1. O documento resume uma leitura dramática sobre um frade que levava uma vida mundana em vez de espiritual, tendo uma mulher chamada Florença.
2. Símbolos cénicos como uma espada, broquel e casco representam a esgrima e vida luxuosa do frade.
3. O frade defende-se dizendo que reza muito, mas é acusado de trair sua religião e profissão de frade vivendo para prazeres mundanos.
2. Leitura Dramatizada
Resolução das Linhas de Leitura
Resolução do Quadro - Síntese
Actividades ActivInspire
Resolução dos exercícios de CEL
Apresentação do exercício de escrita:
Comentário
3.
4.
5.
6. Florença (mulher do Frade) simboliza
a infidelidade do Frade a Deus e à sua
profissão.
A Espada, o Broquel e o Casco
simbolizam a Esgrima que
corresponde ao facto do frade levar
uma vida mundanal e não a vida
espiritual de um frade.
7. Estes elementos cénicos completam a personagem
fortalecendo ainda mais a crítica ao Frade, referindo a vida
de prazeres que ele levava e o quanto estes prazeres o
afastavam do seu dever religioso.
8.
9. A afirmação do Frade alarga a crítica feita, pois o Frade
apesar de se acusar só a ele, acusa todos os membros do
convento de fazerem o mesmo , de cometerem o mesmo
pecado, terem mulher.
10. Com esta crítica, Gil Vicente pretende não só criticar
um indivíduo mas sim uma classe social, o Clero.
Elabora esta crítica mostrando que é um hábito
comum entre os membros do Clero quebrarem os votos
de castidade e terem mulher.
11. Exemplos:
“Frade – (…) Eu hei-de ser condenado? / Um padre tão namorado / e
tanto dado à virtude ? (…)” vv. 396 – 398 , pág. 78
“Frade – (…) Por ser namorado / e folgar com ua mulher / se há um
frade de perder, / com tanto salmo rezado?” vv. 409 – 412 , pág. 79
O Frade sentia-se numa posição muito importante, em que nada
nem ninguém lhe fazia mal, ou seja apesar de ter cometido vários
pecados ele julgava que estava imune ao fogo ardente que não temeu
vivendo, isto é, o Inferno.
12. “Frade – Pela fé de Jesus Cristo / que eu nom posso entender isto! / Eu
hei-de ser condenado? / Um padre tão namorado / e tanto dado à
virtude ? (…)” vv. 394 – 398 , pág. 78
Tendo em conta o contexto sócio-histórico do Portugal do século
XVI, a utilização deste argumento era óbvia vinda de um frade, pois eles
pensavam que lá por estarem ao serviço da fé e por rezarem deveriam
estar livres do Inferno.
13. Cómico de • “Devoto padre marido!”
Linguagem v.415, pág. 75
Cómico de • pensava que a relação que tinha
com a moça seria perdoada pela
Caráter suas rezas
Cómico de • A entrada do Frade em cena com
Situação a moça pela mão
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15. Personagem Símbolos Percurso Argumentos Caraterização Sentença
que vai Cénicos Cénicos
embarcar De defesa De acusação
(das personagens (das outras
que vão embarcar) personagens)
Frade Florença , um Cais – O Frade O Diabo -Hipócrita Inferno/
broquel Barca do defende-se acusa-o de -Orgulhoso Barca do
(escudo), a Inferno – dizendo que trair a sua -Convencido Inferno
espada, um Barca da reza muito e religião e -Mundano
casco Glória - que por ser profissão e -Profano
(capacete) e o Barca do Frade fez um de ser
hábito Inferno acordo com mundano
Deus logo tem (dar-se aos
de ir para o prazeres do
Paraíso. mundo).
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17. 1. “Haveis, padre, de viir” (v. 473). Que fenómeno ocorreu na forma verbal
“viir”, dando origem à palavra atual?
Contração ( - crase )
“viir” --------------------------vir
2. Altera o número dos seguintes nomes: “cortesão” (v. 372); “serão” (v.
376).
Cortesão – Cortesãos Serão – Serões
3. Identifica os elementos da oração presentes na seguinte passagem.
“Vem um frade com ua moça pela mão […]”
Sujeito - um frade
Predicado - Vem…com ua moça pela mão
Complemento Directo - com ua moça
Complemento Circunstancial de Modo - pela mão
18. 4. Aponta na primeira didascália a conjunção que permite a ligação entre
vários símbolos cénicos do Frade.
“Vem um Frade com ua Moça pela mão, e um broquel e ua espada na
outra, e um casco debaixo do capelo; e, ele mesmo fazendo a
baixa, começou a dançar, dizendo: […]”
4.1 Classifica-a, justificando.
E - Conjunção Coordenativa Copulativa, porque permite a ligação entre
vários símbolos cénicos e dá uma ideia de adição.
4.2 Reescreve uma passagem dessa didascália, substituindo tal conjunção
por uma locução conjuncional do mesmo tipo.
Vem um frade com ua Moça pela mão, traz não só um broquel mas
também ua espada na outra […]
19. ‘O hábito não faz o monge’
Este provérbio significa que apesar de
alguém se ‘mascarar’ de algo não quer dizer
que o seja, isto é, não podemos julgar alguém
pelas aparências.
Podemos associá-lo ao Frade porque ele vestia-se de acordo com a sua
profissão, vivia num convento, rezava e acreditava em Deus mas
profanava, ou seja, tratava mal os usos da religião e da sua profissão, pois
tinha mulher (Florença), acusava os seus colegas de profissão de fazerem o
mesmo (‘E eles fazem outro tanto’, v.383 pág.77), e ainda mostra que vive
uma vida luxuosa e cortesã pelo facto de saber Esgrima e o tordião.