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OS
                   GÊNIOS
                    DOS
                  NEGÓCIOS

A sabedoria e a Experiência dos maiores executivos e
                  empreendedores
Contra- Capa:

 "Uma coletânea muito útil que destaca o tamanho, o escopo, a
 vitalidade e a natureza mutante das empresas americanas e de
seus líderes lendários. Os textos são informativos, provocativos,
  úteis, inspiradores e, em alguns casos, até engraçados. Num
 tempo em que informações novas piscam a todo momento em
 nosso computador, é prazeroso possuir um livro que mereceria
                   ser encadernado em couro."
                                                     Glen L. Urban
                       Diretor da Sloan School of Management, MIT


  "Este livro é delicioso de se ler e é também uma revelação.
  Contém a riqueza da sabedoria de como obter sucesso não
    apenas no mundo dos negócios, mas na vida em geral."
                                                     Daniel P. Tully
                  Presidente do Conselho, Merrill Lynch & CO., Inc.




                               [2]
Orelha do Livro Impresso:
   Este livro pode ser visto, como uma pequena enciclopédia do conhecimento
 empresarial. Essa é uma oportunidade única de encontrar pensamentos das mais
  relevantes figuras que fizeram do mundo dos negócios a força propulsora da
                      influência americana no mundo inteiro.

 Não há como negar o poder da economia americana e de suas empresas. Muito da
reação dos Estados Unidos ao grande boom da economia japonesa foi graças a uma
base industrial e comercial muito estruturada e forte. Com isso. podemos perceber a
  importância de aprendermos com grandes mestres daquela época e com outros
                        participantes da atual recuperação.


     Este livro mistura o que o passado e o presente têm de melhor. Muitas das
   preocupações que Andrew Carnegie, Henry Ford II, Malcolm Forbes, Harvey
   Firestone, Thomas Edison e tantos outros empresários e executivos tiveram no
século XIX ou no início do século XX ainda rondam e aterrorizam o pensamento dos
   atuais executivos que, se antes não tinham material para analisar e entender o
          mundo dos negócios, hoje podem encontrar uma obra completa.




                                       [3]
Orelha do Livro Impresso:
Você vai se impressionar ao ver que as idéias de Benjamin Franklin, ainda no século
  XVIII, sobre riqueza, consumo e princípios têm muito a acrescentar para todo e
                   qualquer homem de negócios dos dias de hoje.
  O mundo está se transformando numa velocidade extrema, indo para caminhos
                    desconhecidos e inimagináveis tempos atrás.
A velocidade fascina e ao mesmo tempo assusta. As soluções devem aparecer numa
   velocidade ainda maior e a forma mais completa de se obter tais soluções é o
    aprendizado. E nada melhor do que aprender com os maiores executivos e
empresários sobre pontos importantes do dia-a-dia empresarial. Essa é uma chance
   única, pois nada substitui a experiência e o talento de todos aqueles que estão
                                  reunidos neste livro.
 Entender o que está por trás destas palavras pode evitar que ainda tenhamos, no
                        final do século, os mesmos problemas.
           Peter Krass é escritor e editor free lance e vive em Connecticuc.
 Este livro foi publicado anteriormente sob o título O livro da sabedoria nos negócios.

              Consulte nosso catálogo completo e últimos lançamentos em:
                              www.campus.com.br




                                         [4]
Do Original:
                                           The Book of Business Wisdom

Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por John Wiley & Sons, Inc.
Copyright © 1997 by Peter Krass
© 2004, Elsevier Editora Ltda.
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização
prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados:
eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Editoração Eletrônica Estúdio Castellani
Copidesque
Maria Carolina Garcia Lopes de Oliveira
Revisão Gráfica
Edna Cavalcanti
Mariflor Brenlla Rial Rocha
Projeto Gráfico
Elsevier Editora Ltda.
A Qualidade da Informação.
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Escritório São Paulo
Rua Quintana, 753 / 8° andar
04596-011 Brooklin São Paulo SP
Tel.: (11) 5105-8555
ISBN 85-352-1541-7
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
                                                           G291
 Os gênios dos negócios : a sabedoria e a experiência dos maiores executivos e empreendedores / editado por Peter
                Krass ; tradução de Ruth Gabriela Bahr - Rio de Janeiro : Elsevier, 2004 - 4" reimpressão
          Tradução de: The book of business wisdom : classic writing bythe legends of commerce and industry
     Publicado anteriormente sob o título : O livro da sabedoria nos negócios Inclui bibliografia ISBN 85-352-1541-7
                         1. Administração de empresas. 2. Sucesso nos negócios. I. Krass, Peter.
                                                 CDD-650.1 CDU-65.011.4
                                                         04-1756.




                                                        [5]
Agradecimentos

      Os gênios dos negócios não teria sido possível sem Ruth Mills, minha
   editora na John Wiley & Sons. Agradeço sobremaneira a ela, a quem
serei eternamente grato. O entusiasmo e a flexibilidade de Ruth ao longo
do projeto foram excepcionais e inspiradores. Também devo muito a Ed
    Knappman, da New England Publishing Associates. Como agente
literário ele é eficiente e direto, me proporcionando importante feedback
                       no desenvolvimento do projeto.

      A incomensurável importância do apoio familiar em qualquer
  empreitada deve ser reconhecida e valorizada. Diana, minha esposa,
   deu-me o estímulo essencial e fez críticas pungentes. Ela sacrificou
muito pela família durante todos esses anos e espero poder retribuir-lhe
    com mais do que apenas um livro. Pierson e Alex, nossos filhos,
 estiveram encarregados da música para estimular o papai, e sua ânsia
                 em me ajudar já foi estímulo bastante.

      Muitos editores e escritores anônimos merecem ser aplaudidos por
  sua percepção em captar no papel as idéias desses grandes líderes da
 indústria. Uma das revistas mais interessantes que descobri foi System:
   The Magazine of Business, publicada entre 1900 e 1935. Foi uma fonte
inesgotável de material e conclamo todos os historiadores sobre negócios
   a examinarem seu conteúdo. Aos muitos bibliotecários/as, a quem
    aborreci com minhas perguntas - obrigado. Meus agradecimentos
     também a Bob Atwan, Dan Burstein, Bob Kennedy e a todos que
                    contribuíram com suas sugestões.




                                   [6]
Introdução

       Imagine-se invadindo o escritório de Jack Welch e exigindo que ele
revele seus segredos de liderança; ou entrar marchando na sala de Andy
Grove para uma discussão sobre a teoria da gestão. Por que isso? Porque
        é improvável que sejamos convidados. É claro que se nós nos
   convidássemos, sem dúvida seríamos escoltados para fora por dois
   seguranças troncudos e uma hora depois o FBI já teria a nossa ficha
 policial em mãos. Mas apenas imagine ter a oportunidade de sentar-se
  não apenas com os atuais capitães de indústria, mas também com os
ícones de ontem. Que conselhos Andrew Carnegie, John D. Rockefeller e
    J. Paul Getty nos dariam sobre liderança, gestão, finanças e outros
componentes essenciais ao sucesso? Os gênios dos negócios proporcionará
                       essa fascinante oportunidade.

      Sucesso! Uma indústria multibilionária foi criada em torno dessa
palavra. Oradores motivacionais cobram fortunas para discorrer sobre o
 assunto. Instituições foram erguidas em torno dos gurus dos negócios.
Autores, na tentativa de desvendar os segredos do sucesso, usaram cada
  metáfora imaginável para descrever suas idéias. E todos esses livros,
seminários e premissas, inovadores e às vezes úteis, têm sido vendidos
 como água desde os primórdios da livre empresa. Mas quem, de fato,
melhor entende as qualidades necessárias para o sucesso do que os mais
     bem-sucedidos capitães da indústria americana? Eles não são
  pretendentes ao trono; eles personificam a essência do comércio e da
          indústria e esta antologia é rica em seu brilhantismo.

     O desafio deste projeto foi encontrar material pungente escrito por
   esses magnatas que oferecesse conselhos práticos e insights sobre
métodos fundamentais dos negócios. Este livro não trata de frivolidades,
 tampouco inclui material manipulado que soe como citação de trechos
    de algum relatório anual. Esses capitães de indústria foram, por

                                   [7]
natureza, pessoas dinâmicas; portanto, busquei ensaios que captassem
   sua personalidade e transmitissem sua vitalidade por meio de suas
  palavras. Por exemplo, Getty foi uma figura bombástica e, ao ler sua
    seleção, você descobrirá a linguagem extravagante e imagens que
 refletem quem ele foi. Jack Welch, por outro lado, é um tipo de pessoa
seca, sem cerimônia. Usa expressões como "Mudanças grandes, ousadas
   [...] expondo pessoas [...] julgando idéias [...] paixão insaciável pela
 vitória...". As introduções a esses autores também dão uma amostra do
       seu caráter e uma noção do contexto no qual eles escreveram.

       Outro critério importante que determinou a seleção dos textos foi
     sua universalidade, desvinculada de tempo ou espaço. Carnegie,
expondo problemas trabalhistas da década de 1880, teria pouca utilidade
atualmente. Seu texto é um discurso feito no Curry Commercial College
em 1885; mas ele poderia perfeitamente estar falando a alunos e homens
de negócios de hoje. Carnegie comenta a importância de quebrar rotinas
  e estabelecer novas regras. Exceto por algumas diferenças semânticas,
 ele está claramente discutindo o conceito da reengenharia, tão atual nos
  anos 90. Carnegie afirma a necessidade de o funcionário desobedecer
     ordens e mandar no chefe, na busca da melhoria dos métodos de
  trabalho, também conhecido nos anos 90 como empowerment.* Claro
   que, no caso de dar mais poder aos sindicatos, ele e os outros não se
  mostraram exatamente entusiásticos; contudo, há que se reconhecer as
 idéias sofisticadas e universais que guiaram esses magnatas há mais de
  100 anos. A mesma universalidade é descoberta em todas as seleções,
  independentemente da posição e empresa do autor ou do ano em que
                              foram escritas.

     À medida que a procura por material se expandia, tornou-se óbvio
 que havia uma superabundância disponível na virada do século XX. A

  *
    (empowerment) Nota do Tradutor: Habilidade em permitir que outros assumam as
responsabilidades, os riscos e as recompensas associadas à tomada das próprias decisões.

                                          [8]
principal razão foi, sem dúvida, o impacto da Revolução Industrial nos
Estados Unidos. Os Estados Unidos, até a Revolução Industrial, estavam
   muito mais preocupados com outros aspectos da vida do que com os
   negócios. Deus ainda estava acima de Mammon* e do todo-poderoso
    dólar. Em termos econômicos, o valor agregado da manufatura nos
   Estados Unidos (planta e produção) em 1860 era menor do que o da
  Inglaterra, da França ou da Alemanha, respectivamente. Contudo, no
   início da década de 1890, o valor praticamente se igualou ao dos três
      países juntos. Quase que da noite para o dia, os Estados Unidos
  adquiriram consciência do seu poderio industrial e da necessidade de
     meios mais sofisticados de fazer negócios. Os líderes industriais
  passaram a ter um público ouvinte quando Mammon substituiu Deus.
Além do que, Horário Alger, nascido em 1832, foi pioneiro no gênero da
literatura comercial, escrevendo mais de 135 livros sobre o tema sucesso.
Seus heróis trabalhadores enriqueceram por conta própria em romances
 como Fame and fortune, Struggling upward e Strive and succeed. Criava-se
                               um mercado.

      O ponto anterior é exemplificado pelo fato de que mais de um terço
dos autores incluídos nesta coletânea conduziam seus negócios no auge
 da Revolução Industrial. Descobri uma enorme quantidade de material
    riquíssimo do qual poderia selecionar entre os anos de 1920 e 1924,
    período em que esses homens faziam reflexões sobre o fruto de seu
   trabalho e teciam considerações sobre o cenário empresarial do pós-
Primeira Guerra Mundial. À medida que você for folheando o conteúdo,
       vai notar a falta evidente de alguns nomes, como J. P. Morgan.
  Infelizmente, Morgan preferiu queimar a maior parte de seus escritos
      particulares e comerciais e pouco deixou para os historiadores e
    estudantes de negócios. Você também vai encontrar alguns nomes
      desconhecidos, mas certamente conhecerá as empresas que eles


*
    (Mammon) Nota do Tradutor: Riqueza, bens materiais considerados como um mal. Falso
                       deus que personifica a cobiça e a avareza.
                                          [9]
dirigiam: por exemplo, Marvin Bower era sócio proprietário da
  McKinsey & Company; Crawford H. Greenewalt foi presidente do
conselho da DuPont e John L. McCaffrey foi presidente do conselho da
  International Harvester. Estes e outros homens foram reconhecidos
como empreendedores notáveis e expressaram idéias excepcionais com
                        classe e desenvoltura.

       O material foi dividido em sete partes ou temas, para maximizar o
    uso funcional da coletânea. "Como Progredir" aborda as qualidades
 necessárias para negociar com êxito no mundo dos negócios e galgar os
degraus da hierarquia. "A Importância do Caráter" não é um sermão da
  sociedade da moderação e sobriedade; esta parte se aprofunda no que
 significa ter coragem e firmeza de caráter. "A Dinâmica da Liderança" e
 "Os Princípios da Boa Administração" falam por si sós. "Habilidades de
 Venda e Foco no Cliente" decididamente não fala apenas ao vendedor.
  Todo mundo está sempre se vendendo a alguém por algum motivo e,
por isso, esta parte é da maior importância. Além do mais, muitos desses
   autores freqüentemente incorporam várias idéias adjacentes aos seus
temas principais. Por exemplo, Thomas J. Watson não apenas discute os
     elementos que fazem um bom vendedor, como também a postura
 psicológica necessária para qualquer funcionário ser bem-sucedido. Ele
   dá exemplos práticos de rituais diários para se adquirir essa atitude.

    "Mantendo a Individualidade no Mundo Corporativo" é uma parte
marcante que aborda a realidade de trabalhar dentro da rígida estrutura
 de uma empresa e sobreviver com sua integridade intacta. Embora a
maioria das pessoas trabalhe para alguém, a coletânea de personagens
em "Pistoleiros e o Espírito Empreendedor" a torna leitura obrigatória.
       Seus insights são universais e benéficos a toda pessoa e
                           empreendimento.

     Esta coletânea tem de tudo para todos. Independentemente de sua
 posição na vida, aconselho-o a ler a obra do começo ao fim. O formato

                                  [10]
do livro também oferece a prazerosa oportunidade de escolher dentre
este prestigiado grupo de autores. Ao terminar a leitura desta coletânea,
  acredito sinceramente que muitas das perguntas que você teria feito se
 tivesse a oportunidade de sentar-se com os autores aqui incluídos terão
     sido respondidas. Ao ler as seleções, deixe que esses capitães de
indústria adquiram vida em sua mente; ouça a vitalidade do seu caráter;
 ouça suas vozes e idéias inusitadas; mas busque e compreenda os laços
                        que eles têm em comum.




                                  [11]
PARTE I – COMO PROGREDIR ......................................................................................................................................................................... 14
      ANDREW CARNEGIE ................................................................................................................................................................................. 14
           O caminho para o sucesso nos negócios............................................................................................................................................. 15
      MALCOM S. FORBES ................................................................................................................................................................................. 22
           Um ingrediente vital para o sucesso sustentado................................................................................................................................. 23
           Antes de ser indispensável é preciso ser dispensável .......................................................................................................................... 24
      THOMAS ALVA EDISON ............................................................................................................................................................................. 26
           Eles não querem pensar..................................................................................................................................................................... 27
      J. OGDEN ARMOUR .................................................................................................................................................................................. 30
           Homens da Armour que progrediram - e por quê ............................................................................................................................... 32
      CHARLES M. SCHWAB ............................................................................................................................................................................... 42
           Sendo bem-sucedido com aquilo que você tem .................................................................................................................................. 44
      HENRY FORD II.......................................................................................................................................................................................... 48
           Negócios: Uma introdução ................................................................................................................................................................ 50
PARTE II – A IMPORTÂNCIA DO CARÁTER ....................................................................................................................................................... 57
      HARVEY S. FIRESTONE .............................................................................................................................................................................. 57
           O que aprendi sobre os homens ......................................................................................................................................................... 58
      HAROLD GENEEN ..................................................................................................................................................................................... 70
           Não-alcoolismo - egocentrismo.......................................................................................................................................................... 71
      HORACE GREELEY ..................................................................................................................................................................................... 82
           Sucesso nos negócios......................................................................................................................................................................... 84
      HENRY R. LUCE ......................................................................................................................................................................................... 87
           O caráter do empresário .................................................................................................................................................................... 88
      J.C.PENNEY .............................................................................................................................................................................................. 94
           Uma coisa é desejar - outra, determinar ............................................................................................................................................ 95
      BENJAMIN FRANKLIN...............................................................................................................................................................................107
           O caminho para a fortuna ................................................................................................................................................................108
PARTE III – A DINÂMICA DA LIDERANÇA ........................................................................................................................................................119
      DAVID OGILVY .........................................................................................................................................................................................119
          Liderança .........................................................................................................................................................................................120
      JOHN F. WELCH JR. ..................................................................................................................................................................................125
          Lições para o sucesso........................................................................................................................................................................126
      OWEN D. YOUNG.....................................................................................................................................................................................133
          Interpretando o barômetro dos negócios ..........................................................................................................................................134
      RICHARD W. SEARS ..................................................................................................................................................................................140
          Os homens que controlam as rédeas dos negócios ............................................................................................................................141
      MARY KAY ASH ........................................................................................................................................................................................146
          A arte de saber ouvir ........................................................................................................................................................................147
      MARVIN BOWER .....................................................................................................................................................................................150
          Liderança .........................................................................................................................................................................................151
PARTE IV – OS PRINCÍPIOS DA BOA ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................................................163
      ALFRED P. SLOAN JR.................................................................................................................................................................................163
           A coisa mais importante que já aprendi sobre gestão........................................................................................................................164
      JOHN L. MCCAFFREY ................................................................................................................................................................................177
           No que pensam presidentes de empresa à noite................................................................................................................................178
      LEE IACOCCA ...........................................................................................................................................................................................188
           Mais sobre boa administração ..........................................................................................................................................................190
      ANDREW S. GROVE ..................................................................................................................................................................................198
           Seu recurso mais precioso: Seu tempo ..............................................................................................................................................199
      DAVID E. LILIENTHAL ...............................................................................................................................................................................204
           Gerência: Uma arte humanista .........................................................................................................................................................205
      THOMAS J. WATSON JR............................................................................................................................................................................210
           A questão da organização ................................................................................................................................................................211
      SAM WALTON .........................................................................................................................................................................................220
           Administrando uma empresa bem-sucedida: Dez regras que deram certo para mim .........................................................................221
PARTE V - HABILIDADES DE VENDA E FOCO NO CLIENTE ...............................................................................................................................226
      JOHN J. JOHNSON ....................................................................................................................................................................................226

                                                                                                   [12]
Como vender qualquer coisa a qualquer pessoa em cinco minutos ou menos ....................................................................................227
     ALFRED E. LYON.......................................................................................................................................................................................231
         Venda-se primeiro ............................................................................................................................................................................232
     JULIUS FLEISCHMANN .............................................................................................................................................................................236
         Meus três princípios de gestão..........................................................................................................................................................237
     ROBERT W. WOODRUFF ..........................................................................................................................................................................245
         Você na carreira de vendas ...............................................................................................................................................................246
     MILTON S. FLORSHEIM ............................................................................................................................................................................256
         Planejando o negócio que você vai ter ..............................................................................................................................................257
     THOMAS J. WATSON ...............................................................................................................................................................................263
         Venda com sinceridade.....................................................................................................................................................................265
PARTE VI – MANTENDO A INDIVIDUALIDADE NO MUNDO CORPORATIVO....................................................................................................274
     J. IRWIN MILLER ......................................................................................................................................................................................274
          O dilema do homem corporativo.......................................................................................................................................................275
     J. PAUL GETTY..........................................................................................................................................................................................287
          A arte da individualidade ..................................................................................................................................................................288
     WILLARD F. ROCKWELL, JR. ......................................................................................................................................................................298
          O chapéu do estudante.....................................................................................................................................................................299
     B. C. FORBES............................................................................................................................................................................................304
          Ao planejar o seu dia, reserve tempo para pensar .............................................................................................................................305
     CRAWFORD H. GREENEWALT...................................................................................................................................................................308
          Liberdade, individualidade e conformismo ........................................................................................................................................309
     GEORGE W. PERKINS ...............................................................................................................................................................................314
          A corporação moderna .....................................................................................................................................................................315
PARTE VII – PISTOLEIROS E O ESPÍRITO EMPREENDEDOR ..............................................................................................................................322
     HENRY FORD ...........................................................................................................................................................................................322
           O que aprendi sobre negócios ...........................................................................................................................................................323
     TOM MONAGHAN ...................................................................................................................................................................................338
           Estabelecendo metas e brainstorming .................................................................................................................................................339
     P. T. BARNUM .........................................................................................................................................................................................344
           A arte de ganhar dinheiro .................................................................................................................................................................345
     JOHN D. ROCKEFELLER .............................................................................................................................................................................365
           O empresário americano ..................................................................................................................................................................366
     NOTAS ......................................................................................................................................................................................................371
     CRÉDITOS ..................................................................................................................................................................................................373




                                                                                                   [13]
Parte I – Como progredir


                   ANDREW CARNEGIE
                                1835-1919

  Carnegie, que foi caracterizado como "impulsivo, orgulhoso, idealista,
sensível, leal e astuto", nasceu na Escócia e emigrou com sua família para
     os Estados Unidos quando tinha 12 anos de idade. Seu primeiro
   emprego foi de bobinador numa tecelagem, ganhando US$1,20 por
    semana. Aos 16, tornou-se operador de telégrafo na Pennsylvania
  Railroad, onde ficou por 12 anos. Ele então decidiu estabelecer-se por
       conta própria e fundou a Keystone Bridge Works, prevendo a
 necessidade de pontes de aço. Acabou concentrando-se na produção de
  aço, comprando, mais tarde, uma empresa de petróleo, uma ferrovia e
 navios a vapor. Quando vendeu a Carnegie Steel Company, por US$250
  milhões em 1901, esta era responsável por 25% de todo o aço vendido
                             nos Estados Unidos.

Carnegie atribuiu grande parte do seu sucesso aos homens ao seu redor.
 Certa vez ele escreveu um epitáfio para o seu túmulo, que dizia: "Aqui
jaz alguém que soube reunir ao seu redor homens mais espertos do que
   ele próprio." Na vida e na morte, Andrew Carnegie foi chamado de
   tirano e santo. Como empresário, sua idéia de conciliação com seus
     concorrentes era a total rendição deles às suas exigências. Como
empregador, extraiu tudo o que pôde de seus empregados, oferecendo-
  lhes planos de remuneração que, no fundo, se resumiam a "coroa eu

                                   [14]
ganho, cara você perde". Durante a greve da Homestead Steel Workers,
  em 1892, Carnegie permaneceu a uma distância segura, na Escócia,
enquanto 300 guardas Pinkerton* foram contratados numa tentativa de
subjugar os trabalhadores. O conflito terminou em sangrenta batalha e
     permanece como uma mancha negra no legado de Carnegie.

 Contudo, Carnegie foi considerado um santo por doar mais de US$325
   milhões para obras de caridade antes de sua morte, inclusive 7 mil
     órgãos de igreja. Carnegie, assim como John D. Rockefeller, foi o
    primeiro a fazer da filantropia um grande negócio. Ele também se
   preocupava profundamente com a educação dos jovens; assim, não
 apenas dotou bibliotecas e universidades, como também escreveu e se
 pronunciou a respeito de questões sociais. "O Caminho para o Sucesso
    nos Negócios" foi uma palestra proferida para os alunos do Curry
   Commercial College, Pittsburgh. Nesta palestra pungente, Carnegie
elabora seu famoso axioma: "Sempre desobedeçam ordens para salvar os
          donos" e discute a importância da ação independente.




          O caminho para o sucesso nos negócios
                               Andrew Carnegie

Posso lhes dar o segredo. É muito simples. Em vez de perguntar, "o que
devo fazer pelo meu patrão?", diga "o que posso fazer?". Não há nada de
  errado com o cumprimento fiel e consciencioso da tarefa que lhe foi
  atribuída, mas geralmente o resultado final nesses casos é que você
desempenha suas atuais obrigações tão bem que seria melhor continuar
   a desempenhá-las. Então, jovens senhores, isto não serve. Não é o

   *
       (Pinkerton) Nota do Tradutor: Força policial particular, contratada por
        empresas, notória pelos enfrentamentos com grevistas nesta época.
                                       [15]
suficiente para os futuros sócios. Deve haver algo mais do que isso. Se
   formarmos auxiliares, contadores, tesoureiros e caixas de banco nesta
classe, assim permanecerão para sempre. O homem em ascensão precisa
     fazer algo excepcional e além do âmbito do seu departamento. ELE
   DEVE CHAMAR A ATENÇÃO. Um auxiliar de expedição pode fazer
 isso detectando um erro numa fatura que não lhe diz respeito e escapou
  à atenção da pessoa encarregada. O conferencista de peso poderá gerar
       economias para a empresa contestando a regulagem da balança e
fazendo com que seja corrigida, mesmo que isto seja da alçada do mestre
        mecânico. Até mesmo o mensageiro pode plantar a semente da
 promoção indo além do cumprimento do dever para garantir a resposta
    desejada. Não há serviço tão humilde, nem tão importante no qual o
       jovem trabalhador capaz e disposto não possa demonstrar, quase
 diariamente, ser merecedor de mais confiança e capaz de assumir maior
   responsabilidade, além de demonstrar sua determinação obstinada de
   progredir. Algum dia, em seu departamento, vocês serão instruídos a
      fazer ou dizer alguma coisa que sabem ser contra os interesses da
  empresa. Eis a sua chance. Sejam corajosos e se pronunciem. Externem
      suas razões e provem ao seu empregador que, enquanto ele esteve
    ocupado com outros assuntos, vocês ficaram estudando como fazer
    progredir os interesses dele durante horas (quando ele pensava que
    vocês estivessem dormindo). Vocês tanto poderão estar certos, como
poderão estar errados, mas, de qualquer modo, terão vencido o primeiro
         requisito para o sucesso. Vocês terão chamado a atenção. Seu
  empregador descobriu que não tem um mero assalariado a seu serviço,
    mas um homem; não alguém que se contenta em trabalhar um certo
    número de horas em troca de um pequeno salário, mas alguém que
    dedica suas horas livres e pensamentos ao negócio. Um empregado
 assim se faz ser lembrado, e favoravelmente. Não demorará até que seu
  conselho seja solicitado em sua área de especialização e, se for bom, em
   breve será solicitado novamente para assuntos mais importantes. Isto
  significa parceria; se não com o empregador atual, com outros. Seu pé,


                                   [16]
nesse caso, está na escada; o número de degraus galgados dependerá
                        exclusivamente de você.

                O homem em ascensão precisa fazer algo
           excepcional e além do âmbito do seu departamento.
                   ELE DEVE CHAMAR A ATENÇÃO. •

    Um falso axioma que vocês ouvirão com freqüência e contra o qual
    quero alertá-los é este: "Obedeça ordens mesmo que isso arruine os
 donos." Não façam isso. Esta não é uma regra que vocês devam seguir.
Sempre desobedeçam as ordens para salvar os donos. Jamais houve uma
     grande figura que ocasionalmente não tenha quebrado as regras e
     estabelecido outras para si próprio. Regras só são adequadas para
  aqueles que não têm aspirações, e vocês não se esqueceram que estão
  destinados a ser proprietários e a fazer regras e a desobedecê-las. Não
 hesitem em fazê-lo sempre que tiverem certeza de que os interesses do
      seu patrão serão favorecidos e quando tiverem tanta certeza dos
   resultados que estarão dispostos a assumir as conseqüências. Vocês
jamais serão sócios se não conhecerem os negócios do seu departamento
muito melhor do que os proprietários conseguiriam. Quando chamados
a prestar contas das suas ações independentes, mostrem-lhe o resultado
     de sua genialidade e digam-lhe que vocês sabiam que assim seria;
mostrem-lhe como as ordens dele estavam erradas. Dêem ordens ao seu
chefe o quanto antes; experimentem fazer isso logo no início. Se ele for o
 tipo certo de chefe, nada o agradará mais; se não for, ele não é a pessoa
    certa com quem vocês devam ficar - deixem-no assim que possível,
 mesmo à custa de sacrifício imediato, e encontrem outro chefe capaz de
discernir talento. Nossos jovens sócios, na empresa Carnegie, ganharam
     sua fama mostrando-nos que sabiam melhor do que nós o que era
necessário ser feito. Houve ocasiões em que alguns deles agiram comigo
   como se fossem os donos da empresa e eu apenas um nova-iorquino
presunçoso metendo-me em assuntos dos quais não entendia nada. Bem,
 agora eles têm autonomia. Eles eram os verdadeiros chefes - os homens
                          por quem procurávamos.
                                    [17]
Existe uma característica inconfundível do futuro sócio, do futuro
   milionário; sua receita sempre excede suas despesas. Ele começa a
       poupar cedo, praticamente assim que começa a trabalhar.



Dêem ordens ao seu chefe o quanto antes; experimentem fazer isso logo no
início. Se ele for o tipo certo de chefe, nada o agradará mais; se não for, ele
 não é a pessoa certa com quem vocês devam ficar - deixem-no assim que
  possível, mesmo à custa de sacrifício imediato, e encontrem outro chefe
                           capaz de discernir talento. •

    Não importa quão pouco seja possível poupar, poupe esse pouco.
 Escolha um investimento seguro, não necessariamente em títulos, mas
   em qualquer coisa que lhes dê bons motivos para acreditar que será
    lucrativo, mas, lembrem-se, nada de especulação. Este pouco que
       pouparam será a base para um valor de crédito totalmente
  surpreendente para vocês. Capitalistas confiam no jovem poupador.
Para cada US$100 que vocês conseguirem apresentar como resultado de
árduas economias, Midas, em busca de um parceiro, emprestará ou dará
   crédito de mil; para cada mil, 50 mil. Não é capital que se exige, é o
homem que provou ter hábitos empreendedores para gerá-lo da melhor
  maneira, ou seja, no que diz respeito à autodisciplina, é adaptar seus
  hábitos aos seus meios. Senhores, são os primeiros US$100 poupados
    que contam. Comecem imediatamente a poupar. A perseverança
                     predomina no futuro milionário.

É evidente que existem metas melhores e mais elevadas do que poupar.
 Como um fim, amealhar riquezas é desprezível ao extremo; presumo
que vocês poupem e almejem riquezas apenas como um meio de fazer
 melhor algum bem em seu tempo e geração. Tomem nota dessa regra
          essencial: gastem apenas na medida de sua receita.

                                     [18]
Vocês poderão ficar impacientes ou desmotivados se ano após ano
apenas flutuarem em posições subordinadas. Não há dúvida de que está
   ficando cada vez mais difícil, à medida que os negócios gravitam em
  esferas maiores, para um jovem profissional sem capital lançar-se por
conta própria, e, nesta cidade, principalmente, onde grandes capitais são
essenciais, é ainda mais difícil. Ainda assim, deixem-me dizer-lhes, para
   seu encorajamento, que não há país no mundo onde jovens capazes e
    entusiasmados podem progredir tão rapidamente como neste, nem
 cidade onde existam mais oportunidades no topo. Tem sido impossível
  atender à demanda por contadores competentes, excelentes (notem os
         adjetivos), a oferta jamais se equiparou à demanda. Os jovens
profissionais apresentam todo tipo de justificativa para explicar por que
  em seus casos o fracasso é atribuível a circunstâncias excepcionais que
      inviabilizaram o sucesso. Alguns jamais tiveram a oportunidade,
segundo seus próprios relatos. Isso é besteira. Não existe nenhum jovem
 profissional que não tenha tido uma chance, e uma chance excepcional,
    em seu emprego. Ele é analisado na mente de seu superior imediato
   desde o dia em que começa a trabalhar e, depois de algum tempo, se
        tiver algum mérito, é analisado pela diretoria da empresa. Sua
   competência, honestidade, seus hábitos, relacionamentos, sua índole,
       tudo isso é avaliado e analisado. O jovem que jamais teve uma
 oportunidade é o mesmo jovem que foi analisado várias vezes por seus
  superiores e considerado desprovido das qualificações necessárias ou
     indigno de uma ligação mais próxima com a empresa por causa de
  algum ato, hábito ou associação censurável que ele achava não ser do
                     conhecimento dos seus empregadores.



 Sempre existe uma grande procura por talentos, cultivem essas pessoas, elas
são o seu maior ativo, e quanto mais delas tiverem incorporado em seu produto,
        maior será o preço que o consumidor estará disposto a pagar. •



                                    [19]
Outra categoria de jovens profissionais atribui seu fracasso ao
  empregador que teria favorecido outro funcionário injustamente. Eles
 também insistem em que seus empregadores não vêem com bons olhos
  subordinados mais inteligentes do que eles próprios e são propensos a
   desencorajar aspirantes talentosos e se comprazem em inferiorizar os
subordinados. Nada disso. Ao contrário, não há ninguém que sofra mais
       com a falta do homem certo no lugar certo, nem tão ansioso por
   encontrá-lo quanto o proprietário. Não existe empresa em Pittsburgh
       atualmente que não esteja à procura incessante de competência
   profissional e cada uma delas lhes dirá que nunca houve no mercado
    artigo tão escasso. Sempre existe uma grande procura por talentos,
  cultivem essas pessoas, elas são o seu maior ativo, e quanto mais delas
       tiverem incorporado em seu produto, maior será o preço que o
    consumidor estará disposto a pagar. Não é uma safra tão garantida
quanto a da aveia brava, que jamais deixa de proporcionar uma colheita
     farta, mas tem a vantagem de sempre encontrar um mercado. Não
  hesitem em participar de qualquer negócio legítimo, porque não existe
 negócio nos Estados Unidos, qualquer que seja, que não renda um bom
    lucro se receber a atenção infatigável e exclusiva e todo o capital de
      homens capazes e industriosos. Cada negócio terá seu período de
        depressão - sempre haverá anos durante os quais fabricantes e
comerciantes da cidade serão severamente postos à prova -, anos em que
 fábricas precisarão ser operadas, não com lucro, mas com prejuízo, para
   que a empresa e seus homens possam ser mantidos e empregados e a
 empresa possa manter seus produtos no mercado. Mas, por outro lado,
cada negócio legítimo, produzindo ou negociando algum artigo de que o
  homem precise, com o tempo fatalmente será razoavelmente lucrativo,
                     se conduzido de maneira adequada.

  "Não colocar todos os ovos na mesma cesta" está errado. Eu lhes digo
   "coloquem todos os ovos na mesma cesta e depois cuidem dela". •



                                   [20]
E aqui está a principal condição para o sucesso, o grande segredo:
concentrem suas energias, seu pensamento e seu capital exclusivamente
 no negócio em que estejam envolvidos. Tendo iniciado em uma linha,
atenham-se a ela, tomando a liderança; adotem cada melhoria existente,
  tenham o melhor equipamento e conheçam tudo o que for possível a
                                 respeito.

 Os empreendimentos que fracassam são aqueles que diversificaram seu
capital, o que significa que diversificaram seu intelecto também. Eles têm
   investimentos aqui, ali e acolá, em todo lugar. "Não colocar todos os
ovos na mesma cesta" está errado. Eu lhes digo "coloquem todos os ovos
 na mesma cesta e depois cuidem dela". Olhem ao seu redor e observem;
os homens que o fazem raramente fracassam. É fácil cuidar de uma cesta
e carregá-la. É a tentativa de carregar muitas cestas que quebra a maioria
 dos ovos neste país. Aquele que carrega três cestas precisa colocar uma
      sobre a cabeça e corre o risco de tropeçar. Um dos defeitos do
                   empresário americano é a falta de foco.

  Resumindo o que eu disse: tenham as mais altas aspirações; jamais
entrem num bar; não tomem bebidas alcoólicas, no máximo durante as
refeições; jamais especulem; jamais se comprometam além do seu lucro
acumulado; façam seus os interesses da empresa; sempre desobedeçam
 ordens para defender os interesses dos proprietários; concentrem-se;
   coloquem todos os seus ovos em uma cesta e cuidem dela; gastem
   apenas no limite da receita; e, finalmente, não sejam impacientes,
porque, como diz Emerson: "Ninguém pode prejudicar o seu derradeiro
                    sucesso a não ser vocês mesmos".

   Felicito os jovens pobres por terem nascido nessa antiga e honrada
  condição que torna necessária sua dedicação ao trabalho árduo. Uma
 cesta repleta de títulos é a cesta mais pesada que um homem já teve de
    carregar. Geralmente ele vacila sob seu peso. Temos nesta cidade
louváveis exemplos desses jovens que avançaram para a primeira fileira

                                   [21]
dos melhores e mais úteis cidadãos. Esses merecem grande crédito. Mas
    a grande maioria dos filhos de homens ricos é incapaz de resistir às
tentações às quais a riqueza os submete e sucumbe a vidas indignas. Eu
   preferiria rogar uma praga a um jovem trabalhador a sobrecarregá-lo
com o todo-poderoso dólar. Não é dessa classe que vocês devem temer a
                                concorrência.
  Os filhos dos sócios não os incomodarão, mas cuidem para que alguns
  jovens - cujos pais mais pobres, muito mais pobres do que os seus, que
       não têm condições de lhes dar as vantagens de um curso nesta
 instituição, vantagens que deveriam dar a vocês a dianteira na corrida -
      cuidem para que esses jovens não os desafiem no seu cargo e os
     ultrapassem na reta final. Cuidado com o jovem que é obrigado a
trabalhar assim que sai do colegial e começa varrendo o escritório. É ele
          o vencedor azarão em quem vocês devem ficar atentos.



                   MALCOM S. FORBES
                                1919-1990

 Festas extravagantes misturavam prazer com negócios; Elizabeth Taylor
 foi sua ex-companheira; seu estilo de vida alimentou colunas de fofocas;
  um império de US$1 bilhão continuou a crescer; e o esbanjador Forbes
 gostava de brincar que havia conseguido tudo isso por "pura habilidade
- soletrado h-e-r-a-n-ç-a". Ele certamente herdou a perspicácia de seu pai,
      Bertie, mas, na verdade, muito do que conseguiu foi por méritos
 próprios. Primeiro Forbes demonstrou sua coragem na Segunda Guerra
    Mundial, quando trapaceou num exame de vista para ingressar no
 Exército e então quase perdeu uma perna por disparos de metralhadora
 do inimigo enquanto procurava uma unidade perdida. Mas foi somente
   depois da morte de seu irmão mais velho Bruce, em 1964, que Forbes
  assumiu o comando dos negócios editoriais da família. Ele refletiu: "A

                                   [22]
alegria de ser chefe é do que os [CEOs] realmente gostam - da batalha,
  do desafio. São espíritos livres que parecem não se deixar abater sob o
                         fardo da responsabilidade."
  Embora a revista Forbes desfrutasse de sólida posição, o extravagante
      novo executivo iniciou uma vigorosa e irreverente campanha
    publicitária. Dela originou-se o famoso slogan "Forbes: Ferramenta
Capitalista". A respeito do título, Forbes comentou: "Era humor, mas tem
  seu propósito e realmente reabilitou a palavra capitalista quando esta
quase havia se tornado um palavrão." A campanha publicitária elevou as
 vendas acima das da sua arquirrival Fortune e deu a Forbes o dinheiro
  para comprar de tudo, desde ovos Fabergé até uma ilha em Fidji (cujo
povo ele esperava converter de "cocos a cartões de crédito, tudo em uma
                                   geração").
 A despeito de sua extravagância, Forbes foi um homem extremamente
profissional e observador que sutilmente comentou que "o equipamento
     mais útil no [escritório] continua sendo o cesto de lixo", A mesma
   sagacidade acre está demonstrada nas duas seleções a seguir, que ele
 escreveu para sua própria coluna na Forbes. A mensagem franca para o
     sucesso e a importância do fracasso ocasional não se perdem na
                               linguagem jocosa.



   Um ingrediente vital para o sucesso sustentado
                           Malcolm S. Forbes

  Um ingrediente vital para o sucesso sustentado é o fracasso ocasional.
 Tomar decisões é responsabilidade daqueles em cargos de comando e a
         diferença média entre seus acertos e erros deve ser alta.
  Estar certo a maior parte do tempo é intoxicante. Quanto mais alto se
está, é menos provável que os subordinados e colegas estejam inclinados


                                  [23]
a discordar. Certamente, eles não têm capacidade para apontar as
                           mancadas do chefe.

 Aparentemente, não há muita diferença entre estar certo a maior parte
do tempo e a suposição de que se está certo o tempo todo. Nesse ponto
     não há nada tão essencial quanto um erro inequívoco de certa
magnitude para restaurar a perspectiva necessária a fim de assegurar o
                         sucesso duradouro.
 Joe Louis foi campeão durante muito tempo após ter sido derrotado -
uma vez - por Max Schmeling. Floyd Patterson voltou mais forte do que
 nunca depois que Ingemar Johansson o fez provar o sabor da derrota.

 Um manda-chuva que nunca tenha cometido um erro crasso* - em sua
opinião isolada - está na mesma desvantajosa posição que a galinha que
          nunca botou um ovo e está prestes a ir para a panela.




         Antes de ser indispensável é preciso ser
                       dispensável
                             Malcolm S. Forbes

  Costumamos dizer imprecisamente que o homem que faz um bom
                        trabalho é indispensável.
  Balela lisonjeira, como muitos aposentados e demitidos desiludidos
     descobriram depois que o mundo continuou a girar sem eles.




 *
       (Crasso) Nota do Tradutor: Forbes usou a expressão A big shot who has
           never laid an egg, que significa fazer uma grande besteira.
                                     [24]
Não importa quão valioso ou insignificante seja o seu trabalho; se você não
treinou alguém para fazê-lo tão bem quanto você, você não está disponível;
     você acabou por tornar a sua promoção difícil, senão impossível. •

Nos negócios um homem pode chegar próximo de ser indispensável ao
   se tornar dispensável na sua atual posição. Como um homem pode
  progredir e assumir maiores responsabilidades se é o único capaz de
     desempenhar suas tarefas atuais? Não importa quão valioso ou
insignificante seja o seu trabalho; se você não treinou alguém para fazê-
   lo tão bem quanto você, você não está disponível; você acabou por
             tornar a sua promoção difícil, senão impossível.

  Você poderá pensar que se tornou indispensável, quando na verdade
                       inviabilizou a sua promoção.
Posso ver as cabeças de todos vocês nababos acenando em assentimento.
 Contudo, me pergunto, quantos de vocês podem honestamente afirmar
que tiveram pelo menos um homem capaz de tomar o seu lugar e fazer o
 seu trabalho tão bem, senão melhor? Tentem pedir hoje a cada um dos
      homens que se reportam a vocês que lhes dêem os nomes dos
 subordinados deles qualificados neste exato momento para assumir os
  seus cargos. Pelas respostas que eles lhes derem vocês poderão julgar
                        quão promovíveis eles são.
          Antes de ser indispensável é preciso ser dispensável.




                                   [25]
THOMAS ALVA EDISON
                               1847-1931


 O famoso ditado "genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração" é de
autoria de Edison. Ele também acreditava que ele era apenas "um prato
num disco ou um dispositivo receptor" no qual receberia impressões do
   Universo e depois "as elaboraria". O inventor autodidata recebeu, de
     uma forma ou de outra, um bom número de impressões em seu
"dispositivo" e registrou mais de mil patentes ao longo de sua vida. Sem
dúvida, foi o fonógrafo que o tornou uma celebridade internacional aos
 30 anos de idade. Pouco tempo depois, o próprio J. P. Morgan chamou
Edison à sua mansão em Manhattan para instalar o primeiro sistema de
iluminação residencial baseado em um gerador de eletricidade. Morgan
  ficou tão impressionado que mais tarde comprou toda a Edison Light
                  Company e formou a General Electric.

   Edison, de quem se diz ter inventado o século XX, também era um
homem de negócios preocupado com tudo, desde o uso da propaganda
eficaz até manter reduzidos os custos indiretos. Para ele, automação era
  a ordem do dia; acreditava que as máquinas libertariam o homem e,
      assim que isso acontecesse, surgiria uma nova era, melhor, de
 desenvolvimento intelectual. Suas fábricas racionalizadas produziam
não apenas produtos, mas pupilos como Henry Ford, que caracterizava
  o empregado ao estilo Edison: um homem com extremo bom senso e
     conhecimento prático. A triagem que Edison fazia de potenciais
funcionários era intensa. Certa época, durante um período de dois anos,
   ele entrevistou mais de 2 mil homens e contratou apenas 80 deles.
  Embora muitos fossem formados em excelentes faculdades, faltava à
 maioria, segundo Edison, a capacidade do pensamento independente.

                                  [26]
Pensar era um tema recorrente para Edison, e ele tinha uma profusão de
   pensamentos sobre numerosos assuntos, desde atacar os velhacos de
     Wall Street até debater quem cantava melhor "The Swanee River"
   (Edison era quase surdo). Em seu laboratório estava pendurada uma
  placa com seu aforismo favorito de Joshua Reynolds para lembrar aos
  seus funcionários seu lema de trabalho oficialmente adotado: "Não há
expediente ao qual o homem não recorra para esquivar-se do verdadeiro
 trabalho de pensar." Em "Eles Não Querem Pensar", Edison aprofunda-
 se no seu tema favorito e declara que se exercitar significa mais do que
    fazer abdominais e flexões de braço. Inquestionavelmente, ele dá ao
                             leitor o que pensar.



                   Eles não querem pensar
                          Thomas Alva Edison

    Todo homem tem algum ponto forte, alguma coisa que sabe fazer
 melhor do que qualquer outra coisa. Muitos homens, contudo, jamais
encontram o emprego para o qual estão mais preparados. E muitas vezes
   porque não pensaram direito. Muitos homens deixam-se levar pela
 preguiça e aceitam qualquer emprego, adequado ou inadequado para
    eles; quando não se dão bem, culpam a tudo e a todos, menos a si
                                mesmos.
     Os queixosos são quase sempre pessoas insignificantes, homens
     pequenos que jamais fizeram esforço algum para melhorar sua
                          capacidade mental.
  O cérebro pode ser desenvolvido assim como os músculos podem ser
 desenvolvidos; basta fazer o esforço de treinar o cérebro a pensar. Por
   que tantos homens jamais chegam a ser alguma coisa? Porque não
                                pensam.

                                  [27]
Vou colocar placas em toda a minha fábrica, com os dizeres: "Não há
expediente ao qual o homem não recorra para esquivar-se do verdadeiro
                           trabalho de pensar."
  Isso é verdade. Não se passa um dia sem que eu não descubra quão
                     penosamente verdadeiro isto é.
 Que progressos as pessoas poderiam fazer, e que progressos o mundo
 poderia fazer, se ao pensar fosse dada a merecida atenção! A mim me
 parece que nem um homem em mil avalia o que pode ser feito quando
                       se treina a mente a pensar.

 Por não usarem o seu poder de raciocínio é que tantas pessoas jamais
 desenvolveram uma mentalidade respeitável. Quando não é usado, o
 cérebro enferruja. Quando solicitado, o cérebro responde. O cérebro é
 como qualquer outra parte do corpo: pode ser fortalecido por meio de
  exercício adequado. Coloque seu braço numa tipóia e mantenha-o lá
    durante um tempo considerável. Quando tirá-lo da tipóia, você
perceberá que não consegue usá-lo. Da mesma forma, o cérebro que não
                       é utilizado fica atrofiado.

Ao desenvolver seu poder de raciocínio você aumenta a capacidade do
cérebro e adquire novas habilidades. Por exemplo, o cérebro da pessoa
     comum não assimila a milésima parte do que o olho observa,
simplesmente deixa de registrar as coisas que se apresentam ao olho. É
  inacreditável como é fraco o nosso poder de observação - a genuína
                              observação.

Permitam-me dar-lhes um exemplo: quando desenvolvemos o sistema
de iluminação incandescente tínhamos uma fábrica de lâmpadas ao pé
de um morro, em Menlo Park. Foi um período de muita atividade para
todos nós. Setenta e cinco pessoas trabalharam 20 horas diariamente e
            tiveram poucas horas de sono - e prosperaram.


                                 [28]
Eu os alimentei e coloquei um homem tocando órgão enquanto
  trabalhávamos. Certa vez, no meio da noite, enquanto fazíamos uma
refeição, surgiu algum assunto que me levou a mencionar a cerejeira ao
 lado do morro entre as instalações principais e a fábrica de lâmpadas.
Ninguém parecia saber nada sobre a localização da cerejeira. Isso me fez
 conduzir uma pequena investigação e descobri que, embora 27 desses
homens tivessem usado esse caminho todos os dias durante seis meses,
                   nenhum jamais percebera a árvore.

                Quando não é usado, o cérebro enferruja.
                Quando solicitado, o cérebro responde. •

   O olho vê muitas coisas, mas o cérebro médio registra pouco dessas
   coisas. De fato, ninguém tem a mínima percepção de quão pouco o
 cérebro "vê" a menos que tenha sido altamente treinado. Lembro-me de
     ter parado para observar um homem cuja tarefa era controlar o
funcionamento de centenas de máquinas sobre uma mesa. Perguntei-lhe
                            se estava tudo bem.
                      "Sim, está tudo bem", disse ele.

Mas eu já havia notado que duas das máquinas haviam parado. Chamei
            sua atenção para o fato e ele ficou atormentado.

        O homem que não se decide a cultivar o hábito de pensar
                desperdiça o maior prazer da vida. •

Ele confessou que, embora sua única tarefa fosse controlar o adequado
funcionamento de cada máquina, não havia reparado que aquelas duas
 haviam parado. Se eu pudesse passaria o resto da vida pensando. Não
  preciso de ninguém para me entreter. Isso também ocorre com meus
  amigos John Burroughs, o naturalista, e Henry Ford, mecânico nato.
  Somos capazes de obter enorme satisfação do ato de pensar, pensar e
                              pensar.

                                  [29]
O homem que não se decide a cultivar o hábito de pensar desperdiça o
   maior prazer da vida. Não apenas perde o maior prazer, como não
 consegue aproveitar o máximo de si mesmo. Todo o progresso, todo o
                   sucesso, floresce do pensamento.




                          J. OGDEN ARMOUR
                                         1863-1927

    Philip D. Armou fundou seu frigorífico em 1867, depois de fazer uma
  pequena fortuna vendendo opções* de suínos no final da Guerra Civil.
  Não demorou para a empresa, sediada em Chicago, tornar-se uma das
maiores processadoras de carne de porco do mundo. "J. O. N.", como era
 chamado pelos seus colegas, herdou os negócios da família quando seu
 pai morreu em 1901. Antes de sua morte, Philip alertou seu filho contra
   as ciladas de se pertencer à família abastada (i.e., a propensão de ser
   mimado, de tornar-se preguiçoso e arrogante). Philip advertia: "Você
 precisa aceitar a maldição de ser um homem rico" - excelente maldição,
  se é que a isso se pode chamar de maldição. J. O. levou a advertência a
 sério e não permitiu que o dinheiro o arruinasse; ao contrário, com uma
  visão grandiosa que suplantou a de seu pai, transformou a Armou em
 um conglomerado com mais de 3 mil produtos, trabalhando com tudo,
    desde a produção de fertilizantes até alimentos enlatados. J. O. foi
aclamado como o "maior comerciante da cristandade e dos gentios" e foi,
      durante algum tempo, o maior empregador individual do país.

  *
      (opções) Nota da Editora: Opção: documento escrito como caução ou promessa de uma
                                          transação.
                                           [30]
Para os muckrakers** da época, ele também representava o
 paganismo, e o importante romance de Upton Sinclair, The Jungle, que
    descrevia as péssimas condições de trabalho e de vida no distrito
   frigorífico de Chicago, foi baseado na Armou & Co. J. O. ameaçou
processar a F. N. Doubleday, que publicou o livro em 1906. Contudo, ele
  acabou ignorando as críticas e até admitiu abertamente: "Não tenho
ambições sociais. Minha ambição é dirigir a Armou & Co. eficazmente..."

     Com o tempo a filosofia de trabalho de J. O. foi mudando, talvez
   como resultado do seu deslize com relação ao livro The Jungle. Ele
 percebeu que "negócios não podem mais ser conduzidos no clube, mas
 com um químico - e um advogado". Ele também acabou dando grande
ênfase ao cultivo da lealdade e do entusiasmo entre seus funcionários. A
     maioria dos seus executivos fez carreira dentro da Armou. J. O.
    conquistou mais a estima daqueles funcionários autodidatas que
começaram de baixo do que daqueles com um MBA (Master of Business
  Administration). O auto-treinamento era um dos pré-requisitos para
      progredir, não apenas trabalhar. Em "Homens da Armou que
Progrediram - e Por quê", J. O. descreve seus demais pré-requisitos para
a realização pessoal e sua responsabilidade em ajudar seus funcionários
                           a atingir suas metas.




**
     (muckrakers) Nota do Tradutor: Pessoas que investigam e denunciam corrupção política e
                                       administrativa.
                                            [31]
Homens da Armour que progrediram - e por quê
                            J. Ogden Armour

   Certa noite, em uma pequena cidade a 500 quilômetros a leste dos
    abatedouros de Chicago, um velho caçador contava aos seus
companheiros de armazém a excitante perseguição que seu cão de caça
               havia feito a uma raposa no dia anterior.

    "Eles corriam desesperadamente", disse ele, "e a cada pulo Bill se
aproximava mais da raposa; mas justo quando ele estava prestes a saltar
               sobre ela, a danada subiu num álamo e..."

   "Ei! Nada disso!", gritou alguém. "Raposas não sobem em árvores."

   "Bem", respondeu calmamente o caçador, "esta raposa foi obrigada.''

  Uso Bill e a raposa para ilustrar uma coisa que tenho visto dar certo
muitas vezes na carreira de homens bem-sucedidos. Eles transpuseram
 obstáculos porque "foram obrigados", e o motivo pelo qual "foram
obrigados" foi porque lhes foi delegada total responsabilidade em seu
                               trabalho.

       Alguns axiomas são verdadeiros; outros não. Um dos mais
 verdadeiros que conheço é aquele sobre trabalho, segundo o qual "o
  homem mais bem-treinado é o autodidata". Acredito que nenhum
homem treinado em algum outro método em uma organização consiga
      alcançar o mesmo poder daquele a quem é delegada total
 responsabilidade, e sabe que seu progresso depende de sua própria
                     inteligência, visão e esforço.


                                 [32]
Isso não significa que o líder empresarial deva deixar seus
 empregados entregues a si próprios. Ele sempre deve dar algo de si;
  sempre deve ensinar-lhes algo mais. Mas, em qualquer empresa, o
 homem que nunca precisou assumir alguma responsabilidade jamais
                  estará em posição de progredir.

        Praticamente todo executivo da nossa empresa fez carreira
 começando debaixo. M. D. Harding, gerente geral da nossa fábrica em
   Chicago, começou a trabalhar conosco aos 11 anos de idade - o mais
 jovem de 12 irmãos - como office boy em nossa fábrica de Kansas City.
C. H. MacDowell, presidente da Armou Fertilizer Works, foi taquígrafo
do meu pai; William E. Pierce, que montou toda a operação em La Plata,
               Argentina, começou como cronometrista.

      Quando me pedem para explicar o sucesso individual de alguns
 desses homens, digo apenas que lhes foi dada a oportunidade de fazer
seu trabalho à sua maneira, com a responsabilidade pelos resultados. Os
      outros homens que trabalhavam com eles tiveram as mesmas
  oportunidades, mas foram eles que souberam aproveitar um pouco
 melhor suas habilidades. Procuramos gerir nosso negócio de tal forma
  que cada um, desde o office boy até o mais alto executivo, conheça a
                   função do seu superior imediato...

   O homem que nunca precisou assumir alguma responsabilidade jamais
                 estará em posição de progredir. •

    Todos os nossos gerentes de departamento, tendo eles mesmos feito
carreira desde os cargos mais modestos, naturalmente estão interessados
 em dar aos outros as mesmas oportunidades de autodesenvolvimento.
 Outro dia um dos nossos executivos reparou em uma pessoa de meia-
idade, de aparência pouco promissora, que conferia o carregamento dos
            carros para o departamento de manteiga e ovos.


                                 [33]
"Quanto você está pagando a este homem?", o executivo perguntou ao
                 contramestre desse departamento.

               "Ele está recebendo vinte centavos a hora."

   "Dê-lhe outra função. Este é o primeiro estágio nesta operação que
requer raciocínio. Qualquer um pode arrastar caixas, mas computá-las
  requer um pouco de trabalho intelectual. Coloque um jovem aqui.
Aumente-lhe o salário de vinte centavos a hora para cinqüenta dólares
  por mês, para que o funcionário encarregado não se considere um
                               horista.

 Faça-o sentir-se um funcionário mensalista de nossa empresa - e você
           terá um executivo em potencial despontando."

  Quando homens atraem sua atenção fazendo com que você queira
 promovê-los, em 70% das vezes eles corresponderão à expectativa,
 mesmo que não fossem capazes quando inicialmente incumbidos da
                            tarefa.

     Um homem que tenha desenvolvido personalidade, entusiasmo,
lealdade e senso de organização encontrará as informações necessárias
       em praticamente qualquer cargo em que seja colocado.

             Bons homens irão esforçar-se para progredir

  Nos negócios, nenhum ilusionismo é suficientemente hábil para fazer
 um homem competente desaparecer na multidão. A lei dos negócios
 funciona no sentido inverso da lei da gravidade; sempre atrai para o
                                 alto.

    Um dia um jovem procurou o sr. O'Hern e disse-lhe que queria
adquirir experiência trabalhando nas fábricas de nossas filiais. O'Hern

                                 [34]
perguntou-lhe se ele não receava perder sua identidade na multidão e
            precisar trabalhar mais tempo para progredir.

    "Eles não têm como perder-me!", declarou o homem. "Eu voltarei."

      Atualmente ele é o superintendente de uma de nossas fábricas.

       Além da grande vantagem para a empresa em ter executivos
treinados em seus próprios quadros, existe esse enorme estímulo para a
força de trabalho. Nada desperta mais a lealdade e a eficiência em uma
 empresa do que saber que os funcionários estão sendo constantemente
    promovidos a partir da base. Esse conhecimento dá aos homens
     ambição, dá a eles orgulho; orgulho e ambição, como meu pai
costumava dizer, manterão um homem trabalhando a toda velocidade,
                sendo o dinheiro um mero subproduto.

    Muitos homens medianamente competentes deixam de progredir
porque relutam em contratar um bom assistente que poderia demonstrar
  maior brilhantismo que eles mesmos. Outra deficiência comum entre
 executivos é sua propensão à execução de tarefas secundárias porque
  podem realizá-las melhor do que qualquer outra pessoa na empresa.
Melhor seria que o homem aceitasse uma eficiência 10% ou 15% inferior
     à sua própria nesses assuntos e poupasse seu próprio tempo e
competência para as tarefas realmente importantes. Esses são dois males
                      que procuramos evitar aqui.

   Uma lição prática nesse sentido foi proporcionada por uma oficina
mecânica que um de nossos homens visitou outro dia. Ele reparou num
       menino que distribuía água para os operários beberem.

    "Quanta amabilidade de sua parte", comentou com o contramestre.



                                 [35]
"Amabilidade?", sorriu o contramestre. "Talvez. Mas é muito mais do
  que isso. O tempo dos homens vale 75 centavos a hora; o tempo do
garoto vale 12,5 centavos a hora. Calcule você mesmo quanto custaria à
casa se cada homem tivesse de ir buscar sua própria água duas ou três
                             vezes por dia."



              O que homens de negócios podem aprender
                       com produtores teatrais


   O executivo competente é dono de seu tempo. Ele sistematiza seus
minutos. Tudo o que não for absolutamente essencial para ele fazer, ele
delega aos subordinados. É melhor para ele e melhor para os outros. A
  longo prazo, o homem mais bem-sucedido é aquele que dá menos
                              ordens.

  Homens de negócios poderiam aprender com produtores teatrais uma
lição útil no desenvolvimento de suplentes. Poucas peças são estreadas
   sem um suplente para cada papel importante. No entanto, algumas
 empresas, quer como um todo, quer em departamentos, são dirigidas
pelo "plano de um único homem". Quando este homem cai fora, toda a
                         estrutura desmorona.

     Aqui procuramos dirigir a operação de modo que cada homem
conheça as tarefas do seu superior imediato. Incentivamos os homens a
 serem curiosos e satisfazemos essa curiosidade. Às vezes, se não ficar
 atento, o homem da frente será automaticamente deslocado por outro
   mais empreendedor que vem atrás dele. Procuramos evitar negar
                oportunidades a qualquer funcionário.



                                 [36]
O executivo competente é dono de seu tempo. Ele sistematiza seus
minutos. [...] A longo prazo, o homem mais bem-sucedido é aquele que dá
                               menos ordens. •

   O homem certo não precisa encontrar oportunidades; ele as cria. Ele
 também pode cometer erros, mas isso faz parte do jogo. "Coisas vazias
não transbordam", como observou certa vez Henry Ward Beecher. Além
   do mais, descobri que não compensa repreender severamente um
homem que comete um erro. Ele hesitará em assumir responsabilidades
    em outra emergência. E responsabilidade é o que faz o homem.

   Qualquer homem que é especialista em algum assunto é um sucesso.
  Um grupo de homens, cada um especialista em algo, e você tem uma
 empresa bem-sucedida. Raramente essas empresas são uma galáxia de
 estrelas cintilantes. É o trabalho em equipe que importa. No beisebol o
jogador da segunda base que deixar de defender o lance da primeira vez
 está sujeito a penalidade; se ele fizer disso um hábito, será dispensado.
 Clubes de beisebol campeões - aqueles que participam de campeonatos
mundiais - geralmente são formados por jogadores honestos, resolutos e
          confiáveis, que trabalham juntos como uma máquina.

      O problema com muitos homens brilhantes é que "eles não ficam
engatados" como costumava dizer meu pai. Não queremos pessoas que
precisem fazer solo. Damos aos homens suas próprias responsabilidades
 no que se refere ao seu trabalho; nós os encorajamos a progredir, mas
   eles precisam ter senso de organização e lealdade, ou até mesmo o
  brilhantismo pode ser uma desvantagem. Uma empresa deve ser tão
            bem-coordenada quanto uma orquestra sinfônica.

   Jamais esquecerei uma lição de lealdade e trabalho em equipe que.
aprendi de meu pai há muitos anos. A lição veio na forma de uma carta
 ao meu irmão e a mim e, embora se referisse diretamente aos nossos
negócios, a abrangência de seus princípios se aplica a qualquer negócio.
                             Esta é a carta:
                                  [37]
Uma carta de P. D. Armour

                                         1° de abril de 1895

                   MEUS QUERIDOS OGDEN E PHIL:

      O sr. Earling, superintendente da C. M. & St. P. Railway, voltou
 comigo do enterro de Carey ontem e, no decorrer da conversa, relatou-
me um pequeno incidente para ilustrar por que as ferrovias não vão para
  a frente. Fiquei muito impressionado com o relato e acho que a parte
          principal pode ser aplicada ao negócio do frigorífico.

    Ele contou que quando esteve em Minneapolis, na semana passada,
entrou numa pequena charutaria próxima da estação de trem e comprou
dois charutos. Enquanto acendia um deles, perguntou ao homem se seu
  negócio ia bem. Ele disse, sim; sua freguesia provinha quase toda da
    Milwaukee & St. Paul Railroad, o que correspondia a um grande
     volume; de fato, era praticamente todo o negócio que ele tinha.

     Então Earling perguntou-lhe onde ele comprava os charutos e ele
                     respondeu: "Em Nova York."

    Então Earling perguntou como ele os despachava, e ele respondeu:
                       "Pela Burlington Road."

    "Você consegue sua freguesia toda por intermédio da St. Paul e dá
  todo o seu negócio à Burlington, de quem você nunca teve nenhum
                               freguês?"


                                 [38]
"Bem", disse o vendedor de charutos, "nunca pensei nisso dessa
 forma. Nunca ninguém da St. Paul me pediu para despachá-los pela
                          ferrovia deles".

     O sr. Earling disse que o princípio fundamental era o mesmo em
    todos os negócios nas imediações da ferrovia - os homens eram
   instruídos a fazer o serviço e cumpriam seu dever, mas não eram
 criativos, nem procuravam ajudar a ferrovia. Eles nunca olharam tão
   longe para ver que fomentando a ferrovia também ajudariam a si
                                 mesmos.

  Nenhum dos muitos funcionários que compravam naquela charutaria
jamais pediu ao dono da loja que mandasse seus charutos pela St. Paul
 Railroad. É claro, eles não eram exatamente os homens comerciais da
  ferrovia, mas pensavam que nada lhes dizia respeito a não ser suas
          tarefas específicas e o que quer que lhes fosse dado.

     Conseqüentemente, esse era um dos principais motivos por que as
ferrovias não deram aos acionistas os resultados que poderiam ter dado
  e, naturalmente, isso significava que não pagavam aos homens o que
                           poderiam pagar-lhes.

     Acho que, em grande parte, isso se aplica à Armour & Company
                             também.

    Cada homem na Armour & Company que prestasse um pouco de
atenção e colaborasse estaria contribuindo para o sucesso da nossa casa:
     e não passaria desapercebido à Armour & Company nenhum
  funcionário que se empenhasse em demonstrar estar interessado no
                          sucesso da empresa.

     Seria tão simples para qualquer um de nossos funcionários que
entrasse numa loja e não visse nossos produtos perguntar por que e, se

                                  [39]
não descobrisse o motivo, seria tão fácil informar isso ao departamento
                        comercial da empresa.

                                              Cordialmente,
                                            PHLLIP D. ARMOUR

    Homens bem-sucedidos demonstram características contrastantes -
mas uma qualidade que jamais lhes falta é a meticulosidade. Os negócios
estão repletos de homens que estariam no topo se apenas aprendessem a
 concluir seus pensamentos. Eles sabem que dois mais dois são quatro,
            mas jamais param para pensar em quatro do quê.

    Muitas dessas pessoas caminham, mas não vão longe. Nos negócios,
   sempre existe um estímulo para o homem que faz seu trabalho com
 esmero, minúcia e propósito; é ele o homem a quem será confiada cada
vez mais responsabilidade, até o limite de sua capacidade. O homem que
 aprende tudo o que pode sobre a empresa, seus métodos, sua política e
 seus produtos, que faz seu trabalho tão bem-feito que ninguém precisa
    seguir seu rastro para remendar as falhas do seu trabalho, está no
        caminho mais seguro, certo e mais curto para o sucesso.

   Lembro-me de que um dia meu pai chamou um de seus funcionários
   à sua sala e lhe perguntou a cotação dos porcos no dia anterior em
                              Kansas City.

   "Não sei exatamente", respondeu o homem, "mas posso lhe dar uma
                           cifra aproximada."
               "Bem, quais são as cifras?", insistia meu pai.
                 "Sei o valor aproximado", foi a resposta.
                     Meu pai virou-se na sua cadeira.




                                  [40]
"Meu jovem, quero os números exatos", ordenou ele. "Suas
  adivinhações não me interessam nem um pouco. Se houver alguma
   adivinhação a ser feita por aqui, eu mesmo sou muito bom nisso."

   Em nosso negócio - e suponho que isso seja verdade para a maioria
 das empresas - o homem bem-sucedido é o homem que "volta com a
  resposta", não com uma resposta aproximada, mas com a resposta
                             correta.

        Sentimentos nos negócios jamais foram tão presentes como
  atualmente. Qualquer empregador competente sabe que gentileza e
  justiça são a chave para se conseguir o empenho do empregado. Do
  ponto de vista puramente comercial, sem considerar todos os outros
motivos, são o investimento mais sólido do mundo. Você pode comprar
 o trabalho de um homem, mas não pode comprar sua lealdade. Isso se
  consegue tratando-o com justeza. Já falei repetidas vezes que todo o
sucesso que obtive foi decorrente quase que exclusivamente da lealdade
     dos meus homens e de sua ânsia de me agradar. Considero esse
      sentimento mais valioso em dólares e centavos do que todo o
                investimento financeiro em nosso negócio.

    Não quero que meus homens trabalhem porque têm medo de mim,
 ou porque receiam perder seu emprego. Quero que trabalhem porque
 querem trabalhar e porque preferem trabalhar aqui a qualquer outro
  lugar no mundo. Um homem não serve para mim a não ser que seja
 necessário para a Armour & Company e nós sejamos necessários para
                                ele.

        Os negócios estão repletos de homens que estariam no topo
        se apenas aprendessem a concluir seus pensamentos. Eles
             sabem que dois mais dois são quatro, mas jamais
                  param para pensar em quatro do quê. •


                                 [41]
Tenho uma regra prática, minha porta estará sempre aberta para os
  meus empregados e qualquer um, até o operário mais humilde, tem
 liberdade de me procurar para falar de seus problemas. Meu trabalho
           não teria sentido sob quaisquer outras condições.

      Em última análise, um negócio e um indivíduo têm as mesmas
   características; fazem amigos e inimigos da mesma forma e não há
                   melhor recompensa do que ser justo.




                 CHARLES M. SCHWAB
                                 1862-1939

      Schwab, em um discurso para alunos da Princeton University, disse
    "[...] existem outras coisas na vida além do trabalho. Acredito que o
   apreço pelas coisas mais refinadas [...]". E pouco depois de assumir o
     comando da U. S. Steel em 1901, seu refinado modo de vida e suas
     façanhas no cassino de Mônaco fizeram as manchetes dos jornais.
     Schwab viu-se imediatamente em dificuldades com o Conselho de
 Administração, do qual fazia parte nada menos do que J. R. Morgan. É
 claro que as "coisas mais refinadas" a que Schwab se referira eram arte,
literatura e música, que ele acreditava "serem muito úteis para a carreira
 de um homem". Segundo sua argumentação, cultivar o gosto pela artes
     ajuda os homens de negócios a aguçar sua própria imaginação na
              solução de problemas e no planejamento estratégico.



                                   [42]
A ascensão meteórica do próprio Schwab com apenas 39 anos de
     idade deveu-se principalmente à sua capacidade de manter uma
  excelente comunicação com os calejados metalúrgicos, o que se fazia
extremamente necessário para a direção durante um período de agitação
  por parte do operariado. Sua sensibilidade às relações trabalhistas foi
   revelada por outro discurso proferido anos mais tarde durante uma
    convenção, em que ele disse: "Posso induzi-los a comprar grandes
 quantidades de produtos da minha empresa, mas se eu não conseguir
    convencer minha empresa, até o mais humilde operário, a querer
produzir esses produtos econômica e eficazmente, minha habilidade em
           vender-lhes esses produtos terá sido desperdiçada."

      Schwab deixou a U. S. Steel poucos anos depois, não em razão do
     episódio no cassino, mas porque "eu não podia fazer o que vinha
 fazendo durante toda a minha vida. Fui tolhido por diretores e outros
   interesses que não me deram espaço suficiente para que eu fosse de
  alguma utilidade". Imagine como ele reagiria ao ambiente de hoje, no
 qual o desempenho de um diretor-executivo costuma ser medido pela
     cotação das ações de sua empresa. Schwab assumiu a direção da
    Bethlehem Steel e fez da modesta empresa uma das mais temidas
      concorrentes da U. S. Steel. Ele se entregou totalmente em cada
 empreendimento assumido, porque acreditava que "o homem que não
deu o melhor de si, não fez nada". Em "Sendo Bem-Sucedido com Aquilo
 que Você Tem", Schwab derruba qualquer mito de que tenha sido um
  gênio e destaca as qualidades necessárias para construir uma carreira
                               bem-sucedida.




                                  [43]
Sendo bem-sucedido com aquilo que você tem
                             Charles M. Schwab

      Por 36 anos estive entre profissionais do que atualmente é o maior
ramo da indústria americana, a indústria siderúrgica. Naquela época tive
   a sorte de acompanhar a ascensão profissional, desde os postos mais
       humildes, da maioria dos líderes atuais. Esses homens, estou
     convencido, não são prodígios naturais. Eles venceram usando sua
  inteligência básica para pensar além do mero cumprimento dos seus deveres.

   A indústria americana transborda de homens que começaram da
mesma forma que os líderes, com a mesma inteligência, com as mesmas
mãos competentes. No entanto, um homem surge na multidão, ascende
       muito além dos seus companheiros e os outros sobram.

   Os homens que não conseguem alcançar o sucesso costumam ter dois
   pretextos: "Não sou um gênio" é um; o outro, "Já não existem mais
                      oportunidades como antes".

   Nenhum dos dois pretextos tem sustentação. O primeiro não vem ao
           caso; o segundo está completamente errado.

    Não acredito naquilo que a maioria das pessoas chama de "gênio".
Isto é, estou certo de que poucos homens bem-sucedidos sejam o que se
                         chama de "gênios natos".

  Não existe atualmente um único homem no comando na siderúrgica
  Bethlehem que não tenha feito sua carreira começando lá de baixo,
degrau a degrau, apenas usando sua inteligência e suas mãos um pouco
 mais livre e eficazmente do que os homens ao seu lado. Eugene Grace,

                                    [44]
presidente da Bethlehem, trabalhava no depósito quando o conheci. O
sr. Snyder era um taquígrafo, o sr. Mathews um projetista. Os 15 homens
 diretamente responsáveis pelas fábricas foram escolhidos não por causa
     de um lampejo de genialidade, mas porque, dia após dia, fizeram
        pequenas coisas inusitadas - pensar além das suas funções.


             A indústria americana transborda de homens que
            começaram da mesma forma que os líderes, com a
          mesma inteligência, com as mesmas mãos competentes.
                 No entanto, um homem surge na multidão,
                ascende muito além dos seus companheiros
                           e os outros sobram. •


   Quando assumi as fábricas da Bethlehem, decidi treinar seus gerentes
 como o sr. Carnegie treinou seus "garotos". Assim, observei os homens
   que já estavam lá e selecionei uma dúzia. Essa seleção levou meses.
 Então, pus-me a construir uma organização na qual ficássemos unidos
   em harmonia e afável cooperação. Eu incentivava meus gerentes a
estudar ferro e aço, mercados e homens. Dei-lhes a todos salários baixos,
mas instituí um sistema pelo qual cada homem participaria diretamente
nos lucros pelos quais fosse diretamente responsável. Cada um daqueles
  meninos obteve êxito. Hoje são homens ricos; todos são diretores da
              empresa, alguns são diretores da corporação.


            O que se fala a respeito de genialidade é besteira

     Todo esse falatório sobre "supergênios" é besteira. Descobri que
quando as "estrelas" vão embora, raramente seus departamentos sofrem.
E seus sucessores são apenas homens que aprenderam, pela dedicação e
   pela autodisciplina, a obter produção a todo vapor de um cérebro
                            normal, comum.
                                  [45]
O inventor, o homem com talento único, especializado, é o único
supergênio real. Mas ele é tão raro que não carece ser considerado aqui.

    Sempre achei que o modo mais seguro de alguém qualificar-se para
  um cargo mais alto é trabalhar um pouco mais do que qualquer outra
pessoa do seu nível. Um dos homens mais bem-sucedidos que já conheci
  jamais usou um relógio até passar a ganhar US$10 mil por ano. Antes
disso, se arranjava com um despertador barato, que tinha em seu quarto,
ao qual jamais se esquecia de dar corda. Homens jovens apreciam largar
seu trabalho às cinco ou seis horas e enfiar-se em trajes a rigor para uma
   noitada de prazer; mas o hábito tem suas desvantagens. Até conheço
 alguns cavalheiros robustos que fizeram disso um hábito tão arraigado
  que agora passam todo o seu tempo, tanto de dia quanto de noite, em
  trajes a rigor, servindo mesas em restaurantes elegantes freqüentados
 por homens que não adquiriram o hábito do traje a rigor até mais tarde
                              em suas vidas.



             Todo esse falatório sobre "supergênios" é besteira.
              Descobri que quando as "estrelas" vão embora,
               raramente seus departamentos sofrem. E seus
             sucessores são apenas homens que aprenderam,
                pela dedicação e pela autodisciplina, a obter
          produção a todo vapor de um cérebro normal, comum. •


     Recentemente temos ouvido falar muito sobre investimentos. Na
  minha opinião, o melhor investimento que um jovem iniciando sua
 carreira profissional pode fazer é dedicar todo o seu tempo, toda a sua
energia, ao trabalho - simplesmente muito trabalho árduo. Depois que a
 posição de um homem está assegurada, ele pode se entregar ao prazer,
se quiser. Ele não terá perdido nada esperando - e terá ganho muito. Ele
                                   [46]
terá ganho dinheiro suficiente para poder permitir-se gastar algum e
       saberá que terá cumprido seu dever por si e pelo mundo.

  O homem que deu o melhor de si, fez tudo. O homem que se esforçou
            menos do que o seu melhor, não fez nada.


        Recentemente temos ouvido falar muito sobre investimentos.
           Na minha opinião, o melhor investimento que um jovem
         iniciando sua carreira profissional pode fazer é dedicar todo
        o seu tempo, toda a sua energia, ao trabalho - simplesmente
                           muito trabalho árduo. •

    Nada é mais fatal para o sucesso do que aceitar o seu trabalho como
    um fato consumado. Se mais pessoas se entusiasmassem com seu
  trabalho a ponto de precisarem ser lembradas de sair para o almoço,
 haveria mais felicidade no mundo e menos indigestão. Se você precisa
 ser um glutão, seja-o por trabalho. Um ouvido treinado pode detectar
enormes oportunidades. Às vezes, ele fica tão atento à espera do alarme
   do encerramento do expediente que acaba ignorando as instruções
                                 verbais.

    Ainda estou para ver algum homem ser atingido pelo infortúnio por
   ter feito hora extra. Conheço vários exemplos de homens que foram
 atingidos por não se terem esforçado um pouco mais. O infortúnio tem
vários disfarces. Muito mais grave do que danos físicos é a praga lenta e
implacável que resulta em paralisação, falta de progresso, fracasso final.

         Se mais pessoas se entusiasmassem com seu trabalho a
         ponto de precisarem ser lembradas de sair para o almoço,
          haveria mais felicidade no mundo e menos indigestão. •

  O homem que deixa de cumprir o dever pelo qual é pago é desonesto.
    O homem que não está disposto a dar mais do que isso é tolo.
                                   [47]
No moderno mundo dos negócios, o "pistolão" está perdendo seu
  poder. O trabalho "canja" é coisa do passado. Na maioria das grandes
  empresas mil acionistas controlam o caixa, quando antes havia dez. O
filho do presidente começa lá de baixo. Resultado é o único teste. Aquele
 que trabalhar mais é quem vai ganhar mais, desde que demonstre igual
                               inteligência.

     Os capitães de indústria não estão caçando dinheiro. Os Estados
 Unidos estão repletos de dinheiro. Eles estão procurando inteligência -
conhecimento especializado - e lealdade. A inteligência é necessária para
      a execução dos planos daqueles que entram com o capital.

   O homem que atrai atenções é o homem que pensa o tempo todo e se
expressa de maneira simples. Não é o homem que procura deslumbrar o
 seu empregador fazendo representações dramáticas, espetaculares. O
             homem que faz isso está fadado ao fracasso.




                       HENRY FORD II
                                1917-1987

      O neto de Henry Ford reinou com êxito no que foi rotulado de
   império bizantino. Como observou um biógrafo: "Infelizmente, ao
     contrário de seu avô, Henry II preferiu a boa vida de playboy
  internacional, freqüentando festas nos confins do mundo, bebendo
demais..." Esse comportamento indulgente foi provavelmente a extensão
  de uma infância mimada. De fato, poucos acreditavam que o jovem
pudesse passar da mediocridade. Entretanto, quando Henry II - contra a
vontade de seu poderoso avô - se alistou na Marinha durante a Segunda

                                  [48]
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Os gênios dos negócios peter krass

  • 1. OS GÊNIOS DOS NEGÓCIOS A sabedoria e a Experiência dos maiores executivos e empreendedores
  • 2. Contra- Capa: "Uma coletânea muito útil que destaca o tamanho, o escopo, a vitalidade e a natureza mutante das empresas americanas e de seus líderes lendários. Os textos são informativos, provocativos, úteis, inspiradores e, em alguns casos, até engraçados. Num tempo em que informações novas piscam a todo momento em nosso computador, é prazeroso possuir um livro que mereceria ser encadernado em couro." Glen L. Urban Diretor da Sloan School of Management, MIT "Este livro é delicioso de se ler e é também uma revelação. Contém a riqueza da sabedoria de como obter sucesso não apenas no mundo dos negócios, mas na vida em geral." Daniel P. Tully Presidente do Conselho, Merrill Lynch & CO., Inc. [2]
  • 3. Orelha do Livro Impresso: Este livro pode ser visto, como uma pequena enciclopédia do conhecimento empresarial. Essa é uma oportunidade única de encontrar pensamentos das mais relevantes figuras que fizeram do mundo dos negócios a força propulsora da influência americana no mundo inteiro. Não há como negar o poder da economia americana e de suas empresas. Muito da reação dos Estados Unidos ao grande boom da economia japonesa foi graças a uma base industrial e comercial muito estruturada e forte. Com isso. podemos perceber a importância de aprendermos com grandes mestres daquela época e com outros participantes da atual recuperação. Este livro mistura o que o passado e o presente têm de melhor. Muitas das preocupações que Andrew Carnegie, Henry Ford II, Malcolm Forbes, Harvey Firestone, Thomas Edison e tantos outros empresários e executivos tiveram no século XIX ou no início do século XX ainda rondam e aterrorizam o pensamento dos atuais executivos que, se antes não tinham material para analisar e entender o mundo dos negócios, hoje podem encontrar uma obra completa. [3]
  • 4. Orelha do Livro Impresso: Você vai se impressionar ao ver que as idéias de Benjamin Franklin, ainda no século XVIII, sobre riqueza, consumo e princípios têm muito a acrescentar para todo e qualquer homem de negócios dos dias de hoje. O mundo está se transformando numa velocidade extrema, indo para caminhos desconhecidos e inimagináveis tempos atrás. A velocidade fascina e ao mesmo tempo assusta. As soluções devem aparecer numa velocidade ainda maior e a forma mais completa de se obter tais soluções é o aprendizado. E nada melhor do que aprender com os maiores executivos e empresários sobre pontos importantes do dia-a-dia empresarial. Essa é uma chance única, pois nada substitui a experiência e o talento de todos aqueles que estão reunidos neste livro. Entender o que está por trás destas palavras pode evitar que ainda tenhamos, no final do século, os mesmos problemas. Peter Krass é escritor e editor free lance e vive em Connecticuc. Este livro foi publicado anteriormente sob o título O livro da sabedoria nos negócios. Consulte nosso catálogo completo e últimos lançamentos em: www.campus.com.br [4]
  • 5. Do Original: The Book of Business Wisdom Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por John Wiley & Sons, Inc. Copyright © 1997 by Peter Krass © 2004, Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. Editoração Eletrônica Estúdio Castellani Copidesque Maria Carolina Garcia Lopes de Oliveira Revisão Gráfica Edna Cavalcanti Mariflor Brenlla Rial Rocha Projeto Gráfico Elsevier Editora Ltda. A Qualidade da Informação. Rua Sete de Setembro, 111-16° andar 20050-006 Rio de Janeiro RJ Brasil Telefone: (21) 3970-9300 FAX: (21) 2507-1991 E-mail: info@elsevier.com.br Escritório São Paulo Rua Quintana, 753 / 8° andar 04596-011 Brooklin São Paulo SP Tel.: (11) 5105-8555 ISBN 85-352-1541-7 CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ G291 Os gênios dos negócios : a sabedoria e a experiência dos maiores executivos e empreendedores / editado por Peter Krass ; tradução de Ruth Gabriela Bahr - Rio de Janeiro : Elsevier, 2004 - 4" reimpressão Tradução de: The book of business wisdom : classic writing bythe legends of commerce and industry Publicado anteriormente sob o título : O livro da sabedoria nos negócios Inclui bibliografia ISBN 85-352-1541-7 1. Administração de empresas. 2. Sucesso nos negócios. I. Krass, Peter. CDD-650.1 CDU-65.011.4 04-1756. [5]
  • 6. Agradecimentos Os gênios dos negócios não teria sido possível sem Ruth Mills, minha editora na John Wiley & Sons. Agradeço sobremaneira a ela, a quem serei eternamente grato. O entusiasmo e a flexibilidade de Ruth ao longo do projeto foram excepcionais e inspiradores. Também devo muito a Ed Knappman, da New England Publishing Associates. Como agente literário ele é eficiente e direto, me proporcionando importante feedback no desenvolvimento do projeto. A incomensurável importância do apoio familiar em qualquer empreitada deve ser reconhecida e valorizada. Diana, minha esposa, deu-me o estímulo essencial e fez críticas pungentes. Ela sacrificou muito pela família durante todos esses anos e espero poder retribuir-lhe com mais do que apenas um livro. Pierson e Alex, nossos filhos, estiveram encarregados da música para estimular o papai, e sua ânsia em me ajudar já foi estímulo bastante. Muitos editores e escritores anônimos merecem ser aplaudidos por sua percepção em captar no papel as idéias desses grandes líderes da indústria. Uma das revistas mais interessantes que descobri foi System: The Magazine of Business, publicada entre 1900 e 1935. Foi uma fonte inesgotável de material e conclamo todos os historiadores sobre negócios a examinarem seu conteúdo. Aos muitos bibliotecários/as, a quem aborreci com minhas perguntas - obrigado. Meus agradecimentos também a Bob Atwan, Dan Burstein, Bob Kennedy e a todos que contribuíram com suas sugestões. [6]
  • 7. Introdução Imagine-se invadindo o escritório de Jack Welch e exigindo que ele revele seus segredos de liderança; ou entrar marchando na sala de Andy Grove para uma discussão sobre a teoria da gestão. Por que isso? Porque é improvável que sejamos convidados. É claro que se nós nos convidássemos, sem dúvida seríamos escoltados para fora por dois seguranças troncudos e uma hora depois o FBI já teria a nossa ficha policial em mãos. Mas apenas imagine ter a oportunidade de sentar-se não apenas com os atuais capitães de indústria, mas também com os ícones de ontem. Que conselhos Andrew Carnegie, John D. Rockefeller e J. Paul Getty nos dariam sobre liderança, gestão, finanças e outros componentes essenciais ao sucesso? Os gênios dos negócios proporcionará essa fascinante oportunidade. Sucesso! Uma indústria multibilionária foi criada em torno dessa palavra. Oradores motivacionais cobram fortunas para discorrer sobre o assunto. Instituições foram erguidas em torno dos gurus dos negócios. Autores, na tentativa de desvendar os segredos do sucesso, usaram cada metáfora imaginável para descrever suas idéias. E todos esses livros, seminários e premissas, inovadores e às vezes úteis, têm sido vendidos como água desde os primórdios da livre empresa. Mas quem, de fato, melhor entende as qualidades necessárias para o sucesso do que os mais bem-sucedidos capitães da indústria americana? Eles não são pretendentes ao trono; eles personificam a essência do comércio e da indústria e esta antologia é rica em seu brilhantismo. O desafio deste projeto foi encontrar material pungente escrito por esses magnatas que oferecesse conselhos práticos e insights sobre métodos fundamentais dos negócios. Este livro não trata de frivolidades, tampouco inclui material manipulado que soe como citação de trechos de algum relatório anual. Esses capitães de indústria foram, por [7]
  • 8. natureza, pessoas dinâmicas; portanto, busquei ensaios que captassem sua personalidade e transmitissem sua vitalidade por meio de suas palavras. Por exemplo, Getty foi uma figura bombástica e, ao ler sua seleção, você descobrirá a linguagem extravagante e imagens que refletem quem ele foi. Jack Welch, por outro lado, é um tipo de pessoa seca, sem cerimônia. Usa expressões como "Mudanças grandes, ousadas [...] expondo pessoas [...] julgando idéias [...] paixão insaciável pela vitória...". As introduções a esses autores também dão uma amostra do seu caráter e uma noção do contexto no qual eles escreveram. Outro critério importante que determinou a seleção dos textos foi sua universalidade, desvinculada de tempo ou espaço. Carnegie, expondo problemas trabalhistas da década de 1880, teria pouca utilidade atualmente. Seu texto é um discurso feito no Curry Commercial College em 1885; mas ele poderia perfeitamente estar falando a alunos e homens de negócios de hoje. Carnegie comenta a importância de quebrar rotinas e estabelecer novas regras. Exceto por algumas diferenças semânticas, ele está claramente discutindo o conceito da reengenharia, tão atual nos anos 90. Carnegie afirma a necessidade de o funcionário desobedecer ordens e mandar no chefe, na busca da melhoria dos métodos de trabalho, também conhecido nos anos 90 como empowerment.* Claro que, no caso de dar mais poder aos sindicatos, ele e os outros não se mostraram exatamente entusiásticos; contudo, há que se reconhecer as idéias sofisticadas e universais que guiaram esses magnatas há mais de 100 anos. A mesma universalidade é descoberta em todas as seleções, independentemente da posição e empresa do autor ou do ano em que foram escritas. À medida que a procura por material se expandia, tornou-se óbvio que havia uma superabundância disponível na virada do século XX. A * (empowerment) Nota do Tradutor: Habilidade em permitir que outros assumam as responsabilidades, os riscos e as recompensas associadas à tomada das próprias decisões. [8]
  • 9. principal razão foi, sem dúvida, o impacto da Revolução Industrial nos Estados Unidos. Os Estados Unidos, até a Revolução Industrial, estavam muito mais preocupados com outros aspectos da vida do que com os negócios. Deus ainda estava acima de Mammon* e do todo-poderoso dólar. Em termos econômicos, o valor agregado da manufatura nos Estados Unidos (planta e produção) em 1860 era menor do que o da Inglaterra, da França ou da Alemanha, respectivamente. Contudo, no início da década de 1890, o valor praticamente se igualou ao dos três países juntos. Quase que da noite para o dia, os Estados Unidos adquiriram consciência do seu poderio industrial e da necessidade de meios mais sofisticados de fazer negócios. Os líderes industriais passaram a ter um público ouvinte quando Mammon substituiu Deus. Além do que, Horário Alger, nascido em 1832, foi pioneiro no gênero da literatura comercial, escrevendo mais de 135 livros sobre o tema sucesso. Seus heróis trabalhadores enriqueceram por conta própria em romances como Fame and fortune, Struggling upward e Strive and succeed. Criava-se um mercado. O ponto anterior é exemplificado pelo fato de que mais de um terço dos autores incluídos nesta coletânea conduziam seus negócios no auge da Revolução Industrial. Descobri uma enorme quantidade de material riquíssimo do qual poderia selecionar entre os anos de 1920 e 1924, período em que esses homens faziam reflexões sobre o fruto de seu trabalho e teciam considerações sobre o cenário empresarial do pós- Primeira Guerra Mundial. À medida que você for folheando o conteúdo, vai notar a falta evidente de alguns nomes, como J. P. Morgan. Infelizmente, Morgan preferiu queimar a maior parte de seus escritos particulares e comerciais e pouco deixou para os historiadores e estudantes de negócios. Você também vai encontrar alguns nomes desconhecidos, mas certamente conhecerá as empresas que eles * (Mammon) Nota do Tradutor: Riqueza, bens materiais considerados como um mal. Falso deus que personifica a cobiça e a avareza. [9]
  • 10. dirigiam: por exemplo, Marvin Bower era sócio proprietário da McKinsey & Company; Crawford H. Greenewalt foi presidente do conselho da DuPont e John L. McCaffrey foi presidente do conselho da International Harvester. Estes e outros homens foram reconhecidos como empreendedores notáveis e expressaram idéias excepcionais com classe e desenvoltura. O material foi dividido em sete partes ou temas, para maximizar o uso funcional da coletânea. "Como Progredir" aborda as qualidades necessárias para negociar com êxito no mundo dos negócios e galgar os degraus da hierarquia. "A Importância do Caráter" não é um sermão da sociedade da moderação e sobriedade; esta parte se aprofunda no que significa ter coragem e firmeza de caráter. "A Dinâmica da Liderança" e "Os Princípios da Boa Administração" falam por si sós. "Habilidades de Venda e Foco no Cliente" decididamente não fala apenas ao vendedor. Todo mundo está sempre se vendendo a alguém por algum motivo e, por isso, esta parte é da maior importância. Além do mais, muitos desses autores freqüentemente incorporam várias idéias adjacentes aos seus temas principais. Por exemplo, Thomas J. Watson não apenas discute os elementos que fazem um bom vendedor, como também a postura psicológica necessária para qualquer funcionário ser bem-sucedido. Ele dá exemplos práticos de rituais diários para se adquirir essa atitude. "Mantendo a Individualidade no Mundo Corporativo" é uma parte marcante que aborda a realidade de trabalhar dentro da rígida estrutura de uma empresa e sobreviver com sua integridade intacta. Embora a maioria das pessoas trabalhe para alguém, a coletânea de personagens em "Pistoleiros e o Espírito Empreendedor" a torna leitura obrigatória. Seus insights são universais e benéficos a toda pessoa e empreendimento. Esta coletânea tem de tudo para todos. Independentemente de sua posição na vida, aconselho-o a ler a obra do começo ao fim. O formato [10]
  • 11. do livro também oferece a prazerosa oportunidade de escolher dentre este prestigiado grupo de autores. Ao terminar a leitura desta coletânea, acredito sinceramente que muitas das perguntas que você teria feito se tivesse a oportunidade de sentar-se com os autores aqui incluídos terão sido respondidas. Ao ler as seleções, deixe que esses capitães de indústria adquiram vida em sua mente; ouça a vitalidade do seu caráter; ouça suas vozes e idéias inusitadas; mas busque e compreenda os laços que eles têm em comum. [11]
  • 12. PARTE I – COMO PROGREDIR ......................................................................................................................................................................... 14 ANDREW CARNEGIE ................................................................................................................................................................................. 14 O caminho para o sucesso nos negócios............................................................................................................................................. 15 MALCOM S. FORBES ................................................................................................................................................................................. 22 Um ingrediente vital para o sucesso sustentado................................................................................................................................. 23 Antes de ser indispensável é preciso ser dispensável .......................................................................................................................... 24 THOMAS ALVA EDISON ............................................................................................................................................................................. 26 Eles não querem pensar..................................................................................................................................................................... 27 J. OGDEN ARMOUR .................................................................................................................................................................................. 30 Homens da Armour que progrediram - e por quê ............................................................................................................................... 32 CHARLES M. SCHWAB ............................................................................................................................................................................... 42 Sendo bem-sucedido com aquilo que você tem .................................................................................................................................. 44 HENRY FORD II.......................................................................................................................................................................................... 48 Negócios: Uma introdução ................................................................................................................................................................ 50 PARTE II – A IMPORTÂNCIA DO CARÁTER ....................................................................................................................................................... 57 HARVEY S. FIRESTONE .............................................................................................................................................................................. 57 O que aprendi sobre os homens ......................................................................................................................................................... 58 HAROLD GENEEN ..................................................................................................................................................................................... 70 Não-alcoolismo - egocentrismo.......................................................................................................................................................... 71 HORACE GREELEY ..................................................................................................................................................................................... 82 Sucesso nos negócios......................................................................................................................................................................... 84 HENRY R. LUCE ......................................................................................................................................................................................... 87 O caráter do empresário .................................................................................................................................................................... 88 J.C.PENNEY .............................................................................................................................................................................................. 94 Uma coisa é desejar - outra, determinar ............................................................................................................................................ 95 BENJAMIN FRANKLIN...............................................................................................................................................................................107 O caminho para a fortuna ................................................................................................................................................................108 PARTE III – A DINÂMICA DA LIDERANÇA ........................................................................................................................................................119 DAVID OGILVY .........................................................................................................................................................................................119 Liderança .........................................................................................................................................................................................120 JOHN F. WELCH JR. ..................................................................................................................................................................................125 Lições para o sucesso........................................................................................................................................................................126 OWEN D. YOUNG.....................................................................................................................................................................................133 Interpretando o barômetro dos negócios ..........................................................................................................................................134 RICHARD W. SEARS ..................................................................................................................................................................................140 Os homens que controlam as rédeas dos negócios ............................................................................................................................141 MARY KAY ASH ........................................................................................................................................................................................146 A arte de saber ouvir ........................................................................................................................................................................147 MARVIN BOWER .....................................................................................................................................................................................150 Liderança .........................................................................................................................................................................................151 PARTE IV – OS PRINCÍPIOS DA BOA ADMINISTRAÇÃO ...................................................................................................................................163 ALFRED P. SLOAN JR.................................................................................................................................................................................163 A coisa mais importante que já aprendi sobre gestão........................................................................................................................164 JOHN L. MCCAFFREY ................................................................................................................................................................................177 No que pensam presidentes de empresa à noite................................................................................................................................178 LEE IACOCCA ...........................................................................................................................................................................................188 Mais sobre boa administração ..........................................................................................................................................................190 ANDREW S. GROVE ..................................................................................................................................................................................198 Seu recurso mais precioso: Seu tempo ..............................................................................................................................................199 DAVID E. LILIENTHAL ...............................................................................................................................................................................204 Gerência: Uma arte humanista .........................................................................................................................................................205 THOMAS J. WATSON JR............................................................................................................................................................................210 A questão da organização ................................................................................................................................................................211 SAM WALTON .........................................................................................................................................................................................220 Administrando uma empresa bem-sucedida: Dez regras que deram certo para mim .........................................................................221 PARTE V - HABILIDADES DE VENDA E FOCO NO CLIENTE ...............................................................................................................................226 JOHN J. JOHNSON ....................................................................................................................................................................................226 [12]
  • 13. Como vender qualquer coisa a qualquer pessoa em cinco minutos ou menos ....................................................................................227 ALFRED E. LYON.......................................................................................................................................................................................231 Venda-se primeiro ............................................................................................................................................................................232 JULIUS FLEISCHMANN .............................................................................................................................................................................236 Meus três princípios de gestão..........................................................................................................................................................237 ROBERT W. WOODRUFF ..........................................................................................................................................................................245 Você na carreira de vendas ...............................................................................................................................................................246 MILTON S. FLORSHEIM ............................................................................................................................................................................256 Planejando o negócio que você vai ter ..............................................................................................................................................257 THOMAS J. WATSON ...............................................................................................................................................................................263 Venda com sinceridade.....................................................................................................................................................................265 PARTE VI – MANTENDO A INDIVIDUALIDADE NO MUNDO CORPORATIVO....................................................................................................274 J. IRWIN MILLER ......................................................................................................................................................................................274 O dilema do homem corporativo.......................................................................................................................................................275 J. PAUL GETTY..........................................................................................................................................................................................287 A arte da individualidade ..................................................................................................................................................................288 WILLARD F. ROCKWELL, JR. ......................................................................................................................................................................298 O chapéu do estudante.....................................................................................................................................................................299 B. C. FORBES............................................................................................................................................................................................304 Ao planejar o seu dia, reserve tempo para pensar .............................................................................................................................305 CRAWFORD H. GREENEWALT...................................................................................................................................................................308 Liberdade, individualidade e conformismo ........................................................................................................................................309 GEORGE W. PERKINS ...............................................................................................................................................................................314 A corporação moderna .....................................................................................................................................................................315 PARTE VII – PISTOLEIROS E O ESPÍRITO EMPREENDEDOR ..............................................................................................................................322 HENRY FORD ...........................................................................................................................................................................................322 O que aprendi sobre negócios ...........................................................................................................................................................323 TOM MONAGHAN ...................................................................................................................................................................................338 Estabelecendo metas e brainstorming .................................................................................................................................................339 P. T. BARNUM .........................................................................................................................................................................................344 A arte de ganhar dinheiro .................................................................................................................................................................345 JOHN D. ROCKEFELLER .............................................................................................................................................................................365 O empresário americano ..................................................................................................................................................................366 NOTAS ......................................................................................................................................................................................................371 CRÉDITOS ..................................................................................................................................................................................................373 [13]
  • 14. Parte I – Como progredir ANDREW CARNEGIE 1835-1919 Carnegie, que foi caracterizado como "impulsivo, orgulhoso, idealista, sensível, leal e astuto", nasceu na Escócia e emigrou com sua família para os Estados Unidos quando tinha 12 anos de idade. Seu primeiro emprego foi de bobinador numa tecelagem, ganhando US$1,20 por semana. Aos 16, tornou-se operador de telégrafo na Pennsylvania Railroad, onde ficou por 12 anos. Ele então decidiu estabelecer-se por conta própria e fundou a Keystone Bridge Works, prevendo a necessidade de pontes de aço. Acabou concentrando-se na produção de aço, comprando, mais tarde, uma empresa de petróleo, uma ferrovia e navios a vapor. Quando vendeu a Carnegie Steel Company, por US$250 milhões em 1901, esta era responsável por 25% de todo o aço vendido nos Estados Unidos. Carnegie atribuiu grande parte do seu sucesso aos homens ao seu redor. Certa vez ele escreveu um epitáfio para o seu túmulo, que dizia: "Aqui jaz alguém que soube reunir ao seu redor homens mais espertos do que ele próprio." Na vida e na morte, Andrew Carnegie foi chamado de tirano e santo. Como empresário, sua idéia de conciliação com seus concorrentes era a total rendição deles às suas exigências. Como empregador, extraiu tudo o que pôde de seus empregados, oferecendo- lhes planos de remuneração que, no fundo, se resumiam a "coroa eu [14]
  • 15. ganho, cara você perde". Durante a greve da Homestead Steel Workers, em 1892, Carnegie permaneceu a uma distância segura, na Escócia, enquanto 300 guardas Pinkerton* foram contratados numa tentativa de subjugar os trabalhadores. O conflito terminou em sangrenta batalha e permanece como uma mancha negra no legado de Carnegie. Contudo, Carnegie foi considerado um santo por doar mais de US$325 milhões para obras de caridade antes de sua morte, inclusive 7 mil órgãos de igreja. Carnegie, assim como John D. Rockefeller, foi o primeiro a fazer da filantropia um grande negócio. Ele também se preocupava profundamente com a educação dos jovens; assim, não apenas dotou bibliotecas e universidades, como também escreveu e se pronunciou a respeito de questões sociais. "O Caminho para o Sucesso nos Negócios" foi uma palestra proferida para os alunos do Curry Commercial College, Pittsburgh. Nesta palestra pungente, Carnegie elabora seu famoso axioma: "Sempre desobedeçam ordens para salvar os donos" e discute a importância da ação independente. O caminho para o sucesso nos negócios Andrew Carnegie Posso lhes dar o segredo. É muito simples. Em vez de perguntar, "o que devo fazer pelo meu patrão?", diga "o que posso fazer?". Não há nada de errado com o cumprimento fiel e consciencioso da tarefa que lhe foi atribuída, mas geralmente o resultado final nesses casos é que você desempenha suas atuais obrigações tão bem que seria melhor continuar a desempenhá-las. Então, jovens senhores, isto não serve. Não é o * (Pinkerton) Nota do Tradutor: Força policial particular, contratada por empresas, notória pelos enfrentamentos com grevistas nesta época. [15]
  • 16. suficiente para os futuros sócios. Deve haver algo mais do que isso. Se formarmos auxiliares, contadores, tesoureiros e caixas de banco nesta classe, assim permanecerão para sempre. O homem em ascensão precisa fazer algo excepcional e além do âmbito do seu departamento. ELE DEVE CHAMAR A ATENÇÃO. Um auxiliar de expedição pode fazer isso detectando um erro numa fatura que não lhe diz respeito e escapou à atenção da pessoa encarregada. O conferencista de peso poderá gerar economias para a empresa contestando a regulagem da balança e fazendo com que seja corrigida, mesmo que isto seja da alçada do mestre mecânico. Até mesmo o mensageiro pode plantar a semente da promoção indo além do cumprimento do dever para garantir a resposta desejada. Não há serviço tão humilde, nem tão importante no qual o jovem trabalhador capaz e disposto não possa demonstrar, quase diariamente, ser merecedor de mais confiança e capaz de assumir maior responsabilidade, além de demonstrar sua determinação obstinada de progredir. Algum dia, em seu departamento, vocês serão instruídos a fazer ou dizer alguma coisa que sabem ser contra os interesses da empresa. Eis a sua chance. Sejam corajosos e se pronunciem. Externem suas razões e provem ao seu empregador que, enquanto ele esteve ocupado com outros assuntos, vocês ficaram estudando como fazer progredir os interesses dele durante horas (quando ele pensava que vocês estivessem dormindo). Vocês tanto poderão estar certos, como poderão estar errados, mas, de qualquer modo, terão vencido o primeiro requisito para o sucesso. Vocês terão chamado a atenção. Seu empregador descobriu que não tem um mero assalariado a seu serviço, mas um homem; não alguém que se contenta em trabalhar um certo número de horas em troca de um pequeno salário, mas alguém que dedica suas horas livres e pensamentos ao negócio. Um empregado assim se faz ser lembrado, e favoravelmente. Não demorará até que seu conselho seja solicitado em sua área de especialização e, se for bom, em breve será solicitado novamente para assuntos mais importantes. Isto significa parceria; se não com o empregador atual, com outros. Seu pé, [16]
  • 17. nesse caso, está na escada; o número de degraus galgados dependerá exclusivamente de você. O homem em ascensão precisa fazer algo excepcional e além do âmbito do seu departamento. ELE DEVE CHAMAR A ATENÇÃO. • Um falso axioma que vocês ouvirão com freqüência e contra o qual quero alertá-los é este: "Obedeça ordens mesmo que isso arruine os donos." Não façam isso. Esta não é uma regra que vocês devam seguir. Sempre desobedeçam as ordens para salvar os donos. Jamais houve uma grande figura que ocasionalmente não tenha quebrado as regras e estabelecido outras para si próprio. Regras só são adequadas para aqueles que não têm aspirações, e vocês não se esqueceram que estão destinados a ser proprietários e a fazer regras e a desobedecê-las. Não hesitem em fazê-lo sempre que tiverem certeza de que os interesses do seu patrão serão favorecidos e quando tiverem tanta certeza dos resultados que estarão dispostos a assumir as conseqüências. Vocês jamais serão sócios se não conhecerem os negócios do seu departamento muito melhor do que os proprietários conseguiriam. Quando chamados a prestar contas das suas ações independentes, mostrem-lhe o resultado de sua genialidade e digam-lhe que vocês sabiam que assim seria; mostrem-lhe como as ordens dele estavam erradas. Dêem ordens ao seu chefe o quanto antes; experimentem fazer isso logo no início. Se ele for o tipo certo de chefe, nada o agradará mais; se não for, ele não é a pessoa certa com quem vocês devam ficar - deixem-no assim que possível, mesmo à custa de sacrifício imediato, e encontrem outro chefe capaz de discernir talento. Nossos jovens sócios, na empresa Carnegie, ganharam sua fama mostrando-nos que sabiam melhor do que nós o que era necessário ser feito. Houve ocasiões em que alguns deles agiram comigo como se fossem os donos da empresa e eu apenas um nova-iorquino presunçoso metendo-me em assuntos dos quais não entendia nada. Bem, agora eles têm autonomia. Eles eram os verdadeiros chefes - os homens por quem procurávamos. [17]
  • 18. Existe uma característica inconfundível do futuro sócio, do futuro milionário; sua receita sempre excede suas despesas. Ele começa a poupar cedo, praticamente assim que começa a trabalhar. Dêem ordens ao seu chefe o quanto antes; experimentem fazer isso logo no início. Se ele for o tipo certo de chefe, nada o agradará mais; se não for, ele não é a pessoa certa com quem vocês devam ficar - deixem-no assim que possível, mesmo à custa de sacrifício imediato, e encontrem outro chefe capaz de discernir talento. • Não importa quão pouco seja possível poupar, poupe esse pouco. Escolha um investimento seguro, não necessariamente em títulos, mas em qualquer coisa que lhes dê bons motivos para acreditar que será lucrativo, mas, lembrem-se, nada de especulação. Este pouco que pouparam será a base para um valor de crédito totalmente surpreendente para vocês. Capitalistas confiam no jovem poupador. Para cada US$100 que vocês conseguirem apresentar como resultado de árduas economias, Midas, em busca de um parceiro, emprestará ou dará crédito de mil; para cada mil, 50 mil. Não é capital que se exige, é o homem que provou ter hábitos empreendedores para gerá-lo da melhor maneira, ou seja, no que diz respeito à autodisciplina, é adaptar seus hábitos aos seus meios. Senhores, são os primeiros US$100 poupados que contam. Comecem imediatamente a poupar. A perseverança predomina no futuro milionário. É evidente que existem metas melhores e mais elevadas do que poupar. Como um fim, amealhar riquezas é desprezível ao extremo; presumo que vocês poupem e almejem riquezas apenas como um meio de fazer melhor algum bem em seu tempo e geração. Tomem nota dessa regra essencial: gastem apenas na medida de sua receita. [18]
  • 19. Vocês poderão ficar impacientes ou desmotivados se ano após ano apenas flutuarem em posições subordinadas. Não há dúvida de que está ficando cada vez mais difícil, à medida que os negócios gravitam em esferas maiores, para um jovem profissional sem capital lançar-se por conta própria, e, nesta cidade, principalmente, onde grandes capitais são essenciais, é ainda mais difícil. Ainda assim, deixem-me dizer-lhes, para seu encorajamento, que não há país no mundo onde jovens capazes e entusiasmados podem progredir tão rapidamente como neste, nem cidade onde existam mais oportunidades no topo. Tem sido impossível atender à demanda por contadores competentes, excelentes (notem os adjetivos), a oferta jamais se equiparou à demanda. Os jovens profissionais apresentam todo tipo de justificativa para explicar por que em seus casos o fracasso é atribuível a circunstâncias excepcionais que inviabilizaram o sucesso. Alguns jamais tiveram a oportunidade, segundo seus próprios relatos. Isso é besteira. Não existe nenhum jovem profissional que não tenha tido uma chance, e uma chance excepcional, em seu emprego. Ele é analisado na mente de seu superior imediato desde o dia em que começa a trabalhar e, depois de algum tempo, se tiver algum mérito, é analisado pela diretoria da empresa. Sua competência, honestidade, seus hábitos, relacionamentos, sua índole, tudo isso é avaliado e analisado. O jovem que jamais teve uma oportunidade é o mesmo jovem que foi analisado várias vezes por seus superiores e considerado desprovido das qualificações necessárias ou indigno de uma ligação mais próxima com a empresa por causa de algum ato, hábito ou associação censurável que ele achava não ser do conhecimento dos seus empregadores. Sempre existe uma grande procura por talentos, cultivem essas pessoas, elas são o seu maior ativo, e quanto mais delas tiverem incorporado em seu produto, maior será o preço que o consumidor estará disposto a pagar. • [19]
  • 20. Outra categoria de jovens profissionais atribui seu fracasso ao empregador que teria favorecido outro funcionário injustamente. Eles também insistem em que seus empregadores não vêem com bons olhos subordinados mais inteligentes do que eles próprios e são propensos a desencorajar aspirantes talentosos e se comprazem em inferiorizar os subordinados. Nada disso. Ao contrário, não há ninguém que sofra mais com a falta do homem certo no lugar certo, nem tão ansioso por encontrá-lo quanto o proprietário. Não existe empresa em Pittsburgh atualmente que não esteja à procura incessante de competência profissional e cada uma delas lhes dirá que nunca houve no mercado artigo tão escasso. Sempre existe uma grande procura por talentos, cultivem essas pessoas, elas são o seu maior ativo, e quanto mais delas tiverem incorporado em seu produto, maior será o preço que o consumidor estará disposto a pagar. Não é uma safra tão garantida quanto a da aveia brava, que jamais deixa de proporcionar uma colheita farta, mas tem a vantagem de sempre encontrar um mercado. Não hesitem em participar de qualquer negócio legítimo, porque não existe negócio nos Estados Unidos, qualquer que seja, que não renda um bom lucro se receber a atenção infatigável e exclusiva e todo o capital de homens capazes e industriosos. Cada negócio terá seu período de depressão - sempre haverá anos durante os quais fabricantes e comerciantes da cidade serão severamente postos à prova -, anos em que fábricas precisarão ser operadas, não com lucro, mas com prejuízo, para que a empresa e seus homens possam ser mantidos e empregados e a empresa possa manter seus produtos no mercado. Mas, por outro lado, cada negócio legítimo, produzindo ou negociando algum artigo de que o homem precise, com o tempo fatalmente será razoavelmente lucrativo, se conduzido de maneira adequada. "Não colocar todos os ovos na mesma cesta" está errado. Eu lhes digo "coloquem todos os ovos na mesma cesta e depois cuidem dela". • [20]
  • 21. E aqui está a principal condição para o sucesso, o grande segredo: concentrem suas energias, seu pensamento e seu capital exclusivamente no negócio em que estejam envolvidos. Tendo iniciado em uma linha, atenham-se a ela, tomando a liderança; adotem cada melhoria existente, tenham o melhor equipamento e conheçam tudo o que for possível a respeito. Os empreendimentos que fracassam são aqueles que diversificaram seu capital, o que significa que diversificaram seu intelecto também. Eles têm investimentos aqui, ali e acolá, em todo lugar. "Não colocar todos os ovos na mesma cesta" está errado. Eu lhes digo "coloquem todos os ovos na mesma cesta e depois cuidem dela". Olhem ao seu redor e observem; os homens que o fazem raramente fracassam. É fácil cuidar de uma cesta e carregá-la. É a tentativa de carregar muitas cestas que quebra a maioria dos ovos neste país. Aquele que carrega três cestas precisa colocar uma sobre a cabeça e corre o risco de tropeçar. Um dos defeitos do empresário americano é a falta de foco. Resumindo o que eu disse: tenham as mais altas aspirações; jamais entrem num bar; não tomem bebidas alcoólicas, no máximo durante as refeições; jamais especulem; jamais se comprometam além do seu lucro acumulado; façam seus os interesses da empresa; sempre desobedeçam ordens para defender os interesses dos proprietários; concentrem-se; coloquem todos os seus ovos em uma cesta e cuidem dela; gastem apenas no limite da receita; e, finalmente, não sejam impacientes, porque, como diz Emerson: "Ninguém pode prejudicar o seu derradeiro sucesso a não ser vocês mesmos". Felicito os jovens pobres por terem nascido nessa antiga e honrada condição que torna necessária sua dedicação ao trabalho árduo. Uma cesta repleta de títulos é a cesta mais pesada que um homem já teve de carregar. Geralmente ele vacila sob seu peso. Temos nesta cidade louváveis exemplos desses jovens que avançaram para a primeira fileira [21]
  • 22. dos melhores e mais úteis cidadãos. Esses merecem grande crédito. Mas a grande maioria dos filhos de homens ricos é incapaz de resistir às tentações às quais a riqueza os submete e sucumbe a vidas indignas. Eu preferiria rogar uma praga a um jovem trabalhador a sobrecarregá-lo com o todo-poderoso dólar. Não é dessa classe que vocês devem temer a concorrência. Os filhos dos sócios não os incomodarão, mas cuidem para que alguns jovens - cujos pais mais pobres, muito mais pobres do que os seus, que não têm condições de lhes dar as vantagens de um curso nesta instituição, vantagens que deveriam dar a vocês a dianteira na corrida - cuidem para que esses jovens não os desafiem no seu cargo e os ultrapassem na reta final. Cuidado com o jovem que é obrigado a trabalhar assim que sai do colegial e começa varrendo o escritório. É ele o vencedor azarão em quem vocês devem ficar atentos. MALCOM S. FORBES 1919-1990 Festas extravagantes misturavam prazer com negócios; Elizabeth Taylor foi sua ex-companheira; seu estilo de vida alimentou colunas de fofocas; um império de US$1 bilhão continuou a crescer; e o esbanjador Forbes gostava de brincar que havia conseguido tudo isso por "pura habilidade - soletrado h-e-r-a-n-ç-a". Ele certamente herdou a perspicácia de seu pai, Bertie, mas, na verdade, muito do que conseguiu foi por méritos próprios. Primeiro Forbes demonstrou sua coragem na Segunda Guerra Mundial, quando trapaceou num exame de vista para ingressar no Exército e então quase perdeu uma perna por disparos de metralhadora do inimigo enquanto procurava uma unidade perdida. Mas foi somente depois da morte de seu irmão mais velho Bruce, em 1964, que Forbes assumiu o comando dos negócios editoriais da família. Ele refletiu: "A [22]
  • 23. alegria de ser chefe é do que os [CEOs] realmente gostam - da batalha, do desafio. São espíritos livres que parecem não se deixar abater sob o fardo da responsabilidade." Embora a revista Forbes desfrutasse de sólida posição, o extravagante novo executivo iniciou uma vigorosa e irreverente campanha publicitária. Dela originou-se o famoso slogan "Forbes: Ferramenta Capitalista". A respeito do título, Forbes comentou: "Era humor, mas tem seu propósito e realmente reabilitou a palavra capitalista quando esta quase havia se tornado um palavrão." A campanha publicitária elevou as vendas acima das da sua arquirrival Fortune e deu a Forbes o dinheiro para comprar de tudo, desde ovos Fabergé até uma ilha em Fidji (cujo povo ele esperava converter de "cocos a cartões de crédito, tudo em uma geração"). A despeito de sua extravagância, Forbes foi um homem extremamente profissional e observador que sutilmente comentou que "o equipamento mais útil no [escritório] continua sendo o cesto de lixo", A mesma sagacidade acre está demonstrada nas duas seleções a seguir, que ele escreveu para sua própria coluna na Forbes. A mensagem franca para o sucesso e a importância do fracasso ocasional não se perdem na linguagem jocosa. Um ingrediente vital para o sucesso sustentado Malcolm S. Forbes Um ingrediente vital para o sucesso sustentado é o fracasso ocasional. Tomar decisões é responsabilidade daqueles em cargos de comando e a diferença média entre seus acertos e erros deve ser alta. Estar certo a maior parte do tempo é intoxicante. Quanto mais alto se está, é menos provável que os subordinados e colegas estejam inclinados [23]
  • 24. a discordar. Certamente, eles não têm capacidade para apontar as mancadas do chefe. Aparentemente, não há muita diferença entre estar certo a maior parte do tempo e a suposição de que se está certo o tempo todo. Nesse ponto não há nada tão essencial quanto um erro inequívoco de certa magnitude para restaurar a perspectiva necessária a fim de assegurar o sucesso duradouro. Joe Louis foi campeão durante muito tempo após ter sido derrotado - uma vez - por Max Schmeling. Floyd Patterson voltou mais forte do que nunca depois que Ingemar Johansson o fez provar o sabor da derrota. Um manda-chuva que nunca tenha cometido um erro crasso* - em sua opinião isolada - está na mesma desvantajosa posição que a galinha que nunca botou um ovo e está prestes a ir para a panela. Antes de ser indispensável é preciso ser dispensável Malcolm S. Forbes Costumamos dizer imprecisamente que o homem que faz um bom trabalho é indispensável. Balela lisonjeira, como muitos aposentados e demitidos desiludidos descobriram depois que o mundo continuou a girar sem eles. * (Crasso) Nota do Tradutor: Forbes usou a expressão A big shot who has never laid an egg, que significa fazer uma grande besteira. [24]
  • 25. Não importa quão valioso ou insignificante seja o seu trabalho; se você não treinou alguém para fazê-lo tão bem quanto você, você não está disponível; você acabou por tornar a sua promoção difícil, senão impossível. • Nos negócios um homem pode chegar próximo de ser indispensável ao se tornar dispensável na sua atual posição. Como um homem pode progredir e assumir maiores responsabilidades se é o único capaz de desempenhar suas tarefas atuais? Não importa quão valioso ou insignificante seja o seu trabalho; se você não treinou alguém para fazê- lo tão bem quanto você, você não está disponível; você acabou por tornar a sua promoção difícil, senão impossível. Você poderá pensar que se tornou indispensável, quando na verdade inviabilizou a sua promoção. Posso ver as cabeças de todos vocês nababos acenando em assentimento. Contudo, me pergunto, quantos de vocês podem honestamente afirmar que tiveram pelo menos um homem capaz de tomar o seu lugar e fazer o seu trabalho tão bem, senão melhor? Tentem pedir hoje a cada um dos homens que se reportam a vocês que lhes dêem os nomes dos subordinados deles qualificados neste exato momento para assumir os seus cargos. Pelas respostas que eles lhes derem vocês poderão julgar quão promovíveis eles são. Antes de ser indispensável é preciso ser dispensável. [25]
  • 26. THOMAS ALVA EDISON 1847-1931 O famoso ditado "genialidade é 1% inspiração e 99% transpiração" é de autoria de Edison. Ele também acreditava que ele era apenas "um prato num disco ou um dispositivo receptor" no qual receberia impressões do Universo e depois "as elaboraria". O inventor autodidata recebeu, de uma forma ou de outra, um bom número de impressões em seu "dispositivo" e registrou mais de mil patentes ao longo de sua vida. Sem dúvida, foi o fonógrafo que o tornou uma celebridade internacional aos 30 anos de idade. Pouco tempo depois, o próprio J. P. Morgan chamou Edison à sua mansão em Manhattan para instalar o primeiro sistema de iluminação residencial baseado em um gerador de eletricidade. Morgan ficou tão impressionado que mais tarde comprou toda a Edison Light Company e formou a General Electric. Edison, de quem se diz ter inventado o século XX, também era um homem de negócios preocupado com tudo, desde o uso da propaganda eficaz até manter reduzidos os custos indiretos. Para ele, automação era a ordem do dia; acreditava que as máquinas libertariam o homem e, assim que isso acontecesse, surgiria uma nova era, melhor, de desenvolvimento intelectual. Suas fábricas racionalizadas produziam não apenas produtos, mas pupilos como Henry Ford, que caracterizava o empregado ao estilo Edison: um homem com extremo bom senso e conhecimento prático. A triagem que Edison fazia de potenciais funcionários era intensa. Certa época, durante um período de dois anos, ele entrevistou mais de 2 mil homens e contratou apenas 80 deles. Embora muitos fossem formados em excelentes faculdades, faltava à maioria, segundo Edison, a capacidade do pensamento independente. [26]
  • 27. Pensar era um tema recorrente para Edison, e ele tinha uma profusão de pensamentos sobre numerosos assuntos, desde atacar os velhacos de Wall Street até debater quem cantava melhor "The Swanee River" (Edison era quase surdo). Em seu laboratório estava pendurada uma placa com seu aforismo favorito de Joshua Reynolds para lembrar aos seus funcionários seu lema de trabalho oficialmente adotado: "Não há expediente ao qual o homem não recorra para esquivar-se do verdadeiro trabalho de pensar." Em "Eles Não Querem Pensar", Edison aprofunda- se no seu tema favorito e declara que se exercitar significa mais do que fazer abdominais e flexões de braço. Inquestionavelmente, ele dá ao leitor o que pensar. Eles não querem pensar Thomas Alva Edison Todo homem tem algum ponto forte, alguma coisa que sabe fazer melhor do que qualquer outra coisa. Muitos homens, contudo, jamais encontram o emprego para o qual estão mais preparados. E muitas vezes porque não pensaram direito. Muitos homens deixam-se levar pela preguiça e aceitam qualquer emprego, adequado ou inadequado para eles; quando não se dão bem, culpam a tudo e a todos, menos a si mesmos. Os queixosos são quase sempre pessoas insignificantes, homens pequenos que jamais fizeram esforço algum para melhorar sua capacidade mental. O cérebro pode ser desenvolvido assim como os músculos podem ser desenvolvidos; basta fazer o esforço de treinar o cérebro a pensar. Por que tantos homens jamais chegam a ser alguma coisa? Porque não pensam. [27]
  • 28. Vou colocar placas em toda a minha fábrica, com os dizeres: "Não há expediente ao qual o homem não recorra para esquivar-se do verdadeiro trabalho de pensar." Isso é verdade. Não se passa um dia sem que eu não descubra quão penosamente verdadeiro isto é. Que progressos as pessoas poderiam fazer, e que progressos o mundo poderia fazer, se ao pensar fosse dada a merecida atenção! A mim me parece que nem um homem em mil avalia o que pode ser feito quando se treina a mente a pensar. Por não usarem o seu poder de raciocínio é que tantas pessoas jamais desenvolveram uma mentalidade respeitável. Quando não é usado, o cérebro enferruja. Quando solicitado, o cérebro responde. O cérebro é como qualquer outra parte do corpo: pode ser fortalecido por meio de exercício adequado. Coloque seu braço numa tipóia e mantenha-o lá durante um tempo considerável. Quando tirá-lo da tipóia, você perceberá que não consegue usá-lo. Da mesma forma, o cérebro que não é utilizado fica atrofiado. Ao desenvolver seu poder de raciocínio você aumenta a capacidade do cérebro e adquire novas habilidades. Por exemplo, o cérebro da pessoa comum não assimila a milésima parte do que o olho observa, simplesmente deixa de registrar as coisas que se apresentam ao olho. É inacreditável como é fraco o nosso poder de observação - a genuína observação. Permitam-me dar-lhes um exemplo: quando desenvolvemos o sistema de iluminação incandescente tínhamos uma fábrica de lâmpadas ao pé de um morro, em Menlo Park. Foi um período de muita atividade para todos nós. Setenta e cinco pessoas trabalharam 20 horas diariamente e tiveram poucas horas de sono - e prosperaram. [28]
  • 29. Eu os alimentei e coloquei um homem tocando órgão enquanto trabalhávamos. Certa vez, no meio da noite, enquanto fazíamos uma refeição, surgiu algum assunto que me levou a mencionar a cerejeira ao lado do morro entre as instalações principais e a fábrica de lâmpadas. Ninguém parecia saber nada sobre a localização da cerejeira. Isso me fez conduzir uma pequena investigação e descobri que, embora 27 desses homens tivessem usado esse caminho todos os dias durante seis meses, nenhum jamais percebera a árvore. Quando não é usado, o cérebro enferruja. Quando solicitado, o cérebro responde. • O olho vê muitas coisas, mas o cérebro médio registra pouco dessas coisas. De fato, ninguém tem a mínima percepção de quão pouco o cérebro "vê" a menos que tenha sido altamente treinado. Lembro-me de ter parado para observar um homem cuja tarefa era controlar o funcionamento de centenas de máquinas sobre uma mesa. Perguntei-lhe se estava tudo bem. "Sim, está tudo bem", disse ele. Mas eu já havia notado que duas das máquinas haviam parado. Chamei sua atenção para o fato e ele ficou atormentado. O homem que não se decide a cultivar o hábito de pensar desperdiça o maior prazer da vida. • Ele confessou que, embora sua única tarefa fosse controlar o adequado funcionamento de cada máquina, não havia reparado que aquelas duas haviam parado. Se eu pudesse passaria o resto da vida pensando. Não preciso de ninguém para me entreter. Isso também ocorre com meus amigos John Burroughs, o naturalista, e Henry Ford, mecânico nato. Somos capazes de obter enorme satisfação do ato de pensar, pensar e pensar. [29]
  • 30. O homem que não se decide a cultivar o hábito de pensar desperdiça o maior prazer da vida. Não apenas perde o maior prazer, como não consegue aproveitar o máximo de si mesmo. Todo o progresso, todo o sucesso, floresce do pensamento. J. OGDEN ARMOUR 1863-1927 Philip D. Armou fundou seu frigorífico em 1867, depois de fazer uma pequena fortuna vendendo opções* de suínos no final da Guerra Civil. Não demorou para a empresa, sediada em Chicago, tornar-se uma das maiores processadoras de carne de porco do mundo. "J. O. N.", como era chamado pelos seus colegas, herdou os negócios da família quando seu pai morreu em 1901. Antes de sua morte, Philip alertou seu filho contra as ciladas de se pertencer à família abastada (i.e., a propensão de ser mimado, de tornar-se preguiçoso e arrogante). Philip advertia: "Você precisa aceitar a maldição de ser um homem rico" - excelente maldição, se é que a isso se pode chamar de maldição. J. O. levou a advertência a sério e não permitiu que o dinheiro o arruinasse; ao contrário, com uma visão grandiosa que suplantou a de seu pai, transformou a Armou em um conglomerado com mais de 3 mil produtos, trabalhando com tudo, desde a produção de fertilizantes até alimentos enlatados. J. O. foi aclamado como o "maior comerciante da cristandade e dos gentios" e foi, durante algum tempo, o maior empregador individual do país. * (opções) Nota da Editora: Opção: documento escrito como caução ou promessa de uma transação. [30]
  • 31. Para os muckrakers** da época, ele também representava o paganismo, e o importante romance de Upton Sinclair, The Jungle, que descrevia as péssimas condições de trabalho e de vida no distrito frigorífico de Chicago, foi baseado na Armou & Co. J. O. ameaçou processar a F. N. Doubleday, que publicou o livro em 1906. Contudo, ele acabou ignorando as críticas e até admitiu abertamente: "Não tenho ambições sociais. Minha ambição é dirigir a Armou & Co. eficazmente..." Com o tempo a filosofia de trabalho de J. O. foi mudando, talvez como resultado do seu deslize com relação ao livro The Jungle. Ele percebeu que "negócios não podem mais ser conduzidos no clube, mas com um químico - e um advogado". Ele também acabou dando grande ênfase ao cultivo da lealdade e do entusiasmo entre seus funcionários. A maioria dos seus executivos fez carreira dentro da Armou. J. O. conquistou mais a estima daqueles funcionários autodidatas que começaram de baixo do que daqueles com um MBA (Master of Business Administration). O auto-treinamento era um dos pré-requisitos para progredir, não apenas trabalhar. Em "Homens da Armou que Progrediram - e Por quê", J. O. descreve seus demais pré-requisitos para a realização pessoal e sua responsabilidade em ajudar seus funcionários a atingir suas metas. ** (muckrakers) Nota do Tradutor: Pessoas que investigam e denunciam corrupção política e administrativa. [31]
  • 32. Homens da Armour que progrediram - e por quê J. Ogden Armour Certa noite, em uma pequena cidade a 500 quilômetros a leste dos abatedouros de Chicago, um velho caçador contava aos seus companheiros de armazém a excitante perseguição que seu cão de caça havia feito a uma raposa no dia anterior. "Eles corriam desesperadamente", disse ele, "e a cada pulo Bill se aproximava mais da raposa; mas justo quando ele estava prestes a saltar sobre ela, a danada subiu num álamo e..." "Ei! Nada disso!", gritou alguém. "Raposas não sobem em árvores." "Bem", respondeu calmamente o caçador, "esta raposa foi obrigada.'' Uso Bill e a raposa para ilustrar uma coisa que tenho visto dar certo muitas vezes na carreira de homens bem-sucedidos. Eles transpuseram obstáculos porque "foram obrigados", e o motivo pelo qual "foram obrigados" foi porque lhes foi delegada total responsabilidade em seu trabalho. Alguns axiomas são verdadeiros; outros não. Um dos mais verdadeiros que conheço é aquele sobre trabalho, segundo o qual "o homem mais bem-treinado é o autodidata". Acredito que nenhum homem treinado em algum outro método em uma organização consiga alcançar o mesmo poder daquele a quem é delegada total responsabilidade, e sabe que seu progresso depende de sua própria inteligência, visão e esforço. [32]
  • 33. Isso não significa que o líder empresarial deva deixar seus empregados entregues a si próprios. Ele sempre deve dar algo de si; sempre deve ensinar-lhes algo mais. Mas, em qualquer empresa, o homem que nunca precisou assumir alguma responsabilidade jamais estará em posição de progredir. Praticamente todo executivo da nossa empresa fez carreira começando debaixo. M. D. Harding, gerente geral da nossa fábrica em Chicago, começou a trabalhar conosco aos 11 anos de idade - o mais jovem de 12 irmãos - como office boy em nossa fábrica de Kansas City. C. H. MacDowell, presidente da Armou Fertilizer Works, foi taquígrafo do meu pai; William E. Pierce, que montou toda a operação em La Plata, Argentina, começou como cronometrista. Quando me pedem para explicar o sucesso individual de alguns desses homens, digo apenas que lhes foi dada a oportunidade de fazer seu trabalho à sua maneira, com a responsabilidade pelos resultados. Os outros homens que trabalhavam com eles tiveram as mesmas oportunidades, mas foram eles que souberam aproveitar um pouco melhor suas habilidades. Procuramos gerir nosso negócio de tal forma que cada um, desde o office boy até o mais alto executivo, conheça a função do seu superior imediato... O homem que nunca precisou assumir alguma responsabilidade jamais estará em posição de progredir. • Todos os nossos gerentes de departamento, tendo eles mesmos feito carreira desde os cargos mais modestos, naturalmente estão interessados em dar aos outros as mesmas oportunidades de autodesenvolvimento. Outro dia um dos nossos executivos reparou em uma pessoa de meia- idade, de aparência pouco promissora, que conferia o carregamento dos carros para o departamento de manteiga e ovos. [33]
  • 34. "Quanto você está pagando a este homem?", o executivo perguntou ao contramestre desse departamento. "Ele está recebendo vinte centavos a hora." "Dê-lhe outra função. Este é o primeiro estágio nesta operação que requer raciocínio. Qualquer um pode arrastar caixas, mas computá-las requer um pouco de trabalho intelectual. Coloque um jovem aqui. Aumente-lhe o salário de vinte centavos a hora para cinqüenta dólares por mês, para que o funcionário encarregado não se considere um horista. Faça-o sentir-se um funcionário mensalista de nossa empresa - e você terá um executivo em potencial despontando." Quando homens atraem sua atenção fazendo com que você queira promovê-los, em 70% das vezes eles corresponderão à expectativa, mesmo que não fossem capazes quando inicialmente incumbidos da tarefa. Um homem que tenha desenvolvido personalidade, entusiasmo, lealdade e senso de organização encontrará as informações necessárias em praticamente qualquer cargo em que seja colocado. Bons homens irão esforçar-se para progredir Nos negócios, nenhum ilusionismo é suficientemente hábil para fazer um homem competente desaparecer na multidão. A lei dos negócios funciona no sentido inverso da lei da gravidade; sempre atrai para o alto. Um dia um jovem procurou o sr. O'Hern e disse-lhe que queria adquirir experiência trabalhando nas fábricas de nossas filiais. O'Hern [34]
  • 35. perguntou-lhe se ele não receava perder sua identidade na multidão e precisar trabalhar mais tempo para progredir. "Eles não têm como perder-me!", declarou o homem. "Eu voltarei." Atualmente ele é o superintendente de uma de nossas fábricas. Além da grande vantagem para a empresa em ter executivos treinados em seus próprios quadros, existe esse enorme estímulo para a força de trabalho. Nada desperta mais a lealdade e a eficiência em uma empresa do que saber que os funcionários estão sendo constantemente promovidos a partir da base. Esse conhecimento dá aos homens ambição, dá a eles orgulho; orgulho e ambição, como meu pai costumava dizer, manterão um homem trabalhando a toda velocidade, sendo o dinheiro um mero subproduto. Muitos homens medianamente competentes deixam de progredir porque relutam em contratar um bom assistente que poderia demonstrar maior brilhantismo que eles mesmos. Outra deficiência comum entre executivos é sua propensão à execução de tarefas secundárias porque podem realizá-las melhor do que qualquer outra pessoa na empresa. Melhor seria que o homem aceitasse uma eficiência 10% ou 15% inferior à sua própria nesses assuntos e poupasse seu próprio tempo e competência para as tarefas realmente importantes. Esses são dois males que procuramos evitar aqui. Uma lição prática nesse sentido foi proporcionada por uma oficina mecânica que um de nossos homens visitou outro dia. Ele reparou num menino que distribuía água para os operários beberem. "Quanta amabilidade de sua parte", comentou com o contramestre. [35]
  • 36. "Amabilidade?", sorriu o contramestre. "Talvez. Mas é muito mais do que isso. O tempo dos homens vale 75 centavos a hora; o tempo do garoto vale 12,5 centavos a hora. Calcule você mesmo quanto custaria à casa se cada homem tivesse de ir buscar sua própria água duas ou três vezes por dia." O que homens de negócios podem aprender com produtores teatrais O executivo competente é dono de seu tempo. Ele sistematiza seus minutos. Tudo o que não for absolutamente essencial para ele fazer, ele delega aos subordinados. É melhor para ele e melhor para os outros. A longo prazo, o homem mais bem-sucedido é aquele que dá menos ordens. Homens de negócios poderiam aprender com produtores teatrais uma lição útil no desenvolvimento de suplentes. Poucas peças são estreadas sem um suplente para cada papel importante. No entanto, algumas empresas, quer como um todo, quer em departamentos, são dirigidas pelo "plano de um único homem". Quando este homem cai fora, toda a estrutura desmorona. Aqui procuramos dirigir a operação de modo que cada homem conheça as tarefas do seu superior imediato. Incentivamos os homens a serem curiosos e satisfazemos essa curiosidade. Às vezes, se não ficar atento, o homem da frente será automaticamente deslocado por outro mais empreendedor que vem atrás dele. Procuramos evitar negar oportunidades a qualquer funcionário. [36]
  • 37. O executivo competente é dono de seu tempo. Ele sistematiza seus minutos. [...] A longo prazo, o homem mais bem-sucedido é aquele que dá menos ordens. • O homem certo não precisa encontrar oportunidades; ele as cria. Ele também pode cometer erros, mas isso faz parte do jogo. "Coisas vazias não transbordam", como observou certa vez Henry Ward Beecher. Além do mais, descobri que não compensa repreender severamente um homem que comete um erro. Ele hesitará em assumir responsabilidades em outra emergência. E responsabilidade é o que faz o homem. Qualquer homem que é especialista em algum assunto é um sucesso. Um grupo de homens, cada um especialista em algo, e você tem uma empresa bem-sucedida. Raramente essas empresas são uma galáxia de estrelas cintilantes. É o trabalho em equipe que importa. No beisebol o jogador da segunda base que deixar de defender o lance da primeira vez está sujeito a penalidade; se ele fizer disso um hábito, será dispensado. Clubes de beisebol campeões - aqueles que participam de campeonatos mundiais - geralmente são formados por jogadores honestos, resolutos e confiáveis, que trabalham juntos como uma máquina. O problema com muitos homens brilhantes é que "eles não ficam engatados" como costumava dizer meu pai. Não queremos pessoas que precisem fazer solo. Damos aos homens suas próprias responsabilidades no que se refere ao seu trabalho; nós os encorajamos a progredir, mas eles precisam ter senso de organização e lealdade, ou até mesmo o brilhantismo pode ser uma desvantagem. Uma empresa deve ser tão bem-coordenada quanto uma orquestra sinfônica. Jamais esquecerei uma lição de lealdade e trabalho em equipe que. aprendi de meu pai há muitos anos. A lição veio na forma de uma carta ao meu irmão e a mim e, embora se referisse diretamente aos nossos negócios, a abrangência de seus princípios se aplica a qualquer negócio. Esta é a carta: [37]
  • 38. Uma carta de P. D. Armour 1° de abril de 1895 MEUS QUERIDOS OGDEN E PHIL: O sr. Earling, superintendente da C. M. & St. P. Railway, voltou comigo do enterro de Carey ontem e, no decorrer da conversa, relatou- me um pequeno incidente para ilustrar por que as ferrovias não vão para a frente. Fiquei muito impressionado com o relato e acho que a parte principal pode ser aplicada ao negócio do frigorífico. Ele contou que quando esteve em Minneapolis, na semana passada, entrou numa pequena charutaria próxima da estação de trem e comprou dois charutos. Enquanto acendia um deles, perguntou ao homem se seu negócio ia bem. Ele disse, sim; sua freguesia provinha quase toda da Milwaukee & St. Paul Railroad, o que correspondia a um grande volume; de fato, era praticamente todo o negócio que ele tinha. Então Earling perguntou-lhe onde ele comprava os charutos e ele respondeu: "Em Nova York." Então Earling perguntou como ele os despachava, e ele respondeu: "Pela Burlington Road." "Você consegue sua freguesia toda por intermédio da St. Paul e dá todo o seu negócio à Burlington, de quem você nunca teve nenhum freguês?" [38]
  • 39. "Bem", disse o vendedor de charutos, "nunca pensei nisso dessa forma. Nunca ninguém da St. Paul me pediu para despachá-los pela ferrovia deles". O sr. Earling disse que o princípio fundamental era o mesmo em todos os negócios nas imediações da ferrovia - os homens eram instruídos a fazer o serviço e cumpriam seu dever, mas não eram criativos, nem procuravam ajudar a ferrovia. Eles nunca olharam tão longe para ver que fomentando a ferrovia também ajudariam a si mesmos. Nenhum dos muitos funcionários que compravam naquela charutaria jamais pediu ao dono da loja que mandasse seus charutos pela St. Paul Railroad. É claro, eles não eram exatamente os homens comerciais da ferrovia, mas pensavam que nada lhes dizia respeito a não ser suas tarefas específicas e o que quer que lhes fosse dado. Conseqüentemente, esse era um dos principais motivos por que as ferrovias não deram aos acionistas os resultados que poderiam ter dado e, naturalmente, isso significava que não pagavam aos homens o que poderiam pagar-lhes. Acho que, em grande parte, isso se aplica à Armour & Company também. Cada homem na Armour & Company que prestasse um pouco de atenção e colaborasse estaria contribuindo para o sucesso da nossa casa: e não passaria desapercebido à Armour & Company nenhum funcionário que se empenhasse em demonstrar estar interessado no sucesso da empresa. Seria tão simples para qualquer um de nossos funcionários que entrasse numa loja e não visse nossos produtos perguntar por que e, se [39]
  • 40. não descobrisse o motivo, seria tão fácil informar isso ao departamento comercial da empresa. Cordialmente, PHLLIP D. ARMOUR Homens bem-sucedidos demonstram características contrastantes - mas uma qualidade que jamais lhes falta é a meticulosidade. Os negócios estão repletos de homens que estariam no topo se apenas aprendessem a concluir seus pensamentos. Eles sabem que dois mais dois são quatro, mas jamais param para pensar em quatro do quê. Muitas dessas pessoas caminham, mas não vão longe. Nos negócios, sempre existe um estímulo para o homem que faz seu trabalho com esmero, minúcia e propósito; é ele o homem a quem será confiada cada vez mais responsabilidade, até o limite de sua capacidade. O homem que aprende tudo o que pode sobre a empresa, seus métodos, sua política e seus produtos, que faz seu trabalho tão bem-feito que ninguém precisa seguir seu rastro para remendar as falhas do seu trabalho, está no caminho mais seguro, certo e mais curto para o sucesso. Lembro-me de que um dia meu pai chamou um de seus funcionários à sua sala e lhe perguntou a cotação dos porcos no dia anterior em Kansas City. "Não sei exatamente", respondeu o homem, "mas posso lhe dar uma cifra aproximada." "Bem, quais são as cifras?", insistia meu pai. "Sei o valor aproximado", foi a resposta. Meu pai virou-se na sua cadeira. [40]
  • 41. "Meu jovem, quero os números exatos", ordenou ele. "Suas adivinhações não me interessam nem um pouco. Se houver alguma adivinhação a ser feita por aqui, eu mesmo sou muito bom nisso." Em nosso negócio - e suponho que isso seja verdade para a maioria das empresas - o homem bem-sucedido é o homem que "volta com a resposta", não com uma resposta aproximada, mas com a resposta correta. Sentimentos nos negócios jamais foram tão presentes como atualmente. Qualquer empregador competente sabe que gentileza e justiça são a chave para se conseguir o empenho do empregado. Do ponto de vista puramente comercial, sem considerar todos os outros motivos, são o investimento mais sólido do mundo. Você pode comprar o trabalho de um homem, mas não pode comprar sua lealdade. Isso se consegue tratando-o com justeza. Já falei repetidas vezes que todo o sucesso que obtive foi decorrente quase que exclusivamente da lealdade dos meus homens e de sua ânsia de me agradar. Considero esse sentimento mais valioso em dólares e centavos do que todo o investimento financeiro em nosso negócio. Não quero que meus homens trabalhem porque têm medo de mim, ou porque receiam perder seu emprego. Quero que trabalhem porque querem trabalhar e porque preferem trabalhar aqui a qualquer outro lugar no mundo. Um homem não serve para mim a não ser que seja necessário para a Armour & Company e nós sejamos necessários para ele. Os negócios estão repletos de homens que estariam no topo se apenas aprendessem a concluir seus pensamentos. Eles sabem que dois mais dois são quatro, mas jamais param para pensar em quatro do quê. • [41]
  • 42. Tenho uma regra prática, minha porta estará sempre aberta para os meus empregados e qualquer um, até o operário mais humilde, tem liberdade de me procurar para falar de seus problemas. Meu trabalho não teria sentido sob quaisquer outras condições. Em última análise, um negócio e um indivíduo têm as mesmas características; fazem amigos e inimigos da mesma forma e não há melhor recompensa do que ser justo. CHARLES M. SCHWAB 1862-1939 Schwab, em um discurso para alunos da Princeton University, disse "[...] existem outras coisas na vida além do trabalho. Acredito que o apreço pelas coisas mais refinadas [...]". E pouco depois de assumir o comando da U. S. Steel em 1901, seu refinado modo de vida e suas façanhas no cassino de Mônaco fizeram as manchetes dos jornais. Schwab viu-se imediatamente em dificuldades com o Conselho de Administração, do qual fazia parte nada menos do que J. R. Morgan. É claro que as "coisas mais refinadas" a que Schwab se referira eram arte, literatura e música, que ele acreditava "serem muito úteis para a carreira de um homem". Segundo sua argumentação, cultivar o gosto pela artes ajuda os homens de negócios a aguçar sua própria imaginação na solução de problemas e no planejamento estratégico. [42]
  • 43. A ascensão meteórica do próprio Schwab com apenas 39 anos de idade deveu-se principalmente à sua capacidade de manter uma excelente comunicação com os calejados metalúrgicos, o que se fazia extremamente necessário para a direção durante um período de agitação por parte do operariado. Sua sensibilidade às relações trabalhistas foi revelada por outro discurso proferido anos mais tarde durante uma convenção, em que ele disse: "Posso induzi-los a comprar grandes quantidades de produtos da minha empresa, mas se eu não conseguir convencer minha empresa, até o mais humilde operário, a querer produzir esses produtos econômica e eficazmente, minha habilidade em vender-lhes esses produtos terá sido desperdiçada." Schwab deixou a U. S. Steel poucos anos depois, não em razão do episódio no cassino, mas porque "eu não podia fazer o que vinha fazendo durante toda a minha vida. Fui tolhido por diretores e outros interesses que não me deram espaço suficiente para que eu fosse de alguma utilidade". Imagine como ele reagiria ao ambiente de hoje, no qual o desempenho de um diretor-executivo costuma ser medido pela cotação das ações de sua empresa. Schwab assumiu a direção da Bethlehem Steel e fez da modesta empresa uma das mais temidas concorrentes da U. S. Steel. Ele se entregou totalmente em cada empreendimento assumido, porque acreditava que "o homem que não deu o melhor de si, não fez nada". Em "Sendo Bem-Sucedido com Aquilo que Você Tem", Schwab derruba qualquer mito de que tenha sido um gênio e destaca as qualidades necessárias para construir uma carreira bem-sucedida. [43]
  • 44. Sendo bem-sucedido com aquilo que você tem Charles M. Schwab Por 36 anos estive entre profissionais do que atualmente é o maior ramo da indústria americana, a indústria siderúrgica. Naquela época tive a sorte de acompanhar a ascensão profissional, desde os postos mais humildes, da maioria dos líderes atuais. Esses homens, estou convencido, não são prodígios naturais. Eles venceram usando sua inteligência básica para pensar além do mero cumprimento dos seus deveres. A indústria americana transborda de homens que começaram da mesma forma que os líderes, com a mesma inteligência, com as mesmas mãos competentes. No entanto, um homem surge na multidão, ascende muito além dos seus companheiros e os outros sobram. Os homens que não conseguem alcançar o sucesso costumam ter dois pretextos: "Não sou um gênio" é um; o outro, "Já não existem mais oportunidades como antes". Nenhum dos dois pretextos tem sustentação. O primeiro não vem ao caso; o segundo está completamente errado. Não acredito naquilo que a maioria das pessoas chama de "gênio". Isto é, estou certo de que poucos homens bem-sucedidos sejam o que se chama de "gênios natos". Não existe atualmente um único homem no comando na siderúrgica Bethlehem que não tenha feito sua carreira começando lá de baixo, degrau a degrau, apenas usando sua inteligência e suas mãos um pouco mais livre e eficazmente do que os homens ao seu lado. Eugene Grace, [44]
  • 45. presidente da Bethlehem, trabalhava no depósito quando o conheci. O sr. Snyder era um taquígrafo, o sr. Mathews um projetista. Os 15 homens diretamente responsáveis pelas fábricas foram escolhidos não por causa de um lampejo de genialidade, mas porque, dia após dia, fizeram pequenas coisas inusitadas - pensar além das suas funções. A indústria americana transborda de homens que começaram da mesma forma que os líderes, com a mesma inteligência, com as mesmas mãos competentes. No entanto, um homem surge na multidão, ascende muito além dos seus companheiros e os outros sobram. • Quando assumi as fábricas da Bethlehem, decidi treinar seus gerentes como o sr. Carnegie treinou seus "garotos". Assim, observei os homens que já estavam lá e selecionei uma dúzia. Essa seleção levou meses. Então, pus-me a construir uma organização na qual ficássemos unidos em harmonia e afável cooperação. Eu incentivava meus gerentes a estudar ferro e aço, mercados e homens. Dei-lhes a todos salários baixos, mas instituí um sistema pelo qual cada homem participaria diretamente nos lucros pelos quais fosse diretamente responsável. Cada um daqueles meninos obteve êxito. Hoje são homens ricos; todos são diretores da empresa, alguns são diretores da corporação. O que se fala a respeito de genialidade é besteira Todo esse falatório sobre "supergênios" é besteira. Descobri que quando as "estrelas" vão embora, raramente seus departamentos sofrem. E seus sucessores são apenas homens que aprenderam, pela dedicação e pela autodisciplina, a obter produção a todo vapor de um cérebro normal, comum. [45]
  • 46. O inventor, o homem com talento único, especializado, é o único supergênio real. Mas ele é tão raro que não carece ser considerado aqui. Sempre achei que o modo mais seguro de alguém qualificar-se para um cargo mais alto é trabalhar um pouco mais do que qualquer outra pessoa do seu nível. Um dos homens mais bem-sucedidos que já conheci jamais usou um relógio até passar a ganhar US$10 mil por ano. Antes disso, se arranjava com um despertador barato, que tinha em seu quarto, ao qual jamais se esquecia de dar corda. Homens jovens apreciam largar seu trabalho às cinco ou seis horas e enfiar-se em trajes a rigor para uma noitada de prazer; mas o hábito tem suas desvantagens. Até conheço alguns cavalheiros robustos que fizeram disso um hábito tão arraigado que agora passam todo o seu tempo, tanto de dia quanto de noite, em trajes a rigor, servindo mesas em restaurantes elegantes freqüentados por homens que não adquiriram o hábito do traje a rigor até mais tarde em suas vidas. Todo esse falatório sobre "supergênios" é besteira. Descobri que quando as "estrelas" vão embora, raramente seus departamentos sofrem. E seus sucessores são apenas homens que aprenderam, pela dedicação e pela autodisciplina, a obter produção a todo vapor de um cérebro normal, comum. • Recentemente temos ouvido falar muito sobre investimentos. Na minha opinião, o melhor investimento que um jovem iniciando sua carreira profissional pode fazer é dedicar todo o seu tempo, toda a sua energia, ao trabalho - simplesmente muito trabalho árduo. Depois que a posição de um homem está assegurada, ele pode se entregar ao prazer, se quiser. Ele não terá perdido nada esperando - e terá ganho muito. Ele [46]
  • 47. terá ganho dinheiro suficiente para poder permitir-se gastar algum e saberá que terá cumprido seu dever por si e pelo mundo. O homem que deu o melhor de si, fez tudo. O homem que se esforçou menos do que o seu melhor, não fez nada. Recentemente temos ouvido falar muito sobre investimentos. Na minha opinião, o melhor investimento que um jovem iniciando sua carreira profissional pode fazer é dedicar todo o seu tempo, toda a sua energia, ao trabalho - simplesmente muito trabalho árduo. • Nada é mais fatal para o sucesso do que aceitar o seu trabalho como um fato consumado. Se mais pessoas se entusiasmassem com seu trabalho a ponto de precisarem ser lembradas de sair para o almoço, haveria mais felicidade no mundo e menos indigestão. Se você precisa ser um glutão, seja-o por trabalho. Um ouvido treinado pode detectar enormes oportunidades. Às vezes, ele fica tão atento à espera do alarme do encerramento do expediente que acaba ignorando as instruções verbais. Ainda estou para ver algum homem ser atingido pelo infortúnio por ter feito hora extra. Conheço vários exemplos de homens que foram atingidos por não se terem esforçado um pouco mais. O infortúnio tem vários disfarces. Muito mais grave do que danos físicos é a praga lenta e implacável que resulta em paralisação, falta de progresso, fracasso final. Se mais pessoas se entusiasmassem com seu trabalho a ponto de precisarem ser lembradas de sair para o almoço, haveria mais felicidade no mundo e menos indigestão. • O homem que deixa de cumprir o dever pelo qual é pago é desonesto. O homem que não está disposto a dar mais do que isso é tolo. [47]
  • 48. No moderno mundo dos negócios, o "pistolão" está perdendo seu poder. O trabalho "canja" é coisa do passado. Na maioria das grandes empresas mil acionistas controlam o caixa, quando antes havia dez. O filho do presidente começa lá de baixo. Resultado é o único teste. Aquele que trabalhar mais é quem vai ganhar mais, desde que demonstre igual inteligência. Os capitães de indústria não estão caçando dinheiro. Os Estados Unidos estão repletos de dinheiro. Eles estão procurando inteligência - conhecimento especializado - e lealdade. A inteligência é necessária para a execução dos planos daqueles que entram com o capital. O homem que atrai atenções é o homem que pensa o tempo todo e se expressa de maneira simples. Não é o homem que procura deslumbrar o seu empregador fazendo representações dramáticas, espetaculares. O homem que faz isso está fadado ao fracasso. HENRY FORD II 1917-1987 O neto de Henry Ford reinou com êxito no que foi rotulado de império bizantino. Como observou um biógrafo: "Infelizmente, ao contrário de seu avô, Henry II preferiu a boa vida de playboy internacional, freqüentando festas nos confins do mundo, bebendo demais..." Esse comportamento indulgente foi provavelmente a extensão de uma infância mimada. De fato, poucos acreditavam que o jovem pudesse passar da mediocridade. Entretanto, quando Henry II - contra a vontade de seu poderoso avô - se alistou na Marinha durante a Segunda [48]