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HISTÓRIA


              2º REINADO – GOVERNO DE D. PEDRO II
1. LIBERAIS E CONSERVADORES                                                                  1853, do Ministério da Conciliação, assim chamado
                                                                                             porque em sua composição haviam liberais e conser-
       Vimos que, durante a Regência Una de Feijó, a                                         vadores.
vida partidária brasileira se resumiu a dois partidos: o                                            Mesmo após o fim deste ministério e da for-
Progressista e o Regressista. Após o Golpe da Maio-                                          mação de sucessivos ministérios conservadores, a po-
ridade, o Partido Progressista passou a se chamar                                            lítica brasileira continuou marcada pela conciliação.
Partido Liberal e o Regressista, Partido Conservador.                                        De 1862 a 1868, houve uma nova conciliação parti-
       Para garantir a vitória dos deputados liberais                                        dária no exercício do poder. Foi o período de governo
na formação da nova Câmara, o governo liderado pe-                                           da Liga Progressista, formada novamente por liberais
los irmãos Andrada, alterou completamente a prática                                          e conservadores.
eleitoral no Brasil.
       Não bastando a violência física, a fraude foi a                                       4. A REVOLUÇÃO PRAIEIRA
garantia da vitória do Partido Liberal: meninos, es-
                                                                                                    A tradição revolucionária dos pernambucanos
cravos mortos e pessoas que não existiam foram qua-
                                                                                             se manifesta mais uma vez, em 1848, através da Re-
lificadas como eleitores; trocaram a identidade de
                                                                                             volução Praieira.
muitos eleitores e o conteúdo das urnas substituído
                                                                                                    A insurreição dos praieiros mantém-se até
por votos preparados; fraudaram a apuração alterando
                                                                                             1850, quando seu último líder, ainda atuando, Pedro
a contagem dos votos. A partir de então, a fraude e a
                                                                                             Ivo, rendeu-se ao governo. Atraiçoado, preso e envi-
violência tornaram-se práticas comuns nas eleições
                                                                                             ado às fortaleza da Laje (RJ), foge de navio para a I-
brasileiras.
                                                                                             tália, mas no meio do caminho morre de causas
       O gabinete conservador iniciou um processo
                                                                                             naturais. O pretexto para a eclosão da luta foi a queda
de reformas que atestavam seu espírito regressista:
                                                                                             do Ministério Liberal, no Rio de Janeiro, em 1848, e
restauraram o Conselho de Estado e decretaram a re-
                                                                                             a nomeação de um presidente conservador para Per-
forma do Código do Processo Criminal.
                                                                                             nambuco.
2. O PARLAMENTARISMO
                                                                                                   No Manifesto ao Mundo, de autoria de Borges
       Num regime parlamentarista clássico como o                                            da Fonseca, os revolucionários tornavam público seu
inglês – (do qual, aliás, tirou-se o modelo), primeiro                                       programa de reivindicações. Exigiam:
são realizadas eleições para a Câmara dos Deputados,                                                 o fim do império e a proclamação de uma
que elegeria o 1°ministro. Já no caso brasileiro o im-                                               República;
perador nomeava o 1°ministro fazendo valer o título                                                  a extinção do Senado vitalício e do Poder
de palamentarismo às avessas.                                                                        Moderador;
                                                                                                     voto livre e universal;
                                         Poder
                                       Moderador                                                     nacionalização do comércio;
                                      exercido pelo
                                       imperador                                                     liberdade de trabalho para garantir a vida do
      Poder                             Poder                             Poder
                                                                                                     cidadão, princípio defendido também pelos
    Legislativo                        Executivo                        Judiciário
                                                                                                     socialistas utópicos franceses;
                                        Primeiro
                                        Ministro
                                                                                                     reformas sociais e econômicas;
                                                                                                     liberdade de imprensa;
 Câmara dos
 Deputados             Senado
                                      Conselho de
                                        Estado
                                                       Presidentes de
                                                         Províncias
                                                                           Juízes                    reforma judicial que assegurasse as garanti-
                                                                                                     as individuais.
          Parlamento

                                                                                             5. ECONOMIA E SOCIEDADE
              Esquema das relações dos poderes políticos durante o parlamentarismo,
                                                              no Segundo Reinado.
                                                                                                    A sociedade e a economia brasileiras passa-
3. A CONCILIAÇÃO                                                                             ram, na segunda metade do século XIX, por signifi-
                                                                                             cativas transformações que alteraram o processo
       A partir dos anos 50 do século XIX, a grande                                          histórico nacional.
maioria dos políticos entendia que era necessária a
realização de reformas econômico-financeiras que
promovessem o progresso material do país e uma
maior integração nacional. Contudo, sabiam que para
a realização de reformas era preciso o trabalho con-
junto dos dois partidos. Isso levou à criação, em

Editora Exato                                                                           30
HISTÓRIA

                                                                                                      gião, o chamado Oeste Paulista assume a dianteira na
  Sudeste 41%
                                                                                                      economia cafeeira, a partir de meados da década de
                                                                 Sul 7%
                                                                                                      1870.
                                                                 Centro-Oeste 2%                      Exportação do café do vale do Paraíba
                                                                 Norte 3%                                        (em milhares de sacas de 60 kg)
                                                                                                              1821-1830                     3.178
Nordeste 47%                                                                                                  1831-1840                    10.430
                                                                                                              1841-1850                    18.367
                                                                                                              1851-1860                    27.339
                                                                                                              1861-1870                    29.103
                          Distribuição regional da população brasileira em 1872 (%)
                         Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo – História do Brasil.
                                                                                                              1871-1880                    32.509
      No período, ocorreram a extinção do tráfico                                                             1881-1890                    51.631
negreiro, um relativo desenvolvimento industrial, um
extraordinário crescimento da produção cafeeira e da                                                          Produção de Café do Brasil
imigração, a sistematização do trabalho assalariado, a                                                          (em toneladas de café em grão)
abolição da escravidão e, do ponto de vista político, a                                                      1841-1850                  1.027.260
proclamação da República.                                                                                    1851-1860                  1.575.180
Café                                                                                                         1861-1870                  1.730.820
                                                                                                             1871-1880                  2.180.160
                        CULTURA CAFEEIRA NO BRASIL                                                           1881-1890                  3.199.560
                                                                                                             1891-1900                  4.469.460
                Minas Gerais
                                                                                                             1901-1910                  7.835.940
                                       Carangola
                                                      Espírito                                               1911-1920                  7.230.180
                                                       Santo                                                 1921-1930                  8.371.920
Ribeirão
Preto                                                            Oceano Atlântico                                        Elza Nadai e Joana Neves – História do Brasil
                        Juiz de Fora
  São                Rio Preto
 Paulo                                     Rio de Janeiro                                             A imigração
  Campinas     Queluz                    Petrópolis
                                      Rio de                       Primeiro setor em que a                   Para os cafeicultores, tornou-se urgente buscar
São Paulo             Angra dos Reis Janeiro                       cafeicultura se desenvolveu

                                                                   Segundo setor em que a
                                                                                                      uma solução para o agravamento da carência de mão-
     Santos   São Sebastião                                        cafeicultura se desenvolveu        de-obra após a eliminação da fonte africana. A solu-
                                                                                                      ção encontrada foi o incremento da imigração estran-
                  História do Brasil – Luiz Koshiba e Denise Manzi Frayze Pereira
                                                                                                      geira.
       Principal responsável pelas transformações e-
                                                                                                             Pelo sistema de parceria, que se espalhou por
conômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil na
                                                                                                      quase todo o interior paulista, os fazendeiros financi-
segunda metade do século XIX, o café reintegrou a
                                                                                                      avam, através de empréstimos, a vinda e as despesas
economia brasileira nos mercados internacionais,
                                                                                                      de instalação nos primeiros momentos do imigrante
contribuiu decisivamente para o incremento das rela-
                                                                                                      europeu.
ções assalariadas de produção e possibilitou a acumu-
                                                                                                             O imigrante agora estava mais garantido que
lação de capital que, disponível, foi aplicado em sua
                                                                                                      no sistema de parceria. Sua viagem com a família era
própria expansão e em alguns setores urbanos como a
                                                                                                      paga pelo governo, e os gastos, durante o primeiro
indústria, por exemplo. O café foi ainda responsável
                                                                                                      ano de sua estada no Brasil, eram de responsabilidade
pela inversão na balança comercial brasileira que,
                                                                                                      do fazendeiro. Além disso, o imigrante recebia um
depois de uma história de constantes déficits, passou
                                                                                                      salário fixo anual e mais um salário que variava de
a superavitária entre os anos de 1861 e 1885.
                                                                                                      acordo com a colheita.
       Contudo, a economia brasileira continuava es-
truturada no velho modelo agroexportador e depen-                                                     A Era Mauá
dente dos mercados externos. Semelhante ao período                                                           Apesar da inegável prosperidade do império, a
colonial, a economia do país sustentava-se na expor-                                                  arcaica estrutura socioeconômica assentada na agro-
tação de um pequeno número de produtos agrícolas,                                                     exportação escravista e o ainda incipiente mercado
dos quais o café tornou-se “produto-rei”.                                                             consumidor interno não possibilitaram uma industria-
       No processo de desenvolvimento da economia                                                     lização nos moldes europeus. Portanto, o que houve
cafeeira, no Brasil, duas regiões se destacaram como                                                  no Brasil, na segunda metade do século XIX, apesar
grandes produtoras, gerando renda e uma forte oli-                                                    da explosão da “Era Mauá”, não foi mais que um sur-
garquia cafeeira (Os Barões do Café). A primeira a se                                                 to industrial que não tirou o país da dependência eco-
destacar, até meados da década de 1860, foi a região                                                  nômica internacional. Por longos anos ainda, a
do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro. A segunda re-                                                  economia brasileira continuaria baseada na lavoura
                                                                                                      de exportação.
Editora Exato                                                                                    31
HISTÓRIA

A Tarifa Alves Branco                                                                                                    A guerra do Paraguai
       Os privilégios alfandegários ingleses, que boi-                                                                         Os ingleses não podiam tolerar um país que,
cotavam o crescimento do setor industrial brasileiro,                                                                    por meio de uma política excessivamente protecionis-
finalmente foram extintos pela Tarifa Alves Branco                                                                       ta, impedia as importações de manufaturados estran-
de 1844. Com essa medida protecionista de elevação                                                                       geiros. Para a Inglaterra, o modelo econômico
das tarifas alfandegárias, as mercadorias estrangeiras                                                                   paraguaio era muito perigoso e teria de ser destruído
que desembarcavam no Brasil pagariam de 30% a                                                                            antes que nações como Brasil e Argentina o adotas-
60% de impostos alfandegários.                                                                                           sem e se libertassem do jugo capitalista britânico.
                                                                                                                               Para viabilizar a destruição, a Inglaterra articu-
6. POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO REI-
                                                                                                                         lou um conflito e habilmente jogou o Brasil e a Ar-
   NADO                                                                                                                  gentina na guerra destruidora do Paraguai.
Intervenções na bacia do prata                                                                                                 Francisco Solano López, sucessor do pai, em
                                                                                                                         1862, também não confiava no capital privado e por
                            Mato Grosso
                                                                                                                         isso continuou a política intervencionista estatal. Vi-
                                                                                 Territórios perdidos
                                                                                 pelo Paraguai                           sando a um maior incremento industrial, Solano Ló-
        PARAGUAI                                     BRASIL
                                  5                                                                                      pez concedeu bolsas de estudos na Europa a jovens
                                                                                                                         paraguaios e de lá importou técnicos, engenheiros e
                                                                                                                         homens de ciências.
                                     1                                                                                         Uma saída para o mar libertaria o país das altas
                                         2            Guerras
                                                      Platinas
                                                                    Data                Adversários
                                                                                                                         taxas cobradas por Buenos Aires para exportar mer-
                                                 1   Cisplatina   1825-1828 Brasil x Argentina, Uruguai
                                             4       Contra                   Brasil + “colorados” x
                                                                                                                         cadorias paraguaias e o integraria nos mercados in-
   ARGENTINA             (Província da           2   Oribe
                                                                  1850-1851
                                                                              Argentina + “blancos”
                         Cisplatina entre
                         (1816-28)
                                                 3   Contra                                                              ternacionais. O Grande Paraguai seria formado por
                    URUGUAI                  3       Rosas
                                                                    1852      Brasil x Argentina

         Buenos Aires
                                                 4
                                                     Contra
                                                     Aguirre      1864-1865
                                                                           Brasil + Argentina + “colorados”
                                                                           x “blancos”
                                                                                                                         Paraguai, Uruguai, Rio Grande do Sul, parte de Mato
   N0      232     464                           5   do Paraguai 1864-1870
                                                                           Tríplice aliança (Brasil, Argentina
                                                                           e Uruguai) x Paraguai
                                                                                                                         Grosso e as províncias argentinas de Corrientes e En-
           km
                                                                                                                         tre-Rios.
                                                        O Imperialismo brasileiro no Prata.
                                 Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo – História do Brasil.
       Entre 1851 e 1870, o Brasil interveio em vários
conflitos na Bacia do Prata, gerando conflitos com o
Uruguai, a Argentina e o Paraguai, o mais mortífero
conflito da história das Américas.
       A primeira intervenção brasileira deu-se em
1851 (Guerra de Oribe e Rosas). Visava pôr no poder
os colorados de Rivera, no Uruguai; e os federalistas,
na Argentina. O inimigo declarado pelo Brasil é o ar-
gentino Rosas e seu aliado, Manuel Oribe, presidente
uruguaio. O governo brasileiro temia que Rosas reu-
nificasse o antigo vice-reinado do Prata (Argentina,
Uruguai, Paraguai, Bolívia).
       O Uruguai foi invadido pelo RS (Caxias), Ar-                                                                                                               A Guerra do Paraguai
gentina (Urquiza) e por mar (Grenfell). A permanên-                                                                                           Revista Super Interessante Setembro 1999.
cia brasileira no Uruguai durou 2 anos.                                                                                         O conflito tornou-se iminente quando o gover-
       A invasão reforça a presença brasileira no U-                                                                     no brasileiro não aceitou a intermediação de Solano
ruguai. O Barão de Mauá torna-se o maior barqueiro                                                                       López na questão com o Uruguai. Solano rompeu re-
e pecuarista do país; 30% das terras uruguaias são de                                                                    lações com o Brasil, estabeleceu uma aliança políti-
brasileiros.                                                                                                             co-militar com Aguirre e afirmou que não toleraria a
       A segunda intervenção brasileira no Uruguai                                                                       intervenção brasileira no Uruguai.
aconteceu em 1864. Foi mais violenta do que a de                                                                                Nesse mesmo ano, a vitória do almirante Bar-
1851, e visava derrotar e retirar do poder o Presidente                                                                  roso na Batalha do Riachuelo foi fundamental para a
Aguirre. Frente a 11 navios e 8 mil soldados, Aguirre                                                                    libertação do Rio Grande do Sul.
se rende (20/02/1865) e entrega a capital a Flores. O                                                                           Em Janeiro de 1869, Caxias conquistou As-
império brasileiro conta outra vez com um governo                                                                        sunção e pouco depois foi substituído pelo conde
amigo na ex-província Cisplatina.                                                                                        d’Eu. Apesar de conquistada a capital do país, os pa-
                                                                                                                         raguaios continuaram resistindo bravamente. O conde
                                                                                                                         d”Eu empreendeu a Campanha das Cordilheiras, uma

Editora Exato                                                                                                       32
HISTÓRIA

intensa perseguição a Solano López que só terminou              de produção escravista, a nova aristocracia paulista
com a morte em combate do ditador paraguaio em                  introduziu o trabalho assalariado em suas fazendas,
Cerro Cora, em março de 1870. A guerra chegava ao               substituindo a mão-de-obra escrava.
fim. A maior guerra da história do Brasil, que forma            Movimento e Partido Republicano
seu exército e marinha, é também a mais mortífera                      As idéias republicanas eram antigas no Brasil
das Américas. Mata 158 mil brasileiros, 32 mil ar-              e, no fim do período colonial, significavam a revolta
gentinos e uruguaios, 606 mil militares e civis para-           contra a metrópole e a negação do estatuto de colô-
guaios (mais que a Guerra Civil dos EUA, da qual                nia. Mas na época da independência passaram a sig-
utilizam-se armamentos como os fuzis de repetição,              nificar a oposição ao governo.
canhões de cano raiado e couraçados).                                  Os princípios básicos do republicanismo eram
7. A CRISE DO IMPÉRIO                                           a federação, o fim do poder hereditário, soberania na-
                                                                cional e a reintegração política do Brasil com as na-
A Extinção do tráfico negreiro.                                 ções européias e americanas.
        O fim do tráfico contribuiu para uma série de                  Os republicanos pretendiam mudanças sem vi-
transformações na economia brasileira. Os capitais              olência, este movimento elitista não admitia a parti-
que eram investidos no comércio de escravos passam              cipação popular e nem alterações profundas na
a ser aplicados na modernização dos transportes; logo           realidade política e social do país dando ao movimen-
após, surgiram as primeiras ferrovias no Brasil. O sis-         to um caráter reformista e não revolucionário.
tema de comunicações também foi inovado, surgindo               Questão abolicionista
o telégrafo. O sistema financeiro se amplia com o                      Prova da intenção gradualista da elite escravis-
surgimento de muitos bancos.                                    ta foi a aprovação de algumas leis que visavam acal-
        Um fato que está relacionado à Lei Eusébio de           mar os ânimos dos abolicionistas mais exaltados e
Queirós foi à edição da Lei de Terras, também no ano            postergar uma resolução final para a questão. A Lei
de 1850. Por essa lei, ficava determinado que as ter-           do Ventre Livre (1871), aprovada na gestão do Gabi-
ras devolutas (abandonadas) só poderiam ser ocupa-              nete Conservador do Visconde do Rio Branco, de-
das mediante a compra pelo interessado. Desta                   terminava que, a partir de sua entrada em vigor, os
forma, os pequenos agricultores continuaram impos-              filhos de escravas seriam libertos. Mas, determinava
sibilitados de ter acesso à propriedade. Por outro la-          que isso só ocorreria após completarem 21 anos e que
do, esta lei visava dificultar ao máximo a aquisição            seus proprietários receberiam uma indenização. Co-
de terras pelos imigrantes. Uma vez que, após o ano             locada em prática, esta lei produziu poucos efeitos.
de 1850, a classe dominante brasileira passa a incen-                  Entre os anos de 1885 a 1888, a luta abolicio-
tivar a vinda de colonos europeus para substituir o             nista ganha força, radicaliza-se, promovendo fugas
trabalhador compulsório, objetiva-se transformar o              em massa, arrecadando fundos para a compra de al-
imigrante em mão-de-obra para as grandes lavouras e             forrias. Nesta época, praticamente só existiam vozes
não em pequenos proprietários.                                  fortes em favor do escravismo no Vale do Paraíba.
As Transformações econômicas e so-                              Torna-se clara a falta de base social para manter-se o
ciais                                                           sistema. Isso ficou demonstrado no ano de 1888. A
        As transformações econômicas e a urbanização            maioria do parlamento, com exceção de apenas nove
promoveram profundas mudanças sociais e geraram                 deputados, acompanhando os anseios sociais, aprova
aspirações e interesses diferentes dos tradicionais.            o fim da escravidão, em lei que foi sancionada pela
        A nova elite cafeeira do Oeste paulista, ao de-         regente, Princesa Isabel.
senvolver uma mentalidade empresarial moderna, se                      Esse fato foi determinante para a crise do im-
contrapunha à tradicional elite agrária açucareira do           pério. Muitos dos escravistas ainda existentes des-
Nordeste e à cafeeira fluminense e valeparaibana a-             contentam-se profundamente com relação ao regime.
pegadas ao conservadorismo escravista. Dona do po-              Para os libertos, contudo, a liberdade não foi acom-
der econômico, já que o café era a base da                      panhada de melhorias em suas condições de vida.
sustentação econômica nacional, a aristocracia cafe-            Não houve um programa educacional e nem de re-
eira paulista não tinha entretanto uma representação            forma agrária para a população afro-brasileira. Aque-
política compatível com sua força econômica, pois o             les que viviam no campo continuam como
poder era manipulado pela velha e retrógrada aristo-            trabalhadores nas grandes fazendas.
cracia.                                                                Nas cidades, tornam-se excluídos, constituem,
        A aristocracia cafeeira do Oeste paulista intro-        por meio das favelas, uma nova paisagem urbana.
duziu métodos mais modernos de produção. Diferen-
te dos “barões do café” das zonas fluminenses e do
Vale do Paraíba, presos às velhas e arcaicas formas
Editora Exato                                              33
HISTÓRIA

                                         Escravos importados pelo Brasil
                                            No período de 1842-1852
           1842    1843     1844     1845    1846       1847       1848    1849     1850    1851     1852

          17.435 19.095 22.849 19.453 50.324 56.172 60.000 54.000 23.000                    3.287     700


Análise sobre a crise                                                 A cultura popular urbana manifestava-se na
       Em síntese, a crise do Império se deve a uma            organização dos grupos de bairros que dariam origem
série de fatores que, interagindo, levaram à mudança           às sociedades carnavalescas, às escolas de samba e
do regime:                                                     aos conjuntos de chorinho. Também começava a to-
          as transformações ocorridas na sociedade             mar impulso, neste momento, a prática daquele que
          brasileira na segunda metade do século               seria o nosso grande esporte nacional: o Futebol. Nas
          XIX;                                                 artes plásticas, destacaram-se as correntes cubista e
          a decadência da aristocracia tradicional;            impressionista.
          aparecimento de um nova aristocracia cafe-                  A Cultura imperial sofreu este desenvolvimen-
          eira mais dinâmica, moderna, rica e podero-          to após o período de produção cafeeira, pois os ba-
          sa, cuja intervenção na política nacional            rões eram mais viajados, conheciam outros países e
          conduziu o país ao regime republicano;               outras culturas, custeando assim uma produção inte-
          a apatia do governo imperial no atendimen-           lectual mais refinada e um sistema de governo mais
          to às aspirações das diferentes camadas so-          moderno a seu serviço.
          ciais que exigiam mudanças significativas;
                                                                               ESTUDO DIRIGIDO
          a Questão Militar, a Questão Religiosa e a
          abolição da escravidão.                              1    Que partidos destacaram-se no segundo reinado?
       O fim do regime monárquico resultou, portan-
to, numa série de fatores cujo peso não é o mesmo.
Duas forças, de características diversas, devem ser
ressaltadas: o Exército e um setor expressivo da bur-
guesia cafeeira de São Paulo, organizado politica-
mente no Partido Republicano Paulista (PRP). A                 2    Cite duas reivindicações da revolução praieira.
queda do Imperador, em 15 de novembro de 1889,
resultou da iniciativa quase exclusiva do Exército,
que deu um decisivo empurrão para o fim do regime
monárquico. Por outro lado, a burguesia cafeeira
permitiria à República contar com uma base social
                                                               3    Mencione dois fatores que explicam a crise do
estável que nem o Exército nem a população urbana
                                                                    Império e a mudança do regime.
do Rio de Janeiro podiam por si mesmas proporcio-
nar.
8. CULTURA NO IMPÉRIO
       A cultura durante o império também se desen-
volveu. As escolas, que ofereciam ensino para os fi-
lhos da elite, cresceram acompanhando a                                            EXERCÍCIOS
prosperidade econômica e social vivida. O Colégio
Pedro II (RJ) foi criado como modelo para várias es-           1    Na segunda metade do século XIX, considerada a
colas secundárias que foram criadas. No ensino supe-                fase do apogeu, ocorreu no Brasil um surto de
rior, há que se destacar a Escola de Medicina (RJ) e                crescimento de atividades econômicas. Assinale,
as Escolas de Direito (SP e PE).                                    entre as alternativas a seguir, a que corresponde
       O teatro foi muito pouco explorado, destacan-                aos principais fatores que contribuíram para esse
do-se apenas algumas obras de Martins Pena e de ou-                 desenvolvimento:
tros autores. Na poesia, nasce o Parnasianismo, uma                 a) Alta das cotações do café no mercado interna-
corrente que se preocupava com rimas ricas, levando                    cional; extinção do tráfico negreiro, com a lei
a poesia à perfeição e ao afastamento da realidade                     de Eusébio de Queiroz; construção de estradas
social (ex: Olavo Bilac).                                              de ferro, facilitando o escoamento da produ-
                                                                       ção.
Editora Exato                                            34
b) Investimentos particulares em estaleiros, valo-             d) a crise da economia agrícola cafeeira, com a
       rização da mão-de-obra negra, passando o ex-                   abolição da escravatura, ocasionando a aplica-
       escravo a receber salários; desenvolvimento da                 ção de capital estrangeiro no setor fabril.
       exportação cafeeira.
    c) Valorização da mão-de-obra imigrante em
       substituição à mão-de-obra escrava; redução             4   Assistiram-se, no decorrer de 1988, às mais di-
       das tarifas alfandegárias; construção de estra-             versas comemorações dos cem anos de abolição
       das de ferro, facilitando as comunicações.                  da escravidão. Ao mesmo tempo, presenciaram-
    d) A vinda de imigrantes para substituir a mão-                se protestos de grupos ligados ao movimento ne-
       de-obra escrava; a substituição das grandes                 gro contra a idealização da figura da princesa I-
       propriedades de café por minifúndios; investi-              sabel como grande libertadora dos escravos.
       mentos particulares na plantação de outros                  I – Os movimentos negros, após a emancipação,
       produtos no lugar do decadente café.                           passaram a adotar posições racistas com rela-
                                                                      ção aos homens brancos brasileiros.
                                                                   II – A história oficial da escravidão não leva em
2   O declínio da monarquia e a propagação dos ide-                   consideração toda a luta da raça negra por sua
    ais republicanos, no final do século passado, li-                 liberdade.
    gam-se sem dúvida, aos efeitos que a guerra do                 III – A abolição não libertou os negros da situa-
    Paraguai nos deixou como herança, isto porque:                    ção social inferior que lhes foi imposta pelos
    a) a guerra acelerou as contradições internas, aba-               brancos escravistas.
       lando a mais sólida base da monarquia - a es-               IV – A comemoração de um fato histórico não
       cravidão – e fazendo emergir um exército com                   significa que os negros ocupem na escala eco-
       consciência de seu poder.                                      nômica, atualmente, papéis proporcionais aos
    b) a guerra contra a nação paraguaia acarretou pa-                dos brancos.
       ra o Brasil uma redução considerável de sua                 Marque a alternativa CORRETA:
       dívida externa, bem como uma crescente influ-               a) Estão corretos somente os itens I, II, III.
       ência política e social do exército.                        b) Estão corretos somente os itens I, III, IV.
    c) a derrota brasileira obrigou a monarquia a fa-              c) Estão corretos somente os itens II, III, IV.
       zer concessões territoriais que abalaram a eco-             d) Todos os itens estão corretos.
       nomia, aumentando consideravelmente a
       dívida externa do Brasil, o que levou D. Pedro
       II a recorrer aos empréstimos ingleses.                                     GABARITO
    d) embora nossa situação econômica se consoli-
       dasse com a guerra, a monarquia não procurou            Estudo Dirigido
       reconciliar as duas facções de nossa política na        1   Partidos Liberal e Conservador.
       época, o partido liberal e o conservador, levan-
       do este último a patrocinar o golpe que derru-          2   Voto livre e universal e nacionalização do co-
       bou D. Pedro II.                                            mércio.
                                                               3 A decadência da aristocracia tradicional e as
3   Há mais de século, teve início no Brasil um pro-             questões militar, abolicionista e religiosa.
    cesso de industrialização e crescimento urbano             Exercícios
    acelerado. Podemos identificar, como condições
                                                               1   A
    que favoreceram essas transformações:
    a) a crise da economia açucareira no nordeste que          2   A
       propiciou um intenso êxodo rural e uma grande           3   B
       aplicação de capitais no setor têxtil em outras
       regiões do país, mas principalmente na região           4   C
       norte.
    b) o que favoreceu essas transformações foram os
       lucros conseguidos com a produção e a comer-
       cialização do café, que deram origem ao capi-
       tal para a instalação de industrias e importação
       de mão-de-obra estrangeira.
    c) a crise provocada pela abolição do tráfico ne-
       greiro, que favoreceu a criação de leis que le-
       galizasse a entrada de estrangeiro no país como
       mão-de-obra específica para o setor agrário.
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Segundo Reinado

  • 1. HISTÓRIA 2º REINADO – GOVERNO DE D. PEDRO II 1. LIBERAIS E CONSERVADORES 1853, do Ministério da Conciliação, assim chamado porque em sua composição haviam liberais e conser- Vimos que, durante a Regência Una de Feijó, a vadores. vida partidária brasileira se resumiu a dois partidos: o Mesmo após o fim deste ministério e da for- Progressista e o Regressista. Após o Golpe da Maio- mação de sucessivos ministérios conservadores, a po- ridade, o Partido Progressista passou a se chamar lítica brasileira continuou marcada pela conciliação. Partido Liberal e o Regressista, Partido Conservador. De 1862 a 1868, houve uma nova conciliação parti- Para garantir a vitória dos deputados liberais dária no exercício do poder. Foi o período de governo na formação da nova Câmara, o governo liderado pe- da Liga Progressista, formada novamente por liberais los irmãos Andrada, alterou completamente a prática e conservadores. eleitoral no Brasil. Não bastando a violência física, a fraude foi a 4. A REVOLUÇÃO PRAIEIRA garantia da vitória do Partido Liberal: meninos, es- A tradição revolucionária dos pernambucanos cravos mortos e pessoas que não existiam foram qua- se manifesta mais uma vez, em 1848, através da Re- lificadas como eleitores; trocaram a identidade de volução Praieira. muitos eleitores e o conteúdo das urnas substituído A insurreição dos praieiros mantém-se até por votos preparados; fraudaram a apuração alterando 1850, quando seu último líder, ainda atuando, Pedro a contagem dos votos. A partir de então, a fraude e a Ivo, rendeu-se ao governo. Atraiçoado, preso e envi- violência tornaram-se práticas comuns nas eleições ado às fortaleza da Laje (RJ), foge de navio para a I- brasileiras. tália, mas no meio do caminho morre de causas O gabinete conservador iniciou um processo naturais. O pretexto para a eclosão da luta foi a queda de reformas que atestavam seu espírito regressista: do Ministério Liberal, no Rio de Janeiro, em 1848, e restauraram o Conselho de Estado e decretaram a re- a nomeação de um presidente conservador para Per- forma do Código do Processo Criminal. nambuco. 2. O PARLAMENTARISMO No Manifesto ao Mundo, de autoria de Borges Num regime parlamentarista clássico como o da Fonseca, os revolucionários tornavam público seu inglês – (do qual, aliás, tirou-se o modelo), primeiro programa de reivindicações. Exigiam: são realizadas eleições para a Câmara dos Deputados, o fim do império e a proclamação de uma que elegeria o 1°ministro. Já no caso brasileiro o im- República; perador nomeava o 1°ministro fazendo valer o título a extinção do Senado vitalício e do Poder de palamentarismo às avessas. Moderador; voto livre e universal; Poder Moderador nacionalização do comércio; exercido pelo imperador liberdade de trabalho para garantir a vida do Poder Poder Poder cidadão, princípio defendido também pelos Legislativo Executivo Judiciário socialistas utópicos franceses; Primeiro Ministro reformas sociais e econômicas; liberdade de imprensa; Câmara dos Deputados Senado Conselho de Estado Presidentes de Províncias Juízes reforma judicial que assegurasse as garanti- as individuais. Parlamento 5. ECONOMIA E SOCIEDADE Esquema das relações dos poderes políticos durante o parlamentarismo, no Segundo Reinado. A sociedade e a economia brasileiras passa- 3. A CONCILIAÇÃO ram, na segunda metade do século XIX, por signifi- cativas transformações que alteraram o processo A partir dos anos 50 do século XIX, a grande histórico nacional. maioria dos políticos entendia que era necessária a realização de reformas econômico-financeiras que promovessem o progresso material do país e uma maior integração nacional. Contudo, sabiam que para a realização de reformas era preciso o trabalho con- junto dos dois partidos. Isso levou à criação, em Editora Exato 30
  • 2. HISTÓRIA gião, o chamado Oeste Paulista assume a dianteira na Sudeste 41% economia cafeeira, a partir de meados da década de Sul 7% 1870. Centro-Oeste 2% Exportação do café do vale do Paraíba Norte 3% (em milhares de sacas de 60 kg) 1821-1830 3.178 Nordeste 47% 1831-1840 10.430 1841-1850 18.367 1851-1860 27.339 1861-1870 29.103 Distribuição regional da população brasileira em 1872 (%) Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo – História do Brasil. 1871-1880 32.509 No período, ocorreram a extinção do tráfico 1881-1890 51.631 negreiro, um relativo desenvolvimento industrial, um extraordinário crescimento da produção cafeeira e da Produção de Café do Brasil imigração, a sistematização do trabalho assalariado, a (em toneladas de café em grão) abolição da escravidão e, do ponto de vista político, a 1841-1850 1.027.260 proclamação da República. 1851-1860 1.575.180 Café 1861-1870 1.730.820 1871-1880 2.180.160 CULTURA CAFEEIRA NO BRASIL 1881-1890 3.199.560 1891-1900 4.469.460 Minas Gerais 1901-1910 7.835.940 Carangola Espírito 1911-1920 7.230.180 Santo 1921-1930 8.371.920 Ribeirão Preto Oceano Atlântico Elza Nadai e Joana Neves – História do Brasil Juiz de Fora São Rio Preto Paulo Rio de Janeiro A imigração Campinas Queluz Petrópolis Rio de Primeiro setor em que a Para os cafeicultores, tornou-se urgente buscar São Paulo Angra dos Reis Janeiro cafeicultura se desenvolveu Segundo setor em que a uma solução para o agravamento da carência de mão- Santos São Sebastião cafeicultura se desenvolveu de-obra após a eliminação da fonte africana. A solu- ção encontrada foi o incremento da imigração estran- História do Brasil – Luiz Koshiba e Denise Manzi Frayze Pereira geira. Principal responsável pelas transformações e- Pelo sistema de parceria, que se espalhou por conômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil na quase todo o interior paulista, os fazendeiros financi- segunda metade do século XIX, o café reintegrou a avam, através de empréstimos, a vinda e as despesas economia brasileira nos mercados internacionais, de instalação nos primeiros momentos do imigrante contribuiu decisivamente para o incremento das rela- europeu. ções assalariadas de produção e possibilitou a acumu- O imigrante agora estava mais garantido que lação de capital que, disponível, foi aplicado em sua no sistema de parceria. Sua viagem com a família era própria expansão e em alguns setores urbanos como a paga pelo governo, e os gastos, durante o primeiro indústria, por exemplo. O café foi ainda responsável ano de sua estada no Brasil, eram de responsabilidade pela inversão na balança comercial brasileira que, do fazendeiro. Além disso, o imigrante recebia um depois de uma história de constantes déficits, passou salário fixo anual e mais um salário que variava de a superavitária entre os anos de 1861 e 1885. acordo com a colheita. Contudo, a economia brasileira continuava es- truturada no velho modelo agroexportador e depen- A Era Mauá dente dos mercados externos. Semelhante ao período Apesar da inegável prosperidade do império, a colonial, a economia do país sustentava-se na expor- arcaica estrutura socioeconômica assentada na agro- tação de um pequeno número de produtos agrícolas, exportação escravista e o ainda incipiente mercado dos quais o café tornou-se “produto-rei”. consumidor interno não possibilitaram uma industria- No processo de desenvolvimento da economia lização nos moldes europeus. Portanto, o que houve cafeeira, no Brasil, duas regiões se destacaram como no Brasil, na segunda metade do século XIX, apesar grandes produtoras, gerando renda e uma forte oli- da explosão da “Era Mauá”, não foi mais que um sur- garquia cafeeira (Os Barões do Café). A primeira a se to industrial que não tirou o país da dependência eco- destacar, até meados da década de 1860, foi a região nômica internacional. Por longos anos ainda, a do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro. A segunda re- economia brasileira continuaria baseada na lavoura de exportação. Editora Exato 31
  • 3. HISTÓRIA A Tarifa Alves Branco A guerra do Paraguai Os privilégios alfandegários ingleses, que boi- Os ingleses não podiam tolerar um país que, cotavam o crescimento do setor industrial brasileiro, por meio de uma política excessivamente protecionis- finalmente foram extintos pela Tarifa Alves Branco ta, impedia as importações de manufaturados estran- de 1844. Com essa medida protecionista de elevação geiros. Para a Inglaterra, o modelo econômico das tarifas alfandegárias, as mercadorias estrangeiras paraguaio era muito perigoso e teria de ser destruído que desembarcavam no Brasil pagariam de 30% a antes que nações como Brasil e Argentina o adotas- 60% de impostos alfandegários. sem e se libertassem do jugo capitalista britânico. Para viabilizar a destruição, a Inglaterra articu- 6. POLÍTICA EXTERNA DO SEGUNDO REI- lou um conflito e habilmente jogou o Brasil e a Ar- NADO gentina na guerra destruidora do Paraguai. Intervenções na bacia do prata Francisco Solano López, sucessor do pai, em 1862, também não confiava no capital privado e por Mato Grosso isso continuou a política intervencionista estatal. Vi- Territórios perdidos pelo Paraguai sando a um maior incremento industrial, Solano Ló- PARAGUAI BRASIL 5 pez concedeu bolsas de estudos na Europa a jovens paraguaios e de lá importou técnicos, engenheiros e homens de ciências. 1 Uma saída para o mar libertaria o país das altas 2 Guerras Platinas Data Adversários taxas cobradas por Buenos Aires para exportar mer- 1 Cisplatina 1825-1828 Brasil x Argentina, Uruguai 4 Contra Brasil + “colorados” x cadorias paraguaias e o integraria nos mercados in- ARGENTINA (Província da 2 Oribe 1850-1851 Argentina + “blancos” Cisplatina entre (1816-28) 3 Contra ternacionais. O Grande Paraguai seria formado por URUGUAI 3 Rosas 1852 Brasil x Argentina Buenos Aires 4 Contra Aguirre 1864-1865 Brasil + Argentina + “colorados” x “blancos” Paraguai, Uruguai, Rio Grande do Sul, parte de Mato N0 232 464 5 do Paraguai 1864-1870 Tríplice aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) x Paraguai Grosso e as províncias argentinas de Corrientes e En- km tre-Rios. O Imperialismo brasileiro no Prata. Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo – História do Brasil. Entre 1851 e 1870, o Brasil interveio em vários conflitos na Bacia do Prata, gerando conflitos com o Uruguai, a Argentina e o Paraguai, o mais mortífero conflito da história das Américas. A primeira intervenção brasileira deu-se em 1851 (Guerra de Oribe e Rosas). Visava pôr no poder os colorados de Rivera, no Uruguai; e os federalistas, na Argentina. O inimigo declarado pelo Brasil é o ar- gentino Rosas e seu aliado, Manuel Oribe, presidente uruguaio. O governo brasileiro temia que Rosas reu- nificasse o antigo vice-reinado do Prata (Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia). O Uruguai foi invadido pelo RS (Caxias), Ar- A Guerra do Paraguai gentina (Urquiza) e por mar (Grenfell). A permanên- Revista Super Interessante Setembro 1999. cia brasileira no Uruguai durou 2 anos. O conflito tornou-se iminente quando o gover- A invasão reforça a presença brasileira no U- no brasileiro não aceitou a intermediação de Solano ruguai. O Barão de Mauá torna-se o maior barqueiro López na questão com o Uruguai. Solano rompeu re- e pecuarista do país; 30% das terras uruguaias são de lações com o Brasil, estabeleceu uma aliança políti- brasileiros. co-militar com Aguirre e afirmou que não toleraria a A segunda intervenção brasileira no Uruguai intervenção brasileira no Uruguai. aconteceu em 1864. Foi mais violenta do que a de Nesse mesmo ano, a vitória do almirante Bar- 1851, e visava derrotar e retirar do poder o Presidente roso na Batalha do Riachuelo foi fundamental para a Aguirre. Frente a 11 navios e 8 mil soldados, Aguirre libertação do Rio Grande do Sul. se rende (20/02/1865) e entrega a capital a Flores. O Em Janeiro de 1869, Caxias conquistou As- império brasileiro conta outra vez com um governo sunção e pouco depois foi substituído pelo conde amigo na ex-província Cisplatina. d’Eu. Apesar de conquistada a capital do país, os pa- raguaios continuaram resistindo bravamente. O conde d”Eu empreendeu a Campanha das Cordilheiras, uma Editora Exato 32
  • 4. HISTÓRIA intensa perseguição a Solano López que só terminou de produção escravista, a nova aristocracia paulista com a morte em combate do ditador paraguaio em introduziu o trabalho assalariado em suas fazendas, Cerro Cora, em março de 1870. A guerra chegava ao substituindo a mão-de-obra escrava. fim. A maior guerra da história do Brasil, que forma Movimento e Partido Republicano seu exército e marinha, é também a mais mortífera As idéias republicanas eram antigas no Brasil das Américas. Mata 158 mil brasileiros, 32 mil ar- e, no fim do período colonial, significavam a revolta gentinos e uruguaios, 606 mil militares e civis para- contra a metrópole e a negação do estatuto de colô- guaios (mais que a Guerra Civil dos EUA, da qual nia. Mas na época da independência passaram a sig- utilizam-se armamentos como os fuzis de repetição, nificar a oposição ao governo. canhões de cano raiado e couraçados). Os princípios básicos do republicanismo eram 7. A CRISE DO IMPÉRIO a federação, o fim do poder hereditário, soberania na- cional e a reintegração política do Brasil com as na- A Extinção do tráfico negreiro. ções européias e americanas. O fim do tráfico contribuiu para uma série de Os republicanos pretendiam mudanças sem vi- transformações na economia brasileira. Os capitais olência, este movimento elitista não admitia a parti- que eram investidos no comércio de escravos passam cipação popular e nem alterações profundas na a ser aplicados na modernização dos transportes; logo realidade política e social do país dando ao movimen- após, surgiram as primeiras ferrovias no Brasil. O sis- to um caráter reformista e não revolucionário. tema de comunicações também foi inovado, surgindo Questão abolicionista o telégrafo. O sistema financeiro se amplia com o Prova da intenção gradualista da elite escravis- surgimento de muitos bancos. ta foi a aprovação de algumas leis que visavam acal- Um fato que está relacionado à Lei Eusébio de mar os ânimos dos abolicionistas mais exaltados e Queirós foi à edição da Lei de Terras, também no ano postergar uma resolução final para a questão. A Lei de 1850. Por essa lei, ficava determinado que as ter- do Ventre Livre (1871), aprovada na gestão do Gabi- ras devolutas (abandonadas) só poderiam ser ocupa- nete Conservador do Visconde do Rio Branco, de- das mediante a compra pelo interessado. Desta terminava que, a partir de sua entrada em vigor, os forma, os pequenos agricultores continuaram impos- filhos de escravas seriam libertos. Mas, determinava sibilitados de ter acesso à propriedade. Por outro la- que isso só ocorreria após completarem 21 anos e que do, esta lei visava dificultar ao máximo a aquisição seus proprietários receberiam uma indenização. Co- de terras pelos imigrantes. Uma vez que, após o ano locada em prática, esta lei produziu poucos efeitos. de 1850, a classe dominante brasileira passa a incen- Entre os anos de 1885 a 1888, a luta abolicio- tivar a vinda de colonos europeus para substituir o nista ganha força, radicaliza-se, promovendo fugas trabalhador compulsório, objetiva-se transformar o em massa, arrecadando fundos para a compra de al- imigrante em mão-de-obra para as grandes lavouras e forrias. Nesta época, praticamente só existiam vozes não em pequenos proprietários. fortes em favor do escravismo no Vale do Paraíba. As Transformações econômicas e so- Torna-se clara a falta de base social para manter-se o ciais sistema. Isso ficou demonstrado no ano de 1888. A As transformações econômicas e a urbanização maioria do parlamento, com exceção de apenas nove promoveram profundas mudanças sociais e geraram deputados, acompanhando os anseios sociais, aprova aspirações e interesses diferentes dos tradicionais. o fim da escravidão, em lei que foi sancionada pela A nova elite cafeeira do Oeste paulista, ao de- regente, Princesa Isabel. senvolver uma mentalidade empresarial moderna, se Esse fato foi determinante para a crise do im- contrapunha à tradicional elite agrária açucareira do pério. Muitos dos escravistas ainda existentes des- Nordeste e à cafeeira fluminense e valeparaibana a- contentam-se profundamente com relação ao regime. pegadas ao conservadorismo escravista. Dona do po- Para os libertos, contudo, a liberdade não foi acom- der econômico, já que o café era a base da panhada de melhorias em suas condições de vida. sustentação econômica nacional, a aristocracia cafe- Não houve um programa educacional e nem de re- eira paulista não tinha entretanto uma representação forma agrária para a população afro-brasileira. Aque- política compatível com sua força econômica, pois o les que viviam no campo continuam como poder era manipulado pela velha e retrógrada aristo- trabalhadores nas grandes fazendas. cracia. Nas cidades, tornam-se excluídos, constituem, A aristocracia cafeeira do Oeste paulista intro- por meio das favelas, uma nova paisagem urbana. duziu métodos mais modernos de produção. Diferen- te dos “barões do café” das zonas fluminenses e do Vale do Paraíba, presos às velhas e arcaicas formas Editora Exato 33
  • 5. HISTÓRIA Escravos importados pelo Brasil No período de 1842-1852 1842 1843 1844 1845 1846 1847 1848 1849 1850 1851 1852 17.435 19.095 22.849 19.453 50.324 56.172 60.000 54.000 23.000 3.287 700 Análise sobre a crise A cultura popular urbana manifestava-se na Em síntese, a crise do Império se deve a uma organização dos grupos de bairros que dariam origem série de fatores que, interagindo, levaram à mudança às sociedades carnavalescas, às escolas de samba e do regime: aos conjuntos de chorinho. Também começava a to- as transformações ocorridas na sociedade mar impulso, neste momento, a prática daquele que brasileira na segunda metade do século seria o nosso grande esporte nacional: o Futebol. Nas XIX; artes plásticas, destacaram-se as correntes cubista e a decadência da aristocracia tradicional; impressionista. aparecimento de um nova aristocracia cafe- A Cultura imperial sofreu este desenvolvimen- eira mais dinâmica, moderna, rica e podero- to após o período de produção cafeeira, pois os ba- sa, cuja intervenção na política nacional rões eram mais viajados, conheciam outros países e conduziu o país ao regime republicano; outras culturas, custeando assim uma produção inte- a apatia do governo imperial no atendimen- lectual mais refinada e um sistema de governo mais to às aspirações das diferentes camadas so- moderno a seu serviço. ciais que exigiam mudanças significativas; ESTUDO DIRIGIDO a Questão Militar, a Questão Religiosa e a abolição da escravidão. 1 Que partidos destacaram-se no segundo reinado? O fim do regime monárquico resultou, portan- to, numa série de fatores cujo peso não é o mesmo. Duas forças, de características diversas, devem ser ressaltadas: o Exército e um setor expressivo da bur- guesia cafeeira de São Paulo, organizado politica- mente no Partido Republicano Paulista (PRP). A 2 Cite duas reivindicações da revolução praieira. queda do Imperador, em 15 de novembro de 1889, resultou da iniciativa quase exclusiva do Exército, que deu um decisivo empurrão para o fim do regime monárquico. Por outro lado, a burguesia cafeeira permitiria à República contar com uma base social 3 Mencione dois fatores que explicam a crise do estável que nem o Exército nem a população urbana Império e a mudança do regime. do Rio de Janeiro podiam por si mesmas proporcio- nar. 8. CULTURA NO IMPÉRIO A cultura durante o império também se desen- volveu. As escolas, que ofereciam ensino para os fi- lhos da elite, cresceram acompanhando a EXERCÍCIOS prosperidade econômica e social vivida. O Colégio Pedro II (RJ) foi criado como modelo para várias es- 1 Na segunda metade do século XIX, considerada a colas secundárias que foram criadas. No ensino supe- fase do apogeu, ocorreu no Brasil um surto de rior, há que se destacar a Escola de Medicina (RJ) e crescimento de atividades econômicas. Assinale, as Escolas de Direito (SP e PE). entre as alternativas a seguir, a que corresponde O teatro foi muito pouco explorado, destacan- aos principais fatores que contribuíram para esse do-se apenas algumas obras de Martins Pena e de ou- desenvolvimento: tros autores. Na poesia, nasce o Parnasianismo, uma a) Alta das cotações do café no mercado interna- corrente que se preocupava com rimas ricas, levando cional; extinção do tráfico negreiro, com a lei a poesia à perfeição e ao afastamento da realidade de Eusébio de Queiroz; construção de estradas social (ex: Olavo Bilac). de ferro, facilitando o escoamento da produ- ção. Editora Exato 34
  • 6. b) Investimentos particulares em estaleiros, valo- d) a crise da economia agrícola cafeeira, com a rização da mão-de-obra negra, passando o ex- abolição da escravatura, ocasionando a aplica- escravo a receber salários; desenvolvimento da ção de capital estrangeiro no setor fabril. exportação cafeeira. c) Valorização da mão-de-obra imigrante em substituição à mão-de-obra escrava; redução 4 Assistiram-se, no decorrer de 1988, às mais di- das tarifas alfandegárias; construção de estra- versas comemorações dos cem anos de abolição das de ferro, facilitando as comunicações. da escravidão. Ao mesmo tempo, presenciaram- d) A vinda de imigrantes para substituir a mão- se protestos de grupos ligados ao movimento ne- de-obra escrava; a substituição das grandes gro contra a idealização da figura da princesa I- propriedades de café por minifúndios; investi- sabel como grande libertadora dos escravos. mentos particulares na plantação de outros I – Os movimentos negros, após a emancipação, produtos no lugar do decadente café. passaram a adotar posições racistas com rela- ção aos homens brancos brasileiros. II – A história oficial da escravidão não leva em 2 O declínio da monarquia e a propagação dos ide- consideração toda a luta da raça negra por sua ais republicanos, no final do século passado, li- liberdade. gam-se sem dúvida, aos efeitos que a guerra do III – A abolição não libertou os negros da situa- Paraguai nos deixou como herança, isto porque: ção social inferior que lhes foi imposta pelos a) a guerra acelerou as contradições internas, aba- brancos escravistas. lando a mais sólida base da monarquia - a es- IV – A comemoração de um fato histórico não cravidão – e fazendo emergir um exército com significa que os negros ocupem na escala eco- consciência de seu poder. nômica, atualmente, papéis proporcionais aos b) a guerra contra a nação paraguaia acarretou pa- dos brancos. ra o Brasil uma redução considerável de sua Marque a alternativa CORRETA: dívida externa, bem como uma crescente influ- a) Estão corretos somente os itens I, II, III. ência política e social do exército. b) Estão corretos somente os itens I, III, IV. c) a derrota brasileira obrigou a monarquia a fa- c) Estão corretos somente os itens II, III, IV. zer concessões territoriais que abalaram a eco- d) Todos os itens estão corretos. nomia, aumentando consideravelmente a dívida externa do Brasil, o que levou D. Pedro II a recorrer aos empréstimos ingleses. GABARITO d) embora nossa situação econômica se consoli- dasse com a guerra, a monarquia não procurou Estudo Dirigido reconciliar as duas facções de nossa política na 1 Partidos Liberal e Conservador. época, o partido liberal e o conservador, levan- do este último a patrocinar o golpe que derru- 2 Voto livre e universal e nacionalização do co- bou D. Pedro II. mércio. 3 A decadência da aristocracia tradicional e as 3 Há mais de século, teve início no Brasil um pro- questões militar, abolicionista e religiosa. cesso de industrialização e crescimento urbano Exercícios acelerado. Podemos identificar, como condições 1 A que favoreceram essas transformações: a) a crise da economia açucareira no nordeste que 2 A propiciou um intenso êxodo rural e uma grande 3 B aplicação de capitais no setor têxtil em outras regiões do país, mas principalmente na região 4 C norte. b) o que favoreceu essas transformações foram os lucros conseguidos com a produção e a comer- cialização do café, que deram origem ao capi- tal para a instalação de industrias e importação de mão-de-obra estrangeira. c) a crise provocada pela abolição do tráfico ne- greiro, que favoreceu a criação de leis que le- galizasse a entrada de estrangeiro no país como mão-de-obra específica para o setor agrário. Editora Exato 35