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A política de
Fortificação
Lusitana na
Amazônia
*O Forte Príncipe
da Beira.
História de RO.
• “Somente a energia e a determinação do
Governador Dom Luiz de Cáceres, a
competência e esforço dos engenheiros,
técnicos, operários e a compulsória mão-de-
obra escrava tornaram possível a construção
do Forte Príncipe, obra a serviço dos
homens D’El Rei, nosso senhor e, como tal,
por mais duro, por mais difícil e por mais
trabalhoso que isso dê... é serviço de
Portugal. E tem de se cumprir”.
• O Forte Príncipe da Beira não é apenas
uma grande fortaleza, ele representa a
potência portuguesa ao construir uma
obra faraônica na região, com a intenção
de defender os limites portugueses, no
auge do Ciclo do Ouro, e também vigiar
sua inimiga, a Espanha que tencionava
atingir o Oceano Atlântico através dos rios
Guaporé e Paraguai.
• Esta imponente obra de 970 metros de
extensão e 10 metros de altura, no coração da
Amazônia, nem mesmo chegou a ser
utilizada como base militar.
• A demora nas comunicações viriam a impedir
que a Capitania de Mato Grosso tomasse
conhecimento do tratado de Ildefonso –
firmado entre Portugal e Espanha. O tratado
legitimava o domínio da margem direita do
Guaporé a Portugal, tornando desnecessária
a empreitada, entretanto, o comunicado
chegaria a Vila Bela, com atraso de ano.
• A disputa entre Portugal e Espanha vem de
1750, através do tratado firmado entre os dois
reinados, que defendia as linhas de fronteira do
rio Guaporé.
• O Forte Príncipe não foi a primeira construção
dessa envergadura na região, no entanto, foi a
mais dispendiosa e demorada, pois deveria
impor respeito ao inimigo, por sua localização
estratégica.
•
• O rei de Portugal, Dom José I, já havia criado a
Capitania de Mato Grosso, cuja capital era Vila
Bela, e nomeou como governador, Dom Luiz de
Cáceres, em 1771.
• Luiz de Cáceres chegaria na capitania depois
de longos 13 meses de viagem, iniciando a
construção da fortaleza sobre forte pressão
política de seu rei e da proximidade do inimigo.
• “A soberania e o respeito de Portugal impõem que
neste lugar se erga um forte, e isso é obra e
serviço dos homens de El-Rei...”, escreveria em
1776, ano em que foi iniciado a construção do
Forte.
• As dificuldades impostas pelas distâncias fluviais;
• a ausência de mão-de-obra especializada,
• e a ineficiente comunicação com Portugal
castigavam, mais não desencorajam a coroa
portuguesa que prosseguia com a obra.
De Forte À Prisão
• A construção do Forte Príncipe da Beira remota da passagem
de flotilha de Pedro Teixeira pela embocadura do rio que
ele denominou das Madeiras, entre 1637-39,
• quando a coroa portuguesa resolveu ficar com a posse do
curso do rio Amazonas e de suas terras marginais até a
região de Paiamino, no rio Aguarico.
• A passagem do bandeirante Antonio Raposo Tavares, em
1648-52, pelas localidades que separam as bacias dos rios
Prata e Amazonas seguindo até as proximidades do Grão-
Pará, serviriam como base para a dominação portuguesa no
vale Guaporé.
• Dom José I, rei de Portugal cria, em
1746, a capitania de Mato Grosso, esta
garantiu a posse para os portugueses
dessas terras, nomeando como seu
primeiro governador o capitão de
infantaria, D. Antônio Rolim de Moura.
• Inicia-se assim o ciclo de dominação e
destruição portuguesa na região.
• O tratado de Madri,
firmado entre Portugal
e Espanha (1750), que
definia as linhas de
fronteira do rio
Guaporé, nos anos
posteriores, não era
mais obedecido por
nenhum dos reinados
após a descoberta de
jazidas de ouro no
Vale do Guaporé.
• Dom Luiz Cáceres é nomeado governador de
Mato Grosso, em 1772,
• gasta 13 meses e 14 dias para percorrer o Rio
de Janeiro até a Vila Bela, capital de Mato
Grosso.
• Um exemplo das dificuldades impostas pela
Amazônia e à destruição da localidade para
que os portugueses construíssem o Forte
Príncipe da Beira, que seria abandonado anos
depois quando Portugal, por motivos
financeiros e políticos, perdeu o interesse pela
região.
• A construção do forte que assegurou o domínio
português, na margem direita do Guaporé e
permitiu a vigilância dos rios Guaporé e
Paraguai foi iniciada, em 1776, ainda no
governo de Luiz Cáceres e finalizada em 1783.
Com o fim do Ciclo do Ouro, no Vale Guaporé, e
a Proclamação da República o Forte Príncipe é
renegado ao esquecimento. Não havia mais
interesse em manter uma fortaleza na Amazônia.
• O Forte Príncipe não é somente uma grande
fortaleza, ele é o marco da devastação e
prepotência de um reinado.
• ***Somente em 1914, através de Marechal
Cândido Rondon o forte voltaria a ser
lembrado, depois de servir durante muitos
anos como presídio e asilo dos desterrados
de Portugal.
• Cândido Mariano da Silva Rondon lhe
procedeu trabalhos de limpeza da mata que a
asfixiara (GARRIDO, 1940:10).
• Demorou, entretanto, até 1930 para que uma
nova expedição do Exército brasileiro as
redescobrisse,
• voltando a guarnecê-las dois anos após, ali
instalando o Contingente Especial de
Fronteira do Forte Príncipe da Beira,
• que, em 1954, teve a sua designação
mudada para 7º Pelotão de Fronteira, e, em
1977, para 3º Pelotão Especial de Fronteira,
subordinado ao 6º Batalhão Especial de
Fronteira (s.a., 1983:14-15).
• Tombada desde 1950 pelo IPHAN, em 8 de
abril de 1983 em solenidade com a presença
do Presidente da República do Brasil,
General João Baptista de Figueiredo, e do
embaixador de Portugal, Adriano Carvalho,
sob salva de 21 tiros de canhão, foi assinado
Termo de Compromisso entre o Ministério
da Educação e Cultura, o Ministério do
Exército e o Governo de Rondônia visando
a restauração, conservação e utilização
do forte.
• Técnicos do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional se responsabilizaram
pela pesquisa arqueológica (foi encontrado
material lítico pré-colombiano com c. 10 mil
anos de idade)
• e pelos levantamentos necessários à
elaboração do projeto de restauração, que
contou ainda com a participação de
consultores portugueses da Fundação
Calouste Gulbenkian (Professor Viana de
Lima),
• uma vez que todo o material iconográfico
de construção da fortaleza se encontra em
Portugal.
• O Ministério do Exército, através do 3º
Pelotão Especial de Fronteira ficou
responsável, à época, pelo apoio material
ao projeto.
Vídeo - Depoimentos
• Forte Príncipe da Beira – RO
• https://www.youtube.com/watch?v=-Vig-
NPCGak&ebc=ANyPxKqpn8iYiMgmo45iNItuKiWFjNi
G3OZaoamRXluTZcYNJmlrBeSTuqjRYHdPKW95VLdI
Mg8q-biIvsazWdz-28nW_7_b8g
Origem do nome
• "Príncipe do Brasil" era então o título do herdeiro ou
herdeira da coroa portuguesa, assim como "Príncipe
da Beira" era o título do seu primogênito ou
primogênita (i.e., privativo dos netos primogênitos sucessores
presuntivos na coroa dos Reis de Portugal).
• Assim, o forte, iniciado em 1776, foi batizado em
homenagem a D. José de Bragança, Príncipe do
Brasil, que então era ainda apenas Príncipe da
Beira, título que manteve brevemente até sua mãe,
Maria I de Portugal, subir ao trono no ano seguinte
(1777), quando ele próprio passou a Príncipe do
Brasil.
• O Forte é um quadrado com 970m de perímetro,
muralhas de 10m de altura e seus quatro baluartes
são armados, cada um, com quatorze canhoneiras,
construído de acordo com o sistema Vauban.
• No entorno, um profundo fosso somente permitia
ingresso através de ponte levadiça que conduzia a
um portão com 3m de altura, aberto na muralha
norte.
• No interior haviam quatorze residências para o
comandante e os oficiais, além de capela, armazém
e depósitos.
CURIOSIDADES
• A cor avermelhada da fortifização deve-se ao emprego, na
sua construção, de pedra de canga laterítica, abundante na
região.
* A pedra calcárea, utilizada nos arremates por exemplo, foi
transportada de Vila Maria e de Belém do Pará.
* Embora a cifra de trabalhadores seja de duzentos homens,
estima-se que pelo menos mil outros trabalhadores
estiveram envolvidos na sua edificação, entre indígenas
e escravos africanos.
* Os recursos para a edificação vieram, em grande parte,
das receitas geradas pela Companhia Geral de Comércio
do Grão-Pará e Maranhão.
* Das inscrições nas paredes das antigas
masmorras, podem-se inferir alguns detalhes da
vida cotidiana na fortificação:
• No dia 18 de setembro de 1852, pelas duas horas da tarde, a
terra tremeu;
• Alguns prisioneiros usavam grossa e comprida corrente ao
pescoço;
• Os presos eventualmente recebiam auxílio, na forma de
esmolas, da população local.
• Apenas para deixar evidente os imensos
sacrifícios exigidos para sua construção:
• quatro de seus canhões, de bronze e
calibre 24, enviados de Belém do Pará em
1825, através do rio Tapajós, levaram
cinco anos para alcançar seu destino.
Vídeo
• 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo |
Forte do Príncipe da Beira | Brasil - Rondônia
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A política de fortificação lusitana na amazônia

  • 1. A política de Fortificação Lusitana na Amazônia *O Forte Príncipe da Beira. História de RO.
  • 2. • “Somente a energia e a determinação do Governador Dom Luiz de Cáceres, a competência e esforço dos engenheiros, técnicos, operários e a compulsória mão-de- obra escrava tornaram possível a construção do Forte Príncipe, obra a serviço dos homens D’El Rei, nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê... é serviço de Portugal. E tem de se cumprir”.
  • 3.
  • 4. • O Forte Príncipe da Beira não é apenas uma grande fortaleza, ele representa a potência portuguesa ao construir uma obra faraônica na região, com a intenção de defender os limites portugueses, no auge do Ciclo do Ouro, e também vigiar sua inimiga, a Espanha que tencionava atingir o Oceano Atlântico através dos rios Guaporé e Paraguai.
  • 5.
  • 6. • Esta imponente obra de 970 metros de extensão e 10 metros de altura, no coração da Amazônia, nem mesmo chegou a ser utilizada como base militar. • A demora nas comunicações viriam a impedir que a Capitania de Mato Grosso tomasse conhecimento do tratado de Ildefonso – firmado entre Portugal e Espanha. O tratado legitimava o domínio da margem direita do Guaporé a Portugal, tornando desnecessária a empreitada, entretanto, o comunicado chegaria a Vila Bela, com atraso de ano.
  • 7.
  • 8. • A disputa entre Portugal e Espanha vem de 1750, através do tratado firmado entre os dois reinados, que defendia as linhas de fronteira do rio Guaporé. • O Forte Príncipe não foi a primeira construção dessa envergadura na região, no entanto, foi a mais dispendiosa e demorada, pois deveria impor respeito ao inimigo, por sua localização estratégica. •
  • 9.
  • 10. • O rei de Portugal, Dom José I, já havia criado a Capitania de Mato Grosso, cuja capital era Vila Bela, e nomeou como governador, Dom Luiz de Cáceres, em 1771. • Luiz de Cáceres chegaria na capitania depois de longos 13 meses de viagem, iniciando a construção da fortaleza sobre forte pressão política de seu rei e da proximidade do inimigo.
  • 11.
  • 12. • “A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei...”, escreveria em 1776, ano em que foi iniciado a construção do Forte. • As dificuldades impostas pelas distâncias fluviais; • a ausência de mão-de-obra especializada, • e a ineficiente comunicação com Portugal castigavam, mais não desencorajam a coroa portuguesa que prosseguia com a obra.
  • 13.
  • 14. De Forte À Prisão • A construção do Forte Príncipe da Beira remota da passagem de flotilha de Pedro Teixeira pela embocadura do rio que ele denominou das Madeiras, entre 1637-39, • quando a coroa portuguesa resolveu ficar com a posse do curso do rio Amazonas e de suas terras marginais até a região de Paiamino, no rio Aguarico. • A passagem do bandeirante Antonio Raposo Tavares, em 1648-52, pelas localidades que separam as bacias dos rios Prata e Amazonas seguindo até as proximidades do Grão- Pará, serviriam como base para a dominação portuguesa no vale Guaporé.
  • 15.
  • 16. • Dom José I, rei de Portugal cria, em 1746, a capitania de Mato Grosso, esta garantiu a posse para os portugueses dessas terras, nomeando como seu primeiro governador o capitão de infantaria, D. Antônio Rolim de Moura. • Inicia-se assim o ciclo de dominação e destruição portuguesa na região.
  • 17. • O tratado de Madri, firmado entre Portugal e Espanha (1750), que definia as linhas de fronteira do rio Guaporé, nos anos posteriores, não era mais obedecido por nenhum dos reinados após a descoberta de jazidas de ouro no Vale do Guaporé.
  • 18.
  • 19. • Dom Luiz Cáceres é nomeado governador de Mato Grosso, em 1772, • gasta 13 meses e 14 dias para percorrer o Rio de Janeiro até a Vila Bela, capital de Mato Grosso. • Um exemplo das dificuldades impostas pela Amazônia e à destruição da localidade para que os portugueses construíssem o Forte Príncipe da Beira, que seria abandonado anos depois quando Portugal, por motivos financeiros e políticos, perdeu o interesse pela região.
  • 20.
  • 21. • A construção do forte que assegurou o domínio português, na margem direita do Guaporé e permitiu a vigilância dos rios Guaporé e Paraguai foi iniciada, em 1776, ainda no governo de Luiz Cáceres e finalizada em 1783. Com o fim do Ciclo do Ouro, no Vale Guaporé, e a Proclamação da República o Forte Príncipe é renegado ao esquecimento. Não havia mais interesse em manter uma fortaleza na Amazônia.
  • 22.
  • 23. • O Forte Príncipe não é somente uma grande fortaleza, ele é o marco da devastação e prepotência de um reinado. • ***Somente em 1914, através de Marechal Cândido Rondon o forte voltaria a ser lembrado, depois de servir durante muitos anos como presídio e asilo dos desterrados de Portugal.
  • 24.
  • 25. • Cândido Mariano da Silva Rondon lhe procedeu trabalhos de limpeza da mata que a asfixiara (GARRIDO, 1940:10). • Demorou, entretanto, até 1930 para que uma nova expedição do Exército brasileiro as redescobrisse, • voltando a guarnecê-las dois anos após, ali instalando o Contingente Especial de Fronteira do Forte Príncipe da Beira, • que, em 1954, teve a sua designação mudada para 7º Pelotão de Fronteira, e, em 1977, para 3º Pelotão Especial de Fronteira, subordinado ao 6º Batalhão Especial de Fronteira (s.a., 1983:14-15).
  • 26. • Tombada desde 1950 pelo IPHAN, em 8 de abril de 1983 em solenidade com a presença do Presidente da República do Brasil, General João Baptista de Figueiredo, e do embaixador de Portugal, Adriano Carvalho, sob salva de 21 tiros de canhão, foi assinado Termo de Compromisso entre o Ministério da Educação e Cultura, o Ministério do Exército e o Governo de Rondônia visando a restauração, conservação e utilização do forte.
  • 27.
  • 28. • Técnicos do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional se responsabilizaram pela pesquisa arqueológica (foi encontrado material lítico pré-colombiano com c. 10 mil anos de idade) • e pelos levantamentos necessários à elaboração do projeto de restauração, que contou ainda com a participação de consultores portugueses da Fundação Calouste Gulbenkian (Professor Viana de Lima),
  • 29. • uma vez que todo o material iconográfico de construção da fortaleza se encontra em Portugal. • O Ministério do Exército, através do 3º Pelotão Especial de Fronteira ficou responsável, à época, pelo apoio material ao projeto.
  • 30. Vídeo - Depoimentos • Forte Príncipe da Beira – RO • https://www.youtube.com/watch?v=-Vig- NPCGak&ebc=ANyPxKqpn8iYiMgmo45iNItuKiWFjNi G3OZaoamRXluTZcYNJmlrBeSTuqjRYHdPKW95VLdI Mg8q-biIvsazWdz-28nW_7_b8g
  • 31. Origem do nome • "Príncipe do Brasil" era então o título do herdeiro ou herdeira da coroa portuguesa, assim como "Príncipe da Beira" era o título do seu primogênito ou primogênita (i.e., privativo dos netos primogênitos sucessores presuntivos na coroa dos Reis de Portugal). • Assim, o forte, iniciado em 1776, foi batizado em homenagem a D. José de Bragança, Príncipe do Brasil, que então era ainda apenas Príncipe da Beira, título que manteve brevemente até sua mãe, Maria I de Portugal, subir ao trono no ano seguinte (1777), quando ele próprio passou a Príncipe do Brasil.
  • 32.
  • 33. • O Forte é um quadrado com 970m de perímetro, muralhas de 10m de altura e seus quatro baluartes são armados, cada um, com quatorze canhoneiras, construído de acordo com o sistema Vauban. • No entorno, um profundo fosso somente permitia ingresso através de ponte levadiça que conduzia a um portão com 3m de altura, aberto na muralha norte. • No interior haviam quatorze residências para o comandante e os oficiais, além de capela, armazém e depósitos. CURIOSIDADES
  • 34.
  • 35. • A cor avermelhada da fortifização deve-se ao emprego, na sua construção, de pedra de canga laterítica, abundante na região. * A pedra calcárea, utilizada nos arremates por exemplo, foi transportada de Vila Maria e de Belém do Pará. * Embora a cifra de trabalhadores seja de duzentos homens, estima-se que pelo menos mil outros trabalhadores estiveram envolvidos na sua edificação, entre indígenas e escravos africanos. * Os recursos para a edificação vieram, em grande parte, das receitas geradas pela Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão.
  • 36.
  • 37. * Das inscrições nas paredes das antigas masmorras, podem-se inferir alguns detalhes da vida cotidiana na fortificação: • No dia 18 de setembro de 1852, pelas duas horas da tarde, a terra tremeu; • Alguns prisioneiros usavam grossa e comprida corrente ao pescoço; • Os presos eventualmente recebiam auxílio, na forma de esmolas, da população local.
  • 38.
  • 39. • Apenas para deixar evidente os imensos sacrifícios exigidos para sua construção: • quatro de seus canhões, de bronze e calibre 24, enviados de Belém do Pará em 1825, através do rio Tapajós, levaram cinco anos para alcançar seu destino.
  • 40. Vídeo • 7 Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo | Forte do Príncipe da Beira | Brasil - Rondônia • https://www.youtube.com/watch?v=tccWdN5zT9M