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Alvenaria

        A importância histórica da alvenaria, deve-se sobre tudo ao fato de ser o
principal material estruturalresponsável pela habitabilidade dos abrigos construídos pelo
homem e de ser a principal estrutura dos edifícios ao longo de 4000 anos de civilização.
Desde o passado que a construção de abrigos permanentes para os humanos, evoluindo
progressivamente até aos edifícios de hoje em dia, anda na maior parte dascivilizações
interligada sobretudo à alvenaria.
        Sabemos que os edifícios são espaços habitáveis, concebidos e realizados
fundamentalmente de acordo comexigências e tecnologias variáveis com os utentes, as
épocas, os locais e os materiais disponíveis.A subdivisão, ou mais simplesmente o
“desmonte” de um edifício, pode ser feito de várias maneiras, sendohabitual considerar
dois tópicos:
        1. A subdivisão em órgãos, por analogia com o corpo humano, sendo esta
divisão única estrutura,envolvente, compartimentação interior, instalações e divisões
exteriores;
        2. A subdivisão em componentes, desempenhando cada um deles uma ou mais
funções: suportar,separar, isolar, etc. Sendo neste caso possível imaginar várias
subdivisões em componentes.
        As exigências dos utilizadores para as construções são variáveis com enumeras
características, no entanto, asrealizações construtivas humanas são a síntese de três
critérios (engenharia, economia e estética), comimportância relativa variável em
diferentes obras, sendo no entanto a estética o elemento distintivo dosabrigos humanos
do dos animais.

Definição de alvenaria

• As alvenarias são elementos discretos construídos de pedras ou blocos, naturais
ouartificiais, ligadas entre si de modo estável pela combinação de juntas e
interposiçãode argamassa ou somente por um desses meios;
• Alvenaria é o termo que designa as paredes executadas com pedra, tijolo ou blocos
decimento e que, travados em sobreposição por meio de argamassas, servem para
aexecução de edifícios.
• Alvenaria é o sistema construtivo de paredes e muros, ou obras
semelhantes,executadas com pedras naturais, tijolos ou blocos unidos entre si com ou
semargamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas parecidas, que
serepetem sobrepondo-se umas sobre as outras, formando um conjunto rígido e coeso.
• Alvenaria é o conjunto de materiais pétreos, naturais ou artificiais, unidos entre si
pormeio de uma argamassa

Introdução

        Nos últimos anos os traçados das redes internas das instalações técnicas
aumentaramsignificativamente, bem como a quantidade dos aparelhos de comando ou
de utilização nointerior das habitações.
        Das soluções tradicionais passámos à necessidade de prever instalações
telefónicas emtodos os compartimentos, várias tomadas por compartimento, redes de
aquecimentos, demúsica ambiente, iluminação decorativa e aumento do número de
instalações sanitárias.
Estas redes implicam espaços mais amplos nas paredes interiores, sem que o
sistematradicional de construção tenha sido adoptado para o efeito.
       Após a execução das alvenarias interiores, habitualmente em tijolo, assiste-se à
suademolição para a abertura de roços que posteriormente, serão refechados com
argamassassujeitas a processos de fissuração.

Finalidade das alvenarias e principais exigências

       Divisão, vedações e proteção;
       Estrutural: paredes que recebem esforços verticais (lajes e coberturas em
construções não estruturadas) e horizontais (empuxo de terra);
       Resistência mecânica;
       Isolamento térmico;
       Isolamento acústico;
       Proteger contra ações do meio externo;
       Segurança ao fogo;
       Segurança ao contacto;
       Economia de facilidade construção;
       Estética;
       Estanqueidade à água e ao ar;
       Estabilidade;
       Durabilidade e facilidade de manutenção.

Tipos de alvenarias

- ALVENARIAS EXTERIORES
        A espessura das paredes exteriores deve ser definida com muito rigor tendo em
contadiversos condicionantes, nomeadamente no que diz respeito, à estrutura,
isolamentotérmico e ás caixas de estore, cujas dimensões variam de caso para caso
(figura 1).




Fig. 1 - Caixa de estore

        Apesar da definição da espessura das paredes depender das condições
particulares doprojeto, no geral, as paredes exteriores são constituídas pelos seguintes
elementos:
        Parede dupla, com tijolo 30x20x15cm ou 30x20x11cm a aplicar pelo exterior e
30x20x11cm no interior, deixando-se uma caixa-de-ar de 5cm, a qual deverá ser
preenchidacom um isolamento térmico – normalmente de 3 cm (figura 2).




Fig. 2 - Parede dupla

        Nas condições referidas a parede terá a espessura final de 35cm no limpo.
        Nas paredes expostas a Norte e decorrente do estudo do comportamento térmico,
poderá serutilizada uma solução do tipo indicado na (figura 3).
        Na parte inferior da caixa-de-ar deverá ser executado uma caleira para recolha de
eventuaiságuas provenientes de infiltrações ou de condensações, sendo desejável a
drenagem dascaleiras para o exterior através de furos e tubos colocados na alvenaria
exterior.
        Recentemente foram introduzidas no mercado soluções de isolamento da caixa-
de-aratravés da projecção de poliestireno sobre a face interior da alvenaria exterior.




Fig. 3 - Parede dupla exposta a Norte
- ALVENARIAS INTERIORES
        Devido á necessidade de embeber as redes nas paredes interiores, a espessura
das paredesseparadoras e confinantes dos compartimentos que possuam tubagens de
instalaçõesespeciais, tais como as cozinhas e as instalações sanitárias, deverão ser
estudadas com muito rigor, uma vez que as espessuras habitualmente apresentadas são
insuficientes. Aquantidade de roços é em número tão elevado que obriga à quase total
reconstrução dasparedes já executadas (figuras 4 e 5).




Fig. 4 e 5 – Parede com roços

        Deverá ser estudada a compatibilização sistemática entre os projetos de
arquitetura e dasredes de esgotos, de águas e elétricas, tendo como objetivo garantir
uma adequadaespessura das paredes para comportarem as diferentes tubagens.
        Um dos aspectos relevantes a ter em conta, e que foi agravado pelo acréscimo
das redesinternas, é a possibilidade das mesmas serem perfuradas pelos futuros
utilizadores dashabitações, decorrentes da sua adequação funcional.
        Neste contexto destacam-se como frequentes as perfurações de tubagens nas
situaçõesseguintes:
        Instalações de esquentadores e de caldeiras mural;
        Fixação de móveis de cozinha;
        Colocação de toalheiros;
        Fixação dos batentes das portas, para evitar o seu encosto nas paredes;
        Fixação de candeeiros.
        Devido ao elevado número de redes e ao reduzido espaço para a sua passagem é
recomendável a definição de critérios na instalação, tendo em conta o exposto e, a
posteriorcomunicação aos utilizadores das frações.
        À semelhança do que se verifica noutros países da Europa desde há muitos anos,
emPortugal, tem vindo a ser introduzidos sistemas de divisórias interiores com
revestimento aplacas de gesso, permitindo um compromisso entre as novas exigências e
soluções maisadequadas.
        A questão que se coloca é ainda de custo, quando se compara com sistemas com
características acústicas equivalentes ao tijolo, mas, inevitavelmente, tal como já sucede
com os tetos falsos, também as divisórias leves irão ocupar o seu espaço, com destaque
para as obras de reabilitação urbana.
Organização dos trabalhos

 - ANÁLISE DO PROJECTO E PREPARAÇÃO PARA OBRA
        O planejamento e a programação da execução de alvenarias devem obedecer aos
mesmosprincípios aplicados a outras atividades, nomeadamente, (execução da
estrutura,acabamentos, instalações técnicas, etc.), adaptados, em cada caso, ao volume
ecomplexidade da obra.
        Os principais aspectos a considerar no planejamento da execução das alvenarias
são osseguintes:
        Quantificação global dos trabalhos;
        Programação da sequência e duração das diversas tarefas (cronograma);
        Avaliação dos meios necessários (mão-de-obra, materiais, acessórios especiais e
equipamentos);
        Avaliação das exigências logísticas (aquisição de materiais, armazenamento,
        transportee elevação, manutenção de equipamentos, etc.);
        Definição de equipas de trabalho e sua qualificação;
        Definição dos instrumentos de previsão e controlo da produtividade e custos;
        Definição de procedimentos de controlo de qualidade.

- INFLUÊNCIA DA PROGRAMAÇÃO DA EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS
NO PLANO DAOBRA

Recomenda-se que se retarde o início das alvenarias e que se aguarde algum tempo ate à
execução dos revestimentos, devido:
        À deformabilidade das estruturas sob ação das cargas;
        À retração das estruturas e das paredes.
As estruturas em geral e em particular as de concreto armado, têm deformações
imediatas soba ação do seu próprio peso e dos elementos construtivos que suportam,
além destasdeformações têm também, deformações posteriores a médio e longo prazo.
       As alvenarias só deverão ser executadas depois de terminada a estrutura e por
ordeminversa, isto é, de cima para baixo. Esta prática é em geral, impossível,
recomendando-seem alternativa a construção de piso sim, piso não, ou ainda,
começando do 3º para o 1º,depois do 6º para o 4º e assim sucessivamente.
       O revestimento só deverá ser efetuado no fim da construção integral das
alvenarias,porque o fecho superior destas – no remate à viga ou piso superior, por
exemplo – só deveser feito quando todas as alvenarias estiverem executadas ou pelo
menos 50% destas, e depreferência de cima para baixo.
       Recomenda-se ainda que nenhuma alvenaria seja fechada antes de decorridos 14
dias apósa execução da última fiada.
       Uma alternativa é elevar as alvenarias conforme os pisos são concluídos, mas
deixando umespaço entre última fiada e o teto (ou viga), que virá a ser preenchida,
quando todos ospisos estiverem concluídos, por uma argamassa deformável (à base de
gesso, por exemplo),de modo que a carga estrutural nunca assente nas paredes.
Fig./s. 6 e 7 – Exemplos de alternativas à execução das alvenarias a partir do último
para o1º Piso (X – alvenarias a executar depois da estrutura concluída).

Materiais utilizados para execução de alvenarias
– TIJOLOS CERÂMICOS
– CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DOS TIJOLOS CERÂMICOS:
      Regularidade na forma e dimensões;
      Arestas vivas e cantos resistentes;
      Som "claro" quando percutido;
      Resistência suficiente para resistir esforços de compressão
      Ausência de fendas e cavidades;
      Facilidade no corte;
      Homogeneidade da massa e cor uniforme;
      Pouca porosidade (baixa absorção).

3.3.1.2 – VANTAGENS
        Menor peso por unidade de volume;
        Aspectos mais uniformes, arestas e cantos mais fortes;
        Diminuem a propagação da humidade;
        Economia de mão-de-obra;
        Economia de argamassa;
        Melhores isolantes térmicos e acústicos.

3.3.2 – CORRECTA EXECUÇÃO DE ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS
        Efetuar a "marcação" das paredes com base na planta baixa (arquitetônica) da
edificação, executando os cantos e, logo após, a primeira fiada com argamassa ecom o
auxílio de linha, esquadro, prumo e nível;
        Nas extremidades da parede suspendem-se prumadas de guia, controlando com o
prumo e assentando os tijolos alternados.
        Executar todas as fiadas, seguindo um fio de nylon nivelado de acordo com as
prumadas guia das extremidades. Uma parede bem executada é plana, vertical,
semondulações e necessita de pouca espessura de argamassa de revestimento


– ARGAMASSAS
– TIPOS DE ARGAMASSAS
       O projetista deverá selecionar o tipo de argamassa em função dos requisitos
mecânicosda alvenaria, do tipo de material que a constitui, da exposição da fachada, da
possibilidadeda exposição ao gelo e das propriedades inerentes à sua composição.
       As argamassas podem ser de duas origens. Argamassas pré-doseadas em fábrica
eargamassas executadas em obra. As argamassas pré-doseadasdevem respeitar as
condições constantes .
       De modo a que as argamassas possuam uma razoável trabalhabilidade torna-se
necessáriauma proporção de ligante e areia de, pelo menos, 1:3. Uma vez que estas
argamassas sãoem geral demasiado ricas para o assentamento de alvenarias, torna-se
necessário reduzir aquantidade de ligante. Para que se mantenha a trabalhabilidade
deve-se acrescentar calapagada ou plastificante. Debate-se agora as características mais
relevantes das diferentesargamassas:
        Argamassas de cimento – as argamassas de cimento Portland permite
        resistênciasmecânicas elevadas, assim como um rápido desenvolvimento das
        suas características.

Contudo, o ajuste da resistência pretendida não é fácil, uma vez que para dosagens
fracas de cimento, as argamassas tornam-se “ásperas” e pouco trabalháveis;
        Argamassas de cimento e cal – o emprego da cal apagada, em substituição de
        parte docimento Portland, conferem às argamassas maior trabalhabilidade, maior
        retenção deágua e adesão (aumentando a resistência à penetração da água);
        Argamassas de cimento com aditivos plastificantes – os plastificantes,
        introdutoresde ar nas misturas de cimento e areia, são alternativas à adição da cal
        em argamassasfracas, uma vez que asseguram a sua trabalhabilidade.

- ESPECIFICAÇÕES QUE AS ARGAMASSAS DEVEM VERIFICAR
Sinteticamente, são:
        As argamassas hidráulicas correntes são constituídas por uma mistura
        deligantes, inerte e água, podendo ainda conter aditivos ou adjuvantes que
        lhesconferem propriedades hidrófugas, de endurecimento e de aceleramento
        ouretardamento da presa.
        O seu fabrico pode ser por processos mecânicos ou manuais, sendo
        contudopreferível a utilização de meios mecânicos.
        Depois de fabricadas as argamassas deverão ser levadas para os locais
        deaplicação com o auxílio de meios de transporte limpos, não absorventes e
        quenão provoquem a segregação dos materiais.
        As argamassas não devem ser utilizadas, após se ter iniciado a presa. Em
        geralnão devem ser empregadas depois de uma hora de fabrico, salvo nos casos
        deutilização de retardadores de presa.




– TIPOS DE BLOCOS E TIJOLOS MAIS UTILIZADOS
- BLOCO DE CONCRETO DE VEDAÇÃO
       Para fechamento de vãos em prédios estruturados. Devem ser observados os
vãos entrevigas e pilares, de modo a propor vãos modulados em função das dimensões
dos blocos.

 - BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO
        Deve-se procurar a modulação dos vãos, apesar de ser mais fácil o corte neste
tipo de bloco.Dimensões mais encontradas (cm): 9x19x19 e 9x19x29.

 - TIJOLO CERÂMICO MACIÇO
        Empregado geralmente para alvenaria de vedação ou como estrutural para casas
térreas.Devido às suas dimensões, a produtividade da mão-de-obra na execução dos
serviços émais baixa. Os tijolos maciços também são usados em alvenaria aparente.
Dimensões (cm):5x10x20 aproximadamente.

– PARALELEPIPEDO
        Bloco paralelepipédico que é, hoje em dia, apenas utilizado por razões
económicas emconstrução de casas individuais. Este é feito de cimento endurecido ao ar
sem qualquercozedura em forno, e é usado para construção de paredes de fundações,
paredes de suporte,interiores e exteriores, muros não de suporte e divisórias de
distribuição.

– ACESSÓRIOS E ARMADURAS PARA ALVENARIAS

        As armaduras para alvenarias e os acessórios usados para a execução de
ancoragens deparedes, de fixação aos pilares, etc., são em geral, metálicos e, para além
da resistênciamecânica necessária, devem ter uma proteção que assegure durabilidade
contra corrosão.
        Para essa proteção, recorre-se em geral à galvanização quando os materiais são
ferrosos,com uma micragem suficiente para os defender, não só da ação da umidade e
dasargamassas, mas também da eventual dobragem quando manuseados em obra. Em
situações de maior agressividade do meio ambiente, é usual o emprego de armaduras e
acessórios em aço inoxidável.
        Podem ser empregues no fabrico dos acessórios outros metais não ferrosos, tais
como ocobre ou o alumínio. Contudo, enquanto o cobre não é corroído pelo betão ou
pelasargamassas ainda frescas, o mesmo já não se passa com o alumínio. Este deverá
serprotegido por pintura betuminosa ou por pintura de cromato de zinco (que
deverápermanecer intacta durante o assentamento do acessório). O emprego do cobre ou
doalumínio, obriga a que não exista contacto direto entre estes materiais e outros
elementosem aço. Se tal acontecer, ocorrerá corrosão de origem galvânica.
        As “BS5628”, em função do tipo de materiais que constituem os acessórios de
fixação,definem as características de proteção mínimas a que os mesmos deverão
obedecer.
        A introdução de armaduras nas juntas horizontais das alvenarias possibilitam o
aumento daductilidade e as capacidades resistentes à tração, à flexão, e ao corte dessas
alvenarias. Asarmaduras são normalmente comercializadas em forma de varões isolados
ou em forma detreliça, variando o diâmetro dos varões principais entre 4mm e 5mm.
 – EQUIPAMENTOS PARA EXECUÇÃO DE ALVENARIAS
FITA MÉTRICA                       CARRO DE MÃO                             PINCEL




   ESQUADRO                             COLHER                                 PRUMO




     ANDAIME                                FIO


 – RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS MATERIAIS EM OBRA
A recepção dos materiais em obra destina-se a garantir e verificar se estes corresponde
àsexigências de projeto, se apresentam a uniformidade desejada e se não sofreram
qualquerdeterioração durante o transporte.
       O controlo em obra é sobretudo visual e diz respeito às principais características
dosmateriais. Em obras especiais ou de maior envergadura podem estabelecer-
seprocedimentos laborais.
       Os limites de aceitação devem corresponder aos que estiverem definidos na
normalizaçãoaplicável e ás exigências estabelecidas no caderno de encargos do projeto.

- PROCEDIMENTOS DO RECEBIMENTO DOS MATERIAIS EM OBRA POR
PARTE DAFISCALIZAÇÃO

       Os procedimentos normais por parte da fiscalização, no que diz respeito á
qualidade econdições em que se encontra os materiais, necessários á execução de
determinada obra,são os seguintes:
       Verificação da integridade dos sacos de cimento (e outros ligantes) e de
       eventuais sinaisde umidade que possam constituir indícios de que se deu o
       início da hidratação;
       Verificação da presença de ramos, folhas ou outros materiais indesejáveis (como
       porexemplo, argilas) nas areias, procedendo sempre que possível a uma
análisegranulométrica das mesmas (como se refere no parágrafo referente ao
       fabrico dasargamassas);
       Verificação do aspecto do tijolo e de eventuais defeitos aparentes, confirmando
       aindaque a produção dispõe da necessária certificação;
       Verificação do prazo de validade e da documentação técnica de produtos
       deterioráveis(adjuvantes, etc.) bem como a integridade das suas embalagens.




Fig. 8 - Embalagem de tijolo em obra, protegido com filme plástico, apenas nas faces
laterais

       No caso dos tijolos furados, ao serem armazenados no estaleiro, os tijolos
deverão serprotegidos da sujidade e não ficarem em contacto com solos úmidos e
poluentes.

 - Fabrico das argamassas de assentamento
       As argamassas de assentamento têm como principais funções, a capacidade de
unir osvários blocos ou tijolos, a distribuição uniforme das cargas verticais, a absorção
dedeformações, a resistência a esforços laterais e a selagem das juntas contra a entrada
deáguas.
       Para garantir estes desempenhos, temos que efetuar um estudo ás argamassas
quanto:
        À sua capacidade de resistência à flexão e à compressão;
        Ao seu módulo de elasticidade;
        As possíveis retrações;
        À sua aderência;
        À sua capacidade de retenção de água;
        Á trabalhabilidade;

       Depois de efetuados os testes, aos desempenhos das argamassas nos critérios
acimareferidos, estas devem cumprir também as seguintes condições:
       As argamassas de assentamento das alvenarias serão realizadas com Cimento
       Portland



       A sua aplicação deve respeitar sempre as indicações do fabricante e deverão
       estar
adequadas aos diferentes tipos de trabalho.
      A espessura dos leitos e juntas não deverá ser superior a 0.01 m.
      A espessura das massas de assentamento, de alvenarias de pedra, tijolo ou
      betãoestrutural, são variáveis de acordo com as peças mas nunca inferiores a
      0.02m esuperiores a 0.04m.

     Deverá existir um especial cuidado no aprovisionamento das matérias-primas. No
caso deduas areias diferentes, estas deverão estar convenientemente separadas e deve
evitar-sequalquer tipo de contaminação.
     Deverá, também, existir um cuidado especial no aprovisionamento dos ligantes
hidráulicos.
     Se o fornecimento destes for em sacos, estes deverão ser armazenados num espaço
fechado,assentes sobre um estrado com boa ventilação. Deve garantir-se que a pressão
exercidasobre os sacos que ficarem debaixo não seja excessiva.
     Igualmente deve garantir-se que os adjuvantes se mantenham nos recipientes vindos
defábrica, para que não haja qualquer contaminação destes produtos.
     Os trabalhos de assentamento têm baixos consumos de argamassa (cerca de 10 a 15
litrosde argamassa por m2 de alvenaria), pelo que se deve considerar pequenos volumes.
É de terem atenção que na evolução de uma argamassa, após o seu fabrico, temos um
períododormente, um período de presa, com o respectivo início e fim, e um posterior
período deendurecimento.
     As argamassas devem ser utilizadas antes do início de presa.


 - VERIFICAÇÃO E CONTROLO DAS ARGAMASSAS
 - ESTADO FRESCO
       O estado fresco de uma argamassa define-se pela sua trabalhabilidade, sendo
esta aprimeira característica e a introdutora de todas as outras. Uma argamassa que não
possuaboa trabalhabilidade, será difícil de aplicar e tornar-se mais porosa do que o
desejável.
       Existe um aparelho de laboratório, a chamada mesa de espalhamento, que nos
permite umaboa avaliação da trabalhabilidade de uma determinada argamassa

- ESTADO ENDURECIDO
      Deverá proceder-se a uma recolha, para fazer uma escolha racional dos produtos
maisadequados, nomeadamente no que diz respeito á:
      Resistência à flexão;
      Resistência à compressão;
      Retracção;
      Arranque
      Determinação do módulo de elasticidade (dinâmico).

- Assentamento de tijolos




- TAREFAS PRELIMINARES
Antes de se iniciar a execução das paredes de alvenaria, cujas tarefas e etapas
são descritasnas alíneas seguinte, é necessário realizar diversas verificações
preliminares:
        Verificar o estado da estrutura (geometria, desempeno e alinhamentos);
        Verificar a necessidade de uma reparação pontual da estrutura, e se decorreram 3
        diasapós a eventual reparação;
        Verificar a limpeza e nivelamento dos pavimentos;
        Verificar se as peças de betão armado foram chapiscadas e se decorreram pelo
        menos 3dias após essa operação;
        Verificar se existem ferros de espera na estrutura para ligação das alvenarias (se
        estiverem previstos em projeto);
        Verificar se estão implementadas as medidas de segurança coletivas necessárias
        àexecução das alvenarias;
        Verificar se foram executadas todas as tarefas antecedentes previstas no plano de
        obra.
    Depois de se ter efetuado todas as verificações descritas anteriormente, entramos na
fasede execução da alvenaria, propriamente dita, sendo a execução de alvenarias tem
três etapasprincipais:
        A marcação da primeira fiada;
        A elevação da parede;
        Fecho (ou fixação).

   Estas tarefas devem ser intercaladas com diversos procedimentos de verificação e
controlo.

- TIPOS DE TIJOLOSUSADOS NAS CONSTRUÇÕES




Fig. 9 – Formas e medidas dos tijolos mais usados em alvenarias
 – PAREDES DE ALVENARIA
 - CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PAREDES (QUANTO À SUA FORMA
DECONSTITUIÇÃO)
        As paredes podem ser classificadas pela sua forma de constituição de acordo
com o EC6, esão classificadas como podendo ser:
        Paredes simples:
    São constituídas por um único pano de alvenaria, podendo ser com junta horizontal
continua ou descontinua na espessura da parede, e com ou sem junta
longitudinal(existência de junta vertical preenchida no comprimento do bloco e
localizada a meiaespessura.
        Paredes duplas:
    Atualmente muito utilizadas na construção, são constituídas por dois panos
dealvenaria separados por caixa-de-ar e podendo ter ligadores metálicos de fixação
dedistância entre panos.
        Paredes de face à vista:
    São constituídas por um ou dois tipos de unidades de alvenaria, em que
oacabamento final de uma ou de ambas as faces é assegurado pelo próprio bloco.
        Paredes compostas ou dois panos:
    São constituídas, no sentido da sua espessura, por mais do que um material unidos
entre si por argamassa podendo essa ligação ser reforçada por meio de ligador metálico.
        Parede-cortina:
    É um tipo de parede constituído por dois panos, sendo um em alvenaria e outro
emconcreto armado ou similar. Neste tipo de parede, é usual a fixação do pano de
alvenaria ao pano de concreto através de fixadores adequados.




Fig. 10 - Ilustração dos tipos de paredes atrás referidos


- CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PAREDES (QUANTO AOS MATERIAIS
QUE ASCONSTITUEM)

-ALVENARIA DE PEDRA
       A alvenaria de pedras pode ser de pedra bruta com ou sem argamassa. É muito
usada emmuros de contenção de terra (muros de arrimo), que no caso de não levarem
argamassas,permitem a saída de água pelos intervalos entre as pedras.
A alvenaria de pedra pode também ser de pedra aparelhada, nesse caso
sempreargamassada, possuindo geralmente a forma de paralelepípedo e chamadas de
alvenaria decantaria, sendo menos usada, devido exigir mão-de-obra especializada e
cara.
       A argamassa destinada à alvenaria de pedra deve garantir a união das pedras,
mantendo amesma resistência das aglomeradas. O traço indicado como normal para
alvenaria de pedraé 1:4 de cimento e areia grossa ou 1:2:2 de cimento, areia e saibro.

– ALVENARIA DE TIJOLO CERÂMICO
        Confeccionadas com blocos cerâmicos maciços ou furados, são as mais
utilizadas nasconstruções de um modo geral. O consumo de tijolo por m² de alvenaria,
bem como, oconsumo de argamassa para assentamento, depende do tipo de tijolo, das
suas dimensões eda forma de assentamento.

 – ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO MACIÇO
        São indicados para fundações em baldrames, revestimento de poços, silos
enterrados,cisternas para armazenamento d’ água, fossas sépticas, muros de arrimo e
paredes, externasou internas, em que se haja necessidade de melhores características de
resistência. Emedificações residências, a alvenaria de blocos maciços aparentes, permite
a obtenção decomposições arquitetônicas de ambientes rústicos, de agradável visual.

– ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO FURADOS
       São constituídas por paredes executadas com blocos cerâmicos furados que
proporcionamparedes mais económicas, por apresentarem custo inferior ao do maciço,
bem como, sendomaiores e mais leves, propiciam maior rapidez de execução. Os blocos
furados têm tambémum bom comportamento quanto ao isolamento térmico e acústico,
devido ao ar quepermanece aprisionado no interior dos seus furos.


- MARCAÇÃO E 1ª FIADA
       Depois de se ter verificado (ou corrigido) o nivelamento do pavimento (térreo ou
elevado),com uma régua de 2 metros, marca-se as paredes de acordo com o projeto de
execução(plantas, alçados e cortes).
       Na realização desta marcação (em planta), aplica-se uma fina camada de
argamassa decimento e areia (com largura compatível com a espessura da parede a
marcar), na qual éimplantada em primeiro lugar os ângulos (geralmente esquadrias), e
de seguida osalinhamentos retos (ou curvos) e a localização das aberturas (estas têm
uma tolerância de+ 5 mm).
       Os ângulos são geralmente marcados com o assentamento de 2 tijolos, a partir
dos quais sãotraçados os restantes alinhamentos no pavimento, quer este seja efetuado
por "batimento"de um fio pigmentado bem esticado, quer por utilização de uma régua
ou por um riscadorde aço.
       A ortogonalidade das paredes pode ser verificada com um esquadro rígido, e não
deveapresentar desvios superiores a 2 mm/m.
Fig.11 - Marcação e 1ª fiada de paredes simples no interior

- MARCAÇÃO EM ALTURA E NIVELAMENTO
        Realizada a 1ª fiada, torna-se necessária a marcação em altura da parede de
modo a garantira horizontalidade das fiadas e a verticalidade do paramento. Para tal,
recorre-se ao uso das“fasquias” nas quais são marcadas as fiadas de tijolo a realizar.
Esta divisão em altura, quetambém visa minimizar o número de fiadas a realizar com
tijolos cortados, é realizada portentativas sucessivas com a fita ou com o compasso,
sendo esta condicionada pela alturados peitoris das janelas, padieira dos vãos e pelo pé-
direito da parede.
        O “cordel” esticado entre fasquias permite uma constante verificação do
nivelamentopretendido das juntas horizontais, e com o auxílio do fio-de-prumo, a
sistemáticaverificação da verticalidade do pano da parede. Este procedimento facilita e
melhora ostempos de execução, (não dispensa o uso do nível e do fio de prumo) e
garante ainda acorreta interligação das fiadas na junção de duas paredes.
        Face ao peso próprio da alvenaria e ao ritmo de presa da argamassa, num dia de
trabalhonão deve ser executada uma altura superior a 1,60 m de parede, o que
corresponde a cercade 4 fiadas por período de trabalho (meio dia).




                   Fig.12. Verificação de aprumo a alinhamento de uma parede.
- ELEVAÇÃO DA PAREDE
- MOLHAGEM PRÉVIA
         Os tijolos, antes de serem assentes, devem ser molhados. Quando não é efetuada
umamolhagem previa aos tijolos, estes absorvem parte da água da amassadura da
argamassa.
         Esta por sua vez, sem a água necessária, em vez de adquirir a dureza necessária,
torna-sedesagregável.
         A melhor aderência entre os tijolos e a argamassa obtêm-se com teores médios,
sendorecomendado o uso de retentores de água nas argamassas de assentamento.
         A porosidade excessiva, como se referiu, também é prejudicial, porque pode
retirar águaem excesso da argamassa, que seria necessária para as reações de hidratação.




Fig.13 - Aspecto da capacidade de absorção do tijolo que, em geral, obriga à molhagem
prévia (de reparar o excesso de argamassa na base dos tijolos).

 - JUNTAS E APARELHO
         As juntas devem ser executadas tal como especificado no projeto. As juntas
devem terespessura e aparência uniformes, excepto se especificado de outro modo.
Quando forespecificado que as juntas transversais não são preenchidas, as faces
contíguas das unidadesde alvenaria devem ser firmemente encostadas. Quando
especificado, as juntas podempermanecer abertas, por exemplo, para ventilação,
drenagem ou assentamento por faixas(juntas descontínuas).
         O assentamento de tijolos, para qualquer espessura de parede, deve ser realizado
de modoque as juntas verticais e horizontais (no caso de paredes com espessura superior
a uma vez)fiquem desencontradas a pelo menos 1/3 do comprimento do tijolo (“matar a
junta”).
         As juntas, com espessura final de cerca de 10 mm, devem ser realizadas com
argamassaspouco consistentes, de modo a preencher completamente o intervalo entre os
tijolos.




Fig. 14 – Juntas de argamassa

       A forma do acabamento das juntas pode influenciar na qualidade e na
durabilidade dasalvenarias. Os tipos de juntas mais frequentes, são ilustradas mais
abaixo, as juntasrecomendadas (R) inclusivamente algumas não recomendadas, pois
podem causarproblemas graves como infiltração de umidade, retenção de poeira,
formação de musgo,estática, entre muitos outros problemas.




Figura15 - Exemplo de juntas

– ASSENTAMENTO
O assentamento de tijolos deve verificar as seguintes condições:
       Cada tijolo deve ser assente sobre o leito de argamassa colocada na fia inferior
       (juntahorizontal) levando no seu topo uma “chapada” de argamassa distribuída à
       colher (juntavertical).
       O tijolo deve ser ligeiramente carregado, esfregado e percutido pelo maço (ou
       cabo dacolher) de modo a que a argamassa possa refluir pelas juntas. Esta
       argamassa excedenteé imediatamente retirada da face do tijolo (raspada com a
       colher) e aproveitada para oassentamento do tijolo seguinte.
       Durante o assentamento, deve ser permanentemente controlado o acabamento
       das juntasna face oposta à face de trabalho do operário, de modo a recolher a
       argamassa emexcesso que reflui das juntas, garantindo, deste modo, o
       desempeno dessa superfície.
       O espalhamento da argamassa na junta horizontal, criando o leito de
       assentamento.
Pode abranger, de cada vez, o comprimento de um ou mais tijolos, dependendo do
ritmo de aplicação e das condições climatéricas.
       Com o tempo seco severo é preferível a aplicação da argamassa tijolo a tijolo,
       paraevitar a sua dessecação precoce e a diminuição de trabalhabilidade.
       O fecho superior das paredes contra a laje ou viga deve ser feito alguns dias
       depois(como já referido).
       Após cada dia de trabalho as paredes devem ser protegidas com filme plástico
       paraevitar uma secagem demasiado rápida ou para as resguardar da chuva.




– PROCESSOS DE ASSENTAMENTO DE TIJOLOS MACIÇOS
Argamassa rebatidacom a colher




Fig. 16 – Métodos para assentamento de tijolos maciços
– ASSENTAMENTOS TRADICIONAIS E ESPECIAIS DE TIJOLOS MACIÇOS




Fig.17 – Ajuste normal de tijolos maciços




Fig. 18 – Ajuste inglês ou gótico de tijolos maciços




Fig.19 – Ajuste francês de tijolos maciços




Fig. 20 – Ajuste inglês ou gótico de tijolos maciços
Fig. 21 – Ajuste em pilares para tijolos maciços

 – TIPOS DE AMARRAÇÕES EM TIJOLOS
        Consideram-se alvenarias amarradas as que apresentam juntas verticais
descontínuas. Aseguir, nas figuras, são mostrados os tipos de amarrações mais comuns
para tijolos maciçosou de dois furos.
        Os esquemas também são válidos para outros tipos de tijolos cerâmicos ou
blocos deconcreto.
1ª fiada 2ª fiada




Fig. 22 – Tipos de amarrações




Fig. 23 – Amarrações em cantos

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  • 1. Alvenaria A importância histórica da alvenaria, deve-se sobre tudo ao fato de ser o principal material estruturalresponsável pela habitabilidade dos abrigos construídos pelo homem e de ser a principal estrutura dos edifícios ao longo de 4000 anos de civilização. Desde o passado que a construção de abrigos permanentes para os humanos, evoluindo progressivamente até aos edifícios de hoje em dia, anda na maior parte dascivilizações interligada sobretudo à alvenaria. Sabemos que os edifícios são espaços habitáveis, concebidos e realizados fundamentalmente de acordo comexigências e tecnologias variáveis com os utentes, as épocas, os locais e os materiais disponíveis.A subdivisão, ou mais simplesmente o “desmonte” de um edifício, pode ser feito de várias maneiras, sendohabitual considerar dois tópicos: 1. A subdivisão em órgãos, por analogia com o corpo humano, sendo esta divisão única estrutura,envolvente, compartimentação interior, instalações e divisões exteriores; 2. A subdivisão em componentes, desempenhando cada um deles uma ou mais funções: suportar,separar, isolar, etc. Sendo neste caso possível imaginar várias subdivisões em componentes. As exigências dos utilizadores para as construções são variáveis com enumeras características, no entanto, asrealizações construtivas humanas são a síntese de três critérios (engenharia, economia e estética), comimportância relativa variável em diferentes obras, sendo no entanto a estética o elemento distintivo dosabrigos humanos do dos animais. Definição de alvenaria • As alvenarias são elementos discretos construídos de pedras ou blocos, naturais ouartificiais, ligadas entre si de modo estável pela combinação de juntas e interposiçãode argamassa ou somente por um desses meios; • Alvenaria é o termo que designa as paredes executadas com pedra, tijolo ou blocos decimento e que, travados em sobreposição por meio de argamassas, servem para aexecução de edifícios. • Alvenaria é o sistema construtivo de paredes e muros, ou obras semelhantes,executadas com pedras naturais, tijolos ou blocos unidos entre si com ou semargamassa de ligação, em fiadas horizontais ou em camadas parecidas, que serepetem sobrepondo-se umas sobre as outras, formando um conjunto rígido e coeso. • Alvenaria é o conjunto de materiais pétreos, naturais ou artificiais, unidos entre si pormeio de uma argamassa Introdução Nos últimos anos os traçados das redes internas das instalações técnicas aumentaramsignificativamente, bem como a quantidade dos aparelhos de comando ou de utilização nointerior das habitações. Das soluções tradicionais passámos à necessidade de prever instalações telefónicas emtodos os compartimentos, várias tomadas por compartimento, redes de aquecimentos, demúsica ambiente, iluminação decorativa e aumento do número de instalações sanitárias.
  • 2. Estas redes implicam espaços mais amplos nas paredes interiores, sem que o sistematradicional de construção tenha sido adoptado para o efeito. Após a execução das alvenarias interiores, habitualmente em tijolo, assiste-se à suademolição para a abertura de roços que posteriormente, serão refechados com argamassassujeitas a processos de fissuração. Finalidade das alvenarias e principais exigências Divisão, vedações e proteção; Estrutural: paredes que recebem esforços verticais (lajes e coberturas em construções não estruturadas) e horizontais (empuxo de terra); Resistência mecânica; Isolamento térmico; Isolamento acústico; Proteger contra ações do meio externo; Segurança ao fogo; Segurança ao contacto; Economia de facilidade construção; Estética; Estanqueidade à água e ao ar; Estabilidade; Durabilidade e facilidade de manutenção. Tipos de alvenarias - ALVENARIAS EXTERIORES A espessura das paredes exteriores deve ser definida com muito rigor tendo em contadiversos condicionantes, nomeadamente no que diz respeito, à estrutura, isolamentotérmico e ás caixas de estore, cujas dimensões variam de caso para caso (figura 1). Fig. 1 - Caixa de estore Apesar da definição da espessura das paredes depender das condições particulares doprojeto, no geral, as paredes exteriores são constituídas pelos seguintes elementos: Parede dupla, com tijolo 30x20x15cm ou 30x20x11cm a aplicar pelo exterior e
  • 3. 30x20x11cm no interior, deixando-se uma caixa-de-ar de 5cm, a qual deverá ser preenchidacom um isolamento térmico – normalmente de 3 cm (figura 2). Fig. 2 - Parede dupla Nas condições referidas a parede terá a espessura final de 35cm no limpo. Nas paredes expostas a Norte e decorrente do estudo do comportamento térmico, poderá serutilizada uma solução do tipo indicado na (figura 3). Na parte inferior da caixa-de-ar deverá ser executado uma caleira para recolha de eventuaiságuas provenientes de infiltrações ou de condensações, sendo desejável a drenagem dascaleiras para o exterior através de furos e tubos colocados na alvenaria exterior. Recentemente foram introduzidas no mercado soluções de isolamento da caixa- de-aratravés da projecção de poliestireno sobre a face interior da alvenaria exterior. Fig. 3 - Parede dupla exposta a Norte
  • 4. - ALVENARIAS INTERIORES Devido á necessidade de embeber as redes nas paredes interiores, a espessura das paredesseparadoras e confinantes dos compartimentos que possuam tubagens de instalaçõesespeciais, tais como as cozinhas e as instalações sanitárias, deverão ser estudadas com muito rigor, uma vez que as espessuras habitualmente apresentadas são insuficientes. Aquantidade de roços é em número tão elevado que obriga à quase total reconstrução dasparedes já executadas (figuras 4 e 5). Fig. 4 e 5 – Parede com roços Deverá ser estudada a compatibilização sistemática entre os projetos de arquitetura e dasredes de esgotos, de águas e elétricas, tendo como objetivo garantir uma adequadaespessura das paredes para comportarem as diferentes tubagens. Um dos aspectos relevantes a ter em conta, e que foi agravado pelo acréscimo das redesinternas, é a possibilidade das mesmas serem perfuradas pelos futuros utilizadores dashabitações, decorrentes da sua adequação funcional. Neste contexto destacam-se como frequentes as perfurações de tubagens nas situaçõesseguintes: Instalações de esquentadores e de caldeiras mural; Fixação de móveis de cozinha; Colocação de toalheiros; Fixação dos batentes das portas, para evitar o seu encosto nas paredes; Fixação de candeeiros. Devido ao elevado número de redes e ao reduzido espaço para a sua passagem é recomendável a definição de critérios na instalação, tendo em conta o exposto e, a posteriorcomunicação aos utilizadores das frações. À semelhança do que se verifica noutros países da Europa desde há muitos anos, emPortugal, tem vindo a ser introduzidos sistemas de divisórias interiores com revestimento aplacas de gesso, permitindo um compromisso entre as novas exigências e soluções maisadequadas. A questão que se coloca é ainda de custo, quando se compara com sistemas com características acústicas equivalentes ao tijolo, mas, inevitavelmente, tal como já sucede com os tetos falsos, também as divisórias leves irão ocupar o seu espaço, com destaque para as obras de reabilitação urbana.
  • 5. Organização dos trabalhos - ANÁLISE DO PROJECTO E PREPARAÇÃO PARA OBRA O planejamento e a programação da execução de alvenarias devem obedecer aos mesmosprincípios aplicados a outras atividades, nomeadamente, (execução da estrutura,acabamentos, instalações técnicas, etc.), adaptados, em cada caso, ao volume ecomplexidade da obra. Os principais aspectos a considerar no planejamento da execução das alvenarias são osseguintes: Quantificação global dos trabalhos; Programação da sequência e duração das diversas tarefas (cronograma); Avaliação dos meios necessários (mão-de-obra, materiais, acessórios especiais e equipamentos); Avaliação das exigências logísticas (aquisição de materiais, armazenamento, transportee elevação, manutenção de equipamentos, etc.); Definição de equipas de trabalho e sua qualificação; Definição dos instrumentos de previsão e controlo da produtividade e custos; Definição de procedimentos de controlo de qualidade. - INFLUÊNCIA DA PROGRAMAÇÃO DA EXECUÇÃO DAS ALVENARIAS NO PLANO DAOBRA Recomenda-se que se retarde o início das alvenarias e que se aguarde algum tempo ate à execução dos revestimentos, devido: À deformabilidade das estruturas sob ação das cargas; À retração das estruturas e das paredes. As estruturas em geral e em particular as de concreto armado, têm deformações imediatas soba ação do seu próprio peso e dos elementos construtivos que suportam, além destasdeformações têm também, deformações posteriores a médio e longo prazo. As alvenarias só deverão ser executadas depois de terminada a estrutura e por ordeminversa, isto é, de cima para baixo. Esta prática é em geral, impossível, recomendando-seem alternativa a construção de piso sim, piso não, ou ainda, começando do 3º para o 1º,depois do 6º para o 4º e assim sucessivamente. O revestimento só deverá ser efetuado no fim da construção integral das alvenarias,porque o fecho superior destas – no remate à viga ou piso superior, por exemplo – só deveser feito quando todas as alvenarias estiverem executadas ou pelo menos 50% destas, e depreferência de cima para baixo. Recomenda-se ainda que nenhuma alvenaria seja fechada antes de decorridos 14 dias apósa execução da última fiada. Uma alternativa é elevar as alvenarias conforme os pisos são concluídos, mas deixando umespaço entre última fiada e o teto (ou viga), que virá a ser preenchida, quando todos ospisos estiverem concluídos, por uma argamassa deformável (à base de gesso, por exemplo),de modo que a carga estrutural nunca assente nas paredes.
  • 6. Fig./s. 6 e 7 – Exemplos de alternativas à execução das alvenarias a partir do último para o1º Piso (X – alvenarias a executar depois da estrutura concluída). Materiais utilizados para execução de alvenarias – TIJOLOS CERÂMICOS – CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DOS TIJOLOS CERÂMICOS: Regularidade na forma e dimensões; Arestas vivas e cantos resistentes; Som "claro" quando percutido; Resistência suficiente para resistir esforços de compressão Ausência de fendas e cavidades; Facilidade no corte; Homogeneidade da massa e cor uniforme; Pouca porosidade (baixa absorção). 3.3.1.2 – VANTAGENS Menor peso por unidade de volume; Aspectos mais uniformes, arestas e cantos mais fortes; Diminuem a propagação da humidade; Economia de mão-de-obra; Economia de argamassa; Melhores isolantes térmicos e acústicos. 3.3.2 – CORRECTA EXECUÇÃO DE ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS Efetuar a "marcação" das paredes com base na planta baixa (arquitetônica) da edificação, executando os cantos e, logo após, a primeira fiada com argamassa ecom o auxílio de linha, esquadro, prumo e nível; Nas extremidades da parede suspendem-se prumadas de guia, controlando com o prumo e assentando os tijolos alternados. Executar todas as fiadas, seguindo um fio de nylon nivelado de acordo com as
  • 7. prumadas guia das extremidades. Uma parede bem executada é plana, vertical, semondulações e necessita de pouca espessura de argamassa de revestimento – ARGAMASSAS – TIPOS DE ARGAMASSAS O projetista deverá selecionar o tipo de argamassa em função dos requisitos mecânicosda alvenaria, do tipo de material que a constitui, da exposição da fachada, da possibilidadeda exposição ao gelo e das propriedades inerentes à sua composição. As argamassas podem ser de duas origens. Argamassas pré-doseadas em fábrica eargamassas executadas em obra. As argamassas pré-doseadasdevem respeitar as condições constantes . De modo a que as argamassas possuam uma razoável trabalhabilidade torna-se necessáriauma proporção de ligante e areia de, pelo menos, 1:3. Uma vez que estas argamassas sãoem geral demasiado ricas para o assentamento de alvenarias, torna-se necessário reduzir aquantidade de ligante. Para que se mantenha a trabalhabilidade deve-se acrescentar calapagada ou plastificante. Debate-se agora as características mais relevantes das diferentesargamassas: Argamassas de cimento – as argamassas de cimento Portland permite resistênciasmecânicas elevadas, assim como um rápido desenvolvimento das suas características. Contudo, o ajuste da resistência pretendida não é fácil, uma vez que para dosagens fracas de cimento, as argamassas tornam-se “ásperas” e pouco trabalháveis; Argamassas de cimento e cal – o emprego da cal apagada, em substituição de parte docimento Portland, conferem às argamassas maior trabalhabilidade, maior retenção deágua e adesão (aumentando a resistência à penetração da água); Argamassas de cimento com aditivos plastificantes – os plastificantes, introdutoresde ar nas misturas de cimento e areia, são alternativas à adição da cal em argamassasfracas, uma vez que asseguram a sua trabalhabilidade. - ESPECIFICAÇÕES QUE AS ARGAMASSAS DEVEM VERIFICAR Sinteticamente, são: As argamassas hidráulicas correntes são constituídas por uma mistura deligantes, inerte e água, podendo ainda conter aditivos ou adjuvantes que lhesconferem propriedades hidrófugas, de endurecimento e de aceleramento ouretardamento da presa. O seu fabrico pode ser por processos mecânicos ou manuais, sendo contudopreferível a utilização de meios mecânicos. Depois de fabricadas as argamassas deverão ser levadas para os locais deaplicação com o auxílio de meios de transporte limpos, não absorventes e quenão provoquem a segregação dos materiais. As argamassas não devem ser utilizadas, após se ter iniciado a presa. Em geralnão devem ser empregadas depois de uma hora de fabrico, salvo nos casos deutilização de retardadores de presa. – TIPOS DE BLOCOS E TIJOLOS MAIS UTILIZADOS
  • 8. - BLOCO DE CONCRETO DE VEDAÇÃO Para fechamento de vãos em prédios estruturados. Devem ser observados os vãos entrevigas e pilares, de modo a propor vãos modulados em função das dimensões dos blocos. - BLOCO CERÂMICO DE VEDAÇÃO Deve-se procurar a modulação dos vãos, apesar de ser mais fácil o corte neste tipo de bloco.Dimensões mais encontradas (cm): 9x19x19 e 9x19x29. - TIJOLO CERÂMICO MACIÇO Empregado geralmente para alvenaria de vedação ou como estrutural para casas térreas.Devido às suas dimensões, a produtividade da mão-de-obra na execução dos serviços émais baixa. Os tijolos maciços também são usados em alvenaria aparente. Dimensões (cm):5x10x20 aproximadamente. – PARALELEPIPEDO Bloco paralelepipédico que é, hoje em dia, apenas utilizado por razões económicas emconstrução de casas individuais. Este é feito de cimento endurecido ao ar sem qualquercozedura em forno, e é usado para construção de paredes de fundações, paredes de suporte,interiores e exteriores, muros não de suporte e divisórias de distribuição. – ACESSÓRIOS E ARMADURAS PARA ALVENARIAS As armaduras para alvenarias e os acessórios usados para a execução de ancoragens deparedes, de fixação aos pilares, etc., são em geral, metálicos e, para além da resistênciamecânica necessária, devem ter uma proteção que assegure durabilidade contra corrosão. Para essa proteção, recorre-se em geral à galvanização quando os materiais são ferrosos,com uma micragem suficiente para os defender, não só da ação da umidade e dasargamassas, mas também da eventual dobragem quando manuseados em obra. Em situações de maior agressividade do meio ambiente, é usual o emprego de armaduras e acessórios em aço inoxidável. Podem ser empregues no fabrico dos acessórios outros metais não ferrosos, tais como ocobre ou o alumínio. Contudo, enquanto o cobre não é corroído pelo betão ou pelasargamassas ainda frescas, o mesmo já não se passa com o alumínio. Este deverá serprotegido por pintura betuminosa ou por pintura de cromato de zinco (que deverápermanecer intacta durante o assentamento do acessório). O emprego do cobre ou doalumínio, obriga a que não exista contacto direto entre estes materiais e outros elementosem aço. Se tal acontecer, ocorrerá corrosão de origem galvânica. As “BS5628”, em função do tipo de materiais que constituem os acessórios de fixação,definem as características de proteção mínimas a que os mesmos deverão obedecer. A introdução de armaduras nas juntas horizontais das alvenarias possibilitam o aumento daductilidade e as capacidades resistentes à tração, à flexão, e ao corte dessas alvenarias. Asarmaduras são normalmente comercializadas em forma de varões isolados ou em forma detreliça, variando o diâmetro dos varões principais entre 4mm e 5mm. – EQUIPAMENTOS PARA EXECUÇÃO DE ALVENARIAS
  • 9. FITA MÉTRICA CARRO DE MÃO PINCEL ESQUADRO COLHER PRUMO ANDAIME FIO – RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DOS MATERIAIS EM OBRA A recepção dos materiais em obra destina-se a garantir e verificar se estes corresponde àsexigências de projeto, se apresentam a uniformidade desejada e se não sofreram qualquerdeterioração durante o transporte. O controlo em obra é sobretudo visual e diz respeito às principais características dosmateriais. Em obras especiais ou de maior envergadura podem estabelecer- seprocedimentos laborais. Os limites de aceitação devem corresponder aos que estiverem definidos na normalizaçãoaplicável e ás exigências estabelecidas no caderno de encargos do projeto. - PROCEDIMENTOS DO RECEBIMENTO DOS MATERIAIS EM OBRA POR PARTE DAFISCALIZAÇÃO Os procedimentos normais por parte da fiscalização, no que diz respeito á qualidade econdições em que se encontra os materiais, necessários á execução de determinada obra,são os seguintes: Verificação da integridade dos sacos de cimento (e outros ligantes) e de eventuais sinaisde umidade que possam constituir indícios de que se deu o início da hidratação; Verificação da presença de ramos, folhas ou outros materiais indesejáveis (como porexemplo, argilas) nas areias, procedendo sempre que possível a uma
  • 10. análisegranulométrica das mesmas (como se refere no parágrafo referente ao fabrico dasargamassas); Verificação do aspecto do tijolo e de eventuais defeitos aparentes, confirmando aindaque a produção dispõe da necessária certificação; Verificação do prazo de validade e da documentação técnica de produtos deterioráveis(adjuvantes, etc.) bem como a integridade das suas embalagens. Fig. 8 - Embalagem de tijolo em obra, protegido com filme plástico, apenas nas faces laterais No caso dos tijolos furados, ao serem armazenados no estaleiro, os tijolos deverão serprotegidos da sujidade e não ficarem em contacto com solos úmidos e poluentes. - Fabrico das argamassas de assentamento As argamassas de assentamento têm como principais funções, a capacidade de unir osvários blocos ou tijolos, a distribuição uniforme das cargas verticais, a absorção dedeformações, a resistência a esforços laterais e a selagem das juntas contra a entrada deáguas. Para garantir estes desempenhos, temos que efetuar um estudo ás argamassas quanto: À sua capacidade de resistência à flexão e à compressão; Ao seu módulo de elasticidade; As possíveis retrações; À sua aderência; À sua capacidade de retenção de água; Á trabalhabilidade; Depois de efetuados os testes, aos desempenhos das argamassas nos critérios acimareferidos, estas devem cumprir também as seguintes condições: As argamassas de assentamento das alvenarias serão realizadas com Cimento Portland A sua aplicação deve respeitar sempre as indicações do fabricante e deverão estar
  • 11. adequadas aos diferentes tipos de trabalho. A espessura dos leitos e juntas não deverá ser superior a 0.01 m. A espessura das massas de assentamento, de alvenarias de pedra, tijolo ou betãoestrutural, são variáveis de acordo com as peças mas nunca inferiores a 0.02m esuperiores a 0.04m. Deverá existir um especial cuidado no aprovisionamento das matérias-primas. No caso deduas areias diferentes, estas deverão estar convenientemente separadas e deve evitar-sequalquer tipo de contaminação. Deverá, também, existir um cuidado especial no aprovisionamento dos ligantes hidráulicos. Se o fornecimento destes for em sacos, estes deverão ser armazenados num espaço fechado,assentes sobre um estrado com boa ventilação. Deve garantir-se que a pressão exercidasobre os sacos que ficarem debaixo não seja excessiva. Igualmente deve garantir-se que os adjuvantes se mantenham nos recipientes vindos defábrica, para que não haja qualquer contaminação destes produtos. Os trabalhos de assentamento têm baixos consumos de argamassa (cerca de 10 a 15 litrosde argamassa por m2 de alvenaria), pelo que se deve considerar pequenos volumes. É de terem atenção que na evolução de uma argamassa, após o seu fabrico, temos um períododormente, um período de presa, com o respectivo início e fim, e um posterior período deendurecimento. As argamassas devem ser utilizadas antes do início de presa. - VERIFICAÇÃO E CONTROLO DAS ARGAMASSAS - ESTADO FRESCO O estado fresco de uma argamassa define-se pela sua trabalhabilidade, sendo esta aprimeira característica e a introdutora de todas as outras. Uma argamassa que não possuaboa trabalhabilidade, será difícil de aplicar e tornar-se mais porosa do que o desejável. Existe um aparelho de laboratório, a chamada mesa de espalhamento, que nos permite umaboa avaliação da trabalhabilidade de uma determinada argamassa - ESTADO ENDURECIDO Deverá proceder-se a uma recolha, para fazer uma escolha racional dos produtos maisadequados, nomeadamente no que diz respeito á: Resistência à flexão; Resistência à compressão; Retracção; Arranque Determinação do módulo de elasticidade (dinâmico). - Assentamento de tijolos - TAREFAS PRELIMINARES
  • 12. Antes de se iniciar a execução das paredes de alvenaria, cujas tarefas e etapas são descritasnas alíneas seguinte, é necessário realizar diversas verificações preliminares: Verificar o estado da estrutura (geometria, desempeno e alinhamentos); Verificar a necessidade de uma reparação pontual da estrutura, e se decorreram 3 diasapós a eventual reparação; Verificar a limpeza e nivelamento dos pavimentos; Verificar se as peças de betão armado foram chapiscadas e se decorreram pelo menos 3dias após essa operação; Verificar se existem ferros de espera na estrutura para ligação das alvenarias (se estiverem previstos em projeto); Verificar se estão implementadas as medidas de segurança coletivas necessárias àexecução das alvenarias; Verificar se foram executadas todas as tarefas antecedentes previstas no plano de obra. Depois de se ter efetuado todas as verificações descritas anteriormente, entramos na fasede execução da alvenaria, propriamente dita, sendo a execução de alvenarias tem três etapasprincipais: A marcação da primeira fiada; A elevação da parede; Fecho (ou fixação). Estas tarefas devem ser intercaladas com diversos procedimentos de verificação e controlo. - TIPOS DE TIJOLOSUSADOS NAS CONSTRUÇÕES Fig. 9 – Formas e medidas dos tijolos mais usados em alvenarias – PAREDES DE ALVENARIA - CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PAREDES (QUANTO À SUA FORMA DECONSTITUIÇÃO) As paredes podem ser classificadas pela sua forma de constituição de acordo com o EC6, esão classificadas como podendo ser: Paredes simples: São constituídas por um único pano de alvenaria, podendo ser com junta horizontal
  • 13. continua ou descontinua na espessura da parede, e com ou sem junta longitudinal(existência de junta vertical preenchida no comprimento do bloco e localizada a meiaespessura. Paredes duplas: Atualmente muito utilizadas na construção, são constituídas por dois panos dealvenaria separados por caixa-de-ar e podendo ter ligadores metálicos de fixação dedistância entre panos. Paredes de face à vista: São constituídas por um ou dois tipos de unidades de alvenaria, em que oacabamento final de uma ou de ambas as faces é assegurado pelo próprio bloco. Paredes compostas ou dois panos: São constituídas, no sentido da sua espessura, por mais do que um material unidos entre si por argamassa podendo essa ligação ser reforçada por meio de ligador metálico. Parede-cortina: É um tipo de parede constituído por dois panos, sendo um em alvenaria e outro emconcreto armado ou similar. Neste tipo de parede, é usual a fixação do pano de alvenaria ao pano de concreto através de fixadores adequados. Fig. 10 - Ilustração dos tipos de paredes atrás referidos - CLASSIFICAÇÃO DO TIPO DE PAREDES (QUANTO AOS MATERIAIS QUE ASCONSTITUEM) -ALVENARIA DE PEDRA A alvenaria de pedras pode ser de pedra bruta com ou sem argamassa. É muito usada emmuros de contenção de terra (muros de arrimo), que no caso de não levarem argamassas,permitem a saída de água pelos intervalos entre as pedras.
  • 14. A alvenaria de pedra pode também ser de pedra aparelhada, nesse caso sempreargamassada, possuindo geralmente a forma de paralelepípedo e chamadas de alvenaria decantaria, sendo menos usada, devido exigir mão-de-obra especializada e cara. A argamassa destinada à alvenaria de pedra deve garantir a união das pedras, mantendo amesma resistência das aglomeradas. O traço indicado como normal para alvenaria de pedraé 1:4 de cimento e areia grossa ou 1:2:2 de cimento, areia e saibro. – ALVENARIA DE TIJOLO CERÂMICO Confeccionadas com blocos cerâmicos maciços ou furados, são as mais utilizadas nasconstruções de um modo geral. O consumo de tijolo por m² de alvenaria, bem como, oconsumo de argamassa para assentamento, depende do tipo de tijolo, das suas dimensões eda forma de assentamento. – ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO MACIÇO São indicados para fundações em baldrames, revestimento de poços, silos enterrados,cisternas para armazenamento d’ água, fossas sépticas, muros de arrimo e paredes, externasou internas, em que se haja necessidade de melhores características de resistência. Emedificações residências, a alvenaria de blocos maciços aparentes, permite a obtenção decomposições arquitetônicas de ambientes rústicos, de agradável visual. – ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO FURADOS São constituídas por paredes executadas com blocos cerâmicos furados que proporcionamparedes mais económicas, por apresentarem custo inferior ao do maciço, bem como, sendomaiores e mais leves, propiciam maior rapidez de execução. Os blocos furados têm tambémum bom comportamento quanto ao isolamento térmico e acústico, devido ao ar quepermanece aprisionado no interior dos seus furos. - MARCAÇÃO E 1ª FIADA Depois de se ter verificado (ou corrigido) o nivelamento do pavimento (térreo ou elevado),com uma régua de 2 metros, marca-se as paredes de acordo com o projeto de execução(plantas, alçados e cortes). Na realização desta marcação (em planta), aplica-se uma fina camada de argamassa decimento e areia (com largura compatível com a espessura da parede a marcar), na qual éimplantada em primeiro lugar os ângulos (geralmente esquadrias), e de seguida osalinhamentos retos (ou curvos) e a localização das aberturas (estas têm uma tolerância de+ 5 mm). Os ângulos são geralmente marcados com o assentamento de 2 tijolos, a partir dos quais sãotraçados os restantes alinhamentos no pavimento, quer este seja efetuado por "batimento"de um fio pigmentado bem esticado, quer por utilização de uma régua ou por um riscadorde aço. A ortogonalidade das paredes pode ser verificada com um esquadro rígido, e não deveapresentar desvios superiores a 2 mm/m.
  • 15. Fig.11 - Marcação e 1ª fiada de paredes simples no interior - MARCAÇÃO EM ALTURA E NIVELAMENTO Realizada a 1ª fiada, torna-se necessária a marcação em altura da parede de modo a garantira horizontalidade das fiadas e a verticalidade do paramento. Para tal, recorre-se ao uso das“fasquias” nas quais são marcadas as fiadas de tijolo a realizar. Esta divisão em altura, quetambém visa minimizar o número de fiadas a realizar com tijolos cortados, é realizada portentativas sucessivas com a fita ou com o compasso, sendo esta condicionada pela alturados peitoris das janelas, padieira dos vãos e pelo pé- direito da parede. O “cordel” esticado entre fasquias permite uma constante verificação do nivelamentopretendido das juntas horizontais, e com o auxílio do fio-de-prumo, a sistemáticaverificação da verticalidade do pano da parede. Este procedimento facilita e melhora ostempos de execução, (não dispensa o uso do nível e do fio de prumo) e garante ainda acorreta interligação das fiadas na junção de duas paredes. Face ao peso próprio da alvenaria e ao ritmo de presa da argamassa, num dia de trabalhonão deve ser executada uma altura superior a 1,60 m de parede, o que corresponde a cercade 4 fiadas por período de trabalho (meio dia). Fig.12. Verificação de aprumo a alinhamento de uma parede.
  • 16. - ELEVAÇÃO DA PAREDE - MOLHAGEM PRÉVIA Os tijolos, antes de serem assentes, devem ser molhados. Quando não é efetuada umamolhagem previa aos tijolos, estes absorvem parte da água da amassadura da argamassa. Esta por sua vez, sem a água necessária, em vez de adquirir a dureza necessária, torna-sedesagregável. A melhor aderência entre os tijolos e a argamassa obtêm-se com teores médios, sendorecomendado o uso de retentores de água nas argamassas de assentamento. A porosidade excessiva, como se referiu, também é prejudicial, porque pode retirar águaem excesso da argamassa, que seria necessária para as reações de hidratação. Fig.13 - Aspecto da capacidade de absorção do tijolo que, em geral, obriga à molhagem prévia (de reparar o excesso de argamassa na base dos tijolos). - JUNTAS E APARELHO As juntas devem ser executadas tal como especificado no projeto. As juntas devem terespessura e aparência uniformes, excepto se especificado de outro modo. Quando forespecificado que as juntas transversais não são preenchidas, as faces contíguas das unidadesde alvenaria devem ser firmemente encostadas. Quando especificado, as juntas podempermanecer abertas, por exemplo, para ventilação, drenagem ou assentamento por faixas(juntas descontínuas). O assentamento de tijolos, para qualquer espessura de parede, deve ser realizado de modoque as juntas verticais e horizontais (no caso de paredes com espessura superior a uma vez)fiquem desencontradas a pelo menos 1/3 do comprimento do tijolo (“matar a junta”). As juntas, com espessura final de cerca de 10 mm, devem ser realizadas com argamassaspouco consistentes, de modo a preencher completamente o intervalo entre os tijolos. Fig. 14 – Juntas de argamassa A forma do acabamento das juntas pode influenciar na qualidade e na durabilidade dasalvenarias. Os tipos de juntas mais frequentes, são ilustradas mais abaixo, as juntasrecomendadas (R) inclusivamente algumas não recomendadas, pois
  • 17. podem causarproblemas graves como infiltração de umidade, retenção de poeira, formação de musgo,estática, entre muitos outros problemas. Figura15 - Exemplo de juntas – ASSENTAMENTO O assentamento de tijolos deve verificar as seguintes condições: Cada tijolo deve ser assente sobre o leito de argamassa colocada na fia inferior (juntahorizontal) levando no seu topo uma “chapada” de argamassa distribuída à colher (juntavertical). O tijolo deve ser ligeiramente carregado, esfregado e percutido pelo maço (ou cabo dacolher) de modo a que a argamassa possa refluir pelas juntas. Esta argamassa excedenteé imediatamente retirada da face do tijolo (raspada com a colher) e aproveitada para oassentamento do tijolo seguinte. Durante o assentamento, deve ser permanentemente controlado o acabamento das juntasna face oposta à face de trabalho do operário, de modo a recolher a argamassa emexcesso que reflui das juntas, garantindo, deste modo, o desempeno dessa superfície. O espalhamento da argamassa na junta horizontal, criando o leito de assentamento. Pode abranger, de cada vez, o comprimento de um ou mais tijolos, dependendo do ritmo de aplicação e das condições climatéricas. Com o tempo seco severo é preferível a aplicação da argamassa tijolo a tijolo, paraevitar a sua dessecação precoce e a diminuição de trabalhabilidade. O fecho superior das paredes contra a laje ou viga deve ser feito alguns dias depois(como já referido). Após cada dia de trabalho as paredes devem ser protegidas com filme plástico paraevitar uma secagem demasiado rápida ou para as resguardar da chuva. – PROCESSOS DE ASSENTAMENTO DE TIJOLOS MACIÇOS Argamassa rebatidacom a colher Fig. 16 – Métodos para assentamento de tijolos maciços
  • 18. – ASSENTAMENTOS TRADICIONAIS E ESPECIAIS DE TIJOLOS MACIÇOS Fig.17 – Ajuste normal de tijolos maciços Fig. 18 – Ajuste inglês ou gótico de tijolos maciços Fig.19 – Ajuste francês de tijolos maciços Fig. 20 – Ajuste inglês ou gótico de tijolos maciços
  • 19. Fig. 21 – Ajuste em pilares para tijolos maciços – TIPOS DE AMARRAÇÕES EM TIJOLOS Consideram-se alvenarias amarradas as que apresentam juntas verticais descontínuas. Aseguir, nas figuras, são mostrados os tipos de amarrações mais comuns para tijolos maciçosou de dois furos. Os esquemas também são válidos para outros tipos de tijolos cerâmicos ou blocos deconcreto. 1ª fiada 2ª fiada Fig. 22 – Tipos de amarrações Fig. 23 – Amarrações em cantos