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FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI
PÓS-GRADUAÇÃO BAGOZZI
NÚCLEO DE CIÊNCIAS DA VIDA E DA SOCIEDADE
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO lato sensu – ESPECIALIZAÇÃO EM
PSICOPEDAGOGIA
GENNY GOLUBI DE MORAES: A PESSOA E A PROFISSIONAL NA
PSICOPEDAGOGIA
Ana Paula Demetrio
Nilza dos Santos
1. BIOGRAFIA
Genny Golubi de Moraes se formou em Psicopedagogia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na qual coordenou a formação em
Psicopedagogia de inúmeros profissionais que hoje desenvolvem importantes trabalhos
na área. A sua formação recebeu influencia marcante da psicopedagogia francesa, mas
sempre soube se manter como profissional criativa, que seguia seu próprio caminho
profissional.
A autora desenvolveu um trabalho pessoal e pioneiro na solução de problemas de
aprendizagem escolar das crianças, priorizou sempre o trabalho preventivo, deixando
clara a sua preocupação no sentido de fazer com que cada vez menos crianças
chegassem à clínica por problemas escolares (BOSSA, 1994, p. 45).
Em maio de 1966, publica em parceria com a psicóloga Ana Maria Poppovic o livro
Prontidão para alfabetização, pela editora Vetor, no qual pretendiam com a publicação e
a aplicação atender uma das recomendações do Segundo Seminário latino-americano
sobre Dislexia, realizado em Julho de 1965 em Montevidéo.
Procurada durante anos na Clínica de Psicologia da PUC-SP por professoras de
escolas de 1ºgrau, - que vinham em busca de ajuda e orientação para fazer alguma coisa
por crianças com dificuldades de aprendizagem, - elabora uma cartilha dentro dos moldes
psicopedagógicos procurando evitar assim o aumento de futuros alunos-problema. O
método e a orientação de aplicação constam no livro Coordenação da Leitura e da Escrita
– Ao Professor, publicado em julho de 1986 pela editora Cortez.
Em 1999, relata em entrevista cedida ao professor Efraim R. Boccalandro,
Psicólogo Especialista e Doutor em Psicologia Clínica da PUC-SP, como era realizado
seu atendimento clínico e o que considerava mais importante nesse trabalho:
Atendia em grupos de cinco, eu era a sexta pessoa na mesa. Ás vezes atendia três
crianças, mas nunca atendi mais do que cinco. Eu escolhia crianças que tivessem o
mesmo nível escolar e problemas semelhantes. Nós trabalhávamos assim naquela
camaradagem, coisa de escola. Eles faziam exercícios gráficos depois então eu via
a dificuldade de cada um, era um trabalho assim individual mais em grupo, trabalha
muito com caderno quadriculado para exercitar a parte de esquema corporal, pois
não sabiam quando era direita, quando era esquerda, quando era para cima,
quando era para baixo, eu trabalha assim vendo mais ou menos a dificuldade de
cada um que, geralmente, era em quase todos a mesma coisa, quando uma das
crianças tinha um problema diferente, eu aplicava atividade separada. Eu e as
crianças criávamos um ambiente agradável, porque na escola eram aqueles
“bobos”, aqueles que não sabiam nada, eram rejeitados, e aqui não, eles formavam
um grupo. Tinha meninos ricos, meninos pobres, tinha de tudo. Eles se davam
muito, iam aprendendo, e saíram de lá certinhos, uns demoravam mais, outros
menos, mas o primeiro aspecto que eu trabalhava era o emocional visando
estabelecer a camaradagem que eles não tinham na escola; depois eles
começaram a escrever melhor, e aí ficaram todos bem, pois não voltaram a
trabalhar comigo.
Atuou como psicopedagoga de 1950 até 1996 na Clínica Psicológica Ana Maria
Poppovic mantida pela PUC-SP.
2. OBRAS
Coordenação da leitura e da escrita – Alfabetização - Realfabetização: Ao professor -
São Paulo: Cortez, 1986.
Prontidão para a Alfabetização – São Paulo: Vetor, 1966.
Prontidão gráfica: "pré-alfabetização" - Exercícios de desenvolvimento das habilidades
perceptivo-viso-motras. São Paulo: Cortez, 1986.
3. PROPOSTA PEDAGÓGICA/TEORIA
Uma das principais preocupações da psicopedagoga Genny G. Moraes era a utilização
de métodos inadequados na alfabetização, que poderia acarretar sérias dificuldades na
aquisição dos mecanismos da leitura e da escrita. Do ponto de vista da autora, a alfabetização
deve seguir uma linha harmônica à maturação da criança, ou seja, esta necessita ter
integrado certas funções específicas. Aquelas que não tiveram uma preparação adequada,
por motivos diversos –tais como a não frequência a um pré-primário, ou atraso na maturação
neurológica, poderão enfrentar dificuldades nas primeiras tarefas escolares. Esses alunos,
portanto, necessitam de um treinamento para a sua adequação motora, atenção, percepção,
revisualização e outros, através de exercícios apropriados bem como estímulos necessários
para uma boa aprendizagem.
Através de experiências realizadas na Clínica Psicológica da PUC-SP, durante 20
anos, a autora chegou à conclusão de que o método mais adequado à alfabetização seria o
analítico-sintético, pois favorecia a capacidade de análise e síntese do aluno, permitindo uma
aquisição gradual dos mecanismos da leitura e da escrita. Elaborou exercícios planejados
para permitir que as crianças cumpram gradualmente as etapas sucessivas de alfabetização
de acordo com a sua maturação. Segundo a autora, muitos problemas ligados a “dificuldades
específicas de aprendizagem”, poderiam se evitados através deste material.
Baseada em sua experiência durante 22 anos na área de reeducação psicopedagógica
e através de contatos e estágios em escolas de 1º grau, estruturou uma cartilha visando, com
estas observações, elaborar um trabalho significativo com fim de ajudar o professor a atender
às crianças em seu primeiro aprendizado. Esta cartilha foi desenvolvida dentro dos moldes
psicopedagógicos procurando evitar assim o aumento de futuros alunos-problema, pois a
criança uma vez que tendo aprendido errado resiste mais a uma realfabetização. A finalidade
do trabalho não era a de procurar em cada aluno uma “criança problema”, mas sim de ajustá-
lo o melhor possível, dando-lhe a possibilidade de se desenvolver no seu próprio ritmo. Na
clínica, adotava este mesmo material no trabalho de reeducação psicopedagógica e em
alguns casos em fonoaudiologia. A criança então era submetida a um esforço triplo com o
mesmo material, através de técnicas diferentes. Após a aplicação dessa cartilha, em
funcionamento por 3 anos em escolas comuns, deparou-se com resultados positivos.
No método de análise e síntese, a criança familiariza-se com palavras simples (com
sentido), do seu vocabulário e imediatamente passa a decompô-la, dando-lhe assim
possibilidade para que seja analisada com seus elementos constitutivos. Numa análise, as
dificuldades, se divididas, tornam-se mais fáceis de serem resolvidas. A criança aprende
deste modo compreender os elementos que formaram a palavra. O trabalho propunha que os
grafemas e sílabas fossem usados apenas para visualização e reforço motor. O treino era
feito através de linhas pontilhadas para serem ligadas formando grafemas. Em seguida, estes
mesmos grafemas eram copiados na ausência de “pistas visuais”, cujos limites neste
exercício de coordenação eram linhas superiores e inferiores que continham as letras,
exigindo que a criança recorresse à integração de seus gestos e à percepção das formas que
terá adquirido durante o treino, para realizar a cópia das letras. Era o aprimoramento da
coordenação óculo-manual e um passo do simbólico.
A autora considerava que cada criança tinha sua maneira de aprender e que algumas
poderiam não ser sensíveis a este método, por isso o trabalho permitia a adaptação para
outros métodos, fonético, silábico etc., cabendo à professora adaptar os exercícios expostos
na cartilha às necessidades de cada aluno.
O método compreendia duas fases separadas em dois módulos, respeitando a
evolução do mecanismo de dificuldade crescente na aquisição da leitura e escrita, permitindo
ao aluno ser realmente “alfabetizado”. Na primeira fase, estudo das palavras formadas com
sílabas simples; na segunda, estudo das palavras formadas com sílabas mais complexas. Os
exercícios poderiam ser aplicados individualmente ou em grupo, conforme as necessidades
dos alunos, razão pela qual, antes de sua aplicação, o professor deveria traçar o perfil da
classe onde iria aplicar o método. Os exercícios eram apresentados em folhas destacáveis
permitindo que cada criança realizasse suas tarefas de acordo com o próprio ritmo, o que
facilitava a motivação e as possibilidades de cada aluno. Caberia ao professor despertar a
atenção e interesse da criança com os estímulos ali utilizados que eram apresentados de
forma bem dosada, integrado na aprendizagem. Neste trabalho Moraes teve o cuidado de
evitar estímulos desnecessários, pois poderiam produzir um efeito de distração incompatível
com o grau de concentração requerido. Dentro desta linha também apresentou as ilustrações
em preto e branco, chamando, assim, mais atenção para o conteúdo.
Juntamente com a psicóloga Ana Maria Poppovic, desenvolveu o teste de prontidão
para alfabetização, uma adaptação do Teste de Prontidão para a Alfabetização de Gertrude
H. Hildreth e D. Nellie L. Griffiths. O trabalho de 5 anos de experiências em estudos
psicológicos e reeducação psicopedagogica de crianças portadoras de deficiências, tanto no
campo das dislexias, como no campo intelectual deu origem ao livro Prontidão para a
Alfabetização – Programa para o desenvolvimento de Funções Específicas: Teoria e Prática.
Esse teste destina-se a levantar as características e a medir as capacidades das
crianças que iniciam o primeiro grau. O teste avalia o vocabulário, a capacidade de atenção
concentrada, a percepção visual e auditiva, a correlação visomotora, a coordenação dos
movimentos, a tendência à inversão e os elementos necessários à aprendizagem aritmética.
Levando em consideração o contexto da criança, Moraes e Poppovic desenvolveram
experiências de estudo em desenvolvimento e evolução das funções especiais necessárias à
preparação para a alfabetização. Para elas, o preparo de uma criança para a alfabetização
depende dos processos neurológicos em harmoniosa evolução com as funções específicas,
como a linguagem, a percepção, o esquema corporal, a orientação espacial, a temporal e a
lateralidade.
4. RELEVÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO
Pioneira na psicopedagogia em São Paulo e fundadora, junto com outras
professoras, do curso de psicopedagogia da PUC-SP. As ideias da professora Genny, na
época, foram importantes porque, embora não rompessem com o conceito tradicional de
Prontidão, destacavam a sua dimensão educacional, na medida em que defendia que as
habilidades pré-requisitos não surgem automaticamente no repertório das crianças, mas
dependem de um trabalho pedagógico a ser desenvolvido pelos professores. Suas
contribuições foram fundamentais e determinantes, pois era sensível ao sofrimento da
criança com dificuldades em sala de aula.
O método “Coordenação da Leitura e da Escrita” teve grande valor como recurso
na reeducação de crianças com dificuldades escolares ( leitura e escrita), bem como um
grande auxiliar para determinadas etapas da fonoaudiologia ( Dislalia-Dislexia). Crianças
portadoras de Deficiência Mental leve e moderada também se beneficiaram com o
método. Este trabalho, se usado adequadamente, possibilitava à professora não só
conhecer cada criança de uma forma mais global, mas também detectar a tempo as
dificuldades maiores e desta maneira encaminhá-la a tempo para um diagnóstico mais
preciso.
5. REFERÊNCIAS
BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuição a partir da prática. São
Paulo: Artmed, 1994
MORAES, Genny Golubi. Boletim Clínico - São Paulo, agosto/1999. Entrevista a Efraim Rojas
Boccalandro Disponível em:<HTTP:/WWW.pucsp.br/clinica/publicações/boletins/boletim0607.htm>
Acesso em 20/07/2013.
MORAES, Genny Golubi. Coordenação da leitura e da escrita – Alfabetização -
Realfabetização: Ao professor - São Paulo: Cortez, 1986.
POPPOVIC, Ana M., & MORAES, Genny. G. Prontidão para alfabetização: programa
para o desenvolvimento de funções específicas – teoria e Prática. São Paulo: Vetor,
1966.
Pioneira da Psicopedagogia no Brasil

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Pioneira da Psicopedagogia no Brasil

  • 1. FACULDADE PADRE JOÃO BAGOZZI PÓS-GRADUAÇÃO BAGOZZI NÚCLEO DE CIÊNCIAS DA VIDA E DA SOCIEDADE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO lato sensu – ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA GENNY GOLUBI DE MORAES: A PESSOA E A PROFISSIONAL NA PSICOPEDAGOGIA Ana Paula Demetrio Nilza dos Santos
  • 2. 1. BIOGRAFIA Genny Golubi de Moraes se formou em Psicopedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na qual coordenou a formação em Psicopedagogia de inúmeros profissionais que hoje desenvolvem importantes trabalhos na área. A sua formação recebeu influencia marcante da psicopedagogia francesa, mas sempre soube se manter como profissional criativa, que seguia seu próprio caminho profissional. A autora desenvolveu um trabalho pessoal e pioneiro na solução de problemas de aprendizagem escolar das crianças, priorizou sempre o trabalho preventivo, deixando clara a sua preocupação no sentido de fazer com que cada vez menos crianças chegassem à clínica por problemas escolares (BOSSA, 1994, p. 45). Em maio de 1966, publica em parceria com a psicóloga Ana Maria Poppovic o livro Prontidão para alfabetização, pela editora Vetor, no qual pretendiam com a publicação e a aplicação atender uma das recomendações do Segundo Seminário latino-americano sobre Dislexia, realizado em Julho de 1965 em Montevidéo. Procurada durante anos na Clínica de Psicologia da PUC-SP por professoras de escolas de 1ºgrau, - que vinham em busca de ajuda e orientação para fazer alguma coisa por crianças com dificuldades de aprendizagem, - elabora uma cartilha dentro dos moldes psicopedagógicos procurando evitar assim o aumento de futuros alunos-problema. O método e a orientação de aplicação constam no livro Coordenação da Leitura e da Escrita – Ao Professor, publicado em julho de 1986 pela editora Cortez. Em 1999, relata em entrevista cedida ao professor Efraim R. Boccalandro, Psicólogo Especialista e Doutor em Psicologia Clínica da PUC-SP, como era realizado seu atendimento clínico e o que considerava mais importante nesse trabalho: Atendia em grupos de cinco, eu era a sexta pessoa na mesa. Ás vezes atendia três crianças, mas nunca atendi mais do que cinco. Eu escolhia crianças que tivessem o mesmo nível escolar e problemas semelhantes. Nós trabalhávamos assim naquela camaradagem, coisa de escola. Eles faziam exercícios gráficos depois então eu via a dificuldade de cada um, era um trabalho assim individual mais em grupo, trabalha muito com caderno quadriculado para exercitar a parte de esquema corporal, pois não sabiam quando era direita, quando era esquerda, quando era para cima, quando era para baixo, eu trabalha assim vendo mais ou menos a dificuldade de cada um que, geralmente, era em quase todos a mesma coisa, quando uma das crianças tinha um problema diferente, eu aplicava atividade separada. Eu e as crianças criávamos um ambiente agradável, porque na escola eram aqueles
  • 3. “bobos”, aqueles que não sabiam nada, eram rejeitados, e aqui não, eles formavam um grupo. Tinha meninos ricos, meninos pobres, tinha de tudo. Eles se davam muito, iam aprendendo, e saíram de lá certinhos, uns demoravam mais, outros menos, mas o primeiro aspecto que eu trabalhava era o emocional visando estabelecer a camaradagem que eles não tinham na escola; depois eles começaram a escrever melhor, e aí ficaram todos bem, pois não voltaram a trabalhar comigo. Atuou como psicopedagoga de 1950 até 1996 na Clínica Psicológica Ana Maria Poppovic mantida pela PUC-SP.
  • 4. 2. OBRAS Coordenação da leitura e da escrita – Alfabetização - Realfabetização: Ao professor - São Paulo: Cortez, 1986. Prontidão para a Alfabetização – São Paulo: Vetor, 1966. Prontidão gráfica: "pré-alfabetização" - Exercícios de desenvolvimento das habilidades perceptivo-viso-motras. São Paulo: Cortez, 1986.
  • 5. 3. PROPOSTA PEDAGÓGICA/TEORIA Uma das principais preocupações da psicopedagoga Genny G. Moraes era a utilização de métodos inadequados na alfabetização, que poderia acarretar sérias dificuldades na aquisição dos mecanismos da leitura e da escrita. Do ponto de vista da autora, a alfabetização deve seguir uma linha harmônica à maturação da criança, ou seja, esta necessita ter integrado certas funções específicas. Aquelas que não tiveram uma preparação adequada, por motivos diversos –tais como a não frequência a um pré-primário, ou atraso na maturação neurológica, poderão enfrentar dificuldades nas primeiras tarefas escolares. Esses alunos, portanto, necessitam de um treinamento para a sua adequação motora, atenção, percepção, revisualização e outros, através de exercícios apropriados bem como estímulos necessários para uma boa aprendizagem. Através de experiências realizadas na Clínica Psicológica da PUC-SP, durante 20 anos, a autora chegou à conclusão de que o método mais adequado à alfabetização seria o analítico-sintético, pois favorecia a capacidade de análise e síntese do aluno, permitindo uma aquisição gradual dos mecanismos da leitura e da escrita. Elaborou exercícios planejados para permitir que as crianças cumpram gradualmente as etapas sucessivas de alfabetização de acordo com a sua maturação. Segundo a autora, muitos problemas ligados a “dificuldades específicas de aprendizagem”, poderiam se evitados através deste material. Baseada em sua experiência durante 22 anos na área de reeducação psicopedagógica e através de contatos e estágios em escolas de 1º grau, estruturou uma cartilha visando, com estas observações, elaborar um trabalho significativo com fim de ajudar o professor a atender às crianças em seu primeiro aprendizado. Esta cartilha foi desenvolvida dentro dos moldes psicopedagógicos procurando evitar assim o aumento de futuros alunos-problema, pois a criança uma vez que tendo aprendido errado resiste mais a uma realfabetização. A finalidade do trabalho não era a de procurar em cada aluno uma “criança problema”, mas sim de ajustá- lo o melhor possível, dando-lhe a possibilidade de se desenvolver no seu próprio ritmo. Na clínica, adotava este mesmo material no trabalho de reeducação psicopedagógica e em alguns casos em fonoaudiologia. A criança então era submetida a um esforço triplo com o mesmo material, através de técnicas diferentes. Após a aplicação dessa cartilha, em funcionamento por 3 anos em escolas comuns, deparou-se com resultados positivos.
  • 6. No método de análise e síntese, a criança familiariza-se com palavras simples (com sentido), do seu vocabulário e imediatamente passa a decompô-la, dando-lhe assim possibilidade para que seja analisada com seus elementos constitutivos. Numa análise, as dificuldades, se divididas, tornam-se mais fáceis de serem resolvidas. A criança aprende deste modo compreender os elementos que formaram a palavra. O trabalho propunha que os grafemas e sílabas fossem usados apenas para visualização e reforço motor. O treino era feito através de linhas pontilhadas para serem ligadas formando grafemas. Em seguida, estes mesmos grafemas eram copiados na ausência de “pistas visuais”, cujos limites neste exercício de coordenação eram linhas superiores e inferiores que continham as letras, exigindo que a criança recorresse à integração de seus gestos e à percepção das formas que terá adquirido durante o treino, para realizar a cópia das letras. Era o aprimoramento da coordenação óculo-manual e um passo do simbólico. A autora considerava que cada criança tinha sua maneira de aprender e que algumas poderiam não ser sensíveis a este método, por isso o trabalho permitia a adaptação para outros métodos, fonético, silábico etc., cabendo à professora adaptar os exercícios expostos na cartilha às necessidades de cada aluno. O método compreendia duas fases separadas em dois módulos, respeitando a evolução do mecanismo de dificuldade crescente na aquisição da leitura e escrita, permitindo ao aluno ser realmente “alfabetizado”. Na primeira fase, estudo das palavras formadas com sílabas simples; na segunda, estudo das palavras formadas com sílabas mais complexas. Os exercícios poderiam ser aplicados individualmente ou em grupo, conforme as necessidades dos alunos, razão pela qual, antes de sua aplicação, o professor deveria traçar o perfil da classe onde iria aplicar o método. Os exercícios eram apresentados em folhas destacáveis permitindo que cada criança realizasse suas tarefas de acordo com o próprio ritmo, o que facilitava a motivação e as possibilidades de cada aluno. Caberia ao professor despertar a atenção e interesse da criança com os estímulos ali utilizados que eram apresentados de forma bem dosada, integrado na aprendizagem. Neste trabalho Moraes teve o cuidado de evitar estímulos desnecessários, pois poderiam produzir um efeito de distração incompatível com o grau de concentração requerido. Dentro desta linha também apresentou as ilustrações em preto e branco, chamando, assim, mais atenção para o conteúdo. Juntamente com a psicóloga Ana Maria Poppovic, desenvolveu o teste de prontidão para alfabetização, uma adaptação do Teste de Prontidão para a Alfabetização de Gertrude H. Hildreth e D. Nellie L. Griffiths. O trabalho de 5 anos de experiências em estudos
  • 7. psicológicos e reeducação psicopedagogica de crianças portadoras de deficiências, tanto no campo das dislexias, como no campo intelectual deu origem ao livro Prontidão para a Alfabetização – Programa para o desenvolvimento de Funções Específicas: Teoria e Prática. Esse teste destina-se a levantar as características e a medir as capacidades das crianças que iniciam o primeiro grau. O teste avalia o vocabulário, a capacidade de atenção concentrada, a percepção visual e auditiva, a correlação visomotora, a coordenação dos movimentos, a tendência à inversão e os elementos necessários à aprendizagem aritmética. Levando em consideração o contexto da criança, Moraes e Poppovic desenvolveram experiências de estudo em desenvolvimento e evolução das funções especiais necessárias à preparação para a alfabetização. Para elas, o preparo de uma criança para a alfabetização depende dos processos neurológicos em harmoniosa evolução com as funções específicas, como a linguagem, a percepção, o esquema corporal, a orientação espacial, a temporal e a lateralidade.
  • 8. 4. RELEVÂNCIA PARA A EDUCAÇÃO Pioneira na psicopedagogia em São Paulo e fundadora, junto com outras professoras, do curso de psicopedagogia da PUC-SP. As ideias da professora Genny, na época, foram importantes porque, embora não rompessem com o conceito tradicional de Prontidão, destacavam a sua dimensão educacional, na medida em que defendia que as habilidades pré-requisitos não surgem automaticamente no repertório das crianças, mas dependem de um trabalho pedagógico a ser desenvolvido pelos professores. Suas contribuições foram fundamentais e determinantes, pois era sensível ao sofrimento da criança com dificuldades em sala de aula. O método “Coordenação da Leitura e da Escrita” teve grande valor como recurso na reeducação de crianças com dificuldades escolares ( leitura e escrita), bem como um grande auxiliar para determinadas etapas da fonoaudiologia ( Dislalia-Dislexia). Crianças portadoras de Deficiência Mental leve e moderada também se beneficiaram com o método. Este trabalho, se usado adequadamente, possibilitava à professora não só conhecer cada criança de uma forma mais global, mas também detectar a tempo as dificuldades maiores e desta maneira encaminhá-la a tempo para um diagnóstico mais preciso.
  • 9. 5. REFERÊNCIAS BOSSA, Nádia A. A Psicopedagogia no Brasil. Contribuição a partir da prática. São Paulo: Artmed, 1994 MORAES, Genny Golubi. Boletim Clínico - São Paulo, agosto/1999. Entrevista a Efraim Rojas Boccalandro Disponível em:<HTTP:/WWW.pucsp.br/clinica/publicações/boletins/boletim0607.htm> Acesso em 20/07/2013. MORAES, Genny Golubi. Coordenação da leitura e da escrita – Alfabetização - Realfabetização: Ao professor - São Paulo: Cortez, 1986. POPPOVIC, Ana M., & MORAES, Genny. G. Prontidão para alfabetização: programa para o desenvolvimento de funções específicas – teoria e Prática. São Paulo: Vetor, 1966.