O documento discute indicadores de resultados na pecuária de corte. Ele apresenta conceitos de indicadores e como eles podem ser usados para medir o desempenho zootécnico, econômico e bioeconômico de sistemas de produção pecuária. Exemplos de indicadores são dados para sistemas de ciclo completo e de engorda. O documento argumenta que a medição e análise de indicadores é fundamental para tomada de decisões gerenciais e melhorar a competitividade das propriedades rurais.
140801- carne bovina desafios e tendências - Minerva - Fabiano
Indicadores de resultados na pecuária de corte
1. WORKSHOP BEEF POINT - 28-29 MARÇO/2012
GERENCIAMENTO E MEDIÇÃO DE RESULTADOS NA PECUÁRIA DE CORTE
INDICADORES DE
RESULTADOS NA PECUÁRIA
DE CORTE
Prof. Ricardo Pedroso Oaigen
Médico Veterinário / Doutor em Zootecnia
2. Para Pensar...
Parabéns pela iniciativa do evento
Interiorização do conhecimento
Caminho é este...GERENCIAR!
Faltam tecnologias ???
Formação de técnicos nesta área
3. INDICADOR – Conceitos Genéricos
Medida, geralmente quantitativa, que pode ser usada para ilustrar
e comunicar um conjunto de fenômenos complexos de uma forma
simples, incluindo tendências e progressos ao longo do tempo.
(European Environment Agency)
O SEGREDO são as pessoas:
Conscientização
Capacitação
4. INDICADOR - Conceitos
O uso de indicadores na análise de uma empresa rural propricia
meios para se avaliarem as ações de manejo desenvolvidas junto
ao rebanho ou estratégias relacionadas as atividades
desenvolvidas, detectando desvios dos padrões existentes, e
servindo de referência para os gestores na adoção de medidas
corretivas.
5. USO DE INDICADORES - Objetivos
Medir o Desempenho
• Zootécnico
• Econômico
Possibilita Comparações
• Valores Médios / Padrões
• Outros Produtores
Padronização de indicadores / métodos ??
7. MÉTODO DE COLETA DE DADOS
• Proprietário / Gestor / Funcionários
Reunindo
• Notas fiscais
informações • Cadernos, Livro caixa, anotações
• REQUER DISCIPLINA
• Pessoa treinada
Processando
• Planilha de excel
informações • Software específico
• REQUER ORGANIZAÇÃO
Gerando • Consultor técnico
relatórios • Resultados por escrito
• Fase da documentação
• Proprietário / Consultor técnico
Analisando
• Interpretação
resultados • Tomada de decisões
• REQUER CONHECIMENTO
8. Níveis de Controles
SISTEMAS DE APOIO A
Estratégico
• Avalia o desempenho global da empresa
TOMADA DE
Gerencial
DECISÃO
• Avalia o resultado das atividades
Operacional
• Eficiência dos processos e tarefas
10. INDICADORES NA PECUÁRIA DE CORTE
Padrões Aceitáveis
Descrição Unidade Valor
Fertilidade Novilhas % 85,00
Fertilidade Primíparas % 78,00
Fertilidade Multíparas % 83,00
Perdas Pré-Parto % 4%
Mortalidade de Bezerros % 2,3%
Taxa de Desmame % 77%
Mortalidade de Animais Jovens % 1,2%
Mortalidade de Animais Adultos % 0,8%
Produção de PV/ha Kg/ha 350,00
Taxa de Desfrute Ciclo Completo % 43,00
Taxa de Desfrute Cria % 35,00
Taxa de Desfrute Recria/Engorda % 55,00
EL –MEMARI NETO (2006)
11. INDICADORES ZOOTÉCNICOS
Reprodutivos Reprodutivos Sanitários
Taxa de Relação
Touro/Vaca Taxa de
Prenhez (%) (%) Mortalidade (%)
- Bezerros
- Animais Jovens (2A)
- Adultos
Taxa de Taxa de Reposição
Natalidade de Fêmeas
(%)
(%)
Taxa de Abortos
Taxa de (%)
Desmame (%) - Vacas
- Novilhas
- SISTEMAS DE
Taxa de CICLO COMPLETO
Descartes (%)
-SISTEMAS DE CRIA
12. INDICADORES ZOOTÉCNICOS
Produtivos Produtivos Sistêmicos Sistêmicos
Peso ao Relação de Idade ao 1ª Produção Anual
Nascimento Desmama Parto de Carne (kg)
(kg) (%) (Anos)
Peso ao Produtividade e Intervalo Produtividade
Desmame Eficiência da entre (kg/ha)
(kg) Vaca partos
(kg) (Meses) Taxa de Desfrute
Peso ao (%)
Sobreano
(kg) Carga Animal
Peso ao 1º (kg/ha)
Acasalamento
Taxa de Crescimento ou
(kg) Crescimento Vegetativo
do Rebanho
(%)
- SISTEMAS DE CICLO COMPLETO
- SISTEMAS DE CRIA
13. INDICADORES ZOOTÉCNICOS
Produtivos Sistêmicos
Ganho Médio Diário
Peso de Abate
(kg)
(kg)
Ganho no Período
Rendimento de Carcaça
(kg)
(%)
- SISTEMAS DE
Conversão e Eficiência ENGORDA
Alimentar
Idade de Abate
(kg) (Anos/Meses)
14. INDICADORES ECONÔMICOS
Custos de Produção
- Custos Fixos e - Custo Unitário / kg
Variáveis
- Custo
Desembolsado - Custo / @
- Custos Diretos e
Indiretos
- Custo / bezerro
- Custo Operacional
- Depreciação
- Custo / ha
- Custo Total
- Remuneração da terra
e do capital - Custo / cabeça
15. INDICADORES ECONÔMICOS
Indicadores Indicadores
de
Margens Resultados
de Projetos
- Margem Bruta - Receita
(ha/cab/kg) - Valor Presente Líquido
(R-CD)
- Preço recebido
(@ ou Kg) - Taxa Interna de
- Margem Retorno
Operacional
- Lucratividade (%)
(R-CD-Dep) - Payback
- Rentabilidade (%)
- Ponto de Equilíbrio
- Margem Liquida - Relação Custo
(físico e financeiro) Beneficio
(R-CD-Dep-Rem)
16. CASE 1 – Sistema de Ciclo Completo (Paragominas/PA)
Custos de Produção
INDICADORES ECONÔMICOS 2009 2010
Custo fixo 522.622,80 541.315,59
Custo variável 1.084.111,80 2.103.823,37
Custo desembolso 1.533.683,93 2.569.178,29
Custo operacional 1.606.734,60 2.645.138,96
Custo total 1.739.255,64 2.839.789,66
Depreciação 73.050,67 75.960,67
Custo oportunidade terra 40.500,00 40.500,00
Custo oportunidade capital 92.021,04 154.150,70
Custo por quilo produzido (R$/kg) 2,10 2,98
Custo unitário (R$/cab) 1.020,69 1.360,05
Custo variável unitário (R$/cab) 636,22 1.007,58
17. CASE 1 – Sistema de Ciclo Completo (Paragominas/PA)
Indicadores de Resultados
INDICADORES ECONÔMICOS 2009 2010
Receita 1.989.616,88 2.754.838,64
Margem Bruta 455.932,95 185.660,35
Margem Operacional 382.882,28 109.699,68
Margem Líquida 250.361,24 - 84.951,02
Patrimônio Líquido 4.741.167,00 4.774.177,63
Ponto de equilíbrio (cab) 991,52 2.244,93
Lucratividade 0,13 - 0,03
Lucratividade operacional 0,19 0,04
Rentabilidade liquida 0,05 - 0,02
Rentabilidade operacional 0,08 0,02
18. CASE 2 – Sistema de Ciclo Completo (Cachoeira do Sul/RS)
DADOS DO AUTOR
19. CASE 2 – Sistema de Ciclo Completo (Cachoeira do Sul/RS)
DADOS DO AUTOR
20. CASE 3 – Sistema de Engorda (Pivot de Irrigação)
Sistema de Produção
Unidade S1 S2 S3
Área Pastagem (Pivô) ha 99 99 99
Média Animais cab/mês 142,6 222,8 285,3
Lotação Média UA/ha/mês 1,4 2,1 1,9
Carga Média kgPV/ha/mês 619,3 934,1 864,6
Produção KgPV 36.513 76.428 63.101
Produtividade kgPV/ha 369 772 637
Ganho Médio Diário kg 0,789 0,831 0,671
SOARES et al. , 2012
21. CASE 3 – Sistema de Engorda (Pivot de Irrigação)
Parâmetros UNIDADE S1 S2 S3
Receita Total R$/ha 1.069,57 2.393,20 1.975,87
Margem Bruta R$/ha 33,46 1.162,55 701,01
Margem Operacional R$/ha -63,51 955,40 541,05
Margem Líquida R$/ha -583,18 291,61 -28,99
Capital total investido R$/ha 13.540,17 21.838,77 17.946,83
Ponto Equilíbrio Monetário R$/ha 1.227,82 1.168,50 1.134,51
Receita Total R$/kg 2,90 3,10 3,10
Margem Bruta R$/kg 0,09 1,51 1,10
Margem Operacional R$/kg -0,17 1,24 0,85
Margem Líquida R$/kg -1,58 0,38 -0,05
Rentabilidade no período % -0,47 4,37 3,01
Lucratividade no período % -5,94 39,92 27,38
Ponto Equilíbrio Físico Kg /ha 423 377 366
Payback Anos 4,21 6,99
SOARES et al. , 2012
22. Considerações Finais
A mensuração e análise de indicadores que retratam o funcionamento de
uma propriedade rural são fundamentais para a TOMADA DE DECISÃO.
Somente com informações gerenciais (zootécnicas e/ou econômicas) o
gestor terá subsídios concretos e precisos para avaliar quais os processos
internos estão sendo eficientes, portanto seria uma forma de aperfeiçoar a
COMPETITIVIDADE INTERNA da empresa rural.
A RENTABILIDADE é o elemento mais importante na avaliação da atividade
econômica praticada em moldes capitalistas, devendo situar-se em um nível
adequado para que o investimento se justifique.
23. “...quem não mede não controla, quem não
controla não gerencia...”
GRATO PELA ATENÇÃO!
Contatos:
oaigen@ufpa. br
(91) 9192.0827