1. Divisão do trabalho
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Dá-se o nome de divisão do trabalho à especialização de funções que permite a cada pessoa
criar, usar e acentuar, com máxima vantagem, qualquer diferença peculiar em aptidões e
recursos. Tem como consequência o trabalho cooperativo em tarefas e papéis específicos e
delimitados, com o objetivo de aumentar a eficiência da produção. Historicamente, a
emergência de uma divisão do trabalho cada vez mais complexa está associada ao aumento
do comércio, ao surgimento do capitalismo e à complexidade dos processos
de industrialização. Posteriormente, a divisão do trabalho atingiu o nível de uma prática
gerencial de bases científicas com os estudos de tempo e movimento associados
ao Taylorismo.;;//;//;;/
Na história da espécie humana, a primeira divisão do trabalho ocorreu entre homens e
mulheres, mas tornou-se ainda mais sofisticada com o advento da agricultura e a surgimento
da civilização. Alguns outros animais sociais também exibem uma divisão do trabalho.
A divisão do trabalho é uma característica fundamental das sociedades humanas, devida ao
fato de que os seres humanos diferem uns dos outros quanto a suas habilidades inatas ou
adquiridas. Em um certo estágio do desenvolvimento de suas comunidades, os indivíduos
percebem que podem satisfazer melhor as suas necessidades ao se especializar, ao se
associar e ao trocar, em vez de produzir, cada um de maneira autárquica, aquilo que precisa
consumir.
À semelhança dos indivíduos em sociedade, as diversas sociedades humanas também se
especializam. Modernamente, alguns se dedicam a estudar a chamada divisão internacional do
trabalho, ocorrida entre países.
A Divisão Social De Trabalho
A divisão social do trabalho.
Pode-se dizer que a “Divisão social do trabalho” é um termo que começou a ser utilizado por Karl Marx
e outros autores, que tem como finalidade designar a especialização das atividades presentes na sociedade,
não sendo dependente de produtos ou mercadorias.
A divisão social de trabalho indica atividades produtivas, ou ramos de atividades cuja são necessárias
para a reprodução da vida.Conforme ocorre o aumento da população e a vida material começa a surgir uma
relação entre os homens e a divisão do trabalho, tendo assim vários estágios que correspondem as formas
das propriedades da matéria.
Antigamente a divisão do trabalho ocorria por uma divisão sexual, entrando de acordo com a idade e
suas condições de exercer tão trabalho. Com a complexidade da vida em sociedade e o aprofundamento do
sistema de trocas entre grupos e ou sociedades.Este processo de trocas caracterizou o período da Idade
Média, pois a sociedade era dividida por artesões, soldados, escravos e entre outras divisões de trabalho.
Conforme a sociedade foi se evoluindo e se tornando mais complexa foi necessário que a divisão do
trabalho se se torna uma coisa de necessidade para manter uma sociedade em “ordem”. Com isso ela foi se
2. dividindo, se subdividindo e formando uma divisão social de trabalho, más essa divisão ainda era levada
para uma divisão de sexos, pois os homens trabalhavam e as mulheres ficavam em casa realizando tarefas
domesticas.
Só com o passar de anos e anos que essa divisão foi sendo destruída, pois as mulheres queriam seu
lugar na sociedade, enfim queriam fazer sua própria história, no começo foi difícil, pois a sociedade era
muito machista más com o tempo elas foram tomando seu espaço na sociedade e hoje temos um exemplo
de que as mulheres chegarão ao topo hoje quem preside nosso pais é uma mulher.
A divisão internacional do trabalho.
A Divisão do Trabalho em Adam Smith
Adam Smith, nos três primeiros capítulos de sua obra “A riqueza
das nações”, apresenta uma série de argumentos que corroboram para a idéia de que o aprimoramento da
produção é resultado direto da divisão do trabalho.
Segundo Smith, o grau de evolução de cada país pode, normalmente, ser medido pela diferenciação e
divisão do trabalho. A produção individual – que se desenvolve do começo ao fim de um determinado
produto – é entendida como uma forma primitiva de trabalho, o exemplo principal é o artesão. Por outro
lado, em oposição, as manufaturas em que cada trabalhador responde apenas por uma tarefa específica na
produção, são vistas como em estágio desenvolvido.
Smith afirma que “a divisão do trabalho, reduzindo a atividade de cada pessoa a alguma operação simples
e fazendo dela o único emprego de sua vida, necessariamente aumenta muito a destreza do operário.”
Além disso, os trabalhadores não perderiam tempo passando de uma atividade a outra – sua cabeça estaria
voltada unicamente para aquela simples atividade a ele atribuída. Movimento que, inclusive, aumenta as
chances de o operário realizar mais rapidamente a tarefa, além de pensar em possíveis soluções como a
invenção e o aprimoramento de máquinas, que facilitariam seu trabalho.
Na visão de Adam Smith, a divisão do trabalho – em todas as áreas da produção, leva a riqueza universal
às camadas mais baixas da população. O princípio da mais valia seria também aplicado à produção do
trabalhador, o que invariavelmente levaria a uma dinâmica da economia:
3. “Cada trabalhador tem para vender uma grande quantidade de seu próprio trabalho, além daquela que ele
mesmo necessita; e pelo fato de todos os outros trabalhadores estarem exatamente na mesma situação,
pode ele trocar grande parte de seus próprios bens por uma grande quantidade, ou – o que é a mesma
coisa – pelo preço de grande quantidade de bens desses outros. Fornece-lhes em abundância aquilo de que
carecem, e estes, por sua vez, com a mesma abundância, lhe fornecem aquilo de que ele necessita; assim é
que em todas as camadas da sociedade se difunde uma abundância geral de bens”.
A questão é colocada em nível universal quando Smith afirma que “sem a ajuda e cooperação de muitos
milhares não seria possível prover às necessidades, nem mesmo de uma pessoa de classe mais baixa de
um país civilizado” . O contraponto é que a divisão do trabalho pode não ser importante para muitos reis
da África, que são “senhores absolutos das vidas e das liberdades de 10 mil selvagens nus” , pois
certamente as necessidades desses reis não seriam maiores do que a de um camponês europeu. Entretanto
não há dúvidas de que assim que sentidos os benefícios da divisão do trabalho, não pode haver caminho
de volta, pois, para Smith, este não é o sentido do desenvolvimento.
A origem da divisão do trabalho estaria na tendência do homem – apresentada de certa forma como
natural – de permutar, intercambiar e trocar uma coisa pela outra. Além disso, a diferença de talentos –
expressa na produção – seria efetivamente útil ao homem – pois qualquer um pode comprar qualquer
parcela da produção de outro talento, de acordo com suas necessidades.
Outra questão importante é a extensão da divisão do trabalho, que nunca irá ultrapassar o poder de troca –
pois, efetivamente, a produção não deve ser maior do que a demanda – ou não haverá estímulo a produzir,
já que será impossível permutar toda a produção. Justamente por isso a extensão do mercado deve ser
proporcional à riqueza e a reduzida densidade demográfica da região. Logo, o sentido é que o mercado do
mundo todo seja aberto à produção.