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Relatório trimestral sobre o mercado de carne bovina do Rabobank 4T13
Cenário atual
De acordo com as expectativas, o índice global de preços de bovinos do Rabobank melhorou na segunda metade de
2013. Apoiado pelo forte e contínuo crescimento nas importações chinesas e pela oferta menor do que a esperada
nos principais mercados de exportação, os preços dos bovinos ficaram positivos. Além disso, os movimentos da taxa
de câmbio impactaram a posição competitiva dos exportadores, pois com a atratividade aumentando rapidamente da
carne bovina brasileira e argentina levando ao aumento nas exportações (Figuras 1, 2 e 3).
Figura 1: Preços médios globais do bovino vivo, em US$/kg
Novembr
T3
Novembr
%
% Nov
o
2013
o 2012
Novembro
2013 x Nov
2013
2013 x T3
2012
2013
Uruguai
1,87
1,97
2,02
-5%
-7%
Austrália
1,54
1,50
1,79
3%
-14%
Brasil
1,63
1,60
1,57
2%
4%
EUA
2,92
2,72
2,82
7%
4%
Argentina
1,89
1,71
1,63
11%
16%
Canadá
3,12
3,09
2,83
1%
10%
Nova
1,98
1,92
1,94
3%
2%
Zelândia
Fonte: Bloomberg, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Meat and Livestock Australia (MLA), NZX Agrifax, Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina
(IPCVA), Ontario Cattlemen's Association (OCA), 2013. Tradução BeefPoint. T3 = terceiro trimestre.

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Entretanto, o mercado não foi capaz de alcançar todo seu potencial devido à resistência dos consumidores contra os
altos preços nos Estados Unidos e na União Europeia (UE), os dois principais mercados de carne bovina.
Os preços dos bovinos aumentaram na maioria dos países especialmente na Argentina, Brasil, Estados Unidos e
Canadá. Entretanto, na Argentina, o aumento de 3,5% nos preços da carne bovina foi ainda substancialmente abaixo
do nível da inflação e da desvalorização monetária, que impactaram negativamente as margens dos frigoríficos.
Os preços brasileiros aumentaram devido à forte demanda de exportação resultante da desvalorização do real e das
limitadas ofertas limitadas de confinamento. Nos Estados Unidos e no Canadá, foram alcançados preços recordes,
com menores preços dos alimentos para os animais resultando em fortes sinais de reconstrução do rebanho.
Na Oceania, as condições climáticas continuaram impactando nos mercados de carne bovina. Na Austrália, a chuva
não resultou ainda em um declínio nos números de abates, enquanto na Nova Zelândia, os abates caíram em 11%
com relação ao ano anterior entre agosto e outubro devido à melhora nas condições após a seca na primeira parte do
ano.
A China tem se tornado cada vez mais importante no comércio global de carne bovina, com as importações de carne
congelada aumentando sete vezes e meia em janeiro a outubro de 2013, para 237 mil toneladas, apoiadas por um
declínio nos preços médios de importação, que caíram para US$ 4,22/quilo.
Em contraste, os preços varejistas da carne bovina na China continuaram aumentando, alcançando US$ 10,34 por
quilo em novembro de 2013, 25% a mais que no ano anterior. A Austrália continuou sendo o principal fornecedor da
China, com mais de 50% do mercado.

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Previsão
Para a primeira metade de 2014, o Rabobank espera mais altas para o mercado global de carne bovina, com os
preços dos bovinos permanecendo elevados na maioria das regiões. A principal questão em muitas regiões continua
sendo onde obter ofertas suficientes de carne bovina.
Com a reconstrução do rebanho como principal prioridade, globalmente apoiada por uma melhora nas condições
climáticas e moderados custos dos insumos, a produção global de carne bovina aumentará levemente e deverá
declinar bastante em importantes mercados, como os Estados Unidos.
O principal fator imprevisível para a demanda será a resistência dos consumidores aos preços muito altos da carne
bovina e a crescente disponibilidade de proteínas animais competidoras devido à melhora nas previsões de margens à
medida que os preços dos alimentos animais caem.
Os confinadores e frigoríficos dos Estados Unidos enfrentarão desafios adicionais para fornecer bovinos e carne bovina
suficientes, especialmente diante do fato de que as importações de bovinos vivos serão pressionadas para baixo
devido à nova legislação de Rotulagem do País de Origem (COOL) dos Estados Unidos aprovada em novembro.
Essa legislação já levou ao anúncio pela Tyson de que não aceitará mais bovinos criados e engordados no Canadá, o
que imediatamente impulsionou a oferta de bois gordos no Canadá nesse trimestre. No México, a competição local
por bovinos para engorda aumentará devido à melhora nas margens domésticas para engorda e às crescentes
exportações de carne bovina.
Finalmente, a competição para os Estados Unidos pelas importações de carne bovina australiana pela Ásia
provavelmente continuará, pressionando mais o mercado dos Estados Unidos, especialmente para carne bovina
magra.
O Rabobank espera que a importância da China e a influência no mercado global de carne bovina continuem
expandindo em 2014. As importações da China de carne bovina congelada e resfriada deverão aumentar mais,
direcionadas pela escassez de carne bovina no mercado doméstico, refletida em preços recordes no varejo. O
Rabobank prevê que o valor dos mercados da China crescerão em mais de 10% anualmente nos próximos três anos.
Uma série de acordos comerciais recentemente anunciados também afetarão o mercado de carne bovina nos
próximos meses e anos, incluindo compromissos de reabertura de mercados fechados ou impedidos para as
importações de carne bovina e a parceria Trans-Pacífico, que fixou metas para melhorar o comércio entre cinco países
exportadores de carne bovina.
A remoção de barreiras comerciais será positiva para o comércio global de carne bovina e, combinada com menores
custos dos alimentos animais, deverá apoiar um investimento renovado na indústria global de carne bovina.
Os acordos mais notáveis são:
- O Canadá terá uma cota de importação livre de tarifas à UE de 35.000 toneladas de carne bovina fresca/resfriada e
15.000 toneladas de carne bovina congelada após a ratificação do acordo, que deverá ocorrer em 2015.
- O Acordo de parceria Trans-Pacífico entre Nova Zelândia, Austrália, Califórnia, México e Estados Unidos, que
combinados são responsáveis por um terço da produção global de carne bovina e aproximadamente metade das
exportações globais de carne bovina, assinou uma declaração com a meta de eliminar todas as tarifas e barreiras
relacionadas à carne bovina entre os países em um futuro próximo.
- A abertura de mercados nos Estados Unidos, Canadá, Japão e China, entre outros, para a carne bovina e de vitelo
da Europa. Esses mercados ainda estão bloqueados devido aos casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no
começo do século.
Além disso, outras negociações estão sendo feitas em uma tentativa de reduzir mais as barreiras comerciais, como
negociações para permitir exportações de carne bovina dos Estados Unidos à China.

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Atualizações regionais
Brasil
Os preços dos bovinos terminados no Brasil ficaram em média em R$ 108,00 no quarto trimestre de 2013, 13% a
mais que no mesmo trimestre do ano anterior e 5% a mais que no trimestre anterior (Figura 4). Os preços vêm
aumentando como resultado de a oferta de confinamento estar menor do que o esperado e de uma maior demanda
do setor exportador.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), os níveis de confinamento no Mato
Grosso caiu em 9,3% em 2013, o segundo ano consecutivo de redução nos números de animais confinados. A
principal razão citada pelos produtores foi o aumento de custos. Por outro lado, os níveis de abates no Mato Grosso
estão alcançando picos históricos, impulsionados pela forte demanda de exportação.
O real brasileiro vem perdendo valor, com uma desvalorização de 16% no ano até agora. Isso se traduziu em preços
menores em dólares americanos e aumentou a competitividade das exportações. Os preços de exportação da carne
fresca em novembro ficaram em média em US$ 4.656, o maior nível de 2013, mas ainda menor do que os níveis de
2012.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), nos primeiros nove meses de
2013, as exportações de carne bovina aumentaram em 19% com relação ao ano anterior, com as exportações de
janeiro a novembro alcançando US$ 6 bilhões, 5% a mais que no ano anterior e um recorde histórico. Hong Kong foi
o principal destino de exportação, crescendo em 71% com relação ao ano anterior, seguido pela Rússia, onde as
restrições às importações de carne bovina fresca a nove plantas brasileiras foram removidas em outubro e novembro.
As exportações à Venezuela e Oriente Médio também aumentaram.
As margens dos frigoríficos de carne bovina no terceiro trimestre ficaram significativamente abaixo do ano anterior,
principalmente por causa de resultados anormalmente altos no terceiro trimestre de 2012 (Figura 5). Entretanto, os
resultados melhoraram em 23% no quarto trimestre de 2013 comparado com o trimestre anterior como resultado de
uma recuperação nos preços das carcaças.

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Estados Unidos
Durante o último trimestre do ano anterior, o mercado pecuário dos Estados Unidos foi uma exceção, à medida que os
preços do boi gordo, dos bovinos para engorda, dos bezerros, das vacas de reposição e das vacas para abate
alcançaram níveis recordes. Embora os preços tenham quebrado recordes, a dinâmica do mercado se manteve
relativamente parada e, quando medida com relação ao potencial antecipado devido às menores ofertas, o mercado
parece ter ficado aquém de seu potencial.
As limitações de preços foram direcionadas pela resistência dos consumidores aos atuais altos preços varejistas e a
competição de outras proteínas animais, à medida que os custos com os alimentos animais declinaram e as
expectativas de produção melhoram.
Impulsionada pela combinação de preços recordes dos bezerros e melhoras nas condições climáticas que estão
permitindo que os produtores comecem a implementar planos de expansão do rebanho, a evidência de reconstrução
do rebanho é grande. Os abates semanais médios dos bovinos de corte durante a primeira metade de 2013
registraram um aumento de 2% com relação a 2012, mas na segunda metade do ano, caíram em 14% com relação
ao ano anterior.
No topo da redução nos abates semanais de bovinos de corte, a queda nas vendas de novilhas nas vendas semanais
de bovinos para engorda (reposição) mostram uma retenção moderada de novilhas durante a primeira metade de
2013 e uma retenção recorde de novilhas na segunda metade do ano. O gráfico abaixo mostra o volume de novilhas
que é vendido para engorda em confinamento e posterior abate. Quanto menor o número, maior a retenção (Figura
6).

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A medida que o ano se aproximava do fim, vacas com bezerro ao pé de qualidade estavam sendo vendidos a um
preço de US$ 2.000,00 a US$ 2.500,00 em leilões, chegando a valores acima de US$ 3.000 para gado especial. As
novilhas e bezerros para engorda de qualidade que são destinados a retornar ao programa de cria estão sendo
vendidos por até US$ 22,00 a cada 100 kg de prêmio com relação às novilhas para engorda e estão sendo vendidas a
preços em que, em alguns casos, são prêmios com relação aos preços dos novilhos para engorda.
Embora os estoques de feno tenham sido em grande parte reabastecidos e as condições das pastagens estejam
melhorando, a severidade do clima do inverno e a chegada de chuvas oportunas da primavera serão críticas para
sustentar a dinâmica de reconstrução do rebanho que definiram o mercado à medida que 2013 chegava ao fim. A
retenção de vacas e novilhas começou no final de 2012 e início de 2013, antes da piora da seca ter forçado muitas
dessas novilhas retidas irem a confinamento e abate.
Os preços do boi gordo estão atualmente sendo comercializados a preços de US$ 132 a US$ 134,00 por 100 libras,
que é um novo nível recorde de preços. O Rabobank espera que os preços do boi gordo deverão se estabilizar no
começo de 2014. Entretanto, dada a estreita disponibilidade de animais prontos para abate, qualquer complicação de
clima e disponibilidade de alimento dos animais no inverno poderiam estimular um aumento de preços.
Uma vez passado o período pós-festas e durante o inverno, os preços do boi gordo deverão alcançar novos níveis
recordes quando estiver chegando a primavera. Os preços do boi gordo deverão alcançar um novo alcance de US$
135 a US$ 140,00 nesse período.
Canadá
O mercado canadense de bovinos tem estado robusto. Assim como nos Estados Unidos, todas as classes de bovinos
estão sendo comercializadas a preços recordes. Tanto as ofertas de grãos para alimentação animal, como de feno,
foram restauradas, fornecendo menores custos dos alimentos animais e estoques confortáveis de alimentos animais.
Como resultado dos menores preços dos alimentos animais, os estoques de bovinos em engorda se recuperaram para
médias histórias. Ao mesmo tempo, as exportações de bovinos para engorda aos Estados Unidos foram enormes. Os
envios até agora nesse ano de bovinos para engorda aos Estados Unidos aumentaram em 111% com relação ao ano
anterior. Os maiores envios foram direcionados não somente por preços recordes de bovinos para engorda nos
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Estados Unidos, mas também, por um câmbio monetário atrativo. Atualmente, o dólar canadense está a 0,94 com
relação ao dólar dos Estados Unidos.
Os abates de boi gordo no Canadá estão bem à frente dos de um ano atrás. Em novembro, como resultado da
implementação das novas leis de rotulagem do país de origem (COOL) dos Estados Unidos, a Tyson Foods anunciou
que não mais aceitaria bovinos criados e engordados no Canadá para serem processados nos Estados Unidos. Como
resultado, houve uma oferta maior de boi gordo no Canadá no último trimestre do ano.
Embora os Estados Unidos tenham implementado nos novos requerimentos de COOL em uma tentativa de suprir os
requerimentos da Organização Mundial de Comércio (OMC), o resultado final está longe de ser resolvido. Tanto
Canadá como México registraram queixas junto à OMC alegando que os requerimentos de rotulagem dos Estados
Unidos ainda são discriminatórios e fizeram um requerimento para que a OMC implemente tarifas compensatórias aos
produtos dos Estados Unidos.
Apesar da implementação da COOL no final do ano, as importações com relação ao ano anterior de vacas canadenses
para abate aumentaram em 58%. O aumento é resultado de um processador de Quebec que fechou no final do
quarto trimestre de 2012. As vacas que eram processadas nessa planta estão agora sendo enviadas aos Estados
Unidos. Embora o fluxo dessas vacas deva continuar, o ajuste anual deverá se equilibrar em 2014. O Rabobank espera
que o mercado de bovinos do Canadá permaneça forte, com preços recordes adicionais em 2014.
União Europeia
Os preços da carne bovina premium na UE se estabilizaram a um ponto de preço levemente menor na segunda
metade de 2013 após ter alcançado níveis recordes em maio de 2013 (Figura 7). Com ambas, oferta e demanda
declinando, o nível elevado de preços está resultando em um número maior de consumidores se abstendo de
consumir mais carne bovina.

A Comissão Europeia previu uma queda no consumo de carne bovina na UE-15 de 2,2% em 2013, após os declínios
registrados em 2011 (1,0%) e 2012 (1,7%).
De acordo com o impacto da crise econômica, o consumo de carne bovina em 2013 nos últimos anos esteve
especialmente sob pressão no sul da Europa, com Itália (-5,6%), Portugal (-5,3%) e França (-2,1%) esperando
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grandes quedas. No Reino Unido, o impacto do escândalo da carne de cavalo resultou em um declínio previsto no
consumo de carne bovina de 3,9% em 2013.
Notavelmente, apesar do declínio nos números de bovinos abatidos na UE (janeiro a agosto, -5,9%), os preços das
vacas caíram em 13% desde o último aumento em junho devido aos produtores de leite terem retido vacas apoiados
por altos preços do leite e pela abolição iminente da cota de produção de leite em maio de 2015, além dos
consumidores buscando cortes mais baratos. Junto a algum impacto sazonal do crescimento nas ofertas no outono,
isso também mostra uma queda inesperada na demanda.
A produção de carne bovina na UE-15 declinará em 2,4% em 2013, após cair em 1,5% e 4,1% em 2011 e 2012,
respectivamente. Embora deva haver um crescimento na Irlanda, Holanda e Bélgica, isso não será suficiente para
compensar o declínio ocorrido na França, Itália, Alemanha e Polônia. Para 2014, baseado no desenvolvimento do
rebanho em junho passado, a Comissão Europeia prevê uma modesta recuperação da produção (1,5%) em 2014
(Figura 8).

Com a iminente introdução das primeiras medidas da nova Política Agrícola Comum (PAC) em 2014, os primeiros
impactos na indústria de carne bovina da UE podem ser observados. Com o suporte de renda dos produtores
movendo da produção para um sistema baseado em hectares, incluindo algum redirecionamento entre os velhos e
novos estados membros em 2014, e com a abolição da cota de produção de leite em maio de 2015, as ofertas de
carne bovina deverão ficar sob pressão em favor da carne produzida a partir de gado leiteiro.
Esse desenvolvimento já é visível na Irlanda, onde o número de bezerros criados a partir de gado leiteiro aumentou
em 36.000 cabeças (5,5%), enquanto os bezerros criados a partir de gado de corte caíram em 83.000 cabeças (7,3%)
de janeiro a junho de 2013. Isso desafiará a indústria de carne bovina da UE para obter carne bovina suficiente e
pode resultar em algumas consolidações de processadores na Europa.

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Austrália
A tão necessária chuva em grandes áreas do norte e do leste da Austrália levou os preços dos bovinos a melhorarem
nas últimas semanas. O indicador de referência Eastern Young Cattle Indicator aumentou em 35 centavos de dólar
australiano (31,23 centavos de dólar) por quilo em novembro devido às fortes chuvas, terminando o mês em 325,25
centavos de dólar australiano (290,25 centavos de dólar) por quilo. Isso é 2% a menos que no mesmo período do ano
anterior.
A previsão de um verão mais seco que o normal para grandes áreas de Queensland é uma preocupação para a
indústria. O Serviço de Meteorologia previu que toda a metade oriental de Queensland deverá enfrentar um verão
mais seco que o normal (dezembro e 2013 a fevereiro de 2014), com 30% a 40% de chance de exceder sua
pluviosidade média para o período. Isso colocará mais tensão na indústria que já está sob pressão e espera pelas
chuvas para assistir nos preços e para os esforços de reconstrução do rebanho.
Os altos níveis de abates continuaram durante 2013, com aproximadamente 8,2 milhões de cabeças devendo ser
abatidas até o final do ano (Figura 9). Isso resultará em um aumento da produção de 6% ou 127.000 toneladas com
relação a 2012.

Apoiadas por essa maior produção, as exportações em 2013 continuaram quebrando recordes. Os volumes recordes
de exportação foram direcionados pelas condições climáticas difíceis em 2013 e pelos abates induzidos pela seca,
enquanto também foram assistidas pela forte demanda internacional globalmente.
Os números de exportação continuam sendo direcionados pelas maiores exportações a importantes mercados. Até o
final de outubro de 2013, as exportações à China aumentaram em 107.640 toneladas ou 623%, ao Oriente Médio
aumentaram em 27.837 toneladas ou 109% e à Coreia aumentaram em 16.047 toneladas ou 14%.
As exportações à China deverão permanecer fortes em 2014, mas a China continua buscando diversificar sua base de
ofertas, pois a Austrália atualmente é responsável por quase 50% das importações. A Austrália verá uma forte
demanda dos Estados Unidos, porque a produção nesse país e, mais importante, os abates de bovinos cairão, o que
impactará na oferta de carne bovina magra diretamente.

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Apesar de algumas relações internacionais irregulares nas ultimas semanas, o Rabobank espera que a demanda da
Indonésia por exportações de animais vivos australianos aumente em 2014. Os preços já começaram a aumentar
significativamente como resultado da menor oferta no norte da Austrália, com os preços dos novilhos vivos leves de
fora de Darwin aumentando em 27% entre agosto e outubro.
Argentina
A produção de carne bovina na Argentina aumentou 13% em cabeças e 10% em volume, respectivamente, durante
os primeiros nove meses de 2013, comparado com o ano anterior. A diferença nas cabeças abatidas e na produção
total tem a ver com o fato de o peso médio ter caído. Bovinos mais leves são favorecidos pelo mercado doméstico e a
oferta tem respondido a essa preferência.
Os preços dos novilhos caíram em 12% nos primeiros nove meses de 2013 em termos de dólares dos Estados Unidos,
comparado com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, em moeda local, os preços aumentaram em apenas
3,5%, o que é substancialmente menos que os níveis da inflação e a desvalorização da moeda.
As quantidades exportadas aumentaram em 9% com relação ao ano anterior no ano até outubro, à medida que as
exportações de setembro mostraram um forte desempenho, de quase 20 mil toneladas (crescimento de 41% com
relação ao ano anterior), mas caíram para 15 mil toneladas em outubro (queda de 18% com relação ao ano anterior)
(Figura 10).
De forma geral, o Rabobank esperava que as exportações totais para 2013 ficassem perto de 200 mil toneladas, 8% a
mais que no ano anterior. Esse valor continua entre os menores dos últimos dez anos.
O consumo doméstico continua crescendo, com uma média de consumo per capita 8,7% acima do ano anterior nos
primeiros dez meses do ano.

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Nova Zelândia
As condições climáticas variaram na Nova Zelândia durante a primavera. Grandes partes da Ilha do Norte tiveram
condições quentes e secas acima da média, enquanto as chuvas acima da média deixaram as ofertas de alimentos
animais e água bem posicionadas para a maior parte da Ilha do Sul no verão.
Apesar de certas partes do país requererem um quantidade razoável de chuvas com a chegada nos meses de verão, a
previsão de chuvas acima da média para as regiões da Ilha do Norte são encorajadoras.
Após alcançar seu menor ponto em cerca de 12 meses, o dólar da Nova Zelândia vem desde então aumentando com
relação às baixas em julho, amentando de US$ 0,778 para US$ 0,827 no final de novembro. A moeda alta continua
prejudicando os retornos aos produtores e, embora os preços médios continuem acima dos níveis do ano anterior, os
preços permaneceram relativamente estáveis, caindo com relação à alta anual de 407 centavos de dólar neozelandês
(339,59 centavos de dólar) por quilo para 399 centavos de dólar neozelandês (332,92 centavos de dólar) por quilo no
começo de dezembro.
No final da estação de processamento da Nova Zelândia (outubro de 2012 a setembro de 2013), os abates totais
aumentaram em 10% ou 200.000 cabeças com relação ao ano anterior, para 2,29 milhões de cabeças. Esse aumento
foi resultado direto do aumento de 200.000 cabeças nos abates de vacas (principalmente do rebanho leiteiro) com a
maioria processada entre outubro de 2012 e fevereiro de 2013. Os abates entre agosto e outubro de 2013 declinaram
em 11% com relação ao ano anterior, para 264.286 cabeças.
As ofertas de carne bovina continuarão aumentando durante 2014 como fizeram sazonalmente, mas serão menores
em comparação a 2013.
Com os volumes de abates menores durante três meses até outubro, as exportações totais também caíram no mesmo
período, mas somente marginalmente. Os envios totais declinaram em 2% com relação ao ano anterior, para 49.841
toneladas. As exportações para janeiro a outubro permaneceram 5% maiores do que no ano anterior, em 313.976
toneladas, com o crescimento atribuído aos maiores envios aos Estados Unidos (aumento de 6%, para 149.794
toneladas) e China (aumento de 418%, para 32.528 toneladas).
No momento, os retornos médios de exportação da Nova Zelândia à China estão maiores do que aos Estados Unidos.
Embora a capacidade da China de pagar mais do que os mercados tradicionais em longo prazo é um pouco
desconhecida, de janeiro a setembro de 2013, os valores médios de exportação à China, NZ$ 5,29 (US$ 4,41) por
quilo, aumentaram em 10% com relação ao ano anterior, enquanto os retornos aos Estados Unidos, NZ$ 5,28 (US$
4,41) por quilo, declinaram em 3% no mesmo período.
Isso sugere que a demanda chinesa por produtos neozelandeses está forte, à medida que os retornos de exportação
aumentaram de acordo com os maiores volumes de exportação. A demanda dos Estados Unidos por carne bovina
magra deverá se manter forte durante 2014, à medida que os abates de vacas e a produção total de carne bovina
deverão ser muito menores em comparação a 2013.
China
Na China, a situação de oferta escassa continuou no quarto trimestre de 2013. Entrando em novembro, os preços
varejistas da carne bovina aumentaram levemente devido à chegada da estação de grande consumo. Os atuais preços
médios no varejo no país aumentaram em 9,3% comparado com o preço médio na primeira metade de 2013 (Figura
11). Comparado com novembro de 2012, o preço varejista da carne bovina aumentou em 24%, alcançando US$
10,25 por quilo.

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À medida que a produção se manteve estável e até caiu, os preços aumentaram. O Rabobank espera que o valor do
mercado de carne bovina da China cresça em mais de 10% anualmente nos próximos três anos. Estima-se que a
produção de carne bovina na primeira metade de 2013 caiu em 5% comparado com o mesmo período de 2012.
Até a última semana de agosto, a lucratividade de produção aumentou para US$ 275,05 por cabeça, cada cabeça
equivale a 500 quilos, 30% a mais que no segundo trimestre de 2013. A lucratividade de abates permaneceu estável,
US$ 86,01 por cabeça. Ao mesmo tempo, o segmento de varejo continuou lucrativo devido ao aumento dos preços.
Desde o final de 2012, as importações de carne bovina da China viram um crescimento surpreendente. O volume
importado aumentou todos os meses, aproveitando o declínio nos preços de compra. Nos primeiros 10 meses de
2013, as importações de carne bovina congelada aumentaram em sete vezes e meio comparado com o mesmo
período de 2012, alcançando 236.654 toneladas.
O preço médio de importação caiu em 8,8%, para US$ 4,22 por quilo, comparado com o mesmo período de 2012. Ao
mesmo tempo, as exportações de carne bovina congelada caíram em 60,4% devido à escassa oferta doméstica e aos
altos preços locais.
A Austrália permaneceu o maior fornecedor de carne bovina à China, sendo responsável por 50,85% do volume total
importado pela China nos últimos dez meses. O Uruguai está aumentando rapidamente sua presença devido a seus
preços competitivos, com sua participação de mercado aumentando para 24,54% durante o mesmo período,
tornando-se o segundo maior fornecedor à China.
As importações de carne bovina congelada e resfriada deverão continuar aumentando no próximo ano devido à
escassez no mercado doméstico. À medida que os custos de produção para os produtos de carne bovina da China
estão aumentando e a oferta está escassa, as exportações de produtos de carne bovina continuarão caindo nos
próximos meses.

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México
As exportações de bovinos do México aos Estados Unidos continuam declinando à medida que as condições sazonais
melhoram no México nos locais de produção.
As exportações de janeiro a novembro caíram em cerca de 35% com relação aos níveis do ano anterior (Figura 12).
Ao final desse ano, os envios de bovinos aos Estados Unidos cairão para menos de 1 milhão de cabeças,
significativamente a menos que as 1,5 milhão de cabeças exportadas em 2012.

Para 2014, o Rabobank manteve sua expectativa de que as exportações de bovinos aos Estados Unidos continuarão
com tendência de baixa. Apesar de os preços dos bovinos dos Estados Unidos estarem em alta, aumentando para
9%, a indústria pecuária mexicana, particularmente os confinadores, competirão por bovinos à medida que estão
antecipando margens melhores.
Margens melhores são esperadas porque as condições de pastagens melhoraram para níveis de antes da seca, os
preços dos alimentos animais continuam com tendência de baixa e os preços dos bovinos e da carne bovina
continuam fortes. Além disso, alguns produtores integrados de carne bovina também estarão competindo pelos
animais à medida que encontrarem formas de competir no exterior, particularmente contra a indústria de carne bovina
dos Estados Unidos.
Dados oficiais confirmam as expectativas do Rabobank de que a produção de carne bovina no México estava
declinando em 2013. A expectativa era de que ficassem 3,4% menores do que em 2012. Entretanto, à medida que
algumas condições do lato da produção melhoram para a indústria, particularmente os custos dos alimentos animais,
o Rabobank antecipou um aumento marginal na produção de carne bovina para 2014.
O desafio continuará do lado do consumo à medida que os preços relativos varejistas enviaram o consumo per capita
de carne bovina a seus níveis mais baixos na história, de 15,3 quilos per capita. Em 2014, o Rabobank não previu
uma melhora no consumo.
Apesar do crescimento esperado na economia, o Rabobank antecipou que o consumo da classe média alcançaria um
platô. Apesar do acesso aos mercados asiáticos permanecerem um desafio para a carne bovina mexicana, a indústria

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está ganhando participação de mercado nos Estados Unidos. As exportações mexicanas de carne bovina aos Estados
Unidos continuarão crescendo a taxas positivas.
Fonte: Rabobank, Dezembro 2013. Tradução BeefPoint.

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Relatório trimestral sobre o mercado de carne bovina do Rabobank 4T13

  • 1. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Relatório trimestral sobre o mercado de carne bovina do Rabobank 4T13 Cenário atual De acordo com as expectativas, o índice global de preços de bovinos do Rabobank melhorou na segunda metade de 2013. Apoiado pelo forte e contínuo crescimento nas importações chinesas e pela oferta menor do que a esperada nos principais mercados de exportação, os preços dos bovinos ficaram positivos. Além disso, os movimentos da taxa de câmbio impactaram a posição competitiva dos exportadores, pois com a atratividade aumentando rapidamente da carne bovina brasileira e argentina levando ao aumento nas exportações (Figuras 1, 2 e 3). Figura 1: Preços médios globais do bovino vivo, em US$/kg Novembr T3 Novembr % % Nov o 2013 o 2012 Novembro 2013 x Nov 2013 2013 x T3 2012 2013 Uruguai 1,87 1,97 2,02 -5% -7% Austrália 1,54 1,50 1,79 3% -14% Brasil 1,63 1,60 1,57 2% 4% EUA 2,92 2,72 2,82 7% 4% Argentina 1,89 1,71 1,63 11% 16% Canadá 3,12 3,09 2,83 1% 10% Nova 1,98 1,92 1,94 3% 2% Zelândia Fonte: Bloomberg, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Meat and Livestock Australia (MLA), NZX Agrifax, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCVA), Ontario Cattlemen's Association (OCA), 2013. Tradução BeefPoint. T3 = terceiro trimestre. -1-
  • 2. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Entretanto, o mercado não foi capaz de alcançar todo seu potencial devido à resistência dos consumidores contra os altos preços nos Estados Unidos e na União Europeia (UE), os dois principais mercados de carne bovina. Os preços dos bovinos aumentaram na maioria dos países especialmente na Argentina, Brasil, Estados Unidos e Canadá. Entretanto, na Argentina, o aumento de 3,5% nos preços da carne bovina foi ainda substancialmente abaixo do nível da inflação e da desvalorização monetária, que impactaram negativamente as margens dos frigoríficos. Os preços brasileiros aumentaram devido à forte demanda de exportação resultante da desvalorização do real e das limitadas ofertas limitadas de confinamento. Nos Estados Unidos e no Canadá, foram alcançados preços recordes, com menores preços dos alimentos para os animais resultando em fortes sinais de reconstrução do rebanho. Na Oceania, as condições climáticas continuaram impactando nos mercados de carne bovina. Na Austrália, a chuva não resultou ainda em um declínio nos números de abates, enquanto na Nova Zelândia, os abates caíram em 11% com relação ao ano anterior entre agosto e outubro devido à melhora nas condições após a seca na primeira parte do ano. A China tem se tornado cada vez mais importante no comércio global de carne bovina, com as importações de carne congelada aumentando sete vezes e meia em janeiro a outubro de 2013, para 237 mil toneladas, apoiadas por um declínio nos preços médios de importação, que caíram para US$ 4,22/quilo. Em contraste, os preços varejistas da carne bovina na China continuaram aumentando, alcançando US$ 10,34 por quilo em novembro de 2013, 25% a mais que no ano anterior. A Austrália continuou sendo o principal fornecedor da China, com mais de 50% do mercado. -2-
  • 3. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Previsão Para a primeira metade de 2014, o Rabobank espera mais altas para o mercado global de carne bovina, com os preços dos bovinos permanecendo elevados na maioria das regiões. A principal questão em muitas regiões continua sendo onde obter ofertas suficientes de carne bovina. Com a reconstrução do rebanho como principal prioridade, globalmente apoiada por uma melhora nas condições climáticas e moderados custos dos insumos, a produção global de carne bovina aumentará levemente e deverá declinar bastante em importantes mercados, como os Estados Unidos. O principal fator imprevisível para a demanda será a resistência dos consumidores aos preços muito altos da carne bovina e a crescente disponibilidade de proteínas animais competidoras devido à melhora nas previsões de margens à medida que os preços dos alimentos animais caem. Os confinadores e frigoríficos dos Estados Unidos enfrentarão desafios adicionais para fornecer bovinos e carne bovina suficientes, especialmente diante do fato de que as importações de bovinos vivos serão pressionadas para baixo devido à nova legislação de Rotulagem do País de Origem (COOL) dos Estados Unidos aprovada em novembro. Essa legislação já levou ao anúncio pela Tyson de que não aceitará mais bovinos criados e engordados no Canadá, o que imediatamente impulsionou a oferta de bois gordos no Canadá nesse trimestre. No México, a competição local por bovinos para engorda aumentará devido à melhora nas margens domésticas para engorda e às crescentes exportações de carne bovina. Finalmente, a competição para os Estados Unidos pelas importações de carne bovina australiana pela Ásia provavelmente continuará, pressionando mais o mercado dos Estados Unidos, especialmente para carne bovina magra. O Rabobank espera que a importância da China e a influência no mercado global de carne bovina continuem expandindo em 2014. As importações da China de carne bovina congelada e resfriada deverão aumentar mais, direcionadas pela escassez de carne bovina no mercado doméstico, refletida em preços recordes no varejo. O Rabobank prevê que o valor dos mercados da China crescerão em mais de 10% anualmente nos próximos três anos. Uma série de acordos comerciais recentemente anunciados também afetarão o mercado de carne bovina nos próximos meses e anos, incluindo compromissos de reabertura de mercados fechados ou impedidos para as importações de carne bovina e a parceria Trans-Pacífico, que fixou metas para melhorar o comércio entre cinco países exportadores de carne bovina. A remoção de barreiras comerciais será positiva para o comércio global de carne bovina e, combinada com menores custos dos alimentos animais, deverá apoiar um investimento renovado na indústria global de carne bovina. Os acordos mais notáveis são: - O Canadá terá uma cota de importação livre de tarifas à UE de 35.000 toneladas de carne bovina fresca/resfriada e 15.000 toneladas de carne bovina congelada após a ratificação do acordo, que deverá ocorrer em 2015. - O Acordo de parceria Trans-Pacífico entre Nova Zelândia, Austrália, Califórnia, México e Estados Unidos, que combinados são responsáveis por um terço da produção global de carne bovina e aproximadamente metade das exportações globais de carne bovina, assinou uma declaração com a meta de eliminar todas as tarifas e barreiras relacionadas à carne bovina entre os países em um futuro próximo. - A abertura de mercados nos Estados Unidos, Canadá, Japão e China, entre outros, para a carne bovina e de vitelo da Europa. Esses mercados ainda estão bloqueados devido aos casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) no começo do século. Além disso, outras negociações estão sendo feitas em uma tentativa de reduzir mais as barreiras comerciais, como negociações para permitir exportações de carne bovina dos Estados Unidos à China. -3-
  • 4. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Atualizações regionais Brasil Os preços dos bovinos terminados no Brasil ficaram em média em R$ 108,00 no quarto trimestre de 2013, 13% a mais que no mesmo trimestre do ano anterior e 5% a mais que no trimestre anterior (Figura 4). Os preços vêm aumentando como resultado de a oferta de confinamento estar menor do que o esperado e de uma maior demanda do setor exportador. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), os níveis de confinamento no Mato Grosso caiu em 9,3% em 2013, o segundo ano consecutivo de redução nos números de animais confinados. A principal razão citada pelos produtores foi o aumento de custos. Por outro lado, os níveis de abates no Mato Grosso estão alcançando picos históricos, impulsionados pela forte demanda de exportação. O real brasileiro vem perdendo valor, com uma desvalorização de 16% no ano até agora. Isso se traduziu em preços menores em dólares americanos e aumentou a competitividade das exportações. Os preços de exportação da carne fresca em novembro ficaram em média em US$ 4.656, o maior nível de 2013, mas ainda menor do que os níveis de 2012. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), nos primeiros nove meses de 2013, as exportações de carne bovina aumentaram em 19% com relação ao ano anterior, com as exportações de janeiro a novembro alcançando US$ 6 bilhões, 5% a mais que no ano anterior e um recorde histórico. Hong Kong foi o principal destino de exportação, crescendo em 71% com relação ao ano anterior, seguido pela Rússia, onde as restrições às importações de carne bovina fresca a nove plantas brasileiras foram removidas em outubro e novembro. As exportações à Venezuela e Oriente Médio também aumentaram. As margens dos frigoríficos de carne bovina no terceiro trimestre ficaram significativamente abaixo do ano anterior, principalmente por causa de resultados anormalmente altos no terceiro trimestre de 2012 (Figura 5). Entretanto, os resultados melhoraram em 23% no quarto trimestre de 2013 comparado com o trimestre anterior como resultado de uma recuperação nos preços das carcaças. -4-
  • 5. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Estados Unidos Durante o último trimestre do ano anterior, o mercado pecuário dos Estados Unidos foi uma exceção, à medida que os preços do boi gordo, dos bovinos para engorda, dos bezerros, das vacas de reposição e das vacas para abate alcançaram níveis recordes. Embora os preços tenham quebrado recordes, a dinâmica do mercado se manteve relativamente parada e, quando medida com relação ao potencial antecipado devido às menores ofertas, o mercado parece ter ficado aquém de seu potencial. As limitações de preços foram direcionadas pela resistência dos consumidores aos atuais altos preços varejistas e a competição de outras proteínas animais, à medida que os custos com os alimentos animais declinaram e as expectativas de produção melhoram. Impulsionada pela combinação de preços recordes dos bezerros e melhoras nas condições climáticas que estão permitindo que os produtores comecem a implementar planos de expansão do rebanho, a evidência de reconstrução do rebanho é grande. Os abates semanais médios dos bovinos de corte durante a primeira metade de 2013 registraram um aumento de 2% com relação a 2012, mas na segunda metade do ano, caíram em 14% com relação ao ano anterior. No topo da redução nos abates semanais de bovinos de corte, a queda nas vendas de novilhas nas vendas semanais de bovinos para engorda (reposição) mostram uma retenção moderada de novilhas durante a primeira metade de 2013 e uma retenção recorde de novilhas na segunda metade do ano. O gráfico abaixo mostra o volume de novilhas que é vendido para engorda em confinamento e posterior abate. Quanto menor o número, maior a retenção (Figura 6). -5-
  • 6. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 A medida que o ano se aproximava do fim, vacas com bezerro ao pé de qualidade estavam sendo vendidos a um preço de US$ 2.000,00 a US$ 2.500,00 em leilões, chegando a valores acima de US$ 3.000 para gado especial. As novilhas e bezerros para engorda de qualidade que são destinados a retornar ao programa de cria estão sendo vendidos por até US$ 22,00 a cada 100 kg de prêmio com relação às novilhas para engorda e estão sendo vendidas a preços em que, em alguns casos, são prêmios com relação aos preços dos novilhos para engorda. Embora os estoques de feno tenham sido em grande parte reabastecidos e as condições das pastagens estejam melhorando, a severidade do clima do inverno e a chegada de chuvas oportunas da primavera serão críticas para sustentar a dinâmica de reconstrução do rebanho que definiram o mercado à medida que 2013 chegava ao fim. A retenção de vacas e novilhas começou no final de 2012 e início de 2013, antes da piora da seca ter forçado muitas dessas novilhas retidas irem a confinamento e abate. Os preços do boi gordo estão atualmente sendo comercializados a preços de US$ 132 a US$ 134,00 por 100 libras, que é um novo nível recorde de preços. O Rabobank espera que os preços do boi gordo deverão se estabilizar no começo de 2014. Entretanto, dada a estreita disponibilidade de animais prontos para abate, qualquer complicação de clima e disponibilidade de alimento dos animais no inverno poderiam estimular um aumento de preços. Uma vez passado o período pós-festas e durante o inverno, os preços do boi gordo deverão alcançar novos níveis recordes quando estiver chegando a primavera. Os preços do boi gordo deverão alcançar um novo alcance de US$ 135 a US$ 140,00 nesse período. Canadá O mercado canadense de bovinos tem estado robusto. Assim como nos Estados Unidos, todas as classes de bovinos estão sendo comercializadas a preços recordes. Tanto as ofertas de grãos para alimentação animal, como de feno, foram restauradas, fornecendo menores custos dos alimentos animais e estoques confortáveis de alimentos animais. Como resultado dos menores preços dos alimentos animais, os estoques de bovinos em engorda se recuperaram para médias histórias. Ao mesmo tempo, as exportações de bovinos para engorda aos Estados Unidos foram enormes. Os envios até agora nesse ano de bovinos para engorda aos Estados Unidos aumentaram em 111% com relação ao ano anterior. Os maiores envios foram direcionados não somente por preços recordes de bovinos para engorda nos -6-
  • 7. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Estados Unidos, mas também, por um câmbio monetário atrativo. Atualmente, o dólar canadense está a 0,94 com relação ao dólar dos Estados Unidos. Os abates de boi gordo no Canadá estão bem à frente dos de um ano atrás. Em novembro, como resultado da implementação das novas leis de rotulagem do país de origem (COOL) dos Estados Unidos, a Tyson Foods anunciou que não mais aceitaria bovinos criados e engordados no Canadá para serem processados nos Estados Unidos. Como resultado, houve uma oferta maior de boi gordo no Canadá no último trimestre do ano. Embora os Estados Unidos tenham implementado nos novos requerimentos de COOL em uma tentativa de suprir os requerimentos da Organização Mundial de Comércio (OMC), o resultado final está longe de ser resolvido. Tanto Canadá como México registraram queixas junto à OMC alegando que os requerimentos de rotulagem dos Estados Unidos ainda são discriminatórios e fizeram um requerimento para que a OMC implemente tarifas compensatórias aos produtos dos Estados Unidos. Apesar da implementação da COOL no final do ano, as importações com relação ao ano anterior de vacas canadenses para abate aumentaram em 58%. O aumento é resultado de um processador de Quebec que fechou no final do quarto trimestre de 2012. As vacas que eram processadas nessa planta estão agora sendo enviadas aos Estados Unidos. Embora o fluxo dessas vacas deva continuar, o ajuste anual deverá se equilibrar em 2014. O Rabobank espera que o mercado de bovinos do Canadá permaneça forte, com preços recordes adicionais em 2014. União Europeia Os preços da carne bovina premium na UE se estabilizaram a um ponto de preço levemente menor na segunda metade de 2013 após ter alcançado níveis recordes em maio de 2013 (Figura 7). Com ambas, oferta e demanda declinando, o nível elevado de preços está resultando em um número maior de consumidores se abstendo de consumir mais carne bovina. A Comissão Europeia previu uma queda no consumo de carne bovina na UE-15 de 2,2% em 2013, após os declínios registrados em 2011 (1,0%) e 2012 (1,7%). De acordo com o impacto da crise econômica, o consumo de carne bovina em 2013 nos últimos anos esteve especialmente sob pressão no sul da Europa, com Itália (-5,6%), Portugal (-5,3%) e França (-2,1%) esperando -7-
  • 8. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 grandes quedas. No Reino Unido, o impacto do escândalo da carne de cavalo resultou em um declínio previsto no consumo de carne bovina de 3,9% em 2013. Notavelmente, apesar do declínio nos números de bovinos abatidos na UE (janeiro a agosto, -5,9%), os preços das vacas caíram em 13% desde o último aumento em junho devido aos produtores de leite terem retido vacas apoiados por altos preços do leite e pela abolição iminente da cota de produção de leite em maio de 2015, além dos consumidores buscando cortes mais baratos. Junto a algum impacto sazonal do crescimento nas ofertas no outono, isso também mostra uma queda inesperada na demanda. A produção de carne bovina na UE-15 declinará em 2,4% em 2013, após cair em 1,5% e 4,1% em 2011 e 2012, respectivamente. Embora deva haver um crescimento na Irlanda, Holanda e Bélgica, isso não será suficiente para compensar o declínio ocorrido na França, Itália, Alemanha e Polônia. Para 2014, baseado no desenvolvimento do rebanho em junho passado, a Comissão Europeia prevê uma modesta recuperação da produção (1,5%) em 2014 (Figura 8). Com a iminente introdução das primeiras medidas da nova Política Agrícola Comum (PAC) em 2014, os primeiros impactos na indústria de carne bovina da UE podem ser observados. Com o suporte de renda dos produtores movendo da produção para um sistema baseado em hectares, incluindo algum redirecionamento entre os velhos e novos estados membros em 2014, e com a abolição da cota de produção de leite em maio de 2015, as ofertas de carne bovina deverão ficar sob pressão em favor da carne produzida a partir de gado leiteiro. Esse desenvolvimento já é visível na Irlanda, onde o número de bezerros criados a partir de gado leiteiro aumentou em 36.000 cabeças (5,5%), enquanto os bezerros criados a partir de gado de corte caíram em 83.000 cabeças (7,3%) de janeiro a junho de 2013. Isso desafiará a indústria de carne bovina da UE para obter carne bovina suficiente e pode resultar em algumas consolidações de processadores na Europa. -8-
  • 9. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Austrália A tão necessária chuva em grandes áreas do norte e do leste da Austrália levou os preços dos bovinos a melhorarem nas últimas semanas. O indicador de referência Eastern Young Cattle Indicator aumentou em 35 centavos de dólar australiano (31,23 centavos de dólar) por quilo em novembro devido às fortes chuvas, terminando o mês em 325,25 centavos de dólar australiano (290,25 centavos de dólar) por quilo. Isso é 2% a menos que no mesmo período do ano anterior. A previsão de um verão mais seco que o normal para grandes áreas de Queensland é uma preocupação para a indústria. O Serviço de Meteorologia previu que toda a metade oriental de Queensland deverá enfrentar um verão mais seco que o normal (dezembro e 2013 a fevereiro de 2014), com 30% a 40% de chance de exceder sua pluviosidade média para o período. Isso colocará mais tensão na indústria que já está sob pressão e espera pelas chuvas para assistir nos preços e para os esforços de reconstrução do rebanho. Os altos níveis de abates continuaram durante 2013, com aproximadamente 8,2 milhões de cabeças devendo ser abatidas até o final do ano (Figura 9). Isso resultará em um aumento da produção de 6% ou 127.000 toneladas com relação a 2012. Apoiadas por essa maior produção, as exportações em 2013 continuaram quebrando recordes. Os volumes recordes de exportação foram direcionados pelas condições climáticas difíceis em 2013 e pelos abates induzidos pela seca, enquanto também foram assistidas pela forte demanda internacional globalmente. Os números de exportação continuam sendo direcionados pelas maiores exportações a importantes mercados. Até o final de outubro de 2013, as exportações à China aumentaram em 107.640 toneladas ou 623%, ao Oriente Médio aumentaram em 27.837 toneladas ou 109% e à Coreia aumentaram em 16.047 toneladas ou 14%. As exportações à China deverão permanecer fortes em 2014, mas a China continua buscando diversificar sua base de ofertas, pois a Austrália atualmente é responsável por quase 50% das importações. A Austrália verá uma forte demanda dos Estados Unidos, porque a produção nesse país e, mais importante, os abates de bovinos cairão, o que impactará na oferta de carne bovina magra diretamente. -9-
  • 10. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Apesar de algumas relações internacionais irregulares nas ultimas semanas, o Rabobank espera que a demanda da Indonésia por exportações de animais vivos australianos aumente em 2014. Os preços já começaram a aumentar significativamente como resultado da menor oferta no norte da Austrália, com os preços dos novilhos vivos leves de fora de Darwin aumentando em 27% entre agosto e outubro. Argentina A produção de carne bovina na Argentina aumentou 13% em cabeças e 10% em volume, respectivamente, durante os primeiros nove meses de 2013, comparado com o ano anterior. A diferença nas cabeças abatidas e na produção total tem a ver com o fato de o peso médio ter caído. Bovinos mais leves são favorecidos pelo mercado doméstico e a oferta tem respondido a essa preferência. Os preços dos novilhos caíram em 12% nos primeiros nove meses de 2013 em termos de dólares dos Estados Unidos, comparado com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, em moeda local, os preços aumentaram em apenas 3,5%, o que é substancialmente menos que os níveis da inflação e a desvalorização da moeda. As quantidades exportadas aumentaram em 9% com relação ao ano anterior no ano até outubro, à medida que as exportações de setembro mostraram um forte desempenho, de quase 20 mil toneladas (crescimento de 41% com relação ao ano anterior), mas caíram para 15 mil toneladas em outubro (queda de 18% com relação ao ano anterior) (Figura 10). De forma geral, o Rabobank esperava que as exportações totais para 2013 ficassem perto de 200 mil toneladas, 8% a mais que no ano anterior. Esse valor continua entre os menores dos últimos dez anos. O consumo doméstico continua crescendo, com uma média de consumo per capita 8,7% acima do ano anterior nos primeiros dez meses do ano. - 10 -
  • 11. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 Nova Zelândia As condições climáticas variaram na Nova Zelândia durante a primavera. Grandes partes da Ilha do Norte tiveram condições quentes e secas acima da média, enquanto as chuvas acima da média deixaram as ofertas de alimentos animais e água bem posicionadas para a maior parte da Ilha do Sul no verão. Apesar de certas partes do país requererem um quantidade razoável de chuvas com a chegada nos meses de verão, a previsão de chuvas acima da média para as regiões da Ilha do Norte são encorajadoras. Após alcançar seu menor ponto em cerca de 12 meses, o dólar da Nova Zelândia vem desde então aumentando com relação às baixas em julho, amentando de US$ 0,778 para US$ 0,827 no final de novembro. A moeda alta continua prejudicando os retornos aos produtores e, embora os preços médios continuem acima dos níveis do ano anterior, os preços permaneceram relativamente estáveis, caindo com relação à alta anual de 407 centavos de dólar neozelandês (339,59 centavos de dólar) por quilo para 399 centavos de dólar neozelandês (332,92 centavos de dólar) por quilo no começo de dezembro. No final da estação de processamento da Nova Zelândia (outubro de 2012 a setembro de 2013), os abates totais aumentaram em 10% ou 200.000 cabeças com relação ao ano anterior, para 2,29 milhões de cabeças. Esse aumento foi resultado direto do aumento de 200.000 cabeças nos abates de vacas (principalmente do rebanho leiteiro) com a maioria processada entre outubro de 2012 e fevereiro de 2013. Os abates entre agosto e outubro de 2013 declinaram em 11% com relação ao ano anterior, para 264.286 cabeças. As ofertas de carne bovina continuarão aumentando durante 2014 como fizeram sazonalmente, mas serão menores em comparação a 2013. Com os volumes de abates menores durante três meses até outubro, as exportações totais também caíram no mesmo período, mas somente marginalmente. Os envios totais declinaram em 2% com relação ao ano anterior, para 49.841 toneladas. As exportações para janeiro a outubro permaneceram 5% maiores do que no ano anterior, em 313.976 toneladas, com o crescimento atribuído aos maiores envios aos Estados Unidos (aumento de 6%, para 149.794 toneladas) e China (aumento de 418%, para 32.528 toneladas). No momento, os retornos médios de exportação da Nova Zelândia à China estão maiores do que aos Estados Unidos. Embora a capacidade da China de pagar mais do que os mercados tradicionais em longo prazo é um pouco desconhecida, de janeiro a setembro de 2013, os valores médios de exportação à China, NZ$ 5,29 (US$ 4,41) por quilo, aumentaram em 10% com relação ao ano anterior, enquanto os retornos aos Estados Unidos, NZ$ 5,28 (US$ 4,41) por quilo, declinaram em 3% no mesmo período. Isso sugere que a demanda chinesa por produtos neozelandeses está forte, à medida que os retornos de exportação aumentaram de acordo com os maiores volumes de exportação. A demanda dos Estados Unidos por carne bovina magra deverá se manter forte durante 2014, à medida que os abates de vacas e a produção total de carne bovina deverão ser muito menores em comparação a 2013. China Na China, a situação de oferta escassa continuou no quarto trimestre de 2013. Entrando em novembro, os preços varejistas da carne bovina aumentaram levemente devido à chegada da estação de grande consumo. Os atuais preços médios no varejo no país aumentaram em 9,3% comparado com o preço médio na primeira metade de 2013 (Figura 11). Comparado com novembro de 2012, o preço varejista da carne bovina aumentou em 24%, alcançando US$ 10,25 por quilo. - 11 -
  • 12. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 À medida que a produção se manteve estável e até caiu, os preços aumentaram. O Rabobank espera que o valor do mercado de carne bovina da China cresça em mais de 10% anualmente nos próximos três anos. Estima-se que a produção de carne bovina na primeira metade de 2013 caiu em 5% comparado com o mesmo período de 2012. Até a última semana de agosto, a lucratividade de produção aumentou para US$ 275,05 por cabeça, cada cabeça equivale a 500 quilos, 30% a mais que no segundo trimestre de 2013. A lucratividade de abates permaneceu estável, US$ 86,01 por cabeça. Ao mesmo tempo, o segmento de varejo continuou lucrativo devido ao aumento dos preços. Desde o final de 2012, as importações de carne bovina da China viram um crescimento surpreendente. O volume importado aumentou todos os meses, aproveitando o declínio nos preços de compra. Nos primeiros 10 meses de 2013, as importações de carne bovina congelada aumentaram em sete vezes e meio comparado com o mesmo período de 2012, alcançando 236.654 toneladas. O preço médio de importação caiu em 8,8%, para US$ 4,22 por quilo, comparado com o mesmo período de 2012. Ao mesmo tempo, as exportações de carne bovina congelada caíram em 60,4% devido à escassa oferta doméstica e aos altos preços locais. A Austrália permaneceu o maior fornecedor de carne bovina à China, sendo responsável por 50,85% do volume total importado pela China nos últimos dez meses. O Uruguai está aumentando rapidamente sua presença devido a seus preços competitivos, com sua participação de mercado aumentando para 24,54% durante o mesmo período, tornando-se o segundo maior fornecedor à China. As importações de carne bovina congelada e resfriada deverão continuar aumentando no próximo ano devido à escassez no mercado doméstico. À medida que os custos de produção para os produtos de carne bovina da China estão aumentando e a oferta está escassa, as exportações de produtos de carne bovina continuarão caindo nos próximos meses. - 12 -
  • 13. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 México As exportações de bovinos do México aos Estados Unidos continuam declinando à medida que as condições sazonais melhoram no México nos locais de produção. As exportações de janeiro a novembro caíram em cerca de 35% com relação aos níveis do ano anterior (Figura 12). Ao final desse ano, os envios de bovinos aos Estados Unidos cairão para menos de 1 milhão de cabeças, significativamente a menos que as 1,5 milhão de cabeças exportadas em 2012. Para 2014, o Rabobank manteve sua expectativa de que as exportações de bovinos aos Estados Unidos continuarão com tendência de baixa. Apesar de os preços dos bovinos dos Estados Unidos estarem em alta, aumentando para 9%, a indústria pecuária mexicana, particularmente os confinadores, competirão por bovinos à medida que estão antecipando margens melhores. Margens melhores são esperadas porque as condições de pastagens melhoraram para níveis de antes da seca, os preços dos alimentos animais continuam com tendência de baixa e os preços dos bovinos e da carne bovina continuam fortes. Além disso, alguns produtores integrados de carne bovina também estarão competindo pelos animais à medida que encontrarem formas de competir no exterior, particularmente contra a indústria de carne bovina dos Estados Unidos. Dados oficiais confirmam as expectativas do Rabobank de que a produção de carne bovina no México estava declinando em 2013. A expectativa era de que ficassem 3,4% menores do que em 2012. Entretanto, à medida que algumas condições do lato da produção melhoram para a indústria, particularmente os custos dos alimentos animais, o Rabobank antecipou um aumento marginal na produção de carne bovina para 2014. O desafio continuará do lado do consumo à medida que os preços relativos varejistas enviaram o consumo per capita de carne bovina a seus níveis mais baixos na história, de 15,3 quilos per capita. Em 2014, o Rabobank não previu uma melhora no consumo. Apesar do crescimento esperado na economia, o Rabobank antecipou que o consumo da classe média alcançaria um platô. Apesar do acesso aos mercados asiáticos permanecerem um desafio para a carne bovina mexicana, a indústria - 13 -
  • 14. Rua Treze de Maio, 797, sala 4 Centro - 13400-300 - Piracicaba - SP Fone (19) 2532-4620 está ganhando participação de mercado nos Estados Unidos. As exportações mexicanas de carne bovina aos Estados Unidos continuarão crescendo a taxas positivas. Fonte: Rabobank, Dezembro 2013. Tradução BeefPoint. - 14 -