2. MORTE
— A morte é um processo continuo, não
um evento isolado
— Nem todos os órgãos e tecidos se
tornam inviáveis ao mesmo tempo
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
3. Processo de morte constituído por 4
períodos:
— Período Agónico
— Período de Morte Somática
— Período de Morte Intermédia
— Período de Morte Absoluta
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
MORTE MEDICINA LEGAL
4. PERIODO MORTE SOMÁTICA
— Perda dos sentidos e reflexos
— Paragem cardíaca
— Paragem respiratória
— Período em que cessam as funções
vitais
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
MORTE MEDICINA LEGAL
5. MORTE CELULAR
— Morte dos tecidos e suas células
constituintes, com ausência de função ou
qualquer actividade metabólica.
Paragem cardiorespiratória Anóxia
Morte celular
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
6. SINAIS DE MORTE
— Flacidez muscular
— Sinais oculares
— Reflexo córneo
— Pupilas
— Tensão ocular
— Opacificação das córneas
— Oclusão das pálpebras
— Retina
— Livores
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
7. — Flacidez muscular
— Imediata
— Tónus musc=0
— Sinais oculares
— Perda do reflexo córneo e luminoso
— Pupilas arreactivas à luz
— Primeiro: meias dilatadas
— Depois: dilatação maior por rigor mortis
— Dilatação diferenciada sem significado
SINAIS DE MORTE
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
8. SINAIS DEVIDOS À CESSAÇÃO
DAS FUNÇÕES VITAIS
— Ausência de movimentos
— Ausência de reflexos
— EEG isoeléctrico
- Hipotermia
- Intoxicação medicamentosa
- Alterações endócrinas ou
metabólicas
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
Sinais Positivos de Morte
9. SINAIS DEVIDOS À CESSAÇÃO
DAS FUNÇÕES VITAIS
— Ausência de movimentos inspiratórios
— Ausência de batimentos cardíacos
— Ausência de resposta a estímulos
dolorosos
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
Sinais Positivos de Morte
10. SINAIS DE CERTEZA DE
MORTE
— Putrefacção
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
Precoce
— Livores
— Rigidez Cadavérica
— Arrefecimento
— Desidratação
— Autólise
Tardios
11. VERIFICAÇÃO DA MORTE
LEI 141/99 de 28 DE AGOSTO
Estabelece os princípios em que se baseia
a verificação da morte
— Apenas o médico está habilitado
— Preencher: identificação, local, data, hora,
informação clínica, identificação do médico
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
12. CERTIFICADO DE ÓBITO
— Identificação completa do falecido
— Causa da morte (CID 10)
— Distinguir mecanismo da morte de causa
de morte
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
13. CERTIFICADO DE ÓBITO
— Causa directa – O estado patológico ou
lesão traumática que provocou
directamente a morte. Constitui a última
consequência ou efeito da causa básica
— Causa Básica – Estado patológico
responsável pelo desencadeamento de
outros estados patológicos classificáveis
como causa básica
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
14. CERTIFICADO DE ÓBITO
— Causa intermédia – Estado patológico que
relaciona a causa básica com a directa,
quando existe. Quando não existe apenas
há lugar às outras duas
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
15. PATOFISIOLOGIA DA MORTE
Sinais devidos ao estabelecimento dos
fenómenos cadavéricos
Determinação da data da morte
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
21. ARREFECIMENTO CADAVÉRICO
Fenómeno cadavérico de maior utilidade
para a determinação do intervalo
postmortem nas primeiras 24h após a
morte.
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
22. — Inicio pela cara, mãos e pés
— A velocidade de arrefecimento é proporcional
à diferença entre a temperatura da superfície
corporal e o meio ambiente.
— Regiões descobertas (pés, mãos, e face) –
2h
— Regiões cobertas – 4 a 5h
— Arrefecimento completo após 8 a 17h
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
ARREFECIMENTO CADAVÉRICO
23. - FACTORES DE VARIAÇÃO -
1. Causa de morte: mais rápido (doenças crónicas;
hemorragias; queimados; intox. Alcool, arsénico;
morte por frio. Mais lento (doenças agudas,
insolação, golpe calor, sufocação, intox. Estricnina)
2. Factores individuais: idade, estatura, estado nutrição,
vestuário, peso
3. Factores ambientais: temperatura ambiental,
humidade, ventilação, corpo dentro H2O
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
ARREFECIMENTO CADAVÉRICO
25. — Múltiplos factores tanto intrínsecos como
exógenos, afectam a evolução da rigidez
— Calor ou frio acentuados produzem rigidez
rapidamente, embora no calor passe
rapidamente, por acção da putrefação
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
RIGIDEZ CADAVÉRICA
INFLUÊNCIA
26. — 2 a 4h – Início
— 6 a 12h – Completa
— 13 a 24h – Intensidade máxima
— 36h - Desaparece
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
RIGIDEZ CADAVÉRICA
28. — Perda de peso: fenómeno constante mas
só apreciável no recém-nascido e nas
crianças de pouca idade
— Apergaminhamento cutâneo: áreas
escoriadas
— Desidratação das mucosas
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
DESIDRATAÇÃO CADAVÉRICA
29. — Opacificação da córnea ( olhos abertos 45m
– 4h; olhos fechados - 24h)
— Mancha esclerótica (10 – 12h)
— Afundamento do globo ocular (2 – 3h)
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
DESIDRATAÇÃO CADAVÉRICA
FENÓMENOS A NÍVEL OCULAR
31. — Manchas de coloração vermelho arroxeada nas
zonas de declive não sujeitas a pressão
— Resulta da acumulação do sangue não circulante
nos vasos da pele das regiões de declive
— Fenómeno puramente mecânico
— Podem ocorrer mesmo antes da morte em dças
que implicam acentuada desidratação como a
cólera
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
LIVORES
32. — Aspecto e intensidade condicionados por
estrutura corporal, causa de morte, posição
do corpo, temperatura ambiental, idade.
— Cor: geralmente de coloração roxo-
avermelhada ou vermelho-arroxeado, pode
variar em função da causa de morte.
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
LIVORES
33. — Intensidade: dependente da fluidez do sangue
e da causa de morte
— Localização: dependente da posição do
cadáver (zonas de declive)
— Evolução: começam a surgir cerca de 15-30
min. a 2-3h após a morte; confluentes (1 a 4h
após morte); generalizados (6/8h após a
morte); fixos (apartir das 10/12h)
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
LIVORES
34. — Uma pressão moderada pode ser
suficiente para impedir a formação de
livores
— Possível indicador da causa da morte, de
eventual mudança de posição do cadáver
e do intervalo postmortem
FENÓMENOS CADAVÉRICOS IMEDIATOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
LIVORES
36. CRONOTANATODIAGNOSE
Corpo quente e flácido: morte há menos de 3h
Corpo quente e rígido: morte entre 3 a 8 horas
Corpo frio e rígido: morte entre 8 e 36h
Corpo frio e flácido: morte há mais de 36h
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
38. — Conjunto de fenómenos fermentativos que
têm lugar no interior da célula por acção das
próprias enzimas celulares
— Mancha verde na fossa ilíaca direita
FENÓMENOS CADAVÉRICOS TARDIOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
AUTÓLISE
39. PERIODO COLORATIVO OU CROMÁTICO (HORAS)
PERIODO ENFISEMATOSO (DIAS)
PERIODO COLIQUATIVO OU DE LIQUEFACÇÃO
(MESES)
PERIODO ESQUELÉTICO (ANOS)
FENÓMENOS CADAVÉRICOS TARDIOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
AUTÓLISE
40. — Processo de fermentação pútrida de
origem bacteriana
— É consequência da actividade bacteriana e
enzimática
FENÓMENOS CADAVÉRICOS TARDIOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
PUTREFACÇÃO
41. MORTE VIOLENTA
— Morte que ocorre por meio de agentes
externos
— Engloba essencialmente 3 grandes grupos
de circunstancias:
- Lesões traumáticas
- Asfixias
- Intoxicações
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
42. — Acidente de viação
— Armas brancas
— Armas de fogo
— Lesões por agentes físicos e químicos
— Asfixias mecânicas
— Aborto e infanticídio
LESÕES TRAUMÁTICAS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR
43. — MECÂNICOS: exercem acção de natureza
contundente, cortante, perfurante, ou mista.
— FÍSICOS: queimaduras
— QUIMÍCOS: resultam da acção de
substancias químicas que em contacto com a
pele reagem quimicamente
— TÓXICOS: intoxicações
AGENTES EXTERNOS
QUESTÕES MÉDICO-LEGAIS NO PRÉ HOSPITALAR