Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...
A utilização de consorcio da macauba com pastagens em sistemas agrossilvipastoris joaquim junior
1. A UTILIZAÇÃO DE CONSORCIO DA MACAUBA COM PASTAGENS EM SISTEMAS
AGROSSILVIPASTORIS
Joaquim Alves da Costa Júnior1
; Marciana Cristina da Silva2
; Elvinicio de Oliveira Moraes3
;
Maria Luiza Alves Evangelista4
; Angélica Matos Xavier5
; Cristopher Alves Lima6
;
INTRODUÇÃO
No Brasil a macaúba é uma planta que não tem muito reconhecimento e importância
comercial. Mas a exploração da macaúba atualmente é realizada de forma extrativista, aproveitando
os povoamentos nativos dessa planta. Para a exploração industrial, faz-se necessário a substituição
da atividade extrativista por cultivos racionais e sustentáveis. Para viabilizar esse cultivo é
necessária a seleção de genótipos com características desejadas e a produção de mudas
padronizadas para se ter uma população homogênea (Motoike, Carvalho, Lopes & Couto, 2011).
O plantio da macaúba pode ser realizado com o plantio de sementes de forma sexuada, que
é naturalmente difícil, pois a semente possui uma dormência grande dificultando a germinação
fazendo com que ela seja lenta e irregular. Estudos indicam que a taxa de germinação da macaúba é
de 3 % (Meerow, 1991).
MATERIAL E MÉTODOS
A macaúba pode ser explorada de diversas formas, desde a convencional á extrativista
para a produção de óleo ou fruto, sendo plantada juntamente com a pastagem para consorcio em
sistemas agrossilvipastoris ou plantada em consórcios com culturas anuais entre as linhas.
O adensamento que pode ser utilizados por hectare recomendado pela Embrapa, é um
adensamento de 400 plantas plantadas por hectare, não tendo um adensamento definido ainda. Estes
dados são baseados no tamanho das folhas da macaúba, que ao serem plantadas não devem gerar
sombreamento capaz de prejudicar o desenvolvimento dos frutos. As macaúbas nativas são
encontradas em diversos adensamentos, geralmente controlados pelo proprietário do terreno.
Geralmente quando estes adensamentos naturais aumentam muito, a produtividade é muito
reduzida, pois a competitividade por nutrientes é muito grande e a sua reposisão é muito lenta. O
distanciamento irregular entres as palmeiras também é um agravante para a sua baixa produtividade,
pois neste caso há também a competição pela luminosidade.
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¹ Faculdade Montes Belos, joaquimjunior1028@hotmail.com;
² Universidade Federal de Goiás, márcia@ufg.com.br;
³ Faculdade Montes Belos, elvinicio87@hotmail.com;
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Faculdade Montes Belos,
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Faculdade Montes Belos,
2. A macaúba inicia a sua produção entre 4 a 5 anos após o plantio e sua produtividade
estende além dos 50 anos. Nos projetos de plantios comerciais, estima-se um vida útil entre 20 a 25
anos. Depois deste período a cultura deverá ser renovada visando o plantio de espécies de palmeiras
desenvolvidas mais produtivas e também devido ao tamanho atingido pela palmeira que dificultará
a logística de colheita. O período da safra da macaúba pode sofrer alterações devido a variação de
clima em cada região, principalmente do período chuvoso. Na maior parte da região de Minas
Gerais o período inicia em outubro e se estende até março. Porém o pico da safra ocorre nos meses
de meados de novembro a meados de janeiro.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo pesquisas (Cetec, 1983; Moura, 2007) a macaúba pode ser cultivada em sistema
agrossilvipastoril em consórcio com outras oleaginosas, como pinhão-manso, mamona, girassol,
que garantiriam o sustento dos produtores até a frutificação e amadurecimento da macaúba. Em
sistemas agrossilvipastoril consorciando pastagens com macaúbas plantadas resultará na
imobilização do CO2
atmosférico e minimizar o impacto negativo de gases liberados pelos bovinos,
conforme relatado por Primavesi (2007). Um boi pode emitir por ano 56 kg de metano e 50 kg de
gás carbônico. Para aumentar a produção de frutos de macaúba, essas palmeiras precisariam ser
adubadas e conseqüentemente a pastagem seria beneficiada.
CONCLUSÕES
Concluímos que a utilização do consorcio da macaúba com a pastagem em sistemas
agrossilvipastoris é uma ótima opção para pequenas e grandes propriedades agrícolas, a macaúba
além de fornecer sombra aos animais, ela irá fornecer matéria orgânica ao solo dando proteção
contra processos erosivos do solo tendo baixo custo de plantio e manutenção de plantas
proporcionando uma boa produtividade de frutos por planta.
REFERÊNCIAS
Felfini, J. M., Carvalho, F. A., & Haidar, R. F. (2005). Manual para o monitoramento de parcelas
permanentes nos biomas Cerrado e Pantanal. Brasília: Universidade de Brasília - Departamento
de Engenharia Florestal.
Costa, C. F. (2009). Solos e outros fatores ambientais associados à diversidade fenotípica de
macaubais no estado de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Agricultura Tropical e Subtropical).
54p. Instituto Agronômico, Campinas – SP.
Coutinho, L. M. (2006). O conceito de Bioma. Acta Botânica Brasílica, 20, 13-23. 52
3. Silva, J. de C. e, Barrichelo, L. E. G., Brito, J. O., 1986. Endocarpos de babaçu e de macaúba
comparados a madeira de Eucalyptus grandis para a produção de carvão vegetal. IPEF. 34,
31-34.
Vale, A. T., Costa, A. F., Gonçalves, J. C., Nogueira, M., 2001. Relação entre a densidade básica
da madeira, o rendimento e a qualidade do carvão vegetal de espécies do cerrado. Revista
Árvore. 25, 89-95.