GH (NPDQ%LUJH 
 3HJDGRU 3HWHUVHQ H YDQ 9HHQ 
 3HJDGRU 3RQDU 
 3HJDGRU 6KLSHN 
 $PRVWUDGRU HP 7XER RX 7HVWHPXQKDGRU 
 'UDJD 5HWDQJXODU 
 'HOLPLWDGRUHV 
 5HGH 0DQXDO 
 6XEVWUDWR $UWL÷FLDO 
 HVWRV FRP 3HGUDV =RREHQWRV
)OXWXDGRU FRP /¤PLQDV 3HUL÷WRQ
6XEVWUDWR 1DWXUDO 
 $PRVWUDGRUHV GH 1«FWRQ 
 $SDUHOKRV GH 3HVFD 3DVVLYRV 
 $SDUHOKRV GH 3HVFD $WLYRV 
 0DQXWHQ©¥R H XLGDGRV FRP RV (TXLSDPHQWRV GH 3HVFD 
6 AMOSTRAGEM DE ÁGUA BRUTA E SEDIMENTOS 133
 ROHWD H 3UHVHUYD©¥R GH $PRVWUDV SDUD (QVDLRV HP ƒJXD %UXWD 
 4X¯PLFRV H[FHWR PHWDLV GLVVROYLGRV
0HWDLV 'LVVROYLGRV 
 (FRWR[LFROµJLFRV 
 0XWDJHQLFLGDGH FRP Salmonella0LFURVVRPD 7HVWH GH $PHV
0LFURELROµJLFRV 
 %DOQHDELOLGDGH GH 3UDLDV 
 RPXQLGDGHV %LROµJLFDV 
 3LJPHQWRV )RWRVVLQWHWL]DQWHV ORUR÷OD a H )HR÷WLQD a
RPXQLGDGH )LWRSODQFW¶QLFD 
 RPXQLGDGH 3HULI¯WLFD 
 RPXQLGDGH =RRSODQFW¶QLFD 
 0DFUµ÷WDV $TX£WLFDV 
 RPXQLGDGH %HQW¶QLFD GH ƒJXD 'RFH 
 RPXQLGDGH %HQW¶QLFD 0DULQKD 
 RPXQLGDGH 1HFW¶QLFD 
 (QVDLRV GH RQWDPLQDQWHV H 1XWULHQWHV HP 6HGLPHQWRV
7 AMOSTRAGEM DE ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO 209
 9LJLO¤QFLD GD TXDOLGDGH GD £JXD SDUD FRQVXPR KXPDQR 
 ROHWD HP (VWD©¥R GH 7UDWDPHQWR GH ƒJXD ETA
ROHWD HP 6LVWHPDV GH 'LVWULEXL©¥R 
 3URFHGLPHQWRV GH FROHWD QD UHGH GH GLVWULEXL©¥R 
 3URFHGLPHQWRV GH FROHWD HP UHVHUYDWµULR GRPLFLOLDU 
 3URFHGLPHQWRV GH ROHWD HP 6ROX©·HV $OWHUQDWLYD ROHWLYD GH
$EDVWHFLPHQWR GH ƒJXD 
 3R©RV )UH£WLFRV H 3URIXQGRV (TXLSDGRV FRP %RPED 
 3R©RV )UH£WLFRV 6HP %RPED 
8 AMOSTRAGEM DE EFLUENTES LÍQUIDOS 219
 DUDFWHU¯VWLFDV GRV (øXHQWHV /¯TXLGRV 
 (øXHQWHV ,QGXVWULDLV 
 (øXHQWHV 0LVWRV ,QGXVWULDLV H 'RP«VWLFRV
(øXHQWHV *HUDGRV HP 3ODQWDV GH ,QFLQHUD©¥R GH 5HV¯GXRV
Sólidos Industriais ou Hospitalares 225
 (øXHQWHV 3HUFRODGRV *HUDGRV HP $WHUURV ,QGXVWULDLV
e Sanitários 226
 3ODQHMDPHQWR GD $PRVWUDJHP GH (øXHQWHV /¯TXLGRV 
 /RFDO H 3RQWRV GH $PRVWUDJHP 
8.2.2 Tipos de Amostragem 228
 6HOH©¥R GRV (QVDLRV D 6HUHP 5HDOL]DGRV 
8.2.4 Avaliação do Desempenho do STAR 238
8.2.5 Elaboração de Projeto de STAR 238
 $WHQGLPHQWR DRV 3DGU·HV GD /HJLVOD©¥R 
9 ENSAIOS EM CAMPO 241
 ORUR 5HVLGXDO  0«WRGR '3' 
9.2 Oxigênio Dissolvido - Método Eletrométrico 242
 2[LJ¬QLR 'LVVROYLGR  0«WRGR :LQNOHU 0RGL÷FDGR SHOD $]LGD 6µGLFD 
 RQGXWLYLGDGH H 6DOLQLGDGH 
 S+  3RWHQFLDO +LGURJHQL¶QLFR  0«WRGR (OHWURP«WULFR 
 3RWHQFLDO 5HGR[  (K RX 253  0«WRGR (OHWURP«WULFR 
9.7 Temperatura da Água e Ar 248
9.8 Transparência 248
 7XUELGH]  0«WRGR 1HIHORP«WULFR 
 6µOLGRV 6HGLPHQW£YHLV  RQH ,PKRII 
 0HGLGRUHV H $PRVWUDGRUHV $XWRP£WLFRV 
 0RQLWRUDPHQWR $XWRP£WLFR GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV
10 MEDIÇÃO DE VAZÃO 257
 0HGL©¥R GH 9D]¥R HP DQDLV $EHUWRV 
 0«WRGR 9ROXP«WULFR 
 0HGL©¥R FRP )OXWXDGRUHV 
 0«WRGR RQYHQFLRQDO FRP 0ROLQHWH +LGURP«WULFR 
 0«WRGR $F¼VWLFR 
 0«WRGR GR 7UD©DGRU 
 0HGL©¥R FRP 'LVSRVLWLYRV GH *HRPHWULD 5HJXODU 
 0HGL©¥R GH 9D]¥R FRP 'LVSRVLWLYRV ,QVWDODGRV HP 7XERV 
 0HGLGRU 9HQWXUL 
 0HGL©¥R FRP %RFDLV H 2ULI¯FLRV 
 7XER GH 3LWRW 
 0HGLGRU 0DJQ«WLFR 
 5RW¤PHWUR 
 0HGL©¥R GH 9D]¥R HP 7XERV FRP 'HVFDUJD /LYUH 
 0«WRGR GDV RRUGHQDGDV *HRP«WULFDV GR -DWR 
 0«WRGR DOLIµUQLD 
11 BIBLIOGRAFIA 281
ANEXOS
$1(;2  × 352(',0(1726 3$5$ 2 $50$=(1$0(172
( 35(6(59$‰…2 '( $02675$6 325 (16$,2 
$1(;2  × */266ƒ5,2 
$1(;2  × 5(62/8‰…2 $1$ 1|
31INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A presente publicação reúne o conhecimento técnico para realização
de coleta e preservação de amostras de águas brutas, tratadas,
UHVLGX£ULDV VHGLPHQWRV H ELRWD DTX£WLFD YLVDQGR ¢ ÷VFDOL]D©¥R
controle e a caracterização da qualidade ambiental.
A coleta e preservação de amostras infelizmente ainda são considera-
das como atividades simples, que não exigem qualquer critério ou co-
QKHFLPHQWR FLHQWL÷FR (VVD SHUFHS©¥R « FRPSOHWDPHQWH IDOKD SRUTXH
XPD DPRVWUD SRU GH÷QL©¥R UHSUHVHQWD R SUµSULR DPELHQWH HVWXGDGR
H DVVLP D VXD FROHWD H[LJH SURIXQGR FRQKHFLPHQWR W«FQLFR H FLHQW¯÷FR
R TXH VLJQL÷FD FRQWDU FRP UHFXUVRV KXPDQRV DOWDPHQWH WUHLQDGRV H FD-
pacitados para desenvolverem as atividades em campo.
$ GH÷QL©¥R GRV XVRV SUHYLVWRV SDUD R FRUSR GÚ£JXD R FRQKHFLPHQWR
dos riscos à saúde da população, os danos aos ecossistemas, a toxici-
dade das substâncias químicas, os processos industriais e as medi-
das de vazão, somam algumas das informações básicas necessárias
para se definirem as técnicas e as metodologias de coleta que serão
utilizadas, a definição dos locais de amostragem e a seleção de parâ-
metros que serão analisados. Sem isso, qualquer programa para avaliar
a qualidade ambiental pode gerar dados não representativos sobre a
área de estudo.
Na escolha do local adequado para o programa de amostragem é im-
SRUWDQWH FRQVLGHUDU TXH D TXDOLGDGH GH XP FRUSR GÚ£JXD YDULD FRQIRU-
me o local (espacial) e o decorrer do tempo (temporal). Para garantir a
homogeneidade e representatividade do local de amostragem propos-
to, as ações a serem tomadas devem ser cuidadosamente planejadas,
como detalhado na Figura 1.
CAPÍTULO 1
32 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
CONHECER OS OBJETIVOS DO PROGRAMA
VERIFICAR SE O PROGRAMA É
ECONOMICAMENTE VIÁVEL
ELABORAR PLANO DE AMOSTRAGEM
INICIAR O PROGRAMA DE
AMOSTRAGEM E ANÁLISES
LEVANTAR OS DADOS EXISTENTES NA ÁREA DE
INFLUÊNCIA A SER ESTUDADA E PROCEDER A UM
RECONHECIMENTO DA MESMA
SELECIONAR POSSÍVEIS LOCAIS DE AMOSTRAGEM,
EXAMINANDO A HOMOGENEIDADE ESPACIAL E TEMPORAL
LOCAL HOMOGÊNEO LOCAL NÃO HOMOGÊNEO
SELECIONAR LOCAIS
ALTERNATIVOS
NÃO SE OBTENDO LOCAIS
ALTERNATIVOS, DEFINIR
DIFERENTES PONTOS DE
COLETA NO MESMO LOCAL
Figura 1. Planejamento para a seleção de locais e posições de monitoramento
33INTRODUÇÃO
Portanto, o objetivo da amostragem e dos ensaios não é a obtenção de
informações sobre alíquotas em si, geralmente constituídas de peque-
QDV IUD©·HV PDV D FDUDFWHUL]D©¥R HVSDFLDO H WHPSRUDO GR FRUSR GÚ£JXD
amostrado.
Deve-se ter sempre presente que o tempo e os custos envolvidos se
elevam sensivelmente, à medida que se exijam informações mais deta-
lhadas que possam implicar no aumento do número de parâmetros de
avaliação, número de amostras, frequência de amostragem, ou utiliza-
ção de tecnologia mais avançada.
Para evitar que os custos da caracterização da água ultrapassem os
benefícios que dela advêm, deve-se planejar cuidadosamente todas
as etapas do programa de amostragem conforme mostra a Figura 2.
34 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
DEFINIÇÃO CLARA
DOS OBJETIVOS
SELEÇÃO DOS PARÂMETROS E LOCAIS
DE AMOSTRAGEM
SELEÇÃO DO NÚMERO DE AMOSTRAS
E TEMPO DE AMOSTRAGEM
SELEÇÃO DOS MÉTODOS ANALÍTICOS
SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE
COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
PLANO DE AMOSTRAGEM
REAVALIAÇÃO DA METODOLOGIA
E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
(VWH JXLD WUDGX] D H[SHUL¬QFLD GD (7(6% QD FROHWD H SUHVHUYD©¥R GH
amostras, apresentando critérios e metodologias internacionalmente
FRQKHFLGDV SDUD HQVDLRV I¯VLFRTX¯PLFRV PLFURELROµJLFRV ELROµJLFRV H
WR[LFROµJLFRV 'HWHUPLQDGDV W«FQLFDV GH KLGURPHWULD WDPE«P IRUDP
incluídas, pois permitem a determinação das cargas poluidoras e, por
isso, representam uma importante contribuição para o planejamento e
execução da amostragem ambiental.
Figura 2. Etapas principais para o planejamento de programas de amostragem.
35PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
2 PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
A caracterização de um ecossistema aquático é uma tarefa complexa e
envolve grande número de variáveis, o que pode conduzir à elaboração
de programas de amostragem com extensão e recursos super dimen-
sionados e uma relação custo/beneficio inadequada.
Estabelecer um plano de amostragem é apenas uma das etapas neces-
sárias à caracterização do meio a ser estudado, mas dele dependem
todas as etapas subsequentes: ensaios laboratoriais, interpretação de
dados, elaboração de relatórios e tomada de decisões quanto à quali-
dade desses ambientes.
Os responsáveis pela programação, bem como os técnicos envolvidos
na execução dos trabalhos de coleta, devem estar totalmente familia-
rizados com os objetivos, metodologias e limitações dos programas de
amostragem, pois as observações e dados gerados em campo ajudam
a interpretar os resultados analíticos, esclarecendo eventualmente da-
dos não-conformes.
2.1 'H÷QL©¥R GR 3URJUDPD GH $PRVWUDJHP
A definição do programa de coleta de amostras exige a consideração de
algumas variáveis, taiscomo:usos,natureza,áreadeinfluênciaecaracte-
rísticas da área de estudo, pois a definição da metodologia de coleta, pre-
servação de amostras e dos métodos analíticos depende desses fatores.
2.1.1 8VRV GR RUSR GÚƒJXD
A caracterização deve considerar o(s) uso(s) preponderante(s) do cor-
po d’água, como: (a) consumo humano, (b) preservação da vida aquáti-
ca; (c) irrigação e dessedentação de animais; (d) abastecimento indus-
trial; (e) recreação entre outros.
CAPÍTULO 2
36 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
2.1.2 1DWXUH]D GD $PRVWUD
As amostras podem ser coletadas em águas classificadas como bruta,
tratada ou residuária; superficial ou subterrânea; interior ou costeira;
doce, salobra ou salina. A natureza do corpo d’água é determinante para o
planejamento e coleta da biota aquática e do sedimento de fundo.
2.1.3 3DU¤PHWURV GH DUDFWHUL]D©¥R GD ƒUHD GH (VWXGR
Atualmente dispõe-se de centenas de variáveis ou determinantes que
podem ser empregados para caracterizarumcorpodeágua,envolvendo
parâmetros físicos, químicos, microbiológicos, biológicos, toxicológicos e
radiológicos. Esses parâmetros devem ser definidos com o conhecimen-
to adequado do seu significado, abrangência, limitações, confiabilidade,
referências para comparações e custos para sua obtenção.
As combinações entre essas variáveis não permitem formular planos
padrões. Cada caso deve ser estudado individualmente, sendo que os
parâmetros e critérios mais empregados incluem os estabelecidos na
legislação vigente.
A formulação dos programas requer ainda definições relativas aos se-
guintes fatores:
á Variabilidade espacial: de maneira geral, os corpos de água super-
÷FLDLV DSUHVHQWDP YDULD©·HV TXDQWR ¢V FRQFHQWUD©·HV GRV VHXV
constituintes nos diferentes pontos de uma seção transversal, bem
como ao longo do eixo longitudinal de deslocamento. Há ainda
uma variação no eixo vertical, a qual é mais pronunciada em corpos
d’água mais profundos.
á Variação temporal: A concentração dos constituintes de um corpo
d’água pode ainda variar ao longo do tempo, num mesmo ponto, de
forma aleatória ou cíclica em função das características das contri-
buições recebidas ou das variáveis meteorológicas. Em zonas estu-
DULQDV SRU H[HPSOR D LQøX¬QFLD GDV PDU«V SURYRFD GH IRUPD F¯FOLFD
profundas alterações nas características dessas águas.
Para o estabelecimento do local, momento e frequência de coleta das
amostras, deve-se definir previamente se o estudo visa a obter uma ca-
racterística média, valores máximos ou mínimos, ou a caracterização
instantânea de um ponto do corpo receptor. A melhor solução técnica
37PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
seria o uso de monitores automáticos que registram continuamente as
alterações da qualidade do corpo de água (ver Capítulo 9). Na impos-
sibilidade de utilização dessa metodologia devido ao custo elevado e
não-aplicabilidade para todas as variáveis, deve-se definir a frequência
e o momento da coleta, com base em informações e dados disponíveis
ou, sempre que possível, com a realização de levantamento preliminar.
Os planos de amostragem baseados em considerações subjetivas, ou
simplesmente na capacidade de amostragem e analítica do laboratório,
poderão gerar resultados não representativos, por não considerarem
a variabilidade espacial e temporal.
Para ilustrar estas considerações, são apresentados dois gráficos hi-
potéticos, representando a variação temporal da concentração de um
dado parâmetro (Figura 3). O primeiro gráfico (A) representa uma va-
riação aleatória resultante, por exemplo, de lançamentos descontínuos
ou do efeito de lixiviação de escoamento superficial provocado por
chuvas. O segundo gráfico (B) simula uma variação cíclica resultante,
por exemplo, de lançamentos de esgotos domésticos, variações sazo-
nais de temperatura ou chuvas, variação diária de insolação ou tempe-
ratura, ou de lançamentos descontínuos, porém cíclicos.
A intensidade dessas variações pode ser reduzida, por exemplo, à me-
dida que o ponto de amostragem se afasta do ponto de lançamento.
Portanto, para o estabelecimento do instante e da frequência de co-
leta de amostras, deve-se conhecer a variabilidade temporal de cada
parâmetro, por local de amostragem. A partir do perfil dessa variabili-
)LJXUD  Efeito da variabilidade temporal na estimativa quantitativa da concentração de uma
dada variável: (A) Variações aleatórias; (B) Variações aleatórias e cíclicas.
Legenda: (–) resultados obtidos por monitoramento automático continuo; (–) média dos resultados obtidos
com o monitoramento automático; (.) concentrações obtidas por coletas instantâneas.
38 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
dade é possível estabelecer o programa de amostragem e o número de
amostras que devem ser tomadas. Quanto maior o número de amos-
tras investigadas, melhor será o conhecimento da variabilidade e, con-
sequentemente, da estimativa do impacto ambiental.
O tamanho da amostra pode ser determinado com base em cálculos
estatísticos, supondo-se uma distribuição normal da variável de quali-
dade e amostras aleatórias e independentes. Nessas condições, pode-
-se aplicar a seguinte fórmula:
Equação 1
n = número de amostras a serem coletadas;
t = fator da distribuição t de Student para (n – 1) graus de liber-
dade e determinado limite de confiança, geralmente entre
90 e 99%. Para a primeira estimativa, usar o valor de t para
s = estimativa do desvio padrão da característica medida;
I = incerteza desejada.
α = nível de significância
Exemplo de aplicação:
Para se estimar a média anual de cloreto com uma incerteza de 5 mg/L Cl, com
95% de confiança, supondo-se s = 10 mg/L, já conhecido por meio de estudos
preliminares:
Para a primeira estimativa
Da tabela de distribuição t de Student temos:
t= 1,960
Portanto: n = (1,960 x 10/5)2
= 15,4 ou n = 16 amostras.
Recalculando para (n – 1) graus de liberdade
(n – 1) = 15
Da tabela temos: t = 2,131
Finalmente: n = (2,131 x 10/5)2
= 18,2 ou Q  DPRVWUDV.
39PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
Quando o objetivo de um programa é avaliar concentrações médias de
uma dada variável dentro de um dado período (geralmente 24 horas),
pode-se, em alguns casos, reduzir o número das amostras necessárias
ao ensaio, pela obtenção de amostras compostas, formadas pela mistu-
ra de alíquotas individuais apropriadas. Para a retirada dessas alíquotas
pode-se empregar amostradores automáticos programáveis. As amos-
tras compostas são úteis quando se deseja obter a qualidade média de
um corpo de água não homogêneo. Nesse caso, são retiradas alíquotas
em vários pontos e profundidades do corpo de água, reunindo-se todas
em uma única amostra. A desvantagem de se compor uma amostra é
que pode se perder a associação com as demais variáveis de caracteri-
zação do corpo d’água ou efluente, que foram coletadas pontualmente.
Para a tomada de amostras compostas, os seguintes cuidados devem
ser observados:
á Não podem ser empregadas para a determinação de variáveis que
se alterem durante a manipulação das alíquotas; é o caso do oxigê-
nio dissolvido, pH, dióxido de carbono livre, microrganismos, me-
tais dissolvidos, compostos voláteis e óleos e graxas.
á Deve-se obedecer às recomendações relativas ao prazo máximo
entre a retirada da alíquota e o início da análise no laboratório. No
caso da DBO, por exemplo, quando se quer formar uma amostra
composta de 24 horas, ao ser retirada a última alíquota o prazo já
expirou para as primeiras.
á É importante considerar a possibilidade de se tomarem alí-
quotas individuais proporcionais às vazões do corpo de água
no instante da coleta, quando se deseja estimar cargas polui-
doras, especialmente em escoamentos que apresentem va-
riações sensíveis de vazão ao longo do período de amostra-
JHP WDQWR SDUD R DPELHQWH DTX£WLFR FRPR SDUD HøXHQWHV
2.1.4 ,QIRUPD©·HV VREUH D ƒUHD GH ,QøX¬QFLD
O planejamento adequado envolve a obtenção de informações prelimina-
res sobre a área de influência do corpo d’água a ser amostrado, como:
á Levantamento de estudos já realizados no local que contribuam
com informações sobre as características da área de estudo e as
SULQFLSDLV DWLYLGDGHV SROXLGRUDV QD EDFLD TXH SRGHP LQøXLU QD TXD-
40 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
lidade das águas, tais como: indústria, agricultura, mineração, zonas
XUEDQDV HWF D ÷P GH HVWDEHOHFHU RV ORFDLV GH DPRVWUDJHP
á Elaboração de croqui com a localização dos possíveis pontos de
coleta;
á Visita à área de estudo para georreferenciamento dos locais de
coleta por meio de GPS (“Global Position System”), levantamento
IRWRJU£÷FR FRP DV FDUDFWHU¯VWLFDV ORFDLV H FRQWDWR FRP DV SHVVRDV
GR ORFDO D ÷P GH VH REWHU GDGRV DGLFLRQDLV TXH FRQ÷UPHP RX HV-
clareçam os dados preliminares levantados (lançamentos de lixo,
resíduos industriais ou domésticos no corpo de água ou nas suas
margens, e outras informações);
á 9HUL÷FD©¥R GDV YLDV GH DFHVVRV EHP FRPR D VLWXD©¥R GDV PHV-
mas, tempo necessário para a realização dos trabalhos, dispo-
nibilidade de apoio local para armazenamento e transporte de
material de coleta e amostras, colocação da embarcação (como ma-
rinas, clubes etc.), avaliando possíveis limitações ou interferências.
2.1.5 /RFDO H 3RQWRV GH ROHWD
Muitas vezes os objetivos determinam os locais e pontos de coleta. Por
exemplo, quando se quer avaliar a eficiência de uma unidade de trata-
mento (industrial ou de esgoto), necessariamente é preciso amostrar
o afluente e o efluente dessa estação. Entretanto, quando os objetivos
estabelecidos apontam apenas para uma indicação geral, como o efei-
to de um efluente na qualidade de água de um rio ou a avaliação da
qualidade da água potável distribuída para a população, é necessário
selecionar cuidadosamente os locais de amostragem.
2.1.5.1 ƒJXD %UXWD
É preciso considerar que todo corpo d’água é heterogêneo e que, seja
qual for o local de amostragem, este não é representativo de todo o
sistema1
em estudo.
Por esse motivo, devem ser selecionados locais adequados às necessi-
dades de informação de cada programa. Entre os fatores responsáveis
pela heterogeneidade de um corpo d’agua podemos citar:
 $ SDODYUD VLVWHPD « XVDGD SDUD UHSUHVHQWDU EDFLDV KLGURJU£÷FDV FXUVRV GH £JXD ULRV ODJRV
reservatórios, estações de tratamento e sistemas de distribuição, entre outros.
41PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
D
(VWUDWL÷FD©¥R W«UPLFD YHUWLFDO GHFRUUHQWH GH YDULD©¥R GD WHPSHUD-
tura ao longo da coluna d’água e do encontro de massa de água;
E
Zona de mistura, formada por dois ou mais tipos de águas que es-
tão em processo de mistura (rio logo a jusante da descarga de um
HøXHQWH RX WULEXW£ULR
)LJXUD
VHQGR TXH D FROHWD GHYH VHU UHDOL-
zada após a completa mistura (Fig. 4, trecho A-A);
F
Distribuiçãoheterogêneadedeterminadassubstânciasouorganis-
mos em um sistema hídrico homogêneo. Isso ocorre quando os ma-
teriais não dissolvidos, com densidade diferente da água, tendem
D ÷FDU KHWHURJHQHDPHQWH GLVWULEX¯GRV SRU H[HPSOR R µOHR WHQGH
D øXWXDU QD VXSHUI¯FLH GD £JXD HQTXDQWR RV VµOLGRV HP VXVSHQV¥R
tendem a se depositar) ou quando ocorrem reações químicas ou
biológicas na coluna d’água, como o crescimento de algas nas cama-
das superiores em função da penetração de luz, com as consequen-
tes mudanças no pH e concentração de oxigênio dissolvido.
)LJXUD  5HSUHVHQWD©¥R HVTXHP£WLFD GD PLVWXUD GH XP HøXHQWH FRP R ULR 9LVWD 6XSHULRU ×
GLVSHUV¥R ODWHUDO GR HøXHQWH RUWH /DWHUDO × GLVSHUV¥R YHUWLFDO H ODWHUDO GR HøXHQWH
42 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
Quando não se conhece detalhadamente um determinado sistema,
é recomendável realizar uma investigação preliminar, de preferência
com base em um planejamento estatístico, a fim de avaliar o seu grau
de heterogeneidade. Testes rápidos de campo, como condutividade
elétrica, temperatura e oxigênio dissolvido, podem ser úteis para
essa finalidade, bem como o uso de equipamentos que permitem
medição contínua. O uso de técnicas de traçadores, como corantes ou
materiais radioativos, tem se mostrado útil no estudo dos processos de
mistura nos corpos de água. Contudo, no planejamento desses testes
preliminares é necessário lembrar que o grau de heterogeneidade
pode depender do tipo de ensaio em questão; por isso, essa avaliação
deve ser feita com base em mais de um ensaio.
O grau de heterogeneidade deverá ser avaliado para se verificar como
as características de qualidade oscilam no espaço e no tempo.
Em geral não se deve retirar amostras próximas às margens de rios,
canais e no ponto de lançamento de despejos, exceto quando essas
regiões são de interesse específico, pois a qualidade, em tais pontos,
geralmente não é representativa de todo o corpo d’água. No caso da
contribuição dos tributários (afluentes), é importante acompanhar a
qualidade de suas águas, e como ela afeta o corpo principal, por meio
da coleta de amostras em ponto próximo da sua desembocadura (foz)
ou de acordo com o objetivo do trabalho.
Quando se deseja acompanhar a qualidade da água de um corpo hí-
drico, a longo prazo, o posicionamento do local de amostragem, deve
levar em consideração a existência de lançamentos de efluentes líqui-
dos industriais e/ou domésticos, bem como a presença de afluentes na
área de influência do ponto de amostragem, pois estes podem alterar a
qualidade da água do corpo.
Caso haja este tipo de situação, o local de monitoramento deve estar
situado após a mistura completa do referido lançamento, seja ele con-
tínuo ou intermitente (Fig. 5). Para isto deve-se conhecer as vazões do
lançamento e as do rio, e o regime de escoamento para determinar o
local onde a mistura é completa. Desse modo obtêm-se uma amostra
de água representativa daquele ponto do rio.
43PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
Às vezes, os locais de amostragem podem ser escolhidos erroneamen-
te, mais pela conveniência do que por sua adaptação a uma amostra-
gem representativa. As pontes, por exemplo, são usadas para amostra-
gem em rios devido à sua acessibilidade, mas nem sempre são os locais
mais apropriados, pois sua presença pode interferir ou alterar fatores
básicos do corpo d’água. Entretanto, esta pode ser uma opção quando
o local adequado de amostragem for totalmente inviável.
2.1.5.2 ƒJXD 7UDWDGD
O princípio que orienta a amostragem é o de que as características da
água são modificadas em seu percurso nos sistemas e nas soluções al-
ternativas de abastecimento de água. Essas variações necessitam ser
conhecidas, pois fornecem importantes elementos para: (1) subsidiar a
avaliação do risco ao consumidor; (2) permitir a correção do problema
específico de contaminação, bem como os problemas operacionais ge-
radores da anomalia.
Para o controle de qualidade da água para consumo humano devem ser
considerados na definição dos pontos e locais de coleta: (i) o monitora-
mento operacional para avaliar o desempenho das medidas de controle
nas diversas etapas de tratamento, desde a captação no manancial até o
consumidor, e (ii) o monitoramento para garantir que o processo de tra-
tamento como um todo esteja operando de forma segura (verificação).
No estabelecimento da frequência de amostragem para um monitora-
mento mais global da água de consumo humano existe a necessidade
de se realizar um balanço dos benefícios e custos de se obter um nú-
mero maior de informações. O número de amostras e a frequência de
amostragem são geralmente baseados na população abastecida ou no
volume de água distribuído, para refletir o risco à população. A frequên-
cia de análises para os parâmetros individuais irá também depender da
)LJXUD  Variação da qualidade de um corpo d’água considerando a distância do ponto
GH ODQ©DPHQWR GH GHVFDUJD $
/RFDO GH DPRVWUDJHP SUµ[LPR ¢ GHVFDUJD %
3RVL©¥R
LQWHUPHGL£ULD GR ORFDO GH DPRVWUDJHP
/RFDO GH DPRVWUDJHP GLVWDQWH GD GHVFDUJD
44 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
variabilidade da qualidade. Requer-se uma maior frequência de aná-
lise dos parâmetros microbiológicos do que dos físico-químicos, isso
porque episódios curtos de contaminação microbiológica podem levar
facilmente a surtos de doenças gastrointestinais nos consumidores,
enquanto episódios de contaminação química, que poderiam constituir
um risco agudo à saúde, são raros (WHO, 2011).
No Capítulo 7 encontram-se detalhes sobre os procedimentos para o pla-
nejamento e execução de amostragem de águas de consumo humano.
2.1.5.3 6HGLPHQWR
A seleção dos pontos de coleta de sedimento deve considerar, além
do objetivo do estudo, os tipos de ambiente, os locais de lançamento
da carga de poluentes e os padrões de vazão, velocidade e sentido da
corrente. Muitos estudos de sedimento aplicam a abordagem que uti-
liza um ponto ou condições de referência dentro de uma determinada
região ou bacia hidrográfica. O ponto de referência corresponde a um
ambiente livre da ação antrópica ou o menos impactado dentro da área
de estudo. É fundamental que as características físicas, geológicas e
hidrológicas, entre os pontos a serem comparados sejam compatíveis.
Assim, dados como granulometria, teor de matéria orgânica e umida-
de do sedimento, tipo e grau de preservação da cobertura vegetal da
margem, tipo de hábitat amostrado e ordem do rio devem ser similares
entre o ponto de referência e os pontos a serem diagnosticados. São
definidas as condições consideradas ideais, estabelecendo-se valor ou
faixa de valor, para cada parâmetro, que seria esperado em um ambien-
te preservado.
Qualquer que seja o tipo de ambiente amostrado (rios, lagos, reserva-
tórios, estuários e oceanos), a coleta para avaliação da qualidade de se-
dimentos (biológica, física e química) geralmente ocorre nas áreas de
deposição de sedimentos finos (argila), já que normalmente são nesses
locais que os contaminantes são retidos e a comunidade bentônica é
mais desenvolvida. Em lagos, reservatórios e estuários o acúmulo de
partículas finas ocorre na região mais profunda; em rios, nas margens
deposicionais e nas áreas de remansos. A margem deposicional locali-
za-se no lado oposto ao da erosional, apresentando declive mais suave
e, muitas vezes, bancos de macrófitas enraizadas. Remansos ocorrem
em trechos meândricos e pantanosos.
45PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
Em estudos de sedimentos são considerados essenciais a avaliação dos
seguintes parâmetros: pH (potencial hidrogeniônico), Eh (potencial
redox), conteúdo orgânico (carbono orgânico total - COT ou resíduos
voláteis),sulfetosvolatilizáveisemácido(SVA),granulometria,umidade
e teor de matéria orgânica. Em água de fundo, nitrogênio amoniacal
e oxigênio dissolvido são parâmetros importantes para acompanhar
ensaios ecotoxicológicos e de bentos (ver detalhes no Capítulo 6).
A variabilidade do sedimento em um ponto precisa ser considerada
na amostragem e decorre da heterogeneidade espacial, tanto vertical
quanto horizontal. A heterogeneidade vertical é, principalmente, con-
sequência da oscilação histórica da contaminação; a horizontal é for-
mada pela dinâmica de deposição das partículas (apresentando-se qui-
micamente em mosaicos) e pela distribuição agrupada das populações
bentônicas. O ideal é ter conhecimento desta variabilidade por meio da
tomada de réplicas.
O número de réplicas pode ser definido a partir de dados obtidos em
amostragem prévia, utilizando-se fórmulas que se baseiam em valores
de variância, desvio ou erro padrão, como exemplificado no item 2.1.3.
No entanto, o número resultante de réplicas algumas vezes é inviável e
opta-se por um número mínimo, considerando-se a capacidade analíti-
ca do laboratório. Em geral faz-se de 3 a 5 réplicas.
Se o custo do projeto e a capacidade analítica de um laboratório não
permitem a execução de réplicas, opta-se pela obtenção de amostras
compostas (desde que a variável em questão permita a sua composi-
ção), que teoricamente representam o valor médio dessa composição
sendo, portanto, uma opção mais adequada do que a tomada de uma só
amostra por ponto (maiores detalhes no Capítulo 6).
Em estudos de sedimento há de se considerar também a variabilidade
temporal, já que as variações sazonais podem influenciar a disponibi-
lidade de contaminantes. Em reservatórios, a dinâmica de circulação/
estratificação altera a relação de oxirredução das camadas profundas
de água e, em períodos de seca, a exposição do sedimento marginal.
Em rios, ocorre deposição de sedimentos finos no período da seca e
lavagem desse material nas chuvas. Para estudos de caracterização e
diagnóstico e programas de monitoramento da qualidade de sedimen-
tos, uma única coleta anual no período de seca pode ser adequada.
46 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
2.1.5.4 (øXHQWHV /¯TXLGRV H RUSRV +¯GULFRV 5HFHSWRUHV
Para definição dos locais de amostragem de efluentes líquidos (indus-
triais e domésticos) e dos corpos hídricos receptores, devem ser con-
siderados os objetivos envolvidos na amostragem, tais como: avaliação
do desempenho do sistema de tratamento, atendimento aos padrões
da legislação, obtenção de informações para elaboração de projeto de
sistemas de tratamento de águas residuárias (STAR), implantação de
medidas de prevenção à poluição, entre outros.
No capítulo 8 encontram-se detalhes sobre os procedimentos para o
planejamento e execução deste tipo de amostragem.
2.1.6 $SRLR 2SHUDFLRQDO
Os veículos, embarcações, equipamentos, frascaria, material de
preservação e acondicionamento de amostras devem estar disponí-
veis em quantidade e qualidade adequadas, evitando-se adaptações
de última hora.
2.1.7 DSDFLGDGH $QDO¯WLFD /DERUDWRULDO
No planejamento da amostragem deve ser considerada a capacidade
analítica do(s) laboratório(s) quanto à quantidade de amostras que po-
dem ser processadas e os tipos de parâmetros a serem investigados,
limites de detecção, métodos de ensaio, disponibilidade de padrões
e cronograma de atendimento. É importante considerar os seguintes
conceitos nessa etapa:
á Concentração mínima de interesse do analito: é um dado funda-
mental para a seleção de métodos analíticos que devem ser empre-
JDGRV HP XP SODQHMDPHQWR 1RUPDOPHQWH « GH÷QLGD SRU OHJLVOD-
ção ou publicada como padrão internacional, e serve de orientação
SDUD D GH÷QL©¥R GDV W«FQLFDV GH FROHWD H GRV OLPLWHV GH TXDQWL÷FD-
ção aceitáveis para os métodos analíticos que serão utilizados para
a tomada de decisão ambiental.
á Limite de detecção do Método (LDM): menor concentração de
uma substância que pode ser detectada, mas não necessariamente
TXDQWL÷FDGD SHOR P«WRGR XWLOL]DGR
á /LPLWH GH TXDQWL÷FD©¥R « D PHQRU FRQFHQWUD©¥R GH XP DQDOLWR TXH
pode ser determinada com um nível de aceitabilidade que garanta
47PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM
sua representatividade. Após ter sido determinado, esse limite ser-
ve para orientar e avaliar se a precisão e a exatidão do método ana-
lítico escolhido atende aos objetivos do plano. Normalmente, para
embasar substancialmente as decisões ambientais, é recomendá-
YHO TXH R OLPLWH GH TXDQWL÷FD©¥R GH XP P«WRGR VHMD SHOR PHQRV
50% menor do que a concentração mínima de interesse. Quando
Q¥R H[LVWLUHP P«WRGRV R÷FLDLV 86(3$ 6WDQGDUG 0HWKRGV ,62
etc) que atendam à concentração mínima de interesse do analito
recomenda-se adotar o método dentre estes que melhor atenda a
esse limite.
á Incerteza de medição: caracteriza a dispersão de valores asso-
ciada ao resultado, que podem ser razoavelmente atribuídos ao
mensurando (amostras). É usada para avaliar a exatidão, precisão
H FRQ÷DELOLGDGH GH XP UHVXOWDGR DQDO¯WLFR $ GH÷QL©¥R GRV YDORUHV
máximos de incerteza dos resultados deve ser estabelecida jun-
tamente com a concentração mínima de interesse e deve ser usa-
da para auxiliar na escolha das metodologias analíticas adotadas.
2.1.8 5HFXUVRV )LQDQFHLURV H +XPDQRV
São os recursos necessários para realizar os trabalhos de campo, as
tarefas analíticas e as de interpretação de dados. Sob este aspecto,
convém planejar criteriosamente os parâmetros a serem avaliados, o
número de amostras a serem examinadas e a frequência de sua coleta,
adequando-os aos recursos disponíveis.
Tanto em programas de monitoramento, onde são avaliadas as tendên-
cias e a eficácia das medidas de controle da poluição, como em levanta-
mentos específicos, devem ser elaborados cronogramas de desenvol-
vimento dos trabalhos, considerando todas as atividades envolvidas, a
sazonalidade e a disponibilidade para alocação dos recursos humanos
e materiais.
Refrigeração de Amostras – Foto
Carlos Jesus Brandão/CETESB
49ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO
3 ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO
Estabelecido o planejamento de amostragem, que inclui a definição
dos objetivos, dos locais e frequência de amostragem, dos parâmetros
selecionados, dos métodos analíticos e de amostragem adequados e o
cronograma de atividades, passa-se para as etapas de organização e
execução dos trabalhos de campo.
A síntese contendo as recomendações e orientações de como realizar o
armazenamento e a preservação de amostras, conforme o tipo de ensaio
(classedaamostra,tipoderecipienteparaarmazenamento,volume/quan-
tidade necessário de amostra, tipo de preservação e prazo máximo reco-
mendado entre coleta e início do ensaio), encontra-se no Anexo 1.
3.1 Planejamento das Atividades
O planejamento correto das atividades de campo é de importância fun-
damental para o sucesso dos trabalhos e deve envolver os seguintes
aspectos:
á Seleção de itinerários racionais, observando-se os acessos, o tem-
po para coleta e preservação das amostras e o prazo para seu en-
vio aos laboratórios, obedecendo-se o prazo de validade para o
ensaio de cada parâmetro, a capacidade analítica e o horário de
atendimento e funcionamento dos laboratórios envolvidos. Mui-
tos programas de amostragem necessitamdeváriosdiasparaserem
desenvolvidos, o que exige remeter amostras coletadas diariamente
aos laboratórios por despachos rodoviários ou aéreos. Nesses casos,
devem-se planejar coletas calculando-se a localização e os horários
das empresas transportadoras;
á HUWL÷FD©¥R GH TXH D SURJUDPD©¥R GH FROHWD IRL HQYLDGD DRV ODER-
ratórios envolvidos e de que os mesmos tenham condições de aten-
der ao programa;
CAPÍTULO 3
50 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
á 9HUL÷FD©¥R GD H[LVW¬QFLD GH HYHQWXDLV FDUDFWHU¯VWLFDV ORFDLV QRV
pontos de coleta que exigem equipamentos ou cuidados especiais,
o que permitirá a sua adequada seleção e preparo. Isto vale espe-
cialmente para o caso de coletas com embarcações, coletas de sedi-
mentos, peixes e organismos bentônicos, coletas em locais de difícil
acesso, ou com alto risco de acidentes (rios caudalosos, mar, pontes
de tráfego intenso, amostragem em indústrias etc.);
á Preparação de tabelas contendo os equipamentos e materiais ne-
FHVV£ULRV DRV WUDEDOKRV ÷FKDV GH FROHWD IUDVFRV SDUD DV DPRVWUDV
preservantes químicos, caixas térmicas, equipamentos de coleta e
de medição, cordas, embarcações, motores de popa, equipamento
de segurança etc.). É conveniente levar frascos reserva para o caso
de amostragem adicional, perda ou quebra de frascos; e
á 9HUL÷FD©¥R GD GLVSRQLELOLGDGH H IXQFLRQDPHQWR DGHTXDGR GRV
equipamentos utilizados para amostragem e de apoio.
Convém assegurar-se de que os técnicos envolvidos nas atividades de
coleta estejam devidamente treinados e capacitados para utilizar as
técnicas específicas de coleta, preservação de amostras e as medidas
de segurança, manusear os equipamentos de campo e de medição, e
localizar precisamente os pontos de coleta. É fundamental que obser-
vem e anotem quaisquer fatos ou anormalidades que possam interferir
nas características das amostras (cor, odor ou aspecto estranho, pre-
sença de algas, óleos, corantes, material sobrenadante, peixes ou ou-
tros animais aquáticos mortos), nas determinações laboratoriais e na
interpretação dos dados. Devem ainda ter condições para estabelecer,
se necessário, pontos de amostragem alternativos e outros parâme-
tros complementares para uma melhor caracterização do ambiente em
estudo. Um técnico bem treinado, consciente e observador é de impor-
tância fundamental para a consecução dos objetivos dos programas de
avaliação dos ecossistemas aquáticos.
É importante destacar que as coletas de amostras biológicas depen-
dem de autorização prévia dos órgãos competentes, como o Institu-
to Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Essa
autorização, todavia, não é necessária para fins de monitoramento da
qualidade da água. Maiores informações podem ser obtidas no site do
Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO) do
Ministério do Meio Ambiente (http://www4.icmbio.gov.br/sisbio//)
51ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO
3.2 Coleta e Preservação de Amostras
Neste tópico encontram-se orientações quanto à limpeza e ao prepa-
ro dos recipientes utilizados para o armazenamento de amostras. In-
formações sobre as técnicas de preservação para cada variável, o tipo
de recipiente, o volume de amostra necessário, o tipo de preservação
recomendada e o prazo para ensaios físico-químicos, microbiológicos,
biológicos e toxicológicos encontram-se no Anexo 1.
3.2.1 Coleta e Tipos de Amostras
A coleta de amostras é, provavelmente, o passo mais importante para
a avaliação da área de estudo; portanto, é essencial que a amostragem
seja realizada com precaução e técnica, para evitar todas as fontes pos-
síveis de contaminação e perdas e representar o corpo d’água amostra-
do e/ou a rede de distribuição de água tratada.
Para definir a natureza da amostra coletada, nesse Guia são adota-
dos códigos que se referem à classe da amostra: A - Amostras de água
tratada; B - Amostras de água bruta; C - Amostras de água residuária;
D - Amostras de solo, sedimento, lodo, material sólido de dragagem, resí-
duosólidoesemi-sólidoemgeral; E-Amostrasdemateriaisbiológicos.As
definições de cada uma delas encontram-se no Glossário (Anexo 2).
A técnica a ser adotada para a coleta de amostras depende da matriz
a ser amostrada (água superficial, em profundidade, subterrânea, tra-
tada, residuária, sedimento, biota aquática, entre outras), do tipo de
amostragem (amostra simples, composta ou integrada) e, também, dos
ensaios a serem solicitados (ensaios físico-químicos, microbiológicos,
biológicos e toxicológicos) e devem ser tomados os seguintes cuidados:
á 9HUL÷FDUDOLPSH]DGRVIUDVFRVHGRVGHPDLVPDWHULDLVHHTXLSDPHQWRV
que serão utilizados para coleta (baldes, garrafas, pipetas etc.);
á Empregar somente os frascos e as preservações recomendadas
SDUD FDGD WLSR GH GHWHUPLQD©¥R YHUL÷FDQGR VH RV IUDVFRV H UHDJHQ-
tes para preservação estão adequados e dentro do prazo de valida-
de para uso (Anexo 1). Em caso de dúvida, substituí-los;
á HUWL÷FDUVH TXH D SDUWH LQWHUQD GRV IUDVFRV DVVLP FRPR DV WDPSDV
HEDWRTXHVQ¥RVHMDPWRFDGDVFRPDP¥RRX÷TXHPH[SRVWDVDRSµ
fumaça e outras impurezas (gasolina, óleo e fumaça de exaustão de
veículos podem ser grandes fontes de contaminação de amostras).
52 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
Cinzas e fumaça de cigarro podem contaminar as amostras com
metais pesados e fosfatos, entre outras substâncias. É importante,
portanto, que os técnicos responsáveis pela coleta de amostras não
fumem durante a coleta e utilizem uniformes e EPI adequados para
cada tipo de amostragem (avental, luva cirúrgica ou de borracha
de látex, óculos de proteção, entre outros), sempre observando e
obedecendo às orientações de cada local ou ambiente onde será
realizada a amostragem;
á Fazer a ambientação dos equipamentos de coleta com água do pró-
prio local, se necessário;
á Garantirqueasamostraslíquidasnãocontenhampartículasgrandes,
detritos, folhas ou outro tipo de material acidental durante a coleta;
á ROHWDU XP YROXPH VX÷FLHQWH GH DPRVWUD SDUD HYHQWXDO QHFHVVLGD-
de de se repetir algum ensaio no laboratório;
á Fazer todas as determinações de campo em alíquotas de amos-
tra separadas das que serão enviadas ao laboratório, evitando-se
assim o risco de contaminação;
á Colocar as amostras ao abrigo da luz solar, imediatamente após a
coleta e preservação;
á Acondicionar em caixas térmicas com gelo as amostras que exigem
refrigeração para sua preservação (observar que as amostras para
ensaio de Oxigênio Dissolvido não devem ser mantidas sob refri-
geração);
á Manter registro de todas as informações de campo, preenchendo
XPD ÷FKD GH FROHWD SRU DPRVWUD RX FRQMXQWR GH DPRVWUDV GD PHV-
ma característica, contendo os seguintes dados:
a) Nome do programa de amostragem e do coordenador, com te-
lefone para contato;
b) Nome dos técnicos responsáveis pela coleta;
c) Número de identificação da amostra;
d) Identificação do ponto de amostragem: código do ponto, ende-
reço, georreferenciamento, etc.
e) Data e hora da coleta;
f) Natureza da amostra (água tratada, nascente, poço freático,
poço profundo, represa, rio, lago, efluente industrial, água sa-
lobra, água salina etc.);
g) Tipo de amostra (simples, composta ou integrada)
h) Medidas de campo (temperatura do ar e da água, pH, condu-
tividade, oxigênio dissolvido, transparência, coloração visual,
vazão, leitura de régua, etc.);
53ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO
i) Eventuais observações de campo;
j) Condições meteorológicas nas últimas 24 horas que possam
interferir com a qualidade da água (chuvas);
k) Indicação dos parâmetros a serem analisados nos laboratórios
envolvidos;
l) Equipamento utilizado (nome, tamanho, malha, capacidade,
volume filtrado, e outras informações relevantes).
As amostras podem ser simples, compostas ou integradas. A amostra
simples (pontual ou instantânea) é aquela coletada em uma única toma-
da de amostra, num determinado instante, para a realização das deter-
minações e ensaios. O volume total da amostra irá depender dos parâ-
metrosescolhidos.Éindicadaparaoscasosondeavazãoeacomposição
do líquido (água ou efluente) não apresentam variações significativas.
É obrigatória para os parâmetros cujas características alteram-se rapi-
damente ou não admitem transferência de frasco (sulfetos, oxigênio dis-
solvido, solventes halogenados, óleos e graxas, microbiológicos).
A amostra composta é constituída por uma série de amostras simples,
coletadas durante um determinado período e misturadas para consti-
tuir uma única amostra homogeneizada. Este procedimento é adotado
para possibilitar a redução da quantidade de amostras a serem analisa-
das, especialmente quando ocorre uma grande variação de vazão e/ou
da composição do líquido. A amostragem pode ser realizada em função
(a) do tempo (temporal); (b) da vazão; (c) da profundidade do local a ser
amostrado; (d) da margem ou distância entre um ponto de amostragem
e outro (espacial). A composição de amostra é realizada de acordo com
o objetivo de cada trabalho e é definida pelo coordenador técnico no
momento da elaboração do projeto.
O período total da amostragem composta poderá ser subdividido, de
acordo com a capacidade de processamento do laboratório. Quando
o laboratório de ensaios se encontra em local distante dos pontos de
amostragens, recomenda-se que as amostras sejam compostas em pe-
ríodos menores que 24 horas, devido aos tempos máximos para a reali-
zação de ensaios de alguns parâmetros, de forma a não exceder o prazo
de validade da amostra.
A amostragem integrada é aquela realizada com amostradores que
permitem a coleta simultânea, ou em intervalos de tempo o mais
54 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
próximo possível, de alíquotas que serão reunidas em uma única
amostra.
Para uma melhor representatividade do local amostrado, pode-se tam-
bém realizar a amostragem com réplicas (duplicata ou triplicata), quan-
do a amostra é coletada de modo sequencial e independente, em um
determinado período de tempo ou espaço.
A coleta de água varia também em função da profundidade em que foi
realizada, podendo ser superficial ou em diferentes distâncias abaixo
da superfície. A coleta de água superficial é a que ocorre entre 0 e 30
centímetros da lâmina d’água, enquanto que a em profundidade ocorre
abaixo de 30 centímetros da lâmina d’água e deve ser realizada obri-
gatoriamente com o auxílio de equipamento adequado, tomando-se o
cuidado de não provocar a suspensão do sedimento próximo ao fundo.
Os níveis de profundidade são definidos pelo coordenador técnico no
momento da elaboração do projeto, de acordo com o objetivo de cada
trabalho. A profundidade total do local de amostragem é verificada em
campo, com auxílio de uma corda metrada com um peso extra, tipo poi-
ta, ou com ecobatímetro da embarcação.
Toda vez que o procedimento de coleta for realizado com apoio de em-
barcação, assim que for confirmada sua ancoração no ponto onde será
realizada a coleta, a embarcação deve ser mantida na mesma posição, não
podendo ser ligada para reposicionamento até o final do procedimento.
3.2.2 Preservação de amostra
Independente da natureza da amostra, a estabilidade completa para
cada constituinte nunca pode ser obtida. As técnicas de preservação,
a seleção adequada dos frascos e a forma de armazenamento, têm por
objetivo retardar a ação biológica e a alteração dos compostos quími-
cos; reduzir a volatilidade ou precipitação dos constituintes e os efei-
tos de adsorção; e/ou preservar organismos, evitando ou minimizando
alterações morfológicas, fisiológicas e de densidades populacionais,
em todas as etapas da amostragem (coleta, acondicionamento, trans-
porte, armazenamento, até o momento do ensaio).
As alterações químicas que podem ocorrer na estrutura dos constituin-
tes acontecem, principalmente, em função das condições físico-quími-
55ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO
cas da amostra. Assim, metais podem precipitar-se como hidróxidos, ou
formar complexos com outros constituintes; os cátions e ânions podem
mudar o estado de oxidação; íons podem ser adsorvidos na superfície
interna do frasco de coleta; e outros constituintes podem dissolver-se
ou volatilizar-se com o tempo.
As ações biológicas podem conduzir à alteração da valência de
elementosouradicais.Osconstituintessolúveispodemserconvertidos
em matéria orgânica e, com a ruptura das células, esses constituintes
podem ser liberados na solução. Os ciclos biogeoquímicos, como do
nitrogênio e do fósforo, são exemplos dessa influência biológica na
composição da amostra.
As técnicas de preservação de amostras mais empregadas são: adição
química, congelamento e refrigeração.
Adição química
O método de preservação mais conveniente é o químico, através do
qual o reagente é adicionado prévia (ensaios microbiológicos) ou ime-
diatamente após a tomada da amostra, promovendo a estabilização
dos constituintes de interesse por um período maior. Contudo, para
cada ensaio existe uma recomendação específica (Anexo 1). Geralmen-
te é realizada com o auxílio de um frasco dosador, frasco conta-gota,
pipeta, proveta, entre outros.
Congelamento
É uma técnica aceitável para alguns ensaios e serve para aumentar o
intervalo entre a coleta e o ensaio da amostra in natura, sem compro-
meter esta última.
É inadequada para as amostras cujas frações sólidas (filtráveis e não
filtráveis) alteram-se com o congelamento e posterior retorno à
temperaturaambiente,eparaamaioriadasdeterminaçõesbiológicase
microbiológicas. Os ensaios que permitem esta técnica de preservação
constam no Anexo 1.
Refrigeração
Constitui uma técnica comum em trabalhos de campo e pode ser uti-
lizada para preservação de amostras mesmo após a adição química,
sendo empregada frequentemente na preservação de amostras para
56 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
ensaios microbiológicos, físico-químicos orgânicos e inorgânicos, bio-
lógicos e toxicológicos. Os ensaios que permitem esta técnica de pre-
servação constam no Anexo 1.
3.3 Acondicionamento, Transporte e
Armazenamento de Amostras
3.3.1 Acondicionamento
Neste item encontram-se orientações para o acondicionamento de
amostras, quanto ao tipo, limpeza e preparo dos recipientes utilizados.
3.3.1.1 Tipos de Recipientes
Os tipos de recipientes mais utilizados para coleta e preservação de
amostras são os de plástico autoclavável de alta densidade (polietileno,
polipropileno, policarbonato ou outro polímero inerte) e os de vidro,
com boca larga (mais ou menos 4 cm de diâmetro) para facilitar a coleta
da amostra e a limpeza. Estes dois tipos de materiais apresentam van-
tagens e desvantagens (Tabela 1).
Tabela 1. Comparação entre recipientes de vidro (borossilicato) e polietileno,
polipropileno ou outro polímero inerte.
Condições
Operacionais
Material
Vidro (Borossilicato) Plástico (polímero inerte)
Interferência
com a amostra
Indicado para todas as
análises de compostos
orgânicos. Inerte a maioria dos
constituintes, exceto a forte
alcalinidade. Adsorve metais
em suas paredes.
Indicado para a maioria dos
compostos inorgânicos,
biológicos e microbiológicos.
Pode contaminar amostras
com ftalatos.
Peso Pesado Leve
Resistência à
quebra
Muito Frágil Durável
Limpeza Fácil
$OJXPD GL÷FXOGDGH QD
remoção de componentes
adsorvíveis
Esterilizável Sim
Apenas por técnicas de uso
pouco comum no Brasil, como
óxido de etileno e radiação
gama. Alguns tipos são
autoclaváveis.
57ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO
Os recipientes de plástico apresentam maiores vantagens por serem
leves e resistentes à quebra, e são recomendados quando o plástico
é aceitável na coleta, devido ao baixo custo e à menor adsorção de
íons de metais. Recipientes de polietileno também podem ser usados,
porém são menos rígidos e, consequentemente, apresentam uma
menor resistência à autoclavação.
Osfrascospodemserdevidroneutrooudeborossilicato.Adesvantagem
deste tipo de material é o seu peso e a possibilidade de quebra durante
o seu manuseio e transporte. O vidro de borossilicato é o recomendado
por ser inerte à maior parte dos materiais e é indicado para determinados
tipos de ensaios, como os microbiológicos, pesticidas e de óleos e graxas;
entretanto, possui um custo mais elevado.
Os recipientes podem ser também do tipo descartável ou reutilizável.
Os recipientes descartáveis são utilizados quando o custo da limpeza é
alto. Estes devem estar limpos, serem à prova de vazamento e, quando
necessário, estéreis. Os recipientes reutilizáveis são usados quando o
custo de limpeza é baixo em comparação com o custo de aquisição de
novos recipientes. Devem ser de fácil lavagem e, se necessário, resis-
tentes a temperaturas elevadas.
A capacidade dos recipientes varia em função do volume de amostra
necessário para os ensaios a serem efetuados. O frasco geralmente
precisa ter capacidade suficiente para conter a amostra e deixar um
espaço que permita uma boa homogeneização, a menos que o proce-
dimento recomende a coleta com o frasco totalmente cheio. Normal-
mente, empregam-se frascos de 250mL, 500mL, 1L e 5L. Todavia,
recipientes com capacidades menores ou maiores podem ser necessá-
rios, de acordo com as determinações a serem realizadas. No caso das
amostras de sedimento, podem ser acondicionadas em potes ou sacos
plásticos de polietileno, potes de vidro de cor âmbar ou papel alumínio
e sacos plásticos reforçados (APHA, 2005).
É fundamental que tanto o recipiente, como a tampa e o batoque
estejam livres do analito de interesse, especialmente quando os limites
de quantificação são baixos. No caso de ensaios orgânicos, não usar
frascos plásticos, exceto aqueles feitos de polímeros fluorinados, tal
como teflon (PTFE – politetraflúoretileno), pois alguns analitos da
amostra podem ser adsorvidos pela parede do recipiente plástico e/
58 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS
ou alguns contaminantes do recipiente plástico podem ser liberados
na amostra. Evitar recipientes plásticos sempre que possível, devido
ao seu potencial de contaminação, principalmente por ésteres de
ftalato. Considerando que alguns compostos orgânicos (como também
os pigmentos fotossintetizantes) são fotodegradáveis, é necessário
utilizar frascos de vidro de cor âmbar ou, na impossibilidade, envolver
os frascos transparentes em papel alumínio ou “kraft”. Para a análise de
metais, tomar cuidado para que a amostra não entre em contato com
batoques metálicos; para a realização de ensaios microbiológicos, os
recipientes devem ser esterilizados. Como regra geral, as tampas e os
batoques devem garantir uma boa vedação da amostra, especialmente
durante o transporte.
3.3.1.2 Limpeza e Preparo de Recipientes
A limpeza dos recipientes, tampas e batoques é de grande importância
para impedir a introdução de contaminantes nas amostras com o anali-
to de interesse. Um exemplo dessa contaminação é o uso de detergen-
tes comuns para lavar recipientes que serão empregados nos ensaios
de surfactantes e fosfatos. Portanto, deve-se garantir que os procedi-
mentos de lavagem sejam eficazes para a limpeza e não acrescentem
interferentes nos resultados analíticos (qualidade e composição dos
detergentes, pureza das soluções usadas, tempo de contato com os re-
agentes, controle da temperatura, dentre outros).
Os procedimentos manuais mais utilizados na limpeza e preparo de
frascaria são listados a seguir (limpeza básica e especial). Procedimen-
tos automáticos podem ser empregados utilizando-se máquina de la-
vagem de vidraria, escolhendo o programa apropriado para cada tipo
de frascaria.
a) Limpeza básica de frascaria
i. Deixar os frascos, tampas e batoques de molho em solução de de-
WHUJHQWH DOFDOLQR  SRU WHPSR VX÷FLHQWH SDUD IDFLOLWDU D UHPR-
ção dos resíduos da amostra e possíveis etiquetas;
ii. Esfregar os frascos com gaspilhão até retirada total dos resíduos;
iii. Esfregar com esponja de aço e detergente neutro a parte externa
dos frascos;
iv. Enxaguar com água corrente para retirada do detergente (se
necessário, usar água quente);
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  • 1. 1INTRODUÇÃO GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS ÁGUA, SEDIMENTO, COMUNIDADES AQUÁTICAS E EFLUENTES LÍQUIDOS
  • 2. 2 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS República Federativa do Brasil Dilma Vana Rousseff Presidenta Ministério do Meio Ambiente Izabella Mônica Vieira Teixeira Ministra Agência Nacional de Águas Diretoria Colegiada Vicente Andreu Guillo (Diretor-Presidente) Dalvino Troccoli França Paulo Lopes Varella Neto João Gilberto Lotufo Conejo Paulo Rodrigues Vieira Secretaria-Geral (SGE) Mayui Vieira Guimarães Scafuto Procuradoria-Geral (PGE) Emiliano Ribeiro de Souza Corregedoria (COR) Elmar Luis Kichel Auditoria Interna (AUD ) Edmar da Costa Barros &KH÷D GH *DELQHWH *$%
  • 3. Horácio da Silva Figueiredo Junior Coordenação de Articulação e Comunicação (CAC ) Antônio Félix Domingues Coordenação de Gestão Estratégica (CGE) Bruno Pagnoccheschi Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos (SPR) Ney Maranhão Superintendência de Gestão da Rede Hidrometeorológica (SGH) Valdemar Santos Guimarães Superintendência de Gestão da Informação (SGI) Sérgio Augusto Barbosa Superintendência de Apoio à Gestão de Recursos Hídricos (SAG ) Rodrigo Flecha Ferreira Alves Superintendência de Implementação de Programas e Projetos (SIP) Ricardo Medeiros de Andrade Superintendência de Regulação (SRE) Francisco Lopes Viana Superintendência de Usos Múltiplos e Eventos Críticos (SUM) Joaquim Guedes Correa Gondim Filho Superintendência de Fiscalização (SFI) Flavia Gomes de Barros Superintendência de Administração, Finanças e Gestão de Pessoas (SAF) Luís André Muniz Governo do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin Governador Secretaria do Meio Ambiente Bruno Covas Secretário Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Diretor-Presidente Otavio Okano Diretor Vice-Presidente Nelson Roberto Bugalho Diretor de Gestão Corporativa Sérgio Meirelles Carvalho Diretor de Controle e Licenciamento Ambiental Geraldo do Amaral Filho Diretor de Engenharia e Qualidade Ambiental Carlos Roberto dos Santos Diretora de Avaliação e Impacto Ambiental Ana Cristina Pasini da Costa
  • 4. 3INTRODUÇÃO GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS ÁGUA, SEDIMENTO, COMUNIDADES AQUÁTICAS E EFLUENTES LÍQUIDOS Agência Nacional de Águas Ministério do Meio Ambiente Companhia Ambiental do Estado de São Paulo Secretaria de Meio Ambiente Governo do Estado de São Paulo Brasília-DF 2011
  • 5. 4 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS Equipe editorial Supervisão de edição: Superintendência de Implementação de Programas e Projetos - SIP/ANA. Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. Elaboração dos originais: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. Revisão dos originais: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. Superintendência de Implementação de Programas e Projetos - SIP/ANA. Produção: $WKDODLD *U£÷FD H (GLWRUD 3URMHWR JU£÷FR DSD 'LDJUDPD©¥R Eduardo Meneses )RWRJUD÷DV Banco de imagens da CETESB. Tiragem: 2.000 exemplares Todos os direitos reservados. E permitida a reprodução de dados e de informações contidos nesta publicação, desde que citada a fonte. $7$/2*$‰…2 1$ )217( ('2%,%/,27($ C737g Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Guia nacional de coleta e preservação de amostras: água, sedimento, comunidades aquáticas H HøXHQWHV O¯TXLGRV RPSDQKLD $PELHQWDO GR (VWDGR GH 6¥R 3DXOR 2UJDQL]DGRUHV DUORV -HVXV %UDQG¥R HW DO@ 6¥R 3DXOR (7(6% %UDV¯OLD $1$ 326 p.: il. ISBN – ƒJXD 0RQLWRUDPHQWR ƒJXD ROHWD GH DPRVWUDV ƒJXD 3UHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV I. Brandão, Carlos Jesus, org. II. Botelho, Marcia Janete Coelho, org. III. Sato, Maria Inês Zanoli, org. IV. Lamparelli, Marta Condé, org. V. Título '8 HG
  • 6. © Agência Nacional de Águas – ANA, 2011 Setor Policial Sul, Area 5, Quadra 3, Blocos B, L, M e T. (3 %UDV¯OLD × ') 3$%;
  • 7. _
  • 8. www.ana.gov.br © Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, 2011 Av. Professor Frederico Hermann Júnior, 345, térreo, Alto de Pinheiros (3 6¥R 3DXOR × 63 www.cetesb.sp.gov.br
  • 9. Organizadores Carlos Jesus Brandão Márcia Janete Coelho Botelho* Maria Inês Zanoli Sato Marta Condé Lamparelli Autores Adriana Castilho R. de Deus Setor de Comunidades Aquáticas Cacilda J. Aiba*, Divisão de Análises Físico-Químicas Carlos Jesus Brandão Setor de Amostragem Carlos Ferreira Lopes Setor de Atendimento a Emergência Carlos Roberto Fanchini Agência Ambiental de Jundiai Déborah Arnsdorff Roubicek Setor de Toxicologia Humana e Saúde Ambiental Elayse Maria Hachich Setor de Microbiologia e Parasitologia Francisco J. Ferreira Setor de Química Inorgânica Gilson Alves Quináglia Setor de Análises Toxicológicas Helena Mitiko Watanabe Setor de Comunidades Aquáticas João Carlos Carvalho Milanelli Agência Ambiental de Ubatuba José Eduardo Bevilacqua Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental Júlio César Swartelé Rodrigues Setor de Avaliação de Sistema de Saneamento Luis Altivo Carvalho Alvim Setor de Hidrologia e Interpretação de Dados Mara Elisa Pereira Salvador* Setor de Comunidades Aquáticas Márcia Janete Coelho Botelho * Setor de Comunidades Aquáticas Maria do Carmo Carvalho Setor de Comunidades Aquáticas Maria Inês Zanoli Sato Departamento de Análises Ambientais Marta Condé Lamparelli Divisão de Análises Hidrobiológica Mônica Luisa Kuhlmann Setor de Comunidades Aquáticas Neusa Akemi N. Beserra Setor de Química Orgânica Paulo Fernando Rodrigues Setor de Águas Subterrâneas e Solo Paulo Sérgio Gonçalves Rocha Setor de Amostragem Regis Nieto Setor de Avaliação de Sistema de Saneamento Ricardo Minçon Filho* Setor de Amostragem Rita Cerqueira Ribeiro de Souza* Setor de Comunidades Aquáticas Rogério Visquetti de Santana Setor de Amostragem Rosalina Pereira de A. Araújo Setor de Ecotoxicologia Aquática Valéria Aparecida Prósperi Setor de Ecotoxicologia Aquática Venicio Pedro Ribeiro Setor de Amostragem Vivian Baltazar Setor de Amostragem COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO – CETESB
  • 10. Colaboradores Cesar Augusto Martins Roda* Setor de Amostragem Fernando de Caires Setor de Amostragem Geraldo G. J. Eysink* Setor de Comunidades Aquáticas Guiomar Johnscher Fornasaro Setor de Comunidades Aquáticas Marcelo Adriano de Oliveira Setor de Amostragem Meron Petro Zajac Diretoria de Avaliação de Impacto Ambiental Nancy de Castro Stoppe* Setor de Microbiologia e Parasitologia Osvaldo Atanagildo da Silva Setor de Amostragem Renato Pizzi Rossetti Setor de Hidrologia e Interpretação de Dados *ex-funcionários da CETESB e suas áreas de origem AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS - ANA Colaboração Técnica Adriana de Araujo Maximiano Ana Paula Montenegro Generino Doralice Meloni Assirati Maria Cristina de Sá Oliveira Matos Brito Paulo Augusto Cunha Libânio BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO - BID Apoio Fernanda Campello (consultora) ,UHQH *XLPDU¥HV $OWD÷Q Janaina Borges de Pádua Goulart Rafael Porfírio Tavares (consultor)
  • 11. $ $J¬QFLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV DJUDGHFH D WRGRV TXH FRQWULEX¯UDP SDUD este documento, em especial: - à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que com conhecimento, experiência e dedicação elaborou e revisou essa obra, e permitiu a ANA publicá-la para se tornar um documento técnico de referência nacional em apoio às ações do Programa Nacional de Avalia- ©¥R GH 4XDOLGDGHV GDV ƒJXDV 314$
  • 12. - ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) pelo apoio à implementação do PNQA, por meio da Cooperação Técnica ATN/OC %5 - aos órgãos de meio ambiente e de recursos hídricos e às companhias de saneamento estaduais e do Distrito Federal que se dedicaram a re- visar esta obra e a contribuir com sugestões para seu aperfeiçoamento durante a consulta técnica dirigida realizada pela ANA, em especial a: á $ODJRDV ,QVWLWXWR GH 0HLR $PELHQWH GR (VWDGR GH $ODJRDV ,0$
  • 13. á Amapá: Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do $PDS£ ,0$3
  • 14. á %DKLD (PSUHVD %DLDQD GH ƒJXDV H 6DQHDPHQWR 6$ × (PEDVD
  • 15. á HDU£ RPSDQKLD GH ƒJXD H (VJRWR GR HDU£ $*((
  • 16. á 'LVWULWR )HGHUDO $J¬QFLD 5HJXODGRUD GH ƒJXDV H 6DQHDPHQWR GR Distrito Federal (ADASA) e Companhia de Saneamento Ambiental GR 'LVWULWR )HGHUDO $(6%
  • 17. á Espírito Santo: Companhia Espírito Santense de Saneamento (CE- 6$1
  • 18. á Mato Grosso do Sul: Instituto do Meio Ambiente do Mato Grosso GR 6XO ,0$68/
  • 19. á 0LQDV *HUDLV ,QVWLWXWR 0LQHLUR GH *HVW¥R GDV ƒJXDV GR (VWDGR GH Minas Gerais (IGAM) e Companhia de Saneamento de Minas Ge- UDLV 23$6$
  • 21. á Paraíba: Secretaria de Estado dos Recursos Hídricos, do Meio Am- ELHQWH H GD L¬QFLD H 7HFQRORJLD GR (VWDGR GD 3DUD¯ED 6(5+0$7
  • 22. á Paraná: Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Secretaria de Estado de 0HLR $PELHQWH H 5HFXUVRV +¯GULFRV GR (VWDGR GR 3DUDQ£ 6(0$
  • 23. á 3LDX¯ ƒJXDV H (VJRWRV GR 3LDX¯ 6$ $*(3,6$
  • 24. á Rio Grande do Norte: Instituto de Desenvolvimento Econômi- FR H 0HLR $PELHQWH ,'(0$
  • 25. H R ,QVWLWXWR GH *HVW¥R GDV ƒJXDV ,*$51
  • 26. á 6DQWD DWDULQD RPSDQKLD DWDULQHQVH GH ƒJXDV H 6DQHDPHQWR $6$1
  • 27. á Sergipe: Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO). Aos órgãos federais envolvidos, direta ou indiretamente, com ações relacionadas à qualidade das águas que contribuíram para o aperfeiço- amento dessa obra: á )XQGD©¥R 1DFLRQDO GH 6D¼GH )81$6$
  • 28. á Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental (SNSA) do Ministé- ULR GDV LGDGHV H á Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo registra um especial agradecimento: á aos autores da publicação original do “Guia de Coleta e Preserva- ©¥R GH $PRVWUDV $PELHQWDLVÝ HGLWDGR HP TXH ODQ©DUDP D SHGUD fundamental para construir o novo texto desse Guia de Coleta: Azor Camargo Penteado Filho, Ben Hur Luttembarck Batalha, Denise Navas Pereira, Edmundo Garcia Agudo, Eduardo Bertoletti, Ernesto Werner Fredricksson, Guiomar Johnscher Fornasaro, Helcias Ber- nardo de Padua, Helga Bernhard de Souza, Ivan Ronaldo Horcel, João Ruocco Junior, José Guilherme Barreto Pires, José Leomax dos San- tos, José Luiz de Guide, Maria Helena Roquetti Humayta, Maria Neu- zaAlves,MariaTherezinhaMartins,NilsonNeyScatigno,PauloTetuia Hasegawa, Petra Sanchez Sanchez, Renato Amaral, Rosa Helena de Oliveira Martins Freitas, Sebastião Gaglianone, Sergio Roberto e 9DQGHUOHL 0DUXMR 3UDGR á à ANA que, com o apoio do BID, viabilizou a publicação deste Guia.
  • 29. Figura 1. Planejamento para a seleção de locais e posições de monitoramento 32 Figura 2. Etapas principais para o planejamento de programas de amostragem 34 Figura 3. Efeito da variabilidade temporal na estimativa quantitativa da concentração GH XPD GDGD YDUL£YHO $
  • 31. 9DULD©·HV DOHDWµULDV H F¯FOLFDV Figura 4 5HSUHVHQWD©¥R HVTXHP£WLFD GD PLVWXUD GH XP HøXHQWH FRP R ULR 9LVWD 6XSHULRU × GLVSHUV¥R ODWHUDO GR HøXHQWH RUWH /DWHUDO × GLVSHUV¥R YHUWLFDO H ODWHUDO GR HøXHQWH Figura 5. Variação da qualidade de um corpo d’água considerando a distância do ponto GH ODQ©DPHQWR GH GHVFDUJD $
  • 32. /RFDO GH DPRVWUDJHP SUµ[LPR ¢ GHVFDUJD %
  • 34. /RFDO GH DPRVWUDJHP GLVWDQWH GD GHVFDUJD Figura 6. Dimensões do tecido de gaze para a confecção da mecha para coleta de amostras para análise de patógenos 64 Figura 7. Mecha empregada na técnica de Moore: (A
  • 35. (VTXHPD B) foto da mecha de gase com meio de transporte (Carry Blair) 64 Figura 8. (VTXHPD GH UHSOLFDWD SDUD F£OFXOR GH LQFHUWH]D GD DPRVWUDJHP Figura 9. Balde de aço inox 84 Figura 10. ROHWRU FRP EUD©R UHWU£WLO $
  • 36. 9LVWD ODWHUDO GR HTXLSDPHQWR PRQWDGR %
  • 37. 9LVWD GR EDOGH H GR EUD©R UHWU£WLO GHVPRQWDGR
  • 38. 9LVWD VXSHULRU GR EDOGH FROHWRU Figura 11. %DWLVFDIR $
  • 40. (VTXHPD LOXVWUDWLYR HP FRUWH GR HTXLSDPHQWR
  • 41. %DWLVFDIR DEHUWR Figura 12. Esquema de uma Garrafa de van Dorn 86 Figura 13. Garrafa de Niskin 86 Figura 14. 0HQVDJHLUR $
  • 43. 0HQVDJHLUR PDQXIDWXUDGR Figura 15. *DUUDID GH YDQ 'RUQ GH øX[R YHUWLFDO $
  • 44. *DUUDID GHVPRQWDGD (B) Garrafa montada 87 Figura 16. *DUUDID GH YDQ 'RUQ GH øX[R KRUL]RQWDO $
  • 45. *DUUDID GHVPRQWDGD (B) Garrafa montada 87 Figura 17. Armadilha de Schindler-Patalas 88 Figura 18. 5HGH GH SO¤QFWRQ $
  • 46. 9LVWD IURQWDO GD UHGH H FRSR FROHWRU %
  • 47. 9LVWD ODWHUDO GD UHGH H FRSR FROHWRU LISTA DE FIGURAS
  • 48. Figura 19. RSR FROHWRU GH UHGH GH SO¤QFWRQ $
  • 50. 39 Figura 20. )OX[¶PHWUR Figura 21. 3HJDGRU (NPDQ%LUJH $
  • 52. (TXLSDPHQWR PRQWDGR Figura 22. 3HJDGRU (NPDQ%LUJH PRGL÷FDGR SRU /HQ] $
  • 54. 9LVWD IURQWDO GR HTXLSDPHQWR IHFKDGR FRP IUDFLRQDGRU GH VHGLPHQWR LQVHULGR Figura 23. 3HJDGRU 3HWHUVHQ PRGL÷FDGR Figura 24. 3HJDGRU YDQ 9HHQ Figura 25. 3HJDGRU 3RQDU 3HTXHQR Figura 26. 3HJDGRU 6KLSHN $
  • 56. 0RQWDGR Figura 27. 7HVWHPXQKDGRU PRGHOR .DMDN%ULQNKXUVW .% FRUHU
  • 57. Figura 28. 3HJDGRU 0DQXDO Figura 29. 'UDJD 5HWDQJXODU Figura 30. 'HOLPLWDGRU 6XUEHU Figura 31. 'HOLPLWDGRU +HVVDQWRQ Figura. 32. Detalhe do delimitador para estimativa da porcentagem de cobertura GH FRPXQLGDGHV GH FRVW¥R URFKRVR Figura 33. 'LPHQV·HV GR GHOLPLWDGRU Figura 34. 0£TXLQD IRWRJU£÷FD PRQWDGD FRP OHQWH ÜFORVHXSÝ VXSRUWH FRP GHOLPLWDGRU GH HQTXDGUDPHQWR H øDVKHV Figura 35. Detalhe do delimitador para estimativa da estrutura espacial de FRPXQLGDGHV GH FRVW¥R URFKRVR LQGLFDQGR VXDV UHVSHFWLYDV GLPHQV·HV HP FHQW¯PHWURV Figura 36. 0HGLGRU GH GHFOLYH GH SUDLD Figura 37. 5HGH 0DQXDO Figura 38. 6XEVWUDWR DUWL÷FLDO GR WLSR FHVWR SUHHQFKLGR FRP SHGUD GH EULWD Figura 39. 6XEVWUDWR DUWL÷FLDO GR WLSR øXWXDGRU FRP O¤PLQDV GH YLGUR $
  • 58. 9LVWD VXSHULRU GR øXWXDGRU %
  • 59. 9LVWD GR øXWXDGRU LQVWDODGR SUµ[LPR ¢ PDUJHP Figura 40. 6XEVWUDWR DUWL÷FLDO GR WLSR øXWXDGRU FRP O¤PLQDV GH YLGUR 'HWDOKH GR ÷R Q£LORQ GH VXVWHQWD©¥R GR øXWXDGRU Figura 41. 3HUL÷W¶PHWUR FRP HVFRYD 9,6 PRGL÷FDGR Figura 42. 5HGH GH HVSHUD GH VXSHUI¯FLH
  • 60. Figura 43. 5HGH GH HVSHUD DUPDGD Figura 44. 5HWLUDGD GD UHGH GH HVSHUD Figura 45. 5HGH GH HVSHUD DQFRUDGD QR IXQGR Figura 46. ([HPSORV GH HVSLQK«LV Figura 47. DQL©R RX YDUD GH SHVFD Figura 48. XUUDO Figura 49. HVWR RX FDQDVWUD Figura 50. HVWR RX FDQDVWUD Figura 51. 'LIHUHQWHV DUPDGLOKDV Ü7LSR RYRÝ $
  • 61. $UPDGLOKD GH IRUPD FLO¯QGULFD %
  • 62. $UPDGLOKD SDUD SHVFD GD ODJRVWD
  • 63. $UPDGLOKD SDUD SHL[HV GH SHTXHQR SRUWH HP ULRV Figura 52. Rede de arrasto manual: (A) Foto da rede de arrasto manual HP RSHUD©¥R %
  • 64. (VTXHPD GD UHGH GH DUUDVWR PDQXDO Figura 53. 5HGH GH DUUDVWR SRU HPEDUFD©¥R Figura 54. Rede de arrasto manual do tipo saco: A) Foto da rede de arrasto PDQXDO WLSR VDFR HP RSHUD©¥R %
  • 65. (VTXHPD GR GHWDOKH GR VDFR Figura 55. 7DUUDID $
  • 67. 9LVWD VXSHULRU GD WDUUDID Figura 56 3X©£ $
  • 68. 9LVWD ODWHUDO )RWR $GULDQD 5 GH 'HXV
  • 69. %
  • 70. (TXLSDPHQWR HP XVR Figura 57. 3HVFD HO«WULFD FRP DSDUHOKDJHP GR WLSR PµYHO PRFKLOD
  • 71. Figura 58 /RFDOL]D©¥R JHQ«ULFD GH SRQWRV GH FROHWD GH £JXD VXSHU÷FLDO HP JUDQGHV FXUVRV GH £JXD Figura 59. ROHWD GH DPRVWUDV GH £JXD VXSHU÷FLDO $
  • 72. 'LVSRVL©¥R GRV IUDVFRV FRP LGHQWL÷FD©¥R %
  • 73. 'LVWULEXL©¥R GD DPRVWUD HP WRGRV RV IUDVFRV
  • 74. )UDVFRV SUHHFKLGRV FRP DPRVWUD Figura 60. ROHWD GH DPRVWUDV GH £JXD VXSHU÷FLDO SDUD DQ£OLVH GH 2' $
  • 76. )HFKDPHQWR GR IUDVFR Figura 61. Procedimento de preservação de amostra: (A) Adição de ácido Q¯WULFR SDUD SUHVHUYD©¥R GH PHWDLV SHVDGRV %
  • 77. $GL©¥R GH DFHWDWR GH ]LQFR SDUD SUHVHUYD©¥R GH VXOIHWR Figura 62. Coleta de amostra em profundidade com garrafa de van Dorn GH )OX[R 9HUWLFDO Figura 63. )LOWUD©¥R HP FDPSR GH DPRVWUD SDUD PHWDLV GLVVROYLGRV Figura 64. ROHWD GH DPRVWUD FRP EDOGH GH D©R LQR[ SDUD 7HVWH GH $PHV
  • 78. Figura 65 ROHWD GH DPRVWUD GH £JXD VXSHU÷FLDO SDUD DQ£OLVH PLFURELROµJLFD $
  • 79. FRP EDOGH GH D©R LQR[ %
  • 80. GLUHWDPHQWH GR FRUSR GÚ£JXD Figura 66. Acondicionamento e transporte de amostras para análises PLFURELROµJLFDV HP FDL[D W«UPLFD VRE UHIULJHUD©¥R Figura 67. ROHWD GH DPRVWUD GH £JXD UHFUHDFLRQDO PDU
  • 81. SDUD DQ£OLVH PLFURELROµJLFD Figura 68. Sistema Porta Filtro para Filtração de Amostras para Ensaio GH ORUR÷OD a H )HR÷WLQD a HP /DERUDWµULR Figura 69. Sistema Porta Filtro para Filtração de Amostras para Ensaio GH ORUR÷OD a H )HR÷WLQD a HP DPSR Figura 70. %RPED GH 9£FXR 0DQXDO SDUD FDPSR Figura 71. %RPED GH 9£FXR (O«WULFD SDUD FDPSR Figura 72. Floração ou “Bloom” de Cianobactérias no Reservatório %LOOLQJV × 6¥R 3DXOR63 $
  • 82. 3UROLIHUD©¥R H[FHVVLYD GH DOJDV H FLDQREDFW«ULDV %
  • 83. 'LVFR GH 6HFFKL UHFREHUWR SRU DOJDV H FLDQREDFW«ULDV Figura 73. 6HOH©¥R GH VXEVWUDWR Figura 74. 'HWDOKH GD VHOH©¥R GH UDPRV H IROKDV Figura 75. RUWHV GRV UDPRV H IROKDV VHOHFLRQDGDV Figura 76. Seleção de ramos e folhas - Material coletado na bandeja FRP R ODGR D VHU UDVSDGR SDUD FLPD Figura 77. 5DVSDJHP GR VXEVWUDWR FRP SLQFHO PDFLR Figura 78 'HVHQKR PDQXDO GDV IROKDV H UDPRV Figura 79. Paquímetro utilizado para medida do comprimento e diâmetro GRV UDPRV H WDPDQKR GDV IROKDV Figura 80. 0HGLGD GR GL¤PHWUR GRV UDPRV Figura 81. ROHWD GH DPRVWUDV SDUD 3HULI¯WRQ FRP SHUL÷W¶PHWUR FRP HVFRYD PRGL÷FDGR SRU 9,6 $
  • 84. ,QWURGX©¥R GR DPRVWUDGRU QR ORFDO VHOHFLRQDGR %
  • 86. %RPEHDPHQWR GD £JXD H SHUL÷WRQ UDVSDGR H SUHHQFKLPHQWR GR IUDVFR Figura 82. ROHWD GH DPRVWUDV SDUD 3HULI¯WRQ $
  • 87. )OXWXDGRU GH /¤PLQDV GH YLGUR %
  • 88. 5HWLUDGD GR )OXWXDGRU GH /¤PLQDV GH YLGUR Figura 83: Coleta de amostras de zooplâncton com armadilha GH 6FKLQGOHU3DWDODV $
  • 92. 'HVFRQH[¥R do copo coletor, (E) Transferência da amostra retida no copo coletor para o frasco, )
  • 93. /DYDJHP H[WHUQD GR FRSR FROHWRU SDUD D UHWLUDGD GH PDWHULDO DGHULGR QDV SDUHGHV
  • 94. Figura 84. Esquema de um sistema de produção e distribuição de água. – Fluxo RSHUDFLRQDO
  • 100. $SOLFD©¥R GH FORUR ø¼RU H FDO
  • 103. 5HGH GH GLVWULEXL©¥R Figura 85. Torneiras localizadas no laboratório da ETA para controle das etapas GR SURFHVVR GH WUDWDPHQWR Figura 86. ROHWD GH DPRVWUD QD WRUQHLUD DSµV R KLGU¶PHWUR Figura 87 ROHWD GH DPRVWUD QD WRUQHLUD GR MDUGLP DSµV KLGU¶PHWUR Figura 88. Coleta de amostras em reservatório com balde e corda estéreis: $
  • 105. %DOGH H FRUGD HVW«ULO HP SURFHGLPHQWR GH FROHWD Figura 89. Vista interna do container de uma Estação Automática de Monitoramento: (A) Em primeiro plano o amostrador automático refrigerado e, ao fundo, o gabinete onde estão instalados o CLP e os medidores de pH, OD, WHPSHUDWXUD H FRQGXWLYLGDGH HO«WULFD %
  • 106. 7XUELG¯PHWUR Figura 90. Vista da Estação Automática de Monitoramento Rasgão, localizada no rio Tietê em Pirapora do Bom Jesus – SP: (A) Vista da estrutura metálica øXWXDQWH TXH VXSRUWD D ERPED GH UHFDOTXH %
  • 107. RQWDLQHU Figura 91. 5«JXDV /LPQLP«WULFDV Figura 92. Molinete Hidrométrico 262 Figura 93. Minimolinete Hidrométrico 262 Figura 94. Micromolinete Hidrométrico 263 Figura 95. Guincho Hidrométrico 264 Figura 96 3HU÷ODGRU $F¼VWLFR GH RUUHQWH SRU (IHLWR 'RSSOHU RX $'3 Figura 97 DOKD 3DUVKDOO $
  • 108. 9LVWD VXSHULRU HP FRUWH GH XPD FDOKD 3DUVKDOO %
  • 109. 9LVWD ODWHUDO HP FRUWH ORQJLWXGLQDO GH XPD FDOKD 3DUVKDOO Figura 98. 9HUWHGRUHV GH SDUHGH GHOJDGD $
  • 111. 6ROHLUD HVSHVVD Figura 99. Vertedores de parede delgada: (A) Vertedouro retangular H F£OFXOR GD YD]¥R %
  • 112. 9HUWHGRXUR WUDSH]RLGDO H F£OFXOR GD YD]¥R
  • 113. 9HWHGRXUR triangular ou em “V” e cálculo da vazão 270 Figura 100. DL[D GH WUDQTXLOL]D©¥R FRP YHUWHGRU LQWHUQR Figura 101. Caixa de tranquilização – corte longitudinal 272 Figura 102. Medidor Venturi 272 Figura 103. Bocais e orifícios para medição de vazão 273 Figura 104. Tubo de Pitot 274
  • 114. Figura 105. Medidor Magnético 275 Figura 106. Rotâmetro 276 Figura 107. Método das Coordenadas Geométricas do Jato: (A) Vista em corte ORQJLWXGLQDO GR WXER %
  • 115. 'HWDOKH GR FRUWH IURQWDO GR WXER Figura 108. Aplicação do Método das Coordenadas Geométricas do Jato a canalizações inclinadas 278 Figura 109. 0«WRGR DOLIµUQLD $
  • 116. 'HWDOKH GR FRUWH IURQWDO GR WXER %
  • 117. 9LVWD HP FRUWH ORQJLWXGLQDO GR WXER Figura 110 0«WRGR DOLIµUQLD SDUD FRQGXWRV LQFOLQDGRV Figura 111. 0«WRGR DOLIµUQLD 0RGL÷FDGR $
  • 120. LISTA DE TABELAS Tabela 1. Comparação entre recipientes de vidro (borossilicato) e polietileno, polipropileno ou outro polímero inerte. 56 Tabela 2. 5HVXPR GRV FRQWUROHV GH TXDOLGDGH UHTXHULGRV SDUD DPRVWUDJHP Tabela 3. Principais características de alguns amostradores de sedimento, FRPXQLGDGHV EHQW¶QLFDV H SHULI¯WLFDV Tabela 4. ODVVL÷FD©¥R GR ]RRSO¤QFWRQ HP IXQ©¥R GR WDPDQKR GRV RUJDQLVPRV Tabela 5. Recomendações para a seleção do equipamento de coleta de ]RRSO¤QFWRQ HP GLIHUHQWHV DPELHQWHV Tabela 6. Características principais dos estudos passivos e ativos e determinação GH ELRPDVVD GH PDFUµ÷WDV DTX£WLFDV Tabela 7. 0HWRGRORJLD GH DPRVWUDJHP GH GHFOLYH H SHU÷O GH SUDLDV Tabela 8. DUDFWHUL]D©¥R 7¯SLFD SDUD (øXHQWHV ,QGXVWULDLV Tabela 9. 'LVW¤QFLD UHFRPHQGDGD HQWUH YHUWLFDLV ANEXOS Tabela A1. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios físico-químicos LQRUJ¤QLFRV ƒJXD H 6HGLPHQWR Tabela A2. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de compostos TX¯PLFRV RUJ¤QLFRV × ƒJXD H 6HGLPHQWR Tabela A3. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de cianobactérias e cianotoxina 300 Tabela A4. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios HFRWR[LFROµJLFRV FRP RUJDQLVPRV DTX£WLFRV × ƒJXD H 6HGLPHQWR Tabela A5. Armazenamento e preservação de amostras para testes de toxicidade aguda com bactérias luminescentes 9LEULR ÷VFKHUL 0LFURWR[
  • 121. × ƒJXD H 6HGLPHQWR Tabela A6. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de mutagenicidade (Salmonella/PLFURVVRPD
  • 122. × ƒJXD H 6HGLPHQWR Tabela A7. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios PLFURELROµJLFRV ƒJXD H 6HGLPHQWR
  • 123. Tabela A8. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios GH FORUR÷OD a H IHR÷WLQD a × ƒJXD EUXWD Tabela A9. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de ÷WRSO¤QFWRQ × ƒJXD Tabela A10. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV GH SHULI¯WRQ Tabela A11. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV GH ]RRSO¤QFWRQ Tabela A12. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV FRP PDFUµ÷WDV Tabela A13. $UPD]HQDPHQWR H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV SDUD HQVDLRV FRP EHQWRV Tabela A14. Armazenamento e preservação de amostras para ensaios de Q«FWRQ SHL[HV
  • 124. (QWUH RV GHVD÷RV GD £UHD DPELHQWDO GR 3D¯V R FRQKHFLPHQWR VREUH a qualidade das águas está entre os mais relevantes e emblemáticos. Informações esparsas ou inexistentes, ausência de redes de monito- ramento adequadas em termos de frequência, parâmetros e repre- VHQWDWLYLGDGH HP Q¼PHUR GH SRQWRV GH DPRVWUDJHP GL÷FXOWDP XP diagnóstico mais preciso sobre a realidade da condição da qualidade dos corpos hídricos brasileiros. 2 3URJUDPD 1DFLRQDO GH $YDOLD©¥R GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV 314$
  • 125. surge da percepção de que a gestão integrada dos recursos hídricos re- quer sistemático monitoramento tanto da quantidade quanto da quali- dade das águas, para contribuir com os objetivos de uma economia em base ambientalmente sustentável e socialmente justa. O PNQA é um Programa de parcerias, que envolve, além da ANA, outras instituições relacionadas ao monitoramento de qualidade das águas, especialmente os órgãos estaduais de recursos hídricos e de meio ambiente, as companhias de saneamento e as concessionárias de empreendimentos hidrelétricos. O objetivo central do PNQA é prover à sociedade um conhecimento DGHTXDGR VREUH D TXDOLGDGH GDV £JXDV VXSHU÷FLDLV EUDVLOHLUDV GH IRUPD a subsidiar os tomadores de decisão, contribuindo, assim, com a gestão VXVWHQW£YHO GRV UHFXUVRV K¯GULFRV RP LVVR R 314$ SUHWHQGH TXDOL÷FDU D DWXD©¥R GRV HVWDGRV H GD $1$ 6HXV REMHWLYRV HVSHF¯÷FRV V¥R HOLPLQDU DV ODFXQDV JHRJU£÷FDV H WHPSRUDLV QR PRQLWRUDPHQWR GH 4XDOLGDGH GH ƒJXD QR %UDVLO DXPHQWDU D FRQ÷DELOLGDGH GDV LQIRUPD©·HV JHUDGDV VREUH TXDOLGDGHGH£JXDWRUQDURVGDGRVHDVLQIRUPD©·HVGHTXDOLGDGHGH£JXD FRPSDU£YHLV HP ¤PELWR QDFLRQDO H DYDOLDU GLYXOJDU H GLVSRQLELOL]DU ¢ VR- ciedade as informações de qualidade de água. O PNQA está estruturado em quatro componentes: a) Elaboração e Implementação de uma Rede Nacional de Monitoramento de Qua- OLGDGH GDV ƒJXDV E
  • 126. 3DGURQL]D©¥R GH 3DU¤PHWURV H GH 3URFHGLPHQ- PREFÁCIO
  • 127. WRV UHIHUHQWHV ¢ FROHWD SUHVHUYD©¥R H DQ£OLVH GH TXDOLGDGH GH £JXD F
  • 128. HUWL÷FD©¥R H $SULPRUDPHQWR GH /DERUDWµULRV H DSDFLWD©¥R GRV 3UR÷VVLRQDLV HQYROYLGRV QR 0RQLWRUDPHQWR GH 4XDOLGDGH GH ƒJXD H G
  • 129. $YDOLD©¥R H 'LYXOJD©¥R GDV ,QIRUPD©·HV VREUH 4XDOLGDGH GH ƒJXD HP âmbito nacional, disponível a toda a sociedade em portal na internet. A proposta desse Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras GH ƒJXD 6HGLPHQWR RPXQLGDGHV $TX£WLFDV H (øXHQWHV /¯TXLGRV VH insere no escopo da componente de “Padronização” do PNQA, inicia- tiva essa concretizada por meio do Acordo de Cooperação Técnica nº FHOHEUDGR HQWUH D $1$ H R (VWDGR GH 6¥R 3DXOR SRU LQWHU- médio da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), e do apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por PHLR GD RRSHUD©¥R Q| $71 2%5 Com a conclusão desse Guia, e a Resolução ANA nº 724, de 3 de ou- WXEUR GH SXEOLFDGD QR 'L£ULR 2÷FLDO GD 8QL¥R Q| HP GH RXWXEUR GH HVWD $J¬QFLD FRQWULEXL SDUD D TXDOL÷FD©¥R W«FQLFD H a harmonização dos procedimentos de coleta e preservação de amos- tras de águas entre os diversos atores que operam no monitoramento da qualidade dos recursos hídricos brasileiros, facilitando a compara- ção e análise conjunta dos dados de monitoramento e o aprimoramen- WR GRV GLDJQµVWLFRV GH TXDOLGDGH GDV £JXDV VXSHU÷FLDLV QR %UDVLO FRPR subsídio à gestão integrada de recursos hídricos. VICENTE ANDREU GUILLO Diretor Presidente $J¬QFLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV
  • 130. Nos seus 50 anos de atividade, o Banco Interamericano de Desenvol- vimento (BID) acumulou experiência valiosa em diversas áreas de atu- ação, tanto no Brasil como nos demais países da Região. O mandato do BID em apoio aos esforços de desenvolvimento dos pa- íses da América Latina e Caribe é bastante amplo e sua estratégia se baseia em dois pilares sobre os quais se constroi o desenvolvimento da Região nas próximas décadas: a redução da pobreza e da desigualda- GH H R FUHVFLPHQWR HFRQ¶PLFR H VRFLDO VXVWHQWDGR H DPELHQWDOPHQWH sustentável. A gestão adequada dos recursos hídricos e a garantia do acesso à água à toda população são requisitos essenciais para que se promova o desenvolvimento calcado nesses dois pilares. 1R WHPD GD ƒJXD R %,' WHP VH PRVWUDGR XP SDUFHLUR LPSRUWDQWH GR Brasil, não só pelo seu caráter pioneiro na implantação de programas de saneamento ambiental e de programas sociambientais integrados, como também no apoio à implantação da legislação vigente na área do abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e gestão de resíduos sólidos. Com respeito à gestão dos recursos hídricos, o BID junta-se à Agên- FLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV $1$
  • 131. HP XPD FRRSHUD©¥R YROWDGD DR DSRLR DR Programa Nacional de Avaliação da Qualidade das Águas – PNQA, que irá prover a sociedade brasileira do conhecimento sobre a qualidade das £JXDV VXSHU÷FLDLV H VXEVLGLDU RV RUJ¥RV JRYHUQDPHQWDLV QDV GLYHUVDV esferas, na elaboração de políticas públicas. PREFÁCIO
  • 132. A publicação do Guia Nacional de Coleta e Preservação de Amostras de ƒJXD 6HGLPHQWR RPXQLGDGHV $TX£WLFDV H (øXHQWHV /¯TXLGRV, elaborado pela CETESB em conjunto com a ANA faz parte desta parceria, que in- clui, também, a produção de um vídeo que demonstra os procedimen- tos constantes no Manual e a elaboração do Panorama da Qualidade das ƒJXDV 6XSHU÷FLDLV GR %UDVLO × . O BID se orgulha em participar de uma iniciativa tão relevante para o País no tema de recursos hídricos. Fernando Carrillo-Flórez Representante do BID no Brasil
  • 133. O monitoramento e o diagnóstico da qualidade ambiental, bem como DV D©·HV GH ÷VFDOL]D©¥R HQYROYHP D PHGLGD GH XPD RX PDLV YDUL£YHLV cujos resultados serão utilizados para avaliar as condições de um am- biente e dar subsídios para a tomada de medidas preventivas e corre- tivas, com base na legislação existente. Nesse sentido, os objetivos do trabalho, as estratégias de amostragem e os métodos de análises a se- UHP HPSUHJDGRV GHYHP VHU FULWHULRVDPHQWH GH÷QLGRV SDUD VH REWHU resultados robustos. A etapa de amostragem é crucial nesse processo, pois o material cole- WDGR GHYH UHSUHVHQWDU GH IRUPD ÷GHGLJQD R ORFDO DPRVWUDGR $ VHOH©¥R criteriosa dos pontos de amostragem e a escolha de técnicas adequa- GDV GH FROHWD H SUHVHUYD©¥R GH DPRVWUDV V¥R SULPRUGLDLV SDUD D FRQ÷D- bilidade e representatividade dos dados gerados. A CETESB sempre esteve na vanguarda desse tema, atenta à impor- tância dos programas e processos de amostragem dentro de suas ativi- GDGHV GH WDO IRUPD TXH HP SXEOLFRX R Ü*XLD GH ROHWD H 3UHVHU- YD©¥R GH $PRVWUDV GH ƒJXDÝ R TXDO WHP VLGR H[WHQVLYDPHQWH XWLOL]DGR não só no Estado de São Paulo, mas em todo o país, sendo ainda hoje referência em nível nacional. Considerando a necessidade de acompanhar a evolução analítica, com W«FQLFDV GH SRQWD H OLPLWHV GH TXDQWL÷FD©¥R FDGD YH] PHQRUHV TXH UH- querem a inovação também das técnicas de coleta e o avanço da utili- zação de novas variáveis biológicas e toxicológicas na área ambiental, os técnicos da CETESB sentiram a necessidade de trabalhar em um QRYR *XLD GH ROHWD QR LQWXLWR GH WUD]HU SDUD RV SUR÷VVLRQDLV GDV £UH- as de meio ambiente, saneamento, saúde, recursos hídricos e público interessado a sua experiência e conhecimento adquiridos nesses nos últimos 23 anos de atividades. APRESENTAÇÃO
  • 134. Nesse processo a CETESB encontrou a parceria da Agência Nacional GH ƒJXDV SDUD D SXEOLFD©¥R GHVVH Guia Nacional de Coleta de Amostras GH ƒJXD 6HGLPHQWR RPXQLGDGHV $TX£WLFDV H (øXHQWHV ,QGXVWULDLV, o TXDO HQJORED GH] FDS¯WXORV RQGH HVW¥R HVSHFL÷FDGRV RV SURFHGLPHQWRV GHWDOKDGRV SDUD D FROHWD GH DPRVWUDV GH £JXD VXSHU÷FLDO VHGLPHQWR FRPXQLGDGHV DTX£WLFDV H HøXHQWHV LQGXVWULDLV SDUD DV PDLV GLYHUVDV variáveis, baseados em metodologias padronizadas e de referência na- cional e internacional, mas também traduz a gestão do conhecimento do corpo técnico da CETESB, adquirido na prática diária e no processo de implantação de um Sistema de Qualidade dessas atividades. A edi- ção deste Guia em conjunto com a ANA, torna acessível a experiência da CETESB aos órgãos públicos e empresas privadas de todo o país , provendo protocolos consistentes de amostragem de campo. 2V WU¬V SULPHLURV FDS¯WXORV DVVLP FRPR QR *XLD GH ROHWD GH trazem os conceitos básicos necessários ao planejameno de um pro- grama de amostragem e organização do trabalho de campo. O capítulo quatrotrazosrequisitosdocontroledequalidadeanalíticanoprocesso de amostragem, essencial para a rastreabilidades dos resultados ana- O¯WLFRV 2 FDS¯WXOR FLQFR WUD] GH IRUPD GHWDOKDGD DV HVSHFL÷FD©·HV GRV equipamentos requeridos para amostragem. Os capítulos seis, sete e RLWR WUD]HP RV SURFHGLPHQWRV SDUD FROHWD GH £JXDV VXSHU÷FLDLV £JXD GH FRQVXPR KXPDQR VHGLPHQWR H HøXHQWHV LQGXVWULDLV 2 FDS¯WXOR nove destaca os procedimentos para os ensaios de campo, bem como medidores e amostradores automáticos, cada vez mais importante nos programas de monitoramento. O capítulo dez aborda os métodos de medição de vazão, considerando a importância da interpretação con- junta dos dados de quantidade (vazão) e qualidade ambiental. O último FDS¯WXOR WUD] D ELEOLRJUD÷D FRQVXOWDGD QD HODERUD©¥R GHVVH *XLD O Guia apresenta também três Anexos, o primeiro (Anexo I) traz infor- mações relativas às frascarias empregadas na coleta e os procedimen- tos para armazenamento e preservação de amostras, detalhados por ensaio, o segundo (Anexo II) apresenta um glossário com as terminologias mais frequentemente empregadas na área e o terceiro (Anexo III) traz a 5HVROX©¥R $1$ Q| TXH DSURYD HVWH *XLD FRPR GRFXPHQWR GH referência nacional para o monitoramento da qualidade das águas.
  • 135. Apensado a esta obra encontra-se um DVD com vídeos que demons- tram os procedimentos de coleta e preservação de amostras de água destinadas à análise dos parâmetros que compõem a Rede Nacional de $YDOLD©¥R GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV LQWHJUDQWH GR 3URJUDPD 1DFLRQDO GH $YDOLD©¥R GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV × 314$ $ DGR©¥R GHVVH *XLD SHOD $J¬QFLD 1DFLRQDO GH ƒJXDV FRPR UHIHU¬QFLD para os procedimentos de coleta dentro de seu campo de atuação de- monstra a responsabilidade da CETESB na sua missão institucional de transferência de tecnologia ambiental, colaborando para o desenvolvi- PHQWR FLHQW¯÷FR H WHFQROµJLFR GR SD¯V (QJ 27ƒ9,2 2.$12 Diretor Presidente da CETESB
  • 136.
  • 137. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 31 2 PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM 35 'H÷QL©¥R GR 3URJUDPD GH $PRVWUDJHP 8VRV GR RUSR GÚƒJXD 1DWXUH]D GD $PRVWUD 3DU¤PHWURV GH DUDFWHUL]D©¥R GD ƒUHD GH (VWXGR ,QIRUPD©·HV VREUH D ƒUHD GH ,QøX¬QFLD /RFDO H 3RQWRV GH ROHWD ƒJXD %UXWD ƒJXD 7UDWDGD 6HGLPHQWR (øXHQWHV /¯TXLGRV H RUSRV +¯GULFRV 5HFHSWRUHV $SRLR 2SHUDFLRQDO DSDFLGDGH $QDO¯WLFD /DERUDWRULDO 5HFXUVRV )LQDQFHLURV H +XPDQRV 3 ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO 49 3.1 Planejamento das Atividades 49 ROHWD H 3UHVHUYD©¥R GH $PRVWUDV ROHWD H 7LSRV GH $PRVWUDV 3.2.2 Preservação de amostra 54 $FRQGLFLRQDPHQWR 7UDQVSRUWH H $UPD]HQDPHQWR GH $PRVWUDV $FRQGLFLRQDPHQWR 7LSRV GH 5HFLSLHQWHV /LPSH]D H 3UHSDUR GH 5HFLSLHQWHV 3.3.2 Transporte e Armazenamento 65 6HJXUDQ©D QRV 7UDEDOKRV GH DPSR 7UDQVSRUWH 5RGRYL£ULR 3.4.2 Acesso aos Pontos de Amostragem 66 3.4.3 Embarcações 67 3.4.4 Manipulação de Reagentes e Soluções 68 $PRVWUDV GH (øXHQWHV LQGXVWULDLV H GRP«VWLFRV
  • 139. 3UHSDUR GH 6ROX©·HV H 5HDJHQWHV )RUPRO 1HXWUDOL]DGR )RUPRO 1HXWUDOL]DGR FRP 6DFDURVH 0HLR GH 7UDQVSRUWH DU H %ODLU 7«FQLFD GH 0RRUH
  • 140. 3.5.4 Solução de Acetato de Zinco (Zn (C2 H3 O2 )2 ) 2M 70 6ROX©¥R GH ƒFLGR ORU¯GULFR +O
  • 141. 6ROX©¥R GH ƒFLGR ORU¯GULFR +O
  • 142. 6ROX©¥R GH ƒFLGR 1¯WULFR +123
  • 143. 6ROX©¥R GH ƒFLGR 1¯WULFR +123
  • 144. 6ROX©¥R GH ƒFLGR 6XOI¼ULFR +2 SO4
  • 145. 6ROX©¥R GH ƒFLGR 6XOI¼ULFR +2 SO4
  • 146. 6ROX©¥R GH ƒFLGR 6XOI¼ULFR +2 SO4 ) / ƒFLGR 1¯WULFR +123
  • 147. 6ROX©¥R $OFDOL,RGHWR$]LGD 6ROX©¥R GH ƒOFRRO | */ 6ROX©¥R GH DUERQDWR GH 0DJQ«VLR 0J23
  • 148. 6ROX©¥R GH ORUHWR GH £OFLR 'LKLGUDWDGR DO2 .2H2 2
  • 149. 6ROX©¥R GH RUDQWH 5RVDGHEHQJDOD 6ROX©¥R GH 'HWHUJHQWH $OFDOLQR 6ROX©¥R GH 'HWHUJHQWH (Q]LP£WLFR 6ROX©¥R GH ('7$ H N2 O8
  • 150. 6ROX©¥R GH )RUPRO 6ROX©¥R GH )RUPRO 6ROX©¥R GH )RUPRO 6ROX©¥R GH )RUPRO 6ROX©¥R GH )OXRUHWR GH 3RW£VVLR 6ROX©¥R GH +LGUµ[LGR GH 6µGLR 1D2+
  • 151. 0 3.5.26 Solução de Amido 73 3.5.27 Solução de Lugol (iodo ressublimado e iodeto de potássio - KI) 73 6ROX©¥R 0HWDQRO$P¶QLR YY
  • 152. 6ROX©¥R GH 6XOIDWR 0DQJDQRVR 0 3.5.30 Solução de Tiossulfato de Sódio (Na2 S2 O3
  • 153. 1 SDGURQL]DGD 6ROX©¥R GH 7LRVVXOIDWR GH 6µGLR 1D2 S2 O3
  • 154. 3.5.32 Solução de Tiossulfato de Sódio (Na2 S2 O3
  • 155. 3.5.33 Solução Transeau 74 4 CONTROLE DE QUALIDADE NA AMOSTRAGEM 75 %UDQFRV %UDQFR GH DPSR H GH 9LDJHP %UDQFR GH (TXLSDPHQWRV %UDQFR GH )UDVFDULD %UDQFR GH 6LVWHPD GH )LOWUD©¥R 4.2 Duplicata de Campo 78 4.3 Temperatura de Transporte e Armazenamento 78 4.4 Incerteza da Amostragem 79
  • 156. 5 EQUIPAMENTOS DE AMOSTRAGEM 83 $PRVWUDGRUHV GH 6XSHUI¯FLH %DOGH GH $©R ,QR[ ROHWRU FRP %UD©R 5HWU£WLO %DWLVFDIR $PRVWUDGRUHV GH 3URIXQGLGDGH FROXQD GÚ£JXD
  • 157. *DUUDIDV GH YDQ 'RUQ H GH 1LVNLQ 5.2.2 Armadilha de Schindler-Patalas (Trampa) 87 %RPED GH ƒJXD 5.2.4 Redes de Plâncton 88 $PRVWUDGRUHV GH )XQGR 3HJDGRU GH (NPDQ%LUJH 3HJDGRU 3HWHUVHQ H YDQ 9HHQ 3HJDGRU 3RQDU 3HJDGRU 6KLSHN $PRVWUDGRU HP 7XER RX 7HVWHPXQKDGRU 'UDJD 5HWDQJXODU 'HOLPLWDGRUHV 5HGH 0DQXDO 6XEVWUDWR $UWL÷FLDO HVWRV FRP 3HGUDV =RREHQWRV
  • 159. 6XEVWUDWR 1DWXUDO $PRVWUDGRUHV GH 1«FWRQ $SDUHOKRV GH 3HVFD 3DVVLYRV $SDUHOKRV GH 3HVFD $WLYRV 0DQXWHQ©¥R H XLGDGRV FRP RV (TXLSDPHQWRV GH 3HVFD 6 AMOSTRAGEM DE ÁGUA BRUTA E SEDIMENTOS 133 ROHWD H 3UHVHUYD©¥R GH $PRVWUDV SDUD (QVDLRV HP ƒJXD %UXWD 4X¯PLFRV H[FHWR PHWDLV GLVVROYLGRV
  • 160. 0HWDLV 'LVVROYLGRV (FRWR[LFROµJLFRV 0XWDJHQLFLGDGH FRP Salmonella0LFURVVRPD 7HVWH GH $PHV
  • 161. 0LFURELROµJLFRV %DOQHDELOLGDGH GH 3UDLDV RPXQLGDGHV %LROµJLFDV 3LJPHQWRV )RWRVVLQWHWL]DQWHV ORUR÷OD a H )HR÷WLQD a
  • 162. RPXQLGDGH )LWRSODQFW¶QLFD RPXQLGDGH 3HULI¯WLFD RPXQLGDGH =RRSODQFW¶QLFD 0DFUµ÷WDV $TX£WLFDV RPXQLGDGH %HQW¶QLFD GH ƒJXD 'RFH RPXQLGDGH %HQW¶QLFD 0DULQKD RPXQLGDGH 1HFW¶QLFD (QVDLRV GH RQWDPLQDQWHV H 1XWULHQWHV HP 6HGLPHQWRV
  • 163. 7 AMOSTRAGEM DE ÁGUAS PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO 209 9LJLO¤QFLD GD TXDOLGDGH GD £JXD SDUD FRQVXPR KXPDQR ROHWD HP (VWD©¥R GH 7UDWDPHQWR GH ƒJXD ETA
  • 164. ROHWD HP 6LVWHPDV GH 'LVWULEXL©¥R 3URFHGLPHQWRV GH FROHWD QD UHGH GH GLVWULEXL©¥R 3URFHGLPHQWRV GH FROHWD HP UHVHUYDWµULR GRPLFLOLDU 3URFHGLPHQWRV GH ROHWD HP 6ROX©·HV $OWHUQDWLYD ROHWLYD GH $EDVWHFLPHQWR GH ƒJXD 3R©RV )UH£WLFRV H 3URIXQGRV (TXLSDGRV FRP %RPED 3R©RV )UH£WLFRV 6HP %RPED 8 AMOSTRAGEM DE EFLUENTES LÍQUIDOS 219 DUDFWHU¯VWLFDV GRV (øXHQWHV /¯TXLGRV (øXHQWHV ,QGXVWULDLV (øXHQWHV 0LVWRV ,QGXVWULDLV H 'RP«VWLFRV
  • 165. (øXHQWHV *HUDGRV HP 3ODQWDV GH ,QFLQHUD©¥R GH 5HV¯GXRV Sólidos Industriais ou Hospitalares 225 (øXHQWHV 3HUFRODGRV *HUDGRV HP $WHUURV ,QGXVWULDLV e Sanitários 226 3ODQHMDPHQWR GD $PRVWUDJHP GH (øXHQWHV /¯TXLGRV /RFDO H 3RQWRV GH $PRVWUDJHP 8.2.2 Tipos de Amostragem 228 6HOH©¥R GRV (QVDLRV D 6HUHP 5HDOL]DGRV 8.2.4 Avaliação do Desempenho do STAR 238 8.2.5 Elaboração de Projeto de STAR 238 $WHQGLPHQWR DRV 3DGU·HV GD /HJLVOD©¥R 9 ENSAIOS EM CAMPO 241 ORUR 5HVLGXDO 0«WRGR '3' 9.2 Oxigênio Dissolvido - Método Eletrométrico 242 2[LJ¬QLR 'LVVROYLGR 0«WRGR :LQNOHU 0RGL÷FDGR SHOD $]LGD 6µGLFD RQGXWLYLGDGH H 6DOLQLGDGH S+ 3RWHQFLDO +LGURJHQL¶QLFR 0«WRGR (OHWURP«WULFR 3RWHQFLDO 5HGR[ (K RX 253 0«WRGR (OHWURP«WULFR 9.7 Temperatura da Água e Ar 248 9.8 Transparência 248 7XUELGH] 0«WRGR 1HIHORP«WULFR 6µOLGRV 6HGLPHQW£YHLV RQH ,PKRII 0HGLGRUHV H $PRVWUDGRUHV $XWRP£WLFRV 0RQLWRUDPHQWR $XWRP£WLFR GD 4XDOLGDGH GDV ƒJXDV
  • 166. 10 MEDIÇÃO DE VAZÃO 257 0HGL©¥R GH 9D]¥R HP DQDLV $EHUWRV 0«WRGR 9ROXP«WULFR 0HGL©¥R FRP )OXWXDGRUHV 0«WRGR RQYHQFLRQDO FRP 0ROLQHWH +LGURP«WULFR 0«WRGR $F¼VWLFR 0«WRGR GR 7UD©DGRU 0HGL©¥R FRP 'LVSRVLWLYRV GH *HRPHWULD 5HJXODU 0HGL©¥R GH 9D]¥R FRP 'LVSRVLWLYRV ,QVWDODGRV HP 7XERV 0HGLGRU 9HQWXUL 0HGL©¥R FRP %RFDLV H 2ULI¯FLRV 7XER GH 3LWRW 0HGLGRU 0DJQ«WLFR 5RW¤PHWUR 0HGL©¥R GH 9D]¥R HP 7XERV FRP 'HVFDUJD /LYUH 0«WRGR GDV RRUGHQDGDV *HRP«WULFDV GR -DWR 0«WRGR DOLIµUQLD 11 BIBLIOGRAFIA 281 ANEXOS $1(;2 × 352(',0(1726 3$5$ 2 $50$=(1$0(172 ( 35(6(59$‰…2 '( $02675$6 325 (16$,2 $1(;2 × */266ƒ5,2 $1(;2 × 5(62/8‰…2 $1$ 1|
  • 167.
  • 168. 31INTRODUÇÃO 1 INTRODUÇÃO A presente publicação reúne o conhecimento técnico para realização de coleta e preservação de amostras de águas brutas, tratadas, UHVLGX£ULDV VHGLPHQWRV H ELRWD DTX£WLFD YLVDQGR ¢ ÷VFDOL]D©¥R controle e a caracterização da qualidade ambiental. A coleta e preservação de amostras infelizmente ainda são considera- das como atividades simples, que não exigem qualquer critério ou co- QKHFLPHQWR FLHQWL÷FR (VVD SHUFHS©¥R « FRPSOHWDPHQWH IDOKD SRUTXH XPD DPRVWUD SRU GH÷QL©¥R UHSUHVHQWD R SUµSULR DPELHQWH HVWXGDGR H DVVLP D VXD FROHWD H[LJH SURIXQGR FRQKHFLPHQWR W«FQLFR H FLHQW¯÷FR R TXH VLJQL÷FD FRQWDU FRP UHFXUVRV KXPDQRV DOWDPHQWH WUHLQDGRV H FD- pacitados para desenvolverem as atividades em campo. $ GH÷QL©¥R GRV XVRV SUHYLVWRV SDUD R FRUSR GÚ£JXD R FRQKHFLPHQWR dos riscos à saúde da população, os danos aos ecossistemas, a toxici- dade das substâncias químicas, os processos industriais e as medi- das de vazão, somam algumas das informações básicas necessárias para se definirem as técnicas e as metodologias de coleta que serão utilizadas, a definição dos locais de amostragem e a seleção de parâ- metros que serão analisados. Sem isso, qualquer programa para avaliar a qualidade ambiental pode gerar dados não representativos sobre a área de estudo. Na escolha do local adequado para o programa de amostragem é im- SRUWDQWH FRQVLGHUDU TXH D TXDOLGDGH GH XP FRUSR GÚ£JXD YDULD FRQIRU- me o local (espacial) e o decorrer do tempo (temporal). Para garantir a homogeneidade e representatividade do local de amostragem propos- to, as ações a serem tomadas devem ser cuidadosamente planejadas, como detalhado na Figura 1. CAPÍTULO 1
  • 169. 32 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS CONHECER OS OBJETIVOS DO PROGRAMA VERIFICAR SE O PROGRAMA É ECONOMICAMENTE VIÁVEL ELABORAR PLANO DE AMOSTRAGEM INICIAR O PROGRAMA DE AMOSTRAGEM E ANÁLISES LEVANTAR OS DADOS EXISTENTES NA ÁREA DE INFLUÊNCIA A SER ESTUDADA E PROCEDER A UM RECONHECIMENTO DA MESMA SELECIONAR POSSÍVEIS LOCAIS DE AMOSTRAGEM, EXAMINANDO A HOMOGENEIDADE ESPACIAL E TEMPORAL LOCAL HOMOGÊNEO LOCAL NÃO HOMOGÊNEO SELECIONAR LOCAIS ALTERNATIVOS NÃO SE OBTENDO LOCAIS ALTERNATIVOS, DEFINIR DIFERENTES PONTOS DE COLETA NO MESMO LOCAL Figura 1. Planejamento para a seleção de locais e posições de monitoramento
  • 170. 33INTRODUÇÃO Portanto, o objetivo da amostragem e dos ensaios não é a obtenção de informações sobre alíquotas em si, geralmente constituídas de peque- QDV IUD©·HV PDV D FDUDFWHUL]D©¥R HVSDFLDO H WHPSRUDO GR FRUSR GÚ£JXD amostrado. Deve-se ter sempre presente que o tempo e os custos envolvidos se elevam sensivelmente, à medida que se exijam informações mais deta- lhadas que possam implicar no aumento do número de parâmetros de avaliação, número de amostras, frequência de amostragem, ou utiliza- ção de tecnologia mais avançada. Para evitar que os custos da caracterização da água ultrapassem os benefícios que dela advêm, deve-se planejar cuidadosamente todas as etapas do programa de amostragem conforme mostra a Figura 2.
  • 171. 34 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS DEFINIÇÃO CLARA DOS OBJETIVOS SELEÇÃO DOS PARÂMETROS E LOCAIS DE AMOSTRAGEM SELEÇÃO DO NÚMERO DE AMOSTRAS E TEMPO DE AMOSTRAGEM SELEÇÃO DOS MÉTODOS ANALÍTICOS SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS E MÉTODOS DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS PLANO DE AMOSTRAGEM REAVALIAÇÃO DA METODOLOGIA E INTERPRETAÇÃO DE DADOS (VWH JXLD WUDGX] D H[SHUL¬QFLD GD (7(6% QD FROHWD H SUHVHUYD©¥R GH amostras, apresentando critérios e metodologias internacionalmente FRQKHFLGDV SDUD HQVDLRV I¯VLFRTX¯PLFRV PLFURELROµJLFRV ELROµJLFRV H WR[LFROµJLFRV 'HWHUPLQDGDV W«FQLFDV GH KLGURPHWULD WDPE«P IRUDP incluídas, pois permitem a determinação das cargas poluidoras e, por isso, representam uma importante contribuição para o planejamento e execução da amostragem ambiental. Figura 2. Etapas principais para o planejamento de programas de amostragem.
  • 172. 35PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM 2 PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM A caracterização de um ecossistema aquático é uma tarefa complexa e envolve grande número de variáveis, o que pode conduzir à elaboração de programas de amostragem com extensão e recursos super dimen- sionados e uma relação custo/beneficio inadequada. Estabelecer um plano de amostragem é apenas uma das etapas neces- sárias à caracterização do meio a ser estudado, mas dele dependem todas as etapas subsequentes: ensaios laboratoriais, interpretação de dados, elaboração de relatórios e tomada de decisões quanto à quali- dade desses ambientes. Os responsáveis pela programação, bem como os técnicos envolvidos na execução dos trabalhos de coleta, devem estar totalmente familia- rizados com os objetivos, metodologias e limitações dos programas de amostragem, pois as observações e dados gerados em campo ajudam a interpretar os resultados analíticos, esclarecendo eventualmente da- dos não-conformes. 2.1 'H÷QL©¥R GR 3URJUDPD GH $PRVWUDJHP A definição do programa de coleta de amostras exige a consideração de algumas variáveis, taiscomo:usos,natureza,áreadeinfluênciaecaracte- rísticas da área de estudo, pois a definição da metodologia de coleta, pre- servação de amostras e dos métodos analíticos depende desses fatores. 2.1.1 8VRV GR RUSR GÚƒJXD A caracterização deve considerar o(s) uso(s) preponderante(s) do cor- po d’água, como: (a) consumo humano, (b) preservação da vida aquáti- ca; (c) irrigação e dessedentação de animais; (d) abastecimento indus- trial; (e) recreação entre outros. CAPÍTULO 2
  • 173. 36 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS 2.1.2 1DWXUH]D GD $PRVWUD As amostras podem ser coletadas em águas classificadas como bruta, tratada ou residuária; superficial ou subterrânea; interior ou costeira; doce, salobra ou salina. A natureza do corpo d’água é determinante para o planejamento e coleta da biota aquática e do sedimento de fundo. 2.1.3 3DU¤PHWURV GH DUDFWHUL]D©¥R GD ƒUHD GH (VWXGR Atualmente dispõe-se de centenas de variáveis ou determinantes que podem ser empregados para caracterizarumcorpodeágua,envolvendo parâmetros físicos, químicos, microbiológicos, biológicos, toxicológicos e radiológicos. Esses parâmetros devem ser definidos com o conhecimen- to adequado do seu significado, abrangência, limitações, confiabilidade, referências para comparações e custos para sua obtenção. As combinações entre essas variáveis não permitem formular planos padrões. Cada caso deve ser estudado individualmente, sendo que os parâmetros e critérios mais empregados incluem os estabelecidos na legislação vigente. A formulação dos programas requer ainda definições relativas aos se- guintes fatores: á Variabilidade espacial: de maneira geral, os corpos de água super- ÷FLDLV DSUHVHQWDP YDULD©·HV TXDQWR ¢V FRQFHQWUD©·HV GRV VHXV constituintes nos diferentes pontos de uma seção transversal, bem como ao longo do eixo longitudinal de deslocamento. Há ainda uma variação no eixo vertical, a qual é mais pronunciada em corpos d’água mais profundos. á Variação temporal: A concentração dos constituintes de um corpo d’água pode ainda variar ao longo do tempo, num mesmo ponto, de forma aleatória ou cíclica em função das características das contri- buições recebidas ou das variáveis meteorológicas. Em zonas estu- DULQDV SRU H[HPSOR D LQøX¬QFLD GDV PDU«V SURYRFD GH IRUPD F¯FOLFD profundas alterações nas características dessas águas. Para o estabelecimento do local, momento e frequência de coleta das amostras, deve-se definir previamente se o estudo visa a obter uma ca- racterística média, valores máximos ou mínimos, ou a caracterização instantânea de um ponto do corpo receptor. A melhor solução técnica
  • 174. 37PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM seria o uso de monitores automáticos que registram continuamente as alterações da qualidade do corpo de água (ver Capítulo 9). Na impos- sibilidade de utilização dessa metodologia devido ao custo elevado e não-aplicabilidade para todas as variáveis, deve-se definir a frequência e o momento da coleta, com base em informações e dados disponíveis ou, sempre que possível, com a realização de levantamento preliminar. Os planos de amostragem baseados em considerações subjetivas, ou simplesmente na capacidade de amostragem e analítica do laboratório, poderão gerar resultados não representativos, por não considerarem a variabilidade espacial e temporal. Para ilustrar estas considerações, são apresentados dois gráficos hi- potéticos, representando a variação temporal da concentração de um dado parâmetro (Figura 3). O primeiro gráfico (A) representa uma va- riação aleatória resultante, por exemplo, de lançamentos descontínuos ou do efeito de lixiviação de escoamento superficial provocado por chuvas. O segundo gráfico (B) simula uma variação cíclica resultante, por exemplo, de lançamentos de esgotos domésticos, variações sazo- nais de temperatura ou chuvas, variação diária de insolação ou tempe- ratura, ou de lançamentos descontínuos, porém cíclicos. A intensidade dessas variações pode ser reduzida, por exemplo, à me- dida que o ponto de amostragem se afasta do ponto de lançamento. Portanto, para o estabelecimento do instante e da frequência de co- leta de amostras, deve-se conhecer a variabilidade temporal de cada parâmetro, por local de amostragem. A partir do perfil dessa variabili- )LJXUD Efeito da variabilidade temporal na estimativa quantitativa da concentração de uma dada variável: (A) Variações aleatórias; (B) Variações aleatórias e cíclicas. Legenda: (–) resultados obtidos por monitoramento automático continuo; (–) média dos resultados obtidos com o monitoramento automático; (.) concentrações obtidas por coletas instantâneas.
  • 175. 38 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS dade é possível estabelecer o programa de amostragem e o número de amostras que devem ser tomadas. Quanto maior o número de amos- tras investigadas, melhor será o conhecimento da variabilidade e, con- sequentemente, da estimativa do impacto ambiental. O tamanho da amostra pode ser determinado com base em cálculos estatísticos, supondo-se uma distribuição normal da variável de quali- dade e amostras aleatórias e independentes. Nessas condições, pode- -se aplicar a seguinte fórmula: Equação 1 n = número de amostras a serem coletadas; t = fator da distribuição t de Student para (n – 1) graus de liber- dade e determinado limite de confiança, geralmente entre 90 e 99%. Para a primeira estimativa, usar o valor de t para s = estimativa do desvio padrão da característica medida; I = incerteza desejada. α = nível de significância Exemplo de aplicação: Para se estimar a média anual de cloreto com uma incerteza de 5 mg/L Cl, com 95% de confiança, supondo-se s = 10 mg/L, já conhecido por meio de estudos preliminares: Para a primeira estimativa Da tabela de distribuição t de Student temos: t= 1,960 Portanto: n = (1,960 x 10/5)2 = 15,4 ou n = 16 amostras. Recalculando para (n – 1) graus de liberdade (n – 1) = 15 Da tabela temos: t = 2,131 Finalmente: n = (2,131 x 10/5)2 = 18,2 ou Q DPRVWUDV.
  • 176. 39PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM Quando o objetivo de um programa é avaliar concentrações médias de uma dada variável dentro de um dado período (geralmente 24 horas), pode-se, em alguns casos, reduzir o número das amostras necessárias ao ensaio, pela obtenção de amostras compostas, formadas pela mistu- ra de alíquotas individuais apropriadas. Para a retirada dessas alíquotas pode-se empregar amostradores automáticos programáveis. As amos- tras compostas são úteis quando se deseja obter a qualidade média de um corpo de água não homogêneo. Nesse caso, são retiradas alíquotas em vários pontos e profundidades do corpo de água, reunindo-se todas em uma única amostra. A desvantagem de se compor uma amostra é que pode se perder a associação com as demais variáveis de caracteri- zação do corpo d’água ou efluente, que foram coletadas pontualmente. Para a tomada de amostras compostas, os seguintes cuidados devem ser observados: á Não podem ser empregadas para a determinação de variáveis que se alterem durante a manipulação das alíquotas; é o caso do oxigê- nio dissolvido, pH, dióxido de carbono livre, microrganismos, me- tais dissolvidos, compostos voláteis e óleos e graxas. á Deve-se obedecer às recomendações relativas ao prazo máximo entre a retirada da alíquota e o início da análise no laboratório. No caso da DBO, por exemplo, quando se quer formar uma amostra composta de 24 horas, ao ser retirada a última alíquota o prazo já expirou para as primeiras. á É importante considerar a possibilidade de se tomarem alí- quotas individuais proporcionais às vazões do corpo de água no instante da coleta, quando se deseja estimar cargas polui- doras, especialmente em escoamentos que apresentem va- riações sensíveis de vazão ao longo do período de amostra- JHP WDQWR SDUD R DPELHQWH DTX£WLFR FRPR SDUD HøXHQWHV 2.1.4 ,QIRUPD©·HV VREUH D ƒUHD GH ,QøX¬QFLD O planejamento adequado envolve a obtenção de informações prelimina- res sobre a área de influência do corpo d’água a ser amostrado, como: á Levantamento de estudos já realizados no local que contribuam com informações sobre as características da área de estudo e as SULQFLSDLV DWLYLGDGHV SROXLGRUDV QD EDFLD TXH SRGHP LQøXLU QD TXD-
  • 177. 40 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS lidade das águas, tais como: indústria, agricultura, mineração, zonas XUEDQDV HWF D ÷P GH HVWDEHOHFHU RV ORFDLV GH DPRVWUDJHP á Elaboração de croqui com a localização dos possíveis pontos de coleta; á Visita à área de estudo para georreferenciamento dos locais de coleta por meio de GPS (“Global Position System”), levantamento IRWRJU£÷FR FRP DV FDUDFWHU¯VWLFDV ORFDLV H FRQWDWR FRP DV SHVVRDV GR ORFDO D ÷P GH VH REWHU GDGRV DGLFLRQDLV TXH FRQ÷UPHP RX HV- clareçam os dados preliminares levantados (lançamentos de lixo, resíduos industriais ou domésticos no corpo de água ou nas suas margens, e outras informações); á 9HUL÷FD©¥R GDV YLDV GH DFHVVRV EHP FRPR D VLWXD©¥R GDV PHV- mas, tempo necessário para a realização dos trabalhos, dispo- nibilidade de apoio local para armazenamento e transporte de material de coleta e amostras, colocação da embarcação (como ma- rinas, clubes etc.), avaliando possíveis limitações ou interferências. 2.1.5 /RFDO H 3RQWRV GH ROHWD Muitas vezes os objetivos determinam os locais e pontos de coleta. Por exemplo, quando se quer avaliar a eficiência de uma unidade de trata- mento (industrial ou de esgoto), necessariamente é preciso amostrar o afluente e o efluente dessa estação. Entretanto, quando os objetivos estabelecidos apontam apenas para uma indicação geral, como o efei- to de um efluente na qualidade de água de um rio ou a avaliação da qualidade da água potável distribuída para a população, é necessário selecionar cuidadosamente os locais de amostragem. 2.1.5.1 ƒJXD %UXWD É preciso considerar que todo corpo d’água é heterogêneo e que, seja qual for o local de amostragem, este não é representativo de todo o sistema1 em estudo. Por esse motivo, devem ser selecionados locais adequados às necessi- dades de informação de cada programa. Entre os fatores responsáveis pela heterogeneidade de um corpo d’agua podemos citar: $ SDODYUD VLVWHPD « XVDGD SDUD UHSUHVHQWDU EDFLDV KLGURJU£÷FDV FXUVRV GH £JXD ULRV ODJRV reservatórios, estações de tratamento e sistemas de distribuição, entre outros.
  • 179. (VWUDWL÷FD©¥R W«UPLFD YHUWLFDO GHFRUUHQWH GH YDULD©¥R GD WHPSHUD- tura ao longo da coluna d’água e do encontro de massa de água; E
  • 180. Zona de mistura, formada por dois ou mais tipos de águas que es- tão em processo de mistura (rio logo a jusante da descarga de um HøXHQWH RX WULEXW£ULR
  • 181. )LJXUD
  • 182. VHQGR TXH D FROHWD GHYH VHU UHDOL- zada após a completa mistura (Fig. 4, trecho A-A); F
  • 183. Distribuiçãoheterogêneadedeterminadassubstânciasouorganis- mos em um sistema hídrico homogêneo. Isso ocorre quando os ma- teriais não dissolvidos, com densidade diferente da água, tendem D ÷FDU KHWHURJHQHDPHQWH GLVWULEX¯GRV SRU H[HPSOR R µOHR WHQGH D øXWXDU QD VXSHUI¯FLH GD £JXD HQTXDQWR RV VµOLGRV HP VXVSHQV¥R tendem a se depositar) ou quando ocorrem reações químicas ou biológicas na coluna d’água, como o crescimento de algas nas cama- das superiores em função da penetração de luz, com as consequen- tes mudanças no pH e concentração de oxigênio dissolvido. )LJXUD 5HSUHVHQWD©¥R HVTXHP£WLFD GD PLVWXUD GH XP HøXHQWH FRP R ULR 9LVWD 6XSHULRU × GLVSHUV¥R ODWHUDO GR HøXHQWH RUWH /DWHUDO × GLVSHUV¥R YHUWLFDO H ODWHUDO GR HøXHQWH
  • 184. 42 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS Quando não se conhece detalhadamente um determinado sistema, é recomendável realizar uma investigação preliminar, de preferência com base em um planejamento estatístico, a fim de avaliar o seu grau de heterogeneidade. Testes rápidos de campo, como condutividade elétrica, temperatura e oxigênio dissolvido, podem ser úteis para essa finalidade, bem como o uso de equipamentos que permitem medição contínua. O uso de técnicas de traçadores, como corantes ou materiais radioativos, tem se mostrado útil no estudo dos processos de mistura nos corpos de água. Contudo, no planejamento desses testes preliminares é necessário lembrar que o grau de heterogeneidade pode depender do tipo de ensaio em questão; por isso, essa avaliação deve ser feita com base em mais de um ensaio. O grau de heterogeneidade deverá ser avaliado para se verificar como as características de qualidade oscilam no espaço e no tempo. Em geral não se deve retirar amostras próximas às margens de rios, canais e no ponto de lançamento de despejos, exceto quando essas regiões são de interesse específico, pois a qualidade, em tais pontos, geralmente não é representativa de todo o corpo d’água. No caso da contribuição dos tributários (afluentes), é importante acompanhar a qualidade de suas águas, e como ela afeta o corpo principal, por meio da coleta de amostras em ponto próximo da sua desembocadura (foz) ou de acordo com o objetivo do trabalho. Quando se deseja acompanhar a qualidade da água de um corpo hí- drico, a longo prazo, o posicionamento do local de amostragem, deve levar em consideração a existência de lançamentos de efluentes líqui- dos industriais e/ou domésticos, bem como a presença de afluentes na área de influência do ponto de amostragem, pois estes podem alterar a qualidade da água do corpo. Caso haja este tipo de situação, o local de monitoramento deve estar situado após a mistura completa do referido lançamento, seja ele con- tínuo ou intermitente (Fig. 5). Para isto deve-se conhecer as vazões do lançamento e as do rio, e o regime de escoamento para determinar o local onde a mistura é completa. Desse modo obtêm-se uma amostra de água representativa daquele ponto do rio.
  • 185. 43PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM Às vezes, os locais de amostragem podem ser escolhidos erroneamen- te, mais pela conveniência do que por sua adaptação a uma amostra- gem representativa. As pontes, por exemplo, são usadas para amostra- gem em rios devido à sua acessibilidade, mas nem sempre são os locais mais apropriados, pois sua presença pode interferir ou alterar fatores básicos do corpo d’água. Entretanto, esta pode ser uma opção quando o local adequado de amostragem for totalmente inviável. 2.1.5.2 ƒJXD 7UDWDGD O princípio que orienta a amostragem é o de que as características da água são modificadas em seu percurso nos sistemas e nas soluções al- ternativas de abastecimento de água. Essas variações necessitam ser conhecidas, pois fornecem importantes elementos para: (1) subsidiar a avaliação do risco ao consumidor; (2) permitir a correção do problema específico de contaminação, bem como os problemas operacionais ge- radores da anomalia. Para o controle de qualidade da água para consumo humano devem ser considerados na definição dos pontos e locais de coleta: (i) o monitora- mento operacional para avaliar o desempenho das medidas de controle nas diversas etapas de tratamento, desde a captação no manancial até o consumidor, e (ii) o monitoramento para garantir que o processo de tra- tamento como um todo esteja operando de forma segura (verificação). No estabelecimento da frequência de amostragem para um monitora- mento mais global da água de consumo humano existe a necessidade de se realizar um balanço dos benefícios e custos de se obter um nú- mero maior de informações. O número de amostras e a frequência de amostragem são geralmente baseados na população abastecida ou no volume de água distribuído, para refletir o risco à população. A frequên- cia de análises para os parâmetros individuais irá também depender da )LJXUD Variação da qualidade de um corpo d’água considerando a distância do ponto GH ODQ©DPHQWR GH GHVFDUJD $
  • 186. /RFDO GH DPRVWUDJHP SUµ[LPR ¢ GHVFDUJD %
  • 188. /RFDO GH DPRVWUDJHP GLVWDQWH GD GHVFDUJD
  • 189. 44 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS variabilidade da qualidade. Requer-se uma maior frequência de aná- lise dos parâmetros microbiológicos do que dos físico-químicos, isso porque episódios curtos de contaminação microbiológica podem levar facilmente a surtos de doenças gastrointestinais nos consumidores, enquanto episódios de contaminação química, que poderiam constituir um risco agudo à saúde, são raros (WHO, 2011). No Capítulo 7 encontram-se detalhes sobre os procedimentos para o pla- nejamento e execução de amostragem de águas de consumo humano. 2.1.5.3 6HGLPHQWR A seleção dos pontos de coleta de sedimento deve considerar, além do objetivo do estudo, os tipos de ambiente, os locais de lançamento da carga de poluentes e os padrões de vazão, velocidade e sentido da corrente. Muitos estudos de sedimento aplicam a abordagem que uti- liza um ponto ou condições de referência dentro de uma determinada região ou bacia hidrográfica. O ponto de referência corresponde a um ambiente livre da ação antrópica ou o menos impactado dentro da área de estudo. É fundamental que as características físicas, geológicas e hidrológicas, entre os pontos a serem comparados sejam compatíveis. Assim, dados como granulometria, teor de matéria orgânica e umida- de do sedimento, tipo e grau de preservação da cobertura vegetal da margem, tipo de hábitat amostrado e ordem do rio devem ser similares entre o ponto de referência e os pontos a serem diagnosticados. São definidas as condições consideradas ideais, estabelecendo-se valor ou faixa de valor, para cada parâmetro, que seria esperado em um ambien- te preservado. Qualquer que seja o tipo de ambiente amostrado (rios, lagos, reserva- tórios, estuários e oceanos), a coleta para avaliação da qualidade de se- dimentos (biológica, física e química) geralmente ocorre nas áreas de deposição de sedimentos finos (argila), já que normalmente são nesses locais que os contaminantes são retidos e a comunidade bentônica é mais desenvolvida. Em lagos, reservatórios e estuários o acúmulo de partículas finas ocorre na região mais profunda; em rios, nas margens deposicionais e nas áreas de remansos. A margem deposicional locali- za-se no lado oposto ao da erosional, apresentando declive mais suave e, muitas vezes, bancos de macrófitas enraizadas. Remansos ocorrem em trechos meândricos e pantanosos.
  • 190. 45PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM Em estudos de sedimentos são considerados essenciais a avaliação dos seguintes parâmetros: pH (potencial hidrogeniônico), Eh (potencial redox), conteúdo orgânico (carbono orgânico total - COT ou resíduos voláteis),sulfetosvolatilizáveisemácido(SVA),granulometria,umidade e teor de matéria orgânica. Em água de fundo, nitrogênio amoniacal e oxigênio dissolvido são parâmetros importantes para acompanhar ensaios ecotoxicológicos e de bentos (ver detalhes no Capítulo 6). A variabilidade do sedimento em um ponto precisa ser considerada na amostragem e decorre da heterogeneidade espacial, tanto vertical quanto horizontal. A heterogeneidade vertical é, principalmente, con- sequência da oscilação histórica da contaminação; a horizontal é for- mada pela dinâmica de deposição das partículas (apresentando-se qui- micamente em mosaicos) e pela distribuição agrupada das populações bentônicas. O ideal é ter conhecimento desta variabilidade por meio da tomada de réplicas. O número de réplicas pode ser definido a partir de dados obtidos em amostragem prévia, utilizando-se fórmulas que se baseiam em valores de variância, desvio ou erro padrão, como exemplificado no item 2.1.3. No entanto, o número resultante de réplicas algumas vezes é inviável e opta-se por um número mínimo, considerando-se a capacidade analíti- ca do laboratório. Em geral faz-se de 3 a 5 réplicas. Se o custo do projeto e a capacidade analítica de um laboratório não permitem a execução de réplicas, opta-se pela obtenção de amostras compostas (desde que a variável em questão permita a sua composi- ção), que teoricamente representam o valor médio dessa composição sendo, portanto, uma opção mais adequada do que a tomada de uma só amostra por ponto (maiores detalhes no Capítulo 6). Em estudos de sedimento há de se considerar também a variabilidade temporal, já que as variações sazonais podem influenciar a disponibi- lidade de contaminantes. Em reservatórios, a dinâmica de circulação/ estratificação altera a relação de oxirredução das camadas profundas de água e, em períodos de seca, a exposição do sedimento marginal. Em rios, ocorre deposição de sedimentos finos no período da seca e lavagem desse material nas chuvas. Para estudos de caracterização e diagnóstico e programas de monitoramento da qualidade de sedimen- tos, uma única coleta anual no período de seca pode ser adequada.
  • 191. 46 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS 2.1.5.4 (øXHQWHV /¯TXLGRV H RUSRV +¯GULFRV 5HFHSWRUHV Para definição dos locais de amostragem de efluentes líquidos (indus- triais e domésticos) e dos corpos hídricos receptores, devem ser con- siderados os objetivos envolvidos na amostragem, tais como: avaliação do desempenho do sistema de tratamento, atendimento aos padrões da legislação, obtenção de informações para elaboração de projeto de sistemas de tratamento de águas residuárias (STAR), implantação de medidas de prevenção à poluição, entre outros. No capítulo 8 encontram-se detalhes sobre os procedimentos para o planejamento e execução deste tipo de amostragem. 2.1.6 $SRLR 2SHUDFLRQDO Os veículos, embarcações, equipamentos, frascaria, material de preservação e acondicionamento de amostras devem estar disponí- veis em quantidade e qualidade adequadas, evitando-se adaptações de última hora. 2.1.7 DSDFLGDGH $QDO¯WLFD /DERUDWRULDO No planejamento da amostragem deve ser considerada a capacidade analítica do(s) laboratório(s) quanto à quantidade de amostras que po- dem ser processadas e os tipos de parâmetros a serem investigados, limites de detecção, métodos de ensaio, disponibilidade de padrões e cronograma de atendimento. É importante considerar os seguintes conceitos nessa etapa: á Concentração mínima de interesse do analito: é um dado funda- mental para a seleção de métodos analíticos que devem ser empre- JDGRV HP XP SODQHMDPHQWR 1RUPDOPHQWH « GH÷QLGD SRU OHJLVOD- ção ou publicada como padrão internacional, e serve de orientação SDUD D GH÷QL©¥R GDV W«FQLFDV GH FROHWD H GRV OLPLWHV GH TXDQWL÷FD- ção aceitáveis para os métodos analíticos que serão utilizados para a tomada de decisão ambiental. á Limite de detecção do Método (LDM): menor concentração de uma substância que pode ser detectada, mas não necessariamente TXDQWL÷FDGD SHOR P«WRGR XWLOL]DGR á /LPLWH GH TXDQWL÷FD©¥R « D PHQRU FRQFHQWUD©¥R GH XP DQDOLWR TXH pode ser determinada com um nível de aceitabilidade que garanta
  • 192. 47PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM sua representatividade. Após ter sido determinado, esse limite ser- ve para orientar e avaliar se a precisão e a exatidão do método ana- lítico escolhido atende aos objetivos do plano. Normalmente, para embasar substancialmente as decisões ambientais, é recomendá- YHO TXH R OLPLWH GH TXDQWL÷FD©¥R GH XP P«WRGR VHMD SHOR PHQRV 50% menor do que a concentração mínima de interesse. Quando Q¥R H[LVWLUHP P«WRGRV R÷FLDLV 86(3$ 6WDQGDUG 0HWKRGV ,62 etc) que atendam à concentração mínima de interesse do analito recomenda-se adotar o método dentre estes que melhor atenda a esse limite. á Incerteza de medição: caracteriza a dispersão de valores asso- ciada ao resultado, que podem ser razoavelmente atribuídos ao mensurando (amostras). É usada para avaliar a exatidão, precisão H FRQ÷DELOLGDGH GH XP UHVXOWDGR DQDO¯WLFR $ GH÷QL©¥R GRV YDORUHV máximos de incerteza dos resultados deve ser estabelecida jun- tamente com a concentração mínima de interesse e deve ser usa- da para auxiliar na escolha das metodologias analíticas adotadas. 2.1.8 5HFXUVRV )LQDQFHLURV H +XPDQRV São os recursos necessários para realizar os trabalhos de campo, as tarefas analíticas e as de interpretação de dados. Sob este aspecto, convém planejar criteriosamente os parâmetros a serem avaliados, o número de amostras a serem examinadas e a frequência de sua coleta, adequando-os aos recursos disponíveis. Tanto em programas de monitoramento, onde são avaliadas as tendên- cias e a eficácia das medidas de controle da poluição, como em levanta- mentos específicos, devem ser elaborados cronogramas de desenvol- vimento dos trabalhos, considerando todas as atividades envolvidas, a sazonalidade e a disponibilidade para alocação dos recursos humanos e materiais.
  • 193. Refrigeração de Amostras – Foto Carlos Jesus Brandão/CETESB
  • 194. 49ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO 3 ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO Estabelecido o planejamento de amostragem, que inclui a definição dos objetivos, dos locais e frequência de amostragem, dos parâmetros selecionados, dos métodos analíticos e de amostragem adequados e o cronograma de atividades, passa-se para as etapas de organização e execução dos trabalhos de campo. A síntese contendo as recomendações e orientações de como realizar o armazenamento e a preservação de amostras, conforme o tipo de ensaio (classedaamostra,tipoderecipienteparaarmazenamento,volume/quan- tidade necessário de amostra, tipo de preservação e prazo máximo reco- mendado entre coleta e início do ensaio), encontra-se no Anexo 1. 3.1 Planejamento das Atividades O planejamento correto das atividades de campo é de importância fun- damental para o sucesso dos trabalhos e deve envolver os seguintes aspectos: á Seleção de itinerários racionais, observando-se os acessos, o tem- po para coleta e preservação das amostras e o prazo para seu en- vio aos laboratórios, obedecendo-se o prazo de validade para o ensaio de cada parâmetro, a capacidade analítica e o horário de atendimento e funcionamento dos laboratórios envolvidos. Mui- tos programas de amostragem necessitamdeváriosdiasparaserem desenvolvidos, o que exige remeter amostras coletadas diariamente aos laboratórios por despachos rodoviários ou aéreos. Nesses casos, devem-se planejar coletas calculando-se a localização e os horários das empresas transportadoras; á HUWL÷FD©¥R GH TXH D SURJUDPD©¥R GH FROHWD IRL HQYLDGD DRV ODER- ratórios envolvidos e de que os mesmos tenham condições de aten- der ao programa; CAPÍTULO 3
  • 195. 50 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS á 9HUL÷FD©¥R GD H[LVW¬QFLD GH HYHQWXDLV FDUDFWHU¯VWLFDV ORFDLV QRV pontos de coleta que exigem equipamentos ou cuidados especiais, o que permitirá a sua adequada seleção e preparo. Isto vale espe- cialmente para o caso de coletas com embarcações, coletas de sedi- mentos, peixes e organismos bentônicos, coletas em locais de difícil acesso, ou com alto risco de acidentes (rios caudalosos, mar, pontes de tráfego intenso, amostragem em indústrias etc.); á Preparação de tabelas contendo os equipamentos e materiais ne- FHVV£ULRV DRV WUDEDOKRV ÷FKDV GH FROHWD IUDVFRV SDUD DV DPRVWUDV preservantes químicos, caixas térmicas, equipamentos de coleta e de medição, cordas, embarcações, motores de popa, equipamento de segurança etc.). É conveniente levar frascos reserva para o caso de amostragem adicional, perda ou quebra de frascos; e á 9HUL÷FD©¥R GD GLVSRQLELOLGDGH H IXQFLRQDPHQWR DGHTXDGR GRV equipamentos utilizados para amostragem e de apoio. Convém assegurar-se de que os técnicos envolvidos nas atividades de coleta estejam devidamente treinados e capacitados para utilizar as técnicas específicas de coleta, preservação de amostras e as medidas de segurança, manusear os equipamentos de campo e de medição, e localizar precisamente os pontos de coleta. É fundamental que obser- vem e anotem quaisquer fatos ou anormalidades que possam interferir nas características das amostras (cor, odor ou aspecto estranho, pre- sença de algas, óleos, corantes, material sobrenadante, peixes ou ou- tros animais aquáticos mortos), nas determinações laboratoriais e na interpretação dos dados. Devem ainda ter condições para estabelecer, se necessário, pontos de amostragem alternativos e outros parâme- tros complementares para uma melhor caracterização do ambiente em estudo. Um técnico bem treinado, consciente e observador é de impor- tância fundamental para a consecução dos objetivos dos programas de avaliação dos ecossistemas aquáticos. É importante destacar que as coletas de amostras biológicas depen- dem de autorização prévia dos órgãos competentes, como o Institu- to Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Essa autorização, todavia, não é necessária para fins de monitoramento da qualidade da água. Maiores informações podem ser obtidas no site do Sistema de Autorização e Informação em Biodiversidade (SISBIO) do Ministério do Meio Ambiente (http://www4.icmbio.gov.br/sisbio//)
  • 196. 51ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO 3.2 Coleta e Preservação de Amostras Neste tópico encontram-se orientações quanto à limpeza e ao prepa- ro dos recipientes utilizados para o armazenamento de amostras. In- formações sobre as técnicas de preservação para cada variável, o tipo de recipiente, o volume de amostra necessário, o tipo de preservação recomendada e o prazo para ensaios físico-químicos, microbiológicos, biológicos e toxicológicos encontram-se no Anexo 1. 3.2.1 Coleta e Tipos de Amostras A coleta de amostras é, provavelmente, o passo mais importante para a avaliação da área de estudo; portanto, é essencial que a amostragem seja realizada com precaução e técnica, para evitar todas as fontes pos- síveis de contaminação e perdas e representar o corpo d’água amostra- do e/ou a rede de distribuição de água tratada. Para definir a natureza da amostra coletada, nesse Guia são adota- dos códigos que se referem à classe da amostra: A - Amostras de água tratada; B - Amostras de água bruta; C - Amostras de água residuária; D - Amostras de solo, sedimento, lodo, material sólido de dragagem, resí- duosólidoesemi-sólidoemgeral; E-Amostrasdemateriaisbiológicos.As definições de cada uma delas encontram-se no Glossário (Anexo 2). A técnica a ser adotada para a coleta de amostras depende da matriz a ser amostrada (água superficial, em profundidade, subterrânea, tra- tada, residuária, sedimento, biota aquática, entre outras), do tipo de amostragem (amostra simples, composta ou integrada) e, também, dos ensaios a serem solicitados (ensaios físico-químicos, microbiológicos, biológicos e toxicológicos) e devem ser tomados os seguintes cuidados: á 9HUL÷FDUDOLPSH]DGRVIUDVFRVHGRVGHPDLVPDWHULDLVHHTXLSDPHQWRV que serão utilizados para coleta (baldes, garrafas, pipetas etc.); á Empregar somente os frascos e as preservações recomendadas SDUD FDGD WLSR GH GHWHUPLQD©¥R YHUL÷FDQGR VH RV IUDVFRV H UHDJHQ- tes para preservação estão adequados e dentro do prazo de valida- de para uso (Anexo 1). Em caso de dúvida, substituí-los; á HUWL÷FDUVH TXH D SDUWH LQWHUQD GRV IUDVFRV DVVLP FRPR DV WDPSDV HEDWRTXHVQ¥RVHMDPWRFDGDVFRPDP¥RRX÷TXHPH[SRVWDVDRSµ fumaça e outras impurezas (gasolina, óleo e fumaça de exaustão de veículos podem ser grandes fontes de contaminação de amostras).
  • 197. 52 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS Cinzas e fumaça de cigarro podem contaminar as amostras com metais pesados e fosfatos, entre outras substâncias. É importante, portanto, que os técnicos responsáveis pela coleta de amostras não fumem durante a coleta e utilizem uniformes e EPI adequados para cada tipo de amostragem (avental, luva cirúrgica ou de borracha de látex, óculos de proteção, entre outros), sempre observando e obedecendo às orientações de cada local ou ambiente onde será realizada a amostragem; á Fazer a ambientação dos equipamentos de coleta com água do pró- prio local, se necessário; á Garantirqueasamostraslíquidasnãocontenhampartículasgrandes, detritos, folhas ou outro tipo de material acidental durante a coleta; á ROHWDU XP YROXPH VX÷FLHQWH GH DPRVWUD SDUD HYHQWXDO QHFHVVLGD- de de se repetir algum ensaio no laboratório; á Fazer todas as determinações de campo em alíquotas de amos- tra separadas das que serão enviadas ao laboratório, evitando-se assim o risco de contaminação; á Colocar as amostras ao abrigo da luz solar, imediatamente após a coleta e preservação; á Acondicionar em caixas térmicas com gelo as amostras que exigem refrigeração para sua preservação (observar que as amostras para ensaio de Oxigênio Dissolvido não devem ser mantidas sob refri- geração); á Manter registro de todas as informações de campo, preenchendo XPD ÷FKD GH FROHWD SRU DPRVWUD RX FRQMXQWR GH DPRVWUDV GD PHV- ma característica, contendo os seguintes dados: a) Nome do programa de amostragem e do coordenador, com te- lefone para contato; b) Nome dos técnicos responsáveis pela coleta; c) Número de identificação da amostra; d) Identificação do ponto de amostragem: código do ponto, ende- reço, georreferenciamento, etc. e) Data e hora da coleta; f) Natureza da amostra (água tratada, nascente, poço freático, poço profundo, represa, rio, lago, efluente industrial, água sa- lobra, água salina etc.); g) Tipo de amostra (simples, composta ou integrada) h) Medidas de campo (temperatura do ar e da água, pH, condu- tividade, oxigênio dissolvido, transparência, coloração visual, vazão, leitura de régua, etc.);
  • 198. 53ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO i) Eventuais observações de campo; j) Condições meteorológicas nas últimas 24 horas que possam interferir com a qualidade da água (chuvas); k) Indicação dos parâmetros a serem analisados nos laboratórios envolvidos; l) Equipamento utilizado (nome, tamanho, malha, capacidade, volume filtrado, e outras informações relevantes). As amostras podem ser simples, compostas ou integradas. A amostra simples (pontual ou instantânea) é aquela coletada em uma única toma- da de amostra, num determinado instante, para a realização das deter- minações e ensaios. O volume total da amostra irá depender dos parâ- metrosescolhidos.Éindicadaparaoscasosondeavazãoeacomposição do líquido (água ou efluente) não apresentam variações significativas. É obrigatória para os parâmetros cujas características alteram-se rapi- damente ou não admitem transferência de frasco (sulfetos, oxigênio dis- solvido, solventes halogenados, óleos e graxas, microbiológicos). A amostra composta é constituída por uma série de amostras simples, coletadas durante um determinado período e misturadas para consti- tuir uma única amostra homogeneizada. Este procedimento é adotado para possibilitar a redução da quantidade de amostras a serem analisa- das, especialmente quando ocorre uma grande variação de vazão e/ou da composição do líquido. A amostragem pode ser realizada em função (a) do tempo (temporal); (b) da vazão; (c) da profundidade do local a ser amostrado; (d) da margem ou distância entre um ponto de amostragem e outro (espacial). A composição de amostra é realizada de acordo com o objetivo de cada trabalho e é definida pelo coordenador técnico no momento da elaboração do projeto. O período total da amostragem composta poderá ser subdividido, de acordo com a capacidade de processamento do laboratório. Quando o laboratório de ensaios se encontra em local distante dos pontos de amostragens, recomenda-se que as amostras sejam compostas em pe- ríodos menores que 24 horas, devido aos tempos máximos para a reali- zação de ensaios de alguns parâmetros, de forma a não exceder o prazo de validade da amostra. A amostragem integrada é aquela realizada com amostradores que permitem a coleta simultânea, ou em intervalos de tempo o mais
  • 199. 54 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS próximo possível, de alíquotas que serão reunidas em uma única amostra. Para uma melhor representatividade do local amostrado, pode-se tam- bém realizar a amostragem com réplicas (duplicata ou triplicata), quan- do a amostra é coletada de modo sequencial e independente, em um determinado período de tempo ou espaço. A coleta de água varia também em função da profundidade em que foi realizada, podendo ser superficial ou em diferentes distâncias abaixo da superfície. A coleta de água superficial é a que ocorre entre 0 e 30 centímetros da lâmina d’água, enquanto que a em profundidade ocorre abaixo de 30 centímetros da lâmina d’água e deve ser realizada obri- gatoriamente com o auxílio de equipamento adequado, tomando-se o cuidado de não provocar a suspensão do sedimento próximo ao fundo. Os níveis de profundidade são definidos pelo coordenador técnico no momento da elaboração do projeto, de acordo com o objetivo de cada trabalho. A profundidade total do local de amostragem é verificada em campo, com auxílio de uma corda metrada com um peso extra, tipo poi- ta, ou com ecobatímetro da embarcação. Toda vez que o procedimento de coleta for realizado com apoio de em- barcação, assim que for confirmada sua ancoração no ponto onde será realizada a coleta, a embarcação deve ser mantida na mesma posição, não podendo ser ligada para reposicionamento até o final do procedimento. 3.2.2 Preservação de amostra Independente da natureza da amostra, a estabilidade completa para cada constituinte nunca pode ser obtida. As técnicas de preservação, a seleção adequada dos frascos e a forma de armazenamento, têm por objetivo retardar a ação biológica e a alteração dos compostos quími- cos; reduzir a volatilidade ou precipitação dos constituintes e os efei- tos de adsorção; e/ou preservar organismos, evitando ou minimizando alterações morfológicas, fisiológicas e de densidades populacionais, em todas as etapas da amostragem (coleta, acondicionamento, trans- porte, armazenamento, até o momento do ensaio). As alterações químicas que podem ocorrer na estrutura dos constituin- tes acontecem, principalmente, em função das condições físico-quími-
  • 200. 55ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO cas da amostra. Assim, metais podem precipitar-se como hidróxidos, ou formar complexos com outros constituintes; os cátions e ânions podem mudar o estado de oxidação; íons podem ser adsorvidos na superfície interna do frasco de coleta; e outros constituintes podem dissolver-se ou volatilizar-se com o tempo. As ações biológicas podem conduzir à alteração da valência de elementosouradicais.Osconstituintessolúveispodemserconvertidos em matéria orgânica e, com a ruptura das células, esses constituintes podem ser liberados na solução. Os ciclos biogeoquímicos, como do nitrogênio e do fósforo, são exemplos dessa influência biológica na composição da amostra. As técnicas de preservação de amostras mais empregadas são: adição química, congelamento e refrigeração. Adição química O método de preservação mais conveniente é o químico, através do qual o reagente é adicionado prévia (ensaios microbiológicos) ou ime- diatamente após a tomada da amostra, promovendo a estabilização dos constituintes de interesse por um período maior. Contudo, para cada ensaio existe uma recomendação específica (Anexo 1). Geralmen- te é realizada com o auxílio de um frasco dosador, frasco conta-gota, pipeta, proveta, entre outros. Congelamento É uma técnica aceitável para alguns ensaios e serve para aumentar o intervalo entre a coleta e o ensaio da amostra in natura, sem compro- meter esta última. É inadequada para as amostras cujas frações sólidas (filtráveis e não filtráveis) alteram-se com o congelamento e posterior retorno à temperaturaambiente,eparaamaioriadasdeterminaçõesbiológicase microbiológicas. Os ensaios que permitem esta técnica de preservação constam no Anexo 1. Refrigeração Constitui uma técnica comum em trabalhos de campo e pode ser uti- lizada para preservação de amostras mesmo após a adição química, sendo empregada frequentemente na preservação de amostras para
  • 201. 56 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS ensaios microbiológicos, físico-químicos orgânicos e inorgânicos, bio- lógicos e toxicológicos. Os ensaios que permitem esta técnica de pre- servação constam no Anexo 1. 3.3 Acondicionamento, Transporte e Armazenamento de Amostras 3.3.1 Acondicionamento Neste item encontram-se orientações para o acondicionamento de amostras, quanto ao tipo, limpeza e preparo dos recipientes utilizados. 3.3.1.1 Tipos de Recipientes Os tipos de recipientes mais utilizados para coleta e preservação de amostras são os de plástico autoclavável de alta densidade (polietileno, polipropileno, policarbonato ou outro polímero inerte) e os de vidro, com boca larga (mais ou menos 4 cm de diâmetro) para facilitar a coleta da amostra e a limpeza. Estes dois tipos de materiais apresentam van- tagens e desvantagens (Tabela 1). Tabela 1. Comparação entre recipientes de vidro (borossilicato) e polietileno, polipropileno ou outro polímero inerte. Condições Operacionais Material Vidro (Borossilicato) Plástico (polímero inerte) Interferência com a amostra Indicado para todas as análises de compostos orgânicos. Inerte a maioria dos constituintes, exceto a forte alcalinidade. Adsorve metais em suas paredes. Indicado para a maioria dos compostos inorgânicos, biológicos e microbiológicos. Pode contaminar amostras com ftalatos. Peso Pesado Leve Resistência à quebra Muito Frágil Durável Limpeza Fácil $OJXPD GL÷FXOGDGH QD remoção de componentes adsorvíveis Esterilizável Sim Apenas por técnicas de uso pouco comum no Brasil, como óxido de etileno e radiação gama. Alguns tipos são autoclaváveis.
  • 202. 57ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS DE CAMPO Os recipientes de plástico apresentam maiores vantagens por serem leves e resistentes à quebra, e são recomendados quando o plástico é aceitável na coleta, devido ao baixo custo e à menor adsorção de íons de metais. Recipientes de polietileno também podem ser usados, porém são menos rígidos e, consequentemente, apresentam uma menor resistência à autoclavação. Osfrascospodemserdevidroneutrooudeborossilicato.Adesvantagem deste tipo de material é o seu peso e a possibilidade de quebra durante o seu manuseio e transporte. O vidro de borossilicato é o recomendado por ser inerte à maior parte dos materiais e é indicado para determinados tipos de ensaios, como os microbiológicos, pesticidas e de óleos e graxas; entretanto, possui um custo mais elevado. Os recipientes podem ser também do tipo descartável ou reutilizável. Os recipientes descartáveis são utilizados quando o custo da limpeza é alto. Estes devem estar limpos, serem à prova de vazamento e, quando necessário, estéreis. Os recipientes reutilizáveis são usados quando o custo de limpeza é baixo em comparação com o custo de aquisição de novos recipientes. Devem ser de fácil lavagem e, se necessário, resis- tentes a temperaturas elevadas. A capacidade dos recipientes varia em função do volume de amostra necessário para os ensaios a serem efetuados. O frasco geralmente precisa ter capacidade suficiente para conter a amostra e deixar um espaço que permita uma boa homogeneização, a menos que o proce- dimento recomende a coleta com o frasco totalmente cheio. Normal- mente, empregam-se frascos de 250mL, 500mL, 1L e 5L. Todavia, recipientes com capacidades menores ou maiores podem ser necessá- rios, de acordo com as determinações a serem realizadas. No caso das amostras de sedimento, podem ser acondicionadas em potes ou sacos plásticos de polietileno, potes de vidro de cor âmbar ou papel alumínio e sacos plásticos reforçados (APHA, 2005). É fundamental que tanto o recipiente, como a tampa e o batoque estejam livres do analito de interesse, especialmente quando os limites de quantificação são baixos. No caso de ensaios orgânicos, não usar frascos plásticos, exceto aqueles feitos de polímeros fluorinados, tal como teflon (PTFE – politetraflúoretileno), pois alguns analitos da amostra podem ser adsorvidos pela parede do recipiente plástico e/
  • 203. 58 GUIA NACIONAL DE COLETA E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS ou alguns contaminantes do recipiente plástico podem ser liberados na amostra. Evitar recipientes plásticos sempre que possível, devido ao seu potencial de contaminação, principalmente por ésteres de ftalato. Considerando que alguns compostos orgânicos (como também os pigmentos fotossintetizantes) são fotodegradáveis, é necessário utilizar frascos de vidro de cor âmbar ou, na impossibilidade, envolver os frascos transparentes em papel alumínio ou “kraft”. Para a análise de metais, tomar cuidado para que a amostra não entre em contato com batoques metálicos; para a realização de ensaios microbiológicos, os recipientes devem ser esterilizados. Como regra geral, as tampas e os batoques devem garantir uma boa vedação da amostra, especialmente durante o transporte. 3.3.1.2 Limpeza e Preparo de Recipientes A limpeza dos recipientes, tampas e batoques é de grande importância para impedir a introdução de contaminantes nas amostras com o anali- to de interesse. Um exemplo dessa contaminação é o uso de detergen- tes comuns para lavar recipientes que serão empregados nos ensaios de surfactantes e fosfatos. Portanto, deve-se garantir que os procedi- mentos de lavagem sejam eficazes para a limpeza e não acrescentem interferentes nos resultados analíticos (qualidade e composição dos detergentes, pureza das soluções usadas, tempo de contato com os re- agentes, controle da temperatura, dentre outros). Os procedimentos manuais mais utilizados na limpeza e preparo de frascaria são listados a seguir (limpeza básica e especial). Procedimen- tos automáticos podem ser empregados utilizando-se máquina de la- vagem de vidraria, escolhendo o programa apropriado para cada tipo de frascaria. a) Limpeza básica de frascaria i. Deixar os frascos, tampas e batoques de molho em solução de de- WHUJHQWH DOFDOLQR SRU WHPSR VX÷FLHQWH SDUD IDFLOLWDU D UHPR- ção dos resíduos da amostra e possíveis etiquetas; ii. Esfregar os frascos com gaspilhão até retirada total dos resíduos; iii. Esfregar com esponja de aço e detergente neutro a parte externa dos frascos; iv. Enxaguar com água corrente para retirada do detergente (se necessário, usar água quente);