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Autor: Carlos de Oliveira;
Editora:ASSIRIO & ALVIM;
1ª edição: 1953
Ano de edição:Agosto de 2007
Carlos de Oliveira (1921-1981) nasceu em Belém do
Brasil, e faleceu em Lisboa.
Licenciou-se na Universidade de Coimbra em
Ciências Histórico-Filosóficas.
A sua obra poética e ficcional centra-se na vida
campestre.
Obras poéticas:
•Turismo (1942),
•Sobre o Lado Esquerdo (1968),
•Entre Duas Memórias (1971),
Obras de ficção:
•Casa na Duna (1943),
•Uma Abelha na Chuva (1953),
•Crónicas: O Aprendiz de Feiticeiro (1971).
Este livro é composto por trinta e cinco capítulos em que:
•1ºperíodo- Cap.I - Cap.XVI - entre as cinco horas de uma Quinta-feira do mês de
Outubro;
•2ºperíodo- Cap.XVI - Cap.XXVI - tem duração de vinte e quatro horas de uma Sexta-
feira;
•3ºperíodo- Cap.XXVII - Cap.XXXV - desde de Sábado até o amanhecer de Domingo.
A história leva-nos à aldeia de Montouro num Outono
chuvoso, é constituída pelas relações conflituosas
entre Álvaro Silvestre e D. Maria dos Prazeres era filha
de um fidalgo, descendente de um coronel-mor, de um
guerreiro das Linhas de Elvas e primo da Bispo
missionário de Cochim. O seu pai negociou o seu
casamento com a família Silvestres quando ela
completou dezoito anos devido a miséria e a desgraça
em que viviam. Álvaro, inseguro e cobarde, teme que a
sua esposa possa descobrir as ilegalidades que este
cometeu assim este recorre ao Comarca(Jornal de
Corgos) para tornar pública a sua confissão de ter
roubado gente e povo.
Sua mulher, preconceituosa em relação ao marido,
domina o próprio humilhando-o uma vez que o impede
de tal loucura dizendo que sofre de distúrbios.
Paralelamente a este casal encontramos Jacinto e Clara
que se amam mesmo contra a vontade dos pais.
Maria dos Prazeres odeia o seu marido, não
sente qualquer amor ou carinho por ele, esta
sim amara Leopoldino, irmão de Álvaro, vivia
em África. Maria durante a noite sonhava com
Leopoldino. Numa noite como era habitual,
Álvaro bebeu muito até cair para o lado tendo
ofendido sua esposa, e esta pusera-o a dormir
no escritório.
Álvaro levanta se de madrugada, cheio de
dores no corpo, e decide ir passear pelos
campos. Quando caminhava ouviu num
palheiro o riso de uma mulher. Aproximando-se
do palheiro percebeu que era Clara e Jacinto
que lá se encontravam a fazer planos para o
seu                                    futuro.
A rapariga encontrava se grávida mas o seu pai
não poderia saber de tal assunto uma vez que
não permitiria, querendo que esta se casasse
com um fidalgo. Álvaro ao ouvir tudo isto
decidiu contar tudo o que ouvira ao pai da
                    rapariga.
Dirigiu-se à loja do pai da rapariga e conta lhe
sobre a gravidez da sua filha com Jacinto. O pai
da rapariga sem pensar duas vezes decide
mata-lo, Clara quando se apercebe do crime
que o pai cometeu entrega-o a polícia, mas o
desgosto da pobre rapariga era tão grande que
ela acabou por se suicidar atirando se para
dentro do poço.
A abelha - o casal Álvaro e D. Maria dos Prazeres são identificados como “abelhas cegas
obcecadas “;

O mel - Ao nível de Álvaro e D. Maria dos Prazeres "todos eles fabricam mel", é junto do
casal Jacinto e Clara que o mel (isto é: a doçura, a perfeição) é susceptível de ser
encontrado na gravidez de Clara;

As Abelhas - simbolizam as "trabalhadoras disciplinadas e incansáveis".
Em oposição às abelhas temos o casal Álvaro Silvestre e Maria dos Prazeres (esta
referência é feita por Dr. Neto), que diz "todos eles fabricam mel; abelhas cegas,
obcecadas“;
Comparação as abelhas - Clara que juntamente com Jacinto forma um casal
equilibrado onde reina a harmonia, tal como na colmeia. Jacinto tem o nome da flor
da qual Clara se alimenta para produzir mel, o filho. O zangão é Jacinto que após a
cópula com a abelha, morre;

A água - A chuva é o sinónimo de agressividade no ambiente social e está presente
nos conflitos pessoais e nos momentos mais importantes da acção , como por
exemplo a situação de Álvaro e Maria dos Prazeres.
(...)” Não apliques aos bichos a
medida dos homens”(...)




                                   (...)” Nem rei nem papa a morte
                                   escapa”(...)

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  • 1.
  • 2. Autor: Carlos de Oliveira; Editora:ASSIRIO & ALVIM; 1ª edição: 1953 Ano de edição:Agosto de 2007
  • 3. Carlos de Oliveira (1921-1981) nasceu em Belém do Brasil, e faleceu em Lisboa. Licenciou-se na Universidade de Coimbra em Ciências Histórico-Filosóficas. A sua obra poética e ficcional centra-se na vida campestre. Obras poéticas: •Turismo (1942), •Sobre o Lado Esquerdo (1968), •Entre Duas Memórias (1971), Obras de ficção: •Casa na Duna (1943), •Uma Abelha na Chuva (1953), •Crónicas: O Aprendiz de Feiticeiro (1971).
  • 4. Este livro é composto por trinta e cinco capítulos em que: •1ºperíodo- Cap.I - Cap.XVI - entre as cinco horas de uma Quinta-feira do mês de Outubro; •2ºperíodo- Cap.XVI - Cap.XXVI - tem duração de vinte e quatro horas de uma Sexta- feira; •3ºperíodo- Cap.XXVII - Cap.XXXV - desde de Sábado até o amanhecer de Domingo.
  • 5. A história leva-nos à aldeia de Montouro num Outono chuvoso, é constituída pelas relações conflituosas entre Álvaro Silvestre e D. Maria dos Prazeres era filha de um fidalgo, descendente de um coronel-mor, de um guerreiro das Linhas de Elvas e primo da Bispo missionário de Cochim. O seu pai negociou o seu casamento com a família Silvestres quando ela completou dezoito anos devido a miséria e a desgraça em que viviam. Álvaro, inseguro e cobarde, teme que a sua esposa possa descobrir as ilegalidades que este cometeu assim este recorre ao Comarca(Jornal de Corgos) para tornar pública a sua confissão de ter roubado gente e povo. Sua mulher, preconceituosa em relação ao marido, domina o próprio humilhando-o uma vez que o impede de tal loucura dizendo que sofre de distúrbios. Paralelamente a este casal encontramos Jacinto e Clara que se amam mesmo contra a vontade dos pais.
  • 6. Maria dos Prazeres odeia o seu marido, não sente qualquer amor ou carinho por ele, esta sim amara Leopoldino, irmão de Álvaro, vivia em África. Maria durante a noite sonhava com Leopoldino. Numa noite como era habitual, Álvaro bebeu muito até cair para o lado tendo ofendido sua esposa, e esta pusera-o a dormir no escritório. Álvaro levanta se de madrugada, cheio de dores no corpo, e decide ir passear pelos campos. Quando caminhava ouviu num palheiro o riso de uma mulher. Aproximando-se do palheiro percebeu que era Clara e Jacinto que lá se encontravam a fazer planos para o seu futuro.
  • 7. A rapariga encontrava se grávida mas o seu pai não poderia saber de tal assunto uma vez que não permitiria, querendo que esta se casasse com um fidalgo. Álvaro ao ouvir tudo isto decidiu contar tudo o que ouvira ao pai da rapariga. Dirigiu-se à loja do pai da rapariga e conta lhe sobre a gravidez da sua filha com Jacinto. O pai da rapariga sem pensar duas vezes decide mata-lo, Clara quando se apercebe do crime que o pai cometeu entrega-o a polícia, mas o desgosto da pobre rapariga era tão grande que ela acabou por se suicidar atirando se para dentro do poço.
  • 8. A abelha - o casal Álvaro e D. Maria dos Prazeres são identificados como “abelhas cegas obcecadas “; O mel - Ao nível de Álvaro e D. Maria dos Prazeres "todos eles fabricam mel", é junto do casal Jacinto e Clara que o mel (isto é: a doçura, a perfeição) é susceptível de ser encontrado na gravidez de Clara; As Abelhas - simbolizam as "trabalhadoras disciplinadas e incansáveis". Em oposição às abelhas temos o casal Álvaro Silvestre e Maria dos Prazeres (esta referência é feita por Dr. Neto), que diz "todos eles fabricam mel; abelhas cegas, obcecadas“;
  • 9. Comparação as abelhas - Clara que juntamente com Jacinto forma um casal equilibrado onde reina a harmonia, tal como na colmeia. Jacinto tem o nome da flor da qual Clara se alimenta para produzir mel, o filho. O zangão é Jacinto que após a cópula com a abelha, morre; A água - A chuva é o sinónimo de agressividade no ambiente social e está presente nos conflitos pessoais e nos momentos mais importantes da acção , como por exemplo a situação de Álvaro e Maria dos Prazeres.
  • 10. (...)” Não apliques aos bichos a medida dos homens”(...) (...)” Nem rei nem papa a morte escapa”(...)