1) O documento apresenta conceitos e diretrizes para análise de sistemas de medição, incluindo definições, fontes de variação, estudo de estabilidade, tendência e linearidade.
2) É destacada a importância de se analisar a variação do sistema de medição para evitar erros de classificação de produtos.
3) As análises de estabilidade, tendência e distribuição fornecem informações sobre o comportamento estatístico do sistema de medição ao longo do tempo.
3. Agenda
Relacionamento MSA X TS-16949
Definições aplicáveis à análise do sistema de medição;
Preparação para a condução dos estudos;
Estudo de estabilidade;
Estudo de tendência;
Estudo de linearidade;
Estudo de repetitividade e reprodutibilidade (R&R):
- variável;
- atributo.
Curva de desempenho do dispositivo de medição
Exercícios de fixação.
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5. 7 Realização do Produto
7.6.1 Análise do sistema de medição
Estudos estatísticos devem ser conduzidos para analisar as
variações presentes nos resultados de cada tipo de sistema de
medição e ensaio;
Este requisito deve ser aplicado para os sistemas de medição
referenciados no plano de controle. Métodos analíticos e os
critérios de aceitação usados devem estar conforme os manuais
de análise do sistema de medição dos clientes;
Outros métodos analíticos e critérios de aceitação, podem ser
usados se aprovados pelo cliente.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
6. Conceitos Iniciais
Conceitos Iniciais
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
7. Definições
Valor verdadeiro:
o objetivo do processo de medição é o “valor verdadeiro” da peça;
o valor verdadeiro nunca pode ser conhecido com certeza.
Padrão:
base de comparação;
critério de aceitação;
aceitável como valor verdadeiro;
valor de referência.
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8. Definições
Medição:
É definido como: atribuição de números [valores] as coisas materiais para
representar as relações existentes entre elas;
Dispositivos de Medição
É qualquer aparato utilizado para obter medições; este termo é freqüentemente
utilizado para descrever especificamente os aparatos usados no local onde se
situa o processo de produção;
Incluem-se os dispositivos passa / não passa.
Sistema de medição:
A totalidade de operações, procedimentos, instrumentos e outros equipamentos,
software e pessoal utilizados para atribuir um valor para a característica que está
sendo avaliada, em outras palavras, todo o processo de obtenção de medições.
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9. Definições
Exatidão: proximidade do valor verdadeiro;
Precisão: proximidade entre as leituras;
Resolução: também conhecida como menor capacidade de leitura que
um meio de medição pode fornecer.
Nota: A resolução do instrumento de medição deve ser menor do que a
variabilidade do processo ou especificações (Regra Prática
Recomendada pelo Manual do MSA: 10 para 1, ou seja a resolução do
instrumento de medição deve ser 10 vezes menor que o campo de
tolerância a ser medido.
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10. Requisitos Básicos
O Sistema de medição ideal produz:
variação zero, erro zero e probabilidade zero de classificar o produto
erroneamente.
Condição Real:
propriedades estatísticas: sistema sob controle estatístico, ou seja,
estar sujeito a variações conhecidas e controláveis
para controle do produto: variabilidade do sistema de medição ser
pequena quando comparado aos limites de especificação;
para controle do processo: variabilidade do sistema de medição ser
pequena quando comparado a variação do processo.
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11. Análise do Sistema de Medição MSA
Qualidade dos Dados:
a) definida através de quão próximo é a obtenção da medição em relação a
um padrão (nível do erro);
b) definida através da variação que estes dados apresentam.
Alta Qualidade:
quanto mais próximo do VALOR DE REFERÊNCIA
indicadas pelas baixas tendência (desvio) e variação do sistema de
medição.
Baixa Qualidade:
quando há muita variação e/ou afastamento do VALOR DE
REFERÊNCIA
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
12. Análise do sistema de medição MSA
Propósito da qualidade dos dados:
Evitar que o sistema de medição mascare o processo de manufatura.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
13. Efeitos da baixa qualidade do Sistema de Medição - Produto
Erro do tipo I:
peças boas tomadas como ruins;
risco do produtor.
Erro do tipo II:
peças ruins tomadas como boas;
risco do consumidor.
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14. Efeitos da baixa qualidade do Sistema de Medição - Processo
Chamar uma causa comum de causa especial;
Chamar uma causa especial de causa comum.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
15. Fontes de Variação
PEÇA MÉTODO INSTRUMENTO
Variabilidade
do
sistema
de
medição
PADRÃO MEIO AMB. PESSOAL
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16. Preparação para o Estudo de um Sistema de Medida
Para evitar a probabilidade de erros conclusivos, seguir:
a) as medições devem ser feitas de maneira totalmente aleatória (realizar
avaliações “cegas”, ou seja, os analistas não devem saber do número de cada
peça);
Nota importante: As leituras devem ser independentes entre si.
b) executar medições por um analista que não conhece a metodologia de avaliação
c) os analistas devem ser aqueles que operam quotidianamente com o instrumento;
d) condução do estudo feito por uma pessoa que conhece a importância da
avaliação do sistema de medição;
e) cada analista deve usar o mesmo procedimento.
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18. Análise do Sistema de Medição
Variação caracterizada por:
1) Localização:
a) estabilidade;
b) tendência;
c) linearidade.
2) Distribuição:
a) repetitividade;
b) reprodutibilidade.
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20. Definição
Estabilidade é a variação total das medições obtidas com um
sistema sobre a mesma referência ou peças quando avaliando uma
característica única ao longo de um período de tempo.
PRIMEIRO MOMENTO
TEMPO
SEGUNDO MOMENTO
ESTABILIDADE
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21. Causas Comum
Oriundas de diversas fontes e agem de forma consistente sobre o
sistema de medição.
Nestes casos o sistema é:
estável;
repetitivo;
previsível. S.P.C
É chamado de: “SISTEMA SOB CONTROLE ESTATÍSTICO”.
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22. Causas Especiais
Alteram a distribuição dos resultados e tornam o comportamento
do sistema não previsível.
Nestes casos, o sistema é chamado de:
“SISTEMA NÃO ESTÁVEL”
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
23. Diretrizes para determinação da estabilidade
Tamanho da amostra e freqüências:
a) é determinado pelo conhecimento do sistema de medição
b) deve, no entanto, ser de tamanho tal (mínimo 100 leituras individuais) e com
uma duração que permita que uma possível causa especial de variação seja
identificada.
c) normalmente é um estudo de médio/longo prazo
Peça-mestre:
a) deve ser tal que não se altere com as medições ou devido ao tempo de estudo
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
24. Diretrizes para determinação da estabilidade
Passo 1:
Obter um valor de referência em relação a um padrão rastreável.
Se não estiver disponível um padrão de referência, usar uma peça de
produção que esteja no centro das medidas de produção e designala
ela como peça mestre.
Passo 2:
Periodicamente (diariamente, semanalmente) medir a amostra mestre
de 3 à 5 vezes.
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25. Diretrizes para determinação da estabilidade
Passo 3:
Plotar em gráfico tipo
XeR
Passo 4:
Estabelecer limites de controle e avaliar situações de não estabilidade
usando gráficos de controle.
Conclusões:
Se o processo for estável, então pode ser utilizado para determinar o
desvio do sistema de medição. Adicionalmente o desvio padrão pode
ser utilizado para a repetitividade – método da amplitude.
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27. Definição
Tendência é a diferença entre a média dos valores medidos e o valor
de referência.
Nota: valor de referência é também conhecido como “Valor Mestre”.
Pode ser determinado através de muitas medições em condições
especiais de controle (sala de metrologia).
VALOR DE Tendência
REFERÊNCIA
Valor Médio Observado
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
28. Definição
Tendência = X obs − VR
ONDE:
X obs
média observada
VR valor de referência
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
29. Diretrizes para determinação da tendência
Método da Amostra Independente Teoria
Passo 1: para determinar a tendência, é necessário possuir um valor de
referência aceitável da peça.
obter uma amostra e estabelecer o valor de referência em relação a um
padrão rastreável (*). Medir a peça n≥10 vezes na sala de medidas e
computar a média das n leituras como valor de referência.
(*) Se não estiver disponível um padrão de referência, usar uma peça de
produção que esteja no centro das medidas de produção e designe ela
como peça mestre.
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30. Diretrizes para determinação da tendência
Método da Amostra Independente
Passo 2: um avaliador mede a amostra n ≥10 vezes de maneira normal.
Análise dos Resultados – Gráfica
Passo 3: plotar os dados em um histograma relativo ao valor de referência.
Analisar o histograma e determinar se há causas especiais.
Cuidado especial pois você estará usando n < 30 peças.
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31. Tendência - análise do histograma
Distribuição em Forma de “Sino”
Distribuição Normal - Distribuição Unimodal
INDICAM QUE:
a) existem apenas de variáveis aleatórias e
b) o processo tem um comportamento natural.
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32. Tendência - análise do histograma
Distribuição com Duplos Vales
Distribuição Bimodal
INDICAM QUE:
a) existem duas distribuições normais
b) existem dois processos distintos (duas máquinas, dois tipos de
material, dois métodos, etc.).
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33. Tendência - análise do histograma
Distribuição Quadrada
INDICAM QUE:
não há critério para o trabalho operacional;
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34. Tendência - análise do histograma
Distribuição Alternada
INDICAM QUE:
a) existem erros de medição
b) existem erros de agrupamento de amostras
c) existem erros sistemáticos de processo de medição
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
35. Tendência - análise do histograma
Distribuição Desviada
(-)
(+)
DESVIADA POSITIVAMENTE DESVIADA NEGATIVAMENTE
INDICAM QUE:
o sistema de medição apresenta tendência pronunciada,
normalmete indicativo de situação não aceitável
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
36. Tendência - análise do histograma
Distribuição Truncada
(+) (-)
POSITIVA NEGATIVA
INDICAM QUE:
foi removida parte da distribuição normal por algum agente
externo ou, critério não perfeitamente definido.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
37. Tendência - análise do histograma
Distribuição de pico isolado
INDICAM QUE:
existe causa especial de variação, ponto fora dos limites de controle
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
38. Tendência - análise do histograma
Distribuição com Pico na Margem
INDICAM QUE:
falta de registro de “valores não aceitáveis”, categorias de dados foram
omitidas ou despresadas
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
39. Diretrizes para determinação da tendência
Análise dos Resultados – Numérica
η
Passo 4: calcular a média para η leituras. X =
∑ i
xi
η
Passo 5: calcular ao desvio padrão da repetibilidade
max( X i ) − min( X i )
σ r
= *
d 2
*
d 2 vide tabela para valores g/m
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
40. Diretrizes para determinação da tendência
Análise dos Resultados – Numérica
Passo 6: determinar o valor de desvio padrão da média
σ
σ b
=
η
r
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
41. Diretrizes para determinação da tendência
Passo 7: o desvio é aceitável para o nível a se o zero cair dentro do intervalo
de confiança de 1-a do valor do desvio:
d σ d σ
Tend − 2 * b tυ ,1−α ≤ ZERO ≤ Tend + 2 * b tυ ,1−α
d2
2
d2
2
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
42. Diretrizes para determinação da tendência “Gráfico de Controle”
Quando um estudo prévio de estabilidade foi conduzido utilizando um
gráfico de controle tipo
XeR
Os dados colhidos podem ser utilizados para determinação da
tendência
Tend = X − VR
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
43. Diretrizes para determinação da tendência “Gráfico de Controle”
Passo 1: calcular o desvio padrão da repetibilidade usando a amplitude média.
R
σ r
= *
d
*
2 vide tabela para valores g/m
d 2
Passo 2: determinar o desvio padrão da média
σb = σ r
gm
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
44. Diretrizes para determinação da tendência “Gráfico de Controle”
Passo 3: o desvio é aceitável para o nível a se o zero cair dentro
do intervalo de confiança de 1-a do valor do desvio:
d σ d σ
Tend − 2 * b tυ ,1−α ≤ ZERO ≤ Tend + 2 * b tυ ,1−α
d2
2
d2
2
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
46. Definição
Linearidade é a diferença em valores de desvios através da
amplitude esperada de variação de um instrumento.
Desvio
VALOR MÉDIO OBSERVADO
Sem desvio
VALOR DE REFERÊNCIA
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
47. Diretrizes para determinação da linearidade
Passo 1: selecionar g ≥ 5 peças as quais em função da variação do processo
e que cubram a amplitude de operação do instrumento.
Passo 2: medir cada peça por inspeção de lay out para determinar o valor de
referência.
Passo 3: Cada peça deve ser medida em ≥ 10 vezes por um operador que
normalmente utiliza o instrumento. Selecionar as peças de modo aleatório
para o operador não conhecer cada uma e induzir o valor do instrumento.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
49. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Análise dos Resultados – Graficamente
Calcular o desvio para cada medida e a média do desvio para cada peça.
Tend i, j
= xi , j −VRi
∑ tend
m
j =1 i, j
Tend i
=
m
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
50. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Passo 4: plotar os desvios individuais e a média dos desvios em relação ao
valor de referência em um gráfico linear.
Passo 5: calcular e plotar a reta resultante da regressão linear dos dados
y = a. x + b
i i
onde
x i=
VR
y = Tend
i i
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
51. Diretrizes para Determinação da Linearidade
1
∑ xy − gm .∑ x.∑ y
a=
1
∑ x − gm ∑ x
2
( )
2
b = y − a.x
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
52. Diretrizes para Determinação da Linearidade
(∑ x )(∑ y )
2
(∑ xy )−
2 η
=
R
(∑ x ) − (
2∑ x )
2
∑ y −
(∑ y )
2
2
η η
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
53. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Passo 6: analisar o grau de ajuste da reta
≥ 0,9 ideal
2
R ≥ 0,75 aceitável
≤ 0,75 não aceitável
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
54. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Passo 7: estabelecer os limites de confiança
( )
1/ 2
x0 − x
2
1
LI = b + a x0 − + .s
( )
gm ∑ xi − x 2
( )
1/ 2
−x
2
1
LS = b + a x0 + + x0 .s
( )
gm ∑ xi − x 2
∑y − b.∑ y − a ∑ xi . y
2
s= i i i
gm − 2
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
55. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Passo 8: plotar a linha do “desvio = 0” e analisar criticamente o gráfico para
a indicação de causas especiais e a aceitabilidade da linearidade.
Conclusão: para que o sistema seja aceitável como linear, o “desvio = 0”
deve ficar totalmente dentro dos intervalos de confiança.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
57. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Passo 9: se a análise gráfica indicar que o sistema é aceitável como sendo
linear então as seguintes hipóteses podem ser verdade:
H 0
:a = 0 Inclinação da reta = 0
Não rejeitar se,
a
t = ≤ t gm − 2,1−α / 2
s
(
∑ x j−x )2
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
58. Diretrizes para Determinação da Linearidade
Se a hipótese anterior for verdadeira então o sistema de medida tem o
mesmo desvio que o valor de referência.
Para a linearidade ser aceitável o desvio deve ser zero.
H 0
:b = 0 Tendência = 0
Não rejeitar se,
b
t = ≤ t gm − 2,1−α / 2
2
1 + x .s
gm
∑ ( xi − x )
2
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
60. Determinação da repetibilidade e reprodutibilidade - Variáveis
Verificaremos 4 métodos:
método da amplitude.
método da média e amplitude.
aplicação de formulários MSA.
análise gráfica.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
61. Repetitividade
Definição
Repetitividade é a variação nas medições obtidas com um
instrumento de medida quando usado muitas vezes por um analista
medindo uma mesma característica de uma mesma peça.
REPETITIVIDADE
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
62. Reprodutibilidade
Definição
Reprodutibilidade é a variação entre as médias de medições
feitas por diferentes analistas usando o mesmo instrumento de
medida medindo a mesma característica de uma mesma peça.
OPERADOR A
OPERADOR B
OPERADOR C
REPRODUTIBILIDADE
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
63. “R&R de Dispositivo (GRR)”
Definição
É uma estimativa da variação combinada da repetibilidade e
reprodutibilidade é igual a soma das variações existentes no sistema
e entre sistemas.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
64. Repetitividade e reprodutividade
Diretrizes para aceitação da % R&R
a) Erros abaixo de 10%: O sistema de medição é aceitável.
b) Erros entre 10% e 30%: Pode ser aceito baseado na importância da
aplicação, custo do instrumento, custo dos reparos, etc.
c) Erros acima de 30%: Sistema de Medição precisa de melhoria.
Direcionar esforços para identificar os problemas e corrigí-los.
A porcentagem pode ser em função da variação do processo ou tolerância.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
65. Repetitividade e reprodutividade
NOTA: referência ao uso do desvio padrão de R&R (extraido do manual de MSA)
Historicamente, e por convensão, avariação de 99% tem sido usada para
representar a variação “total” do erro de medição, representada pelo fator
multiplicador 5,15 (onde σ R& R é multiplicado por 5,15 para representar a variação
total de 99%).
A variação total de 99,73% é representada pelo fator multiplicador 6, que significa
. ± 3σ , e representa a variaçào total da curva “normal”.
Se o leitor quer aumentar o nível de confiança de cobertura da variação total da
medição ( variação total) para 99,73, por favor, adote nos cálculos o multiplicador6
em vez de 5,15.
Plena consciência de qual fator multiplicar usar é crucial para a integridade das
equações de cálculo e respectivos resultados. Isto é especialmente importante ao
se comparar a variabilidade do sistema de medição contra a tolerância
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
66. Repetitividade e reprodutividade
Método da amplitude
a) Fornece uma rápida aproximação da variabilidade dimensional.
b) Somente fornece uma visão geral do sistema de medição pois não há
decomposição da variabilidade entre repetitividade e reprodutibilidade.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
67. Repetitividade e reprodutividade
Método da amplitude
Esta maneira de abordar a repetitividade e a reprodutibilidade tem um
potencial de detectar um sistema de medição
inaceitável em 80% das vezes em que é utilizado
com um tamanho de amostra igual a 5,
e em 90% das vezes em que é utilizado com um
tamanho de amostra igual a 10.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
68. Repetitividade e reprodutividade
Método da amplitude
Descrição do método
a) Usando 2 analistas e 5 peças
b) A amplitude é a diferença em termos absolutos obtida pelo Analista A e o Analista B.
c) Calcular R por:
η
R=
∑ x −x
1 A B
η
d) Calcular a variabilidade da medição por:
R
GR & R = *
d
*
2 vide tabela para valores g/m d 2
g = amplitudes m = analistas
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
69. Exemplo de repetitividade e reprodutibilidade
Método da amplitude
PEÇAS AVALIADOR AVALIADOR AMPLITUDE
A B (A-B)
1 0.85 0.80
2 0.75 0.70
3 1.00 0.95
4 0.45 0.55
5 0.50 0.60
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
70. Exemplo de repetitividade e reprodutibilidade
Cálculo da % R%R
% R & R = GR & R .100
*
ddp
ou
% R & R = (6.GR & R tolerância).100
* ddp – desvio padrão do processo - obtido do estudo de estabilidade
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
71. Repetitividade e reprodutividade
Método da média e amplitude
Este método estima a repetitividade e reprodutibilidade de forma separada
e permite identificar fontes de contribuição para a variação total:
instrumento de medição
método
analista
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
72. Repetitividade e reprodutividade
Método da média e amplitude
Condução do estudo:
1. obter 10 peças* que representem a variação do processo,
2. usar 3 analistas (A,B,C),
3. não deixar os analistas conhecer a numeração das peças,
4. fazer 3 repetições, reiniciando o ciclo em outra ordenação aleatória.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
73. Repetitividade
∑R
g
Cálculos
R= 1 i
g
onde g = número de amplitudes do conjunto de peças.
σ
*
e
=R d 2
*
d 2 vide tabela para valores g/m g = amplitudes m = replicações
Repetitividade
Re pê = 6.σ e
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
74. Reprodutividade
Reprodutibilidade do processo de medição representa a variabilidade entre os
analistas. Verificação da consistência.
Cálculos
R =X
o max
− X min
σ = R o
*
o
d 2
*
g/m g = amplitudes m = analistas
d 2 vide tabela para valores
Obs.: só há uma amplitude calculada (g = 1)
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
75. Reprodutividade
Cálculos Re prô = 6.σ o
Esta estimativa de Reprodutibilidade está envolvendo a variação devido ao instrumento
(Repetibilidade), portanto, devemos retirar este valor então:
Reprodutibilidade Ajustada:
Re prô =
(Re pê)
(Re prô) n.m
2
−
2
aj
onde: n = número de peças e m número de repetições.
Obs: para valores de −x considerar Reproaj = zero
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
76. Repetitividade e reprodutividade
Cálculo de R&R
2 2
GR & R = Re pê + Re pro aj
Variação total do processo de medição:
2 2
VT = GR & R +VP
Onde: VP – variação das peças
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
77. Repetitividade e reprodutividade
Cálculo do desvio padrão da peça:
R P
= X peça − X peça
max mim
Onde: Rp = amplitude das médias das peças dos analistas.
R
σ =
p
peça *
d
*
vide tabela para valores g/m
d 2
2 g = amplitudes m = peças
Obs.: só há uma amplitude calculada (g = 1)
Variação das Peças (VP):
VP = 6.σ peça
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
78. % R&R
GR & R
%R & R = .100
VT
Re pê
% Re pê = .100
VT
Re prô
% Re prô =
aj
.100
VT
VT poderá ser substituida pelo valor da tolerância
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
79. Repetitividade e reprodutividade - Análise
↑ Re pê+ ↑ Re prô = analista
↓ Re pê+ ↑ Re prô = método
↑ Re pê+ ↓ Re prô = instrumento
↓ Re pê+ ↓ Re prô = ideal
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
80. Repetitividade e reprodutividade - Formulário
Método da média e amplitude - Formulário
Utilizar formulário contido no caderno de exercícios
Atenção para os índices K1 K2 e K3
K= 1 *
d 2
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
81. Repetitividade e reprodutividade – Análise gráfica
Gráfico das Amplitudes
AVALIADOR 1 AVALIADOR 2
7
LSC R
6
5
4
3
R
2
1
0
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
82. Repetitividade e reprodutividade – Análise gráfica
Gráfico das Médias
AVALIADOR 1 AVALIADOR 2
224
222
220
LSC X
218
216 X
214 LIC x
212
210
1 2 3 4 5 1 2 3 4 5
NOTA: Sistema de Medição inadequado quando menos
que a metade das médias estão fora de controle.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
84. Repetitividade e reprodutividade - Atributos
Um dispositivo não pode indicar quão bom ou ruim está uma peça.
Indica apenas se a peça é aceita ou rejeitada.
Seqüência:
selecionar pelo menos 50 peças;
selecionar 3 analistas;
executar 3 repetições por peça;
usar aleatoriedade na avaliação;
escolher algumas peças que estejam ligeiramente abaixo e acima das
especificações;
classificar os resultados.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
85. Repetitividade e reprodutividade - Atributos
Total de acertos
Eficácia (E) =
Total de oportunidades de acertos*
* t A = η peças ⋅ replicações
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
86. Repetitividade e reprodutividade - Atributos
Total de erros
Índice de erros (Ie) =
Total de oportunidades de erros*
* t A = η peçasR⋅ replicações
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
87. Repetitividade e reprodutividade - Atributos
Total de falsos alarmes
Índice de falso alarme (Ifa) =
Total de oportunidades de FA*
*t FA = η peçasA ⋅ replicações
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
88. Repetitividade e reprodutividade - Atributos
Decisão Eficácia Índice de erro Índice de falso alarme
Aceitável - A ≥ 90% ≤2% ≤5%
Limítrofe – L
Limite do ≥80% ≤5% ≤10%
aceitável, pode
necessitar de
melhoria
Inaceitável – I
necessita de <80% >5% >10%
melhoria
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
89. Curva de desempenho do dispositivo de medição
O objetivo ao desenvolve uma Curva de Desempenho do Dispositivo
de Medição (CCD) é determinar a probabilidade de aceitar ou rejeitar
uma peça de algum valor de referência;
Ou seja, aceitar uma peça ruim ou rejeitar uma peça boa.
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
90. Curva de desempenho
Equipamento ideal
Aprova Aprova Aprova
peça ruim peça boa peça ruim
0% 100 % 0%
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
91. Curva de desempenho
Equipamento real
Aprova Aprova Aprova
peça ruim peça boa peça ruim
MSA - Análise dos Sistemas de Medição
92. Curva de desempenho
Passo 1: utilizando o gráfico de Linearidade, determinar a tendência para vários
pontos ao longo da faixa de resolução do equipamento;
Passo 2: utilizando o cálculo de R&R determinar o desvio;
Passo 3: somar a tendência a cada ponto tomado e calcular PZ;
Passo 4: construir a curva de desempenho do equipamento.
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93. Curva de desempenho
X − LIE LSE − X
Zi = Zs =
σ σ
Considerar
R & R = 5,15 ⋅ σ
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