1. VERSÃO DO PROFESSOR
D I S C I P L I N A
Didática e o Ensino de Geografia
Elementos para o ensino de Geografia
(orientação e representação cartográfica)
Autoras
Sônia de Almeida Pimenta
Ana Beatriz Gomes Carvalho
aula
07
Material APROVADO (conteúdo e imagens) Data:
___/___/___
Nome:_______________________________________
3. Apresentação
O
ensino de Geografia exige um instrumental específico para a construção de conceitos
que precisam ser tratados de forma diferenciada das demais disciplinas. São
habilidades e competências relacionadas ao caráter procedimental que perpassam
outras áreas do conhecimento, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias específicas
para a apresentação destes conteúdos. Nesta aula, você vai conhecer algumas destas práticas
pedagógicas para trabalhar a representação do espaço no ensino de geografia. É fundamental
que você realize as tarefas propostas durante a leitura, buscando sempre se colocar no lugar
do aluno. Este exercício ajudará na construção da estrutura e dos conceitos necessários para
a sua instrumentalização para o desenvolvimento de um letramento cartográfico.
Objetivos
Ao final desta aula, esperamos que você:
1
2
3
Conheça as práticas pedagógicas para trabalhar os
conceitos, atitudes e procedimentos específicos de
orientação;
Identifique os elementos fundamentais para a construção
dos conceitos de representação cartográfica;
Adquira o conhecimento necessário para trabalhar
com mapas, cartas, globos e outros materiais no
ensino de Geografia.
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
4. A representação do
espaço geográfico
O
domínio espacial, compreendido aqui no sentido geográfico, é desenvolvido de forma
precária comprometendo a concepção de espaço e organização territorial que são
necessárias para a leitura espacial de qualquer representação. Existe um consenso
entre os especialistas de que não é possível ensinar a alguém os conceitos relativos à noção
de espaço e a sua representação (ALMEIDA, 2002). Isso não significa que estes conceitos não
possam ser construídos através de um processo de orientação e formação, mas não poderão
ser ensinados, a partir de uma leitura de um texto ou a realização de um questionário. “Ler”
mapas e movimentar-se no espaço requer uma dimensão da percepção e consciência da
própria corporeidade que não pode ser simplesmente decorada em um ponto do livro. Esta
construção precisa ser cuidadosamente estruturada, avaliando a percepção individual de
cada um em relação ao seu espaço para posteriormente inserir elementos da cartografia,
passo a passo.
Diálogos no caminho
Quando ensinamos cartografia na escola, é freqüente ouvirmos comentários das
crianças sobre o que estamos querendo mostrar. Observe estas afirmativas:
– Professora quem está em cima do Brasil?
– Minha tia mora lá embaixo, no Paraná.
– Por que este mapa não tem as linhas? Está errado?
– Posso pintar os países de azul e o mar de verde?
– A Terra gira e quando está no Japão eu durmo?
– Se os países têm horas diferentes, eles também têm relógios diferentes?
– Se aqui é noite e no Japão é dia, eu posso ir até lá brincar com os meninos japoneses
para não ter dormir?
– Por que aquele país cor-de-rosa é tão pequeno?
E você já ouviu comentários desta natureza em sala de aula? Registre aqui suas
experiências com a capacidade de abstração das crianças e jovens em relação a
orientação e os mapas.
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
5. O mapa é uma representação cartográfica do mundo real, nele está embutido uma série
de signos que apresenta os mesmos códigos e sentidos usados na linguagem. Ler mapas
significa dominar esta linguagem e quanto mais o aluno estiver inserido em sua construção,
familiarizado com seus procedimentos, mais próximo ele estará de desvendar sua equação.
A linguagem cartográfica apresenta três elementos essenciais: o sistema de signos
(legendas, cores símbolos), a redução (proporção através da escala) e a projeção (o tipo de
representação escolhida). Cada um deles exige uma série de decodificações do leitor até chegar
ao resultado completo da leitura do mapa. O primeiro passo para a decodificação é a leitura do
título, a observação das legendas e a análise da escala. Cada um destes elementos indicará o que
está sendo representado no papel, como verdadeiras “pistas” que nos levarão a compreender que
projeção foi adotada, que pedaço do território está representado e como está representado.
Atividade 1
Observe um mapa e faça o seguinte exercício: desconsidere a imagem e analise
o título, as legendas e a escala. É possível saber do que se trata a representação
a partir destes elementos? Registre sua experiência aqui.
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6. É preciso então, considerar alguns aspectos da formação dos alunos no que diz respeito
aos elementos mais básicos e óbvios da percepção humana. São as percepções de grande,
pequeno, esquerda, direita, em cima, embaixo, ali, lá, longe, perto, formas geométricas e
cores. A lateralização é um passo importante neste processo porque organizará os referenciais
da percepção do espaço do indivíduo. Segundo Almeida (2002), a análise do espaço deve
ser iniciada primeiro com o corpo, em seguida apenas com os olhos, e finalmente com a
mente. Leia esta história Hindu e veja como a percepção pode ser diferenciada de acordo
com conjuntura individual:
Os cegos e o elefante
(História do Folclore Hindu)
Numa cidade da Índia viviam sete sábios cegos. Como os seus conselhos eram
sempre excelentes, todas as pessoas que tinham problemas recorriam à sua ajuda.
Embora fossem amigos, havia uma certa rivalidade entre eles que, de vez em quando,
discutiam sobre qual seria o mais sábio.
Certa noite, depois de muito conversarem acerca da verdade da vida e não chegarem
a um acordo, o sétimo sábio ficou tão aborrecido que resolveu ir morar sozinho
numa caverna da montanha. Disse aos companheiros:
- Somos cegos para que possamos ouvir e entender melhor que as outras pessoas a
verdade da vida. E, em vez de aconselhar os necessitados, vocês ficam aí discutindo
como se quisessem ganhar uma competição. Não agüento mais! Vou-me embora.
No dia seguinte, chegou à cidade um comerciante montado num enorme
elefante. Os cegos nunca tinham tocado nesse animal e correram para a rua ao
encontro dele.
O primeiro sábio apalpou a barriga do animal e declarou:
- Trata-se de um ser gigantesco e muito forte! Posso tocar nos seus músculos e eles
não se movem; parecem paredes...
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
7. - Que palermice! - disse o segundo sábio, tocando nas presas do elefante. - Este
animal é pontiagudo como uma lança, uma arma de guerra...
- Ambos se enganam - retorquiu o terceiro sábio, que apertava a tromba do elefante.
- Este animal é idêntico a uma serpente! Mas não morde, porque não tem dentes na
boca. É uma cobra mansa e macia...
- Vocês estão totalmente alucinados! - gritou o quinto sábio, que mexia nas orelhas
do elefante. - Este animal não se parece com nenhum outro. Os seus movimentos
são bamboleantes, como se o seu corpo fosse uma enorme cortina ambulante...
- Vejam só! - Todos vocês, mas todos mesmos, estão completamente errados! irritou-se o sexto sábio, tocando a pequena cauda do elefante. - Este animal é como
uma rocha com uma corda presa no corpo. Posso até pendurar-me nele.
E assim ficaram horas debatendo, aos gritos, os seis sábios. Até que o sétimo sábio
cego, o que agora habitava a montanha, apareceu conduzido por uma criança.
Ouvindo a discussão, pediu ao menino que desenhasse no chão a figura do elefante.
Quando tateou os contornos do desenho, percebeu que todos os sábios estavam
certos e enganados ao mesmo tempo. Agradeceu ao menino e afirmou:
- É assim que os homens se comportam perante a verdade. Pegam apenas numa
parte, pensam que é o todo, e continuam tolos!
Este texto pode servir como um bom começo para mostrar aos alunos a necessidade
de padronização, através das escalas do mapa. Se cada um retratasse o território, a
partir de sua própria percepção da realidade, nós teríamos inúmeros desenhos e seria
impossível compreender a lógica de todos. Assim, as escalas, a projeção e os símbolos
das legendas, foram padronizados para facilitar a leitura de todos. Desta forma, o aluno
poderá compreender que ler um mapa é uma tarefa como qualquer outra, bastando que
conhecer os mecanismos utilizados.
Estou no caminho certo?
É possível afirmar que a dificuldade na orientação e na leitura dos mapas está
relacionada com o conhecimento das partes não do todo?
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5
8. Orientação e relações espaciais
C
onsiderando o plano perceptivo, as relações espaciais se processam na seguinte
ordem: vizinhança, separação, ordem, envolvimento e continuidade (ALMEIDA,
2002). Considerando estes elementos das relações espaciais, vamos detalhar cada
uma delas e sua respectiva proposta de trabalho com os alunos:
n
Vizinhança:
os objetos são percebidos no mesmo plano, por proximidade e
vínculo. Seriam as afirmativas “a bola está perto da menina; o livro está sobre a
mesa” etc. As relações de vizinhança são as mais simples e envolvem sempre um
plano muito próximo.
Para iniciar o desenvolvimento das relações espaciais geográficas, podemos começar
por associações da vizinhança: o que existe em frente à sua casa, e ao lado? Desenhe o que
você observa em seu percurso para a escola. O que você observa de diferente quando faz
alguma viagem?
n
Separação:
a percepção de que as coisas mesmo estando contíguas não são um único
objeto, é preciso separa-las. Aqui ajuda a percepção dos diferentes espaços dentro
da perspectiva social: o espaço da casa, da escola, da igreja, etc. ou sua percepção
funcional: a sala, o banheiro, a cozinha etc.
n
Ordem:
a disposição de todos os elementos em um determinado espaço será ordenada
de acordo com o referencial de um determinado objeto. No desenho acima, temos o
referencial da menina para os demais objetos que a rodeiam, mas esta ordem poderia
ser diversa se tomássemos como objeto central outro elementos deste desenho.
É interessante realizar atividades que invertam a ordem colocada a partir de um
determinado objeto central, mostrando que existem diversos pontos de vista (como a
fábula do elefante).
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9. n
Envolvimento:
a ordem e a vizinhança dependem do ponto de vista que eu escolho para
observar uma cena, e esta cena poderá ter uma, duas ou três dimensões. O trabalho com
perspectiva pode ajudar bastante neste caso. Mostre aos alunos figuras que trabalhem
as diferentes perspectivas e contrapontos. Além de ser um exercício interessante, eles
ficarão motivados a trabalhar com as figuras e com os mapas posteriormente.
Semelhança (Gestalt)
A luminosidade interfere nas cores
Quantas colunas você vê?
Quantos rostos existem neste quadro?
Como não poderia deixar de ser, quantas pernas você vê neste elefante?
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10. n
Continuidade: Neste momento será construída a percepção de que os espaços existem
de forma continuada porque não existe ausência de espaço. É aqui que será construída
a idéia de limites entre os espaço como uma seqüência lógica, não existe o nada. Uma
localidade, construção em um determinado espaço será avizinhada de outros elementos,
e mais outros, continuamente.
Para Almeida (2002, p. 33), a localização geográfica é construída à medida que o sujeito
é capaz de estabelecer relações de vizinhança (o que está ao lado), separação (fronteira),
ordem (o que vem antes e depois), envolvimento (o espaço que está em torno) e continuidade
(a que recorte do espaço a área corresponde).
Atividade 2
sua resposta
Considerando os elementos das relações espaciais conceituados anteriormente
(vizinhança, separação, ordem, envolvimento e continuidade), escolha dois
deles e proponha uma atividade para ser realizada em sala de aula com o
objetivo de construir as noções de percepção espacial.
Estou no caminho certo?
A construção das relações espaciais topológicas é fundamental para a leitura
de mapas e a orientação no espaço geográfico. É impossível desenvolvê-las
sem considerar as etapas básicas do desenvolvimento humano. Mas, por onde
começar? Pelo bairro, pela rua, pelo mundo?
8
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
11. O sujeito no mundo
A
relação do sujeito com o mundo que o cerca é iniciada a partir de seu próprio corpo
como referência aos demais objetos circundantes. Assim, a relação topológica espacial
seria sempre um movimento a partir do interior para o exterior, e as delimitações
seriam justamente a consciência do espaço do outro. Estas três categorias são trabalhadas
por diversos autores para analisar a construção de um pensamento geográfico que permita
a confrontação de diferentes áreas. É preciso compreender que estas categorias levam às
categorias de distância, que podem ser compreendida como qualitativo (perto, longe, aqui,
lá, acolá) ou quantitativo (quilômetros, metros, centímetros). Para estabelecer a categoria
distância é necessário estabelecer o ponto de referência, e voltamos então ao problema da
percepção. Podemos visualizar estas questões nos esquemas a seguir:
A Projeção “Eu no Mundo”
Processo de Descentralização
Acima
Direita
Esquerda
Delimitações
Abaixo
Interior
“Eu”
Exterior
Os “outros”
e as “coisas”
O Indivíduo no Mundo
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12. Orientação para as
atividades e procedimentos
n
Apresentação
da representação cartográfica do mundo: invariavelmente a primeira
representação que o aluno tem acesso é um mapa em papel, mostrando o mundo todo
em um tamanho reduzido, repleto de paralelos e meridianos, quase um jogo de batalha
naval. Mostramos aos nossos alunos este modelo:
A representação ideal para a primeira visualização do aluno da do mundo, é um globo
porque ele conseguirá associar de forma concreta, o mundo (e toda a força de sua enormidade,
inimaginável), para um modelo menor. Ele já consegue perceber esta miniaturização dos
objetos através de seus próprios brinquedos (carrinhos, bonecas, soldadinhos etc).
A descrição da Terra como redonda, ou geóide é explicada de forma minuciosa para
os alunos com o mesmo efeito de se descrever o que é um triângulo. Se nossos alunos
pudessem apalpar, rolar, jogar, um globo como representação do planeta, compreenderiam
muito mais rapidamente a forma da Terra do que em um parágrafo inteiro com sua descrição.
Por que apresentar um mapa plano antes de mostrar o formato da Terra de forma que possa
ser facilmente compreendido?
10
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
13. n
Um passeio ao redor da escola: atividade para observar o trajeto para ir e voltar, o mercado,
a padaria, as ruas etc são bastante esclarecedores. A proposta ao retornar para a sala de
aula é tentar colocar no papel os caminhos percorridos com seus principais elementos
observados. O trabalho com maquetes também pode ser explorado, principalmente na
construção do espaço real ou do espaço ideal (a cidade que queremos, por exemplo).
n
Orientação
e o uso da bússola: o aluno só compreenderá a sua relação de orientação
com o movimento da Terra se for mostrado a ele o nascer e o por do sol, a partir de seu
próprio corpo e os demais pontos cardeais. A sombra, a luminosidade, o movimento dos
astros no céu são indicadores desta “mobilidade” da Terra que é uma idéia muito abstrata
para os alunos. O uso da bússola é um recurso interessante e mostra que as sensações e
relações do corpo com o movimento do sol e da Terra podem ser registrados, a partir de
um equipamento que serve como orientação dos homens no espaço terrestre.
n
Planta
da sala de aula: após o trabalho com maquetes ou paralelamente ao processo de
construção de maquetes, a elaboração do desenho da planta da sala de aula é uma estratégia
excelente para introduzir a noção de escalas. Através das medidas simples da sala de aula
(tamanho das paredes, mesas, etc) e sua projeção para as medidas do papel (cm, mm), os
alunos compreenderão o que é a transposição do espaço real para a representação no papel.
É necessário reforçar as medidas de conversão, por exemplo, 1m = 1 cm. Neste momento
serão trabalhadas as noções de projeção e representação simbólica.
n
Caça
ao Tesouro: esta atividade é uma transposição da atividade de elaboração da sala
de aula em um espaço mais amplo, onde será necessário representar outros elementos
da natureza, árvores, outras construções etc. O objetivo é realizar um trabalho de
orientação a partir dos símbolos e desenhos apresentados no papel.
n
Elaborando
símbolos: no decorrer do desenvolvimento das atividades citadas, a
construção de símbolos e legendas para os mapas deve ser trabalhado, a partir da
associação dos objetos que desejamos representar e os símbolos mais apropriados.
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
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14. Atividade 3
sua resposta
Escolha uma das propostas relacionadas acima e elabore um plano de aula,
considerando o conteúdo a ser trabalhado, a partir da perspectiva apresentada.
Elabore o percurso a ser realizado com os alunos, listando os materiais, os
objetivos e os resultados esperados.
Concluindo o percurso
A
cartografia e a orientação são elementos fundamentais da construção do pensar
geográfico e precisa ser elaborada com os alunos de forma mais construtiva e
motivadora. Ensinar orientação em um espaço fechado bloqueia completamente o
resgate da perspectiva do aluno em relação ao seu espaço geográfico e suas análises e
percepções das categorias espaciais que são essenciais neste processo de letramento de
mapas. As atividades concretas, os passeios, a observação e a elaboração de desenhos,
são estratégias que consolidarão o processo de desenvolvimento destas habilidades,
aprofundando a cada etapa o conhecimento anterior, e construindo novos conceitos a partir
dos demais. Apresentamos várias opções de atividades para o desenvolvimento destes
conceitos e as concepções teóricas que fundamentam esta proposta.
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Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
15. Leituras e materiais
complementares
ALMEIDA, R. Cartografia Escolar. São Paulo: Editora Contexto, 2004
As práticas com mapas eram atividades sub-utilizadas nas escolas e se transformaram
hoje em preocupação fundamental para o ensino de geografia. Importantes noções,
como a própria localização espacial, são tratadas com o auxílio de mapas. “Cartografia
escolar” tem como objetivo fomentar a produção e o uso de mapas com jovens e crianças
na sala de aula.
___________. Do Desenho ao Mapa: iniciação e cartografia na escola. São Paulo:
Editora Contexto, 2003.
Qual a diferença entre o desenho ou “mapa de criança” e os “mapas de adulto”, que
freqüentemente encontramos nos atlas e livros escolares? Como as crianças constróem
e compreendem o espaço em seu entorno? E como podem melhor representá-lo? Este
livro mostra os caminhos e descaminhos da aquisição de uma visão do espaço, o livro é
de grande utilidade não só para auxiliar o aluno na leitura de mapas, mas também para
desenvolver sua capacidade de localização para a própria vida.
FRANCISCHETT, M. e MARCHESAN, M. Leitura e Mediação do Mapa no Livro Didático
de Geografia, UNIOESTE, FBE, disponível em http://www.bocc.ubi.pt/pag/francischettmarchesan-leitura-mediacao.pdf, acesso realizado em 15/07/2008.
O texto explora as dificuldades e estratégias para uma nova concepção no uso dos
mapas em sala de aula, sobretudo no Ensino Fundamental.
LOCH, R. FUCKNER M. Do ensino de cartografia na universidade à cartografia que se
ensina na educação básica. Disponível em http://www.cartografia.org.br/xxi_cbc/111-E12.
pdf, acesso realizado em 08/07/2008.
Vários são os problemas de Cartografia que persistem com os professores
que ensinam Geografia, É preciso uma harmonia entre o ensino da Cartografia na
Universidade e o que se ensina na Educação Básica para a superação das dificuldades
com os conteúdos cartográficos.
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
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16. Resumo
O domínio espacial, compreendido aqui no sentido geográfico, e a orientação
apresentam uma série de dificuldades em sua aplicação na sala de aula oriundo
do próprio desconhecimento do professor em relação as práticas necessárias
para melhor desenvolvê-lo e a ausência de informações sobre o processo de
construção dos indivíduos em relação ao seu espaço e a sua projeção gráfica.
Nesta aula, apresentamos a fundamentação das concepções de aprendizagem
para estas habilidades e competências e propomos diversas estratégias e
atividades para construir um conceito de orientação e letramento dos mapas de
forma mais construtiva, lúdica e consistente.
Auto-avaliação
1
2
Qual é a sua compreensão sobre as estruturas mentais que influenciam na
construção das relações espaciais dos indivíduos?
Elabore alguns comentários sobre a percepção individual de espaço e as estratégias
utilizadas para a construção o desenvolvimento da orientação individual e sua
compreensão do espaço como uma construção coletiva.
Referências
ALMEIDA, R. O Espaço Geográfico: ensino e representação.. São Paulo: Editora Contexto, 2002.
ALMEIDA, R. Cartografia Escolar. São Paulo: Editora Contexto, 2004
CYRIACO, B. e CARVALHO, N. O livro didático e o professor de Geografia: algumas
considerações sobre a cartografia no ensino de Geografia. In: Revista Multidisciplinar da
Uniesp - Saber Acadêmico - n º 05 - jun. 2008/
FERREIRA, G.; MARTINELLI, M. Atlas geográfico. Espaço mundial. São Paulo: Editora
Moderna. 1999.
14
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
17. LESANN, J. Os diagramas básicos no ensino de Geografia: tipos, construção, análise,
interpretação e crítica. Belo Horizonte: Revista Geografia e Ensino, n. 11/12, Ano 3, 1991,
pp. 42-47.
___________. A caminho das noções básicas de Geografia: uma proposta metodológica.
Belo Horizonte: Editora Dimensão, 2001. (Col. Vol. 1 e 2 e Livros do professor).
TSUKAMOTO R. T; OLIVEIRA C. C de.Utilização de mapas nas aulas de Geografia em CambéPR. In ASARI, A. Y.;ANTONELLO, I. T.; TSUKAMOTO, R. (Org). Múltiplas Geografias: EnsinoPesquisa-Reflexão. Londrina: AGB/Londrina, 2004.
Anotações
Aula 07 Didática e o Ensino de Geografia
15
19. Didática e o Ensino de Geografia – GEOGRAFIA
EMENTA
Análise dos documentos necessários à organização do ensino; fundamentação teórico-metodológica para a organização
do trabalho docente; tendências atuais do ensino de geografia; a geografia e a interdisciplinaridade; a utilização de
diferentes fontes de informações e linguagens e a prática docente em geografia; situações problemas e a prática de ensino
em geografia.
AUTORAS
n
Sônia de Almeida Pimenta
n
Ana Beatriz Gomes Carvalho
AULAS
Didática e a prática educativa
02
Elementos da didática: os diferentes métodos de ensino
03
Tendências no ensino de Geografia
04
A contribuição dos parâmetros curriculares para o ensino de Geografia
05
O ensino de Geografia, a multiculturalidade e as tecnologias de informação
06
A interdisciplinaridade no ensino de Geografia e a pedagogia de projetos
07
Elementos para o ensino de Geografia (orientação e representação cartográfica)
08
O planejamento na organização da prática pedagógica
09
Teorias e práticas sobre a avaliação
10
A construção de conceitos nos primeiros anos do ensino fundamental
11
Temas em geografia no ensino fundamental
12
Temas em geografia no ensino médio
15
2º Semestre de 2008
01