SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  17
Apresenta
RAYMOND WILLIAMS:
PENSADOR DA CULTURA
Nascido em 1921, no vilarejo de Pandy, no País de Gales,
neto de agricultores e filho de um trabalhador ferroviário
-chefe local do Partido Trabalhista-, Williams cresceu
numa família socialista e teve sua infância ligada ao
movimento dos trabalhadores desde muito cedo.
A militância política de Williams, como já dito, começou cedo.
Aos 14 anos lutava contra o apartheid e questionava
candidatos em praça pública. Aos 18 foi para Cambridge cursar
Letras, dedicando-se também à militância estudantil. Torna-se
membro do Partido Comunista que o incumbe de escrever
panfletos e artigos políticos.

Em 1940, alista-se no Exército Britânico e quando retorna da
guerra (2 guerra mundial) Williams sente que não mais falava
a mesma língua dos colegas do mundo acadêmico ...
Sem dúvida, como ambos dizíamos, haviam passado somente
quatro ou cinco anos. Realmente podia ter mudado tanto? Ao
buscarmos exemplos, comprovamos que em política e em
religião algumas atitudes gerais haviam se modificado, e
estávamos de acordo de que se tratavam de mudanças
importantes. Mas eu constatei que uma única palavra me
preocupava, cultura, que parecia escutar-se com muito mais
frequência: não só, naturalmente, em comparação com as
conversas em um regimento de artilharia ou em minha própria
família, senão em um cotejo direto com o ambiente
universitário de poucos anos atrás. (WILLIAMS apud, TAVARES,
2008, p. 7)
Antes da Guerra a palavra cultura era utilizada em dois sentidos
principais:

Um deles típico dos “salões de chá” e que parecia significar uma
espécie de superioridade social, não pelas idéias ou educação
escolar e nem pelo dinheiro ou posição, mas pelo
comportamento, pelo gosto refinado, algo como que uma
permanência da sociedade de corte.

 O outro sentido seria aquele relacionado ao que chamamos
cultura artística, ou seja, o conhecimento de
poemas, romances, cinema, artes plásticas, teatro, etc.
Ao voltar da guerra, o que Williams escutava eram dois
sentidos diferentes: nos estudos literários o uso da
palavra indicava “alguma formação fundamental de
valores” (Williams, apud TAVARES, 2008, p.8); nas
discussões mais gerais, um uso muito parecido com o da
palavra sociedade, cultura como um modo de vida
particular como em cultura inglesa, cultura chinesa.
A preocupação com a mudança de sentido do termo
cultura e a investigação subsequente (ligadas aos anos de
educação de adultos) deram origem ao livro Cultura e
Sociedade, concluído em 1956 e publicado em 1958 e que,
em síntese, realiza uma profunda reflexão sobre uma
determinada tradição: a dos debates sobre as relações
entre a cultura e a sociedade.
Após a Segunda Guerra Mundial, numa Inglaterra que se
reorganizava, a cultura vista como posse de um grupo seleto
começa a ser questionada por jovens intelectuais que se
estabeleciam nas instituições de nível superior.

Entre estes intelectuais oriundos de diferentes correntes de
esquerda, havia um grupo que pertencia ao Partido Comunista
da Grã-Bretanha, um grupo que era contra as atrocidades de
Stalin, formando, assim, um movimento de esquerda que
pensava sobre as novas bases para a transformação social.
Este movimento posicionou-se ao mesmo tempo
contra o que considerava o elitismo e o
conservadorismo da direita britânica, e o dogmatismo
e o reducionismo da esquerda stalinista. Posicionar-se
contra o elitismo e o conservadorismo da direita era,
também, posicionar-se contra os estudos tradicionais
de literatura inglesa.
Uma das principais críticas que esse grupo de intelectuais
de esquerda fazia em relação à visão tradicional de
cultura era que, centrada na educação ou nas artes,
reproduzia a desigualdade social mesmo se colocando
como “herança da humanidade”.
.
Um dos principais veículos de divulgação dos ideias da
nova esquerda passou a ser, em 1960, a New Left Review
cujas publicações buscavam reformular o conceito de
cultura sem, no entanto, abandonar os princípios de Marx.
O objetivo central era analisar o pensamento teórico
marxista, tentando rever a questão do reducionismo
econômico, de forma a incluir nesse pensamento a
preocupação com a questão da cultura.
O. primeiro projeto de intervenção cultural de Raymond
Williams foi a revista Politics and Letters fundada por Williams e
dois colegas de Cambridge, em 1947, que acabou em 1948,
com apenas quatro edições. O fim da revista marcou um
momento de crise na vida de Williams que afasta-se da ação
coletiva e se dedica ao ensino de adultos, na Worker s
Educational Association (WEA).

Em oposição à proposta pedagógica dos intelectuais ligados à
revista Scrutiny ou aos Fabianos a WEA defendia uma
educação pública e igualitária que partisse de uma cultura em
comum.
A finalidade primeira da WEA era, em suma, oferecer acesso
ao ensino superior àqueles que foram impedidos de tê-lo por
circunstâncias materiais e a oportunidade conjunta de
aprender e de trazer suas experiências para o ambiente da sala
de aula.

Esse tipo de atividade impunha a superação do dilema da
educação tanto como um mecanismo de imposição de valores
da classe dominante como um modo de superar esses valores.
Para alcançar esses objetivos era preciso mudar o que era
ensinado. Era necessário discutir temas que tivessem relação
com a vida dos alunos e, muitas vezes, abandonar as
disciplinas do currículo escolar.

A experiência de Williams e dos seus colegas mais próximos
com a educação de adultos na WEA teve como um dos
desdobramentos a criação dos chamados Estudos Culturais.
Raymond Williams foi um escritor que transitou entre a crítica
literária e dramática, o ensaio teórico, a análise sociológica, a
militância e a ficção. Cultura e Sociedade (1958) e The Long
Revolution (1961) estabeleceram-no como um dos mais
famosos pensadores da cultura e da sociedade. Towards 2000
(1983) estendeu sua análise do mundo britânico para uma
dimensão internacional. Uma série de estudos, desde Drama
from Ibsen to Eliot, de 1952, até The Politics of Modernism:
Against the New Conformists, de 1989, consagraram-no como
crítico cultural e literário.
REFERÊNCIAS:
TAVARES, Hugo Moura. Raymond Williams: pensador da
cultura. Revista Ágora, Vitória, n8, 2008, p. 1-27.



LÂMINAS:
Grupo de Estudos da Cultura. UNIRITTER - Porto Alegre

Contenu connexe

Tendances (20)

Os modos de produção
Os modos de produçãoOs modos de produção
Os modos de produção
 
Comunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadaniaComunidade sociedade e cidadania
Comunidade sociedade e cidadania
 
Capítulo 6 - Pensando a Sociedade
Capítulo 6 - Pensando a SociedadeCapítulo 6 - Pensando a Sociedade
Capítulo 6 - Pensando a Sociedade
 
Mapa conceitual - trabalho
Mapa conceitual  - trabalhoMapa conceitual  - trabalho
Mapa conceitual - trabalho
 
Estado- A instituição que detém o poder politico
Estado- A instituição que detém o poder politicoEstado- A instituição que detém o poder politico
Estado- A instituição que detém o poder politico
 
Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
Arte e cultura
Arte e cultura Arte e cultura
Arte e cultura
 
História 9º ano slide Guerra Fria
História   9º ano slide Guerra FriaHistória   9º ano slide Guerra Fria
História 9º ano slide Guerra Fria
 
Questões de sociologia
Questões de sociologiaQuestões de sociologia
Questões de sociologia
 
Aula de filosofia
Aula de filosofia Aula de filosofia
Aula de filosofia
 
Cultura e vida social
Cultura e vida socialCultura e vida social
Cultura e vida social
 
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA FRIA
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA FRIACAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA FRIA
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA FRIA
 
A República Velha (1889-1930)
A República Velha (1889-1930)A República Velha (1889-1930)
A República Velha (1889-1930)
 
Dança
DançaDança
Dança
 
O brasil na primeira republica
O brasil na primeira republicaO brasil na primeira republica
O brasil na primeira republica
 
Ditadura militar
Ditadura militarDitadura militar
Ditadura militar
 
História do ceará
História do cearáHistória do ceará
História do ceará
 
Revoltas na República Velha
Revoltas na República VelhaRevoltas na República Velha
Revoltas na República Velha
 
Vanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slidesVanguardas europeias slides
Vanguardas europeias slides
 
Sociologia e meio ambiente
Sociologia e meio ambienteSociologia e meio ambiente
Sociologia e meio ambiente
 

En vedette

Analysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond WilliamsAnalysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond Williamskubrasivisoglu
 
The Analysis of Culture
The Analysis of CultureThe Analysis of Culture
The Analysis of Culturepamukluprenses
 
Culture and Cultural Studies (Introduction)
Culture and Cultural Studies (Introduction)Culture and Cultural Studies (Introduction)
Culture and Cultural Studies (Introduction)Sabilul Maarifah
 
Cultural Studies
Cultural StudiesCultural Studies
Cultural StudiesArun Jacob
 
Cultural Studies
Cultural StudiesCultural Studies
Cultural Studiesvanitawagh
 
Analysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond WilliamsAnalysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond Williamskubrasivisoglu
 
Technological Determinism
Technological DeterminismTechnological Determinism
Technological Determinism_
 
Raymond Williams
Raymond WilliamsRaymond Williams
Raymond WilliamsAFMO35
 
Sacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temosSacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temosmarcaocampos
 
Cultural studies 2 cs
Cultural studies 2 csCultural studies 2 cs
Cultural studies 2 csAbdul ghafoor
 
Cultural Studies Part 2 TIME
Cultural Studies Part 2 TIMECultural Studies Part 2 TIME
Cultural Studies Part 2 TIMEmsmashaelaltamami
 
Empresas socias expoflores 29-02-16
Empresas socias expoflores 29-02-16Empresas socias expoflores 29-02-16
Empresas socias expoflores 29-02-16Nicole Reyes
 
Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.
Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.
Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.Sagar Ladhva
 
Technological determinism theory powerpoint
Technological determinism theory powerpointTechnological determinism theory powerpoint
Technological determinism theory powerpointElaine Humpleby
 
Cross Cultural Analysis- Canada
Cross Cultural Analysis- CanadaCross Cultural Analysis- Canada
Cross Cultural Analysis- CanadaMeghna Verma
 

En vedette (20)

Analysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond WilliamsAnalysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond Williams
 
The Analysis of Culture
The Analysis of CultureThe Analysis of Culture
The Analysis of Culture
 
Culture and Cultural Studies (Introduction)
Culture and Cultural Studies (Introduction)Culture and Cultural Studies (Introduction)
Culture and Cultural Studies (Introduction)
 
Cultural studies
Cultural studiesCultural studies
Cultural studies
 
Cultural Studies
Cultural StudiesCultural Studies
Cultural Studies
 
Cultural Studies
Cultural StudiesCultural Studies
Cultural Studies
 
Analysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond WilliamsAnalysis of culture - Raymond Williams
Analysis of culture - Raymond Williams
 
Types of cultural studies
Types of cultural studiesTypes of cultural studies
Types of cultural studies
 
Technological Determinism
Technological DeterminismTechnological Determinism
Technological Determinism
 
Raymond Williams
Raymond WilliamsRaymond Williams
Raymond Williams
 
cultural analysis
cultural analysiscultural analysis
cultural analysis
 
Sacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temosSacristan, jose g., a educacao que temos
Sacristan, jose g., a educacao que temos
 
Cultural studies 2 cs
Cultural studies 2 csCultural studies 2 cs
Cultural studies 2 cs
 
Cultural Studies
Cultural StudiesCultural Studies
Cultural Studies
 
Cultural Studies Part 2 TIME
Cultural Studies Part 2 TIMECultural Studies Part 2 TIME
Cultural Studies Part 2 TIME
 
Mevlana Presentation
Mevlana PresentationMevlana Presentation
Mevlana Presentation
 
Empresas socias expoflores 29-02-16
Empresas socias expoflores 29-02-16Empresas socias expoflores 29-02-16
Empresas socias expoflores 29-02-16
 
Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.
Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.
Media Culture - as an effective tool in Cultural Studies.
 
Technological determinism theory powerpoint
Technological determinism theory powerpointTechnological determinism theory powerpoint
Technological determinism theory powerpoint
 
Cross Cultural Analysis- Canada
Cross Cultural Analysis- CanadaCross Cultural Analysis- Canada
Cross Cultural Analysis- Canada
 

Similaire à Raymond williams

Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Leandro Lopes
 
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...+ Aloisio Magalhães
 
Teoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VTeoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VHarutchy
 
A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)homago
 
Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.
Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.
Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.IFPE - Campus Garanhuns
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Teocom 17marçO10 Cultural Studies
Teocom 17marçO10 Cultural StudiesTeocom 17marçO10 Cultural Studies
Teocom 17marçO10 Cultural StudiesOmec
 
Ficha de leitura as vanguardas
Ficha de leitura   as vanguardasFicha de leitura   as vanguardas
Ficha de leitura as vanguardasJoao Papelo
 
Voltaire e o Iluminismo Francês
Voltaire e o Iluminismo FrancêsVoltaire e o Iluminismo Francês
Voltaire e o Iluminismo FrancêsMariana Aupt
 
Euforia das Invenções
Euforia das InvençõesEuforia das Invenções
Euforia das InvençõesMichele Pó
 
Semana de 22 modernistas
Semana de 22   modernistasSemana de 22   modernistas
Semana de 22 modernistasCarlos Zaranza
 
A filosofia de karl marx
A filosofia de karl marxA filosofia de karl marx
A filosofia de karl marxVictor Said
 
Pré-modernismo
Pré-modernismoPré-modernismo
Pré-modernismoJosé Levy
 

Similaire à Raymond williams (20)

Estudos Culturais
Estudos CulturaisEstudos Culturais
Estudos Culturais
 
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
 
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
Mulheres revistas: educação, sociabilidade e cidadania na revista A Cigarra (...
 
Teoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VTeoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade V
 
A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)A sociologia no brasil(1)
A sociologia no brasil(1)
 
Texto 2 larissa
Texto 2 larissaTexto 2 larissa
Texto 2 larissa
 
Capítulo 4 - Antropologia Brasileira
Capítulo 4 - Antropologia BrasileiraCapítulo 4 - Antropologia Brasileira
Capítulo 4 - Antropologia Brasileira
 
Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.
Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.
Bosi, alfredo. formações ideológicas na cultura brasileira.
 
MILLS ARTESANATO INTELECTUAL.pdf
MILLS ARTESANATO INTELECTUAL.pdfMILLS ARTESANATO INTELECTUAL.pdf
MILLS ARTESANATO INTELECTUAL.pdf
 
Escola de chicago
Escola de chicagoEscola de chicago
Escola de chicago
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Teocom 17marçO10 Cultural Studies
Teocom 17marçO10 Cultural StudiesTeocom 17marçO10 Cultural Studies
Teocom 17marçO10 Cultural Studies
 
Ficha de leitura as vanguardas
Ficha de leitura   as vanguardasFicha de leitura   as vanguardas
Ficha de leitura as vanguardas
 
Voltaire e o Iluminismo Francês
Voltaire e o Iluminismo FrancêsVoltaire e o Iluminismo Francês
Voltaire e o Iluminismo Francês
 
Prémoderismo
PrémoderismoPrémoderismo
Prémoderismo
 
Euforia das Invenções
Euforia das InvençõesEuforia das Invenções
Euforia das Invenções
 
Capítulo 2 - Padrões, Normas e Culturas
Capítulo 2 - Padrões, Normas e CulturasCapítulo 2 - Padrões, Normas e Culturas
Capítulo 2 - Padrões, Normas e Culturas
 
Semana de 22 modernistas
Semana de 22   modernistasSemana de 22   modernistas
Semana de 22 modernistas
 
A filosofia de karl marx
A filosofia de karl marxA filosofia de karl marx
A filosofia de karl marx
 
Pré-modernismo
Pré-modernismoPré-modernismo
Pré-modernismo
 

Plus de AFMO35

Fatores de textualidade
Fatores de textualidadeFatores de textualidade
Fatores de textualidadeAFMO35
 
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)
Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)AFMO35
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguísticaAFMO35
 
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)
Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)AFMO35
 
Defesa
DefesaDefesa
DefesaAFMO35
 
Gec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da CulturaGec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da CulturaAFMO35
 
Gec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da CulturaGec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da CulturaAFMO35
 
Projeto de Mestrado
Projeto de MestradoProjeto de Mestrado
Projeto de MestradoAFMO35
 
a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"
a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"
a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"AFMO35
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIIInclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIIAFMO35
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIIInclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIIAFMO35
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula II
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIInclusão Digital: TICs em sala de aula II
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIAFMO35
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aulaInclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aulaAFMO35
 
A linguística aplicada na era da globalização
A linguística aplicada na era da globalizaçãoA linguística aplicada na era da globalização
A linguística aplicada na era da globalizaçãoAFMO35
 
Os Gêneros e a ciência dialógica do texto
Os Gêneros e a ciência dialógica do textoOs Gêneros e a ciência dialógica do texto
Os Gêneros e a ciência dialógica do textoAFMO35
 
Os gêneros e a ciência dialógica do texto ii
Os gêneros e a ciência dialógica do texto iiOs gêneros e a ciência dialógica do texto ii
Os gêneros e a ciência dialógica do texto iiAFMO35
 
Os gêneros e a ciência dialógica do texto i
Os gêneros e a ciência dialógica do texto iOs gêneros e a ciência dialógica do texto i
Os gêneros e a ciência dialógica do texto iAFMO35
 
Noção de Contexto
Noção de ContextoNoção de Contexto
Noção de ContextoAFMO35
 
Ricardo Silvestrin
Ricardo SilvestrinRicardo Silvestrin
Ricardo SilvestrinAFMO35
 
A Linguagem das Placas
A Linguagem das PlacasA Linguagem das Placas
A Linguagem das PlacasAFMO35
 

Plus de AFMO35 (20)

Fatores de textualidade
Fatores de textualidadeFatores de textualidade
Fatores de textualidade
 
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)
Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)
 
Variação linguística
Variação linguísticaVariação linguística
Variação linguística
 
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)
Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)Aula produção textual   dissertativo argumentativo  (1)
Aula produção textual dissertativo argumentativo (1)
 
Defesa
DefesaDefesa
Defesa
 
Gec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da CulturaGec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da Cultura
 
Gec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da CulturaGec Grupo de Estudos da Cultura
Gec Grupo de Estudos da Cultura
 
Projeto de Mestrado
Projeto de MestradoProjeto de Mestrado
Projeto de Mestrado
 
a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"
a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"
a literatura como precursora dos novos "modos de escrever e de ler"
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIIInclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula III
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIIInclusão Digital: TICs em sala de aula III
Inclusão Digital: TICs em sala de aula III
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula II
Inclusão Digital: TICs em sala de aula IIInclusão Digital: TICs em sala de aula II
Inclusão Digital: TICs em sala de aula II
 
Inclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aulaInclusão Digital: TICs em sala de aula
Inclusão Digital: TICs em sala de aula
 
A linguística aplicada na era da globalização
A linguística aplicada na era da globalizaçãoA linguística aplicada na era da globalização
A linguística aplicada na era da globalização
 
Os Gêneros e a ciência dialógica do texto
Os Gêneros e a ciência dialógica do textoOs Gêneros e a ciência dialógica do texto
Os Gêneros e a ciência dialógica do texto
 
Os gêneros e a ciência dialógica do texto ii
Os gêneros e a ciência dialógica do texto iiOs gêneros e a ciência dialógica do texto ii
Os gêneros e a ciência dialógica do texto ii
 
Os gêneros e a ciência dialógica do texto i
Os gêneros e a ciência dialógica do texto iOs gêneros e a ciência dialógica do texto i
Os gêneros e a ciência dialógica do texto i
 
Noção de Contexto
Noção de ContextoNoção de Contexto
Noção de Contexto
 
Ricardo Silvestrin
Ricardo SilvestrinRicardo Silvestrin
Ricardo Silvestrin
 
A Linguagem das Placas
A Linguagem das PlacasA Linguagem das Placas
A Linguagem das Placas
 

Dernier

Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptjricardo76
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRafaelaMartins72608
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxMarcosLemes28
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docPauloHenriqueGarciaM
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVlenapinto
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...PatriciaCaetano18
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdfjacquescardosodias
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxLuciana Luciana
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Cabiamar
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxJustinoTeixeira1
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticash5kpmr7w7
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfKarinaSouzaCorreiaAl
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPaulaYaraDaasPedro
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...andreiavys
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralAntonioVieira539017
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeitotatianehilda
 

Dernier (20)

Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDFRenascimento Cultural na Idade Moderna PDF
Renascimento Cultural na Idade Moderna PDF
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptxCartão de crédito e fatura do cartão.pptx
Cartão de crédito e fatura do cartão.pptx
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.docGUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
GUIA DE APRENDIZAGEM 2024 9º A - História 1 BI.doc
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XVExpansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
Expansão Marítima- Descobrimentos Portugueses século XV
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptxclasse gramatical Substantivo apresentação..pptx
classe gramatical Substantivo apresentação..pptx
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptxM0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
M0 Atendimento – Definição, Importância .pptx
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptxPlano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
Plano de aula Nova Escola períodos simples e composto parte 1.pptx
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geralQUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
QUIZ ensino fundamental 8º ano revisão geral
 
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
8 Aula de predicado verbal e nominal - Predicativo do sujeito
 

Raymond williams

  • 3. Nascido em 1921, no vilarejo de Pandy, no País de Gales, neto de agricultores e filho de um trabalhador ferroviário -chefe local do Partido Trabalhista-, Williams cresceu numa família socialista e teve sua infância ligada ao movimento dos trabalhadores desde muito cedo.
  • 4. A militância política de Williams, como já dito, começou cedo. Aos 14 anos lutava contra o apartheid e questionava candidatos em praça pública. Aos 18 foi para Cambridge cursar Letras, dedicando-se também à militância estudantil. Torna-se membro do Partido Comunista que o incumbe de escrever panfletos e artigos políticos. Em 1940, alista-se no Exército Britânico e quando retorna da guerra (2 guerra mundial) Williams sente que não mais falava a mesma língua dos colegas do mundo acadêmico ...
  • 5. Sem dúvida, como ambos dizíamos, haviam passado somente quatro ou cinco anos. Realmente podia ter mudado tanto? Ao buscarmos exemplos, comprovamos que em política e em religião algumas atitudes gerais haviam se modificado, e estávamos de acordo de que se tratavam de mudanças importantes. Mas eu constatei que uma única palavra me preocupava, cultura, que parecia escutar-se com muito mais frequência: não só, naturalmente, em comparação com as conversas em um regimento de artilharia ou em minha própria família, senão em um cotejo direto com o ambiente universitário de poucos anos atrás. (WILLIAMS apud, TAVARES, 2008, p. 7)
  • 6. Antes da Guerra a palavra cultura era utilizada em dois sentidos principais: Um deles típico dos “salões de chá” e que parecia significar uma espécie de superioridade social, não pelas idéias ou educação escolar e nem pelo dinheiro ou posição, mas pelo comportamento, pelo gosto refinado, algo como que uma permanência da sociedade de corte. O outro sentido seria aquele relacionado ao que chamamos cultura artística, ou seja, o conhecimento de poemas, romances, cinema, artes plásticas, teatro, etc.
  • 7. Ao voltar da guerra, o que Williams escutava eram dois sentidos diferentes: nos estudos literários o uso da palavra indicava “alguma formação fundamental de valores” (Williams, apud TAVARES, 2008, p.8); nas discussões mais gerais, um uso muito parecido com o da palavra sociedade, cultura como um modo de vida particular como em cultura inglesa, cultura chinesa.
  • 8. A preocupação com a mudança de sentido do termo cultura e a investigação subsequente (ligadas aos anos de educação de adultos) deram origem ao livro Cultura e Sociedade, concluído em 1956 e publicado em 1958 e que, em síntese, realiza uma profunda reflexão sobre uma determinada tradição: a dos debates sobre as relações entre a cultura e a sociedade.
  • 9. Após a Segunda Guerra Mundial, numa Inglaterra que se reorganizava, a cultura vista como posse de um grupo seleto começa a ser questionada por jovens intelectuais que se estabeleciam nas instituições de nível superior. Entre estes intelectuais oriundos de diferentes correntes de esquerda, havia um grupo que pertencia ao Partido Comunista da Grã-Bretanha, um grupo que era contra as atrocidades de Stalin, formando, assim, um movimento de esquerda que pensava sobre as novas bases para a transformação social.
  • 10. Este movimento posicionou-se ao mesmo tempo contra o que considerava o elitismo e o conservadorismo da direita britânica, e o dogmatismo e o reducionismo da esquerda stalinista. Posicionar-se contra o elitismo e o conservadorismo da direita era, também, posicionar-se contra os estudos tradicionais de literatura inglesa.
  • 11. Uma das principais críticas que esse grupo de intelectuais de esquerda fazia em relação à visão tradicional de cultura era que, centrada na educação ou nas artes, reproduzia a desigualdade social mesmo se colocando como “herança da humanidade”.
  • 12. . Um dos principais veículos de divulgação dos ideias da nova esquerda passou a ser, em 1960, a New Left Review cujas publicações buscavam reformular o conceito de cultura sem, no entanto, abandonar os princípios de Marx. O objetivo central era analisar o pensamento teórico marxista, tentando rever a questão do reducionismo econômico, de forma a incluir nesse pensamento a preocupação com a questão da cultura.
  • 13. O. primeiro projeto de intervenção cultural de Raymond Williams foi a revista Politics and Letters fundada por Williams e dois colegas de Cambridge, em 1947, que acabou em 1948, com apenas quatro edições. O fim da revista marcou um momento de crise na vida de Williams que afasta-se da ação coletiva e se dedica ao ensino de adultos, na Worker s Educational Association (WEA). Em oposição à proposta pedagógica dos intelectuais ligados à revista Scrutiny ou aos Fabianos a WEA defendia uma educação pública e igualitária que partisse de uma cultura em comum.
  • 14. A finalidade primeira da WEA era, em suma, oferecer acesso ao ensino superior àqueles que foram impedidos de tê-lo por circunstâncias materiais e a oportunidade conjunta de aprender e de trazer suas experiências para o ambiente da sala de aula. Esse tipo de atividade impunha a superação do dilema da educação tanto como um mecanismo de imposição de valores da classe dominante como um modo de superar esses valores.
  • 15. Para alcançar esses objetivos era preciso mudar o que era ensinado. Era necessário discutir temas que tivessem relação com a vida dos alunos e, muitas vezes, abandonar as disciplinas do currículo escolar. A experiência de Williams e dos seus colegas mais próximos com a educação de adultos na WEA teve como um dos desdobramentos a criação dos chamados Estudos Culturais.
  • 16. Raymond Williams foi um escritor que transitou entre a crítica literária e dramática, o ensaio teórico, a análise sociológica, a militância e a ficção. Cultura e Sociedade (1958) e The Long Revolution (1961) estabeleceram-no como um dos mais famosos pensadores da cultura e da sociedade. Towards 2000 (1983) estendeu sua análise do mundo britânico para uma dimensão internacional. Uma série de estudos, desde Drama from Ibsen to Eliot, de 1952, até The Politics of Modernism: Against the New Conformists, de 1989, consagraram-no como crítico cultural e literário.
  • 17. REFERÊNCIAS: TAVARES, Hugo Moura. Raymond Williams: pensador da cultura. Revista Ágora, Vitória, n8, 2008, p. 1-27. LÂMINAS: Grupo de Estudos da Cultura. UNIRITTER - Porto Alegre