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Ligações Químicas




Professora: Fabiana   1º A 2012
Relembrando:

ÁTOMO é composto por:

A) Um núcleo — que é toda a massa do átomo (A) e é constituído
de:
I. Prótons (constituídos de partículas carregadas positivamente)
II. Neutrons (constituídos de partículas eletricamente neutras)
B) Elétrons — que giram em torno do núcleo (eletrosfera) em
órbitas específicas e são constituídos de partículas carregadas
negativamente.
O ÁTOMO NEUTRO

É aquele que possui o número de elétrons orbitando igual ao número de prótons no
núcleo. Assim, o átomo neutro apresenta uma estrutura ESTÁVEL.
O número de prótons no núcleo determina o comportamento de um átomo. Por
exemplo, se você combinar 13 prótons com 14 nêutrons para criar um núcleo e,
então, fizer girar 13 elétrons em torno do núcleo, você obtém um átomo de alumínio.
Se você agrupar milhões de átomos dessa maneira, obterá a substância chamada
alumínio; com ela você pode criar latas, filmes e revestimentos. Todo o alumínio que
você encontra na natureza é chamado alumínio-27. "27" é o número de massa
atômica (a soma do número de nêutrons e prótons no núcleo). Se você pudesse
separar um átomo de alumínio, colocá-lo em uma garrafa e fazê-lo voltar vários
milhões de anos, ele ainda seria um átomo de alumínio. O alumínio-27 é chamado de
átomo estável . Até cerca de 100 anos, pensava-se que todos os átomos eram
estáveis como ele
Mas hoje se sabe que os gases nobres são as únicas substâncias
formadas por átomos isolados, portanto os únicos átomos estáveis
são os átomos que constituem os gases nobres.


Por natureza, todos os sistemas tendem a adquirir a maior
estabilidade possível, é por isso que existem as LIGAÇÕES
QUÍMICAS, que nada mais são do que as ligações entre os átomos
instáveis em busca da estabilidade.
Sabemos que os elétrons giram em torno do núcleo, na
eletrosfera, por meio de órbitas(geralmente ilustradas nos livros
didáticos por linhas imaginárias).Cada órbita da eletrosfera é
denominada CAMADA. ELETRÔNICA, ou NÍVEL.
A representação universal das camadas eletrônicas consiste no
seguinte:
a) São 7 camadas: K L M N O P Q
b) A equação utilizada para descriminar quantos elétrons cada
camada possui é:
X = 2.n2 — Onde: X = número de elétrons
N = número quântico principal que corresponde àquela
determinada camada.
Aplicando a equação teríamos:
K      L      M        N      O      P     Q
2      8      18       32     50     72      98
No entanto cada camada eletrônica suporta um número máximo
de elétrons.
Os 110 elementos químicos conhecidos até agora contém os
seguintes máximos para cada camada:

K     L       M      N      O      P      Q

2     8       18     32     32     18     2


A quantidade de elétrons indica a quantidade de camadas que o
átomo possui.
A CAMADA DE VALÊNCIA

É a camada eletrônica mais externa, ou seja, a última camada da
eletrosfera de um átomo. Em uma ligação química (ou ligação
eletrônica), a camada de valência pode receber ou fornecer
elétrons.

VALÊNCIA

É o número de ligações que um átomo precisa fazer para adquirir
uma configuração estável, como a configuração de um gás nobre.
Com exceção do hélio, os gases nobres (listados na coluna 8ª da
Tabela Periódica) apresentam oito elétrons na camada de valência,
observe:
K   L   M    N    O    P    Q
He   (Z = 2) 2
Ne   (Z = 10)2   8
Ar   (Z = 18)2   8   18   8
Kr   (Z = 36)2   8   18   18   8
Xe   (Z = 54)2   8   18   32   18   8
Rn   (z = 86)2   8   18   32   32   18   8
TEORIA DO OCTETO

Surgiu com a associação entre estabilidade dos gases nobres e o
fato de possuíram 8 elétrons na última camada.
Para atingir uma situação estável, os átomos tendem a buscar uma
estrutura eletrônica cuja camada de valência contenha 8 elétrons
igual ao gás nobre que tenha o número atômico mais próximo.
Os átomos menores em número de elétrons tendem a alcançar o
dueto, ou seja, procuram conseguir dois elétrons na camada de
valência como o hélio: (Z = 2), logo 1s2. É o caso do hidrogênio e
do lítio.
Por ser a última camada, quando dois átomos se encontram a
camada de valência de um toca a camada de valência do outro. A
observação dos átomos já conhecidos, permite estabelecer
algumas regras para a ligação eletrônica:
1º quando um átomo tiver 8 elétrons na camada de valência,
existira uma “estabilidade” e ele não se ligará a outros átomos.
Por isso não se pode formar nenhum composto químico com os
gases nobres hélio (He); neônio (Ne); argônio (Ar); criptônio (Kr);
xenônio (Xe); e randônio (Rn).
2º Quando um átomo possuir menos de 8 elétrons na camada de
valência, ele tende a “associar-se” a outros átomos para
completar ou eliminar a camada incompleta.
3º Com 1, 2 ou 3 elétrons na última camada, o átomo procura
eliminar.
4º Com 5, 6, 7 elétrons na camada de valência, a tendência é
completar.
5º Com 4 elétrons na última camada, tanto faz eliminar ou
completar, dependerá do elemento químico em questão.Existe,
então, uma regra prática para verificar a distribuição eletrônica
de um átomo. No entanto, é importante saber que essa regra tem
muitas exceções.
Levando-se em conta a representação universal das camadas (K L
M N O P Q), distribui-se os elétrons do elemento químico,
levando-se em conta a quantidade máxima de elétrons em cada
camada, até chegar à camada de valência do elemento em
questão.
Tipos de ligações
Quando um átomo forte (com grande eletronegatividade) se
liga a um átomo fraco (com baixa eletronegatividade), há
transferência definitiva de elétron do mais fraco para o mais
forte. Se tirarmos um elétron de um átomo, ele deixa de ser
neutro, pelo desequilíbrio entre seu número de prótons e de
elétrons. Quando um átomo perde elétron, ele fica com mais
prótons do que elétrons, e sua carga passa a ser positiva. Se o
átomo ganhar elétrons, também haverá um desequilíbrio de
cargas e, como ele terá mais elétrons do que prótons, ele será
eletricamente negativo. Um átomo que deixa de ser
eletricamente neutro, se tornando positivo ou negativo, passa
a ser chamado de íon.
Aproximando um átomo altamente eletronegativo de um de
baixa eletronegatividade, ele captura elétrons tornando-se um
íon negativo e tornando o outro um íon positivo. Como cargas
elétricas opostas se atraem, eles ficarão ligados por atração
eletromagnética e o tipo de ligação será chamada de ligação
iônica.
Se aproximarmos dois átomos de forte eletronegatividade, um
não terá força para capturar o elétron do outro
permanentemente. Ele catura o elétron mas o outro consegue
capturá-lo de volta e, além de retomá-lo, captura um elétron
do outro. Esse jogo fica se repetindo fazendo com que o par
de elétrons (um de cada átomo) fique orbitando pelos dois
átomos. É importante perceber que nesse caso não há
formação de íons. Esse tipo de ligação, onde não há
transferência definitiva de elétrons, e sim compartilhamento
do par, é designada ligação covalente.
Ligação metálica
Do ponto de vista químico, os metais se caracterizam por
possuir poucos elétrons na camada exterior do átomo.
Segundo a teoria da ligação metálica, esses elétrons formam
uma "nuvem eletrônica", que ocupa faixas limitadas no interior
do metal, as chamadas zonas de Brillain, e podem passar
facilmente de uma para outra, o que justifica a relativa
liberdade de que desfrutam dentro da rede. O sólido metálico
seria assim formado pelos núcleos dos átomos mergulhados
nessa nuvem eletrônica, que pertence ao conjunto.
Quem é forte e quem é fraco?
Consideraremos fortes os não-metais e fracos os metais.
Localizando na tabela periódica:
Exemplificando
O2 (oxigênio molecular) - não-metal com não metal = Ligação
Covalente
CO2 (dióxido de carbono) - não-metal com não-metal =
Ligação Covalente
H2O (água) - não-metal com não-metal = Ligação Covalente
CH4 (metano) - não-metal com não-metal = Ligação Covalente
Al2O3 (óxido de alumínio) - metal com não-metal = Ligação
Iônica
NaCl (cloreto de sódio) - metal com não-metal = Ligação
Iônica
PbI (iodeto de chumbo) - metal com não-metal = Ligação
Iônica
FeS (sulfeto de ferro) - metal com não-metal = Ligação Iônica
Fontes: http://www.coladaweb.com/quimica/quimica-
geral/ligacao-quimica

http://www.mundovestibular.com.br/articles/507/1/LIGACOE
S-QUIMICAS/Paacutegina1.html

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Trabalho

  • 2. Relembrando: ÁTOMO é composto por: A) Um núcleo — que é toda a massa do átomo (A) e é constituído de: I. Prótons (constituídos de partículas carregadas positivamente) II. Neutrons (constituídos de partículas eletricamente neutras) B) Elétrons — que giram em torno do núcleo (eletrosfera) em órbitas específicas e são constituídos de partículas carregadas negativamente.
  • 3. O ÁTOMO NEUTRO É aquele que possui o número de elétrons orbitando igual ao número de prótons no núcleo. Assim, o átomo neutro apresenta uma estrutura ESTÁVEL. O número de prótons no núcleo determina o comportamento de um átomo. Por exemplo, se você combinar 13 prótons com 14 nêutrons para criar um núcleo e, então, fizer girar 13 elétrons em torno do núcleo, você obtém um átomo de alumínio. Se você agrupar milhões de átomos dessa maneira, obterá a substância chamada alumínio; com ela você pode criar latas, filmes e revestimentos. Todo o alumínio que você encontra na natureza é chamado alumínio-27. "27" é o número de massa atômica (a soma do número de nêutrons e prótons no núcleo). Se você pudesse separar um átomo de alumínio, colocá-lo em uma garrafa e fazê-lo voltar vários milhões de anos, ele ainda seria um átomo de alumínio. O alumínio-27 é chamado de átomo estável . Até cerca de 100 anos, pensava-se que todos os átomos eram estáveis como ele
  • 4. Mas hoje se sabe que os gases nobres são as únicas substâncias formadas por átomos isolados, portanto os únicos átomos estáveis são os átomos que constituem os gases nobres. Por natureza, todos os sistemas tendem a adquirir a maior estabilidade possível, é por isso que existem as LIGAÇÕES QUÍMICAS, que nada mais são do que as ligações entre os átomos instáveis em busca da estabilidade. Sabemos que os elétrons giram em torno do núcleo, na eletrosfera, por meio de órbitas(geralmente ilustradas nos livros didáticos por linhas imaginárias).Cada órbita da eletrosfera é denominada CAMADA. ELETRÔNICA, ou NÍVEL.
  • 5. A representação universal das camadas eletrônicas consiste no seguinte: a) São 7 camadas: K L M N O P Q b) A equação utilizada para descriminar quantos elétrons cada camada possui é: X = 2.n2 — Onde: X = número de elétrons N = número quântico principal que corresponde àquela determinada camada. Aplicando a equação teríamos: K L M N O P Q 2 8 18 32 50 72 98
  • 6. No entanto cada camada eletrônica suporta um número máximo de elétrons. Os 110 elementos químicos conhecidos até agora contém os seguintes máximos para cada camada: K L M N O P Q 2 8 18 32 32 18 2 A quantidade de elétrons indica a quantidade de camadas que o átomo possui.
  • 7. A CAMADA DE VALÊNCIA É a camada eletrônica mais externa, ou seja, a última camada da eletrosfera de um átomo. Em uma ligação química (ou ligação eletrônica), a camada de valência pode receber ou fornecer elétrons. VALÊNCIA É o número de ligações que um átomo precisa fazer para adquirir uma configuração estável, como a configuração de um gás nobre. Com exceção do hélio, os gases nobres (listados na coluna 8ª da Tabela Periódica) apresentam oito elétrons na camada de valência, observe:
  • 8. K L M N O P Q He (Z = 2) 2 Ne (Z = 10)2 8 Ar (Z = 18)2 8 18 8 Kr (Z = 36)2 8 18 18 8 Xe (Z = 54)2 8 18 32 18 8 Rn (z = 86)2 8 18 32 32 18 8
  • 9. TEORIA DO OCTETO Surgiu com a associação entre estabilidade dos gases nobres e o fato de possuíram 8 elétrons na última camada. Para atingir uma situação estável, os átomos tendem a buscar uma estrutura eletrônica cuja camada de valência contenha 8 elétrons igual ao gás nobre que tenha o número atômico mais próximo. Os átomos menores em número de elétrons tendem a alcançar o dueto, ou seja, procuram conseguir dois elétrons na camada de valência como o hélio: (Z = 2), logo 1s2. É o caso do hidrogênio e do lítio. Por ser a última camada, quando dois átomos se encontram a camada de valência de um toca a camada de valência do outro. A observação dos átomos já conhecidos, permite estabelecer algumas regras para a ligação eletrônica:
  • 10. 1º quando um átomo tiver 8 elétrons na camada de valência, existira uma “estabilidade” e ele não se ligará a outros átomos. Por isso não se pode formar nenhum composto químico com os gases nobres hélio (He); neônio (Ne); argônio (Ar); criptônio (Kr); xenônio (Xe); e randônio (Rn). 2º Quando um átomo possuir menos de 8 elétrons na camada de valência, ele tende a “associar-se” a outros átomos para completar ou eliminar a camada incompleta. 3º Com 1, 2 ou 3 elétrons na última camada, o átomo procura eliminar. 4º Com 5, 6, 7 elétrons na camada de valência, a tendência é completar. 5º Com 4 elétrons na última camada, tanto faz eliminar ou completar, dependerá do elemento químico em questão.Existe, então, uma regra prática para verificar a distribuição eletrônica de um átomo. No entanto, é importante saber que essa regra tem muitas exceções.
  • 11. Levando-se em conta a representação universal das camadas (K L M N O P Q), distribui-se os elétrons do elemento químico, levando-se em conta a quantidade máxima de elétrons em cada camada, até chegar à camada de valência do elemento em questão.
  • 13. Quando um átomo forte (com grande eletronegatividade) se liga a um átomo fraco (com baixa eletronegatividade), há transferência definitiva de elétron do mais fraco para o mais forte. Se tirarmos um elétron de um átomo, ele deixa de ser neutro, pelo desequilíbrio entre seu número de prótons e de elétrons. Quando um átomo perde elétron, ele fica com mais prótons do que elétrons, e sua carga passa a ser positiva. Se o átomo ganhar elétrons, também haverá um desequilíbrio de cargas e, como ele terá mais elétrons do que prótons, ele será eletricamente negativo. Um átomo que deixa de ser eletricamente neutro, se tornando positivo ou negativo, passa a ser chamado de íon.
  • 14. Aproximando um átomo altamente eletronegativo de um de baixa eletronegatividade, ele captura elétrons tornando-se um íon negativo e tornando o outro um íon positivo. Como cargas elétricas opostas se atraem, eles ficarão ligados por atração eletromagnética e o tipo de ligação será chamada de ligação iônica.
  • 15.
  • 16. Se aproximarmos dois átomos de forte eletronegatividade, um não terá força para capturar o elétron do outro permanentemente. Ele catura o elétron mas o outro consegue capturá-lo de volta e, além de retomá-lo, captura um elétron do outro. Esse jogo fica se repetindo fazendo com que o par de elétrons (um de cada átomo) fique orbitando pelos dois átomos. É importante perceber que nesse caso não há formação de íons. Esse tipo de ligação, onde não há transferência definitiva de elétrons, e sim compartilhamento do par, é designada ligação covalente.
  • 17.
  • 18. Ligação metálica Do ponto de vista químico, os metais se caracterizam por possuir poucos elétrons na camada exterior do átomo. Segundo a teoria da ligação metálica, esses elétrons formam uma "nuvem eletrônica", que ocupa faixas limitadas no interior do metal, as chamadas zonas de Brillain, e podem passar facilmente de uma para outra, o que justifica a relativa liberdade de que desfrutam dentro da rede. O sólido metálico seria assim formado pelos núcleos dos átomos mergulhados nessa nuvem eletrônica, que pertence ao conjunto.
  • 19. Quem é forte e quem é fraco? Consideraremos fortes os não-metais e fracos os metais. Localizando na tabela periódica:
  • 20. Exemplificando O2 (oxigênio molecular) - não-metal com não metal = Ligação Covalente CO2 (dióxido de carbono) - não-metal com não-metal = Ligação Covalente H2O (água) - não-metal com não-metal = Ligação Covalente CH4 (metano) - não-metal com não-metal = Ligação Covalente Al2O3 (óxido de alumínio) - metal com não-metal = Ligação Iônica NaCl (cloreto de sódio) - metal com não-metal = Ligação Iônica PbI (iodeto de chumbo) - metal com não-metal = Ligação Iônica FeS (sulfeto de ferro) - metal com não-metal = Ligação Iônica
  • 21.