Apresentação Oral - Trabalho 46 (19/09/2012 - Tarde)
1. ESTUDO DO MODO
PSICOSSOCIAL DO MODELO
ADAPTATIVO DE ROY DE
PESSOAS COM ÚLCERA
VENOSA
Isabelle Katherinne Fernandes Costa1; Cristina Katya Torres Teixeira
Mendes2; Thalyne Yurí Araújo Farias Dias3; Andréa Tayse de Lima
Gomes4; Micheline da Fonseca Silva5; Gilson de Vasconcelos Torres6.
2. Estudo do modo psicossocial do modelo
adaptativo de Roy de pessoas com úlcera
venosa
INTRODUÇÃO
A úlcera venosa (UV) apresenta-se como complicação da
insuficiencia venosa crônica.
Em geral, as úlceras ocorrem no terço médio distal da
perna, com maior incidência nas proeminências ósseas1.
A alteração do estilo de vida da população acometida pelas
úlceras atinge diretamente a qualidade de vida (QV) todos
os componentes essenciais da condição humana, seja
físico, psicológico, social, cultural ou espiritual2.
3. Estudo do modo psicossocial do modelo
adaptativo de Roy de pessoas com úlcera
venosa
INTRODUÇÃO
Comportamentos como os apresentados por esses pacientes
com relação à sua enfermidade são abordados pela teoria de
Roy em quatro modos de adaptação: fisiológico; autoconceito;
desempenho de papéis e interdependência. Este trabalho se
propôs a estudar os três últimos modos que, juntos, constituem
o modo psicossocial3.
Os modos adaptativos psicossocial requerem um trabalho
aprofundado de conscientização, educação e sensibilização
constante, de forma a permitir uma reestruturação e equilíbrio
da pessoa que recebe o cuidado. Tratando-se de doença
crônica, torna-se imprescindível que a clientela conheça sua
doença para saber o quê e quando esperar em cada situação,
colaborando assim, com sua própria adaptação.
4. Estudo do modo psicossocial do modelo
adaptativo de Roy de pessoas com úlcera
venosa
OBJETIVO
Verificar o nível de adaptação psicossocial do Modelo de Roy das
pessoas com UV.
METODOLOGIA
Estudo transversal, descritivo, quantitativo.
Foram selecionadas 50 pessoas com base nos critérios de inclusão:
ser portador de UV; ter mais de 18 anos e ser atendido no
ambulatório de clínica cirúrgica de Hospital Universitário em
Natal/Rio Grande do Norte no período da coleta. Critérios de
exclusão: paciente que não concluiu a coleta e paciente sem
condições cognitivas de responder ao instrumento. Parecer
favorável do Comitê de Ética da instituição (nº 279/09).
A coleta de dados ocorreu em maio e julho de 2009 através de
formulário estruturado.
Os dados foram organizados no Microsoft Excel, classificados
segundo o modo psicossocial de Roy e analisados no programa
Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 15.0, através da
estatística descritiva.
5. Estudo do modo psicossocial do modelo
adaptativo de Roy de pessoas com úlcera
venosa
RESULTADOS
No modo autoconceito, 36% dos entrevistados sentiam-se
insatisfeitos com sua aparência física ou se sentiam
discriminados e 18% apresentavam sentimentos negativos
devido à falta de adaptação com a doença e
desenvolvimento de uma UV crônica. Detectou-se ainda
comportamento inefetivo em 36% dos pesquisados.
No modo desempenho de papéis: alteração nos papéis
laboral (52%), atividades domésticas (34%) e conjugais (6%).
Verificou-se restrições relacionadas ao lazer, dor, restrição
social, escolar e relacionada à locomoção (82%).
No modo de interdependência: o apoio no tratamento foi
referido por 82% dos pesquisados, porém 58% do total ainda
relatou sofrer discriminação.
6. Estudo do modo psicossocial do modelo
adaptativo de Roy de pessoas com úlcera
venosa
CONCLUSÃO
Verificou-se que o nível de adaptação psicossocial baixo
é decorrente da dificuldade na adesão ao tratamento.
Isto demonstra a necessidade de um trabalho
aprofundado de conscientização, educação e
sensibilização constante com vistas à reestruturação e
equilíbrio do paciente.
Ressalta-se o papel do enfermeiro como educador com
intuito de orientar os pacientes a procurar meios
adaptativos que os façam superar sua condição clínica,
com vistas a uma recuperação efetiva e melhoria da sua
QV.
7. Estudo do modo psicossocial do modelo
adaptativo de Roy de pessoas com úlcera
venosa
REFERÊNCIAS
1. Silva JLA, Lopes MJM. Educação em saúde a portadores de úlcera
varicosa através de atividades de grupo. Rev Gaúcha Enferm
[Internet]. 2006 [citado 2010 jul 06];27(2):240-50. Disponível em
http://www.seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/articl
e/view/4602/2522.
2. Nunes JP, Vieira D, Nóbrega WG, Farias TYA, Torres GV. Venous
ulcers in patients treated at family health units in Natal, Brazil:
prevalence and sociodemographic and health characterization. FIEP
Bull. 2008;78(1):338-41.
3. Roy C, Andrews HA. The Roy Adaptation Model. 2nd ed. Norwalk:
Appleton e Lange; 1999.
4. Ministério da Saúde (BR), Conselho Nacional de Saúde. Resolução
196, de 10 de outubro de 1996: diretrizes e normas regulamentadoras
de pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília (DF); 1996.