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Ano 4 - Edição 19
                                                        Julho 2012




QUEDA DE 10% NO VALOR DA ARROBA
DO BOI GORDO REDUZ EM 84%
MARGEM DE CONFINADOR
A quantidade de animais confinados no País    Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agri-   Foram considerados os
tem aumentado a cada ano. Para avaliar os     cultura Luiz de Queiroz da Universidade de      preços do boi magro,
resultados obtidos pelos pecuaristas a par-   São Paulo (Esalq/USP), analisou a margem lí-    farelo de soja, milho,
tir desse sistema intensivo de produção, o    quida de um confinamento de 8.500 cabeças       caroço de algodão e
Centro de Estudos Avançados em Economia       no Estado de Mato Grosso do Sul.                mão de obra, vigentes até
                                                                                              o dia 25 de junho no Esta-
   EVOLUÇÃO ANUAL DO VALOR DA ARROBA                                                          do, conforme levantamento do
    DE BOI GORDO (INDICADOR ESALQ/BM&F                                                        Cepea. Para o boi gordo, foi assu-
 BOVESPA) EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ANIMAIS                                                     mido o valor de ajuste do contrato de ou-
     CONFINADOS NO BRASIL - 2002 A 2011                                                       tubro negociado em 27 de junho de 2012
                                                                                              na BM&FBovespa. Aplicando-se a sistemá-
                                                                                              tica de cálculo descrita a seguir, que prevê
                                                                                              o confinamento de animais por 100 dias, o
                                                                                              resultado é que o pecuarista teria margem
                                                                                              líquida de R$ 190,33/cabeça, considerando
                                                                                              a receita e o Custo Operacional Total (COT).
                                                                                              De acordo com o estudo, caso ocorra um
                                                                                              aumento de 10% no preço do boi magro
                                                                                              em relação ao considerado no cálculo, a
                                                                                              margem líquida seria reduzida em 52,9%.
                                                                                              Da mesma forma, se houver uma redução
                                                                                              de 10% no valor da arroba do boi gordo,
                                                                                              a rentabilidade terá variação negativa de
                                                                                              84%. Mantidas constantes as demais variá-
                                                                                              veis, o limite para que o produtor não opere
                                                                                              no negativo é que o preço do boi magro não
                                                                                              ultrapasse R$ 1.306,38 por cabeça e que o
   Fonte: Cepea e FNP-AnualPec (2011)                                                         valor de venda da arroba seja de, no míni-
                                                                                              mo, R$ 88,16.
FARELO DE SOJA É O INSUMO DE MAIOR
INFLUÊNCIA NA VARIAÇÃO DO COE
Ao se analisar a variação individual    torne 10% mais caro, e os demais      no seu preço frente ao computa-
do farelo de soja, milho, caroço de     continuem constantes, o COE au-       do em junho, o COE diminuiria em
algodão e mão de obra, nota-se que      mentaria 0,78% e a margem líquida     0,43%, proporcionando aumento
o insumo que possui maior influên-      por cabeça comercializada seria re-   de 3,12% da margem líquida, por
cia na variação do Custo Operacional    duzida em 8,09%.                      cabeça. Em contrapartida, aumen-
Efetivo (COE) é o farelo de soja, que   Com relação ao milho, insumo que      tos de 10% no caroço de algodão e
apresenta altas expressivas desde o     tem se desvalorizado desde o início   no valor da mão de obra afetariam o
mês de março. Caso este insumo se       do ano, se houver redução de 10%      COE em 0,42% e 0,38%, respecti-
                                                                              vamente.
   ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DA MARGEM                                         Dessa forma, de acordo com os va-
  LÍQUIDA DIANTE DE VARIAÇÕES DO PREÇO                                        lores utilizados no estudo, o panora-
 DO BOI MAGRO E DA ARROBA DO BOI GORDO                                        ma para os confinadores é positivo.
                                                                              Apesar disso, dada a influência dos
                                                                              fatores analisados na rentabilidade
                                                                              de um confinamento, é importan-
                                                                              te que haja cuidadosa programação
                                                                              para a compra dos insumos. Incluir
                                                                              operações de mercado futuro no pla-
                                                                              nejamento é, também, uma via para
                                                                              dirimir os riscos do investimento, à
                                                                              medida que os preços de venda de
                                                                              boi gordo podem ser travados com
                                                                              antecedência.




   Fonte: Cepea e FNP-AnualPec (2011)



     ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DO CUSTO
      OPERACIONAL EFETIVO A PARTIR DE
  VARIAÇÕES DOS PREÇOS DO MILHO, FARELO
  DE SOJA, CAROÇO DE ALGODÃO E DO VALOR
             DO SALÁRIO MÍNIMO




   Fonte: Cepea e FNP-AnualPec (2011)
PREÇOS DO BOI MAGRO E DO MILHO FAVORECEM
INÍCIO DE CONFINAMENTO
Do ponto de vista do confinador, as va-       primeiros meses de 2012, houve consecu-     a situação foi semelhante, com saltos de
riações de preços de alguns insumos em        tivos aumentos. De março para abril, por    14% e 13%, respectivamente. Esse com-
maio foram favoráveis. Os preços do boi       exemplo, na região de Rio Verde, a tone-    portamento é reflexo da quebra de safra
magro, principal custo de um confinamen-      lada de farelo se tornou 15% mais cara e,   na América do Sul e da demanda aquecida
to, e do milho recuaram. A soja e seus de-    de abril para maio, 14%. Em Campinas,       pelos produtos do complexo soja.
rivados, porém, seguem em alta.
Após uma ligeira recuperação no mês de                         EVOLUÇÃO DO PREÇO DO BOI MAGRO
abril, a média dos preços do boi magro
voltou a cair em maio. Em várias regiões,
o preço foi inferior aos praticados no pri-
meiro bimestre do ano, por exemplo.
Observando-se as praças de Bauru/Marília
(SP), São José do Rio Preto/Barretos (SP),
Presidente Prudente (SP), Goiânia (GO) e
Campo Grande (MS), constata-se que Pre-
sidente Prudente foi a única em que a mé-
dia de maio (R$ 1.217,65) foi maior que
a janeiro: reajuste de 6%. Goiânia apre-
sentou o menor preço do boi magro na
                                                  Fonte: Cepea
série analisada. Em março deste ano, o va-
lor médio foi R$ 1.000,00/cabeça. Bauru/
Marília e Campo Grande registraram leve                EVOLUÇÃO DO PREÇO DA SACA DE MILHO
tendência de queda em maio, quando
comparado com janeiro, sendo que a sé-
rie fechou em R$ 1.123,38 e R$ 1.092,90,
respectivamente.
Milho – Com as boas expectativas de
produção, tanto no exterior quanto na se-
gunda safra brasileira, os preços do milho
estiveram abaixo dos registrados em maio
do ano passado. Em Goiânia, a diferença
chegou a 14%; em Cuiabá (MT) e em Ara-
çatuba (SP), a 12%; e em Dourados (MS),
a 10%. Ao se analisar a evolução dos pre-
                                                  Fonte: Cepea
ços desde o início deste ano nas regiões de
Rio Verde (GO), Campinas (SP), Dourados
                                                         EVOLUÇÃO DO PREÇO DA TONELADA DE
e Sorriso (MT), a primeira é a que apre-
                                                                  FARELO DE SOJA
sentou a queda mais expressiva, chegan-
do a 19% na comparação com janeiro.
Quando se confrontam as médias de maio
com as de abril, a diferença negativa tam-
bém é forte em várias regiões. Em Sorri-
so, o recuo foi de 17,7%; em Dourados,
de 9,2%; em Rio Verde, de 8,2%; e em
Campinas, de 3,5%.
Farelo de Soja – Já para este insumo, a
média de maio foi 55% superior à verifi-
cada no mesmo período em 2011 em Rio
Verde e 49% em Campinas. Nos cinco
                                                Fonte: Cepea
BEZERRO DESVALORIZA E REDUZ CUSTOS EM MAIO
Os custos de produção da pecuária de                       está atrelada à desvalorização do bezer-        principalmente pela alta no Rio Grande
corte recuaram em maio, movimento                          ro, que foi de 12% no Estado.                   do Sul. Conforme pesquisas do Cepea,
contrário ao verificado no mês passado.                    Já no Rio Grande do Sul foi registrado o        devido à falta de chuvas no Sul do País,
Considerando-se a média Brasil (GO,                        maior aumento nos custos em maio. O             a safra da soja naquela região registrou
MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO e SP),                      Estado tem a maior variação anual. De           menor produtividade e expressiva perda.
o Custo Operacional Total (COT) caiu                       abril para maio, o COE no Rio Grande            Dessa forma, muitos produtores passaram
1,04% e o Custo Operacional Efetivo                        do Sul subiu 0,89% e o COT, 0,67%.              a buscar nas culturas de inverno a pos-
(COE), 1,9%, conforme cálculos reali-                      No acumulado deste ano, o COE já au-            sibilidade de reduzir os prejuízos obtidos
zados pelo Cepea da Esalq/USP, com o                       mentou 7,09% e o COT, 5,82%. Estas              com a soja. Como o trigo também tem
apoio financeiro da Confederação da                        variações estiveram atreladas aos suces-        estado instável na região, houve aumento
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).                    sivos aumentos nos preços do bezerro            da demanda por aveia, o que impulsionou
O principal responsável pela queda nos                     no Rio Grande do Sul, que, contrarian-          expressivamente os preços das forrageiras
custos em maio foi o preço do bezerro,                     do o movimento verificado no resto do           no Rio Grande do Sul.
que registrou desvalorização no correr                     País, acumulou alta de cerca de 6% no           Os produtos para construção civil, para
do mês. Esses animais representam forte                    ano, e também ao aumento do salário             reprodução animal e as vacinas também
peso nos custos de produção (31,3%).                       mínimo, de 14,13%. Além disso, hou-             subiram no acumulado de 2012: 3,32%,
Apesar de ter apresentado alta em abril,                   ve alta no item adubos e corretivos em          4,37% e 7,44%, respectivamente.
os preços do bezerro acumulam queda                        maio, de 8,14%.                                 Quanto à receita, as negociações envol-
em 2012. A redução desse insumo em                         Quanto aos insumos, em maio, desta-             vendo boi gordo estiveram lentas no cor-
maio, de 3,15%, foi, inclusive, uma das                    caram-se as altas verificadas nos preços        rer de maio, de acordo com o Cepea, de-
mais expressivas da série analisada, que                   dos adubos e corretivos, de 3,33%, e            vido às indefinições nos volumes de oferta
tem início em 2004.                                        das sementes forrageiras, de 3,07%.             de animais para abate e na demanda por
Dentre os estados analisados nesta pes-                    No acumulado de 2012, o adubo apre-             carne no atacado. Assim, em São Paulo,
quisa, a queda mais expressiva, em ter-                    senta alta de 2,37% e as forrageiras, de        ainda que os preços diários da arroba te-
mos de gastos, no mês de maio, foi ob-                     6,65%.                                          nham oscilado durante o mês, a média
servada no Pará, de 5,38%, e de 4,22%                      Os preços dos adubos subiram em todos           se manteve no mesmo patamar. A média
no COE e no COT, respectivamente. As-                      os estados acompanhados, reflexo da             do Indicador do boi ESALQ/BM&FBovespa
sim, como na média Brasil, a queda nos                     valorização do dólar. Para as sementes          (Estado de São Paulo, CDI – à vista e livre
custos de produção no Pará também                          forrageiras, a variação foi impulsionada        do Funrural) foi R$ 92,86 no mês de maio.

                   VARIAÇÕES DOS PREÇOS DOS PRINCIPAIS INSUMOS DA PECUÁRIA DE CORTE
                                                    MÉDIA PONDERADA PARA GO, MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO E SP
                                                                                    Ponderação COT                      Variação acumulada
    Estados                                                                             maio/12               jan/12 - mai/12           maio/12
    Bezerro e outros animais de reprodução                                              31,34%                     -3,56%                -3,15%
    Suplementação Mineral                                                               15,83%                     0,60%                 0,43%
    Dieta                                                                                0,52%                     0,21%                 -0,54%
    Adubos e Corretivos                                                                  3,84%                     2,37%                 3,33%
    Sementes Forrageiras                                                                 2,79%                     6,65%                 3,07%
    Máquinas Agrícolas                                                                   7,41%                     -0,51%                -1,09%
    Implementos Agrícolas                                                                2,42%                     32,34%                16,83%
    Defensivos Agrícolas                                                                 0,92%                     -0,98%                0,81%
    Medicamentos - Vacinas                                                               1,78%                     7,44%                 -0,30%
    Medicamentos - Controle Parasitário                                                  0,60%                     1,20%                 0,06%
    Medicamentos- Antibióticos                                                           0,29%                     2,34%                 -0,25%
    Medicamentos em geral                                                                0,15%                     2,10%                 0,63%
    Insumos para reprodução animal                                                       0,06%                     4,37%                 4,39%
    Mão de Obra                                                                         15,88%                     14,13%                0,00%
    Construções Civil                                                                    7,84%                     3,32%                 0,47%
    Brinco de Identificação                                                              0,01%                     -1,06%                -0,87%
    Outros (Energia, Administrativos, Utilitário)                                        8,35%
 Fonte: CEPEA/USP/CNA
PREÇO DO BOI MAGRO PODE FAVORECER O
CONFINAMENTO EM GOIÂNIA E CAMPO GRANDE
No segundo trimestre de cada ano, com       que esse animal será vendido quando          anos anteriores do boi magro e da arroba.
o fim da época das águas, muitos pecu-      atingir peso ideal de abate. Dentre os       Para a análise, foram considerados os valo-
aristas decidem sobre confinar ou não os    motivos para a boa rentabilidade da ativi-   res médios do boi magro e da arroba do boi
animais. Um dos fatores a ser considerado   dade, está a alta do preço da arroba, que    gordo para o trimestre abril-junho, de 2004
nesse período de tomada de decisão é o      ocorre geralmente no segundo semestre        a 2011, nas regiões de Campo Grande,
preço do boi magro, que, de acordo com      do ano, e não somente os ganhos de peso      Goiânia e São José do Rio Preto. Tais regi-
informações obtidas pelo Cepea, pode re-    dos bois confinados. Um preço elevado na     ões foram selecionadas porque têm grande
presentar cerca de 70% dos gastos efeti-    aquisição do boi magro pode prejudicar a     representatividade na quantidade total de
vos de um confinamento.                     lucratividade do confinador. Neste contex-   gado confinado no País. Já para 2012, foi
Além disso, é preciso considerar o valor    to, o Cepea analisou os preços atuais e de   considerada a média entre abril e maio. A
                                                                                         partir disso, calculou-se a relação de troca
     EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DA ARROBA E                                                 (de arroba do boi gordo/boi magro) para os
     DO BOI MAGRO EM CAMPO GRANDE (MS), DE                                               trimestres de cada ano em análise.
                                                                                         No caso de Campo Grande, de 2004 para
                   2004 A 2012
                                                                                         2012, o aumento do preço da arroba foi de
                                                                                         57% e do preço do boi magro, de 88%.
                                                                                         Com isso, a quantidade de arrobas para
                                                                                         a aquisição de um boi magro aumentou
                                                                                         cerca de 20%. Enquanto em 2004 foram
                                                                                         necessárias 10,6 arrobas de boi para a com-
                                                                                         pra de um boi magro, em 2012, produtores
                                                                                         precisaram de 12,8 arrobas para comprar o
                                                                                         mesmo animal. Apesar disso, neste caso, a
                                                                                         relação de troca observada em 2012 ainda
                                                                                         é mais favorável que a observada de 2008
                                                                                         a 2010.
                                                                                         Em Goiânia, a arroba teve valorização de
                                                                                         quase 60% e o boi magro, expressivos
                                                                                         105% de 2004 para 2012. Dessa forma, a
  Fonte: Cepea- Esalq/USP
                                                                                         relação de troca piorou 29% para os pe-
                                                                                         cuaristas goianos no período analisado.
                                                                                         Apesar da redução no poder de compra, a
   EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DA ARROBA E DO                                                relação de troca em 2012 é a mais favorá-
    BOI MAGRO EM GOIÂNIA (GO), DE 2004 A 2012                                            vel desde 2008 (Figura 2).




 Fonte: Cepea-Esalq/USP
RELAÇÃO DE TROCA PIOROU
EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
A piora da relação de troca foi mais acen-   gordo, 58%.                                 preço do boi magro, 2012 se mostra favo-
tuada em São José do Rio Preto. Enquan-      De 2004 para 2012, nota-se uma tendên-      rável ao confinamento, relativamente aos
to em 2004 era necessário ter 9,8 arrobas    cia de piora na relação de troca nas três   anos anteriores mais recentes (de 2009 a
para comprar um boi magro, em 2012, a        praças analisadas. Dentre as praças con-    2012). Já em São José do Rio Preto, a re-
mesma compra demandaria aproximada-          sideradas, a situação dos pecuaristas de    lação de troca em 2012 se encontra no
mente 13 arrobas, ou seja, houve queda       Campo Grande foi desfavorável em rela-      pior patamar da série. O custo relativa-
de 33% no poder de compra do produ-          ção às duas outras, até o ano de 2010.      mente alto do boi magro se mostra como
tor. No período, o preço do boi magro        Ainda assim, em Goiânia e em Campo          um fator negativo ao confinamento nesta
aumentou 110% e o da arroba de boi           Grande, pelo menos no que tange ao          praça.

   EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DA ARROBA E DO
    BOI MAGRO EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP),
                 DE 2004 A 2012




 Fonte: Cepea- Esalq/USP




    EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO DE TROCA (BOI
  MAGRO/ARROBA) DE 2004 A 2012 NAS PRAÇAS
 DE CAMPO GRANDE, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E
                 GOIÂNIA




  Fonte: Cepea- Esalq/USP
METODOLOGIA UTILIZADA
O confinamento analisado tem capaci-                                        (contrato outubro na BM&FBovespa, ajus-                                     depreciações de máquinas, implemen-
dade estática para 8.500 animais e reali-                                   te do dia 27 de junho de 2012) e rendi-                                     tos e benfeitorias e o pró-labore; o Cus-
za apenas um giro ao ano. O tempo de                                        mento médio de carcaça de 53%. Com                                          to Total (CT), por sua vez, representa o
permanência do gado para terminação é                                       relação aos custos da ração, o milho foi                                    COT adicionado da remuneração do
de 100 dias (julho a outubro) e o ganho                                     cotado a R$ 352,50/tonelada; farelo de                                      capital investido.
de peso diário médio é 1,093 quilo/ca-                                      soja, a R$ 850,00/t; caroço de algodão,                                     Dessa forma, o confinamento pro-
beça. Para isso, considerou-se uma ração                                    a R$ 355,53/t; núcleo, a R$ 60,0/sc; e a                                    porcionou receita bruta de R$
composta de silagem de capim braquiária                                     silagem, preço de R$ 120,0/t.                                               14.970.034,45, frente ao COE de R$
(66,3%), milho (10,6%), farelo de soja                                      Os custos foram avaliados pela ótica dos                                    12.892.985,40. A aquisição dos ani-
(11,4%), caroço de algodão (11,0%) e                                        dispêndios operacionais, em que o Custo                                     mais foi responsável por 73,8% des-
núcleo mineral (0,6%).                                                      Operacional Efetivo (COE) é composto pe-                                    se custo, seguida pela alimentação
Para o estudo, foram considerados os se-                                    los gastos efetuados com insumos, mão                                       (21,09%) e mão de obra (2,17%). Ao
guintes valores: aquisição do boi magro a                                   de obra, operações mecânicas e despe-                                       serem consideradas as depreciações
R$ 1.119,82 na praça de Campo Gran-                                         sas administrativas; o Custo Operacional                                    da propriedade, o COT chega a R$
de; valor de venda da arroba a R$ 98,72                                     Total (COT) é a soma do COE com as                                          13.368.377,87.

                                     MARGEM BRUTA, MARGEM LÍQUIDA E LUCRO DO CONFINADOR
     Margem Bruta - MB - (Receita - COE) Mensal                                                                                                          R$ 173.087,42
     Margem Líquida - ML - (Receita - COT) Mensal                                                                                                        R$ 133.471,38
     Lucro - (Receita - CT) - Mensal                                                                                                                     R$ 13.360,93
     Taxa de Remuneração do Capital (ML/Estoque de Capital)                                                                                                 8,67%
 Fonte: Cepea




                                                                     VARIAÇÃO MENSAL E ACUMULADA
                                                         COE (1)                                         COT (2)                                   Boi Gordo R$/@                Ponderações
    Estados                            maio/12                jan/12 - maio/12                 maio/12      jan/12 - maio/12                   maio/12       jan/12 - mai/12
    Goiás                              -0,69%                       -1,64%                     0,19%               0,01%                       -2,73%           -7,76%              15,0%
    Minas Gerais                       -0,46%                       6,27%                      -0,17%              5,55%                       -2,40%           -5,12%              14,6%
    Mato Grosso                        -1,17%                       0,09%                      -0,70%              1,23%                       -0,93%           -11,55%             14,6%
    Mato Grosso do Sul                 -0,88%                       -1,36%                     0,29%               0,94%                       -1,74%           -6,13%              12,7%
    Pará                               -5,38%                       1,16%                      -4,22%              1,77%                       -0,59%           -4,69%               9,8%
    Paraná                              0,64%                       2,96%                      0,72%               2,77%                       -1,55%           -4,95%               8,2%
    Rio Grande do Sul                   0,89%                       7,09%                      0,67%               5,82%                       -0,25%            2,13%               7,7%
    Rondônia                           -0,75%                       0,64%                      -0,63%              1,28%                       -1,01%           -1,54%               6,7%
    São Paulo                          -0,87%                       0,40%                      0,28%               1,67%                       -2,37%           -6,51%               6,2%
    Tocantins                           0,27%                       3,12%                      0,62%               2,91%                       -1,59%           -6,20%               4,5%
    Brasil*                            -1,90%                       0,66%                      -1,04%              1,55%                       -2,54%           -8,52%              100,0%
 *- Referente a 79,22% do rebanho nacional segundo o Rebanho Efetivo Bovino PPM / IBGE 2008.             1 - Custo Operacional Efetivo (COE)
 Fonte: Cepea/USP-CNA                                                                                    2 - Custo Operacional Total (COT)




                                             VARIAÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS
    Indicadores                                                                                                                                            maio-12
    IGP-M                                                                                                                                                   1,02%
    Acumulado_Janeiro IGP-M                                                                                                                                 2,51%
 Fonte: Cepea




 ATIVOS DA PECUÁRIA DECORTE é um boletim
 mensal elaborado pela Superintendência
 Técnica da CNA e Centro de Estudos                                                                                                                         SGAN - Quadra 601 - Módulo K
 Avançados em Economia Aplicada - Cepea/                                                                                                                    70.830-903 Brasília - DF
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 Esalq - da Universidade de São Paulo.
                                                                                                                                                            E-mail: cna.sut@cna.org.br
 Reprodução permitida desde que citada a fonte.                                                                                                             Site: www.canaldoprodutor.com.br

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CNA-SENAR - Ativos pecuária de corte - ago/12

  • 1. Ano 4 - Edição 19 Julho 2012 QUEDA DE 10% NO VALOR DA ARROBA DO BOI GORDO REDUZ EM 84% MARGEM DE CONFINADOR A quantidade de animais confinados no País Aplicada (Cepea), da Escola Superior de Agri- Foram considerados os tem aumentado a cada ano. Para avaliar os cultura Luiz de Queiroz da Universidade de preços do boi magro, resultados obtidos pelos pecuaristas a par- São Paulo (Esalq/USP), analisou a margem lí- farelo de soja, milho, tir desse sistema intensivo de produção, o quida de um confinamento de 8.500 cabeças caroço de algodão e Centro de Estudos Avançados em Economia no Estado de Mato Grosso do Sul. mão de obra, vigentes até o dia 25 de junho no Esta- EVOLUÇÃO ANUAL DO VALOR DA ARROBA do, conforme levantamento do DE BOI GORDO (INDICADOR ESALQ/BM&F Cepea. Para o boi gordo, foi assu- BOVESPA) EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE ANIMAIS mido o valor de ajuste do contrato de ou- CONFINADOS NO BRASIL - 2002 A 2011 tubro negociado em 27 de junho de 2012 na BM&FBovespa. Aplicando-se a sistemá- tica de cálculo descrita a seguir, que prevê o confinamento de animais por 100 dias, o resultado é que o pecuarista teria margem líquida de R$ 190,33/cabeça, considerando a receita e o Custo Operacional Total (COT). De acordo com o estudo, caso ocorra um aumento de 10% no preço do boi magro em relação ao considerado no cálculo, a margem líquida seria reduzida em 52,9%. Da mesma forma, se houver uma redução de 10% no valor da arroba do boi gordo, a rentabilidade terá variação negativa de 84%. Mantidas constantes as demais variá- veis, o limite para que o produtor não opere no negativo é que o preço do boi magro não ultrapasse R$ 1.306,38 por cabeça e que o Fonte: Cepea e FNP-AnualPec (2011) valor de venda da arroba seja de, no míni- mo, R$ 88,16.
  • 2. FARELO DE SOJA É O INSUMO DE MAIOR INFLUÊNCIA NA VARIAÇÃO DO COE Ao se analisar a variação individual torne 10% mais caro, e os demais no seu preço frente ao computa- do farelo de soja, milho, caroço de continuem constantes, o COE au- do em junho, o COE diminuiria em algodão e mão de obra, nota-se que mentaria 0,78% e a margem líquida 0,43%, proporcionando aumento o insumo que possui maior influên- por cabeça comercializada seria re- de 3,12% da margem líquida, por cia na variação do Custo Operacional duzida em 8,09%. cabeça. Em contrapartida, aumen- Efetivo (COE) é o farelo de soja, que Com relação ao milho, insumo que tos de 10% no caroço de algodão e apresenta altas expressivas desde o tem se desvalorizado desde o início no valor da mão de obra afetariam o mês de março. Caso este insumo se do ano, se houver redução de 10% COE em 0,42% e 0,38%, respecti- vamente. ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DA MARGEM Dessa forma, de acordo com os va- LÍQUIDA DIANTE DE VARIAÇÕES DO PREÇO lores utilizados no estudo, o panora- DO BOI MAGRO E DA ARROBA DO BOI GORDO ma para os confinadores é positivo. Apesar disso, dada a influência dos fatores analisados na rentabilidade de um confinamento, é importan- te que haja cuidadosa programação para a compra dos insumos. Incluir operações de mercado futuro no pla- nejamento é, também, uma via para dirimir os riscos do investimento, à medida que os preços de venda de boi gordo podem ser travados com antecedência. Fonte: Cepea e FNP-AnualPec (2011) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE DO CUSTO OPERACIONAL EFETIVO A PARTIR DE VARIAÇÕES DOS PREÇOS DO MILHO, FARELO DE SOJA, CAROÇO DE ALGODÃO E DO VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO Fonte: Cepea e FNP-AnualPec (2011)
  • 3. PREÇOS DO BOI MAGRO E DO MILHO FAVORECEM INÍCIO DE CONFINAMENTO Do ponto de vista do confinador, as va- primeiros meses de 2012, houve consecu- a situação foi semelhante, com saltos de riações de preços de alguns insumos em tivos aumentos. De março para abril, por 14% e 13%, respectivamente. Esse com- maio foram favoráveis. Os preços do boi exemplo, na região de Rio Verde, a tone- portamento é reflexo da quebra de safra magro, principal custo de um confinamen- lada de farelo se tornou 15% mais cara e, na América do Sul e da demanda aquecida to, e do milho recuaram. A soja e seus de- de abril para maio, 14%. Em Campinas, pelos produtos do complexo soja. rivados, porém, seguem em alta. Após uma ligeira recuperação no mês de EVOLUÇÃO DO PREÇO DO BOI MAGRO abril, a média dos preços do boi magro voltou a cair em maio. Em várias regiões, o preço foi inferior aos praticados no pri- meiro bimestre do ano, por exemplo. Observando-se as praças de Bauru/Marília (SP), São José do Rio Preto/Barretos (SP), Presidente Prudente (SP), Goiânia (GO) e Campo Grande (MS), constata-se que Pre- sidente Prudente foi a única em que a mé- dia de maio (R$ 1.217,65) foi maior que a janeiro: reajuste de 6%. Goiânia apre- sentou o menor preço do boi magro na Fonte: Cepea série analisada. Em março deste ano, o va- lor médio foi R$ 1.000,00/cabeça. Bauru/ Marília e Campo Grande registraram leve EVOLUÇÃO DO PREÇO DA SACA DE MILHO tendência de queda em maio, quando comparado com janeiro, sendo que a sé- rie fechou em R$ 1.123,38 e R$ 1.092,90, respectivamente. Milho – Com as boas expectativas de produção, tanto no exterior quanto na se- gunda safra brasileira, os preços do milho estiveram abaixo dos registrados em maio do ano passado. Em Goiânia, a diferença chegou a 14%; em Cuiabá (MT) e em Ara- çatuba (SP), a 12%; e em Dourados (MS), a 10%. Ao se analisar a evolução dos pre- Fonte: Cepea ços desde o início deste ano nas regiões de Rio Verde (GO), Campinas (SP), Dourados EVOLUÇÃO DO PREÇO DA TONELADA DE e Sorriso (MT), a primeira é a que apre- FARELO DE SOJA sentou a queda mais expressiva, chegan- do a 19% na comparação com janeiro. Quando se confrontam as médias de maio com as de abril, a diferença negativa tam- bém é forte em várias regiões. Em Sorri- so, o recuo foi de 17,7%; em Dourados, de 9,2%; em Rio Verde, de 8,2%; e em Campinas, de 3,5%. Farelo de Soja – Já para este insumo, a média de maio foi 55% superior à verifi- cada no mesmo período em 2011 em Rio Verde e 49% em Campinas. Nos cinco Fonte: Cepea
  • 4. BEZERRO DESVALORIZA E REDUZ CUSTOS EM MAIO Os custos de produção da pecuária de está atrelada à desvalorização do bezer- principalmente pela alta no Rio Grande corte recuaram em maio, movimento ro, que foi de 12% no Estado. do Sul. Conforme pesquisas do Cepea, contrário ao verificado no mês passado. Já no Rio Grande do Sul foi registrado o devido à falta de chuvas no Sul do País, Considerando-se a média Brasil (GO, maior aumento nos custos em maio. O a safra da soja naquela região registrou MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO e SP), Estado tem a maior variação anual. De menor produtividade e expressiva perda. o Custo Operacional Total (COT) caiu abril para maio, o COE no Rio Grande Dessa forma, muitos produtores passaram 1,04% e o Custo Operacional Efetivo do Sul subiu 0,89% e o COT, 0,67%. a buscar nas culturas de inverno a pos- (COE), 1,9%, conforme cálculos reali- No acumulado deste ano, o COE já au- sibilidade de reduzir os prejuízos obtidos zados pelo Cepea da Esalq/USP, com o mentou 7,09% e o COT, 5,82%. Estas com a soja. Como o trigo também tem apoio financeiro da Confederação da variações estiveram atreladas aos suces- estado instável na região, houve aumento Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). sivos aumentos nos preços do bezerro da demanda por aveia, o que impulsionou O principal responsável pela queda nos no Rio Grande do Sul, que, contrarian- expressivamente os preços das forrageiras custos em maio foi o preço do bezerro, do o movimento verificado no resto do no Rio Grande do Sul. que registrou desvalorização no correr País, acumulou alta de cerca de 6% no Os produtos para construção civil, para do mês. Esses animais representam forte ano, e também ao aumento do salário reprodução animal e as vacinas também peso nos custos de produção (31,3%). mínimo, de 14,13%. Além disso, hou- subiram no acumulado de 2012: 3,32%, Apesar de ter apresentado alta em abril, ve alta no item adubos e corretivos em 4,37% e 7,44%, respectivamente. os preços do bezerro acumulam queda maio, de 8,14%. Quanto à receita, as negociações envol- em 2012. A redução desse insumo em Quanto aos insumos, em maio, desta- vendo boi gordo estiveram lentas no cor- maio, de 3,15%, foi, inclusive, uma das caram-se as altas verificadas nos preços rer de maio, de acordo com o Cepea, de- mais expressivas da série analisada, que dos adubos e corretivos, de 3,33%, e vido às indefinições nos volumes de oferta tem início em 2004. das sementes forrageiras, de 3,07%. de animais para abate e na demanda por Dentre os estados analisados nesta pes- No acumulado de 2012, o adubo apre- carne no atacado. Assim, em São Paulo, quisa, a queda mais expressiva, em ter- senta alta de 2,37% e as forrageiras, de ainda que os preços diários da arroba te- mos de gastos, no mês de maio, foi ob- 6,65%. nham oscilado durante o mês, a média servada no Pará, de 5,38%, e de 4,22% Os preços dos adubos subiram em todos se manteve no mesmo patamar. A média no COE e no COT, respectivamente. As- os estados acompanhados, reflexo da do Indicador do boi ESALQ/BM&FBovespa sim, como na média Brasil, a queda nos valorização do dólar. Para as sementes (Estado de São Paulo, CDI – à vista e livre custos de produção no Pará também forrageiras, a variação foi impulsionada do Funrural) foi R$ 92,86 no mês de maio. VARIAÇÕES DOS PREÇOS DOS PRINCIPAIS INSUMOS DA PECUÁRIA DE CORTE MÉDIA PONDERADA PARA GO, MT, MS, PA, RO, RS, MG, PR, TO E SP Ponderação COT Variação acumulada Estados maio/12 jan/12 - mai/12 maio/12 Bezerro e outros animais de reprodução 31,34% -3,56% -3,15% Suplementação Mineral 15,83% 0,60% 0,43% Dieta 0,52% 0,21% -0,54% Adubos e Corretivos 3,84% 2,37% 3,33% Sementes Forrageiras 2,79% 6,65% 3,07% Máquinas Agrícolas 7,41% -0,51% -1,09% Implementos Agrícolas 2,42% 32,34% 16,83% Defensivos Agrícolas 0,92% -0,98% 0,81% Medicamentos - Vacinas 1,78% 7,44% -0,30% Medicamentos - Controle Parasitário 0,60% 1,20% 0,06% Medicamentos- Antibióticos 0,29% 2,34% -0,25% Medicamentos em geral 0,15% 2,10% 0,63% Insumos para reprodução animal 0,06% 4,37% 4,39% Mão de Obra 15,88% 14,13% 0,00% Construções Civil 7,84% 3,32% 0,47% Brinco de Identificação 0,01% -1,06% -0,87% Outros (Energia, Administrativos, Utilitário) 8,35% Fonte: CEPEA/USP/CNA
  • 5. PREÇO DO BOI MAGRO PODE FAVORECER O CONFINAMENTO EM GOIÂNIA E CAMPO GRANDE No segundo trimestre de cada ano, com que esse animal será vendido quando anos anteriores do boi magro e da arroba. o fim da época das águas, muitos pecu- atingir peso ideal de abate. Dentre os Para a análise, foram considerados os valo- aristas decidem sobre confinar ou não os motivos para a boa rentabilidade da ativi- res médios do boi magro e da arroba do boi animais. Um dos fatores a ser considerado dade, está a alta do preço da arroba, que gordo para o trimestre abril-junho, de 2004 nesse período de tomada de decisão é o ocorre geralmente no segundo semestre a 2011, nas regiões de Campo Grande, preço do boi magro, que, de acordo com do ano, e não somente os ganhos de peso Goiânia e São José do Rio Preto. Tais regi- informações obtidas pelo Cepea, pode re- dos bois confinados. Um preço elevado na ões foram selecionadas porque têm grande presentar cerca de 70% dos gastos efeti- aquisição do boi magro pode prejudicar a representatividade na quantidade total de vos de um confinamento. lucratividade do confinador. Neste contex- gado confinado no País. Já para 2012, foi Além disso, é preciso considerar o valor to, o Cepea analisou os preços atuais e de considerada a média entre abril e maio. A partir disso, calculou-se a relação de troca EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DA ARROBA E (de arroba do boi gordo/boi magro) para os DO BOI MAGRO EM CAMPO GRANDE (MS), DE trimestres de cada ano em análise. No caso de Campo Grande, de 2004 para 2004 A 2012 2012, o aumento do preço da arroba foi de 57% e do preço do boi magro, de 88%. Com isso, a quantidade de arrobas para a aquisição de um boi magro aumentou cerca de 20%. Enquanto em 2004 foram necessárias 10,6 arrobas de boi para a com- pra de um boi magro, em 2012, produtores precisaram de 12,8 arrobas para comprar o mesmo animal. Apesar disso, neste caso, a relação de troca observada em 2012 ainda é mais favorável que a observada de 2008 a 2010. Em Goiânia, a arroba teve valorização de quase 60% e o boi magro, expressivos 105% de 2004 para 2012. Dessa forma, a Fonte: Cepea- Esalq/USP relação de troca piorou 29% para os pe- cuaristas goianos no período analisado. Apesar da redução no poder de compra, a EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DA ARROBA E DO relação de troca em 2012 é a mais favorá- BOI MAGRO EM GOIÂNIA (GO), DE 2004 A 2012 vel desde 2008 (Figura 2). Fonte: Cepea-Esalq/USP
  • 6. RELAÇÃO DE TROCA PIOROU EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO A piora da relação de troca foi mais acen- gordo, 58%. preço do boi magro, 2012 se mostra favo- tuada em São José do Rio Preto. Enquan- De 2004 para 2012, nota-se uma tendên- rável ao confinamento, relativamente aos to em 2004 era necessário ter 9,8 arrobas cia de piora na relação de troca nas três anos anteriores mais recentes (de 2009 a para comprar um boi magro, em 2012, a praças analisadas. Dentre as praças con- 2012). Já em São José do Rio Preto, a re- mesma compra demandaria aproximada- sideradas, a situação dos pecuaristas de lação de troca em 2012 se encontra no mente 13 arrobas, ou seja, houve queda Campo Grande foi desfavorável em rela- pior patamar da série. O custo relativa- de 33% no poder de compra do produ- ção às duas outras, até o ano de 2010. mente alto do boi magro se mostra como tor. No período, o preço do boi magro Ainda assim, em Goiânia e em Campo um fator negativo ao confinamento nesta aumentou 110% e o da arroba de boi Grande, pelo menos no que tange ao praça. EVOLUÇÃO ANUAL DO PREÇO DA ARROBA E DO BOI MAGRO EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP), DE 2004 A 2012 Fonte: Cepea- Esalq/USP EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO DE TROCA (BOI MAGRO/ARROBA) DE 2004 A 2012 NAS PRAÇAS DE CAMPO GRANDE, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO E GOIÂNIA Fonte: Cepea- Esalq/USP
  • 7. METODOLOGIA UTILIZADA O confinamento analisado tem capaci- (contrato outubro na BM&FBovespa, ajus- depreciações de máquinas, implemen- dade estática para 8.500 animais e reali- te do dia 27 de junho de 2012) e rendi- tos e benfeitorias e o pró-labore; o Cus- za apenas um giro ao ano. O tempo de mento médio de carcaça de 53%. Com to Total (CT), por sua vez, representa o permanência do gado para terminação é relação aos custos da ração, o milho foi COT adicionado da remuneração do de 100 dias (julho a outubro) e o ganho cotado a R$ 352,50/tonelada; farelo de capital investido. de peso diário médio é 1,093 quilo/ca- soja, a R$ 850,00/t; caroço de algodão, Dessa forma, o confinamento pro- beça. Para isso, considerou-se uma ração a R$ 355,53/t; núcleo, a R$ 60,0/sc; e a porcionou receita bruta de R$ composta de silagem de capim braquiária silagem, preço de R$ 120,0/t. 14.970.034,45, frente ao COE de R$ (66,3%), milho (10,6%), farelo de soja Os custos foram avaliados pela ótica dos 12.892.985,40. A aquisição dos ani- (11,4%), caroço de algodão (11,0%) e dispêndios operacionais, em que o Custo mais foi responsável por 73,8% des- núcleo mineral (0,6%). Operacional Efetivo (COE) é composto pe- se custo, seguida pela alimentação Para o estudo, foram considerados os se- los gastos efetuados com insumos, mão (21,09%) e mão de obra (2,17%). Ao guintes valores: aquisição do boi magro a de obra, operações mecânicas e despe- serem consideradas as depreciações R$ 1.119,82 na praça de Campo Gran- sas administrativas; o Custo Operacional da propriedade, o COT chega a R$ de; valor de venda da arroba a R$ 98,72 Total (COT) é a soma do COE com as 13.368.377,87. MARGEM BRUTA, MARGEM LÍQUIDA E LUCRO DO CONFINADOR Margem Bruta - MB - (Receita - COE) Mensal R$ 173.087,42 Margem Líquida - ML - (Receita - COT) Mensal R$ 133.471,38 Lucro - (Receita - CT) - Mensal R$ 13.360,93 Taxa de Remuneração do Capital (ML/Estoque de Capital) 8,67% Fonte: Cepea VARIAÇÃO MENSAL E ACUMULADA COE (1) COT (2) Boi Gordo R$/@ Ponderações Estados maio/12 jan/12 - maio/12 maio/12 jan/12 - maio/12 maio/12 jan/12 - mai/12 Goiás -0,69% -1,64% 0,19% 0,01% -2,73% -7,76% 15,0% Minas Gerais -0,46% 6,27% -0,17% 5,55% -2,40% -5,12% 14,6% Mato Grosso -1,17% 0,09% -0,70% 1,23% -0,93% -11,55% 14,6% Mato Grosso do Sul -0,88% -1,36% 0,29% 0,94% -1,74% -6,13% 12,7% Pará -5,38% 1,16% -4,22% 1,77% -0,59% -4,69% 9,8% Paraná 0,64% 2,96% 0,72% 2,77% -1,55% -4,95% 8,2% Rio Grande do Sul 0,89% 7,09% 0,67% 5,82% -0,25% 2,13% 7,7% Rondônia -0,75% 0,64% -0,63% 1,28% -1,01% -1,54% 6,7% São Paulo -0,87% 0,40% 0,28% 1,67% -2,37% -6,51% 6,2% Tocantins 0,27% 3,12% 0,62% 2,91% -1,59% -6,20% 4,5% Brasil* -1,90% 0,66% -1,04% 1,55% -2,54% -8,52% 100,0% *- Referente a 79,22% do rebanho nacional segundo o Rebanho Efetivo Bovino PPM / IBGE 2008. 1 - Custo Operacional Efetivo (COE) Fonte: Cepea/USP-CNA 2 - Custo Operacional Total (COT) VARIAÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS Indicadores maio-12 IGP-M 1,02% Acumulado_Janeiro IGP-M 2,51% Fonte: Cepea ATIVOS DA PECUÁRIA DECORTE é um boletim mensal elaborado pela Superintendência Técnica da CNA e Centro de Estudos SGAN - Quadra 601 - Módulo K Avançados em Economia Aplicada - Cepea/ 70.830-903 Brasília - DF Fone (61) 2109-1458 Fax (61) 2109-1490 Esalq - da Universidade de São Paulo. E-mail: cna.sut@cna.org.br Reprodução permitida desde que citada a fonte. Site: www.canaldoprodutor.com.br