SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
Os primeiros passos da educaçãoOs primeiros passos da educação
infantil no Brasilinfantil no Brasil
A história da educação infantil em nosso país tem, de
certa forma, acompanhado a história dessa área no
mundo, havendo, é claro, características que lhe são
próprias.Até meados do séc XIX, o atendimento de
crianças pequenas longe da mãe em instituiçõescrianças pequenas longe da mãe em instituições
como creches e parques infantis praticamente não
existia no Brasil.
No meio rural, onde residia a maior parte da
população do país na época, famílias de fazendeiros
assumiam o cuidado das inúmeras crianças órfãs ou
abandonadas, geralmente frutos da exploração sexual
da mulher negra e índia pelo senhor branco.
Já na zona urbana, bebês abandonados pelas
mães, por vezes filhos ilegítimos de moças
pertencentes a famílias com prestígio social, eram
recolhidos nas “rodas de expostos” existentes em
algumas cidades desde o início do séc XVIII.
Essa situação se modifica a partir da segunda
metade do séc XIX, abolição da escravatura, com
o êxodo rural, surgindo condições para certo
desenvolvimento cultural e tecnológico e para a
proclamação da República como forma de
governo.
Após a proclamação da república houveram
iniciativas isoladas de proteção à infância, muitas
delas orientadas ao combate à mortalidade
infantil, com a criação de entidades de amparo.
Após a abolição da escravatura criam-se as
creches, asilos, internatos para cuidar das
crianças pobres, principalmente os filhos dos
escravos libertos.
“A arte de varrer o problema para baixo do
tapete.”
O “jardim da infância” veio para o Brasil com
influencia do Movimento da Escolas Novas,
surgido na Europa, e foi recebido com entusiasmo
por alguns setores sociais.
Porém, a ideia de “jardim da infância” gerou
muitos debates entre os políticos da época. Muitos
a criticavam por identificá-la com as salas de asilo
francesas, entendidas como mera guarda dasfrancesas, entendidas como mera guarda das
crianças. Outros a defendiam por acreditarem que
trariam vantagens para o desenvolvimento
infantil, sob a influência dos escolanovistas. O
cerne da polêmica era a argumentação de que, se
os jardins de infância tinham objetivos de
caridade e destinavam-se aos mais pobres, não
deveriam ser mantidos pelo poder público.
Enquanto a questão era debatida, eram criados
em São Paulo e no Rio de Janeiro, os primeiros
jardins de infância sob cuidados de entidades
privadas e, alguns anos depois, ao primeiros
jardins de infância públicos, que dirigiam seu
atendimento para as crianças dos estratos sociais
mais afortunados.
Em 1885 os jardins de infância ainda eram
comparados ora com as salas de asilo francesa ecomparados ora com as salas de asilo francesa e
ora entendidos como início de escolaridade
precoce. Eram considerados prejudiciais à
unidade familiar por tirarem desde cedo a
criança de seu ambiente doméstico, sendo
admitidos apenas no caso de proteção aos filhos
de mães trabalhadoras.
A construção social da criançaA construção social da criança
Uma compreensão de pontos básicos sobre como
cada pessoa se desenvolve em sua cultura pode
apoiar a promoção de experiências pedagógicas
de qualidade na educação infantil. No decorrer
da história, esses pontos foram sendo
sistematizados pelas ciências. Uma análise críticasistematizados pelas ciências. Uma análise crítica
deles, no entanto, leva-nos hoje a perceber que,
mais do que condição biologicamente
determinada, a definição de infância,
adolescência, idade adulta ou velhice é uma
decisão política feita de forma própria em cada
cultura.
Tais períodos do desenvolvimento humano são
objeto de narrativas culturais que envolvem
aspectos ideológicos.
Do contrário, como poderíamos afirmar, por
exemplo, que a vida adulta representa a
oportunidade de assumir um trabalho remunerado
e de constituir família, se em um grupo social há
crianças que trabalham e adolescentes que têmcrianças que trabalham e adolescentes que têm
filhos?
Nas diversas culturas as crianças são vistas de
diferentes formas.
A presença de aspectos políticos nas explicações
sobre o desenvolvimento humano pode ser notada
quando se analisam as orientações, apresentadas
em diferentes épocas históricas, sobre as formas
consideradas melhores para cuidar de crianças e
educá-las.educá-las.
Apesar das teorias psicológicas serem
extremamente úteis para explicar o
desenvolvimento humano, elas não dão conta de
orientar diretamente questões pedagógicas em
creches e pré-escolas.
Valores sociais,
preocupações
pragmáticas,
intuições extraídas
da experiência
cotidiana são
elementos que
colaboram para
delinear os objetivos,
atividades eatividades e
estratégias de ensino
adequados aos níveis
de desenvolvimento
das crianças
atendidas e às
exigências sociais
que se apresentam
para elas.
O educador...O educador...
Deve conhecer teorias sobre como cada
criança reage e modifica sua forma de sentir,
pensar, falar e construir coisas e também o
potencial de aprendizagem presente em cada
atividade realizada na instituição de
educação infantil.educação infantil.
Deve também refletir sobre o valor dessa
experiência enquanto recurso necessário
para o domínio de competências
consideradas básicas para todas as crianças
terem sucesso em sua inserção em uma
sociedade concreta.
O
desenvolvimento
humano é um
processo de
construção
Historicamente, diferentes concepções acerca do
desenvolvimento humano têm sido traçadas na
psicologia. Elas buscam responder como cada um
chegou a ser aquilo que é e mostrar quais os
caminhos abertos para mudanças nessas maneiras
de ser, quais possibilidades de cada indivíduo para
aprender.
A concepção do biologismo ou inatismo ainda hojeA concepção do biologismo ou inatismo ainda hoje
é particularmente forte na educação infantil,
subsidiando concepções de que a educação da
infância envolveria apenas regar as pequenas
sementes para que estas desabrochem suas
aptidões.
Outras correntes dizem que o ambiente é o
principal elemento de determinação do
desenvolvimento humano.
Na educação infantil essa teoria promoveu a
criação de muitos programas de intervenção sobre
o cotidiano e a aprendizagem da criança, em idades
cada vez mais precoces. Todavia, essa visão
minimiza a iniciativa do próprio sujeito e também o
fato de as reações dos diversos sujeitos submetidos
à pressões de um mesmo meio social não serem
semelhantes.semelhantes.
Foi então que surgiu a teoria do interacionismo,
segundo ela o desenvolvimento humano não
decorre da ação isolada de fatores genéticos que
buscam condições para o seu amadurecimento nem
de fatores ambientais que agem sobre o organismo,
controlando seu comportamento.
Decorre, antes, das trocas
recíprocas que se estabelecem
durante toda a vida entre
indivíduo e meio, cada aspecto
influindo sobre o outro.
Dessa perspectiva, ao mesmo tempo em que a
criança modifica seu meio, é modificada por ele.criança modifica seu meio, é modificada por ele.
Em outras palavras, ao construir seu meio,
atribuindo-lhe a cada momento significado, a
criança é por ele constituída; adota formas
culturais de ação que transformam sua maneira de
expressar-se, pensar, agir e sentir.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Concepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaConcepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da história
Lílian Reis
 
Diretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionaisDiretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionais
marcaocampos
 
Saberes e práticas na ed. infantil
Saberes e práticas na ed. infantilSaberes e práticas na ed. infantil
Saberes e práticas na ed. infantil
VIROUCLIPTAQ
 
Planejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantilPlanejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantil
Paula Spadoni
 
Planejamento e ação docente 2
Planejamento e ação docente 2Planejamento e ação docente 2
Planejamento e ação docente 2
Joao Balbi
 

Mais procurados (20)

Diretrizes curriculares para a educação infantil
Diretrizes curriculares para a educação infantilDiretrizes curriculares para a educação infantil
Diretrizes curriculares para a educação infantil
 
Fundamentos e metodologia da educação infantil
Fundamentos e metodologia da educação infantilFundamentos e metodologia da educação infantil
Fundamentos e metodologia da educação infantil
 
Pedagogia hospitalar: um espaço de atuação do pedagogo
Pedagogia hospitalar: um espaço de atuação do pedagogoPedagogia hospitalar: um espaço de atuação do pedagogo
Pedagogia hospitalar: um espaço de atuação do pedagogo
 
Concepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da históriaConcepção de infância ao longo da história
Concepção de infância ao longo da história
 
Organização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógicoOrganização do trabalho pedagógico
Organização do trabalho pedagógico
 
Diretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionaisDiretrizes curriculares nacionais
Diretrizes curriculares nacionais
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação Brasileira
 
inclusão escolar
inclusão escolarinclusão escolar
inclusão escolar
 
Paulo freire
Paulo freire Paulo freire
Paulo freire
 
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCCPlanejamento pedagógico alinhado à BNCC
Planejamento pedagógico alinhado à BNCC
 
Saberes e práticas na ed. infantil
Saberes e práticas na ed. infantilSaberes e práticas na ed. infantil
Saberes e práticas na ed. infantil
 
A infância ao longo do tempo
A infância ao longo do tempoA infância ao longo do tempo
A infância ao longo do tempo
 
A atuação do pedagogo em espaços não escolares
A atuação do pedagogo em espaços não escolaresA atuação do pedagogo em espaços não escolares
A atuação do pedagogo em espaços não escolares
 
Planejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantilPlanejamento na educação infantil
Planejamento na educação infantil
 
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
7. Papel político pedagógico do gestor educacional - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
 
A Escola Nova
A Escola Nova A Escola Nova
A Escola Nova
 
Planejamento e ação docente 2
Planejamento e ação docente 2Planejamento e ação docente 2
Planejamento e ação docente 2
 
Educação de Jovens e Adultos - Profª Dra Jaqueline Ventura
Educação de Jovens e Adultos - Profª Dra Jaqueline VenturaEducação de Jovens e Adultos - Profª Dra Jaqueline Ventura
Educação de Jovens e Adultos - Profª Dra Jaqueline Ventura
 
O que é gestão escolar césar tavares
O que é gestão  escolar césar tavaresO que é gestão  escolar césar tavares
O que é gestão escolar césar tavares
 
A INCLUSÃO ESCOLAR
A  INCLUSÃO ESCOLAR A  INCLUSÃO ESCOLAR
A INCLUSÃO ESCOLAR
 

Semelhante a Histórico Ed Infantil

2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos
2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos
2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos
PoLiciana Alves de Paula
 
Concepção de infancia
Concepção de infanciaConcepção de infancia
Concepção de infancia
Fatinha Bretas
 
Asespecificidadesdaacaopedagogica
AsespecificidadesdaacaopedagogicaAsespecificidadesdaacaopedagogica
Asespecificidadesdaacaopedagogica
Geuza Livramento
 
Tic na educação infantil
Tic na educação infantilTic na educação infantil
Tic na educação infantil
eliasdemoch
 
Eduação e Diversidade Cultural: Educação infantil
Eduação e Diversidade Cultural: Educação infantilEduação e Diversidade Cultural: Educação infantil
Eduação e Diversidade Cultural: Educação infantil
Mary Konopka
 
Protagonismo Infantil na História Brasileira
Protagonismo Infantil na História BrasileiraProtagonismo Infantil na História Brasileira
Protagonismo Infantil na História Brasileira
Imprensa-semec
 
Asespecificidadesdaacaopedagogica ppp
Asespecificidadesdaacaopedagogica pppAsespecificidadesdaacaopedagogica ppp
Asespecificidadesdaacaopedagogica ppp
Marcia Gomes
 

Semelhante a Histórico Ed Infantil (20)

Livro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação InfantilLivro Fundamentos da Educação Infantil
Livro Fundamentos da Educação Infantil
 
Monografia Cleane Pedagogia 2011
Monografia Cleane Pedagogia 2011Monografia Cleane Pedagogia 2011
Monografia Cleane Pedagogia 2011
 
Monografia Rozineide Pedagogia 2009
Monografia Rozineide Pedagogia 2009Monografia Rozineide Pedagogia 2009
Monografia Rozineide Pedagogia 2009
 
Gestao de educacao_infantil_3
Gestao de educacao_infantil_3Gestao de educacao_infantil_3
Gestao de educacao_infantil_3
 
2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos
2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos
2° parte a educação infantil sofreu grandes transformações nos últimos tempos
 
Projeto pdf
Projeto pdfProjeto pdf
Projeto pdf
 
Projeto pdf
Projeto pdfProjeto pdf
Projeto pdf
 
Historia da criança no brasil
Historia da criança no brasilHistoria da criança no brasil
Historia da criança no brasil
 
Concepção de infancia
Concepção de infanciaConcepção de infancia
Concepção de infancia
 
Fundamentos da educacao_infantil.ucb_
Fundamentos da educacao_infantil.ucb_Fundamentos da educacao_infantil.ucb_
Fundamentos da educacao_infantil.ucb_
 
A criança e o brincar
A criança e o brincarA criança e o brincar
A criança e o brincar
 
Asespecificidadesdaacaopedagogica
AsespecificidadesdaacaopedagogicaAsespecificidadesdaacaopedagogica
Asespecificidadesdaacaopedagogica
 
Tic na educação infantil
Tic na educação infantilTic na educação infantil
Tic na educação infantil
 
AULA 1 - CONTRUCAO DA INFANCIA NL.pptx
AULA 1 - CONTRUCAO DA INFANCIA NL.pptxAULA 1 - CONTRUCAO DA INFANCIA NL.pptx
AULA 1 - CONTRUCAO DA INFANCIA NL.pptx
 
serviço social na educação infantil
serviço social na educação infantilserviço social na educação infantil
serviço social na educação infantil
 
Eduação e Diversidade Cultural: Educação infantil
Eduação e Diversidade Cultural: Educação infantilEduação e Diversidade Cultural: Educação infantil
Eduação e Diversidade Cultural: Educação infantil
 
Aula-1-problemas-e-dificuldades.pptx
Aula-1-problemas-e-dificuldades.pptxAula-1-problemas-e-dificuldades.pptx
Aula-1-problemas-e-dificuldades.pptx
 
4º encontro pnaic vânia 2015
4º encontro pnaic  vânia 20154º encontro pnaic  vânia 2015
4º encontro pnaic vânia 2015
 
Protagonismo Infantil na História Brasileira
Protagonismo Infantil na História BrasileiraProtagonismo Infantil na História Brasileira
Protagonismo Infantil na História Brasileira
 
Asespecificidadesdaacaopedagogica ppp
Asespecificidadesdaacaopedagogica pppAsespecificidadesdaacaopedagogica ppp
Asespecificidadesdaacaopedagogica ppp
 

Mais de Maria Bárbara Floriano

Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Maria Bárbara Floriano
 
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeA brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
Maria Bárbara Floriano
 
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoDesenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Maria Bárbara Floriano
 
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Maria Bárbara Floriano
 
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Pesquisa em educação  conferência com nóvoa Pesquisa em educação  conferência com nóvoa
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Maria Bárbara Floriano
 

Mais de Maria Bárbara Floriano (18)

Alfabetário
AlfabetárioAlfabetário
Alfabetário
 
Livro ancestralidade
Livro ancestralidadeLivro ancestralidade
Livro ancestralidade
 
Projeto índios
Projeto índiosProjeto índios
Projeto índios
 
Livrinho animais
Livrinho animaisLivrinho animais
Livrinho animais
 
Livro camilão, o comilão
Livro camilão, o comilãoLivro camilão, o comilão
Livro camilão, o comilão
 
Espaço Griô- Histórias e Identidades
Espaço Griô- Histórias e IdentidadesEspaço Griô- Histórias e Identidades
Espaço Griô- Histórias e Identidades
 
Ministério com crianças e a Infância
Ministério com crianças e a InfânciaMinistério com crianças e a Infância
Ministério com crianças e a Infância
 
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]Constituir se professor [modo de compatibilidade]
Constituir se professor [modo de compatibilidade]
 
Artigo constituir se professor
Artigo constituir se professorArtigo constituir se professor
Artigo constituir se professor
 
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividadeA brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da criatividade
 
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cogniçãoDesenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
Desenvolvimento da motricidade, da linguagem e da cognição
 
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
Conhecendo um pouco sobre Deficiências Intelectuais
 
Políticas Sociais Ed Especial
 Políticas Sociais Ed Especial Políticas Sociais Ed Especial
Políticas Sociais Ed Especial
 
Bullying
 Bullying Bullying
Bullying
 
Aula1 ser humano e animal
Aula1 ser humano e animalAula1 ser humano e animal
Aula1 ser humano e animal
 
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
Pesquisa em educação  conferência com nóvoa Pesquisa em educação  conferência com nóvoa
Pesquisa em educação conferência com nóvoa
 
Avaliação da aprendizagem escolar
Avaliação da aprendizagem escolarAvaliação da aprendizagem escolar
Avaliação da aprendizagem escolar
 
Guia teórico do alfabetizador
Guia teórico do alfabetizadorGuia teórico do alfabetizador
Guia teórico do alfabetizador
 

Último

421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
rosenilrucks
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
azulassessoria9
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
WagnerCamposCEA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 

Último (20)

Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 

Histórico Ed Infantil

  • 1. Os primeiros passos da educaçãoOs primeiros passos da educação infantil no Brasilinfantil no Brasil A história da educação infantil em nosso país tem, de certa forma, acompanhado a história dessa área no mundo, havendo, é claro, características que lhe são próprias.Até meados do séc XIX, o atendimento de crianças pequenas longe da mãe em instituiçõescrianças pequenas longe da mãe em instituições como creches e parques infantis praticamente não existia no Brasil. No meio rural, onde residia a maior parte da população do país na época, famílias de fazendeiros assumiam o cuidado das inúmeras crianças órfãs ou abandonadas, geralmente frutos da exploração sexual da mulher negra e índia pelo senhor branco.
  • 2. Já na zona urbana, bebês abandonados pelas mães, por vezes filhos ilegítimos de moças pertencentes a famílias com prestígio social, eram recolhidos nas “rodas de expostos” existentes em algumas cidades desde o início do séc XVIII.
  • 3. Essa situação se modifica a partir da segunda metade do séc XIX, abolição da escravatura, com o êxodo rural, surgindo condições para certo desenvolvimento cultural e tecnológico e para a proclamação da República como forma de governo. Após a proclamação da república houveram iniciativas isoladas de proteção à infância, muitas delas orientadas ao combate à mortalidade infantil, com a criação de entidades de amparo. Após a abolição da escravatura criam-se as creches, asilos, internatos para cuidar das crianças pobres, principalmente os filhos dos escravos libertos. “A arte de varrer o problema para baixo do tapete.”
  • 4. O “jardim da infância” veio para o Brasil com influencia do Movimento da Escolas Novas, surgido na Europa, e foi recebido com entusiasmo por alguns setores sociais. Porém, a ideia de “jardim da infância” gerou muitos debates entre os políticos da época. Muitos a criticavam por identificá-la com as salas de asilo francesas, entendidas como mera guarda dasfrancesas, entendidas como mera guarda das crianças. Outros a defendiam por acreditarem que trariam vantagens para o desenvolvimento infantil, sob a influência dos escolanovistas. O cerne da polêmica era a argumentação de que, se os jardins de infância tinham objetivos de caridade e destinavam-se aos mais pobres, não deveriam ser mantidos pelo poder público.
  • 5. Enquanto a questão era debatida, eram criados em São Paulo e no Rio de Janeiro, os primeiros jardins de infância sob cuidados de entidades privadas e, alguns anos depois, ao primeiros jardins de infância públicos, que dirigiam seu atendimento para as crianças dos estratos sociais mais afortunados. Em 1885 os jardins de infância ainda eram comparados ora com as salas de asilo francesa ecomparados ora com as salas de asilo francesa e ora entendidos como início de escolaridade precoce. Eram considerados prejudiciais à unidade familiar por tirarem desde cedo a criança de seu ambiente doméstico, sendo admitidos apenas no caso de proteção aos filhos de mães trabalhadoras.
  • 6. A construção social da criançaA construção social da criança Uma compreensão de pontos básicos sobre como cada pessoa se desenvolve em sua cultura pode apoiar a promoção de experiências pedagógicas de qualidade na educação infantil. No decorrer da história, esses pontos foram sendo sistematizados pelas ciências. Uma análise críticasistematizados pelas ciências. Uma análise crítica deles, no entanto, leva-nos hoje a perceber que, mais do que condição biologicamente determinada, a definição de infância, adolescência, idade adulta ou velhice é uma decisão política feita de forma própria em cada cultura.
  • 7. Tais períodos do desenvolvimento humano são objeto de narrativas culturais que envolvem aspectos ideológicos. Do contrário, como poderíamos afirmar, por exemplo, que a vida adulta representa a oportunidade de assumir um trabalho remunerado e de constituir família, se em um grupo social há crianças que trabalham e adolescentes que têmcrianças que trabalham e adolescentes que têm filhos?
  • 8. Nas diversas culturas as crianças são vistas de diferentes formas. A presença de aspectos políticos nas explicações sobre o desenvolvimento humano pode ser notada quando se analisam as orientações, apresentadas em diferentes épocas históricas, sobre as formas consideradas melhores para cuidar de crianças e educá-las.educá-las. Apesar das teorias psicológicas serem extremamente úteis para explicar o desenvolvimento humano, elas não dão conta de orientar diretamente questões pedagógicas em creches e pré-escolas.
  • 9. Valores sociais, preocupações pragmáticas, intuições extraídas da experiência cotidiana são elementos que colaboram para delinear os objetivos, atividades eatividades e estratégias de ensino adequados aos níveis de desenvolvimento das crianças atendidas e às exigências sociais que se apresentam para elas.
  • 10. O educador...O educador... Deve conhecer teorias sobre como cada criança reage e modifica sua forma de sentir, pensar, falar e construir coisas e também o potencial de aprendizagem presente em cada atividade realizada na instituição de educação infantil.educação infantil. Deve também refletir sobre o valor dessa experiência enquanto recurso necessário para o domínio de competências consideradas básicas para todas as crianças terem sucesso em sua inserção em uma sociedade concreta.
  • 12. Historicamente, diferentes concepções acerca do desenvolvimento humano têm sido traçadas na psicologia. Elas buscam responder como cada um chegou a ser aquilo que é e mostrar quais os caminhos abertos para mudanças nessas maneiras de ser, quais possibilidades de cada indivíduo para aprender. A concepção do biologismo ou inatismo ainda hojeA concepção do biologismo ou inatismo ainda hoje é particularmente forte na educação infantil, subsidiando concepções de que a educação da infância envolveria apenas regar as pequenas sementes para que estas desabrochem suas aptidões. Outras correntes dizem que o ambiente é o principal elemento de determinação do desenvolvimento humano.
  • 13. Na educação infantil essa teoria promoveu a criação de muitos programas de intervenção sobre o cotidiano e a aprendizagem da criança, em idades cada vez mais precoces. Todavia, essa visão minimiza a iniciativa do próprio sujeito e também o fato de as reações dos diversos sujeitos submetidos à pressões de um mesmo meio social não serem semelhantes.semelhantes. Foi então que surgiu a teoria do interacionismo, segundo ela o desenvolvimento humano não decorre da ação isolada de fatores genéticos que buscam condições para o seu amadurecimento nem de fatores ambientais que agem sobre o organismo, controlando seu comportamento.
  • 14. Decorre, antes, das trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a vida entre indivíduo e meio, cada aspecto influindo sobre o outro. Dessa perspectiva, ao mesmo tempo em que a criança modifica seu meio, é modificada por ele.criança modifica seu meio, é modificada por ele. Em outras palavras, ao construir seu meio, atribuindo-lhe a cada momento significado, a criança é por ele constituída; adota formas culturais de ação que transformam sua maneira de expressar-se, pensar, agir e sentir.