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DIES DOMINI
O Papa João Paulo II AO PUBLICAR A CARTA Apostólica DIES
DOMINI esta explicando a importância da santificação do domingo. Desta
forma caminhamos para uma reflexão a qual nos leva a tomar consciência do
grande mistério o qual somos chamados a celebrar o dia do Senhor.
Este dia foi definido nos tempos dos apóstolos e como nos diz o
Salmista “Este e o dia que o Senhor fez para nós, alegremos e nele
exultemos”, e é neste dia o qual somos convidados a reviver a grande
experiência dos discípulos de Emaús, os quais ouviram a palavra do Senhor,
onde tiveram em sua presença e comeram com ele o pão.
Então a partir deste acontecimento se guarda o domingo, pois é a
característica da vida dos primeiros seguidores conforme este escrito em
Coríntios “Todo primeiro dia da semana, cada qual separe livremente o que
tenha conseguido economizar, de modo que não se espere a minha chegada
para então recolher donativos.”
O Cristianismo na época não era reconhecido pelo Império Romano,
onde tinha grande dificuldade para os cristãos observar o dia do Senhor com
caráter fixo semanal,onde então os fiéis eram obrigado a reunir-se antes do
sol nascer.
Mediante a evolução das condições sócio econômicas no mundo tudo
acabou então por modificação profunda dos comportamentos coletivos e
consequentemente a cara do domingo. Hoje é visto como o “o fim de semana”,
isto é compreendido como o dia de descanso, que leva a uma característica
por participação em eventos diversos no âmbito social. No entanto não
podemos esquecer que também é o dia de festejar o nosso Deus.
O Papa pede, que os cristãos não confundam o lazer, festas e esportes
com o dia do Senhor,pois é a celebração de sua santificação,e é nesse
momento que convidada a todos a redescobrir o domingo como o dia do
Senhor. O tempo que empregamos a Cristo não é um tempo perdido mais sim
um tempo conquistado para nossa profunda humanização e das relações de
nossa vida.
Pensando assim, o domingo deve ser vivido de forma onde o louvor e
agradecimento a Deus, trazendo em si o coração do mistério de nossa Fé. Na
verdade é certo que a vida nossa também precisa de momentos explícitos de
oração e é ai que entra o domingo, onde se torna o grande momento desta
relação.
Para João Paulo II celebrar a Santa Missa no domingo é celebrar a
presença viva de Jesus em nosso meio. Mas para que esta presença viva seja
anunciada e vivida com dignidade e adequadamente não é simplesmente que
os seguidores de Cristo rezem de forma individual, pois receberam a graça do
batismo e neste momento se tornam membros do Corpo de Cristo, portanto
esta é a importância de se reunirem em comunidade para louvar o Senhor.
Na Eucaristia dominical, a obrigação da presença comunitária á a
solenidade especial que a caracteriza precisamente no dia que Cristo venceu
a morte.Podemos assim afirmar que é na assembleia, como em toda
Celebração Eucarística,o encontro com o ressuscitado acontece por meio da
participação da dupla mesa :”DA PALAVRA E DO PÃO DA VIDA”.
Na primeira temos a compreensão da historia da salvação, e na segunda
a presença real de Cristo ressuscitado, estas estão intimamente ligadas e
formam um só ato de culto.
Assim podemos afirmar que a missa é de fato a atualização viva do
sacrifício da cruz, sob as espécies do pão e vinho, sobre as quais foi invocada
a efusão do espírito que opera através das palavras da consagração.
Neste sacrifício divino que se realiza na Missa, esta presente e imolado
de modo vivo o mesmo Cristo que se ofereceu por nós no altar da cruz. Na
Eucaristia ,o sacrifício dos membros do seu corpo,que é a Igreja,a vida dos
fiéis,o seu louvor,o seu sofrimento, a sua oração,o seu trabalho unem-se aos
de Cristo e a sua total oblação. Requerendo assim um novo valor.
Dessa forma podemos dizer que a missa dominical nos permite trazer
ao altar a semana que vivemos com todo o seu peso a qual a caracterizou.
Então, a comunhão é recomendada a todos os fiéis que participem da
Ceia do Senhor mediante a uma consciência limpa,caso contrario deve
procurar o sacramento da confissão.
“Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor
indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, cada um
examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois
aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria
condenação. É por isso que entre vocês há tantos fracos e enfermos, e muitos
morreram. Se nós examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados;
mais o Senhor nos corrige de seus julgamentos, para que não sejamos
condenados com o mundo.” (Cor 11,27-32).
Para o cristão que compreendeu o sentido daquilo que se realizou a
celebração Eucarística não pode terminar dentro da igreja, mas somos
convocados cada domingo a viver e confessar a presença do ressuscitado na
nossa vida e tornar- nos testemunhas vivas e anunciadoras das suas verdades.
Como já se dizia no século III a orientação Apostólica: ”deixai tudo e
zelosamente correi a vossa assembleia porque é vosso louvor a Deus. Caso
contrario que desculpa terão junto a Deus aqueles que não se reúnem no dia
do Senhor para ouvir a palavra de vida e nutrir-se do alimento divino que
permanece eternamente? ”
Sabemos que no passado em tempo de perseguição da Igreja e aos
cristãos muitos de nossos irmãos desafiaram as leis dos impérios, preferindo à
morte a falta da Eucaristia dominical, pois consideravam sua ausência um
pecado grave. No entanto mais tarde, devido à fraqueza e menosprezo de
alguns é que se teve a necessidade de prescrever esta necessidade de
participar da vida dominical.
O Código de Direito Canônico vem confirmar a obrigatoriedade de
participar da vida dominical, onde considera sua ausência um pecado grave.
Pois, quando se reconhece a importância que o domingo tem para vida cristã
fica fácil compreender o motivo desta obrigação.
Para os fieis que por motivos de doenças ou algum acontecimento grave
fique impossibilitado de participar da missa dominical, procurem mesmo de
longe se unirem a celebração da missa, sendo através das leituras e do
evangelho que serão proclamados no domingo e desejando a Eucaristia em
suas orações e coração. Vale lembrar que as missas transmitidas por rádio e
TV não substituem de modo algum a missa rezada em comunidade,somente
pode ser utilizado na reflexão do Evangelho conforme citado acima.
O domingo é o dia de alegria dizia a Orientação dos Apóstolos “Que
todos estejam alegres no primeiro dia da semana”,e temos ainda Santo
Agostinho que nos fala que no domingo não se fazem jejuns,mas reza-se de
pé como sinal da ressurreição e cante-se aos domingos o Aleluia.
Para que possamos aprender completamente o sentido do domingo,
temos que descobrir a alegria que caracteriza este dia, em virtude de seu
significado de dia do Senhor ressuscitado, onde se celebra a obra divina da
criação e da „nova criação‟.O domingo cristão é um dia dado por Deus ao
homem para seu pleno crescimento humano e espiritual.
É errado vermos o domingo como uma circunstância histórica, e sem
valor para Igreja e para os cristãos, pois se não valorizarmos o domingo como
dia do Senhor ,corremos o risco de esquecer de que Deus é o criador,de
quem tudo depende.Então somos chamados a expressar nossa fé pessoal e
comunitária,no domingo,santificando este dia.
Ficamos refletindo que para o descanso não nos tornar vazios e fonte de
lamentações, devemos neste dia buscar o enriquecimento espiritual através da
comunhão fraterna e escolher uma diversão que a sociedade proporciona
dentro dos nossos princípios cristãos.
Assim o domingo fica como modelo natural para compreendermos e
celebrarmos estas solenidades, seus valores espirituais assim mostrando aos
fieis a obrigação de participar da santa Missa, mesmo quando estes dias
sejam em dia de semana.
Assim João Paulo II conclui reafirmando que visto na totalidade de suas
implicações, celebrar a missa aos domingos em comunidade constitui uma
condição necessária para viver bem como cristão
No mundo atual os cristãos devem olhar os apelos de uma cultura que
proveitosamente assumiu as exigências de repouso e tempo livre,mas viver
frequentemente de modo errado e as vezes seduzidos por formas moralmente
discutíveis
O Dia do domingo sendo bem vivido ele se torna a força para
enfrentarmos a semana, pois ele é como a alma para os demais dias, assim diz
uma reflexão de Orígenes; ”O cristão perfeito vive sempre o dia do Senhor, que
celebra sempre no domingo”.
E para concluir o Papa afirma “Confio no acolhimento frutuoso desta
Carta Apostólica pela comunidade dos fiéis.”

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  • 1. DIES DOMINI O Papa João Paulo II AO PUBLICAR A CARTA Apostólica DIES DOMINI esta explicando a importância da santificação do domingo. Desta forma caminhamos para uma reflexão a qual nos leva a tomar consciência do grande mistério o qual somos chamados a celebrar o dia do Senhor. Este dia foi definido nos tempos dos apóstolos e como nos diz o Salmista “Este e o dia que o Senhor fez para nós, alegremos e nele exultemos”, e é neste dia o qual somos convidados a reviver a grande experiência dos discípulos de Emaús, os quais ouviram a palavra do Senhor, onde tiveram em sua presença e comeram com ele o pão. Então a partir deste acontecimento se guarda o domingo, pois é a característica da vida dos primeiros seguidores conforme este escrito em Coríntios “Todo primeiro dia da semana, cada qual separe livremente o que tenha conseguido economizar, de modo que não se espere a minha chegada para então recolher donativos.” O Cristianismo na época não era reconhecido pelo Império Romano, onde tinha grande dificuldade para os cristãos observar o dia do Senhor com caráter fixo semanal,onde então os fiéis eram obrigado a reunir-se antes do sol nascer. Mediante a evolução das condições sócio econômicas no mundo tudo acabou então por modificação profunda dos comportamentos coletivos e consequentemente a cara do domingo. Hoje é visto como o “o fim de semana”, isto é compreendido como o dia de descanso, que leva a uma característica por participação em eventos diversos no âmbito social. No entanto não podemos esquecer que também é o dia de festejar o nosso Deus. O Papa pede, que os cristãos não confundam o lazer, festas e esportes com o dia do Senhor,pois é a celebração de sua santificação,e é nesse momento que convidada a todos a redescobrir o domingo como o dia do Senhor. O tempo que empregamos a Cristo não é um tempo perdido mais sim um tempo conquistado para nossa profunda humanização e das relações de nossa vida. Pensando assim, o domingo deve ser vivido de forma onde o louvor e agradecimento a Deus, trazendo em si o coração do mistério de nossa Fé. Na verdade é certo que a vida nossa também precisa de momentos explícitos de oração e é ai que entra o domingo, onde se torna o grande momento desta relação. Para João Paulo II celebrar a Santa Missa no domingo é celebrar a presença viva de Jesus em nosso meio. Mas para que esta presença viva seja anunciada e vivida com dignidade e adequadamente não é simplesmente que os seguidores de Cristo rezem de forma individual, pois receberam a graça do batismo e neste momento se tornam membros do Corpo de Cristo, portanto esta é a importância de se reunirem em comunidade para louvar o Senhor.
  • 2. Na Eucaristia dominical, a obrigação da presença comunitária á a solenidade especial que a caracteriza precisamente no dia que Cristo venceu a morte.Podemos assim afirmar que é na assembleia, como em toda Celebração Eucarística,o encontro com o ressuscitado acontece por meio da participação da dupla mesa :”DA PALAVRA E DO PÃO DA VIDA”. Na primeira temos a compreensão da historia da salvação, e na segunda a presença real de Cristo ressuscitado, estas estão intimamente ligadas e formam um só ato de culto. Assim podemos afirmar que a missa é de fato a atualização viva do sacrifício da cruz, sob as espécies do pão e vinho, sobre as quais foi invocada a efusão do espírito que opera através das palavras da consagração. Neste sacrifício divino que se realiza na Missa, esta presente e imolado de modo vivo o mesmo Cristo que se ofereceu por nós no altar da cruz. Na Eucaristia ,o sacrifício dos membros do seu corpo,que é a Igreja,a vida dos fiéis,o seu louvor,o seu sofrimento, a sua oração,o seu trabalho unem-se aos de Cristo e a sua total oblação. Requerendo assim um novo valor. Dessa forma podemos dizer que a missa dominical nos permite trazer ao altar a semana que vivemos com todo o seu peso a qual a caracterizou. Então, a comunhão é recomendada a todos os fiéis que participem da Ceia do Senhor mediante a uma consciência limpa,caso contrario deve procurar o sacramento da confissão. “Por isso, todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, cada um examine a si mesmo antes de comer deste pão e beber deste cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação. É por isso que entre vocês há tantos fracos e enfermos, e muitos morreram. Se nós examinássemos a nós mesmos, não seríamos julgados; mais o Senhor nos corrige de seus julgamentos, para que não sejamos condenados com o mundo.” (Cor 11,27-32). Para o cristão que compreendeu o sentido daquilo que se realizou a celebração Eucarística não pode terminar dentro da igreja, mas somos convocados cada domingo a viver e confessar a presença do ressuscitado na nossa vida e tornar- nos testemunhas vivas e anunciadoras das suas verdades. Como já se dizia no século III a orientação Apostólica: ”deixai tudo e zelosamente correi a vossa assembleia porque é vosso louvor a Deus. Caso contrario que desculpa terão junto a Deus aqueles que não se reúnem no dia do Senhor para ouvir a palavra de vida e nutrir-se do alimento divino que permanece eternamente? ” Sabemos que no passado em tempo de perseguição da Igreja e aos cristãos muitos de nossos irmãos desafiaram as leis dos impérios, preferindo à morte a falta da Eucaristia dominical, pois consideravam sua ausência um pecado grave. No entanto mais tarde, devido à fraqueza e menosprezo de alguns é que se teve a necessidade de prescrever esta necessidade de participar da vida dominical.
  • 3. O Código de Direito Canônico vem confirmar a obrigatoriedade de participar da vida dominical, onde considera sua ausência um pecado grave. Pois, quando se reconhece a importância que o domingo tem para vida cristã fica fácil compreender o motivo desta obrigação. Para os fieis que por motivos de doenças ou algum acontecimento grave fique impossibilitado de participar da missa dominical, procurem mesmo de longe se unirem a celebração da missa, sendo através das leituras e do evangelho que serão proclamados no domingo e desejando a Eucaristia em suas orações e coração. Vale lembrar que as missas transmitidas por rádio e TV não substituem de modo algum a missa rezada em comunidade,somente pode ser utilizado na reflexão do Evangelho conforme citado acima. O domingo é o dia de alegria dizia a Orientação dos Apóstolos “Que todos estejam alegres no primeiro dia da semana”,e temos ainda Santo Agostinho que nos fala que no domingo não se fazem jejuns,mas reza-se de pé como sinal da ressurreição e cante-se aos domingos o Aleluia. Para que possamos aprender completamente o sentido do domingo, temos que descobrir a alegria que caracteriza este dia, em virtude de seu significado de dia do Senhor ressuscitado, onde se celebra a obra divina da criação e da „nova criação‟.O domingo cristão é um dia dado por Deus ao homem para seu pleno crescimento humano e espiritual. É errado vermos o domingo como uma circunstância histórica, e sem valor para Igreja e para os cristãos, pois se não valorizarmos o domingo como dia do Senhor ,corremos o risco de esquecer de que Deus é o criador,de quem tudo depende.Então somos chamados a expressar nossa fé pessoal e comunitária,no domingo,santificando este dia. Ficamos refletindo que para o descanso não nos tornar vazios e fonte de lamentações, devemos neste dia buscar o enriquecimento espiritual através da comunhão fraterna e escolher uma diversão que a sociedade proporciona dentro dos nossos princípios cristãos. Assim o domingo fica como modelo natural para compreendermos e celebrarmos estas solenidades, seus valores espirituais assim mostrando aos fieis a obrigação de participar da santa Missa, mesmo quando estes dias sejam em dia de semana. Assim João Paulo II conclui reafirmando que visto na totalidade de suas implicações, celebrar a missa aos domingos em comunidade constitui uma condição necessária para viver bem como cristão No mundo atual os cristãos devem olhar os apelos de uma cultura que proveitosamente assumiu as exigências de repouso e tempo livre,mas viver frequentemente de modo errado e as vezes seduzidos por formas moralmente discutíveis O Dia do domingo sendo bem vivido ele se torna a força para enfrentarmos a semana, pois ele é como a alma para os demais dias, assim diz uma reflexão de Orígenes; ”O cristão perfeito vive sempre o dia do Senhor, que celebra sempre no domingo”.
  • 4. E para concluir o Papa afirma “Confio no acolhimento frutuoso desta Carta Apostólica pela comunidade dos fiéis.”