Este documento fornece um resumo de uma lição sobre os livros de Provérbios e Eclesiastes. Ele discute: I) As joias da literatura sapiencial que são esses dois livros e a sabedoria de Salomão; II) As fontes da sabedoria, incluindo a sabedoria popular e divina; III) O propósito da sabedoria, que é ensinar valores éticos, morais e espirituais. A lição conclui que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber.
4. OBJETIVOS
Conhecer o conceito geral dos livros de Provérbios
e Eclesiastes.
Identificar as fontes da sabedoria dos sábios
antigos.
Compreender o propósito da sabedoria ensinada
em Provérbios e Eclesiastes.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
5. CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DOS LIVROS DE:
1. O estilo literário do livro dos Provérbios é
Pelo menos dois: Provérbios e Instrução.
2. Provérbios: A expressão é de difícil
definição, mas suas características são
singulares:
a) concisão; b) sagacidade; c) forma
memorável; d) base na experiência; e)
verdade universal; f) objetivo prático e
longo uso. Quase sempre, o provérbio é
descrito como poético ou rítmico, com
metáforas sucintas, vivazes, convincentes
e admiráveis
3. Instrução: Quase sempre articulada o
legado de um pai ao filho, ou do mestre ao
discípulo, que incluem ordens de proibições e
as motivações pelos quais eles devem
obedecer.
1. O livro se divide em quatro partes: a primeira, a
central, a segunda e o epílogo.
2. Primeira parte [1. 1-3.15]. Reflexões bem
organizadas sobre a vida, acompanhadas de um
poema enternecedor sobre o tempo.
3. Parte central [3. 16-11.8]. Alguns provérbios
aparecem. De vez em quando uma parábola e poesia
também.
4. Segunda parte[11.9-12.8]. Há uma mudança de
tom . A ideia é dar esperança ao jovem, pois a
velhice chega depressa demais.
5. O epílogo [vv.9-14]. Esta seção é a justificativa de
como o pregador ensinou ao povo provérbios e
ensinos verdadeiros e com clareza.
PROVÉRBIOS ECLESIASTES
7. I - JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1.O livro de Provérbios.
2. O livro de Eclesiastes.
II- A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios
2. A sabedoria de Salomão.
III - AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular.
2. A sabedoria divina.
IV - O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais.
2. Valores espirituais.
ESBOÇO DA LIÇÃO
8. INTRODUÇÃO
Desde criança somos ensinados a ouvir e
atentar para os bons conselhos . Quem não
se lembra, por exemplo, de uma máxima que
ouviu na infância?
Todas as culturas valem-se de parábolas,
lendas, enigmas e máximas como veículos de
transmissão dos seus valores morais, éticos e
espirituais.
Essa máximas sintetizam um saber popular
responsável não somente pela transmissão
de uma cultura, mas também funcionam
como normas de conduta.
Normas e condutas ficam ainda mais fortes
quando o exemplo vem de casa.
9. Mais forte do que qualquer outra
fonte, a bíblia está recheada
dessa pérolas.
São bons conselhos que revelam a
sabedoria divina. Tais máximas
bíblicas são expressas em
linguagem figurada, das mais
variadas formas (parábolas,
fábulas, enigmas e provérbios).
Por isso, neste trimestre,
conheceremos o que a Bíblia
revela sobre os conselhos divinos
contidos nos livros de provérbios
e Eclesiastes.
Veremos ainda como esses
conselhos se revelam na vida dos
que temem ao Senhor.
10. I – JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
1. O livro de Provérbios. Acerca da autoria de Provérbios, o
expositor bíblico William MacDonald
destaca: “As vezes, o livro é chamado de
“Provérbios de Salomão”.
Uma vez que a maioria deles foi escrito
por esse rei sábio (Pv 1.1; 10.1; 25.1).
Salomão formulou três mil provérbios
(1Rs 4.32).
Mas apenas algumas centenas deles
foram agrupados sob a inspiração do
Espírito Santo para fazer parte da
Escritura Sagrada.
O capítulo 30 apresenta as palavras de
Agur, filho de Jaque (Pv 30.1), e o
capítulo 31 traz as palavras do “rei
Lemuel” (Pv 31.1).
Não sabemos quem são esses homens,
embora alguns acreditam que se tratam
de outros nomes de Salomão.
11. I – JOIAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
2. O livro de Eclesiastes.
O termo original (Heb. Qoheleth)
significa “reunir ou “juntar”.
Para a tradução do título, várias
foram as tentativas: Eclesiastes, o
Pregador, o Orador, o Presidente,
o Filósofo e até o Professor.
Autoria: podemos verificar, por
dedução, no próprio texto a
autoria de Salomão (Ec 1.1, 12,
16;12.9, 10).
Data: o périodo em que foi escrito
esta obra remonta a velhice do rei
Salomão; desta forma, podemos
sugerir uma data aproximada, por
volta do ano 935 a.C.
12. Eclesiastes, juntamente com
Cantares, Jó, Salmos e Provérbios,
também faz parte do gênero
literário conhecido como
“Literatura Sapiencial”.
Embora escrito pelo filho de Davi
e pertença ao mesmo gênero
literário, o livro de Eclesiastes
possui um estilo diferente de
Provérbios.
Ele se apresenta como um
discurso usado em assembleias
ou templos. Alguns intérpretes
acreditam que se trata de uma
coletânea utilizada por Salomão
em seus discursos.
13. Ao contrário do que muitos pensam, o
livro de Eclesiastes não expõe uma
espécie de ceticismo ou desencanto
existencial.
(Ceticismo é um estado de quem duvida
de tudo, de quem é descrente. Um
indivíduo cético caracteriza-se por ter
predisposição constante para a dúvida,
para a incredulidade).
(Desencanto existencial: Decepção,
desilusão acerca da existência).
Salomão faz um balanço da vida do
ponto de vista de alguém que teve o
privilégio de vivê-la com com
intensidade, mas que descobre ser ela
totalmente vazia se não vivida por Deus e
eu digo amém.
14. Como anda a sua vida?
Está vivendo intensamente, com alegria
no Senhor?
15.
16. II – A SABEDORIA DOS ANTIGOS
1. A inteligência dos sábios.
O livro de Provérbios faz referência ás
“palavras dos sábios” (Pv22.17;24.23).
Não há ainda um consenso sobre a real
identidade desses sábios citados
nestes textos, mas uma coisa fica clara,
a todos eles Salomão superou em
sabedoria.
As máximas contidas no livro de
Provérbios contém o pensamento
salomônico sobre vários aspectos da
vida.
Para o escritor Earl D. Radmacher, a
sabedoria do livro provérbios “ se
relaciona muito mais com o que nós
chamamos de sentido comum.
É uma maneira de entender o
funcionamento do mundo.
17. II – A SABEDORIA DOS ANTIGOS
2. A sabedoria de Salomão.
O texto de 1 Rs 4.29-31, diz: “ Deu
também Deus a Salomão sabedoria,
grandíssimo entendimento e larga
inteligência como a areia que está na
praia do mar.
Era a sabedoria de Salomão maior
do que a de todos os do Oriente
e do que toda a sabedoria dos
egípcios.
Era mais sábio do que todos os
homens, mais sábio do que Etã,
ezraita, e do que hemã, Calcol e
Darda, filhos de maol; e correu a sua
fama por todas as nações em redor.
18. O escritor americano Eugene Peterson
mostra a singularidade da sabedoria
salomônica em diferentes áreas da vida.
Mas especialmente nos Provérbios, há
uma amostra de como honrar os pais,
criar os filhos, lidar com o dinheiro,
conduzir a sexualidade, trabalhar e
exercitar liderança, usar bem as
palavras, tratar os amigos com gentileza,
comer e beber saudavelmente, bem
como cultivar emoções e atitudes em
relação aos outros de modo pacífico.
A pessoa sábia (heb. Charam) evita a
maldade e promove o bem. Provérbios
não são unicamente promessas de Deus,
também são observações e princípios
acerca de como funciona a vida.
19.
20. III – AS FONTES DA SABEDORIA
1. A sabedoria popular
Embora não seja um consenso entre
os intérpretes, mas parece não
haver dúvidas de que Salomão se
valeu de muitas máximas que
circulavam nos seus dias.
Isso de forma alguma pode ser
considerado como um demérito
para suas monumentais obras
literárias.
A obra
destaca que
há de fato muita semelhança entre
o que disse o sábio hebreu com
aquilo que escreveu Amenemope,
um sábio egípcio que viveu muito
antes de Salomão (1305-1080 a. C)
21. Esse fato é claramente
demonstrado quando se faz um
paralelo entre as instruções de
Amenemope e os provérbios de
Salomão 22.17-24.22.
No entanto , a Escritura põe em
destaque que a sabedoria de
Salomão sobrepujava todo o saber
dos seus dias, que incluindo os
egípcios que eram famosos pela
grande sabedoria que possuíam
(1 Rs 4.30).
Podemos entender que Deus dá
inteligência aos homens para que
estes possam analisar as situações
da vida e tirar delas conclusões
que servirão para si mesmos e
para outras pessoas , como ocorre
no livro de Provérbios.
22. A sabedoria divina levou Salomão a
comentar praticamente a respeito de tudo
o que há debaixo do sol: “Discorreu sobre
todas as plantas, desde o cedro que está
no Líbano até ao hissopo que brota do
muro; também falou dos animais e das
aves, dos répteis e dos peixes.
De todos os povos vinha gente para ouvir
a sabedoria de Salomão, e também
enviados de todos os reis da terra que
tinham ouvido da sua sabedoria”
(1Rs 4.33,34).
De onde vinha tanta sabedoria? O texto
bíblico revela que Salomão orou pedindo a
Deus sabedoria (1Rs 3.9), e que o Senhor
respondeu-lhe integralmente (1Rs 3.10-12)
Esta é a fonte da sabedoria de Salomão e
explica o porquê de ninguém conseguir
superá-la.
23.
24. IV – O PROPÓSITO DA SABEDORIA
1. Valores éticos e morais.
Os seis primeiros versículos de
Provérbios mostram com muita
clareza que o propósito desse livro
é o cultivo dos valores éticos-morais.
Na instrução do livro de Provérbios
encontramos um conjunto de valores
éticos e morais que revelam o
propósito desses conselhos.
Ali consta todo o objetivo proposto
pelo livro:
1º conhecer a sabedoria e a instrução;
2º entender as palavras da prudência;
3º receber a instrução do
entendimento, a justiça, o juízo e a
equidade;
25. 4º dar aos simples prudência e aos
jovens conhecimento e sensatez.
5º ouvir crescer em sabedoria;
6º adquirir sábios conselhos;
7º compreender Provérbios e sua
interpretação, bem como também
as palavras dos sábios e suas
metáforas (Pv 1.1-6).
26. IV – O PROPÓSITO DA SABEDORIA
2. Valores espirituais.
O valor espiritual dos provérbios
fica bem demonstrado no uso que
nosso Senhor Jesus Cristo fez dos
mesmos. Como bem observou
Antonio Neves de Mesquita.
Jesus fez amplo uso dos ensinos
de Provérbios na sua doutrinação
prática.
Muitas das suas parábolas estão
calcadas em seus ensinos. Por
exemplo, a parábola dos primeiros
lugares em (Lc 14.7-10) quando,
quando convidado para
banquetes, está firmemente
relacionada com Provérbios
25.6,7.
27. A literatura sapiencial, representada
pelos livros de Provérbios e
Eclesiastes, revela que o temor do
Senhor é o fundamento de todo o
saber.
Ninguém pode ser considerado
sábio de fato se os seus conselhos
não revelam princípios do saber
divino.
Um sábio não é alguém dotado
apenas de muita informação ou
inteligência, mas alguém que
aprendeu que o temor do Senhor á
a base de toda moral-social.
28. CONCLUSÃO
A literatura sapiencial, representada neste
trimestre pelos livros de Provérbios e
Eclesiastes revela que o temor do Senhor é o
fundamento de todo o saber.
Que Deus o abençoe ricamente e que nesse
trimestre possamos aprender de Deus com os
livros de Provérbios e Eclesiastes.
29. Antonio Fernandes de Oliveira é casado com a
irmã Guiomar Silva L. de Oliveira, é Díacono
da IEADERN, Assembleia de Deus no Estado
do Rio Grande do Norte, Copastor na
Congregação Rio Doce Setor XXXV.
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Facebook: Antonio Fernandes Oliveira
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