(1) O documento discute a gestão eficaz de escolas católicas com equilíbrio e carisma, propondo (2) conectar-se com as tendências contemporâneas, (3) profissionalizar-se em todos os âmbitos e (4) guiar estratégias e práticas cotidianas com valores.
1. Gestão Eficaz e Carisma
A busca de equilíbrio
Ir. Afonso Murad
VIII Fórum das
Mantenedoras
2. Ponto de Partida
• Equilíbrio dinâmico, com tensões
e conflitos.
• Cada momento histórico exige
reposicionamento.
• Depende do tamanho e da
complexidade das escolas e de
suas mantenedoras.
• Não se apresenta solução mágica,
3. (1) Pessoas com brilho no
olhar, identificadas com o
carisma, estimuladas à busca
contínua
4. Já temos!
• Leigos(as) que internalizaram nossos
valores.
• O respeito a cada pessoa.
• Atenção diante de situações
dramáticas.
• Ambiente humano e acolhedor.
• ....
5. Porém.... Porém...
• Confusão: humanização seria
amadorismo, protecionismo e
bajulação.
• Gestão de pessoas e talentos
reduzida à RH e DP.
• Desarticulação com o coração da
missão e do negócio: a educação
cristã.
• Gestores autoritários e medianos, e
6. No caminho...
• Aprimorar os processos de seleção com
critérios múltiplos: CHÁ
• Integrar as características do carisma no
quadro de funções, atribuições e alçada
(se ele existe....)
• Política de benefícios (o que é possível)
• Acompanhamento/Monitoramento,
especialmente no primeiro ano.
• Avaliação de desempenho anual
(formal).
10. Eu descobri que as coisas boas da vida são de
graça, não custam nada.
Eu descobri que o mundo inteiro pode ser o meu
jardim, a minha casa, o teu abraço, não custa
nada, um beijo seu, não custa nada, a boa ideia, não
custa nada, missão cumprida, não custa nada. E
quando tudo parecer que está perdido dê uma boa
gargalhada.
Eu descobri que as coisas boas da vida são de
graça, não custam nada.
Eu descobri que o mundo inteiro pode ser o meu
quintal, a minha casa, o por do sol, não custa
nada, a brincadeira, não custa nada, um gol de
placa, não custa nada, vento no rosto, não custa
nada,
E quando tudo parecer que está perdido, dê uma
boa gargalhada
A flor do campo, não custa nada, onda do mar, não
custa nada, a poesia, não custa nada, a nossa
11. A espiritualidade cristã propõe
uma forma alternativa de
entender a qualidade de vida,
encorajando um estilo de vida
profético e contemplativo, capaz
de gerar profunda alegria sem
estar obcecado pelo consumo.
Tornar-se serenamente presente
diante de cada realidade, por mais
pequena que seja, abre-nos
muitas mais possibilidades de
compreensão e realização pessoal
12. A espiritualidade cristã propõe um
crescimento na sobriedade e uma
capacidade de se alegrar com pouco. É
um regresso à simplicidade que nos
permite parar e saborear as pequenas
coisas, agradecer as possibilidades que a
vida oferece sem nos apegarmos ao que
temos nem entristecermos por aquilo
que não possuímos (Francisco, LS 222).
13. Dar passos significativos para que as
pessoas (professores, funcionários,
gestores) sejam reconhecidos, cultivem o
brilho no olhar, se sintam membros e
sejam estimulados a crescer como seres
humanos e profissionais
15. Discernir os “Sinais dos
Tempos”
• Escola “em saída”: alarga seu
horizonte aprendendo de tendências
que apontam para o futuro-presente,
o inédito viável.
• O carisma institucional surgiu como
resposta a situações-limite. Hoje ele
deve ser recriado.
16. Sonho com uma opção
missionária capaz de
transformar tudo, para
que os costumes, os
estilos, os horários, a
linguagem e toda a
estrutura eclesial se
tornem um canal
destinado mais à
evangelização do mundo
17. Uma opção capaz de transformar
tudo, para que os costumes, os
estilos, os horários, a linguagem e
toda a estrutura se tornem um
canal destinado mais à educação e
à evangelização do mundo atual
do que a auto-preservação (EG 27)
Refazendo as Instituições
educacionais
18. Que todas as
comunidades se
esforcem, com os meios
necessários, para
avançar na conversão
pastoral e missionária,
que não pode deixar as
coisas como estão. Não
basta uma simples
administração. E sim,
19. Conectar-se com que? Com quem?
A fé nos dá lucidez para aprender
com o mercado, sem ceder à sua
lógica perversa e fazer alianças
com grupos do Bem
20. A escola católica, espaço eclesial (e
não eclesiástico), diverso e
multicultural, é importante
protagonista para a conversão
pastoral de uma “Igreja em saída”, em
diálogo com a contemporaneidade.
Colaborar na liderança multicultural da
multicultural da sociedade democrática
democrática brasileira (Marcelo Aquino)
22. O grande apelo: Cuidar da
Casa Comum
• Tornar conhecida a Encílica Laudato
Si.
• Estimular iniciativas em diversas
áreas do conhecimento.
• Articular com as Campanhas da
Fraternidade 2016 e 2017.
• Adotar comportamentos e políticas
ambientais. Visibilizar.
• Desenvolver a espiritualidade
ecológica com gestores, educadores,
24. Mantenedoras e Unidades
• Relação de reciprocidade entre as
mantenedoras e as Unidades.
• Da parte da mantenedoras: ouvir,
discutir, orientar, determinar,
agradecer, avaliar-se.
• Implementar processos simultâneos:
horizontais, matriciais e verticais
25. Exercitamos um diálogo vivo
entre Gestão Organizacional e
visão pedagógica. Há conceitos
úteis, como também questões
irreconciliáveis (Artur Jacobus)
26. Profissionalização inclui:
• domínio e desenvolvimento de saberes
específicos,
• adoção de tecnologias
correspondentes,
• busca de qualidade para responder às
demandas,
• formação continuada das pessoas,
• conexão com outras áreas do
conhecimento,
• ética profissional,
27. Reduzir, aprimorar e criar (P.
Drucker)Não é viável manter tudo o que temos e fazemos, e multiplicar ainda mais.
29. Dar o rumo, na sociedade como
um barco à deriva, sem valores
30. Alguns exemplos...
• Escolha do livro e do material didático
• Quantidade e qualidade dasAtividades no
ano letivo
• Jeito de fazer os eventos
• Critérios para formatura
• Ecodesign nas reformas e construções
• Escolha dos fornecedores
-> O aluno/a e a família sabem em que
acreditamos, conhecem nosso jeito de atuar. O sim
31. A Balsa de Medusa - Theodore Gericault
Como colaboramos para salvar os jovens náufragos
do nosso tempo?
32. Cidadania e inclusão social
• Grande parte dos nossos Institutos nasceu
para atender os pobres e necessitados.
Com o tempo, voltamo-nos para a classe
média e as elites.
• Fidelidade ao carisma exige de nós:
- Ser sinal profético no meio em que
atuamos: consciência crítica, diferenciais
em atitudes, iniciativas cidadãs.
- Promover efetivamente a inclusão social
dos pobres nas nossas iniciativas de
filantropia.
33. Vamos ajudar crianças e jovens a
“saltarem para dentro da vida”, a
construirem uma civilização
autenticamente brasileira? (Cleber
(Cleber Ratto)
35. Precisamos dizer o que as nossas
escolas católicas contribuem para
as crianças e adolescentes do
Brasil. Vocês compartilham o
conhecimento com a formação da
cidadania! (Lêda G. de Freitas)
36. Para que
• Não é a visibilidade midiática da cultura da
aparência.
• Visibilidade do evangelho: “Brilhe a luz de
vocês, para que vendo as suas boas obras,
glorifique a Deus” (Mt 6).
• Fortalecer a “corrente do bem”, entre as
Unidades da Mantenedora, as famílias
religiosas, as instituições católicas. Na
educação e na sociedade civil.
37. Exemplo: Como fazer uma
campanha do Bem
• Aprenda de campanhas anteriores
• Comece com quem está aberto para a
ação
• Promova comportamentos simples e
realizáveis (um de cada vez)
• Descubra e remova as barreiras de
mudança de comportamento
• Traga benefícios reais para o presente
• Destaque as desvantagens da posição
38. • Promova algo que ajude o público-alvo a
realizar o que se espera.
• Torne o acesso fácil.
• Faça mensagens com humor.
• Use todos os canais possíveis na hora da
decisão.
• Recorra a lembretes
• Acompanhe os resultados e faça ajustes
(Kotler e Lee, Marketing social. Influenciando
comportamentos para o bem. Bookman, 2011)
39. Em síntese:
• Pessoas com brilho no olhar
• Conexão com a contemporaneidade
• Profissionalização crescente
• Valores traduzidos em práticas
• Visibilidade e multiplicação
41. Atrevo-me a propor de novo o desafio da
Carta daTerra: “Como nunca antes na
história, o destino comum obriga-nos a
nos a procurar um novo início (...). Que o
Que o nosso seja um tempo que se recorde
recorde pelo despertar duma nova
reverência face à vida, pela firme resolução
resolução de alcançar a sustentabilidade,
sustentabilidade, pela intensificação da luta
da luta em prol da justiça e da paz e pela
pela jubilosa celebração da vida” (LS 207)