5. Abortamento: incidência
• Incidência: 15% de todas as
gestações terminam
espontaneamente entre 4-20
semanas.
• O abortamento pode ser
espontâneo ou provocado
6. Abortamento: classificação segundo a idade
gestacional
Abortamento precoce: até 12 semanas de gestação
¾ dos casos
Abortamento tardio: após 12 semanas
7. Abortamento: etipatogenia (1)
Alterações cromossomiais (60%)
Ovopatias
Anomalias do ovo
Placentopatias
Patologia das membranas ( amnionite, corionite, rpm, etc)
Gemelidade
25. Achados histeroscópicos no abortamento
habitual
• VALOR DA HISTEROSCOPIA NA SEMIÓTICA DO ABORTAMENTO HABITUAL
• Melki LAH, Oliveira MAP, Aranha R, Tostes Filho W, Oliveira HC
• Disciplina de Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, Brasil
• Objetivos: Avaliar os achados histeroscópicos nos casos de abortamento habitual
(AH) que compromete 0,2 a 0,3% de todas as gestações.
• Resultados: 1) histeroscopia normal 35%(7); 2) sinéquia intra-uterina 20% (4); 3)
distorsão intracavitária (achatamento) 10% (2); 4) mioma submucoso + estenose do
OI 5% (1) ; 5) mioma submucoso + pólipo endometrial 5% (1); 6) útero subseptado
5% (1); 7) estenose de OI 10%; 8) estenose de OI + sinéquia cervical 5% (1); 9)
estenose + sinéquia + pólipo cervical 5% (1); total 100% (20).
• Conclusões: O exame histeroscópico foi de grande valia porque não só pode afastar
fidedignamente causas uterinas de AH, como, também, ao diagnosticar de visu
lesões e distorções intracavitárias e lesões e alterações cervicais, torna possível o
planejamento fidedigno e tratamento oportuno das mesmas.
26. Conduta na ameaça de abortamento
Repouso físico
Tranquilidade psicológica
Abstnência sexual
Antiespasmódico se necessário
27. Conduta no abortamento inevitável
Hemorragia intensa
Imediato esvaziamento após prévia dilatação se necessário
Winteragem complementada pela curetagem ou vácuo- aspiração
Hemorragia discreta
Colo não praticável
Infusão de solução ocitócica
Colo praticável
Esvasiamento uterino
32. Conduta no abortamento incompleto
Esvaziamento uterino
Winteragem
Curetagem ou
Vácuo-aspiração
33. Conduta no abortamento infectado
Remoção de restos ovulares mais
Miotônicos ( ocitocina 40 UI em 500 ml de soro glicosado 20
gotas/minuto; methergin)
Correção da volemia ( soro ou sangue)
Prevenção da aloimunização em pacientes Rh negativo quando
indicada
Antibioticoterapia de amplo espectro em posologia elevada
Cefalotina 2 g EV a cada 6 horas
Metronidazol 1 g EV a cada 8 horas
Gentamicina 2mg/kg de peso EV, a cada 8 horas ( casos com peritonite)
Profilaxia antitetânica
34. Conduta no abortamento retido
Formas clínicas
Retensão de ovo morto ou missed abortion
Ovo anembrionado ou ovo cego
Após a morte fetal a expulsão se dá habitualmente em
menos de 4 semanas
O risco de coagulopatia (hipofibrinogenemia) aumenta
após esse período
Conduta
Interromper a gravidez (técnica segundo a idade
gestacional); exame prévio da situação
hematológica.
38. • TRATAMENTO DO ABORTAMENTO INCOMPLETO POR ASPIRAÇÃO
• MANUAL OU CURETAGEM
• PEDRO PAULO PEREIRA*, ANDRÉ LUIZ MALAVASI LONGO DE OLIVEIRA, FÁBIO ROBERTO CABAR, ADRIANO R. ARMELIN,
CARLOS ALBERTO MAGANHA, MARCELO ZUGAIB
• Trabalho realizado na Clínica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da U
MÉTODOS. Cinqüenta pacientes no grupo AMIU e 50 pacientes no grupo D&C foram incluídas prospectivamente de maneira
aleatória. Critérios de inclusão: abortamento espontâneo, idade gestacional de até 13 semanas, colo pérvio, espessura
endometrial maior que 15 mm, estado afebril, hemoglobina superior a 10 g/dl. Amostras sangüíneas foram colhidas antes e
após os procedimentos cirúrgicos para controle dos níveis de hemoglobina; anestesia foi realizada em todos os casos. O
tempo para realização de cada procedimento cirúrgico foi cronometrado.
RESULTADOS. Os grupos eram semelhantes quanto à idade gestacional (9,93±2,40; 9,73±2,58, p 0,71),
espessura
endometrial antes da cirurgia (22,14±4,80; 22,68±5,68, p 0,65). Não foram observadas complicações cirúrgicas ou
anestésicas em nenhum grupo. Os tempos de realização do procedimento e internação foram significativamente menores
nas pacientes do grupo AMIU (3,71; 10,18 min, p < 0,001) (14,18; 23,06 h, p 0,03). O decréscimo nos níveis de
hemoglobina após o procedimento cirúrgico foi maior no grupo D&C (p= 0,02).
CONCLUSÃO. A AMIU possibilita menor perda sangüínea, requer menor tempo de
realização do procedimento e menor
tempo de internação hospitalar. Entretanto, ambos os procedimentos cirúrgicos
mostraram-se eficientes para o tratamento
de abortamentos incompletos no primeiro trimestre da gestação, não havendo
complicações após a realização dos
tratamentos.