2. • Hanseníase é uma das maiores
preocupações da Saúde Pública;
• Doença dermato neurológica, infecto
contagiosa de baixa virulência e alta
patogenicidade;
• Formas clínicas: Paucibacilar
Indeterminada e Tuberculóide
• Multibacilar: Dimorfa e Virchowiana
• Condições sócio-econômicas X hábitos
pessoais
3. Magnitude
• Aumento da proporção entre menores
de 14 anos (75 casos novos em SP) e
2063 casos em indivíduos com 15
anos ou mais; coeficiente de detecção
geral de 5,21 e 2855
• Presença de incapacidades físicas
moderadas/graves em 9% dos casos
no momento do diagnóstico;
• Altas taxas de recidivas (Ferreira e
cols 2010)
6. INDETERMINADA TUBERCULÓIDE
Placas
eritematosas, bem
delineadas; hipo ou
anestésica; com
comprometimento
de nervos.
Áreas hipo ou
anestésica;
hipocrônicas ou
avermelhadas
7. DIMORFA
Eritema infiltrado e
de bordas mal
definidas; tubérculos VIRCHOWIANA
e nódulos;
madarose; lesões de
Lesões mucosas; com
alteração de
eritematosas sensibilidade
planas com o
centro claro,
de tonalidade
ferruginosa ou
pardacenta;
com alteração
de
sensibilidade.
É
transmissível.
11. Lesão do nervo ulnar
hiperflexão dos 4 ﻆe 5
pododáctilos
Nervo mediano dificuldade
na oponência do polegar
12. Skin ulcers in leprosy: clinical and epidemiological characteristics of
patients* Fernanda Guzzo Gomes 1 Marco Andrey Cipriani Frade2;
Norma Tiraboshi Foss 3
A hanseníase é uma doença de evolução crônica cuja lesão nervosa determina alterações
sensitivas e motoras, levando à instalação de deformidades assim como as úlceras
cutâneas.
OBJETIVO: Perfil epidemiológico dos hansenianos ulcerados e não ulcerados atendidos no
Hospital das Clínicas de Ribeirão.
MÉTODO- Estudo transversal de 79 hansenianos atendidos em 2003 e 2004 junto ao
Arquivo Médico, separando-os em Grupo 1 (ulcerados) e Grupo 2 (não ulcerados),
caracterizando-os clínico-epidemiologicamente.
RESULTADOS: 69,6% eram do sexo masculino, 91,1% brancos e baciloscopia
positiva em 62%. Destes, 25 (32%) pacientes apresentaram ulcerações (Grupo 1)
localizadas nos membros inferiores em 68% dos casos, classificados como grau II de
incapacidade (72%), diferente em relação ao grupo 2 (p<0,01). Na classificação espectral da
hanseníase, comparando os pares de grupos observaram-se diferenças entre tuberculóide e
virchowiano (p<0,01), dimorfo e dimorfo-virchowiano (p<0,05), e este com virchowiano
(p<0,01). Na operacional, 80% dos ulcerados eram multibacilares enquanto 12%
paucibacilares (p<0,05).
As ulcerações dos hansenianos parecem estar relacionadas ao grau II de incapacidade e à
positividade da baciloscopia, características detectadas por ambas as classificações
(espectral e operacional).
14. Manifestação externa da doença,
lesões bolhosa, úlceras ou cicatrizes,
polineuropatia em luva e bota,
calosidades, ulcerações plantares ,
queimaduras, ou seja toda a gênese de
feridas.
15. FISIOPATOLOGIA DA ÚLCERA POR
HANSEN
ÚLCERAS ESPECÍFICAS: ÚLCERAS NEUROTRÓFICAS
Tróficas
• De natureza e evolução • Mais comum na Forma
crônica Virchoviana, ena
• Necrose de epiderme, presenças das
com exsudato neuropatias na forma
transepitelial tuberculóide;
• Necrose de epiderme por • Parasitazação do derma,
injúria física, química ou vasos e nervos
biológica( temperatura,
álcalis, ácidos, toxinas
endógenas e isquemia;
GALAN 2009)
16. TIPOS DE ÚLCERAS
AGUDAS CRÔNICAS
. Com predomínio de • Com predomínio de fibrose
exsudato e proliferação vascular
17. … um pouco mais de fisiopatologia
• Intenso parasitismo do endotélio leva a alteração
sanguínea e linfática ( Fenômeno de Lúcio)
Denervaçao
autômica
Alteração Estase
vasomotora Destruição
células de Schaw
Isquemia Hipoxemia
Pele seca, insensível, sem
pêlos
18. Como atuar?
Prevenção de Incapacidades
• Incapacidade é um termo que abrange
deficiência, limitação e restrição.
• Pode indicar que o diagnóstico ou
tratamento foi tardio e/ou inadequado;
• Prevenção:
*hidratação e lubrificação da pele;
*exercícios fisioterápicos;
*uso de férulas;
*adaptação de instrumentos da vida diária;
23. CICATRIZAÇÃO
Manual de Condutas para Úlceras
Neurotróficas e Traumáticas*
• PQT
• Lesões trombóticas e ulceradas ( observadas no
fenômeno de Lúcio) melhoram com PQT
• Reações de hipersensibilidade humoral ou celular,
pioram as lesões; surto reacional e geram geradas
pela morte dos bacilos e defesa do organismo
(Brasil 2007; Gallan 2009)
» * Brasil, DND, 2002, 2007
25. Tratamento
• Gesso de contato • Avaliação
total transdisciplinar
• Desbridamento da • Integração social
hiperqueratose • Adaptação de objetos
• Hidrogéis, AGE para da vida diária
hidratação ou preparo • Higiene, identidade,
de enxerto; autoestima
30. HOMENAGEANDO SILVANA MARGARIDA
BENEVIDES FERREIRA
As medidas adicionais de vigilância epidemiológica para este grupo
de indivíduos com maior chance de reincidência da doença deve
incluir:
• melhoria das condições de vida, por meio da implementação de
políticas públicas e maior responsabilidade do Estado e sociedade
na organização de serviços, para alcance de melhores resultados
do controle da hanseníase no Estado de Mato Grosso.
31.
32. A sociedade impõe a rejeição, leva à perda da
confiança em si e reforça o caráter simbólico da
representação social segundo a qual os sujeitos são
considerados incapazes e prejudiciais à interação na
comunidade. Fortalece-se o imaginário social da
doença e do "irrecuperável", no intuito de manter a
eficácia do simbólico
Bacurau (Morhan): o amor é a maior drágea
Grata à Deus e á vcs por sta oportunidade…
antar.gamba@unifesp.br
.