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SOLOS E ADUBAÇÃO DA
  CANA-DE-AÇÚCAR
Valdomiro Corrêa de Bittencourt
ETAPAS A SEREM SEGUIDAS PARA A DEFINIÇÃO
            DAS ADUBAÇÕES


               • Classificação dos solos
               • Ambientes de produção
         • Análise da fertilidade dos solos
      • Hábitos e manejo da cultura e clima
             • Necessidades nutricionais
           • Análises de partes da planta
             • Produtividades anteriores
HIERARQUIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS                                                 (Pedologia Fácil – Helio do Prado)


Se baseia nas características de camadas ou faixas, distribuídas no perfil do solo, denominadas de horizontes, que segundo
sua posição a partir da superfície, são intitulados de O, A, E, B, C, F, R (rocha).

       1 - Ordem- utiliza o horizonte Bde subsuperfície (na ausência o C ou ainda o A), porque sofreu pouca ou nenhuma
influencia do manejo, apresentando um grau máximo de desenvolvimento, como, textura, cor, estrutura, profundidade e
cerosidade se existir, classificando os solos, como:

• Latossolos - argiloso, médio ou muito argiloso, eutrófico ou distrófico, Tb;
• Argissolos - gradiente textural B/A, eutrófico ou distrófico, álico, Tb
• Nitossolos - argiloso, eutrófico, distrófico, alítico, aluínico, Tb;
• Neossolos - arenoso, eutrófico, distrófico, álico, não aplicável para a avaliação de T;
•Outros: Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Luvissolos, Organossolos, Planossolos, Plintossolos e
Vertissolos;

       2 - Sub ordem – adjetiva a Ordem de acordo com a cor, empregando a Tabela de Munsell, que considera o matiz, ou
a proporção de amarelo (Y) e vermelho(R) no sentido vertical da tabela e as proporções de cinza (preto e branco), e o croma
na horizontal indicando a pureza da cor (vermelho, vermelho-amarelo e amarelo);

        3 - Grande Grupo – separa, pelas características químicas do Horizonte B (C ou A na ausência), como, MO, CTC da
argila (Tb=<27cmol/kg de argila ou > Ta), V% (<30 distrófico, 30-50% mesotrófico e >50% eutrófico) , pHH2O, pH KCl-pHH2O
(positivo= ácrico) Na+, Sais Solúveis, FexOy, Al3+;

      4 - Sub Grupo – considerado como “Típico”, tem expressão total dentro da classe e não possui características
intermediárias em relação a outras classes, ou “Intermediário” se tem características de 2 classes;

      5 - Família – caracterizada pela Textura (arenosa = argila+silte <=15%;
   média = argila+silte > 15% e <=35%; argilosa de 35 a 60% e muito argilosa>60%)
   e pelo Horizonte A (hístico, húmico, chernozêmico, proeminente, antrópico, fraco e moderado);

      6 - Série – Manejo
AMBIENTES DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR (Copersucar e H. do Prado)




         Ambiente    TCH                         Atributos

          A1         >100    ADa, eutr., CTCa – Argissolos;
          A2        96-100   ADm, eutr., CTCm – Argissolos, Latossolos, Nitossolos;
          B1        92-96    ADb, eutr., CTCa/m – Latossolos, Argissolos;
          B2        88-92    ADm, mesotr, CTDm – Argissolos, Latossolos;
          C1        84-88    ADm/b, eutr/álico, CTCa/m – Argissolos, Latossolos;
          C2        80-84    ADb, diastr., CTCa/m – Latossolos;
          D1        76-80    ADm, distr., CTca/m – Latossolos;
          D2        72-76    ADb, ácrico, CTCm/b – Latossolos;
          E1        68-72    Adb, álico, CTCb – Argissolos;
          E2        < 68     Adb, álico, CTCb – Argissolos, Neossolos, Latossolos;
ANÁLISE DE SOLO PARA FINS DE FERTILIDADE



                                                                             1*    1     2     3    1    1    3    1     3     1      1    %

  PROF(cm)       Setor   Bloco    Talhão       Corte      Data       pH     H+Al   Al   M.O   SO4   Ca   Mg   P    K     Si   Soma   CTC   V

    0-50          CN      B         10          6       10/5/2008    5,37    26    0    22     4    20   12   8    7,0   6     39    65    60

    0-50          CN      B         11          6       10/5/2008    5,45    20    0    17     4    20   8    11   5,6   5     34    54    63

    0-50          CN      B         12          6       10/5/2008    4,46    27    3    14     9    9    5    3    4,4   3     18    45    40

    0-50          CN      B         13          6       10/5/2008    4,52    28    4    16     5    10   4    2    3,7   4     19    47    40

    0-50          CN      C         14          6       10/5/2008    5,62    16    0    16     5    26   11   8    3,7   5     41    57    72

    0-50          CN      C         15          6       10/5/2008    5,18    25    0    15     4    23   5    3    3,3   5     32    57    56

    0-50          CN      C         16          6       10/5/2008    4,34    31    3    13    23    10   6    1    2,7   3     19    50    37

    0-50          CN      C         17          6       10/5/2008    4,19    36    4    12    16    9    4    6    2,1   3     15    51    29

    0-50          CN      C         18          6       10/5/2008    5,58    20    0    20     7    26   13   11   6,1   5     45    65    69

    0-50          CN      C         19          6       10/5/2008    4,54    33    2    14     7    17   4    14   1,7   5     23    56    41

    0-50          13      A          1          7       10/5/2008    4,99    20    1    14    10    18   5    4    4,5   5     27    47    57

    0-50          13      A          2          7       10/5/2008    4,51    26    3    15     8    14   3    13   4,6   4     22    48    46

    0-50          13      A          3          7       10/5/2008    4,52    26    2    14     9    9    6    3    3,5   4     19    45    42

    0-50          13      A          4          7       10/5/2008    4,83    25    1    13     6    15   3    7    4,3   3     22    47    46

    0-50          13      A          5          7       10/5/2008    4,04    38    9    15    10    11   3    4    1,8   2     16    54    29

    0-50          13      A          6          7       10/5/2008    4,54    31    2    13     7    12   3    42   4,0   3     18    49    37



(1)= mmolc/dm3                   (2)= g/dm3            (3)= mg/dm3
Teores de nutrientes no caldo da cana-de-acúcar
                              Safra 2008/2009
  Corte           N       P2O5           K2O     CaO          MgO
                                         ppm
    1            152       97           4.007     345          372
    2            129       111          3.243     326          351
    3            144       118          3.454     300          314
    4            131       109          3.504     341          343
    5            120       108          3.726     344          350
    6            137       104          3.743     358          377
    7            146       109          3.889     348          327
    8            128       112          4.159     339          367
    9            128       110          3.639     363          370
   10            122       114          4.216     356          360
   11            127       110          4.698     354          289
 Média          133,0     109,3        3.843,5   343,1        347,3
Desv.Pad.       10,38     5,39          411,25   17,77        27,41
  CV%            7,8       4,9           10,7     5,2          7,9
ADUBAÇÃO DE SOQUEIRAS COM O EQUIPAMENTO DA JACTO
ADUBAÇÃO DE SOQUEIRAS COM O EQUIPAMENTO DA JACTO
Centro de Tecnologia Copersucar                     Procedimentos
                                                                                                                                     Revisão:    Folha:
                                                                                     Processo: 2. Gestão de Aplicação                0           1/1
                                                                                                                                                                          Nº do formulário:
                                                                                                              Relatório de Visita Técnica                                        A11



                Trincheira: Fazenda .........................

                Data da abertura da trincheira: 4/6/2008

                Solo: LR

                Variedade: SP80-3280



                                                   1,48 metros                                                                1,50 metros


                0 cm
                                                                       A                          B
               10 cm                                                                                                                 C
                                                                1,40 g/cm³                                                                                   D
                                                                                    1,38 g/cm³
               20 cm                                                                                                                         1,40 g/cm³
                                                                                                                         F                                    1,36 g/cm³
               30 cm
                                                                                       E
                                                                                                                                1,17 g/cm³
               40 cm                                                                             1,13 g/cm³
               50 cm
               60 cm

                As duas camadas separadas estão compactadas. A compactação pode ter sido provocada pelo tráfego no plantio.

                                                                             Elaborado por                                                                            Aprovado por
Nome:                                                                                                 Rubrica                                   Nome        Rubrica



Motivo da Revisão:                                                                                                                                     Data de Revisão:
Resultado de Ensaio "Preparo Convencional do Solo e Manejo Dirigido"
                                                                                           Data
                                                                                           Instalaçã
                                                                                           o:           20/3/2007
                                                                          Variedad         Data
Setor: W         Bloco: B           Talhão: 2, 3, 5     Corte: 1º                  CTC10                26/6/2008
                                                                             e:            Colheita:




                                                                                                       Agrícola/Fitotecnia/
      Tratamentos                                                                                                  Sandro



      1- Padrão da Usina-grade pesada, arado, grade niveladora, sulcação, TF e plantio;
      2- Dessecamneto da soca, TF na faixa, sulcação+subsolagem(3 hastes) e plantio;
      3- Dessecamento da soca, TF na faixa, subsolagem (3 hastes), sulcação e plantio;
      4-Dessecamento da soca, subsolagem (3 hastes), sulcação, TF, plantio;
OBTENÇÃO DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA VIA BIOLÓGICA.


Segundo dados divulgados pela Sementes Piraí o feijão guandu-anão e as crotalárias apresentam
                                as seguintes características:
                      Nome         M.V.        M.S.     N     Ciclo até o floresc.
                                  t/ha        t/ha    kg/ha         dias
                   Guandu-anão 20-30         4-7 100-180         90-120
                   C. breviflora 15-20       3-5    90-160      90-100
                   C. juncea     40-60      10-15 300-450       90-120
                   C. mucronata 20-40        6-8 180-240       120-150
                   C. ochroleuca 20-30       7-10 200-300      120-150

                Produtividades num solo LVed do cerrado (Amabile et al 2000)


                     Massa Verde            Massa seca             MS
                          t/há                 t/ha                %
                      C. juncea               50,65           17,27 34,10
                      Guandu                  46,57           12,66 27,18
                     Mucuna-preta            14,35             3,54 24,67
OBTENÇÃO DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA VIA BIOLÓGICA.



       Quantidades de nutrientes retirados de solos AQ (Cáceres, 1994):

   Leguminosa               N           P2O5           K2O          Soma
                                               kg/ha
    C. Juncea               235          42            122          400
  C. Spectabillis           113          20            114          247
     Guandu                 142          24            75           241
  Mucuna Preta              81           14            44           140
   Mucuna Anã               105          15            49           170
      Lablab                95           20            59           173
     Feijão de              190          23            81           294
      Porco

            Nutrientes retirados de um solo LVed do cerrado e fixados

  Leguminosa        N             P2O5          K2O           Soma
                    kg/ha
  C. Juncea         572           103           297           971
  Guandu            327           55            172           554
  Mucuna Preta      96            17            52            165
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CROTALÁRIA NO SISTEMA MEIOSE
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Título:                                     CONTROLE DE RESULTADOS DE ANÁLISES QUÍMICAS EM

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Agrícola                     Formulário - FO.AG.03.0028
                                                                                  0                      1/3/2008                 1


  Nº        Data        N°        Data Observaç                                               Resultados %
Análise    Análise     Coleta    Coleta ão             pH     Mat.Org.    Umid.        C           N         K2O    P2O5   CaO        MgO
   1       14/4/2008    01       9/4/2008    Setor 1   6,56     33        59,03       19,14       1,75       0,43   3,39   7,51       3,63
   2       14/4/2008    02       9/4/2008    Setor 1   6,75     32        58,35       18,56       1,71       0,41   2,91   7,85       2,42
   3       14/4/2008    03       9/4/2008    Setor 1   7,15     40        67,80       23,20       1,86       0,24   2,22   4,93       1,21
   4       14/4/2008    04       9/4/2008    Setor 1   6,74     42        68,83       24,36       1,59       0,19   1,88   3,48       1,61
   5       14/4/2008    05       9/4/2008 Setor 1      7,07     38        66,50       22,04       1,53       0,24   3,41   6,28       2,10
   6       14/4/2008    06       9/4/2008    Setor 1   6,72     34        57,13       19,72       1,70       0,31   3,91   7,85       1,77
   7       14/4/2008    07       9/4/2008    Setor 1   6,94     34        58,75       19,72       1,54       0,43   3,67   9,08       2,74
   8       14/4/2008    08       9/4/2008    Setor 1   9,72     38        65,00       22,04       1,63       0,24   2,23   3,70       1,69
   9       14/4/2008    09       9/4/2008    Setor 1   6,45     33        66,38       19,14       1,63       0,24   1,92   3,36       1,37
  10       14/4/2008    10       9/4/2008    Setor 1   6,92     37        66,94       21,46       1,70       0,24   2,58   3,92       1,69
  11       14/4/2008    11       9/4/2008    Setor 1   6,79     25        64,35       14,50       1,71       0,26   3,58   5,05       1,93


                                              Média    7,07    35,09      63,55       20,35       1,67       0,29   2,88   5,73       2,01
Nutrientes nos resíduos culturais na reforma dos canaviais
                           (Trivelin, 2008)

                     Palhada do ciclo anterior
        N           P2O5   K2O       CaO      MgO         SO4
                              kg/ha
       122           31      16       62       26          43

Parte aéres da rebrota na ocasião da aplicação do dessecante
         N            P2O5     K2O     CaO      MgO         SO4
                                 kg/ha
         53            16      124       16      12          26

 Sistema radicular da rebrota na ocasião da aplicação do dessecante
       N            P2O5      K2O     CaO     MgO          SO4
                                kg/ha
       22              5       39       5        3          19

                                Total
        N           P2O5         K2O      CaO   MgO       SO4
                                   kg/ha
       197            51         180     84     41         88
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  • 1. SOLOS E ADUBAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR Valdomiro Corrêa de Bittencourt
  • 2. ETAPAS A SEREM SEGUIDAS PARA A DEFINIÇÃO DAS ADUBAÇÕES • Classificação dos solos • Ambientes de produção • Análise da fertilidade dos solos • Hábitos e manejo da cultura e clima • Necessidades nutricionais • Análises de partes da planta • Produtividades anteriores
  • 3. HIERARQUIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS (Pedologia Fácil – Helio do Prado) Se baseia nas características de camadas ou faixas, distribuídas no perfil do solo, denominadas de horizontes, que segundo sua posição a partir da superfície, são intitulados de O, A, E, B, C, F, R (rocha). 1 - Ordem- utiliza o horizonte Bde subsuperfície (na ausência o C ou ainda o A), porque sofreu pouca ou nenhuma influencia do manejo, apresentando um grau máximo de desenvolvimento, como, textura, cor, estrutura, profundidade e cerosidade se existir, classificando os solos, como: • Latossolos - argiloso, médio ou muito argiloso, eutrófico ou distrófico, Tb; • Argissolos - gradiente textural B/A, eutrófico ou distrófico, álico, Tb • Nitossolos - argiloso, eutrófico, distrófico, alítico, aluínico, Tb; • Neossolos - arenoso, eutrófico, distrófico, álico, não aplicável para a avaliação de T; •Outros: Cambissolos, Chernossolos, Espodossolos, Gleissolos, Luvissolos, Organossolos, Planossolos, Plintossolos e Vertissolos; 2 - Sub ordem – adjetiva a Ordem de acordo com a cor, empregando a Tabela de Munsell, que considera o matiz, ou a proporção de amarelo (Y) e vermelho(R) no sentido vertical da tabela e as proporções de cinza (preto e branco), e o croma na horizontal indicando a pureza da cor (vermelho, vermelho-amarelo e amarelo); 3 - Grande Grupo – separa, pelas características químicas do Horizonte B (C ou A na ausência), como, MO, CTC da argila (Tb=<27cmol/kg de argila ou > Ta), V% (<30 distrófico, 30-50% mesotrófico e >50% eutrófico) , pHH2O, pH KCl-pHH2O (positivo= ácrico) Na+, Sais Solúveis, FexOy, Al3+; 4 - Sub Grupo – considerado como “Típico”, tem expressão total dentro da classe e não possui características intermediárias em relação a outras classes, ou “Intermediário” se tem características de 2 classes; 5 - Família – caracterizada pela Textura (arenosa = argila+silte <=15%; média = argila+silte > 15% e <=35%; argilosa de 35 a 60% e muito argilosa>60%) e pelo Horizonte A (hístico, húmico, chernozêmico, proeminente, antrópico, fraco e moderado); 6 - Série – Manejo
  • 4. AMBIENTES DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR (Copersucar e H. do Prado) Ambiente TCH Atributos A1 >100 ADa, eutr., CTCa – Argissolos; A2 96-100 ADm, eutr., CTCm – Argissolos, Latossolos, Nitossolos; B1 92-96 ADb, eutr., CTCa/m – Latossolos, Argissolos; B2 88-92 ADm, mesotr, CTDm – Argissolos, Latossolos; C1 84-88 ADm/b, eutr/álico, CTCa/m – Argissolos, Latossolos; C2 80-84 ADb, diastr., CTCa/m – Latossolos; D1 76-80 ADm, distr., CTca/m – Latossolos; D2 72-76 ADb, ácrico, CTCm/b – Latossolos; E1 68-72 Adb, álico, CTCb – Argissolos; E2 < 68 Adb, álico, CTCb – Argissolos, Neossolos, Latossolos;
  • 5. ANÁLISE DE SOLO PARA FINS DE FERTILIDADE 1* 1 2 3 1 1 3 1 3 1 1 % PROF(cm) Setor Bloco Talhão Corte Data pH H+Al Al M.O SO4 Ca Mg P K Si Soma CTC V 0-50 CN B 10 6 10/5/2008 5,37 26 0 22 4 20 12 8 7,0 6 39 65 60 0-50 CN B 11 6 10/5/2008 5,45 20 0 17 4 20 8 11 5,6 5 34 54 63 0-50 CN B 12 6 10/5/2008 4,46 27 3 14 9 9 5 3 4,4 3 18 45 40 0-50 CN B 13 6 10/5/2008 4,52 28 4 16 5 10 4 2 3,7 4 19 47 40 0-50 CN C 14 6 10/5/2008 5,62 16 0 16 5 26 11 8 3,7 5 41 57 72 0-50 CN C 15 6 10/5/2008 5,18 25 0 15 4 23 5 3 3,3 5 32 57 56 0-50 CN C 16 6 10/5/2008 4,34 31 3 13 23 10 6 1 2,7 3 19 50 37 0-50 CN C 17 6 10/5/2008 4,19 36 4 12 16 9 4 6 2,1 3 15 51 29 0-50 CN C 18 6 10/5/2008 5,58 20 0 20 7 26 13 11 6,1 5 45 65 69 0-50 CN C 19 6 10/5/2008 4,54 33 2 14 7 17 4 14 1,7 5 23 56 41 0-50 13 A 1 7 10/5/2008 4,99 20 1 14 10 18 5 4 4,5 5 27 47 57 0-50 13 A 2 7 10/5/2008 4,51 26 3 15 8 14 3 13 4,6 4 22 48 46 0-50 13 A 3 7 10/5/2008 4,52 26 2 14 9 9 6 3 3,5 4 19 45 42 0-50 13 A 4 7 10/5/2008 4,83 25 1 13 6 15 3 7 4,3 3 22 47 46 0-50 13 A 5 7 10/5/2008 4,04 38 9 15 10 11 3 4 1,8 2 16 54 29 0-50 13 A 6 7 10/5/2008 4,54 31 2 13 7 12 3 42 4,0 3 18 49 37 (1)= mmolc/dm3 (2)= g/dm3 (3)= mg/dm3
  • 6.
  • 7. Teores de nutrientes no caldo da cana-de-acúcar Safra 2008/2009 Corte N P2O5 K2O CaO MgO ppm 1 152 97 4.007 345 372 2 129 111 3.243 326 351 3 144 118 3.454 300 314 4 131 109 3.504 341 343 5 120 108 3.726 344 350 6 137 104 3.743 358 377 7 146 109 3.889 348 327 8 128 112 4.159 339 367 9 128 110 3.639 363 370 10 122 114 4.216 356 360 11 127 110 4.698 354 289 Média 133,0 109,3 3.843,5 343,1 347,3 Desv.Pad. 10,38 5,39 411,25 17,77 27,41 CV% 7,8 4,9 10,7 5,2 7,9
  • 8. ADUBAÇÃO DE SOQUEIRAS COM O EQUIPAMENTO DA JACTO
  • 9. ADUBAÇÃO DE SOQUEIRAS COM O EQUIPAMENTO DA JACTO
  • 10. Centro de Tecnologia Copersucar Procedimentos Revisão: Folha: Processo: 2. Gestão de Aplicação 0 1/1 Nº do formulário: Relatório de Visita Técnica A11 Trincheira: Fazenda ......................... Data da abertura da trincheira: 4/6/2008 Solo: LR Variedade: SP80-3280 1,48 metros 1,50 metros 0 cm A B 10 cm C 1,40 g/cm³ D 1,38 g/cm³ 20 cm 1,40 g/cm³ F 1,36 g/cm³ 30 cm E 1,17 g/cm³ 40 cm 1,13 g/cm³ 50 cm 60 cm As duas camadas separadas estão compactadas. A compactação pode ter sido provocada pelo tráfego no plantio. Elaborado por Aprovado por Nome: Rubrica Nome Rubrica Motivo da Revisão: Data de Revisão:
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  • 16. Resultado de Ensaio "Preparo Convencional do Solo e Manejo Dirigido" Data Instalaçã o: 20/3/2007 Variedad Data Setor: W Bloco: B Talhão: 2, 3, 5 Corte: 1º CTC10 26/6/2008 e: Colheita: Agrícola/Fitotecnia/ Tratamentos Sandro 1- Padrão da Usina-grade pesada, arado, grade niveladora, sulcação, TF e plantio; 2- Dessecamneto da soca, TF na faixa, sulcação+subsolagem(3 hastes) e plantio; 3- Dessecamento da soca, TF na faixa, subsolagem (3 hastes), sulcação e plantio; 4-Dessecamento da soca, subsolagem (3 hastes), sulcação, TF, plantio;
  • 17. OBTENÇÃO DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA VIA BIOLÓGICA. Segundo dados divulgados pela Sementes Piraí o feijão guandu-anão e as crotalárias apresentam as seguintes características: Nome M.V. M.S. N Ciclo até o floresc. t/ha t/ha kg/ha dias Guandu-anão 20-30 4-7 100-180 90-120 C. breviflora 15-20 3-5 90-160 90-100 C. juncea 40-60 10-15 300-450 90-120 C. mucronata 20-40 6-8 180-240 120-150 C. ochroleuca 20-30 7-10 200-300 120-150 Produtividades num solo LVed do cerrado (Amabile et al 2000) Massa Verde Massa seca MS t/há t/ha % C. juncea 50,65 17,27 34,10 Guandu 46,57 12,66 27,18 Mucuna-preta 14,35 3,54 24,67
  • 18. OBTENÇÃO DE NUTRIENTES ATRAVÉS DA VIA BIOLÓGICA. Quantidades de nutrientes retirados de solos AQ (Cáceres, 1994): Leguminosa N P2O5 K2O Soma kg/ha C. Juncea 235 42 122 400 C. Spectabillis 113 20 114 247 Guandu 142 24 75 241 Mucuna Preta 81 14 44 140 Mucuna Anã 105 15 49 170 Lablab 95 20 59 173 Feijão de 190 23 81 294 Porco Nutrientes retirados de um solo LVed do cerrado e fixados Leguminosa N P2O5 K2O Soma kg/ha C. Juncea 572 103 297 971 Guandu 327 55 172 554 Mucuna Preta 96 17 52 165
  • 21. NABO FORRAGEIRO NA ENTRELINHA DA SOCA
  • 22. NABO FORRAGEIRO NA ENTRELINHA DA SOCA
  • 23. Título: CONTROLE DE RESULTADOS DE ANÁLISES QUÍMICAS EM TORTA DE FILTRO Revisão Emissão Página Agrícola Formulário - FO.AG.03.0028 0 1/3/2008 1 Nº Data N° Data Observaç Resultados % Análise Análise Coleta Coleta ão pH Mat.Org. Umid. C N K2O P2O5 CaO MgO 1 14/4/2008 01 9/4/2008 Setor 1 6,56 33 59,03 19,14 1,75 0,43 3,39 7,51 3,63 2 14/4/2008 02 9/4/2008 Setor 1 6,75 32 58,35 18,56 1,71 0,41 2,91 7,85 2,42 3 14/4/2008 03 9/4/2008 Setor 1 7,15 40 67,80 23,20 1,86 0,24 2,22 4,93 1,21 4 14/4/2008 04 9/4/2008 Setor 1 6,74 42 68,83 24,36 1,59 0,19 1,88 3,48 1,61 5 14/4/2008 05 9/4/2008 Setor 1 7,07 38 66,50 22,04 1,53 0,24 3,41 6,28 2,10 6 14/4/2008 06 9/4/2008 Setor 1 6,72 34 57,13 19,72 1,70 0,31 3,91 7,85 1,77 7 14/4/2008 07 9/4/2008 Setor 1 6,94 34 58,75 19,72 1,54 0,43 3,67 9,08 2,74 8 14/4/2008 08 9/4/2008 Setor 1 9,72 38 65,00 22,04 1,63 0,24 2,23 3,70 1,69 9 14/4/2008 09 9/4/2008 Setor 1 6,45 33 66,38 19,14 1,63 0,24 1,92 3,36 1,37 10 14/4/2008 10 9/4/2008 Setor 1 6,92 37 66,94 21,46 1,70 0,24 2,58 3,92 1,69 11 14/4/2008 11 9/4/2008 Setor 1 6,79 25 64,35 14,50 1,71 0,26 3,58 5,05 1,93 Média 7,07 35,09 63,55 20,35 1,67 0,29 2,88 5,73 2,01
  • 24. Nutrientes nos resíduos culturais na reforma dos canaviais (Trivelin, 2008) Palhada do ciclo anterior N P2O5 K2O CaO MgO SO4 kg/ha 122 31 16 62 26 43 Parte aéres da rebrota na ocasião da aplicação do dessecante N P2O5 K2O CaO MgO SO4 kg/ha 53 16 124 16 12 26 Sistema radicular da rebrota na ocasião da aplicação do dessecante N P2O5 K2O CaO MgO SO4 kg/ha 22 5 39 5 3 19 Total N P2O5 K2O CaO MgO SO4 kg/ha 197 51 180 84 41 88