Este documento discute a influência da Direita Cristã nas políticas educacionais dos EUA. A Direita Cristã apoia posições baseadas em visões bíblicas e na "moralidade cristã", e vê as escolas públicas como ameaças. Isso alimenta o apoio a políticas neoliberais como vouchers e escolha de escola, que a Direita Cristã pode usar para seus próprios fins. No entanto, existem também movimentos contra-hegemônicos que desafiam o domínio dessa coalizão.
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Direita Cristã influencia política educacional EUA
1. “Não é possível compreender
plenamente a política educacional nos
EUA sem prestar bastante atenção à
Direita Cristã.” Alberto Tosi Rodrigues
2. A “Nova Direita” populista
autoritária é excepcionalmente
poderosa e influente, vinda do
enorme compromisso de seus
ativistas sua ampla base
financeira, suas posições
retóricas populistas e suas
agressividade no cumprimento
de sua agenda.
Embasa suas posições em visões
particulares da autoridade bíblica, na
“moralidade cristã” nos papéis de gênero e
na família.
3. Na cabeça de tais
grupos o ensino
público é uma espaço
de enorme perigo.
É exatamente este sentimento de “um controle
alienígena e elitista”, a perda das conexões bíblicas
e a destruição das estruturas familiares e morais
“dadas por Deus” que guia a agenda populista
autoritária.
4. O poder desse grupos é visível, por exemplo, na
“autocensura” em que entram os editores. Na
política de currículo dos estados isso é muito
claro, no Texas, são recomendados textos que
enfatizem o patriotismo a obediência à autoridade
e que desencorajem o “ desvio”.
Sua desconfiança das
escolas públicas tem
fomentado apoio às
políticas neoliberais
como as dos voucher
(ingresso) e dos choice
plans (planos de
escolha).
5. Mesmo tendo uma percepção
tendenciosa dos efeitos da
competição global e da
reestruturação econômica, eles
veem as propostas para a
privatização educacional com um
caminho pelo qual podem usar
tais “reformas” para seus próprios
propósitos.
Isto é exatamente o que está acontecendo nos
Estados Unidos, onde as esperanças e
especialmente os medos de uma categoria de
eleitores descontentes tem criado uma aliança
tensa, mas muito eficaz.
6. “O último grupo que oferece algum apoio
as políticas de modernização
conservadora.” Alberto Tosi Rodrigues
7. São pessoas com conhecimentos de
gerenciamento e técnicas de eficiência que
fornecem base técnica e “profissional” para as
responsabilidades neoliberais e neoconservadoras.
Os membros desta fração
em ascensão não
necessariamente
acreditam nas posições da
base conservadora. Em
outros aspectos de suas
vidas podem ser
consideravelmente mais
moderados e liberais
politicamente .
8. De qualquer
modo, este grupo não
está imune às
artimanhas
ideológicas da direita.
Essa fração está na verdade preocupada com a
mobilidade futura de seus filhos e com o mundo
econômico incerto.
9. “A restauração
conservadora é dirigida
por uma tensa coalizão
de forças, sendo que
alguns de seus
objetivos contradizem
em parte outros.”
Alberto Tosi Rodrigues
10. Somente se há conteúdo e avaliação padronizada
o mercado pode funcionar livremente. A
racionalidade do mercado, baseada na “escolha do
consumidor”, garantira que as escolas
supostamente boas ganhem estudantes, e que as
ruins desapareçam.
11. Quando os pobres
“escolherem” deixar
seus filhos em escolas
decadentes (devido a
decadência e ao custo
do
transporte, informação
escassa, falta de
tempo e condições
econômicas
decadentes) eles, os
pobres, serão
acusados de terem
feitos más escolhas.
Assim o sistema
funciona perfeitamente.
12. Contudo, está coalizão
não permanece sem
contestação nem é
sempre vitoriosa. Há
resultados de programas e
possibilidades contra-
hegemônicas.
Nenhum desses movimentos tem o suporte
organizacional e financeiro que tem os grupos
neoliberais, neoconservador e populista
autoritário.
13. O fato é que as políticas e práticas educacionais
não caminham numa direção unidimensional.
Todos estes grupos, não hegemônicos provam
que a diferença de fato é possível, e que o
sucesso das políticas conservadoras nunca é
garantido.