1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS – CERRO LARGO
TRABALHO
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
NOME: MAIARA HELENA MELO MELINOWSKI
CURSO: QUÍMICA
FASE: 3ª
CERRO LARGO, 22 DE MAIO DE 2013
2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA: REFLEXÕES EM SALA DE AULA
A inclusão tem sido, há muito tempo, a razão de muitas discussões.
Tanto se fala em inclusões, mas pouco se faz para incluir as pessoas
“excluídas” a sociedade, e quando isso é feito, é de maneira incorreta, mais
como forma de amenizar os desequilíbrios do que incluir as pessoas ao espaço
social, o que de uma forma ou de outra, não deixa de ser uma forma de
exclusão.
Todos sempre ouviram a repetida afirmação da educação ser o caminho
para superar as desigualdades, para a qualificação e para promover o
desenvolvimento. Mas apesar de todas essas afirmações nosso sistema de
ensino continua com sérios problemas. O acesso de pessoas portadoras de
deficiência nas escolas ainda é pouco, ou praticamente nulo, pela falta de
recursos que estas escolas apresentam. Assim comprovam que ainda a muito
a se fazer, no que diz respeito à inclusão e garantia de ensino a essas
pessoas.
De acordo com a lei, todos os alunos com deficiência estão aptos a
frequentar a escola, ou seja, todos tem esse direito. Mas as discussões estão
sobre a formação dos professores, sobre o atendimento oferecido por esses
professores serem ou não adequado para promoverem o desenvolvimento
desse aluno portador de alguma deficiência. O professor além de tudo deve
trabalhar as dificuldades dos alunos em sala de aula para que eles possam de
fato aprender e compreender o que está sendo aplicado. Não basta o professor
passar a informação, mas ajudar o aluno a construir e reconstruir o seu
conhecimento, provocando-o e induzindo-o a pensar.
Há aqueles que defendem a tese de que, em escolas especiais o aluno
portador de deficiência, possa desenvolver melhor seu aprendizado, mas
também há os que acreditam que esses alunos não devem deixar de
frequentar as escolas normais, pois assim sendo, seria uma forma de exclusão
desses alunos a comunidade. Afinal, levando em conta o nível de aprendizado
de cada estudante considerado “normal”, somos obrigados a reconhecer que
ninguém aprende de forma igual, ou seja, por mais que o professor esteja
passando o conteúdo para uma turma de alunos, cada um tem seu nível de
aprendizado, nenhum aprenderá igual ao outro.
Entretanto, a escola classifica os alunos de acordo com níveis de
conhecimento, ou seja, de acordo com o que assimilam dos conteúdos
passados em sala de aula, caracterizando assim em um ensino igualitário em
que todos devem aprender de forma igual, sem pensar no grau de
aprendizagem de cada um, pois cada pessoa tem seu tempo e maneiras
diferentes de aprender.
3. A educação escolar é baseada no método tradicional de ensino, em que
a maneira de ensinar, é apenas a transmissão do conteúdo baseado na
didática da escola, não havendo muita exploração dos alunos a construírem
seu próprio conhecimento. Mas hoje esses conceitos são revistos.
A escola deve inovar seus métodos de ensino, e é ai que entra a
questão da inclusão escolar.
Trabalhar a inclusão na escola, não é apenas deixar acessível o aluno
ao ambiente escolar, deve-se também rever os conceitos das escolas na
questão disciplinar. Os professores devem saber trabalhar com o aluno
portador de alguma deficiência e explorar a capacidade e o talento dele por
algo que lhe traga satisfação, saindo do método tradicional de ensino.
Mas o problema da educação inclusiva não está apenas nas escolas
mas também na sociedade, que de alguma maneira exerce preconceito e
exclusão dessas pessoas independente do tipo de deficiência. Um exemplo, já
está na maneira de pensar. Quando pensamos que em uma escola especial os
alunos com algum tipo de deficiência estão melhor adaptados, será que
estamos pensando no melhor para eles mesmo? Mas e a inclusão aonde é que
fica? Será que isso também não é uma maneira de preconceito com essas
pessoas? E os direitos dessas pessoas? Será que esta é a melhor maneira de
educar? Questões como estas é que devem ser revistas.
O fato é que sempre houve, e sempre haverá de uma forma ou de outra
a discriminação com estas pessoas tanto em escolas tanto na sociedade, que
muitas vezes acham melhor não enxergar, para assim não resolver o problema.
Outro exemplo que presenciamos é os acessos para cadeirantes nos ônibus,
que muitas vezes não está em bom funcionamento, ou em algumas escolas,
onde possui o acesso a entrada para cadeirantes, mas não possui rampa para
as entradas em sala de aula nos andares superiores. Talvez ai entre em fato, a
falta de real compromisso com a melhoria das condições de vida dessas
pessoas.
Mas devemos pensar que, somos seres iguais perante a lei e, portanto,
temos os mesmos direitos, e devemos lutar por eles, o que nos difere é que
somos diferentes apenas como seres, o que não deve ser motivos para
preconceitos, afinal ser diferente é o que é normal.
Somente com determinação e ação que as autoridades podem fazer a
inclusão chegar com qualidade nas escolas e no ambiente social, construindo
assim, direitos igualitários para a humanidade, e uma nação que todos
desejamos.