Este texto compõe os estudos do GEFOPI - Grupo de Estudos sobre Formação de Professores e Interdisciplinaridade da UEG, Câmpus São Luis de Montes Belos, e visa discutir teoricamente sobre a indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão na formação acadêmica e portanto, na atuação do docente universitário.
2. O tema que será abordado em nossa fala a
indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão
com produção científico-acadêmico. O objetivo é
refletir teoricamente sobre a efervescência dessa
indissociabilidade na Universidade, em especial
na Universidade Estadual de Goiás. Se o sistema
nervoso das universidades é a pesquisa, deve-se
entender que a partir dela ocorre o ensino e a
extensão. Eis o norte dessa reflexão.
3. * ONDE VOCÊ ESTUDA OU LECIONA?
* QUAL A DIFERENÇA ENTRE
FACULDADE E UNIVERSIDADE?
4. Para discutir sobre a indissociabilidade ensino,
pesquisa e extensão é preciso conceituar
universidade. O espaço universitário precisa ser
entendido como o espaço da produção do
conhecimento. A universidade é centro por
excelência de pesquisa, como afirma Demo (2005)
e já defendiam os signatários do Manifesto dos
Pioneiros da Educação (1932).
5. A desmistificação crucial é sobre a separação
entre pesquisa e ensino. Eles são indissociáveis.
Mas, como diz Demo (2006, p. 12) “Muitos estão
dispostos a aceitar universidades que apenas
ensinam, como é o caso típico de instituições
noturnas, nas quais os alunos comparecem somente
para aprender e passar, e os professores, quase todos
biscateiros de tempo parcial somente dão aula.”.
6. Consoante a questão da
indissociabilidade ensino, pesquisa e
extensão, a Universidade Estadual de Goiás
– UEG, vem alicerçando essa tripla função
em seus cursos ou seria una função?. O
conceito de universidade que esta
instituição adota é que a todas deveriam
adotar – a pesquisa precede o ensino e a
extensão.
7. Na concepção de um ensino de qualidade que a
Universidade Estadual de Goiás imprime realizar,
parte do princípio de pesquisa. Nessa linha de
pensamento é preciso então conceituar a pesquisa
para a Universidade Estadual de Goiás. No Plano de
Desenvolvimento Institucional encontra-se uma
conceituação para a pesquisa que converge com o que
Demo (2005) defende ao dizer que a pesquisa deve
preceder o ensino e a extensão.
8. Com a mesma intensidade afirma-se que a
realização de ações extensionistas é a consolidação
da pesquisa, visto que a sociedade será diretamente
beneficiada com os resultados da pesquisa. Se uma
pesquisa parte de uma problemática deve chegar a
uma resposta, mesmo que crie outras tantas
problemáticas. Essas respostas precisam chegar a
sociedade, seja via ensino ou extensão. De
preferência via ensino e extensão, consolidando
assim a indissociabilidade pesquisa, ensino e
extensão.
9. Seja pelas vias da pesquisa, do ensino ou da
extensão, a produção efetivada deve ser socializada
em forma de divulgação textual ou virtual. Assim é
possível organizar livros, capítulos de livros,
artigos, relatório técnico, relato de experiência,
resumos expandidos, resumos simples, manuais
didáticos, anais de eventos, comunicações e banners
em eventos, Cds, DVDs, movie maker, Slideshare,
You tube, notas em jornais e revistas e outros.
10. A discussão sobre a indissociabilidade
ensino, pesquisa e extensão paira muito
eventos acadêmicos e algumas perguntas
têm sido constantes é se esse tripé é difícil
de acontecer? Se a produção científica pela
indissociabilidade é difícil de acontecer?
Para que serve a produção científica? O
que eu ganho com isso?
11. Os professores que atuam com os
jovens e adultos, que estão na
Universidade, precisam deixar claro para
esses estudantes a importância que essas
ações proporcionam em sua formação
acadêmica e o que isso lhe trará de
contribuições para sua profissão. A práxis é
o melhor caminho da formação acadêmica.
O melhor não significa o mais fácil. O
melhor é possível. Para saber basta
começar. Eis o convite.