O documento descreve as principais organelas e estruturas das células eucarióticas, incluindo a membrana celular, núcleo, retículo endoplasmático, aparelho de Golgi, lisossomos, mitocôndrias, centríolos, cloroplastos e parede celular. As organelas desempenham funções vitais como produção de proteínas, metabolismo, digestão, respiração celular e fotossíntese.
4. Membrana celular: Toda a célula, seja procarionte
ou eucarionte, apresenta uma membrana que
isola do meio exterior: a membrana plasmática.
Estudos com membranas plasmáticas isoladas
revelam que seus componentes mais abundantes
são fosfolipídios, colesterol e proteínas. É por isso
que se costumam dizer que as membranas
plasmáticas têm constituição lipoprotéica.
5. Proteínas de adesão: em células adjacentes, as proteínas da membrana
podem aderir umas às outras.
Proteínas que facilitam o transporte de substâncias entre células.
Proteínas de reconhecimento: determinadas glicoproteínas atuam na
membrana como um verdadeiro “selo marcador”, sendo identificadas
especificamente por outras células.
Proteínas receptoras de membrana.
Proteínas de transporte: podem desempenhar papel na difusão facilitada,
formando um canal por onde passam algumas substâncias, ou no
transporte ativo, em que há gasto de energia fornecida pela substância ATP.
O ATP (adenosina trifosfato) é uma molécula derivada de nucleotídeo que
armazena a energia liberada nos processos bioenergéticos que ocorrem
nas células (respiração aeróbia, por exemplo). Toda vez que é necessária
energia para a realização de uma atividade celular (transporte ativo, por
exemplo) ela é fornecida por moléculas de ATP.
Proteínas com função de ancoragem para o citoesqueleto.
6. NÚCLEO- é o centro de controle das atividades
celulares e o “arquivo” das informações
hereditárias, que a célula transmite às suas
filhas ao se reproduzir.
7. O retículo endoplasmático atua como uma rede de distribuição de
substâncias no interior da célula. No líquido existente dentro de suas
bolsas e tubos, diversos tipos de substâncias se deslocam sem se
misturar com o citosol.
O retículo endoplasmático rugoso (RER), também chamado
de ergastoplasma, é formado por sacos achatados, cujas
membranas têm aspecto verrugoso devido à presença de grânulos –
os ribossomos – aderidos à sua superfície externa (voltada para o
citosol). O retículo endoplasmático rugoso, graças à presença dos
ribossomos, é responsável por boa parte da produção de proteínas
da célula. As proteínas fabricadas nos ribossomos do RER penetram
nas bolsas e se deslocam em direção ao aparelho de Golgi,
passando pelos estreitos e tortuosos canais do retículo
endoplasmático liso.
8. O Retículo endoplasmático liso (REL) é formado por estruturas
membranosas tubulares, sem ribossomos aderidos, e, portanto, de
superfície lisa. Uma importante função de retículo endoplasmático liso é a
produção de lipídios. A lecitina e o colesterol, por exemplo, os principais
componentes lipídicos de todas as membranas celulares são produzidos no
REL. Outros tipos de lipídios produzidos no retículo liso são os hormônios
esteróides, entre os quais estão a testosterona e os estrógeno, hormônios
sexuais produzidos nas células das gônadas de animais vertebrados.
O retículo endoplasmático liso também participa dos processos de
desintoxicação do organismo. Nas células do fígado, o REL, absorve
substâncias tóxicas, modificando-as ou destruindo-as, de modo a não
causarem danos ao organismo. É a atuação do retículo das células
hepáticas que permite eliminar parte do álcool, medicamentos e outras
substâncias potencialmente nocivas que ingerimos. Dentro das bolsas
do retículo liso também pode haver armazenamento de substâncias. Os
vacúolos das células vegetais, por exemplo, são bolsas membranosas
derivadas do retículo que crescem pelo acúmulo de soluções aquosas ali
armazenadas.
9. Os vacúolos a função do vacúolo é regular as
trocas de água que ocorrem na osmose.
10. Aparelho de Golgi
O aparelho de Golgi atua como centro de armazenamento, transformação,
empacotamento e remessa de substâncias na célula. Muitas das substâncias que
passam pelo aparelho de Golgi serão eliminadas da célula, indo atuar em diferentes
partes do organismo. É o que ocorre, por exemplo, com asenzimas
digestivas produzidas e eliminadas pelas células de diversos órgãos (estômago,
intestino, pâncreas etc.). Outras substâncias, tais como o muco que lubrifica as
superfícies internas do nosso corpo, também são processadas e eliminadas pelo
aparelho de Golgi. Assim, o principal papel dessa estrutura citoplasmática é a
eliminação de substâncias que atuam fora da célula, processo genericamente
denominado secreção celular.
O aparelho de Golgi desempenha um papel importante na formação dos
espermatozóides. Estes contêm bolsas repletas de enzimas digestivas, que irão
perfurar as membranas do óvulo e permitir a fecundação. A bolsa de enzimas do
espermatozóide maduro, originada no aparelho de Golgi, é o acrossomo (do
grego acros, alto, topo, e somatos, corpo), termo que significa “corpo localizado no
topo do espermatozóide”.
11. Lisossomos são bolsas membranosas que
contêm enzimas capazes de digerir
substâncias orgânicas. As bolsas formadas na
fagocitose e na pinocitose, que contêm
partículas capturadas no meio externo,
fundem-se aos lisossomos, dando origem a
bolsas maiores, onde a digestão ocorrerá
(vacúolos digestivos).
12. Mitocôndrias produzem energia para todas as
atividades celulares. No interior das mitocôndrias ocorre
a respiração celular, processo em que moléculas
orgânicas de alimento reagem com gás oxigênio (O2),
transformando-se em gás carbônico (CO2) e água (H2O)
e liberando energia. A energia liberada na respiração
celular é armazenada em uma substância
chamada ATP (adenosina trifosfato), que se difunde
para todas as regiões da célula, fornecendo energia
para as mais diversas atividades celulares. O processo
de respiração celular será melhor explicado na seção de
Metabolismo energético.
13. Os centríolos são organelas NÃO envolvidas por
membrana e que participam do progresso de
divisão celular.
15. A parede celular é um envoltório extracelular presente em todos os
vegetais e algumas bactérias, fungos e protozoários, cuja
composição varia conforme o hábito de cada organismo perante os
processos evolutivos e adaptativos.
Essa estrutura impossibilita alterações morfológicas dos
organismos, em razão de seu caráter semirrígido, ou seja, as células
não conseguem alterar a forma em consequência do impedimento
espacial limitado pela rigidez da parede celular.
Nas plantas, a parede celular é composta basicamente pelo
polissacarídeo celulose, formando a parede celulósica. Na maioria
dos fungos, a parede é formada por quitina, podendo apresentar
celulose.
16. Cloroplastos
Se as mitocôndrias são as centrais energéticas das células, os cloroplastos
são as centrais energéticas da própria vida. Eles produzem moléculas
orgânicas, principalmente glicose, que servem de combustível para as
mitocôndrias de todos os organismos que se alimentam, direta ou
indiretamente, das plantas.
Os cloroplastos produzem substâncias orgânicas através do processo de
fotossíntese. Nesse processo, a energia luminosa é transformada em
energia química, que fica armazenada nas moléculas das substâncias
orgânicas fabricadas. As matérias-primas empregadas na produção dessas
substâncias são, simplesmente, gás carbônico e água.
Durante a fotossíntese, os cloroplastos também produzem e liberam gás
oxigênio (O2), necessário à respiração tanto de animais quanto de plantas.
Os cientistas acreditam que praticamente todo o gás oxigênio que existe
hoje na atmosfera terrestre tenha se originado através da fotossíntese.