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FASE 2C
AULA 09
A PRÁTICA MEDÍUNICA:
OS SINTOMAS DA MEDIUNIDADE
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• Desmitificar a idéia de que mediunidade é manifestação
patológica
• Definir e caracterizar Mediunidade Natural e Mediunidade de
Prova
• Definir e caracterizar os sintomas da “Eclosão da Mediunidade”
• Conceituar os sintomas decorrentes da faculdade mediúnica:
eclosão e mediunidade reprimida
• Recomendações iniciais em caso de mediunidade aflorada.
OBJETIVOS
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Mediunidade versus Patologia
Mediunidade: faculdade neuropsíquica,
resultado de adaptações no sistema nervoso
central.
Traçado das ondas cerebrais de um médium
em transe assemelha-se ao caso dos
disrítmicos. Essa semelhança pode levar à
crença de que mediunidade seria patologia.
Distúrbios resultantes da mediunidade não têm
sua causa na faculdade mediúnica, mas sim no
espírito eterno portador da faculdade.
4. 4Mediunidade Natural e Mediunidade de Prova
À medida que evolui e se moraliza, o indivíduo
adquire faculdades psíquicas e aumenta,
consequentemente, sua percepção espiritual. A
isso denominamos Mediunidade Natural.
É o ideal a ser atingido por todas as criaturas no
tempo e a intuição é a sua forma mais avançada e
perfeita.
A muitos, entretanto, são concedidas faculdades
psíquicas como concessão divina. Não as
conquistaram, mas receberam-nas de empréstimo,
por antecipação, numa posse precária, que fica
dependendo do modo como forem utilizadas, da
forma pela qual o indivíduo cumprir a tarefa cujo
compromisso assumiu, no plano espiritual, ao
recebê-la. A isso denominamos Mediunidade de
prova.
(Mediunidade - Edgar Armond)
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“Conjunto de sintomas desarmônicos que se manifesta intempestivamente
em conseqüência da captação dos múltiplos padrões vibratórios dos
espíritos que povoam a dimensão extrafísica. O processo se instala
independentemente da vontade, do sexo, da idade e das convicções
religiosas das pessoas”. (“Mediunidade e Medicina”, Vitor R. Costa)
A experiência de Regina – personagem de
Diversidade dos Carismas – Hermínio Miranda
• a espera por uma explicação
• primeiros passos
• passividade
• identificações indesejáveis
• comportamento padronizado
• a dúvida
• novos rumos e esperanças
• a crítica
Sintomas da Eclosão Mediúnica
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Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade:
• Alterações emocionais súbitas;
• Acentuada sensibilidade emotiva;
• Vidências;
• Necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que
não lhe são próprias;
• Calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;
• Mal-estar em determinados ambientes ou em presença de
certas pessoas;
• Sensações de enfermidades inexistentes
(Mediunidade: Caminho para ser feliz - Suely Caldas Schubert, cap. 3.)
Sintomas da Eclosão Mediúnica
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• O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano
um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um
convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as
realidades maiores da vida.
• É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com
seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de
benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
(Mediunidade: Caminho para ser feliz- Suely Caldas Schubert, cap. 3)
Sintomas da Eclosão Mediúnica
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- Havendo presença de perturbação espiritual, a terapia desobsessiva
é de caráter emergencial;
- Recursos para a melhoria do padrão vibratório do paciente:
freqüência a palestras doutrinárias, leituras, atividades na assistência
social;
- Tratamento com passes e água fluidificada para reequilibrar os
centros de força;
- A terapêutica espiritual não exclui a participação médica, se esta se
fizer necessária para corrigir os desgastes físicos.
Tratamento da Sintomas da Eclosão
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- Disciplina e preparação que habilite o médium ao
serviço e o conscientize dos verdadeiros fins da
mediunidade.
- Estudo sistematizado - a instrumentação
necessária para mudanças de concepção e
reavaliação de valores.
- Trabalhos de assistência social, leituras
construtivas, passes e culto do Evangelho no Lar.
- Freqüência às reuniões públicas.
- Cultivo da oração.
- Reforma interior.
Recomendações iniciais para Mediunidade Aflorada
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Uma pessoa com problemas mediúnicos deve ser
encaminhada, sem risco, para uma reunião mediúnica?
O médium sincero necessita compreender que, antes de cogitar da
doutrinação dos Espíritos, ou de seus companheiros de luta na Terra, faz-se
mister a iluminação de si próprio pelo conhecimento, pelo cumprimento dos
deveres mais elevados e pelo esforço de si mesmo na assimilação perfeita
dos princípios doutrinários.
No desdobramento dessa tarefa, jamais deve descuidar-se da
vigilância, buscando aproveitar as possibilidades que Jesus
lhe concedeu na edificação do trabalho estável e útil.
(...)O estudo da Doutrina e sobretudo o cultivo da auto-evangelização devem
ser ininterruptos. O médium sincero sabe vigiar, fugindo da exploração
material ou sentimental, compreendendo, em todas as ocasiões, que o mais
necessitado de misericórdia é ele próprio, a fim de dar pleno testemunho do
seu apostolado “. Emmanuel - O Consolador
Sintomas da Eclosão Mediúnica
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Sintomas da Mediunidade Reprimida - conceito
Conseqüências da interrupção do exercício mediúnico
• Ao longo do tempo - produz descompensação no metabolismo energético do
perispírito, que se ressente da captação vibratória dos múltiplos campos espirituais,
sem a possibilidade da drenagem natural dessas energias.
• Como a faculdade mediúnica continuará existindo – pode provocar processo
obsessivo (dependendo do tipo de companhia e afinidade espiritual do indivíduo).
• O livre arbítrio sempre será respeitado, contudo, aquele que é portador da
mediunidade ostensiva, não deixará de ser médium simplesmente porque deixou
de freqüentar a atividade mediúnica.
“(...) situação de represamento da faculdade que, impedida de
manifestar-se livremente por um bloqueio induzido ou por
uma interrupção voluntária, pode levar o médium ao
desequilíbrio e à enfermidade obsessiva.
Fenômeno decorrente da paralisação de seu exercício e
obviamente só identificada em médiuns atuantes que, por um
motivo qualquer, interrompem-na.”
(Vítor Ronaldo Costa, “Mediunidade e Medicina)
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Sintomas da Mediunidade Reprimida - Causas
Bloqueio induzido exógeno:
Provocado por fatores externos que influenciam negativamente o
comportamento psicológico do médium, como a tese do animismo, a
pressão por comunicações, etc.
Exemplo: temos a história de Eulália, médium amorosa, dedicada, mas
que não havia completado as aquisições culturais no campo científico e
consequentemente, não era capaz de expressar fielmente o pensamento
de um médico que se manifestava através de sua mediunidade. Surgia a
tese animista e Eulália, abatida e desanimada, era carinhosamente
assistida por Calderaro, o mentor espiritual.
(Mediunidade e Medicina- Síndrome da mediunidade reprimida- Vitor Ronaldo Costa e No
Mundo Maior-Francisco Cândido Xavier- Pelo Espírito André Luiz,cap.9.)
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Bloqueio induzido endógeno:
Gerado no próprio psiquismo do médium tendo como causas o excessivo
rigor e a falta de espontaneidade, a desconfiança de tudo e de todos.
Exemplo: o depoimento de uma médium que faliu por um desses motivos:
“Tive medo de tudo e de todos. Preparei-me o bastante para reparar
antigos débitos e efetuar edificações novas; contudo, não vigiei como se
impunha. O chamamento ao serviço ressoou no tempo próprio... Mas
desconfiei dos homens, dos desencarnados e até de mim mesma...”
( Mediunidade e Medicina- Síndrome da mediunidade reprimida- Vitor Ronaldo Costa.
Os Mensageiros- Francisco Cândido Xavier- Pelo Espírito André Luiz, cap.9.)
Sintomas da Mediunidade Reprimida - Causas
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Sintomas da Estafa Mediúnica - Causas
Interrupção Voluntária:
Provocada por motivos pessoais os mais variados, como, os
desentendimentos no grupo, insatisfações, problemas familiares
impeditivos e outros mais.
Recorramos mais uma vez aos depoimentos dos médiuns falidos:
“ Fiz quanto pude; mas(...) e o marido? Amâncio nunca se conformou. Se
os companheiros de doutrina me convidavam aos estudos evangélicos,
revoltava-se ciumento...”
“ Não executei minha tarefa mediúnica, em virtude da irritação que me
dominou, dada a indiferença dos meus familiares pelos serviços
espirituais...”
(Mediunidade e Medicina – Síndrome da mediunidade reprimida- Vitor Ronaldo Costa e Os
Mensageiros- Francisco Cândido Xavier- Pelo Espírito André Luiz, cap.9.)
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Sintomas Mediúnicos
Médiuns e Mediunidade – Pelo fato de radicar-
se no organismo, o seu uso há que ser
controlado e posto em regime de regularidade,
evitando-se o abuso da função, que lhe
desgasta as forças mantenedoras, como a
ausência da ação, que lhe obstrui mais amplas
aptidões que somente se desenvolvem através
de equilibrada aplicação.
(Médiuns e Mediunidades- Divaldo P. Franco – Pelo Espírito
Vianna de Carvalho, cap.14)
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O exercício correto da mediunidade, a educação das forças
nervosas, a canalização dos valores morais para o bem, brindam o
indivíduo com equilíbrio, harmonia, dele fazendo mensageiro da
esperança, operário da caridade e agente do amor, onde quer que se
encontre, a serviço da própria elevação espiritual.
A prática correta da mediunidade nenhum perigo oferece a
quem quer que seja.
Não é a mediunidade que responde pela eclosão do fenômeno
obsessivo. O cultivo correto das faculdades mediúnicas constitui um
dos antídotos eficazes contra a obsessão.
(Médiuns e Mediunidades-Divaldo P. Franco- Pelo Espírito Vianna de Carvalho, cap.
11,13 e 16).
Sintomas Mediúnicos
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A mediunidade exige cuidados específicos
para um desempenho eficaz e tranqüilo.
Os distúrbios que lhe são atribuídos
decorrem das distonias emocionais do seu
portador que, Espírito endividado,
reencarna-se enredado no cipoal das
próprias imperfeições, das quais derivam
seus conflitos e suas perturbações.
O estudo e a prática do Espiritismo constituem um antídoto eficaz para
tais perturbações, pelas orientações que proporcionam, esclarecendo-
lhe o mecanismo do intercâmbio e, ao mesmo tempo, dando-lhe
sentido e direção. (Qualidade na Prática Mediúnica, questão 38)
CONCLUSÃO
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1) O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Item 221
2) Mediunidade e Medicina – Vitor Ronaldo Costa, 2ª edição,
pág 116 a 161
3) Qualidade na Prática Mediúnica – Projeto Manoel P. de Miranda, questão 38
4) Diretrizes de Segurança – Divaldo P. Franco e J. Raul Teixeira, questões 25,
26, 45, 52 e 96
5) Enfoques Científicos na Doutrina Espírita – Jorge Andrea, Capítulo
“Mediunidade e Disritmia Cerebral”
6) Diversidade dos Carismas - Hermínio C. Miranda, Vol I, cap. I e II.
Referências Bibliográficas