O documento discute como desenvolver um plano de marketing para campanhas políticas. Apresenta a carreira da professora e discute a necessidade de planejamento estratégico para campanhas eleitorais, analisando como o conceito de marketing vem sendo aplicado nesse contexto. Também aborda o perfil do eleitor brasileiro e fatores que influenciam sua escolha, como confiança, resultados, necessidades básicas e corrupção.
1. Planejamento de Marketing –
Como desenvolver um Plano de
Marketing Político, na prática!
Profa. Eliana Araujo
Pós-graduação de Marketing Político - 2011
2. Minha
• 3M do Brasil
- Especialista de Marketing (B2B) carreira
• Nestle do Brasil
- Especialista de Marketing (C2C)
• Wizard do Brasil
- Gerente de Produto
- Gerente de Marketing Corporativo – Brasil
• Cariba Empreendimentos
- Gerente de Marketing – Brasil
• Fundação João Paulo II
- Gerente de Marketing Corporativo
Profa. Eliana Araujo
• Victa Consultoria de Marketing e Comunicação
Ltda
- Proprietária (desde 1.999)
- Professora Universitária – UNITAU (desde 2004)
- Outras Instituições (há 17 anos): PUCC, UNIMEP,
FAV, FAAP, ESPM.
4. O que veremos no dia de
hoje?
• PARTE I (manhã) • PARTE II (tarde)
Cenário atual Como trabalhar os
dados necessários ao
Mudanças no conceito de Planejamento?
marketing para (atividades)
campanhas políticas
O que se espera da etapa
Profa. Eliana Araujo
do Planejamento de
Marketing?
6. Pode-se dizer que, quanto
mais desenvolvido o país,
região, cidade, maior é a
propensão para praticar o
Profa. Eliana Araujo
conceito de marketing nas
campanhas eleitorais.
7. Planejamento é uma ferramenta recente.
Planejar ainda é uma atitude de poucos candidatos.
As campanhas eleitorais deixaram de ser
intuitivas e se tornaram estratégicas, os palpites
gratuitos cederam lugar à pesquisa, os temas
principais, abordados aleatoriamente na
comunicação, passaram a ser conceitos e
estratégias de um plano de ação comunicacional
Profa. Eliana Araujo
permanente.
O planejamento de marketing e de campanha
exigem algumas etapas, como se fosse a
construção de uma pirâmide, começando-se pelas
bases, e não pelo topo.
8. O planejamento tem que ser feito desde o momento
em que o político vira candidato. Esse planejamento tem
que ser dinâmico, alterando-se de acordo com as
circunstâncias da eleição, com a indicação dos
adversários e com as variações do momento político.
Uma campanha bem planejada começa no mínimo
Profa. Eliana Araujo
dois anos antes das eleições. Entretanto, é necessário
que a campanha tenha a capacidade de se adaptar aos
acontecimentos.
10. O marketing político está
relacionado com a formação da imagem
a longo prazo. É utilizado por pessoas
e políticos que desejam projetar-se
Profa. Eliana Araujo
publicamente.
Já o marketing eleitoral é de curto
prazo. As estratégias e as táticas de
comunicação são montadas em cima de
um ambiente vivo, já existente; em
andamento e não de um ambiente
criado.
11. Qual a relação entre Marketing exercido
Pelas empresas e pelos políticos?
Profa. Eliana Araujo
14. FOLHA DE S.PAULO
30/05/2004
Professor sabe-nada
“Sei que é exigir muito, mas a melhor ação que o prefeito a ser eleito
neste ano pode fazer para aprimorar o capital humano – a maior riqueza
de sua comunidade – é investir na formação dos professores.
Eleitoralmente, até compreendo por que não se investe mais dinheiro e
energia nessa formação. São ações invisíveis, ao contrário da inauguração
de obras. Além disso, a semente plantada hoje será colhida por outra
pessoa -talvez muito tempo depois. Para complicar, a opinião pública não
demanda essa prioridade, refém que é, muitas vezes, do SHOW DE
MARKETING – ou, pior, refém da ignorância. O que mais existe, até
agora, são projetos fracos, inconsistentes, limitados, ao lado de algumas
experiências que, embora sejam férteis, ainda estão escassamente
disseminadas.” “Professor sabe-nada”, coluna do respeitado jornalista O termo “show de
Gilberto Dimenstein publicada na Folha de São Paulo do dia 30 de Maio de marketing” alude a
2004. O texto discutia dados sobre a formação de professores no Brasil, uma população refém
relacionando o assunto às eleições municipais aconteceram naquele ano. de uma imagem que
não é verdadeira,
uma ilusão
15. Sexta-feira, 06 de maio de 2004
Na atual conjuntura, marcada pelo baixo crescimento, pelo desemprego e pela
decepção do eleitorado em relação às promessas feitas durante as eleições
presidenciais, é bem provável que – pelo menos nas grandes capitais como São
Paulo – o debate municipal ceda algum espaço a questões federais. O governo
federal é o primeiro a avistar esse cenário e, ao que tudo indica,
APELARÁ MAIS UMA VEZ PARA O MARKETING. Seria preferível que, para
variar, o discurso e a propaganda cedessem lugar à ação.” Editorial da Folha de São
Paulo, de 06 de Maio de 2004, discutindo as eleições municipais.
O texto aponta para a possibilidade de
que em decorrência de uma fraca ação
prática, o governo “apele” para o
marketing, como se este tivesse o dom
de iludir as pessoas, de mostrar coisas
que não existem a fim de garantir um
objetivo qualquer.
16. Com a referência, “marketing
tem limite”, pretendeu-se indicar
que graças ao marketing é
Notícias Esportes Diversão Saúde Mulher Meu site
possível enganar as pessoas,
mas apenas até um certo ponto,
um “limite”, depois do qual as
pessoas “abririam os olhos” e
veriam a verdade.
“Intelectuais de esquerda, tanto quanto sindicalistas e representantes da Igreja,
estão no DNA do PT. A debandada de parte desse suporte constitutivo só mostra
quanto o Partido dos Trabalhadores mudou, em termos ideológicos, após assumir o
governo. Isso não é necessariamente ruim, inclusive porque muitas dessas figuras
ilustres gostariam que o governo Lula seguisse à risca a cartilha estatizante que
encalacraria de vez o país. Até o momento a política econômica continua a ser
realista, e o presidente jura que nada mudará nesse sentido. É uma declaração
tranqüilizadora, embora não suficiente. Já passou da hora de aprofundar reformas
que permitam que se vá além da ortodoxia monetarista. O problema não é não
ouvir os intelectuais do partido, ou a parcela que sobrou deles. A questão é ter
fingido que ouviu. E repita-se: fingir ter ouvido na elaboração de um projeto de
governo que jamais existiu. Sabe-se hoje que o que o partido chamava de projeto
não passava de um conjunto de promessas tiradas provavelmente da cabeça de
um publicitário. Entre elas, a de gerar em quatro anos 10 milhões de empregos. O
governo do PT, que até há pouco tempo se deliciava com os benefícios da
publicidade, precisa se dar conta que MARKETING TEM LIMITE. Ao sucumbir
à prática de dar embalagem vistosa a produtos de sabor insosso ou até mesmo
falsos, esquece-se de que quem adquire a mercadoria, cedo ou tarde, percebe o
rabo de gato no corpo da falsa lebre. No caso do governo petista, as últimas
pesquisas mostram que a fila para devolução do produto está crescendo.” Trecho
de reportagem da Revista VEJA, Edição 1848 de 07 de Abril de 2004, aprofundando
a discussão acerca da descoberta, à época, da utilização de imagens falsas na
propaganda institucional do governo federal.
17. Associou-se entre uma prática
abominável (a propaganda
enganosa) e as ações rotineiras
do SUPOSTO profissional do
Domingo, 01 de abril de 2004 marketing, o tal “marqueteiro”.
“As propagandas do governo federal na TV que utilizaram imagens enganosas
foram feitas de uma maneira eticamente inaceitável. Essa é a opinião de
especialistas sobre o assunto ouvidos ontem pela Folha. ‘O caso é gravíssimo. Não
dá margem para nenhum tipo de tergiversação. Eticamente é intolerável’, diz Clóvis
de Barros Filho, professor de Filosofia da Comunicação da ESPM (Escola Superior de
Propaganda e Marketing) de São Paulo e de Ética da Escola de Comunicações e
Artes da USP (Universidade de São Paulo). Na segunda-feira, reportagem da Folha
revelou que uma peça publicitária que divulgava ações do governo utilizou imagens
enganosas. Enquanto anunciava números do Pronaf (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar), a propaganda mostrava imagens de uma
propriedade em Cotia (SP), de 1 milhão de metros quadrados, que nunca recebeu
verba do governo. Ontem a Folha revelou que outra propaganda oficial apresentava
problemas. O comercial, que divulgava ações do Bolsa-Família – programa de
transferência de renda do governo –, também utilizava imagens enganosas, além
de anunciar dados incorretos. As duas peças, que tiveram a coordenação de
produção feita pelo MARQUETEIRO Duda Mendonça, foram tiradas do ar.”
Reportagem da Folha de São Paulo, de 01 de Abril de 2004, intitulada
“Publicidade do governo federal na televisão utilizou imagens enganosas”.
18. Reflexão
Os profissionais de Marketing e
publicitários cumprem o que
prometem?
Os políticos cumprem o que
prometem?
Profa. Eliana Araujo
19. Propaganda enganosa é uma discussão –
que, aliás, NÃO envolve todo o marketing,
apenas a estratégia de comunicação adotada.
O “marketing” não surgiu com o intuito de
enganar pessoas – muito pelo contrário !
Então, jamais se deve confundir
“propaganda enganosa” (seja a feita por
Profa. Eliana Araujo
empresas, governos, candidatos, partidos,
agiotas) com “marketing”.
21. Novo eleitor/cidadão
Informado
Exigente
Conhecedor das Leis
Reconhece “concorrência” partidária e ideológica
É um alvo móvel
Prioriza ações que lhe permitam Crédito Mais
Fácil
Possui Renda Familiar mais alta
Profa. Eliana Araujo
Possui Famílias Menores
Busca Qualidade de Vida
Está cada vez mais Individualista
22. A escolha política é uma decisão eminentemente
racional.
ERRADO!!!
O comportamento da maioria dos eleitores
brasileiros , pode ser interpretado como emotivo.
As preferências eleitorais tendem a
direcionar-se aos candidatos que são mais
“conhecidos positivamente”, e que ao mesmo
tempo desfrutam de uma avaliação de confiança,
Profa. Eliana Araujo
afinidade e simpatia.
O eleitor brasileiro vota em quem “conhece”
porque “confia”.
Fonte: IBOPE/2006
23. Os eleitores brasileiros não
compreendem muito bem os assuntos
políticos e nem estão aptos a tomar uma
decisão racional coerente com suas
vontades políticas, devido à baixa
escolaridade.
O eleitor não tem memória das decisões
passadas e não tem satisfação plena com os
resultados do processo eleitoral.
O comportamento do eleitor se baseia:
voto no “defensor dos interesses do povo”;
Profa. Eliana Araujo
sofisticação política como determinante do
comportamento eleitoral; voto por “identificação
ideológica”; o voto por avaliação de desempenho; e o
“novo eleitor não racional”.
Fonte: IBOPE/2006
24. Brasileiro quer resultados e
estabilidade
O universo pesquisado (em níveis nacional, estadual e municipal)
apresentou um perfil do eleitor e um comportamento político
semelhantes em eleições realizadas em períodos distintos,
confirmando a estabilidade
da escolha eleitoral.
A opção do eleitor não é aleatória e segue três tipos de
orientação:
1. Identificação, em que escolhe alguém de sua profissão,
de sua região ou de seu partido.
Profa. Eliana Araujo
2. Oposição, em que o eleitor vota no candidato que tem
os mesmos adversários que ele.
3. Benefício ou expectativa de desempenho, em que o
eleitor valoriza mais os resultados e vota em quem ele
acredita que Fonte: FAPESP (USP)
irá realizar o que ele espera e precisa.
25. Está longe de ser ingênuo!
Não se deixa ludibriar facilmente nem mesmo
pelas mais avançadas técnicas de comunicação e
publicidade.
O eleitor brasileiro coloca quase sempre em
primeiro lugar a satisfação de suas necessidades
básicas.
Para o eleitor médio, se um governo tiver um bom
desempenho da saúde pública e na geração de
Profa. Eliana Araujo
empregos, o eleitor tende a não considerar
importante, eventuais escândalos de corrupção. Para
ele há outras coisas mais importantes: saúde
pública, segurança, custo de vida, risco do
desemprego, educação. Só depois disso tudo é que
vem a corrupção.
Fonte: Alberto Carlos Almeida - A
Cabeça do Eleitor
26. O eleitor quer
verdade!!!
O eleitor brasileiro está mais maduro, não
se importa com a vida pessoal dos políticos e
elegeria um candidato assumidamente gay,
caso fosse um administrador competente.
Profa. Eliana Araujo
O eleitor quer candidato em quem
possa confiar!!!
Fonte: Alberto Carlos Almeida - A cabeça
do Eleitor
27. Profa. Eliana Araujo
Hoje o eleitor/cidadão é
outro.
Você não está mais no comando.
O indivíduo está. Ou melhor, um
‘multivíduo’.
30. O Mundo da
Revolução Digital
(Perfil do internauta brasileiro /
Mídias digitais / Redes Sociais)
Profa. Eliana Araujo
31. O novo eleitor
16 anos de Internet no Brasil...
• Quem nasceu em 1995 tem 16 anos.
• Quem tinha 16 anos, tem agora 32
anos.
• Esse consumidor não conhece um
mundo sem internet, sem e-mail,
Profa. Eliana Araujo
sem messenger, sem orkut, sem
twitter, sem...
• Será que ele toma suas decisões
da mesma forma?
• Quanto estamos preparados para
32. Perfil do eleitorado brasileiro é
formado por mulheres entre 25 e 34 anos
Apenas quatro estados fogem dessa estatística, tendo a maioria dos
eleitores formada por homens: Mato Grosso, Pará, Roraima e
Rondônia.
Os números também mostram que houve uma queda no número de
eleitores com faixa etária entre 16 e 17 anos. Em 2006 eles somavam
2.566.391 e em 2010: 2.391.352
Profa. Eliana Araujo
A alteração na pirâmide etária brasileira com a diminuição do número
de jovens e o aumento da população de idade mais avançada tem
refletido no eleitorado brasileiro. As faixas etárias entre 45 e 59 anos e
60 e 69 anos demonstraram um aumento significativo, também
constatado entre os eleitores com idade superior a 79 anos.
33. Mídias Sociais – O case
Yes, you can
Fonte: http://www.flickr.com/photos/slightclutter/2281266036/
34. Fonte: Barack Obama: Case em mídias sociais, de Thiago Arantes da Riot.
http://www.slideshare.net/arantes/barack-obama-case-em-mdias-sociais-presentation
35. Conclusão
• A briga não é mais apenas pela audiência e sim
pela atenção.
• Os publicitários e “marqueteiros”, passaram os
últimos cem anos interrompendo pessoas.
• Até hoje, a propaganda tradicional nos meios de
comunicação de massa procura atrair a atenção
Profa. Eliana Araujo
de seus consumidores através da interrupção.
• A ordem atual é interação.
36. Os eleitores não odeiam intervalos
comerciais e horário político, na TV,
odeiam interrupções irrelevantes.
Profa. Eliana Araujo
A chave é emocionar .
38. Planejamento de Marketing –
Como desenvolver um Plano de
Marketing Político, na prática!
Profa. Eliana Araujo
Pós-graduação de Marketing Político - 2011
39. • Conjunto de atividades
que objetivam a análise, o
planejamento, a
Marketing
implementação e o controle
Ação no mercado de programas destinados a
OBTER E SERVIR A
DEMANDA POR
Profa. Eliana Araujo
PRODUTOS E SERVIÇOS,
de forma adequada,
atendendo desejos e
necessidades dos
consumidores e/ou
usuários com satisfação,
qualidade e
lucratividade.
40. Há duas correntes de
compreensão do que seja o
marketing político:
Para alguns, o marketing político
é o segmento específico dentro da
Marketing Político
comunicação mercadológica
busca da identidade voltada para o ambiente político.
Nesta corrente, o marketing
buscaria estreitar a relação de
Profa. Eliana Araujo
expectativa de um determinado
grupo de pessoas em relação às
questões que envolvem seu
cotidiano e a materialização da
mesma em um candidato a um
cargo público no período pós ou
pré eleitoral através de suas
propostas e projetos.
41. Para outros, o marketing político
não é somente um instrumento
Marketing Político
de comunicação nas campanhas.
busca da identidade É uma estratégia mais global, que
inclui - além da comunicação - a
pesquisa, o planejamento
Profa. Eliana Araujo
estratégico, o uso de especialistas
e a articulação de um conjunto de
decisões e ações necessárias para
a atuação política de modo geral,
além da eleitoral estrito senso.
42. O marketing político, portanto, é
um conjunto de técnicas
específicas
Marketing Político direcionadas aos anseios e
busca da identidade desejos dos eleitores alinhado
com o perfil do candidato, com o
objetivo de fazer o candidato o
Profa. Eliana Araujo
mais atrativo, no ponto de vista
do eleitor. O marketing político
tem sua importância atualmente
em qualquer campanha, seja ela
a nível proporcional ou
majoritário.
43. Antes da elaboração do
planejamento de campanha...
... existem inúmeras análises que o antecedem,
como:
saber se realmente os candidatos possuem um
potencial ou não para aquelas candidaturas e
Profa. Eliana Araujo
se as suas articulações no decorrer dos anos foram
consolidadas.
Antes da elaboração do
planejamento de campanha...
...deve-se estruturar uma equipe de
apoiadores capazes de organizarem
e liderarem as suas próprias pré-
campanhas até o dia da eleição.
45. O planejamento de uma campanha eleitoral é,
por excelência, um planejamento a médio prazo.
A partir de problemas a serem resolvidos são
feitos levantamentos e análises, elencando as
Profa. Eliana Araujo
necessidades para a implantação de uma
estratégia de ação.
46. Uma campanha bem planejada começa, no
mínimo, dois anos antes das eleições. Entretanto, é
necessário que a campanha tenha a capacidade de
se adaptar aos acontecimentos,
O planejamento tem que ser feito desde o momento
Profa. Eliana Araujo
em que o político vira candidato.
Tem que ser dinâmico, alterando-se de
acordo com as circunstâncias da eleição, com
a indicação dos adversários e com as
variações do momento político.
47. Existem candidatos que gastam até dez vezes
mais que alguns e não se elegem, mas por que há
outros que gastam dez vezes menos e conseguem
Profa. Eliana Araujo
suas vitórias?
48. Análise SWOT
Todo planejamento de marketing político precisa realizar
um diagnóstico preciso sobre o cenário da eleição, os
partidos e os candidatos.
Um dos componentes de grande valia nesta etapa do
Profa. Eliana Araujo
marketing é a análise SWOT - Strenghts (forças),
Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades)
e Threats (ameaças).
Periodicidade: 1 vez ao ano
Foco: acompanhar as mudanças ocorridas na
imagem do político ou no cenário social.
49. “Se conhecemos o inimigo (ambiente externo) e
a nós mesmos (ambiente interno), não
precisamos temer o resultado de uma centena de
combates. Se nos conhecemos, mas não ao
inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota.
Profa. Eliana Araujo
Se não nos conhecemos nem ao inimigo,
sucumbiremos em todas as batalhas.“
Zun Tsu, "A Arte da Guerra".
50. A grande virtude da análise SWOT é saber detectar as
principais características do político, que devem ser
minimizadas ou ressaltadas.
Se ele tem uma família problemática, é obvio que ela
não será apresentada no seu programa eleitoral. Mas,
Profa. Eliana Araujo
se o candidato possui uma família sólida, certamente
isso vai contar pontos para a sua imagem.
Outro exemplo: se o candidato possui o apoio de um
político muito rejeitado, não é seguro – nem
estratégico – divulgar durante a campanha a
existência deste apoio.
51. O importante é identificar os pontos fortes e fracos,
ressaltando o primeiro e minimizando o último.
Quando possível, transformar as fraquezas em
Profa. Eliana Araujo
virtudes.
Na política, quase tudo é possível.
52. O Programa (4 P´s)
O Candidato ( Produto – P1)
definir a filosofia política do candidato,
a escolha de temas específicos a serem tratados;
Profa. Eliana Araujo
definir suas posições a propósito dos temas,
além da formulação e da adoção de um estilo pessoal que
conserve e amplie suas qualidades.
53. O Candidato ( Produto – P1)
Atributos
• Estabeleça 3 características pelas quais você é conhecido;
• Benefícios reais e esperados
• Quais “promessas” você entrega?
• O que normalmente as pessoas esperam receber de você?
Profa. Eliana Araujo
• Embalagem
• O comportamento, a forma de se apresentar e se vestir sempre
abriram portas e influenciaram opiniões e decisões.
O mundo trata melhor quem se trata melhor.
54. O Programa (4 P´s)
Valor do programa (Preço – P2)
A determinação de preço consiste nos estudos que buscam
estabelecer a adequação das propostas do candidato e seus custos
sociais, considerando as propostas e custos apresentados pelos
adversários. O princípio seria o de que, quando vota, o eleitor faria um
cálculo similar ao que desenvolve para executar a compra de um
produto. Quando compra um produto, o consumidor avalia o preço que
Profa. Eliana Araujo
está pagando em relação ao retorno que aquele produto pode lhe dar.
O retorno que o eleitor espera ao dar seu voto à um candidato pode
ter muitas variáveis: o candidato pode ser útil para atender necessidades
objetivas, mas o seu valor pode ser também subjetivo.
Exige-se um estudo de cada situação para estabelecer os lemas, as
bandeiras, as proposições, enfim, os custos e benefícios da eleição do
candidato.
55. Valor do programa (Preço – P2)
Quanto a sua marca vale no mercado?
Descreva-se em uma frase com 15 palavras.
Profa. Eliana Araujo
Para um período de 1 ano, planeje duas
características,a acrescentar à sua imagem pública.
56. O Programa (4 P´s)
Agenda de campanha (Distribuição - P3)
Esse item está relacionado à logística da campanha, ou
seja, ao processo de distribuição e alcance de todo o material
de campanha. Esse material deve chegar aos eleitores
potenciais com menor custo possível;
A distribuição, no marketing político , consiste no conjunto
Profa. Eliana Araujo
de atividades e ações necessárias para fazer chegar o
candidato até o eleitor. Inclui-se aí o corpo à corpo, os roteiros
de visitas, as atividades desenvolvidas pelos apoiadores,
pelos cabos eleitorais , inclusive a boca de urna.
57. Agenda de campanha
(Distribuição - P3)
• O que você tem vendido a seu respeito?
• Você é acessível?
• As pessoas te localizam facilmente?
Profa. Eliana Araujo
• Você prioriza tarefas e compromissos?
• Como “ponto de venda”, o seu partido e sua
candidatura se portam de forma ética?
58. O Programa (4 P´s)
Plano de Comunicação (Propaganda/promoção - P4)
A comunicação deve chegar a todos os eleitores em potencial,
traçados no planejamento.
A propaganda, numa campanha política, consiste na propaganda
eleitoral, realizada nos por meio da rádio e tv, dos outdoors, dos
folders, malas diretas, cartazes , mobile, mídia digital, redes sociais,
Profa. Eliana Araujo
etc. É a parte mais visível de uma campanha e muitas vezes é
confundida como sendo todo o marketing político.
No marketing político, a promoção de vendas se traduz em
atividades da campanha como comícios, carreatas, reuniões,
jantares etc.
59. Plano de Comunicação
(Propaganda/promoção - P4)
• Faça uma avaliação da sua capacidade de
comunicação.
• O que você tem lido? Com que periodicidade?
Profa. Eliana Araujo
• Ordene, pelo grau de importância, 3 itens
de novos aprendizados que você
assimilou nos últimos 60 dias.
60. Posicionamento -
Como o eleitor enxerga o
candidato/partido
Afirmação de um posicionamento estratégico,
através da criação de itens de diferenciação
competitiva e de atributos únicos, que se cravam na
mente dos consumidores.
Profa. Eliana Araujo
No marketing político, o posicionamento estratégico
é definido por meio do diagnóstico das pesquisas, do
perfil do candidato e do segmento a ser atingido pelo
discurso na campanha.
61. Criação do Conceito –
posicionamento
• Posicionamento é a forma como as pessoas vêem
determinado assunto.
Ex.: O Omo lava + branco; O Puccinelli faz.
• Percebe-se que as duas colocações estão baseadas em
um conceito: limpeza e brancura; ação e resposta,
respectivamente.
Profa. Eliana Araujo
• Logo, na campanha, o posicionamento será o que o
eleitor deverá pensar para votar no candidato. Portanto
é a diferenciação. Ser honesto e pai de família só, já não
representa muita coisa, é preciso oferecer mais satisfação.
• O eleitor vota em quem estiver mais afinado com seus
interesses.
62. Criação do Conceito –
posicionamento
Deve-se levar em conta alguns enfoques para
definição do posicionamento:
• O candidato: Bruno é o candidato mais experiente,
Maria Aparecida é a mais bem preparada.
• O partido/administração: Pedro vai continuar o
nosso trabalho, Paulo é a melhor mudança.
Profa. Eliana Araujo
• Vínculo com a comunidade/categoria: Fulano é
a voz do empresariado.
• Na prática, é identificar palavras-chave que definam
a identidade do candidato e, ao mesmo tempo
sejam desejados pelo eleitor.
63. Exemplos de conceitos:
Inovação Tempo Ação
Respeito Responsabilidade Rapidez
Coragem Disposição Mudança
Profa. Eliana Araujo
Continuidade Fé Experiência
Inteligência Vivacidade Sabedoria
64. Posicionamento
A identificação do seu público-alvo (eleitor) permite
que o candidato seja capaz de realizar um importante
passo do Plano de Campanha: decidir como irá
posicionar-se em relação aos seus adversários e
atender as expectativas de seus eleitores.
Profa. Eliana Araujo
65. Definição da marca pessoal
O que vincula um eleitor a um candidato é a imagem
deste último.
Esta imagem, mesmo quando já existente, pode ser
planejada e trabalhada. Por outro lado, é preciso ficar atento
a como o eleitor está percebendo esta mensagem. Isto
Profa. Eliana Araujo
precisa ser sistematicamente conferido.
A imagem planejada de um candidato deve conceituar
adequadamente sua maneira de se vestir, suas maneiras,
suas declarações e o conjunto das suas ações. O objetivo é
que o candidato tenha uma aparência e um comportamento
que correspondam à percepção e aos desejos do eleitor.
66. Considerações Finais
Ter profissionais que entendam de política,
trabalhando numa sinergia, é um grande diferencial
entre os concorrentes, porque não são todos que
fazem isso.
Em uma campanha de vereador num município
Profa. Eliana Araujo
pequeno, por exemplo, são comuns os favores de
amigos e até os candidatos contam com seus
parentes e amigos para os auxiliarem.
Desse modo, os investimentos podem alcançar
patamares baixíssimos e os efeitos disso serem
surpreendentes.
67. Dicas e erros a serem evitados
Desconhecer a política do Partido e a opinião de suas
principais lideranças.
Desconhecer os problemas e as lideranças da
comunidade.
Ser arrogante, achando que sabe tudo.
Profa. Eliana Araujo
Não prometer ou prometer muito além do possível e
do crível.
Não ter propostas claras e viáveis.
Tentar enganar os eleitores com opiniões insinceras.
Mentir sobre o passado;
68. Dicas e erros a serem evitados
Subestimar a inteligência do eleitor.
Hostilizar a imprensa.
Mudar ou descuidar da aparência pessoal durante
a campanha.
Fazer declarações infelizes.
Profa. Eliana Araujo
Dar importância a boatos e provocações tornando-
os pauta política.
69. Dicas e erros a serem evitados
• Exibir preconceitos de qualquer ordem.
• Ter imagem ruim na comunidade.
• Esquecer de agradecer os apoios recebidos.
Profa. Eliana Araujo
• Admitir brigas na equipe e que esta seja
subserviente e desmotivada