Este documento descreve as estratégias de sucesso utilizadas na Estância Santa Ignez no Rio Grande do Sul para a produção de bezerros. As principais estratégias incluem: 1) o manejo alimentar, reprodutivo e sanitário do rebanho; 2) o acasalamento das novilhas aos 18 meses de idade; e 3) a organização das parições em sub-épocas através de um histograma de partos. Essas estratégias permitem uma alta taxa de repetição de prenhez e produtividade mesmo com

1. Estudo de caso: Estância
Santa Ignez, RS – Bases
para o sucesso na
produção de bezerros
LEONARDO CANELLAS & JÚLIO BARCELLOS
NESPRO/UFRGS

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nosso
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Pesquisa,
Inovação
e
Desenvolvimento
Tecnológico
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3. ContextualizaçãoDIA 0
DIA 280
DIA 460
Concepção
Nascimento
Desmame
DIA 820 Sobreano
DIA 1000
280
dias
180
dias
360
dias
280
dias
CRIA
Novilho
Dois anos

4. ContextualizaçãoDIA 0
DIA 280
DIA 460
Concepção
Nascimento
Desmame
DIA 820 Sobreano
DIA 1000
280
dias
180
dias
360
dias
280
dias
CRIA
Novilho
Dois anos
RECRIA

5. ContextualizaçãoDIA 0
DIA 280
DIA 460
Concepção
Nascimento
Desmame
DIA 820 Sobreano
DIA 1000
280
dias
180
dias
360
dias
280
dias
CRIA
Novilho
Dois anos
RECRIA
ENGORDA

6. Lucro na cria (R$/ha)
Fonte: Anualpec (2012)

7. O
case!
Gestão
Recursos Naturais
e Humanos
Tecnologias
de processo

10.  Cria – atividade que “molda” o Bioma Pampa
 Relacionada com a conservação do Bioma
 Manutenção da viabilidade econômica
 Legado – Base econômica e histórica

12. Características da Empresa
 Condomínio Rural Familiar (150 anos)
 Estância Especializada na Cria
 Localização: Bagé/RS
 3.600 ha (95% Pecuária; 5% Arroz)
 Raça: Hereford e Polled Hereford
 Produção de bezerros para outras unidades
de produção
 Venda de vacas de descarte gordas dentro
da unidade de cria

13. Bases da Produção
Eficiência e
Tecnologia de
Processos
Baixo
Risco

15.  Base: Campo Natural
 Melhorias realizadas:
Sistema de Pastejo: rotativo
Uso de roçadeira em épocas estratégicas
Vedação de potreiros - diferimento
O Sistema de Produção

16.  Manejo Alimentar
 Manejo Reprodutivo
 Manejo Sanitário
 Gestão de Processos
Os Alicerces da Produção

17.  Primeiro acasalamento 24 e/ou 18 meses
 Estação de monta (vacas): 90 dias
 Estação de monta (novilhas): 60 dias
 Inseminação Artificial nas novilhas
 Monta natural demais categorias
 Idade à desmama: 5 a 7 meses
 Peso à desmama: 160 kg em média
 Venda vacas gordas dentro do ano (470 kg)
Parâmetros técnicos de base

19. Estratégias utilizadas
Melhoria na recria e
ajuste na idade de
acasalamento
Antecipação da época
de desmame
Ajuste da carga animal conforme a categoria e época
Categorização das
vacas e manejo
específico
Organização das
parições por sub-
épocas (histograma)
Acúmulo de condição corporal na vaca

20. Estratégias utilizadas
Antecipação da época
de desmame

22. Estratégias utilizadas
Melhoria na recria e
ajuste na idade de
acasalamento

23.  Manejo nutricional para o acasalamento aos 24
meses -1993 a 1998
 Manejo nutricional para o acasalamento aos 18
meses - 1998 a 2010
 Peso vivo e condição corporal
300-310 kg e ECC 4 (escala de 1 a 5)
Recria das fêmeas

24. Recria - Acasalamento 24 meses
 Ganho de peso: 0,250 kg/d
 Redução na carga animal – manejo a pasto
 Alta flexibilidade para ganhar peso
 Cuidados sanitários - verminose

25. Recria - Acasalamento 18 meses
 Ganho de peso: 0,400 kg/d
 Redução na carga animal no primeiro
inverno (180 kg/ha ou 0,4 UA/ha)
 Suplementação protéica no primeiro
inverno (300 gramas de proteína)

26. Ciclo de recria – A18 meses

27. Ciclo da novilha - A18 meses
3

28. Acasalamento 18 x 24 meses

29. Repetição de prenhez - 36 meses

30. Estratégias utilizadas
Categorização das
vacas e manejo
específico

31. Manejo no pré-parto
 Diagnóstico de gestação (abril)
 Formação de 3 lotes:
- Primíparas: campos diferidos e baixa carga (250 kg PV/ha)
- Secundíparas: campo nativo e média carga (350 kg PV/ha)
- Vacas adultas: campo diferido durante o verão e alta carga
(até 2000 kg PV/ha) por 3 meses

32.  Primíparas
- Lote único
- Ficam no mesmo potreiro com baixa carga durante
todo o acasalamento
 Multíparas
- Lote único até o parto
- Formação de lotes com até 150 vacas paridas
- Facilidade no deslocamento do gado
- Desmame por idade do terneiro – lotes homogêneos
Manejo da parição

33.  Um parteiro treinado:
- Identifica o parto
- Monitora e busca ajuda quando necessária intervenção
- Cura o umbigo
- Anota o número diário de nascimentos
- Dados servem como base para a construção do
histograma de partos
Manejo da parição

34. Estratégias utilizadas
Organização das
parições por sub-
épocas (histograma)

35. Histograma de partos
Histograma de partos (1994 a 2007)
Estância Santa Ignez, Bagé/RS
Reinher et al., 2010

36. Histograma de partos
Histograma de partos (1994 a 2007)
Estância Santa Ignez, Bagé/RS
Reinher et al., 2010

37. 93%
69%
Histograma de partos

38. Prenhez x Precipitação
86%
54%
96%
94%
90%
81%
84%
68%
Repetição de
prenhez
86%
65%
95%
97%
87%
87%
76%
65%
Vacas Primíparas

39. Produtividade em kg/ha

40. Considerações finais
 Foco nos processos assegura uma boa taxa de
prenhez na cria
 Usando poucos insumos o risco é amenizado, porém a
produção é limitada
 Dependência dos recursos naturais torna o sistema
vulnerável a eventos climáticos extremos

41. Considerações finais
 A receita da vaca gorda no sistema de cria é tão
importante quanto a venda de terneiros
 Acumular condição corporal em uma vaca é um
manejo para 2-3 anos; Perder esta condição é questão
de 2-3 meses
 Quando se trabalha com limitação de insumos, a
demanda intelectual é muito grande e a necessidade de
recursos humanos treinados é essencial

42. Estudo de caso: Estância
Santa Ignez, RS – Bases
para o sucesso na
produção de bezerros
leonardocanellas@hotmail.com