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Poemas eternizados por Autores
                           Maranhenses.

                              “deixa que a dor se exerça agora
                                       sem mentiras
                                      nem desculpas
                                            e em tua carne vaporize
                                                  toda ilusão ”



"Não chores, meu filho”

                              “...Mas eu quero e é necessário
                          que me sofra e me solidifique em poeta”



                                                         “E em torno os olhos úmidos, tristonhos,
                                                                Espraia, e chora, como Jeremias...
Ferreira Gullar

                  Aprendizado

     Do mesmo modo que te abriste à alegria
            abre-te agora ao sofrimento
                  que é fruto dela
               e seu avesso ardente.
                Do mesmo modo
                  que da alegria foste
                               ao fundo
                   e te perdeste nela
                             e te achaste
                             nessa perda
         deixa que a dor se exerça agora
                  sem mentiras
                 nem desculpas
                       e em tua carne vaporize
                             toda ilusão
             que a vida só consome
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"Não chores, meu
         filho;
Não chores, que a vida
    É luta renhida:
     Viver é lutar.
  A vida é combate,
 Que os fracos abate,
   Que os fortes, os
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   Gonçalves Dias
Nauro Machado
              O Parto

 Meu corpo está completo, o homem - não o
 poeta.
 Mas eu quero e é necessário
 que me sofra e me solidifique em poeta,
 que destrua desde já o supérfluo e o ilusório
 e me alucine na essência de mim e das coisas,
 para depois, feliz e sofrido, mas verdadeiro,
 trazer-me à tona do poema
 com um grito de alarma e de alarde:
 ser poeta é duro e dura
 e consome toda
 uma existência.
Raimundo Correia
Saudade
  Aqui outrora retumbaram hinos;
  Muito coche real nestas calçadas
  E nestas praças, hoje abandonadas,
  Rodou por entre os ouropéis mais finos...
  Arcos de flores, fachos purpurinos,
  Trons festivais, bandeiras desfraldadas,
  Girândolas, clarins, atropeladas
  Legiões de povo, bimbalhar de sinos...
  Tudo passou! Mas dessas arcarias
  Negras, e desses torreões medonhos,
  Alguém se assenta sobre as lájeas frias;
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  Sobre a Jerusalém de tantos sonhos!...
Poética

curvos e curvas sopram
mais que males no cordão
dos ares da verdade nua
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dos pés à cabeça nos
pergunta: como? palha
gralha linda calvo favo
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chão fugido por bicar um
pássaro maçã tarde e calma
Ah! eu adormeço... longe e
longo tomo um farol
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noite grito, coração, que
grito? fala para a ala dúbio
alvorecer fala parasia antes
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                               Raimundo
dourado morivigerando no
verdor da lua salta o sol de
quando tudo era na erva o
                               Fontenele
fluxo de existir vida-
taça, gota do ser no devir.
Maranhão                  Satã

Sobrinho    Nas margens de cristal do Danúbio
           do sonho, cromadas de rubis, de
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           solar sonolento e medonho do
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           espúrias... Guarda o nobre portal de
           alabastro tristonho desse antigo
           solar, de malditas luxúrias, em que
           fulge o brasão heráldico do sonho
           não sei quantas legiões de duendes e
           fúrias! Sobre o mármore azul das
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           de luz, o luar engrinalda brilha o vivo
           cristal de alígeras quimeras... Velam
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           um trono de rei, de maciça
           esmeralda, dois soberbos leões, de
           grandes patas de oiro...
Referências Bibliográficas
• http://www.revista.agulha.nom.br/gula.html#aprendizado

• http://pensador.uol.com.br/autor/goncalves_dias/

• http://www.jornaldepoesia.jor.br/nauro.html#parto


• http://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Correia


• http://www.jornaldepoesia.jor.br/@ms01.html

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  • 1. Poemas eternizados por Autores Maranhenses. “deixa que a dor se exerça agora sem mentiras nem desculpas e em tua carne vaporize toda ilusão ” "Não chores, meu filho” “...Mas eu quero e é necessário que me sofra e me solidifique em poeta” “E em torno os olhos úmidos, tristonhos, Espraia, e chora, como Jeremias...
  • 2. Ferreira Gullar Aprendizado Do mesmo modo que te abriste à alegria abre-te agora ao sofrimento que é fruto dela e seu avesso ardente. Do mesmo modo que da alegria foste ao fundo e te perdeste nela e te achaste nessa perda deixa que a dor se exerça agora sem mentiras nem desculpas e em tua carne vaporize toda ilusão que a vida só consome o que a alimenta.
  • 3. "Não chores, meu filho; Não chores, que a vida É luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, Que os fracos abate, Que os fortes, os bravos Só pode exaltar!“ Gonçalves Dias
  • 4. Nauro Machado O Parto Meu corpo está completo, o homem - não o poeta. Mas eu quero e é necessário que me sofra e me solidifique em poeta, que destrua desde já o supérfluo e o ilusório e me alucine na essência de mim e das coisas, para depois, feliz e sofrido, mas verdadeiro, trazer-me à tona do poema com um grito de alarma e de alarde: ser poeta é duro e dura e consome toda uma existência.
  • 5. Raimundo Correia Saudade Aqui outrora retumbaram hinos; Muito coche real nestas calçadas E nestas praças, hoje abandonadas, Rodou por entre os ouropéis mais finos... Arcos de flores, fachos purpurinos, Trons festivais, bandeiras desfraldadas, Girândolas, clarins, atropeladas Legiões de povo, bimbalhar de sinos... Tudo passou! Mas dessas arcarias Negras, e desses torreões medonhos, Alguém se assenta sobre as lájeas frias; E em torno os olhos úmidos, tristonhos, Espraia, e chora, como Jeremias, Sobre a Jerusalém de tantos sonhos!...
  • 6. Poética curvos e curvas sopram mais que males no cordão dos ares da verdade nua nua e crua como a palidez do sono quando a natureza dos pés à cabeça nos pergunta: como? palha gralha linda calvo favo aceso lâmpada do nada sobre o pó desfeito de um chão fugido por bicar um pássaro maçã tarde e calma Ah! eu adormeço... longe e longo tomo um farol sumido nos confins da noite grito, coração, que grito? fala para a ala dúbio alvorecer fala parasia antes de morrer do capim Raimundo dourado morivigerando no verdor da lua salta o sol de quando tudo era na erva o Fontenele fluxo de existir vida- taça, gota do ser no devir.
  • 7. Maranhão Satã Sobrinho Nas margens de cristal do Danúbio do sonho, cromadas de rubis, de pérolas purpúreas, vê-se o imenso solar sonolento e medonho do dragão infernal das Princesas espúrias... Guarda o nobre portal de alabastro tristonho desse antigo solar, de malditas luxúrias, em que fulge o brasão heráldico do sonho não sei quantas legiões de duendes e fúrias! Sobre o mármore azul das colunas austeras, que, em noivados de luz, o luar engrinalda brilha o vivo cristal de alígeras quimeras... Velam desse dragão o oriental tesoiro, sobre um trono de rei, de maciça esmeralda, dois soberbos leões, de grandes patas de oiro...
  • 8.
  • 9. Referências Bibliográficas • http://www.revista.agulha.nom.br/gula.html#aprendizado • http://pensador.uol.com.br/autor/goncalves_dias/ • http://www.jornaldepoesia.jor.br/nauro.html#parto • http://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Correia • http://www.jornaldepoesia.jor.br/@ms01.html