ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
Roteiros de inspeção de equipamentos de combate a incêndios
1.
2.
3. Elaboração de roteiros
para realização de inspeções
a equipamentos de incêndio
Parte I
Antônio Fernando § percentual único lização de inspeções a equipamen-
Navarro tos de incêndio". Convém escla-
Pelos altos percentuais concedi- recer que o trabalho não se propõe
dos. os quais aplicados conjunta- a ensinar ninguém acerca das téc-
mente atingem a 70% de redução nicas de combate a incêndios, ou
da taxa nominal do risco, é conve- mesmo ao conhecimento profundo
Apresentação niente, para não dizer obrigatório. do funcionamento dos equipamen-
que todo o trabalho de inspeção tos.
seja bem elaborado, de sorte que,
I OI mercado segurador tempo
leiro pratica a muito brasi- ao ser concedido qualquer percen-
a aplicação de descontos nas ta- tual de desconto, a instalação se-
xas de seguros incêndio, pela exis- gurada seja realmente merecedora
do benefício. Realização de inspeções
tência de equipamentos de detec-
ção e combate a incêndios instala- Com o objetivo de contribuir para
a melhoria desse trabalho, nos pro- As inspeções realizadas em ins-
dos nos riscos segurados. Os ní-
talações industriais podem ter vá-
veis máximos de descontos prati- pomos a apresentar, em três par- rias características. de acordo com
cados pelas seguradoras são os tes, alguns assuntos sobre o tema
"Elaboração de roteiros para a rea- os objetivos a que se propõem.As-
seguintes:
sim sendo. pode-se inspecionar um
local para fins de:
desconto máximo . avaliação do estado dos bens;
equipamentos
. avaliação dos custos da ins-
talação;
. avaliação de riscos;
f extintores 5%§
. certificação de instalação de
25% equipamentos;
hidrantes . manutenção preventiva;
10%
mangotinhos
moto-bombas 10%§
. manutenção corretiva, etc.
carros de bombeiros 15% "As características de cada ins-
detectores 10%§ peção estão correlacionadas com
sprinklers 60% os objetivos específicos propos-
sistemas fixos de tos."
gases ou espuma 60"/0 O inspetor ou o engenheiro de
equipamentos especiais variável caso a caso riscos ao visitar uma instalação,
notadamente as industriais, deverá
ter pleno conhecimento do trabalho
CADERNOSDE SEGURO 13
4. I
a realizar, bem como estar familia- trolado, por apenas uma unidade . água-gás: 10 litros de água
rizado com os objetivos e metodo- extintora: . água pressurizada: 10 litros de
logia do trabalho empregado.O su- água
cesso ou não da inspeção está as-
sociado ao conhecimento e capaci-
. 0.50 m2 com 10 1 de espumá . halon: 4 kg de gás
química
tação do técnico. Quanto ao co-
nhecimento, cremos ser esse um.
. 0.70 m2 com 6 kg de gás car-
1.4) Peso dos equipamentos car-
bônico
assunto de foro íntimo de cada um, . 1,00 m2com 4 kg de pó químico regados
já que qualquer indivíduo que se seco
propõem a realizar uma tarefa de- O peso de cada equipamento
verá estar cônscio de suas respon- carregado com agente extintor é.
sabilidades e obrigações. Dessa em média. de:
1.1) Componentes dos extintores
forma, um montador de instalações
hidráulicas não deve inspecionar Os extintores portáteis são equi- . equipamento com 6 kg de C02:
sistemas elétricos, um técnico em pamentos constituídos de: 22 kg
edificações não deve inspecionar . corpo em cilindro de aço espe- . equipamento com
11 kg
4 kg de PQS:
montagensindustriais.etc. I cial SAE 1040 ou de chapa de aço
No tocante a organização dos calandrada n° 14 ou 16, constituin- . equipamento com 10 1 de espu-
serviços. vários são os processos do o recipiente do agente ou da ma: 18 kg
que podem ser adotados. Dentre substância extintora: . equipamento com 10 1 de água:
esses citamos os roteiros e os for-
mulários direcionados de uso bas-
. tampa de alumínio ou latão; 15 kg
. válvula;
tante difundido. Alguns desses são . manômetro; 1.5) Realização da inspeção
padronizados. de acordo com a uti- . mangueira de borracha ou de
lização que se dará aos mesmos. plástico; Por ser um dos equipamentos
Outros são elaborados pelos pró-
prios inspetores, de acordo com o
. difusor de plástico ou de metal; mais simples, a verificação restrin-
seu desempenho, conhecimento
. suporte metálico; ge-se a uma inspeção visual do
equipamento e do seu posiciona-
específico, tempo a ser dispendido
. garrafa de aço.especial de pres-
mento e funcionamento. É impor-
surização externa. etc. tante verificar se:
na inspeção, grau de qualidade do
. serviço,etc.
Nossa preocupação neste artigo a - os extintores estão posicio-
1.2) Comercialização dos extinto- nados em local de fácil acesso.
é a de tecer comentários sobre as res
características de cada um desses perfeitamente identificados, afasta-
roteiros, enfatizando a inspeção a dos a não mais do que 40 metros
Os extintores são comercializa- uns dos outros;
equipamentos de detecção e com-
bate a incêndios. Estes roteiros
dos com as seguintes quantidades b- os cilindros encontram-se
de agente extintor: .em bom estado de conservação.
contêm as informações mínimas
normalmente solicitadas para es- . pó químico seco -1,2,4,6,8,12, pintados. sem ferrugem ou defor-
midades;
ses casos, podendo vir a ser 20,30,50,70,100,200 e 250 Kg;
acrescidos de informações com-
plementares. a critério do inspetor.
. água pressurizada-10,75 e 150 ç - as mangueiras, manõme-
tros. gatilhos. ampolas. difusores
I 1;
I
I . Equipamentos de detecção e . água-gás - 10,75 e 150 1; e todos os demais pertences en-
combate a incêndios . espuma química - 10,75 e 150 contram-se bem conservados e
sem defeitos aparentes (são co-
1;
. -
gás carbônico 1,2,4,6,8,10,12, muns casos de mangueiras racha-
das, manômetros com marcação
25 e 50 kg;
1) Extintores de incêndio . halon -1.2.4 e 25 kg. falsa e difusores entupidos por pa-
litos e pontas de cigarro);
São assim denominados todos 1.3) Unidades extintoras d- o selo de Marca de Confor-
os equipamentos portáteis e semi- midade da Associação Brasileira
portáteis. que possuindo uma limi- Define-se unidade extintora co- de Normas Técnicas (ABNT) en-
tada carga de agente extintor pro- mo um determinado volume ou uma contra-se intacto, bem como se a
piciam um primeiro combate aos dada quantidade de substância ex- papeleta de controle de recarga
princípios de incêndio. de forma di- tintora acondicionada no mesmo está íntegra;
reta e restrita. através da projeção recipiente. De acordo com a Circu- e- a altura de fixação do equi-
de substâncias extintoras. lar SUSEP n° 19/78 as unidades pamento não está excedendo ao
Para se ter uma idéia da limita- extintoras são: máximo permitido pelos regula-
ção dos extintores. damos como . gás carbônico: 6 kg de gás mentos específicos (ver nota 1);
-
exemplo a área máxima superficial . pó químico seco: 4 kg de pó f as unidades estão obstruí~
de um líquido inflamável em cha- . espuma química: 10 litros de das por equipamentos ou merca-
dorias;
mas. que pode ser extinto ou con- concentrado de espuma e água
14
5. g- a sinalização utilizada é considerados leves (ocupação 1 ragem com o material em combus-
clara e precisa na iliformação (ver ou 2 da TSI8) e desde que em tão, seja isolando-o do oxigênio
nota 2); bases metálicas ou de madeira. dissolvido no ar ou o contido no
h- o período de recarga está 2) A sinalização empregada em próprio material, seja compondo-se
sendo obedecido. bem como se todos os locais deverá estar de com o mesmo. gerandp uma mistu-
existe um rígido controle sobre as acordo com os padrões de cores ra menos perigosa. E o caso da
recargas. testes hidrostáticos e da A8NT, bem como de acordo utilização de pós químicos espe-
manutenção e qual o tipo de con- com as características ambientais ciais à base de monofosfato de
trole exercido (os extintores com de cada área. Normalmente são amônia, uréia, grafite, clareto de
água em seu interior do tipo água- empregadas como sinalização: bário. cloreto de sódio, fluoreto de
gás. água pressurizada e espuma cálcio e outros mais. em incêndios
devem ter a sua carga renovada . setas indicativas, com a extre- envolvendo antomônio. lítio, cád-
a cada ano; o extintor de pó quími- midade indicando o equipamento; mio. magnésio, potássio, selênio,
co seco com pressurização interna . círculos por sobre o equipamen- sódio, titânio. zinco e zircônio.
deve ter a sua carga renovada a to. indicando-o bem como o tipo 4) Em decorrência da ocupação
cada período de um ano; o extintor de agente extintor; etiquetada para cada local. enqua-
de gás carbônico deve ser pesado . áreas pintadas sob o extintor. drada na Tarifa de Seguro Incêndio
a cada seis meses. e a cada perda indicando espàços que não devem do 8rasil. os riscos são classifi-
de gás superior a 10% deve ter ser obstruídos; cados em três categorias. denomi-
a sua carga completada); . faixas pintadas nas colunas, nadas de classes A, 8 e C.
i - existem locais sem extinto- acima do extintor, indicando o Para a classe A a área de ação
res e qual a área total desses lo- agente. (área na qual uma unidade extinto-
cais; ra teoricamente poderá debelar
Eventualmente poderão existir
j - os agentes extintores estão qualquer princípio de incêndio nela
outros processos indicativos, lumi-
de acordo com as ocupações dos nosos ou não, devendo nesses ca- originado) de cada unidade extin-
locais (ver nota 3); sos serem do conhecimento de to- tora é de no máximo 500.m2. Para
-
I o distanciamento máximo
dos ou usuários do local. as classes 8 e C é atribuída, a
entre os equipamentos é inferior cada unidade extintora, uma área
Alguns fabricantes recomendam
ao permitido em normas (ver nota máxima de atuação de 250 m2.No
4). as seguintes cores. como indicati-
vas das qualidades dos agentes primeiro caso, o operador do equi-
extintores e de seus usos: pamento não deverá deslocar-se
mais do que 20 metros, de forma
. branco - espuma química ou a utilizar-se do extintor mais próxi-
água; mo. qualquer que seja o ponto do
Notas . -
amarelo gás carbônico; local atingido pelo foco de incên-
. azul- pó químico seco. dio. Para as classes 8 e C essa
1) A circular SUSEP n° 19/78 distância considerada é de 15 me-
de 6 de março de 1978. que revo- 3) Para a extinção de incêndios tros.
gou a segunda parte da Portaria que envolvam a combustão de ma- Em função do tipo de norma utili-
n° 21. de 05 de maio de 1956.deter- terial celulósico comum,ou de pro- zada são adotados outros valores.
mina que a altura máxima de fixa- dutos que apresentem resíduos Na tabela apresentada a seguir é
ção de unidades portáteis a pare- após a combustão (incêndio da feito um estudo comparativo utili-
des e colunas. medida da alça su- classe A). pode-se lançar mão de zando-se por parâmetros as legis-
perior de sustentação do equipa- qualquer tipo de agente extintor. lações adotadas na maioria dos re-
mento ao piso acabado, seja de sendo que os que se mostram mais latórios de inspeção.
170 em. eficientes são aqueles à base de A nível de melhor segurança
O Decreto n° 897. de 21 de setem- água ou cujo veículo de emulsão contra incêndio e de maior e me-
bro de 1976, Código de Segurança seja a água. lhor adaptação à realidade nacio-
41 contra Incêndio e Pânico, do Esta- Para os incêndios da classe 8. nal. é aconselhável a adoção dos
do do Rio de Janeiro. regulamen- que envolvem líquidos combustí- valores formulados na legislação
tando o Decreto-lei n° 247, de 21 veis, graxas e gases. recomenda- do Ministério do Trabalho.
de julho de 1975.fixa a altura máxi- se a utilização de produtos que os Os valores constantes da Circu-
ma entre o suporte do equipamento isolem do ar atmosférico (efeito de lar SUSEP. com pequenas altera-
ao piso acabado em 180 em. abafamento). Os produtos mais in- ções foram extraídos das tabelas
A Portaria n° 3214. de 08 de junho dicados são as espumas químicas do National Fire Protection Asso-
de 1978. do Ministério do Trabalho e os pós químicos. ciation (NFPA).
determina que a altura máxima de Os incêndios da classe C devem
fixação das unidades extintoras ser combatidos com produtos não
seja de 160 em. condutores de eletricidade. 2) Canalizações preventivas de
Extintores repousados sobre o Nos incêndios da classe D de combate a Incêndlos/hldrantes
chão só deverão ser permitidos em vem ser empregados produtos es-
condições especiais, em riscos peciais. os quais normalmente inte- O sistema de combate a incên-
CADERNOS
DESEGURO 16
6. LIMITAÇÕES IMPOSTAS ÀS UNIDADES EXTINTORAS
TIPO DO TEMPO DE ALCANCE MÁ- RESTRiÇÕES AO.USO 00 AGENTE EXTINTOR.
EQUIPAMENTO DESCARGA XIMO DO JATO
GÁS 18/20 SEG. 2;5/4,5 m PÓS METÁLICOS, METAIS ALCALINOS, NITRATO DE CELULOSE,
CARBONICO METAIS PIROFÓRICOS.
PÓ QUrMICO 20/30 SEG. 6/9 m EQUIPAMENTOS EL~TRICOS E CONTATOS EL~TRICOS SENSrVEIS.
ESPUMA 20/50 SEG. 3/5 m I ACETONA, ACETATO DE AMILA, ~TERES. ÁLCOOIS (METrLlCo,
QUrMICA ETrLlCO.13UTrLlCO), BUTANo, BUTADIENO, PROPANo, SÓDIO
METÁLICO. MAGN~Slo, ZIRCONlo, TITÂNIO.
ÁGUA-GÁS 50/60 SEG. 9/12 m I EQUIPAMENTOS E~TRICOS ENERGIZADOS, CARBONATOS,
ÁGUA-PRESS. PERÓXIDOS, SÓDIO METÁLICO. SAIS ORGÂNICOS.
COMPOSTOS 10/15 SEG. 2,5/4,5 m INITRATO DE CELULOSE, PÓLVORA, METAIS RADIOATIVOS, METAIS
HALOGENADOS REATIVOS, HrDRIDOS METÁLICOS.
EXTINTORES PORTÁTEIS DE INCNDIO - REGULAMENTAÇAo EXIGIDA
LEGISLAÇÕES EM ALT. MÁXIMA ÁREA MÁXIMA DE PROTEÇAo DIST. MÁXIMA DO OPERADOR CAPAC. DE 1 UNID. EXTINTORA
VIGOR DE FIXAÇÃO ClAS. A ClAS. B ClAS. C ClAS. A ClAS. B ClAS. C AO ES PQS C02
PORTARIA 3214/76 160 em 500 m2 250m2 150 m2 20m 10 m 10 m 10 L 10 L 4 K9 6 Kg
M IN. TRABALHO
CIRC. SUSEP 19/78 170 em 500 m 250 m 250 m 20 m 15 m 15 m 10 L 10 L 4 Kg 6 Kg
MERC. SEGURADOR
DECRETO 897/76 180 em 250 m2 150 m2 100 m2 20m 15 m 10 m 10 L 10 l 4 Kg 4 Kg
CORPo BOMB. RJ
DECRETO 20.811/83 160 em 500 m2 300 m2 200 m2 25 m 20 m 15 m 10 L 10 L 4 Kg 6 Kg
CORPo BOMB. SP
dios conhecido por "hidrante", do em vista que abastecimentos água armazenada irá variar de
adotado em instalações industriais, desse tipo nem sempre estão dis- acordo com a classe de risco a
de passeio ou de coluna, ou "cana- poníveis, passou-se a fazer exi- proteger. Assim sendo tem-se:
lizações preventivas de combate a gências mínimas de volume de
incêndios", para edificações resi- água armazenada disponível para .
Riscos Classe A (ocupações
denciais ou comerciais, é um siste- o sistema. 01/02): 12.000 litros
ma hidráulico constituído por cana- Em nosso país, afora os múlti-
.
Riscos Classe B (oclJpações
lizações, reservatórios de água, 03/06): 30.000 litros
plos regulamentos internos de al-
conexões, registros, derivações, gumas empresas particulares ou .
Riscos Classe C (ocupações
mangueiras, requintes, moto-bom- estatais. são somente dois os re- 07/13): 54.000 litros
bas e demais acessórios, para uti- gulamentos específicos sobre o Caso o abastecimento de água
lização em combate a incêndios. assunto. aceitos pela grande maio- seja feito com o emprego de moto-
De todos os sistemas de preven- ria das empresas. O mais divulga- bombas fixas de acionamento uu-
ção e combate a incêndios, o siste- do é o contido no item 2 do artigo tomático, que aspirem água de um
ma de hidrantes é o único realmen- 16 da TSIB, conhecido como Circu- reservatório ao nível do solo, ovo.
te de combate, atuando os demais lar SUSEP n° 19. O segundo regu- lume de água mínimo,destinado ao
como sistemas de prevenção. de- lamento. adotado no Estado do Rio sistema, independente da classe
tecção, apoio ou combate a princí- de Janeiro e copiado por quase to- de risco a proteger, será de
pios de incêndio. das as corporações de bombeiros 120.000 litros.
é o Decreto 897. O Decreto 897. por sua vez, es-
De acordo com a Circular SU- tabelece outros critérios completa-
2.1) Abastecimento de água SEP, o abastecimento de água pa- mente divergentes, quanto ao volu-
ra a rede pode ser feito, ou por me mínimo de água armazenadé.:
o melhor sistema é aquele que ação da gravidade ou por meio de para o combate a incêndios, con-
possui uma quantidade do água ili- moto-bombas. Para o primeiro ca- forme pode-se observar a seguir:
mitada e constante. tal como um so, abastecimento através de re-
rio. açude. barragem ou lago. Ten- servatórios elevados, o volume de . canalização preventiva de com-
16
7. bate a incêndios - volume míni- 2.2) Bombeamento do sistema seções de 15 metros de compri-
mo de 6.000 litros, para instalações mento cada.-
dotadas de até 4 hidrantes, ou pon- As exigências feitas nos regula- O Decreto897, independentedo
tos de saída. Para cada hidrante mentos para a instalação de bom- sistema ser interno ou externo,
adicional deve-se acrescentar à bas para a adução de água são: considera que o raio máximo atin-
reserva exclusiva do sistema mais gido por cada ponto não deverá ex-
500 litros para cada ponto. a) as bombas não poderão ser ceder a 30 metros de linha de man-
Tomemos por exemplo.um prédio utilizadas para outro fim que não gueira. distribuída em duas seções
comercial com 8 pavimentos e dois o de adução de água ao sistema de 15 metros de comprimento ca-
de combate a incêndio; da. .
hidrantes por pavimento. Para o
cálculo da reserva mínima faze- b) as bombas deverão ser de
mos: partida automática, conjugadas a
um sistema de alarme específico,
4 hidrantes: 6.000 litros que denuncie seu acionamento,se-
t (8x2)-4: 12 hidrantes
12x500: 6.000 litros
ja através de um gongo hidráulico
acionado através da passagem de
água por uma válvula de retenção,
Nota
volume total: 12.000 litros
seja através de uma válvula de flu- Os hidrantes devem .:ierposicio-
r xo; nados, preferencialmente, em pon-
Pelo Decreto 897 esse prédio
deverá ter uma reserva exclusiva c) possuir acoplamento direto, tos de fácil acesso e que ofereçam
motor-bomba, sem interposição de alguma garantia de incoluminidade
de água para o sistema de canali- correias ou de correntes;
zação preventiva de combate a in- para a permanência do(s) opera-
cêndio de 12.000 litros. Pela Circu- d) estar sempre escorvadas, dor(es). Assim sendo, recomenda-
lar SUSEP n° 19 a mesma edifica- seja através do sistema de afoga- se:
mento, eixo da bomba situado abai-
ção terá, se for um risco Classe posicionamento élO longo de
xo do fundo do reservatório. seja (9
A, os mesmos 12.000 litros. Porém, áreas de circulação;
através de tanques de escorva au-
caso o risco seja maior haverá um
déficit no volume total exclusivo.
tomática; . proximidade de paredes ex-
e) possuir acionamento automá- ternas ou de paredes divisórias de
. É importanteinformarque muitas tico por meio de queda de pressão adequadas resistências;
pessoas costumam confundir a re- da rede e parada manual por siste- .. em locais congestionados os
serva exclusiva para o sistema ma de botoeira; hidrantes devem estar situados ao
~om a reserva disponível. No caso f) as bombas elétricas terão' lado de edificações ou de estrutu-
de reserva exclusiva denomina-se ras que ofereçam os menores ris-
uma instalação elétrica indepen-
o volume de água, que indepen- dente da rede de consumo geral. cos de desàbamento;
dente do consumo geral da edifica- alimentadas antes da chave geral . recomenda-se também, caso
qão estará sempre a disposição do das instalações e com um mínimo exista espaço disponível ao redor
sistema. A reserva disponível é de dois suprimentos de energia dos riscos, que os equipamentos
aquela contida no reservatório ge- elétrica confiáveis. podendo ser fiquem situados do lado externo
ral. das construções, na linha das co-
duas fontes externas independen-
Deve-se dar bastante atenção tes, ou uma externa e um gerador lunas ou no entroncamento de pa-
não só à reserva disponível como de emergência, de acionamento redes resistentes, afastados das
também à qualidade de água arma- automático. mesmas o equivalente à própria al-
zenada. Recomenda-seque a água tura das mesmas.
não deva conter: óleos, graxas.
;Jartículas grosseiras em suspen-
são. matéria orgânica e outros ma- 2.3) Distribuição geométrica do 2.4) Componentes do 'sistema
teriais que venham a prejudicar o sistema
bombeamentoe a fluidez do líquido O diâmetro mínimoda rede deve-
pelas canalizações. Não é reco- A circular SUSEP discrimina o rá ser de 2 1/2", em ferro fundido,
mendado também o emprego de sistema em: hidrantes internos e aço galvanizado, aço preto, cobre.
água salgada, a não ser em casos hidrantes externos. Para a rede in- Para as canalizações que estejam
bastante especiais. Os problemas terna a proteção oferecida por ca- enterradas, permite-se a utilização.
que a presença desses materiais da hidrante será a correspondente até o limite da válvula de governo.
podem causar são: a uma área cujo raio de ação seja . o emprego de canalizações de
igual a 40 metros, -compreendido PVC rígido, ou de fibrocimento.
. entupimentos nas canaliza- por 30 meÚos de linha de manguei- As canalizações deverão supor-
ções, requintes e mangueiras; ra dividida em duas seções de 15 tar uma pressão de trabalho de no
. danos ao rotor da bomba; . metros cada e 10 metros de jato mínimo 50% do valor da pressão
. corrosão interna dos equipa- de água. Para a rede externa o máxima de projeto da rede. Para
mentos; raio passa a ser 70 metros. sendo uma pressão na rede de 50 Ib/in2
. possibilidade da extinção não 10 metros de jato de água e 60 as canalizações deverão suportar
ser bem-sucedida. metros de mangueiras. em quatro uma pressão mínima de 75 Iblin2.
CADERNOSDE SEGURO 17
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Exemplo da área coberta por pontos de hldrantes, onde todos os locais estão abrangidos por pelo menos dois Jatos
de água.
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Exemplo de área coberta por pontos de hldrantes, onde se observa a existência de áreas não cobertas. Este tipo
de distribuição geométrica deve ser evitada, sob pena de não se atingir a proteção Ideal.
18
9. Pelo Decreto 897 a pressão mínima com as seções da instalação em- n) Verificar se o conjunto de ba-
é de 18 kg/cm2. butidas, utilizando PVC, principal- terias elétricas para a partida das
Preferencialmente a canalização mente se passam sob áreas sujei- bombas de acionamento por motor
deverá estar aparente, a fim de qu.. tas a elevadas cargas)? a explosão encontram-se a plena
possa corrigir-se. com facilidade. f) As pressões estática e dinâ- carga;
qualquer defeito ou vazamento mica encontram-se de acordo com o) Inspecionar o nível do reser-
bem como para facilitar o trabalho os parâmetros de cálculo? (ver no- vatório de combustível para o con-
de manutenção preventiva.e corre- ta 2) junto moto-bomba a explosão (ver
tiva da rede. g) Os valores obtidos com o nota 5);
As mangueiras deverão ser re- teste de vazão, através da medição p) Informar os tipos de supri-
sistentes a umidade e a corrosão. com um tubo de PITOT, estão de mentos de energia elétrica, verifi-
capazes de resistir a uma pressão acordo com o mínimo exigido para cando se é contínuo, qual sua con-
de teste de 20 kg/cm2. a classe de proteção? (ver nota fiabilidade. se existem alternativas
;3j de suprimento. se a alimentação
h) Há necessidade de se manter do sistema é feita antes ou depois
2.5) Elaboraçéo de relatórios
a rede pressurizada. em decorrên- da chave geral de proteção;
Trata-se de um sistema de com- cia de queda de pressão, provoca- q) As bombas estão apresen-
bate a incêndios de inspeção mais da por vazamentos. através de tando vazamentos? Há vibrações
Jockey Pump? excessivas? O eixo do motor está
complexa do que a dos extintores,
por tratar-se de uma instalação hi- i) Inspecionar os reservatórios alinhado? Há folgas no acoplamen-
de água, a fim de verificar o seu to motor-bomba? Existem chaves
dráulica. com todos os componen.
estado de limpeza e ocorrência de de proteção térmicas para evitar
tes a ela pertinentes, ter parte de
vazamentos (se o reservatório é danos. ao motor por falta de fase
seu traçado embutido e parte apa-
completamente fechado e a água ou sobrecarga? Quais as caracte-
rente, necessitar de reparos com
maior freqüência, etc. do sistema tratada com a adição rísticas do motor e da bomba? (ver
de produtos químicos. deve-se es- nota 6)
O mínimo que pode ser verifica-
vaziá-Io completamente a cada r) Os painéis elétricos estão em
do durante uma inspeção é o se-
guinte: .
a) Todas as saídas foram en-
ano. Caso.a água não seja tratada,
o esvaziamento deve se dar a cada
bom estado? Os disjuntores são
adequados à corrente e à ampera-
contradas desobstruídas e em con- 6 meses, seguido de uma limpeza gem? Existem chaves de compen-
dições de operação imediata? completa do reservatório. Para re- sação? As chaves de partida são
servatórios abertos dever-se-á ter, adequadas? Os condutores são fa-
b) Todas as caixas de perten-
ces estão completas. sinalizadas no caso de água tratada, o esva- cilmente identificáveis? Todas as
ziamento a cada 6 meses, e no emendas dos condutores estão
e com livre acesso (cada caixa de-
ve conter, no mínimo, dois lances caso de água não tratada o esva- convenientemente protegidas? O
de mangueiras com 15 metros de ziamento a cada 3 meses, sempre quadro está eletricamente aterra-
seguido de uma limpeza completa, do? Existem chaves de transferên-
comprimento cada, para cada saí-
da do hidrante. um esguicho do tipo com o escovamento das paredes, cia? As instalações elétricas das
jato sólido - troncocônico - e outro para a remoção de algas e limos. bombas estão corretas? As bom-
regulável. uma chave de cone- Essa operação deve ser recomen- bas estão eletricamente aterra-
das?
xges)? dada no caso de redes com pouca
c) Os esguichos estão conecta- manipulação, onde o volume de
dos à extremidade de-uma das se- água armazenada praticamente
ções das mangueiras? (ver nota 1) não sofre alteração. Caso a rede
d) Todas as válvulas registro seja utilizada periodicamente, po- Notas
estão completas e funcionando de-se ampliar estes prazos até
1 normalmente. bem como existe atingir-se o dobro do valor reco- 1) Os hidrantes internos, ou ca-
uma sinalização adequada ins- mendado; nalizações preventivas de combate
, truindo sobre o seu uso (as válvu-
las deverão estar providas de: vo-
j) Saber se há reserva de água
exclusiva para incêndio e qual o
a incêndios. deverão possuir dois
lances de mangueiras. de 15 me-
lante. haste. castelo. etc. Algumas volume reservado para esse firT" tros de comprimento cada para ca-
vezes costuma-se encontrar volan- (ver nota 4); da saída do hidrante. Para os hi-
tes quebrados ou a falta do próprio I) Testar o sistema de partida drantes externos a Circular SUSEP
volante. haste empenada. gaxeta das bombas, indicando qual o sis- determina 4 lances e o Corpo de
com vazamento. etc./? tema, bem como informar' se são Bombeiros apenas 2.
e) Existem vazamentos na ins- feitos testes nas mesmas e qual 2) De acordocomaCircularSU. .
talação. detectados com facilidade a periodicidade; SEP, a pressão mínima requerida
eu não (de um modo geral os vaza- m) Informar o tempo mínimo pa- para o sistema deverá ser de: 3.5
mentos tendem a ocorrer nas co- ra que as bombas entrem em ope- bares (35 metros de coluna de
nexões e junto a mudanças brus- ração automaticamente e qual a água) para os riscos da classe A
cas de direção, do tipo joelhos ou pressão mínima para que isso de incêndio; 1.5 bares (15 metros
t9S. Deve-se ter especial cuidado ocorra; de coluna de água) para os riscos
CADERNOS
DESEGURO19
10. RELATÓRIO MENSAL DE MANUTENÇÃO DE RELATÓRIO N'
EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCNDIO
SEGURADO:... ............ ......... .............................. .................... ............ ............ ...................................
LOCALIZAÇÃO:.... ............... .................. ...... ............ ..................... ............. .............. ..........................
PREPARADO POR:......,. .................. ...... ...... ................ .............. .................. ....... ................. ..............
DATA..............................................................................................................................................
O N' DE COMPONENTES:....... ........................... ......... ....... ...... ..... ....... ............ ..... ........ ..................
......
<5 DATA DO ÚLTIMO TREINAMENTO:.....................................................................................................
OZ
<ot.U DEFICINCIAS ENCONTRADAS:......... .................. ...... .......... .......... ........ ............. ....................... ........
"U
-Z ......................................................................................................................................................
a:-
aJw ......................................................................................................................................................
O . ......................................................................................................................................................
l' SEM. 2" SEM. 3' SE"'. 4' SEM.
OBSERVAÇÕES SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
cn
<
O ESTÃO COMPLETAMENTE DESOBSTRUrDOS?
O
a:
w
a: A SINALIZAÇÃO NAS PAREDES. PISOS
aJ
O E TETOS ESTÁ VISfVEL?
cn
w
TODOS OS EXTINTORES ESTÃO CARREGADOS?
w
I-
'< EXISTEM LOCAIS SEM EXTINTORES?
l-
a:
O
Il. OS EXTINTORES UTILIZADOS ESTÃO DE ACORDO
cn
w COM AS OCUPAÇÕES DOS LOCAIS?
a:
O
I-
l- DEF ICINCIAS ENCONTRADAS:......................... ................... ............................. ......... .......................
X ......................................................................................................................................................
w
......................................................................................................................................................
l' SEM. 2" SEM. 3' SEM.
SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO
OBSERVAÇÕES
FORAM ENCONTRADOS COMPLETAMENTE
DESOBSTRUfDOS?
TODAS AS CAIXAS DE EQUIPAMENTOS
ESTÃO COMPLETAS?
AS MANGUEIRAS, CONEXÕES E REQUINTES
ESTÃO EM BOM ESTADO?
AS BOMBAS ESTÃO SENDO TESTAD
SEMANALMENTE?
cn
w
I-
Z O DEPÓSITO DE COMBUSTfvEL
<
a: ENCONTRA-SE COMPLETO?
Q
:I:
AS BATERIAS ESTÃO CI PLENA CARGA?
HÁ VAZAMENTO NAS CANALIZAÇÕES
VÂLVULAS E JUNTAS?
DEFICINCIAS ENCONTRADAS:..... ............ ......... .............. ............ ............ .........................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
......................................................................................................................................................
VAZÃO MEDIDA NO HIDRANTE MAIS DESFAVORÁVEL:........................................................................
20
11. de classe B de incêndio; e, 4,5 ba- volume de água lançado conve- ção de sucção ou na caixa de ga-
res ou 45 metros de coluna de nientemente do que grandes volu- xetas.
água para os riscos classificados mes de uma só vez. As vibrações que podem ocorrer
como de classe C. 4) A Circular SUSEP determina no conjunto moto-bomba podem
A pressão na rede é de suma como reserva mínima de água ex- ser provenientes de:
importância no sucesso da extin- clusiva para o combate ao incêndio
ção do incêndio. Deve ser suficien- os seguintes volumes: . desalinhamento da bomba;
te para permitir a projeção da água
. .
falta de rigidez da fundação;
sobre o foco do incêndio com a abastecimento por gravidade .
ausência de algum calço;
segurança necessária para o ope- -12 m3 para riscos de classe A .
falta de amortecedores de vi-
rador. bem como não permitir ex- 30 m3 para os riscos da classe bração;
B
cesso de rigjdez das mangueiras. eixo fletido; .
Em ambientes bastante congestio-
C
54 m3 para os riscos da classe mancais gastos. etc. .
nados, pressões acima de 4,0 ba- Caso estejam ocorrendo sobre-
res já são inconvenientes. Com . abastecimento por bomba -
cargas elétricas no motor de arran-
uma pressão de 40 metros de colu- 120m3independente do tipo de ris- que. ou de acionamento. deve-se
na de água consegue-se lançar um co a proteger. verificar o seguinte:
jato de água a 8 metros de dis- 5) O volume mínimode combus- . velocidade acima do normal;
tânci~ tível exigido para as bombas de .
capacidade de bombeamento
hidrantes será o que permite o fun- de água superior à real necessida-
3) Pela Circular SUSEP n°
19/78 a vazão mínima medida em cionamento ininterrupto das mes- de da rede;
cada requinte. com o acionamento mas, a plena carga, durante um
tempo mínimo de duas horas.
.
defeitos mecânicos no equi-
simultâneo de duas linhas de man- pamento;
gueiras será de: 6) Quando ocorrer queda de va- .
defeitos provocados por ins-
zão ou pressão e falha no supri- talação elétrica deficiente;
. 200 litros por minuto para os mento de água aduzida à rede, po- .
líquido de viscosidade dife-
riscos da classe A
de ser que esteja ocorrendo uma rente daquele para o qual foi proje-
. 500 litros por minuto pclra os das causas apontadas a seguir: tada a bomba.
riscos da classe B . falta de escorva da bomba;
. 900 litros por minuto para os () baixa velocidadede rotação
Caso ocorra queda de pressão
na linha e nenhum dos defeitos an-
riscos da classe C
da bomba; teriormente comentados tenha sido
Pelo Decreto 897/76. com o tes- . excesso de carga dinâmica detectado, convém verificar a exis-
te hidrostático nas mesmas condi- superior à capacidade de recalque tência de:
ções anteriores a vazão mínimave- da bomba;
rificada será de 500 Ipm. . altura de sucção superior à anéis gastos; .
Aqui também verifica-se o se- admissível; danos ao rotor; .
guinte: o que apaga o incêndio não . alojamento de material estra- defeitos nas juntas; .
é o volume de água derramada. nho no roto1'; .
obstrução na válvula de pé;
mas sim a forma de como a mesma . bomba girandb no sentido . pouca imersão do tubo de
é aspergida sobre o foco de incên- oposto. por troca de polaridade; sucção;
dio e a sua constância. Desta for- o excesso de ar na água; .
pressão na admissão insufi-
ma, é mais adequado um menor . vazamento de ar na canaliza- ciente.
HIDRANTES - EXIGNCIAS M/NIMAS
LEGISLAçOES EM PRESsAo MINIMA LINHAIMCAI
NA VAzAo MIN. NO REQUINTEIloml VOL. MINIMOPOR GRAVIDADE VÓL: MINIMOPOR BOMBAS
VIGOR CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS C
f CIRC. SUSEP 19/78
MERC. SEGURAOOR
DECRETO897176
CORP. BOMB.AJ
35
10/40
15
10/40
45
10/40
200
500
500
500
900
500
12 m'
6/VAR.
:I) m'
6/VAR.
54 m'
6/VAR.
120 m'
:I) m'
120 m'
:I) m'
120 m'
:I) m'
, DECRETO20611/83
COAP. BOMB. SP
15/100 15/100 15/100 200 500 900 S/VARo 5/VAR. 5/VAR. 6/24 m' 15/60 m' 27/106 m'
. CARACTERlsTICAS DO SISTEMA
LEGISLAçOESEM DIAMETAODAS MANGUEIRAS DIAMETRO DOS REQUINTES PRESsAo MINIMA COMPRo MÁX. DA LINHA DE MANG.
VIGOR CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B CLAS. C CLAS. A CLAS. B "'LA. '"
CIRC. SUSEP 19/76 35 mm 63 mm 63 mm 13 mm 25 mm 25 mm 3,5 bar 1,5 bar <,5bar :1)/60 m :1)/60 m :1)/60 m
MERC. SEGURAOOR
DECRETO 897/76 36 mm 63 mm 63 mm 13 mm 25 mm 25 mm 184bar 184bar 184bar :l)m 30m :l)m
COAP. BOMB. AJ
DECRETO 20811/83 3B mm 3B mm 63 mm 13 mm 16 mm 19 mm 1,5 8 10 bar 1,5 8 10 bar 1,5 8 10 bar :1)/60 m 30/60 m :1)/60 m
CORPoBOMB.SP
o
CADERNOS
DESEGURO21
12. --
Elaboraçãode Roteiros para a
Realização
de Inspeções do Equipamento de
Incêndio
Parte n
Antônio Fernando eletrônicos, constituídos de tubula- Os sistemas de detecção podem
Navarro ções, condutores, painéis de con- ser do tipo "ponto fixo" (isto é,
EngenheiroCivil
trole, fontes de alimentação e de- detectam em um único ponto ou
Engenheirode Segurança do Trabalho tectores, os quais, por intermédio local) e do tipo "linear" (detectam
Gerente de Riscos do Banco Nacional de sensores localizados estrategi- através de uma faixa linear, de mo-
camente em um ambiente, detec- do contínuo).
tam, de modo automático, qualquer A seleção dos detectores é feita
forma ou foco de incêndio, ou en- de acordo com as características
íjfl
~ m nosso primeiro capítulo,
abordamos, sob o ponto de tão seus fenômenos, dentro de próprias dos vários tipos de incên-
seus raios de ação, alarmando, dios e de seus fenômenos físico-
vista da realização de inspeções,
extintores de incêndio, portáteis e através de umpainel, com sinal óti- químicos principais, como: irradia-
co-sonoro. ção de calor, chamas, fumaça e
sobre rodas, bem como sistemas
de hidrantes. Dando continuidade A principal função desses siste- gases de combustão. De um modo
ao tema, inciaremos agora um es- mas contra incêndio é a de detec- geral, os detectores não são sensi-
tudo sobre os demais equipamen- tar previamente o início de incên- bilizados por mais do que dois tipos
tos. Nunca é demais falar que a dios, permitindo o rápido controle de fenômenos. A regra geral é a
escolha correta de um determinado e extinção dos mesmos antes do de que os equipamentos analisem
tipo de equipamento dependerá, seu alastramento. só um dos efeitos. Assim sendo,
sempre, de uma série de fatores, São equipamentos de fácil insta- tem-se os detectores óticos, os iô-
dentre os quais citamos: lação, grande confiabilidade e um nicos, os térmicos e os de gases.
. tipo de processamento utiliza- baixo consumo de energia. A ten- A perfeita proteção de um risco
do; são de serviço do sistema varia somente será conseguida após um
. características das matérias- entre 6 a 30 volts de corrente con- criterioso exame e estudo de todos
primas empregadas; tínua, podendo alguns modelos os fatores condicionantes, de for-
. tipo de edificaç:io e suas for- operar com corrente alternada, da ma que, para cada tipo específico
mas de proteção, etc. ordem de 110 a 220 volts. A cor- de risco, exista um modelo deter-
rente de repouso varia de 1)AA a minado de detector.
3) Detectores automáticos de 100flA. A corrente de disparo, em Em resumo, podemos dizer que
incêndio alarme, varia desde 20}'- A a os sistemas de detecção são dis-
100f' A, sendo o consumo médio positivos fixos, ativados por qual-
Sistemas automáticos de detec-- para alguns equipamentos de quer processo físico-químico,
ção de incêndios são dispositivos O,05}A A. atuando independentemente da
CADERNOSDE SEGURO 21
.I
13. ação humana, capazes de detectar nal, acionando o sistema de alam'la. o sistema poderá empregar
um princípio de incêndio através equipamentos do seguinte tipo:
de seus fenômenos, ou seja:
. elevação da temperatura am- b) Resistência elétrica . tubulação pneumática;
biente; . pneumático termovelocimétri-
. ocorrência de efeitos lumino- A detecção é feita através da co;
sos; . efeitos termoelétricos.
variação de resistência ôhmica, em
. aparecimento de fumaça; função da condutividade elétrica
. surgimento de gases produzi- de um condutor, provocada pela
dos pela combustão. variação sofrida pela temperatura
ambiente, no início do incêndio. Esses tipos de detectores são
usualmente empregados dispostos
3.1) Caracterrstlcas dos de- em linha, possuindo em seu interior
tectores c) Fusível metálico um tubo de cobre de pequeno diâ-
o elemento disparador do siste- metro. O tubo está adaptado a um
ma de alarme funciona com o rom- terminal acoplado a diafragmas e
3.1.1) Detector térmico pimento de uma liga metálica enté- contatos associados, projetados
tica ideal, a uma temperatura pre- para operarem a uma pressão pre-
São sistemas de detecção auto- determinada.
determinada.
mática que acusam temperaturas
Todo o sistema é selado,à exce-
previamente estabelecidas, indica-
doras de uma situação de anorma- d) Cabo sensível ao calor ção de pequenas aberturas feitas
lidade. Para cada tipo de ambiente no tubo, calibrado para compensar
ou tipo de atividade podem ser fi- o sistema de acionamento do alterações normais de temperatura
xadas temperaturas ambientes, alarme é constituído por dois fios ocorridas no ambiente. Toda vez
acima das quais há um prenúncio condutores, em paralelo, energiza- que a temperatura se eleva rapida-
de situação anormal. Um risco pe- dos, isolados entre si, os quais, a mente em um curto intervalo de
troquímico terá uma condição dife- uma dada temperatura, perdem sua
rente de uma caldeira, a qual por capacidade de isolamento, curto- tempo, são criados deslocamentos
sua vez também será diferente de circuitando o sistema. rápidos de ar. Os deslocamentos
um almoxarifado. aumentam a pressão de ar, capta-
De acordo com suas caracterís- da pelos sensores. Comparativa-
ticas operacionais, os detectores e) Expansão de líquido , mente com os sensores de tempe-
podem ser classificados da seguin- ratura fixa, os termovelocimétricos
te forma: Consiste de um elemento líquido, perdem em eficiência se utilizados
sensível a pequenas variações de em grandes ambientes, inclusive
temperatura, o qual expande-se a com grandes alturas.
uma temperatura prefixada, fazen- O sistema pode ser também do
I - Sistema de temperatura fixa tipo spot tyre, reunindo, em um
do o contato elétrico com os ter-
minais. único equipamento ou câmara de
É acionado quando o seu ele- ar, diafragma, contatos e aberturas
mento sensor ficar aquecido até de compensação, ou com um dis-
um determinado nível térmico, es- positivo sensível que produz um
tabelecido para o início de funcio- aumento do potencial elétrico em
namento do equipamento. Vários função do aumento da temperatura
são os elementos sensores empre- 11- Sistema de compensação ambiente (thermocouple ou ther-
gados, dentre os quais podemosci- de grau mopele). Neste último sistema, o
tar:
potencial elétrico é orientado por
O, sistema de corrpensação de um equipamento de controle, asso-
a) Lâmina bimetálica crau é acionado quando há súbita ciado, que dispara um alarme com
mudança do gradiente térmico, o aumento do potencial elétrico.
o sistema funciona através da -provocado pelo início do incêndio, Os detectores são projetados
deflexão de uma lâmina com dois usando os princípios da termbve- para operarem normalmente err
metais de diferentes coeficientes , locimetria. uma faixa de temperatura, que va-
de dilatação linear, firmemente fi- Esses tipos de detectores são ria de 58°C a 300°C,e a um incre-
xados. A quantidade de calor ab- conhecidos como detectores ter- mento termovelocimétrico da or-
sorvida, associada à diferença de movelocimétricos, dife'rindo dos dem de 8°C a cada minuto ou de
coeficientes, faz com que a lâmina detectores de temperatura fixa, 14°C a cada minuto.
seja deflexionada, em direção ao por acusarem variações sofridas A classificação de temperatura
metal de maior coeficiente, fazen- na temperatura ambiente em um normalme:nte empregada é a se-
do contato elétrico com um termi- dado instante. guinte:
22
I
14. J
Classificação de Fixa operacional Temperatura no teto que Código de cores
temperatura (oC ) não deverá ser excedida utilizado
-
Ordinária -
57,2 78,9 38 Incolor
Intermediária 79 -180,9 66 Branco
Alta 121 -162,9 107 Azul
Muito alta -
163 203,9 149 Vermelho
Altrssima -
204 259,9 190 Verde
Ultra-alta 260 - 301,9 246 Laranja
Os detectores deverão estar lo- fotocélula (photosensing cell) e, mento, aciona o alarme.
calizados nos tetos ou' forros, quando a fumaça gerada por um Esse tipo de detector capta so-
abrangendo uma área mínima de incêndio interpõe-se entre a fonte mente as radiações emitidas den-
3m x 3m e máxima de 9m x 9m, de luz e a célula, provoca uma re- tro da faixa de projeto, bloqueando
distanciados a não mais do que dução da quantidade de luz inci- as superiores ou as inferiores.
5'Ocmdo forro ou laje. dente, disparando o alarme.
Em locais com elevada carga in- Recomenda-sea instalação des-
ses dispositivos com um espaça-
cêndio, deve-se empregar o detec- mento máximo de 9 metros um do 11 - Detectores de radiação in-
tor de termovelocimetria. fravermelha
outro, e de 4,5 metros entre eles
Em ambientes sujeitos a grande
concentração de poeira, deve-se e as paredes.
São equipamentos que se sensi-
dar preferência a um sistema que bilizam para emissõesde radiações
empregue temperatura fixa.
11I - Detector ótico (tipo feixe res- com comprimento de onda acima
de 7.000 Angstrons. Seu princípio
3.1.2) Detector de fumaça trito) de funcionamento é idêntico ao do
Possui os mesmos princípios de sensor de radiação ultravioleta.
Os detectores de fumaça são A instalação de ambos os equi-
equipamentos de detecção sensí- funcionamento do tipo descrito an-
teriormente. É recomendado para pamentos deve ser sempre em li-
veis a partículas visíveis ou não, nha, em relação ao possível foco
fumaça e gases provenientes dos locais onde a fumaça desenvolvida
de incêndio. As detecções são re-
incêndios. Podem ser: possa se alastrar, atingindo outros lativamente rápidas, após iniciado
locais, ou ser transportada para
o fenômeno originador de radiação,
eles por meio de dutos de ar condi- variando desde 1 segundo até 30
I - Detector de ionização cionado, do sistema de exaustão
segundos.
ou de ventilação.
Utiliza uma pequena quantidade São equipamentos recomenda-
de material radioativo que faz com dos para uso em locais com alto
que o ar contido em uma câmara pé direito, tais como depósitos;
3.1.3) Detector de chamas hangares, museus, igrejas, etc.
apropriada fique ionizado, permi-
tindo o fluxo de eletrons entre dois São dispositivos sensores auto-
eletrodos energizados. máticos, os quais, através de ele-
Possui uma área máxima de de- 3.2) Verificações a serem feitas
mentos sensores, captam as radia- durante uma inspeção
tecção, por equipamento, de 84m2, ções produzidas pelas chamas. Po-
podendo ser adotado um espaça- dem ser:
manto máximo entre detectores de Para os sistemas fixos de detec-
9,2m. Caso a instalação seja feita ção e alarme, devem ser coletados
em local onde haja uma constante I - Detectores de radiaçãoul- os seguintes dados:
travioleta , a) características construtivas
renovação de ar ambiente, a uma
razão de 10 volumes por hora, e de operação;
aproximadamente, a área de atua- Captam as radiações emitidas, b) tipos de produtos manipula-
com comprimento de onda abaixo dos;
ção por equipamento deverá ser
reduzida de 84m2 para 19m2. de 4.000 Angstrons. Seu princípio c) tipos e quantidades de sen-
de funcionamento baseia-se na li- $Oresexistentes na área;
beração, pelo incêndio, de uma ir- d) espaçamentos máximos, tan-
11 - Detector ótico (tipo raio) radiação eletromagnética, com fre- to na horizontal, entre detectores,
qüencia da ordem de 5 a 30 ciclos, quanto na vertical, entre detecto-
Sensor que trabalha com uma que, ao ser captada pelo equipa- res e forros de lajes;
CADERNOS
DESEGURO 23