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1 INTRODUÇÃO
A ADSL foi criada do conceito ao protótipo em meados de 1990 até 1992 pela
Universidade de Stanford e o Bell Labels da AT&T, quando a DSL de alta taxa de bit ainda
estava em fase de protótipo. Essa DSL assimétrica foi testada nos três anos seguintes, sendo
que sua primeira versão foi lançada em 1995 e a segunda em 1998.
ADSL, que como já dito anteriormente, é a DSL assimétrica, ou seja, com velocidades
diferentes, porém de modo rápido, se comparado a outros formatos. Aqui, o canal mais amplo
é utilizado para receber dados, que são os dowloads, e o mais lento fica a serviço de envios,
conhecidos como uploads. No começo, a ADSL obtinha uma taxa de downstream (download)
de 8Mbit/s, e de 640 kbit/s no upstream ou upload, mas com a popularização e maior
utilização da internet, a ADSL se tornou um grande êxito comercial, sendo usada sobretudo
como meio de acesso à internet de alta velocidade.
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2.1. HISTÓRICO NO BRASIL
A história da internet no Brasil começa por volta de 1980, porém o primeiro backbone
foi implantado em 1989, com o incentivo do Ministério da Ciência e Tecnologia ao lançar o
projeto RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa), o qual tinha a missão de captar recursos
para a propagação da tecnologia e a internet por todo o Brasil, sendo que esse projeto ainda
existe atualmente.
Em 1995, o governo brasileiro abre o backbone com o intuito de conectividade à
provedores de acesso comercial, apontando esse como o segundo passo para a implantação da
internet em larga escala em território brasileiro. Em 2000, a ADSL se torna um sucesso no
Brasil durante seu teste beta, com velocidade de 256 kbit/s de download e 128 kbit/s para
upload, sendo oferecida pela NET, Brasil Telecom, Telefônica e Telemar.
Durante a primeira década do século XXI, a disponibilidade da internet de alta
velocidade era limitada no Brasil, sendo assim um grande problema, sobretudo em áreas
rurais. Para reverter a situação, o governo brasileiro pressionou as empresas fornecedoras,
para que elas aumentassem a área de abrangência em áreas afastadas. Em 2008, um projeto
foi criado em escolas para beneficiar cerca de 37 milhões de alunos. Em 2009, as vendas da
Speedy da Telefônica, foram suspensas pela Anatel, por falta de infraestrutura, a qual
ocasionava falhas no serviço. Já em 2010, a internet de banda larga já estava disponível em
cerca de 88% das cidades brasileiras. A previsão para 2016 é de que mais de 57% de
abrangência no país.
Atualmente, a velocidade de conexão no Brasil varia normalmente entre 15 MBit/s de
download e 1 MBit/s de upload, mas velocidades entre 50 e 100 MBit/s de velocidade
(download) já podem ser encontradas.
2.2. HISTÓRICO NO MUNDO
ADSL começou com a demonstração de José Lechleider, da Bellcore. Ele
desenvolveu a idéia de assimetria da ADSL, onde a maior taxa de dados é enviada
em uma direção(downstream). Este foi o início do movimento do analógico para o
digital.
Os primeiros esforços desta nova tecnologia foi criada pela ISDN
(Integrated Services Digital Network). O sistema de conexões com a linha
telefonica permite voz e dados a serem transmitidos simultaneamente em todo o
mundo. O resultado disso é que mais dados possam ser transmitidos ao mesmo
tempo, e em maior velocidade.
A ADSL oferece maior largura de banda para downstream, do fornecedor
aos consumidores, e menor largura de banda para o upstream, do consumidor ao
fornecedor. Usualmente, usuários domésticos acabam carregando grandes
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quantidades de dados do site (download), mas enviam de quantidades
relativamente pequenas de dados (upload), sendo assim a ADSL vantajosa neste
tipo de uso da rede.
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3.1. PADRÃO DE VELOCIDADE NO BRASIL
Recentemente, em 2011, a empresa The Nielsen Company, divulgou o padrão de
velocidade pelo mundo. De acordo com a pesquisa no Brasil, cerca de 48% dos usuários
usam a internet com uma conexão de velocidade média, entre 512 Kbps e 2 Mbps. Outros
cerca de 31% dos internautas brasileiros navega a uma velocidade lenta, de até 512 Kbps.
As conexões super-rápidas correspondem a apenas 6% da população internauta.
De acordo com o Net Index, o Brasil ocupa a 68ª posição do ranking mundial quanto
a sua velocidade média. Segundo a empresa, as conexões brasileiras à internet atuam
com velocidade média de 4,71 Mbps.
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3.2. PADRÃO DE VELOCIDADE NO MUNDO
Ainda segundo a pesquisa da empresa The Nielsen Company, oito países dos nove
pesquisados possuem normalmente a internet de conexão rápida (Suíça, Estados Unidos,
Alemanha, Austrália, Reino Unido, França, Espanha e Itália). Nestes países, apenas
uma pequena parcela da população usa conexões lentas, enquanto cerca de 19% dos
internautas usam velocidade considerada super-rápida.
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3.1. LEI DE VELOCIDADE NO BRASIL
A partir do dia 1º de novembro de 2012, Anatel definiu novas sobre a velocidade da
banda larga. Pelas novas regras, a velocidade mínima de deverá ser de pelo menos
20% da franquia contratada, sendo que anteriormente era de 10%, além disso, a
velocidade média deverá ser de pelo menos 60%.
Em 2013, a velocidade mínima deve obrigatoriamente subir para 30% e, em 2014,
para 40%. Quanto a velocidade média, devem subir em novembro de 2013 para 70% e
em 2014 para 80%. Outra parte do texto estabelece sobre a disponibilidade do serviço,
que deverá estar funcionando em pelo menos 99% do tempo durante o mês.
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3.2. LEI DE VELOCIDADE NO MUNDO
Em países como os Estados Unidos, a lei é cumprida com rigor, devido a pressão do
mercado contra maus fornecedores. Exemplo disso é o provedor Cablevision, que em
2011, oferecia o pior percentual (54%), e que atualmente está entregando, cerca de 120%
da velocidade anunciada, o seja, acima da velocidade anunciada. Atualmente, cerca de
três provedores americanos superam as taxas de transmissão anunciadas: Comcast,
Mediacom e Verizon. Ainda segundo pesquisas, os EUA esperam em dois anos, ter
internet ultrarrápida em todas as cidades.
Já no Reino Unido, segundo o “The Guardian”, com mais de três mil internautas, em
média, 58% da velocidade anunciada pelos provedores é devidamente entregue.
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4. COMO FUNCIONA A ADSL
Na tecnologia ADSL, a linha telefônica não é ocupada, apesar de utilizada para a
transmissão. Isso porque quando o telefone está sendo utilizado para chamadas de voz, utiliza
apenas uma pequena parte da transmissão da linha.
Isso acontece porque, uma chamada de voz (a parte POTS) utiliza uma frequência de
onda muito baixa (entre 300 Hz e 4000 Hz). É um intervalo que corresponde a uma faixa
muita pequena da capacidade da linha, sendo que o restante pode ser utilizado então para
aplicações que funcionam em frequências maiores.
A utilização do espectro livre (a parte não utilizada para POTS), normalmente é feita
com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing ou Multiplexação por Divisão de
Frequência) ou com a técnica Echo Cancellation (Cancelamento de Eco). Com o FDM, uma
parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream/upload) e outra ao
recebimento de dados (downstream/download), sendo que essa obtém maior taxa de fluxo de
dados.
A partir da Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se juntam no
espectro, porém tal procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a
partir de cálculos de subtração consegue "separá-las".
O ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas, sendo a mais antiga é nomeada
de CAP (Carrierless Amplitude/Phase), e a mais atual e mais utilizada denominada
de DMT (Discrete Multitone). A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, a qual
"divide" a linha telefônica em três partes: a que corresponde às chamadas de voz, outra
destinada ao envio de dados (upstream) e a terceira cuja função é reservada ao recebimento de
dados (downstream). As duas últimas partes juntas representam a conexão à internet em si.
Por isso está técnica DSL é chamada de "Assymmetric" que caracteriza o nome do
ADSL. Isto porque tal tecnologia é considerado assimétrico devido a taxa de download
ser normalmente maior que a taxa de upload, uma vez que percebe-se que a maioria das
conexões mais recebe dados do que envia.
Uma conexão ADSL é feita a partir de um modem ADSL, ou tecnicamente falando,
um modem ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote "Unidade Terminal ADSL – Remoto”),
o qual é conectado a uma linha telefônica já existente.
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Algumas vezes a conexão é intermediada pelo microfiltro chamado splitter, cuja
função é a de criar um canal para a ligação com o modem e outro para a comunicação com o
aparelho telefônico. Então o modem deverá ser ligado a um computador ou a um
equipamento de rede (tal como um roteador Wi-Fi), para que equipamento ligado a ele
obtenha acesso à internet. Do outro lado, o dispositivo é conectado à linha para exercer a
função de organizar o fluxo de dados para que a transmissão de upstream e downstream
aconteça de acordo com as frequências determinadas.
Na ponta oposta da conexão está algo como uma central telefônica. Lá o sinal de cada
linha telefônica é "separado" com a ajuda dos splitters, de modo que o que é voz seja enviada
a uma rede PSTN(Public Switched Telephone Network) , cuja função é a de tratar deste tipo
de comunicação e o que são dados sigam para um equipamento
denominado DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer).