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Aula 7




         Variáveis aleatórias

     Profa. Dra. Juliana Garcia Cespedes
Variável aleatória
• Agora vamos formalizar, com a ajuda da Teoria das
  probabilidades, o comportamento de variáveis na
  população.

• Uma variável aleatória é uma quantidade X, associada a
  cada possível resultado do espaço amostral.

                   a    b   c        d    e   f    Ω


                                 X



                       x1   x2       x3       x4
Variável aleatória
•   Variável aleatória discreta se assume valores
    num conjunto enumerável, com certa
    probabilidade.
         Ex: Número de filhos em famílias.

•   Variável aleatória contínua se seu conjunto de
    valores é qualquer intervalo dos números reais,
    o que seria um conjunto não enumerável.
            Ex: Peso e altura dos filhos.
Variável aleatória discreta
Função de probabilidade discreta
• Chama-se função de probabilidade da variável
  aleatória discreta X, que assume os valores x1, x2, ..., xx,
  ..., a função p(xi) que a cada valor de xi associa a sua
  probabilidade de ocorrência, isto é,

           p( xi )  P( X  xi )  pi , i  1, 2,...


• Ou ainda,                                            Satisfaz as
                                                       propriedades:

               X     x1    x2     x3   ...             0  pi  1
               pi    p1    p2     p3 ...               p
                                                        i
                                                            i   1
Exemplo
• Para as famílias de uma região, 20% não tem
  filhos, 30% tem um filho, 35% tem dois e as
  restantes se dividem igualmente entre três,
  quatro ou cinco filhos. (Informações retiradas do
  último censo).

• Definimos por N a variável aleatória número de
  filhos.

• Os valores que a variável N pode assumir são:
               0,1,2,3,4 e 5 filhos
• Qual é a função de probabilidade dessa
  variável?

• Segue das informações disponíveis:
20% das famílias não tem filhos, então a
  probabilidade de uma família sorteada ao
  acaso não ter filhos é P(N=0) = 0,20.

• De forma semelhante, temos que:
              P(N=1) = 0,30
              P(N=2) = 0,35
• Falta descrever as probabilidades P(N=3),
   P(N=4) e P(N=5).

 • Sabemos que são iguais e digamos que tenham
   valor p. Utilizando a definição de função de
   probabilidade discreta, temos:

P( N  0)  P( N  1)  P( N  2)  ...  P( N  5)  1
0,20  0,30  0,35  p  p  p  1
0,85  3 p  1
   0,15
p       0,05
     3
•   Logo a função de probabilidade para N é dada
    pela tabela a seguir:
      N     0           1       2       3           4        5
      pi   0,20 0,30 0,35 0,05 0,05 0,05

    Gráfico da função de probabilidade discreta ou
    função massa de probabilidade
           P(N=ni)

             0,35
             0,30
             0,20


             0,05
                    0       1   2   3       4   5       ni
Função de distribuição de
           probabilidade
• A função de distribuição ou função
  acumulada de probabilidade de uma variável
  aleatória discreta X é definida, para qualquer
  número real x, por:


             F ( x)  P( X  x)
• Considere o exemplo anterior, cuja função massa de
  probabilidade é dada por:
       N     0      1      2      3      4      5
       pi   0,20   0,30   0,35   0,05   0,05   0,05

• A função de distribuição ou função acumulada é dada
  por:
                                   0 se n  0
  F (n)  P( N  n)                0,20 se 0  n  1
                                  
                                   0,50 se 1  n  2
                                  
                          F (n)  0,85 se 2  n  3
                                  0,90 se 3  n  4
                                  
                                  0,95 se 4  n  5
                                  
                                   1 se n  5
Gráfico da função acumulada
         0 se n  0
         0,20 se 0  n  1
                             F(n)
         0,50 se 1  n  2
        
F (n)  0,85 se 2  n  3    1
        0,90 se 3  n  4    0,95
                             0,90
        0,95 se 4  n  5    0,85
        
         1 se n  5

                              0,50



                              0,20


                                     0   1   2   3   4   5   ni
Exercício
• Um jogador paga 5 fichas para participar de um jogo de
  dados, disputando com a banca quem tem o ponto maior.
  O jogador e a banca lançam cada um o seu dado e a
  seguinte regra de premiação é estabelecida:
• Se o ponto do jogador é maior, ele ganha 2 vezes a
  diferença entre o seu ponto (j) e o obtido pela banca (b);
• Se o ponto do jogador é menor ou igual ao da banca, ele
  não ganha nada.
                                        Variável aleatória G: ganho

   2( j  b),         se j  b         bruto do jogador em uma

 G
                                        jogada, isto é, valor
                                        arrecadado sem descontar
   0        ,         se j  b         as fichas inicias pagas para
                                        participar do jogo.

• O jogo é mais favorável para quem?
Resposta
• Para cada par sorteado (b,j), a premiação é baseada
  nos seus valores. Dessa forma, se o jogador tira 3 e a
  banca 1, o valor do ganho bruto do jogador será
                        G=2*(1-3)=4.
• Se o jogador tira 5 e a banca 6, temos G=0 pois j<b.
• O espaço amostral, correspondente a uma jogada, é
  apresentado a seguir:
    1,1      2,1       3,1       4,1      5,1       6,1
    1,2      2,2       3,2       4,2      5,2       6,2
    1,3      2,3       3,3       4,3      5,3       6,3
    1,4      2,4       3,4       4,4      5,4       6,4
    1,5      2,5       3,5       4,5      5,5       6,5
    1,6      2,6       3,6       4,6      5,6       6,6
Resposta
• O valor G=0 acontecerá quando o ponto do jogador for
  menor ou igual ao da banca. Isso corresponde ao
  subconjunto do espaço amostral:

    1,1
    1,2      2,2
    1,3      2,3      3,3
    1,4      2,4      3,4      4,4
    1,5      2,5      3,5      4,5      5,5
    1,6      2,6      3,6      4,6      5,6      6,6
• Esses 21 pares tem todos a mesma probabilidade de
  ocorrência e, portanto, teremos P(G=0) = 21/36
Resposta
• De modo análogo, calculamos os demais valores e
  obtemos a função de probabilidade:

      G      0       2       4      6       8      10
      pi   21 / 36 5 / 36 4 / 36 3 / 36 2 / 36 1 / 36
Conclusão:
Tendo em vista as 5 fichas pagas no início, o jogador só
  não terá prejuízo nos casos em que obtiver 6, 8 ou 10
  fichas de retorno, o que acontece com probabilidade
  3/36+2/36+1/36 = 6/36. Portanto, o jogo é altamente
  favorável à banca e, somente com muita sorte (1/36), o
  jogador ganhará o dobro do que apostou.
Valor esperado
 • Dada a variável aleatória X discreta, assumindo
   os valores x1, x2, ..., xn, chamamos de valor
   médio ou esperança matemática de X ao valor:
                            n                   n
      E ( X )     xi P( X  xi )  xi pi
                           i 1                i 1

Medida para a população           Valor teórico de probabilidade
                                  Valor frequentista de probabilidade

                                         n

         Medida para a amostra    x   xi fri
                                        i 1
Variância
• A variância da variável aleatória discreta X
  é definida por:
                          n
        var( X )   2   [ xi  E ( X )]2 pi
                         i 1


• O desvio padrão ( ) de X é definido como
  a raiz quadrada da variância.
Mediana e Moda
• A mediana de uma variável aleatória discreta X
  é o valor que satisfaz às seguintes condições:
                     1                     1
       P( X  Md )      e   P( X  Md ) 
                     2                     2

• A moda é o valor da variável que tem maior
  probabilidade de ocorrência

         P( X  Mo)  max( p1 , p2 ,..., pn )
Conjunto de dados                    Variável aleatória discreta

   Valores       X      x1           x2   ...   xn           X    x1       x2   ...    xn
                freq.   fr1          fr2 ...    frn          pi   p1       p2 ...      pn
                               n                                                 n
                     x   xi fri                          E ( X )   xi pi
   Média

                              i 1                                              i 1

  Mediana            md=valor central                                      1                 1
                                                      Md : P( X  Md )      e P( X  Md ) 
                                                                           2                 2

   Moda          mo= valor com maior                        Mo= valor com maior
                     frequência                               probabilidade
                                                                    n
                                                          2   ( xi   ) 2 pi
                               n
  Variância
                var( x)   ( xi  x) 2 fri
                              i 1
                                                                   i 1

Desvio padrão        dp( x)  var( x)                                2
Principais modelos discretos
• Algumas variáveis aleatórias aparecem com
  frequência em situações práticas. Em geral
  nesses casos, a distribuição de probabilidade
  pode ser escrita de uma maneira mais
  compacta, isto é, existe uma lei para atribuir as
  probabilidades.

• Ex: Uma rifa de 100 números, qual a
  probabilidade de sair um número ao acaso?
  Como escrever a função de probabilidade
  discreta?
• A probabilidade de sair um número
  qualquer ao acaso é 1/100.
• A função de probabilidade é dada por:
          X     1       2    ...   100
          pi   1      1    ...     1
                100    100          100


                       1
        P( X  xi )      ,  i  1,...,100
                      100
Modelo uniforme discreto
• Seja X uma v. a. cujos possíveis valores são
  representados por x1, x2, ...,xk. Dizemos que X segue o
  modelo Uniforme Discreto se atribui a mesma
  probabilidade 1/k a cada um desses k valores, isto é,
  sua função de probabilidade é dada por:
                               1
        P( X  xi )  p( xi )  ,  i  1,2,..., k.
                               k


              1 k                    
                                    1
   E ( X )   xi ,   var( X )   xi 
                       2                 2
                                              xi  
                                                    2
                                                      
                                                      
              k i 1                k         k 
                                                     
Modelo Uniforme Discreto

• Função de probabilidade e função de
  distribuição

P(X=xi)                              1 F(x)



                                   2/k
   1/k                             1/k

          x1   x2   x3   xk   xi         x1   x2   x3   xxi
                                                         k
Bernoulli
• Experimentos que apresentam ou não uma
  determinada característica. Situações que podem
  ser representadas por respostas do tipo sucesso-
  fracasso.

• Exemplos
• Uma moeda é lançada: o resultado ou é cara, ou não
  (ocorrendo, coroa).
• Uma peça é escolhida ao acaso de um lote de 500 peças:
  essa peça é defeituosa ou não.
• Uma pessoa é escolhida ao acaso entre os moradores de
  uma cidade e verifica-se se ela é favorável ou não a um
  projeto municipal.
• Dizemos que uma v.a. X segue o modelo
  Bernoulli se atribui 0 ou 1 a ocorrência de
  fracasso ou sucesso, respectivamente. Com p
  representando a probabilidade de sucesso, sua
  função de probabilidade é dada por:

          P( X  x)  p x (1  p)1 x , x  0, 1
          ou seja ,
          P( X  0)  1  p
          P( X  1)  p


    E( X )  p;            Var ( X )  p(1  p)
Distribuição Bernoulli
•Função de probabilidade e função de
distribuição

                           F(x)
   P(X=xi)                    1

       p

      1-p
                           1-p

           0   1 xi              0   1   xi
Binomial
• Considere a repetição de n ensaios de Bernoulli
  independentes e todos com a mesma
  probabilidade de sucesso p.

• Exemplos:
• Uma moeda é lançada é três vezes, qual é a probabilidade
  de se obter duas caras?
• Dez peças são extraídas, ao acaso, com reposição, de um
  lote contendo 500 peças, qual é a probabilidade de que
  todas sejam defeituosas, sabendo-se que 10% das peças
  do lote são defeituosas?
• Sabe-se que 90% das pessoas de uma cidade são
  favoráveis a um projeto municipal. Escolhendo-se 100
  pessoas ao acaso entre os moradores, qual é a
  probabilidade de que pelo menos 80 sejam favoráveis ao
  projeto?
• A v.a. que conta o número total de sucessos é
  denominada Binomial com parâmetros n e p e
  sua função de probabilidade é dada por:
                n x
    P( X  x)    p (1  p) n x , x  0,1, 2, ..., n
                 x
                 
        n
         
• Com    x
         representando o coeficiente binomial
  calculado por:
                    n       n!
                     
                     x  x!(n  x)!
                     

    E( x)  np               Var ( X )  np(1  p)
Exemplo
• Dez peças são extraídas, ao acaso, com reposição, de
  um lote contendo 500 peças, qual é a probabilidade de
  que todas sejam defeituosas, sabendo-se que 10% das
  peças do lote são defeituosas?

• Temos n=10 ensaios de Bernoulli, cada um com
  P(S)=P(peça defeituosa)=p=0,1.
• Se X indicar o número de peças defeituosas na amostra,
  queremos calcular P(X=10). X ~ Bin(10; 0,1)

                   10  10
      P( X  10)   0,1 (1  0,1)1010  0,110
                   10 
                    
• Qual o valor esperado e a variância?

         E ( X )  10 * 0,1  1
         Var ( X )  10 * 0,1* (1  0,1)  0,9
         dp( X )  0,9  0,95

• Qual é a interpretação deste resultado?
Poisson
• O modelo Poisson é bastante utilizado quando
  se deseja contar o número de eventos de certo
  tipo que ocorrem num intervalo de tempo.
  Exemplos:

• Número de chamadas telefônicas recebidas por
  um Call Center em 5 min;
• Número de falhas de um computador em um dia
  de operação;
• Número de vendas diárias de um funcionário de
  uma loja de automóveis.
• Uma v.a. X tem distribuição de Poisson com
  parâmetro >0 se sua função de probabilidade é
  dada por:

                     
                   e     x
       P( X  x)      ,         x  0,1,2,....
                    x!


        E( X )              Var ( X )  
Exemplo
• Sabe-se que um Call center recebe, em média, 5
  chamadas por minuto. Supondo que a distribuição de
  Poisson seja adequada nessa situação, obter a
  probabilidade de que o Call center não receba
  chamadas durante um intervalo de 1 minuto.

                       5   0
                  e 5    5
      P( X  0)       e  0,0067
                   0!

        E( X )  5          Var ( X )  5
Geométrica
• Número de ensaios de Bernoulli que
  precedem o primeiro sucesso.

• Ex: Uma linha de produção está sendo
  analisada para efeito de controle de
  qualidade das peças produzidas. A
  produção é interrompida para regulagem
  toda vez que uma peça defeituosa é
  encontrada.
• Uma v.a. X tem distribuição Geométrica
  de parâmetro p (probabilidade de
  sucesso) se sua função de probabilidade
  é dada por:

 P( X  x)  p(1  p) , 0  p  1, x  0,1,2,....
                         x




                1 p                    1 p
       E( X )       ,       Var ( X )  2
                 p                       p
Hipergeométrica
• É adequada quando consideramos
  extrações casuais feitas sem reposição de
  uma população dividida segundo dois
  atributos.

• Ex: Em problemas de controle de
  qualidade, lotes com N itens são
  examinados e divididos em dois grupos:
  defeituosos e não defeituosos.
• Considere um conj. de n objetos dos quais m são do
  tipo I e n-m são do tipo II. Para um sorteio de r objetos
  (r<n) ao acaso e sem reposição, defina X com o número
  de objetos do tipo I.
• Uma v.a. X tem distribuição hipergeométrica se sua
  função de probabilidade é dada por:

                     m  n  m 
                     
                     x  r  x 
                                 
        P( X  x)             , x  0,1,..., min( r , m)
                         n
                          
                         r
                          


                rm                   rm(n  m)(n  r )
       E( X )     ,     Var ( X ) 
                 n                      n 2 (n  1)

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  • 1. Aula 7 Variáveis aleatórias Profa. Dra. Juliana Garcia Cespedes
  • 2. Variável aleatória • Agora vamos formalizar, com a ajuda da Teoria das probabilidades, o comportamento de variáveis na população. • Uma variável aleatória é uma quantidade X, associada a cada possível resultado do espaço amostral. a b c d e f Ω X x1 x2 x3 x4
  • 3. Variável aleatória • Variável aleatória discreta se assume valores num conjunto enumerável, com certa probabilidade. Ex: Número de filhos em famílias. • Variável aleatória contínua se seu conjunto de valores é qualquer intervalo dos números reais, o que seria um conjunto não enumerável. Ex: Peso e altura dos filhos.
  • 5. Função de probabilidade discreta • Chama-se função de probabilidade da variável aleatória discreta X, que assume os valores x1, x2, ..., xx, ..., a função p(xi) que a cada valor de xi associa a sua probabilidade de ocorrência, isto é, p( xi )  P( X  xi )  pi , i  1, 2,... • Ou ainda, Satisfaz as propriedades: X x1 x2 x3 ... 0  pi  1 pi p1 p2 p3 ... p i i 1
  • 6. Exemplo • Para as famílias de uma região, 20% não tem filhos, 30% tem um filho, 35% tem dois e as restantes se dividem igualmente entre três, quatro ou cinco filhos. (Informações retiradas do último censo). • Definimos por N a variável aleatória número de filhos. • Os valores que a variável N pode assumir são: 0,1,2,3,4 e 5 filhos
  • 7. • Qual é a função de probabilidade dessa variável? • Segue das informações disponíveis: 20% das famílias não tem filhos, então a probabilidade de uma família sorteada ao acaso não ter filhos é P(N=0) = 0,20. • De forma semelhante, temos que: P(N=1) = 0,30 P(N=2) = 0,35
  • 8. • Falta descrever as probabilidades P(N=3), P(N=4) e P(N=5). • Sabemos que são iguais e digamos que tenham valor p. Utilizando a definição de função de probabilidade discreta, temos: P( N  0)  P( N  1)  P( N  2)  ...  P( N  5)  1 0,20  0,30  0,35  p  p  p  1 0,85  3 p  1 0,15 p  0,05 3
  • 9. Logo a função de probabilidade para N é dada pela tabela a seguir: N 0 1 2 3 4 5 pi 0,20 0,30 0,35 0,05 0,05 0,05 Gráfico da função de probabilidade discreta ou função massa de probabilidade P(N=ni) 0,35 0,30 0,20 0,05 0 1 2 3 4 5 ni
  • 10. Função de distribuição de probabilidade • A função de distribuição ou função acumulada de probabilidade de uma variável aleatória discreta X é definida, para qualquer número real x, por: F ( x)  P( X  x)
  • 11. • Considere o exemplo anterior, cuja função massa de probabilidade é dada por: N 0 1 2 3 4 5 pi 0,20 0,30 0,35 0,05 0,05 0,05 • A função de distribuição ou função acumulada é dada por:  0 se n  0 F (n)  P( N  n)  0,20 se 0  n  1   0,50 se 1  n  2  F (n)  0,85 se 2  n  3 0,90 se 3  n  4  0,95 se 4  n  5   1 se n  5
  • 12. Gráfico da função acumulada  0 se n  0  0,20 se 0  n  1  F(n)  0,50 se 1  n  2  F (n)  0,85 se 2  n  3 1 0,90 se 3  n  4 0,95  0,90 0,95 se 4  n  5 0,85   1 se n  5 0,50 0,20 0 1 2 3 4 5 ni
  • 13. Exercício • Um jogador paga 5 fichas para participar de um jogo de dados, disputando com a banca quem tem o ponto maior. O jogador e a banca lançam cada um o seu dado e a seguinte regra de premiação é estabelecida: • Se o ponto do jogador é maior, ele ganha 2 vezes a diferença entre o seu ponto (j) e o obtido pela banca (b); • Se o ponto do jogador é menor ou igual ao da banca, ele não ganha nada. Variável aleatória G: ganho 2( j  b), se j  b bruto do jogador em uma G jogada, isto é, valor arrecadado sem descontar 0 , se j  b as fichas inicias pagas para participar do jogo. • O jogo é mais favorável para quem?
  • 14. Resposta • Para cada par sorteado (b,j), a premiação é baseada nos seus valores. Dessa forma, se o jogador tira 3 e a banca 1, o valor do ganho bruto do jogador será G=2*(1-3)=4. • Se o jogador tira 5 e a banca 6, temos G=0 pois j<b. • O espaço amostral, correspondente a uma jogada, é apresentado a seguir: 1,1 2,1 3,1 4,1 5,1 6,1 1,2 2,2 3,2 4,2 5,2 6,2 1,3 2,3 3,3 4,3 5,3 6,3 1,4 2,4 3,4 4,4 5,4 6,4 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 6,5 1,6 2,6 3,6 4,6 5,6 6,6
  • 15. Resposta • O valor G=0 acontecerá quando o ponto do jogador for menor ou igual ao da banca. Isso corresponde ao subconjunto do espaço amostral: 1,1 1,2 2,2 1,3 2,3 3,3 1,4 2,4 3,4 4,4 1,5 2,5 3,5 4,5 5,5 1,6 2,6 3,6 4,6 5,6 6,6 • Esses 21 pares tem todos a mesma probabilidade de ocorrência e, portanto, teremos P(G=0) = 21/36
  • 16. Resposta • De modo análogo, calculamos os demais valores e obtemos a função de probabilidade: G 0 2 4 6 8 10 pi 21 / 36 5 / 36 4 / 36 3 / 36 2 / 36 1 / 36 Conclusão: Tendo em vista as 5 fichas pagas no início, o jogador só não terá prejuízo nos casos em que obtiver 6, 8 ou 10 fichas de retorno, o que acontece com probabilidade 3/36+2/36+1/36 = 6/36. Portanto, o jogo é altamente favorável à banca e, somente com muita sorte (1/36), o jogador ganhará o dobro do que apostou.
  • 17. Valor esperado • Dada a variável aleatória X discreta, assumindo os valores x1, x2, ..., xn, chamamos de valor médio ou esperança matemática de X ao valor: n n E ( X )     xi P( X  xi )  xi pi i 1 i 1 Medida para a população Valor teórico de probabilidade Valor frequentista de probabilidade n Medida para a amostra x   xi fri i 1
  • 18. Variância • A variância da variável aleatória discreta X é definida por: n var( X )   2   [ xi  E ( X )]2 pi i 1 • O desvio padrão ( ) de X é definido como a raiz quadrada da variância.
  • 19. Mediana e Moda • A mediana de uma variável aleatória discreta X é o valor que satisfaz às seguintes condições: 1 1 P( X  Md )  e P( X  Md )  2 2 • A moda é o valor da variável que tem maior probabilidade de ocorrência P( X  Mo)  max( p1 , p2 ,..., pn )
  • 20. Conjunto de dados Variável aleatória discreta Valores X x1 x2 ... xn X x1 x2 ... xn freq. fr1 fr2 ... frn pi p1 p2 ... pn n n x   xi fri   E ( X )   xi pi Média i 1 i 1 Mediana md=valor central 1 1 Md : P( X  Md )  e P( X  Md )  2 2 Moda mo= valor com maior Mo= valor com maior frequência probabilidade n  2   ( xi   ) 2 pi n Variância var( x)   ( xi  x) 2 fri i 1 i 1 Desvio padrão dp( x)  var( x)   2
  • 21. Principais modelos discretos • Algumas variáveis aleatórias aparecem com frequência em situações práticas. Em geral nesses casos, a distribuição de probabilidade pode ser escrita de uma maneira mais compacta, isto é, existe uma lei para atribuir as probabilidades. • Ex: Uma rifa de 100 números, qual a probabilidade de sair um número ao acaso? Como escrever a função de probabilidade discreta?
  • 22. • A probabilidade de sair um número qualquer ao acaso é 1/100. • A função de probabilidade é dada por: X 1 2 ... 100 pi 1 1 ... 1 100 100 100 1 P( X  xi )  ,  i  1,...,100 100
  • 23. Modelo uniforme discreto • Seja X uma v. a. cujos possíveis valores são representados por x1, x2, ...,xk. Dizemos que X segue o modelo Uniforme Discreto se atribui a mesma probabilidade 1/k a cada um desses k valores, isto é, sua função de probabilidade é dada por: 1 P( X  xi )  p( xi )  ,  i  1,2,..., k. k 1 k  1   E ( X )   xi ,   var( X )   xi  2 2  xi   2   k i 1 k k   
  • 24. Modelo Uniforme Discreto • Função de probabilidade e função de distribuição P(X=xi) 1 F(x) 2/k 1/k 1/k x1 x2 x3 xk xi x1 x2 x3 xxi k
  • 25. Bernoulli • Experimentos que apresentam ou não uma determinada característica. Situações que podem ser representadas por respostas do tipo sucesso- fracasso. • Exemplos • Uma moeda é lançada: o resultado ou é cara, ou não (ocorrendo, coroa). • Uma peça é escolhida ao acaso de um lote de 500 peças: essa peça é defeituosa ou não. • Uma pessoa é escolhida ao acaso entre os moradores de uma cidade e verifica-se se ela é favorável ou não a um projeto municipal.
  • 26. • Dizemos que uma v.a. X segue o modelo Bernoulli se atribui 0 ou 1 a ocorrência de fracasso ou sucesso, respectivamente. Com p representando a probabilidade de sucesso, sua função de probabilidade é dada por: P( X  x)  p x (1  p)1 x , x  0, 1 ou seja , P( X  0)  1  p P( X  1)  p E( X )  p; Var ( X )  p(1  p)
  • 27. Distribuição Bernoulli •Função de probabilidade e função de distribuição F(x) P(X=xi) 1 p 1-p 1-p 0 1 xi 0 1 xi
  • 28. Binomial • Considere a repetição de n ensaios de Bernoulli independentes e todos com a mesma probabilidade de sucesso p. • Exemplos: • Uma moeda é lançada é três vezes, qual é a probabilidade de se obter duas caras? • Dez peças são extraídas, ao acaso, com reposição, de um lote contendo 500 peças, qual é a probabilidade de que todas sejam defeituosas, sabendo-se que 10% das peças do lote são defeituosas? • Sabe-se que 90% das pessoas de uma cidade são favoráveis a um projeto municipal. Escolhendo-se 100 pessoas ao acaso entre os moradores, qual é a probabilidade de que pelo menos 80 sejam favoráveis ao projeto?
  • 29. • A v.a. que conta o número total de sucessos é denominada Binomial com parâmetros n e p e sua função de probabilidade é dada por: n x P( X  x)    p (1  p) n x , x  0,1, 2, ..., n  x   n   • Com  x  representando o coeficiente binomial calculado por: n n!    x  x!(n  x)!   E( x)  np Var ( X )  np(1  p)
  • 30. Exemplo • Dez peças são extraídas, ao acaso, com reposição, de um lote contendo 500 peças, qual é a probabilidade de que todas sejam defeituosas, sabendo-se que 10% das peças do lote são defeituosas? • Temos n=10 ensaios de Bernoulli, cada um com P(S)=P(peça defeituosa)=p=0,1. • Se X indicar o número de peças defeituosas na amostra, queremos calcular P(X=10). X ~ Bin(10; 0,1) 10  10 P( X  10)   0,1 (1  0,1)1010  0,110 10   
  • 31. • Qual o valor esperado e a variância? E ( X )  10 * 0,1  1 Var ( X )  10 * 0,1* (1  0,1)  0,9 dp( X )  0,9  0,95 • Qual é a interpretação deste resultado?
  • 32. Poisson • O modelo Poisson é bastante utilizado quando se deseja contar o número de eventos de certo tipo que ocorrem num intervalo de tempo. Exemplos: • Número de chamadas telefônicas recebidas por um Call Center em 5 min; • Número de falhas de um computador em um dia de operação; • Número de vendas diárias de um funcionário de uma loja de automóveis.
  • 33. • Uma v.a. X tem distribuição de Poisson com parâmetro >0 se sua função de probabilidade é dada por:  e  x P( X  x)  , x  0,1,2,.... x! E( X )   Var ( X )  
  • 34. Exemplo • Sabe-se que um Call center recebe, em média, 5 chamadas por minuto. Supondo que a distribuição de Poisson seja adequada nessa situação, obter a probabilidade de que o Call center não receba chamadas durante um intervalo de 1 minuto. 5 0 e 5 5 P( X  0)   e  0,0067 0! E( X )  5 Var ( X )  5
  • 35. Geométrica • Número de ensaios de Bernoulli que precedem o primeiro sucesso. • Ex: Uma linha de produção está sendo analisada para efeito de controle de qualidade das peças produzidas. A produção é interrompida para regulagem toda vez que uma peça defeituosa é encontrada.
  • 36. • Uma v.a. X tem distribuição Geométrica de parâmetro p (probabilidade de sucesso) se sua função de probabilidade é dada por: P( X  x)  p(1  p) , 0  p  1, x  0,1,2,.... x 1 p 1 p E( X )  , Var ( X )  2 p p
  • 37. Hipergeométrica • É adequada quando consideramos extrações casuais feitas sem reposição de uma população dividida segundo dois atributos. • Ex: Em problemas de controle de qualidade, lotes com N itens são examinados e divididos em dois grupos: defeituosos e não defeituosos.
  • 38. • Considere um conj. de n objetos dos quais m são do tipo I e n-m são do tipo II. Para um sorteio de r objetos (r<n) ao acaso e sem reposição, defina X com o número de objetos do tipo I. • Uma v.a. X tem distribuição hipergeométrica se sua função de probabilidade é dada por:  m  n  m     x  r  x   P( X  x)     , x  0,1,..., min( r , m) n   r   rm rm(n  m)(n  r ) E( X )  , Var ( X )  n n 2 (n  1)