SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  60
AGITAÇÃO E MISTURA

     AULA – 09

       2012
Introdução
Agitação e Mistura
Muitas operações dependem da agitação e mistura de
fluidos,que são ações complementares. O agente da
operação é denominado agitador, embora nem sempre
haja um dispositivo mecânico instalado especificamente
para essa finalidade. Agitação e mistura são operações
usadas durante os processos industriais; seja na
mineração, indústrias alimentícias, químicas
farmacêuticas, de papel e tratamento de água e esgoto.
       Normalmente estas operações são realizadas em
tanques providos de agitadores mecânicos.
A operação é caracterizada qualitativamente por três palavras:

1.Homogeneização: movimentação branda que visa uniformizar
líquidos miscíveis para se conseguir uniformidade no sistema;

2.Mistura: operação mecânica que aumenta a homogeneidade do
fluido, que podem ser miscíveis ou não, através da eliminação do
gradiente de concentração, temperatura e outras propriedades. Na
mistura de fluidos, as propriedades que vão influenciar serão a
viscosidade, massa específica e miscibilidade. Já nos sólidos, as
propriedades são: tamanho, massa específica do sólido, formato e
rugosidade.Tendo um regime turbulento;

3.Agitação: É uma operação mais completa que as anteriores. Refere-
se à movimentação intensa induzida de um material em forma
determinada, por meio de impulsores giratórios, dentro de um
recipiente (Ex: tanques).
AGITAÇÃO

   A agitação refere-se ao movimento
induzido em um fluido por meios mecânicos
em um recipiente. O fluido pode circular no
recipiente ou apresentar outro padrão de
fluxo. Pode-se agitar uma única substância
homogênea.
MISTURA
A mistura está normalmente relacionada a
duas ou mais fases inicialmente separadas
que são aleatoriamente distribuídas dentro
ou através uma da outra.
A mistura de fluidos em vasos agitados é
uma das mais importantes operações
unitárias para diversas indústrias.
DIFERENÇAS ENTRE AGITAÇÃO E
            MISTURA
Entende-se que os processos de agitação
diferem dos processos de mistura, porque
na agitação considera-se uma única fase e
nos processos de mistura considera-se que
os componentes se apresentam em duas ou
mais fases.
Classificação das misturas

-Homogênea: gás-gás, líquido-líquido (miscível);

-Heterogênea: sólido-líquido.

    A agitação dos fluidos não implica necessariamente numa
distribuição homogênea dos fluidos ou partículas, isto é, com
agitação, a mistura pode não ser conseguida.
Propriedades que influem nas misturas

As propriedades mais importantes dos materiais, que
podem influenciar na facilidade da mistura para fluidos e
sólidos são:

Fluidos: viscosidade, massa específica, relação
entre as massas específicas e miscibilidade;

Sólidos: finura, massa específica, relação entre as
massas específicas, forma, aderência e
molhabilidade.
Tipos de agitadores

Os três principais tipos de agitadores para
líquidos de viscosidade baixa a moderada são:

Propulsores, Pás e Turbinas.
Para líquidos muito viscosos, os mais usados são:
Propulsores tipo hélice e os agitadores
âncora.
Agitação de Líquidos:
Os líquidos são agitados com vários propósitos, dentre os
principais têm-se:
- suspensão de partículas sólidas;
- mistura de líquidos miscíveis (água e álcool metílico);
- dispersão de um gás através de um líquido na forma de
pequenas bolhas;
- dispersão de um líquido em um outro imiscível, para a
formação de emulsão ou suspensão de gotículas muito
finas;
- transferência de calor entre líquido e superfície aquecida,
tal como serpentina, camisa de aquecimento, etc.
Características:

- Tanques cilíndricos verticais, abertos ou fechados
para o ar;
- Base do tanque arredondada, para evitar regiões
mortas ou cantos;
- Altura do líquido = diâmetro do tanque;
- Agitador na parte superior;
- Caixa de engrenagem para redução de velocidade
(nem sempre necessária).
Agitadores:
São divididos em duas classes: fluxo axial e fluxo
radial.

-Fluxo axial: correntes paralelas ao eixo do agitador; são aqueles
cujas pás fazem um ângulo menor que 90º com o plano de rotação
do impulsor. Ex: hélices, turbinas de pás inclinadas.

- Fluxo radial: correntes tangenciais ou na direção perpendicular ao
eixo do agitador. Tem suas pás paralelas ao eixo de rotação. Este
fluxo é perpendicular a parede do tanque. Ex: turbina, pás, âncora,
grade.
velocidade de fluxo
Equipamento de Agitação:
Os líquidos são agitados
em tanques ou vasos,
geralmente cilíndricos e
com um eixo vertical. As
proporções do tanque
variam muito,
dependendo da natureza
da agitação.




                       Vaso típico de um processo de agitação
s




O dispositivo convencional é mecânico destinado
a movimentar o fluido pela ação de um rotor. O
rotor consiste em geral de certo número de
lâminas presas com certa inclinação a um cubo
acionado pelo eixo. O escoamento provocado
pelo rotor pode ser axial, mais comum com
lâminas inclinadas a 45º, ou radial, que é o rotor
de lâminas planas.
Tipos de agitadores para líquidos de
    viscosidade baixa a moderada são:




(a) Propulsor marinho de três pás, (b) turbina de pá fina aberta,
(c) turbina de disco, (d) turbina vertical de pás curvas
Existem modelos com sistemas impulsores para
produção de fluxo predominantemente radial ou
axial, tais como:

- Impulsores de pás retas com inclinação de 45º
-Impulsores navais
-Impulsores de alta eficiência com pás em ângulo
variável próximo de pás constante
-Impulsores de pás planas
-- Impulsores de pás curvas, etc.
IMPULSORES DE FLUXO AXIAL

   São utilizados quando se deseja induzir fluxos
de cima para baixo com objetivo de:

     - misturar líquidos
     - realizar suspensão de sólidoslor
     - incorporar pó seco em líquido
     - promover transferência de calor
IMPULSORES DE FLUXO AXIAL

      No modelo de fluxo induzido, podemos
observar que o componente de velocidade axial
predominante direciona o fluxo para o fundo do
tanque.
      Os defletores por sua vez além de eliminar os
redemoinhos, atuam no redirecionamento do fluido,
forçando-o para cima, criando certa forma uma
eficiente recirculação do produto.
      Esta interação entre os fluxos ascendente e
descendente, inerente na ação do movimento é
usado para misturar o fluido.
IMPULSOR DE FLUXO RADIAL

      Os impulsores deste tipo induzem perfis de
velocidade predominantemente radiais e são
utilizados quando se deseja:

- misturar líquidos imiscíveis
- obter troca de calor
- dispersar gás nos líquidos
IMPULSOR DE FLUXO RADIAL
       No modelo do fluxo induzido podemos observar que o
fluxo está mais ou menos confinado nas proximidades do
impulsor tanto acima como abaixo do mesmo. O fluxo, que
próximo ao eixo é axial, toma gradualmente um perfil
predominantemente radial, até atingir as paredes do
tanque, onde é redirecionado tanto para cima como para
baixo.
       A alta ação de cizalhamento do fluxo, resultante da
mudança de fluxo axial para radial é exatamente aquela
necessária para produzir os efeitos de transferência de
massa.
Tipo de agitação

AGITAÇÃO LEVE: Caracteriza-se nas aplicações onde se
requer o mínimo de velocidade do fluido, permitindo os
seguintes resultados:
       - promover completa mistura do fluido de maneira
suave formando uma superfície plana porém com
movimento.
       - misturar fluídos miscíveis até homogeneidade, se a
diferença de suas densidades for menor que 0,1
       - misturar fluídos miscíveis até uniformidade, sendo a
viscosidade de um, menor de 100 vezes a viscosidade do
outro.
       - manter a temperatura da mistura uniforme.
Tipo de agitação

AGITAÇÃO MÉDIA: A agitação média é a mais comum
nos processos industriais:
       - misturar fluídos miscíveis até uniformidade,
sendo a diferença de suas densidades menor que 0,6
       - misturar fluídos com grande diferença de
viscosidade menor que 10.000 vezes.
       - auxiliar no aquecimento ou resfriamento de
misturas.
Tipo de agitação
AGITAÇÃO FORTE: A agitação forte é caracterizada por
requerer alta velocidade do fluído.
      - produz superfícies turbulentas em fluídos de
baixa viscosidade.
      - é utilizada quando o tempo de mistura é crítico
ou quando as diferenças de viscosidade são grandes
(menor que 100.000 vezes).
      - misturar fluídos até a uniformidade quando a
diferença de densidade é menor que 1,0.
Modelo de agitação com turbina de pás
              inclinadas
Tanque com agitador horizontal
         (McCabe, 1985).




Padrão de escoamento com uma turbina de escoamento
radial em um vaso sem chicanas (McCabe, 2001).
Escoamento padrão com o agitador
  fora do centro (McCabe, 2001).

                      Em tanques
                      pequenos, o
                      agitador pode
                      ficar
                      descentralizado
                      e/ou inclinado
Tanque com agitador horizontal
       (McCabe, 1985).
                     Em tanques
                     largos, o
                     agitador pode
                     ser colocado na
                     lateral
                     horizontalmente
                     .
Escoamento padrão em um tanque com
      chicanas com um agitador
  montado no centro (McCabe, 1985)
Tanque com chicanas e “draft” tubos:
 (a) turbina, (b) propulsor (McCabe, 2001)




Estes equipamentos são úteis quando se deseja grande
cisalhamento no agitador, como no caso da fabricação de
certas emulsões, ou quando partículas sólidas tendem a
flutuar na superfície do líquido.
A ancora é o mais econômico dos impulsores de pás,
trabalhando em regime laminar e com fluidos muito
                     viscosos.
Detalhe do fluxo tangencial
MISTURA DE SÓLIDOS

      A mistura de sólidos é uma operação difícil de
realizar. Gases e líquidos misturam-se
espontaneamente por difusão, porém a mistura de
sólidos, além de consumir muita energia, requer a
moagem prévia das partículas até uma granulometria
bastante fina. É uma operação industrial muito
frequente na indústria farmacêutica, compostos de
plásticos e a produção de fertilizantes mistos e de
produtos agropecuários em pó.
Fatores que interferem na mistura

– Densidade do pó
– Proporção dos diferentes componentes.
– tamanho relativo da partícula sólida, formato e
densidade de cada componente;
– a eficiência do misturador para aquele componente
– a tendência dos materiais a formar agregados;
– conteúdo de umidade, características superficiais e
de escoamento de cada um dos componentes.
TIPOS DE OPERAÇÃO
     Quando os sólidos a serem misturados são
constituídos de partículas de fácil escoamento, a
operação de mistura pode ser realizada a seco.
Nesse caso um alto grau de mistura é conseguido
sem muita dificuldade.
     Se a umidade do material a ser misturado for
elevada é preferível operar usando via úmida.
Os equipamentos nessas operações são diferentes.
No entanto, nossa atenção estará focalizada
principalmente na mistura de sólidos granulares
secos.
EQUIPAMENTO UTILIZADO
   Há uma variedade de modelos em uso. Alguns
equipamentos já apresentados como, o
transportador helicoidal e os moinhos de bolas
prestam-se muito bem para a finalidade. Outros
dispositivos serão considerados a seguir. Alguns
operam em batelada, enquanto outros são contínuos.
   O tipo mais simples de misturador de batelada é o
tambor rotativo com chicanas radiais. A carga é feita
até a metade da capacidade do tambor e a operação
dura geralmente de 5 a 20 minutos. O conteúdo é
descarregado por uma abertura lateral diretamente
sobre um transportador.
EQUIPAMENTO UTILIZADO
   Deve-se levar em conta a rotação do tambor que
geralmente é 50 a 60% da rotação crítica. O consumo
de energia é inferior ao dos misturadores helicoidais
de fita de aço. O acionamento é feito por meio de
engrenagens ou correias cujo número depende do
tamanho do tambor, da carga, e diâmetro das polias.
Usam-se geralmente 2, 5, ou 8 correias.
   Um tipo especial de tambor rotativo é a conhecida
betoneira utilizada no preparo de concreto. A carga e
descarga é feita pela boca do tambor, que muitas
vezes é basculante e tem a forma de pera.
Tambor Rotativo
Misturadores de impacto
    São utilizados para sólidos finos, como os inseticidas e
alguns produtos farmacêuticos. Os ingredientes bem
secos são alimentados continuamente no centro de um
disco 20 a 70cm de diâmetro, girando em alta rotação
(1750 a 3500 rpm) no interior de uma carcaça .
Geralmente o disco é horizontal, mas há também modelos
com discos verticais. A mistura é realizada durante o
impacto das partículas contra as paredes do misturados
(carcaças). Misturadores deste tipo podem ser usados em
série afim de melhorar a uniformização. A capacidade
varia entre 1 e 25 t/h para materiais de fácil escoamento.
MISTURADOR DE IMPACTO
MISTURADOR DE IMPACTO
Misturadores em V
     Constituem um tipo bastante comum na indústria.
Dois cilindros curtos, unidos pela base de modo a
formar um ângulo próximo a 90º, giram em torno de
um eixo horizontal. Os cilindros podem ser de
comprimento diferente. Estes misturadores funcionam
em bateladas que ocupam metade do volume total.
O tempo de mistura é de 5 a 20 minutos.
     Com vários V em série obtém-se um misturador
em zig-zag e que, se for ligeiramente inclinado, permite
realizar operação contínua.
Misturadores em V
Misturador de Duplo Cone

É constituído de dois cones unidos pela base
maior e que giram em torno de um eixo no plano
da base.
A carga e a descarga são feitas pelos vértices. Há
misturadores de duplo cone com agitadores
internos adicionais e que permitem realizar a
mistura em poucos minutos.
Misturador de Duplo Cone
Misturadores Helicoidais

São misturadores com as características de
terem helicóides feitas com chapas metálicas
onduladas ou com fitas de aço afastadas do
eixo.
São misturadores de operação contínua.
Misturador
com agitador helicoidal
MISTURADOR DE FITA E DE ROSCA
        HELICOIDAL
Forças que atuam no processo e
        Mecanismos de mistura
As forças que atuam no processo de mistura
podem ser:
– inerciais e de aceleração ou
– gravitacionais
Mecanismos de mistura:
– Convecção
– Difusão
– Mistura pneumática
– Impacto
MECANISMOS DE MISTURA
DIFUSÃO (revolvimento,tombamento):
• Neste processo as partículas são reorientadas uma em
relação às outras quando são colocadas em movimento
aleatório havendo uma modificação de suas posições
relativas devido à modificação da posição de
conjuntos de partículas
• Neste processo, também denominado de
CISALHAMENTO, há criação de planos de deslizamento
dentro da massa como resultado da mistura de grupos de
partículas.
MECANISMOS DE MISTURA
• Planos de escorregamento são formados no
seio do sólido granulado durante a mistura,
provocando o deslocamento relativo de porções
grandes do material.
• Exemplos de misturadores que operam com
este principio são :
misturadores em V, cones duplos, misturadores
em cubo, misturadores de tambores.
DIFUSÃO (revolvimento,
    tombamento)
Mecanismos de mistura
CONVECÇÃO REVOLVIMENTO

• É a mistura de produto ou grupos de partículas
de um ponto a outro.
• Grupos de partículas movem-se de um ponto a
outro do sólido granular, como na convecção
fluida, originando a mistura convectiva.
• Exemplos de misturadores que utilizam este
princípio: Misturadores de fitas, misturadores
tipo masseira, misturadores helicoidais,
misturadores verticais de alta intensidade, etc
MISTURADORES CONVECTIVOS
CONTROLE DA OPERAÇÃO
  Os sólidos particulados nunca atingem um estado
de perfeita uniformidade ao serem misturados.
O melhor que se consegue é um estado de desordem
global média, isto é, um estado de dispersão das
partículas que não prevalece à medida que a porção
examinada vai ficando menor.
  Os métodos estatísticos constituem a ferramenta
ideal para se proceder à avaliação do resultado das
operações de misturas de sólidos. Esta avaliação
consiste basicamente em obter o valor da composição
mais provável da batelada em cada instante.
CONTROLE DA OPERAÇÃO
   O procedimento é realizado após um determinado
tempo de mistura de dois sólidos A e B, dez amostras são
retiradas e analisadas. De posse dos resultados calcula-se
o desvio padrão.
    Dado um conjunto de resultados feitos em uma
“mesma amostra” e calculado sua média aritmética,
define-se “desvio padrão”, como sendo o limite superior
e inferior de erros sobre a média aritmética dos
resultados obtidos. Matematicamente, o desvio padrão é
definido pela fórmula:
S = desvio padrão




   = somatória de n termos
xi = valor individual da amostra
x = valor médio aritmético
n = número de vezes da repetição
Exemplo da aplicação do cálculo do
         desvio padrão
     n      % de A    x-x         (x-x)2


    01      0,0204   +0,0004    0,00000016

    02      0,0200    0,0000    0,00000000

    03      0,1910   - 0,0009   0,00000081

    04      0,0203   +0,0002    0,00000004

    05      0,0209   +0,0009    0,00000081

    06      0,0202   +0,0002    0,00000004

    07      0,0206   +0,0006    0,00000036

    08      0,0187   - 0,0013   0,00000169

    09      0,0205   +0,0005    0,00000025

    10      0,0198   - 0,0002   0,00000004
S = (Desvio Padrão)
  Indica que, baseado na média aritmética (x) dos valores
obtidos que: é permitido um erro de 0,00068% para mais ou
    menos da média obtida que é 0,0200%. Sendo que o
   resultado final poderá ser expresso da seguinte forma:

                % A = 0,0200% ± 0,00068

           O desvio relativo é calculado assim:
               0,0200                 100%
               0,0068                  x%

                       x = 3,41 %
O desvio padrão depende de:

(1) - Método analítico
(2) - Concentração da amostra
(3) - Tipo de amostra
(4) - Número de determinação
(5) - Número de analistas envolvido

O desvio padrão diminui a medida que a
uniformidade de mistura aumenta.

Contenu connexe

Tendances

introdução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massaintrodução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massamlbf23
 
Aula 13 balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
Aula 13   balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11Aula 13   balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
Aula 13 balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11Nelson Virgilio Carvalho Filho
 
Transporte material de sólidos
Transporte material de sólidosTransporte material de sólidos
Transporte material de sólidosAna Paula Romio
 
Apostila cálculo de reatores i
Apostila cálculo de reatores iApostila cálculo de reatores i
Apostila cálculo de reatores iOnildo Lima
 
Medidores De Vazão
Medidores De VazãoMedidores De Vazão
Medidores De Vazãojomartg
 
Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Priscila Lopes
 
5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitários5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitáriosGilson Adao
 
Capitulo 2 balanço de massa
Capitulo 2   balanço de massaCapitulo 2   balanço de massa
Capitulo 2 balanço de massaPk Keller
 
Aula3 sistemas particulados
Aula3 sistemas particuladosAula3 sistemas particulados
Aula3 sistemas particuladosCarol Ribeiro
 
1 destilaçâo-tecnologia quimica
1 destilaçâo-tecnologia quimica1 destilaçâo-tecnologia quimica
1 destilaçâo-tecnologia quimicaFersay
 
Aula 07 tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03
Aula 07   tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03Aula 07   tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03
Aula 07 tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03Nelson Virgilio Carvalho Filho
 
Apostila+operações+unitárias
Apostila+operações+unitáriasApostila+operações+unitárias
Apostila+operações+unitáriasAna Paula Santos
 

Tendances (20)

introdução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massaintrodução ao balanço de massa
introdução ao balanço de massa
 
Aula 13 balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
Aula 13   balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11Aula 13   balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
Aula 13 balanço de massa - prof. nelson (area 1) - 29.04.11
 
Apostila operações i
Apostila operações iApostila operações i
Apostila operações i
 
Taa 5
Taa 5Taa 5
Taa 5
 
Transporte material de sólidos
Transporte material de sólidosTransporte material de sólidos
Transporte material de sólidos
 
SEDIMENTAÇÃO
SEDIMENTAÇÃOSEDIMENTAÇÃO
SEDIMENTAÇÃO
 
Apostila cálculo de reatores i
Apostila cálculo de reatores iApostila cálculo de reatores i
Apostila cálculo de reatores i
 
Medidores De Vazão
Medidores De VazãoMedidores De Vazão
Medidores De Vazão
 
Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1Relatório filtração 2016.1
Relatório filtração 2016.1
 
Hidrociclones
HidrociclonesHidrociclones
Hidrociclones
 
5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitários5 processos químicos unitários
5 processos químicos unitários
 
Capitulo 2 balanço de massa
Capitulo 2   balanço de massaCapitulo 2   balanço de massa
Capitulo 2 balanço de massa
 
5.operacoes unitarias slides
5.operacoes unitarias slides5.operacoes unitarias slides
5.operacoes unitarias slides
 
Aula3 sistemas particulados
Aula3 sistemas particuladosAula3 sistemas particulados
Aula3 sistemas particulados
 
1 destilaçâo-tecnologia quimica
1 destilaçâo-tecnologia quimica1 destilaçâo-tecnologia quimica
1 destilaçâo-tecnologia quimica
 
Aula 07 tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03
Aula 07   tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03Aula 07   tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03
Aula 07 tecnologias da eng quimica - reatores quimicos - 18.03
 
Torres de separação
Torres de separação Torres de separação
Torres de separação
 
Apostila+operações+unitárias
Apostila+operações+unitáriasApostila+operações+unitárias
Apostila+operações+unitárias
 
Aula14 agitacao
Aula14 agitacaoAula14 agitacao
Aula14 agitacao
 
Tópico 5 evaporacao
Tópico 5 evaporacaoTópico 5 evaporacao
Tópico 5 evaporacao
 

Similaire à Agitação e mistura_2

AULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdf
AULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdfAULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdf
AULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdfJoão Vitor Santos Silva
 
Aula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wyg
Aula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wygAula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wyg
Aula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wygcunhadealmeidap
 
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdfBombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdfPhillipe Leon
 
Apostila hidraulica completa
Apostila hidraulica  completaApostila hidraulica  completa
Apostila hidraulica completaRonaldo Maia
 
APOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdf
APOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdfAPOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdf
APOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdfDiogenesCosta7
 
FLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptx
FLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptxFLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptx
FLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptxsaulo58698
 
4 extracçâo
4 extracçâo4 extracçâo
4 extracçâoFersay
 
Compressores são usados para a geração de ar comprimido
Compressores são usados para a geração de ar comprimidoCompressores são usados para a geração de ar comprimido
Compressores são usados para a geração de ar comprimidoAldo Carvalho
 
Prévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - Resumida
Prévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - ResumidaPrévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - Resumida
Prévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - ResumidaPartners Treinamentos
 
Aula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃO
Aula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃOAula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃO
Aula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃOcunhadealmeidap
 
Turbinas e Geradores - Conceitos.ppt
Turbinas e Geradores - Conceitos.pptTurbinas e Geradores - Conceitos.ppt
Turbinas e Geradores - Conceitos.pptAndrMesquita43
 
tipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppt
tipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppttipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppt
tipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.pptWaldenirVennciodosSa
 

Similaire à Agitação e mistura_2 (20)

Bombas e compressores trabalho de pq1
Bombas e compressores  trabalho de pq1Bombas e compressores  trabalho de pq1
Bombas e compressores trabalho de pq1
 
Bombas industriais
Bombas industriaisBombas industriais
Bombas industriais
 
AULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdf
AULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdfAULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdf
AULA INTRODUÇÃO AOS EQUIPAMENTOS INDUASTRIAIS.pdf
 
Bomba hidráulica
Bomba hidráulicaBomba hidráulica
Bomba hidráulica
 
Bombas e compressores
Bombas e compressoresBombas e compressores
Bombas e compressores
 
Aula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wyg
Aula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wygAula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wyg
Aula 05 - Bombas Hidraulicas.pptxhsuige78wyg
 
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdfBombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
Bombas 01 introducao_dimensionamento.pdf
 
Apostila hidraulica completa
Apostila hidraulica  completaApostila hidraulica  completa
Apostila hidraulica completa
 
APOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdf
APOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdfAPOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdf
APOSTILA HIDRAULICA BÁSICA.pdf
 
Bombas centrfugas
Bombas centrfugasBombas centrfugas
Bombas centrfugas
 
FLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptx
FLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptxFLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptx
FLOCULADORES Hidráulicos e Mecanizados (3).pptx
 
4 extracçâo
4 extracçâo4 extracçâo
4 extracçâo
 
Bombas 2013 2
Bombas 2013 2Bombas 2013 2
Bombas 2013 2
 
Compressores são usados para a geração de ar comprimido
Compressores são usados para a geração de ar comprimidoCompressores são usados para a geração de ar comprimido
Compressores são usados para a geração de ar comprimido
 
Prévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - Resumida
Prévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - ResumidaPrévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - Resumida
Prévia - Apostila Eletrohidráulica Partners Treinamentos - Resumida
 
Aula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃO
Aula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃOAula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃO
Aula 04 - Ejetores INDUSTRIAIS , DEFINIÇÃO
 
Turbinas e Geradores - Conceitos.ppt
Turbinas e Geradores - Conceitos.pptTurbinas e Geradores - Conceitos.ppt
Turbinas e Geradores - Conceitos.ppt
 
tipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppt
tipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppttipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppt
tipos de bombas hidráulicas mais utilizadas.ppt
 
Aula 1 bombas
Aula 1 bombasAula 1 bombas
Aula 1 bombas
 
Curso de Operador de Munck Gindalto.pptx
Curso de Operador de Munck Gindalto.pptxCurso de Operador de Munck Gindalto.pptx
Curso de Operador de Munck Gindalto.pptx
 

Agitação e mistura_2

  • 1. AGITAÇÃO E MISTURA AULA – 09 2012
  • 2. Introdução Agitação e Mistura Muitas operações dependem da agitação e mistura de fluidos,que são ações complementares. O agente da operação é denominado agitador, embora nem sempre haja um dispositivo mecânico instalado especificamente para essa finalidade. Agitação e mistura são operações usadas durante os processos industriais; seja na mineração, indústrias alimentícias, químicas farmacêuticas, de papel e tratamento de água e esgoto. Normalmente estas operações são realizadas em tanques providos de agitadores mecânicos.
  • 3. A operação é caracterizada qualitativamente por três palavras: 1.Homogeneização: movimentação branda que visa uniformizar líquidos miscíveis para se conseguir uniformidade no sistema; 2.Mistura: operação mecânica que aumenta a homogeneidade do fluido, que podem ser miscíveis ou não, através da eliminação do gradiente de concentração, temperatura e outras propriedades. Na mistura de fluidos, as propriedades que vão influenciar serão a viscosidade, massa específica e miscibilidade. Já nos sólidos, as propriedades são: tamanho, massa específica do sólido, formato e rugosidade.Tendo um regime turbulento; 3.Agitação: É uma operação mais completa que as anteriores. Refere- se à movimentação intensa induzida de um material em forma determinada, por meio de impulsores giratórios, dentro de um recipiente (Ex: tanques).
  • 4. AGITAÇÃO A agitação refere-se ao movimento induzido em um fluido por meios mecânicos em um recipiente. O fluido pode circular no recipiente ou apresentar outro padrão de fluxo. Pode-se agitar uma única substância homogênea.
  • 5. MISTURA A mistura está normalmente relacionada a duas ou mais fases inicialmente separadas que são aleatoriamente distribuídas dentro ou através uma da outra. A mistura de fluidos em vasos agitados é uma das mais importantes operações unitárias para diversas indústrias.
  • 6. DIFERENÇAS ENTRE AGITAÇÃO E MISTURA Entende-se que os processos de agitação diferem dos processos de mistura, porque na agitação considera-se uma única fase e nos processos de mistura considera-se que os componentes se apresentam em duas ou mais fases.
  • 7. Classificação das misturas -Homogênea: gás-gás, líquido-líquido (miscível); -Heterogênea: sólido-líquido. A agitação dos fluidos não implica necessariamente numa distribuição homogênea dos fluidos ou partículas, isto é, com agitação, a mistura pode não ser conseguida.
  • 8. Propriedades que influem nas misturas As propriedades mais importantes dos materiais, que podem influenciar na facilidade da mistura para fluidos e sólidos são: Fluidos: viscosidade, massa específica, relação entre as massas específicas e miscibilidade; Sólidos: finura, massa específica, relação entre as massas específicas, forma, aderência e molhabilidade.
  • 9. Tipos de agitadores Os três principais tipos de agitadores para líquidos de viscosidade baixa a moderada são: Propulsores, Pás e Turbinas. Para líquidos muito viscosos, os mais usados são: Propulsores tipo hélice e os agitadores âncora.
  • 10. Agitação de Líquidos: Os líquidos são agitados com vários propósitos, dentre os principais têm-se: - suspensão de partículas sólidas; - mistura de líquidos miscíveis (água e álcool metílico); - dispersão de um gás através de um líquido na forma de pequenas bolhas; - dispersão de um líquido em um outro imiscível, para a formação de emulsão ou suspensão de gotículas muito finas; - transferência de calor entre líquido e superfície aquecida, tal como serpentina, camisa de aquecimento, etc.
  • 11. Características: - Tanques cilíndricos verticais, abertos ou fechados para o ar; - Base do tanque arredondada, para evitar regiões mortas ou cantos; - Altura do líquido = diâmetro do tanque; - Agitador na parte superior; - Caixa de engrenagem para redução de velocidade (nem sempre necessária).
  • 12. Agitadores: São divididos em duas classes: fluxo axial e fluxo radial. -Fluxo axial: correntes paralelas ao eixo do agitador; são aqueles cujas pás fazem um ângulo menor que 90º com o plano de rotação do impulsor. Ex: hélices, turbinas de pás inclinadas. - Fluxo radial: correntes tangenciais ou na direção perpendicular ao eixo do agitador. Tem suas pás paralelas ao eixo de rotação. Este fluxo é perpendicular a parede do tanque. Ex: turbina, pás, âncora, grade.
  • 14. Equipamento de Agitação: Os líquidos são agitados em tanques ou vasos, geralmente cilíndricos e com um eixo vertical. As proporções do tanque variam muito, dependendo da natureza da agitação. Vaso típico de um processo de agitação
  • 15. s O dispositivo convencional é mecânico destinado a movimentar o fluido pela ação de um rotor. O rotor consiste em geral de certo número de lâminas presas com certa inclinação a um cubo acionado pelo eixo. O escoamento provocado pelo rotor pode ser axial, mais comum com lâminas inclinadas a 45º, ou radial, que é o rotor de lâminas planas.
  • 16. Tipos de agitadores para líquidos de viscosidade baixa a moderada são: (a) Propulsor marinho de três pás, (b) turbina de pá fina aberta, (c) turbina de disco, (d) turbina vertical de pás curvas
  • 17. Existem modelos com sistemas impulsores para produção de fluxo predominantemente radial ou axial, tais como: - Impulsores de pás retas com inclinação de 45º -Impulsores navais -Impulsores de alta eficiência com pás em ângulo variável próximo de pás constante -Impulsores de pás planas -- Impulsores de pás curvas, etc.
  • 18. IMPULSORES DE FLUXO AXIAL São utilizados quando se deseja induzir fluxos de cima para baixo com objetivo de: - misturar líquidos - realizar suspensão de sólidoslor - incorporar pó seco em líquido - promover transferência de calor
  • 19. IMPULSORES DE FLUXO AXIAL No modelo de fluxo induzido, podemos observar que o componente de velocidade axial predominante direciona o fluxo para o fundo do tanque. Os defletores por sua vez além de eliminar os redemoinhos, atuam no redirecionamento do fluido, forçando-o para cima, criando certa forma uma eficiente recirculação do produto. Esta interação entre os fluxos ascendente e descendente, inerente na ação do movimento é usado para misturar o fluido.
  • 20. IMPULSOR DE FLUXO RADIAL Os impulsores deste tipo induzem perfis de velocidade predominantemente radiais e são utilizados quando se deseja: - misturar líquidos imiscíveis - obter troca de calor - dispersar gás nos líquidos
  • 21. IMPULSOR DE FLUXO RADIAL No modelo do fluxo induzido podemos observar que o fluxo está mais ou menos confinado nas proximidades do impulsor tanto acima como abaixo do mesmo. O fluxo, que próximo ao eixo é axial, toma gradualmente um perfil predominantemente radial, até atingir as paredes do tanque, onde é redirecionado tanto para cima como para baixo. A alta ação de cizalhamento do fluxo, resultante da mudança de fluxo axial para radial é exatamente aquela necessária para produzir os efeitos de transferência de massa.
  • 22. Tipo de agitação AGITAÇÃO LEVE: Caracteriza-se nas aplicações onde se requer o mínimo de velocidade do fluido, permitindo os seguintes resultados: - promover completa mistura do fluido de maneira suave formando uma superfície plana porém com movimento. - misturar fluídos miscíveis até homogeneidade, se a diferença de suas densidades for menor que 0,1 - misturar fluídos miscíveis até uniformidade, sendo a viscosidade de um, menor de 100 vezes a viscosidade do outro. - manter a temperatura da mistura uniforme.
  • 23. Tipo de agitação AGITAÇÃO MÉDIA: A agitação média é a mais comum nos processos industriais: - misturar fluídos miscíveis até uniformidade, sendo a diferença de suas densidades menor que 0,6 - misturar fluídos com grande diferença de viscosidade menor que 10.000 vezes. - auxiliar no aquecimento ou resfriamento de misturas.
  • 24. Tipo de agitação AGITAÇÃO FORTE: A agitação forte é caracterizada por requerer alta velocidade do fluído. - produz superfícies turbulentas em fluídos de baixa viscosidade. - é utilizada quando o tempo de mistura é crítico ou quando as diferenças de viscosidade são grandes (menor que 100.000 vezes). - misturar fluídos até a uniformidade quando a diferença de densidade é menor que 1,0.
  • 25. Modelo de agitação com turbina de pás inclinadas
  • 26. Tanque com agitador horizontal (McCabe, 1985). Padrão de escoamento com uma turbina de escoamento radial em um vaso sem chicanas (McCabe, 2001).
  • 27. Escoamento padrão com o agitador fora do centro (McCabe, 2001). Em tanques pequenos, o agitador pode ficar descentralizado e/ou inclinado
  • 28. Tanque com agitador horizontal (McCabe, 1985). Em tanques largos, o agitador pode ser colocado na lateral horizontalmente .
  • 29. Escoamento padrão em um tanque com chicanas com um agitador montado no centro (McCabe, 1985)
  • 30. Tanque com chicanas e “draft” tubos: (a) turbina, (b) propulsor (McCabe, 2001) Estes equipamentos são úteis quando se deseja grande cisalhamento no agitador, como no caso da fabricação de certas emulsões, ou quando partículas sólidas tendem a flutuar na superfície do líquido.
  • 31. A ancora é o mais econômico dos impulsores de pás, trabalhando em regime laminar e com fluidos muito viscosos.
  • 32. Detalhe do fluxo tangencial
  • 33. MISTURA DE SÓLIDOS A mistura de sólidos é uma operação difícil de realizar. Gases e líquidos misturam-se espontaneamente por difusão, porém a mistura de sólidos, além de consumir muita energia, requer a moagem prévia das partículas até uma granulometria bastante fina. É uma operação industrial muito frequente na indústria farmacêutica, compostos de plásticos e a produção de fertilizantes mistos e de produtos agropecuários em pó.
  • 34. Fatores que interferem na mistura – Densidade do pó – Proporção dos diferentes componentes. – tamanho relativo da partícula sólida, formato e densidade de cada componente; – a eficiência do misturador para aquele componente – a tendência dos materiais a formar agregados; – conteúdo de umidade, características superficiais e de escoamento de cada um dos componentes.
  • 35. TIPOS DE OPERAÇÃO Quando os sólidos a serem misturados são constituídos de partículas de fácil escoamento, a operação de mistura pode ser realizada a seco. Nesse caso um alto grau de mistura é conseguido sem muita dificuldade. Se a umidade do material a ser misturado for elevada é preferível operar usando via úmida. Os equipamentos nessas operações são diferentes. No entanto, nossa atenção estará focalizada principalmente na mistura de sólidos granulares secos.
  • 36. EQUIPAMENTO UTILIZADO Há uma variedade de modelos em uso. Alguns equipamentos já apresentados como, o transportador helicoidal e os moinhos de bolas prestam-se muito bem para a finalidade. Outros dispositivos serão considerados a seguir. Alguns operam em batelada, enquanto outros são contínuos. O tipo mais simples de misturador de batelada é o tambor rotativo com chicanas radiais. A carga é feita até a metade da capacidade do tambor e a operação dura geralmente de 5 a 20 minutos. O conteúdo é descarregado por uma abertura lateral diretamente sobre um transportador.
  • 37. EQUIPAMENTO UTILIZADO Deve-se levar em conta a rotação do tambor que geralmente é 50 a 60% da rotação crítica. O consumo de energia é inferior ao dos misturadores helicoidais de fita de aço. O acionamento é feito por meio de engrenagens ou correias cujo número depende do tamanho do tambor, da carga, e diâmetro das polias. Usam-se geralmente 2, 5, ou 8 correias. Um tipo especial de tambor rotativo é a conhecida betoneira utilizada no preparo de concreto. A carga e descarga é feita pela boca do tambor, que muitas vezes é basculante e tem a forma de pera.
  • 39. Misturadores de impacto São utilizados para sólidos finos, como os inseticidas e alguns produtos farmacêuticos. Os ingredientes bem secos são alimentados continuamente no centro de um disco 20 a 70cm de diâmetro, girando em alta rotação (1750 a 3500 rpm) no interior de uma carcaça . Geralmente o disco é horizontal, mas há também modelos com discos verticais. A mistura é realizada durante o impacto das partículas contra as paredes do misturados (carcaças). Misturadores deste tipo podem ser usados em série afim de melhorar a uniformização. A capacidade varia entre 1 e 25 t/h para materiais de fácil escoamento.
  • 42. Misturadores em V Constituem um tipo bastante comum na indústria. Dois cilindros curtos, unidos pela base de modo a formar um ângulo próximo a 90º, giram em torno de um eixo horizontal. Os cilindros podem ser de comprimento diferente. Estes misturadores funcionam em bateladas que ocupam metade do volume total. O tempo de mistura é de 5 a 20 minutos. Com vários V em série obtém-se um misturador em zig-zag e que, se for ligeiramente inclinado, permite realizar operação contínua.
  • 44. Misturador de Duplo Cone É constituído de dois cones unidos pela base maior e que giram em torno de um eixo no plano da base. A carga e a descarga são feitas pelos vértices. Há misturadores de duplo cone com agitadores internos adicionais e que permitem realizar a mistura em poucos minutos.
  • 46. Misturadores Helicoidais São misturadores com as características de terem helicóides feitas com chapas metálicas onduladas ou com fitas de aço afastadas do eixo. São misturadores de operação contínua.
  • 48. MISTURADOR DE FITA E DE ROSCA HELICOIDAL
  • 49. Forças que atuam no processo e Mecanismos de mistura As forças que atuam no processo de mistura podem ser: – inerciais e de aceleração ou – gravitacionais Mecanismos de mistura: – Convecção – Difusão – Mistura pneumática – Impacto
  • 50. MECANISMOS DE MISTURA DIFUSÃO (revolvimento,tombamento): • Neste processo as partículas são reorientadas uma em relação às outras quando são colocadas em movimento aleatório havendo uma modificação de suas posições relativas devido à modificação da posição de conjuntos de partículas • Neste processo, também denominado de CISALHAMENTO, há criação de planos de deslizamento dentro da massa como resultado da mistura de grupos de partículas.
  • 51. MECANISMOS DE MISTURA • Planos de escorregamento são formados no seio do sólido granulado durante a mistura, provocando o deslocamento relativo de porções grandes do material. • Exemplos de misturadores que operam com este principio são : misturadores em V, cones duplos, misturadores em cubo, misturadores de tambores.
  • 52. DIFUSÃO (revolvimento, tombamento)
  • 53. Mecanismos de mistura CONVECÇÃO REVOLVIMENTO • É a mistura de produto ou grupos de partículas de um ponto a outro. • Grupos de partículas movem-se de um ponto a outro do sólido granular, como na convecção fluida, originando a mistura convectiva. • Exemplos de misturadores que utilizam este princípio: Misturadores de fitas, misturadores tipo masseira, misturadores helicoidais, misturadores verticais de alta intensidade, etc
  • 55. CONTROLE DA OPERAÇÃO Os sólidos particulados nunca atingem um estado de perfeita uniformidade ao serem misturados. O melhor que se consegue é um estado de desordem global média, isto é, um estado de dispersão das partículas que não prevalece à medida que a porção examinada vai ficando menor. Os métodos estatísticos constituem a ferramenta ideal para se proceder à avaliação do resultado das operações de misturas de sólidos. Esta avaliação consiste basicamente em obter o valor da composição mais provável da batelada em cada instante.
  • 56. CONTROLE DA OPERAÇÃO O procedimento é realizado após um determinado tempo de mistura de dois sólidos A e B, dez amostras são retiradas e analisadas. De posse dos resultados calcula-se o desvio padrão. Dado um conjunto de resultados feitos em uma “mesma amostra” e calculado sua média aritmética, define-se “desvio padrão”, como sendo o limite superior e inferior de erros sobre a média aritmética dos resultados obtidos. Matematicamente, o desvio padrão é definido pela fórmula:
  • 57. S = desvio padrão = somatória de n termos xi = valor individual da amostra x = valor médio aritmético n = número de vezes da repetição
  • 58. Exemplo da aplicação do cálculo do desvio padrão n % de A x-x (x-x)2 01 0,0204 +0,0004 0,00000016 02 0,0200 0,0000 0,00000000 03 0,1910 - 0,0009 0,00000081 04 0,0203 +0,0002 0,00000004 05 0,0209 +0,0009 0,00000081 06 0,0202 +0,0002 0,00000004 07 0,0206 +0,0006 0,00000036 08 0,0187 - 0,0013 0,00000169 09 0,0205 +0,0005 0,00000025 10 0,0198 - 0,0002 0,00000004
  • 59. S = (Desvio Padrão) Indica que, baseado na média aritmética (x) dos valores obtidos que: é permitido um erro de 0,00068% para mais ou menos da média obtida que é 0,0200%. Sendo que o resultado final poderá ser expresso da seguinte forma: % A = 0,0200% ± 0,00068 O desvio relativo é calculado assim: 0,0200 100% 0,0068 x% x = 3,41 %
  • 60. O desvio padrão depende de: (1) - Método analítico (2) - Concentração da amostra (3) - Tipo de amostra (4) - Número de determinação (5) - Número de analistas envolvido O desvio padrão diminui a medida que a uniformidade de mistura aumenta.