XIV CBE - MESA 3 - Carlos Frederico Menezes - 24 outubro 2012
XIV CBE - Palestra 1 - Marco Aurelio Vasconcellos Freitas - 24 outubro 2012
1. COPPE/UFRJ
Palestra 1 - Perspectivas e
Desafios do Biodiesel no Brasil
XIV CBE - Outubro 2012
Marcos A. V. Freitas
Coordenador Executivo IVIG/COPPE/UFRJ
2. Plano Nacional de Produção e Uso de
COPPE/UFRJ Biodiesel (PNPB): Motivação
Produção e Importação de Combustíveis no Brasil (2004)
3. COPPE/UFRJ Pilares do PNPB
ENERGIA
Biodiesel
Base Tecnológica: Agrícola, Industrial e de Uso do Combustível
Ambiental Social Mercado
4. 6 - Plano Nacional de Produção e Uso de Biodiesel
COPPE/UFRJ
Como deveria ter
ocorrido
Como ficou
5. COPPE/UFRJ Biodiesel: Baixo Impacto na Redução de
Importação de Diesel
Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (1/2012)
6. COPPE/UFRJ
Problema: Alta Capacidade Ociosa de
Produção de Biodiesel
Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
7. COPPE/UFRJ
Biodiesel: Unidades Produtoras Distantes dos
Centros de Consumo
Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
8. Oferta de óleos e gorduras no Brasil:
COPPE/UFRJ
Dependência da Soja
Fonte: ABIOVE - Biodiesel no Brasil - situação atual e perspectivas 8
9. COPPE/UFRJ
Resultado: PNPB Dependente da Oferta de
Óleo de Soja
Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
10. Problema: Soja é Produzida em Função
COPPE/UFRJ
do Farelo
Fonte: Oil World (2010)
11. COPPE/UFRJ
A Cultura da Soja
A demanda por farelos está intrinsecamente relacionada à produção de carnes
13. COPPE/UFRJ
Uso de óleo de soja no Brasil
-A produção de biodiesel
utiliza parte das exportações
- A oferta é garantida pelo
crescimento do processamento
doméstico e do uso de parte das
exportações de óleo
14. COPPE/UFRJ
Soja: Baixo Potencial de Geração de
Empregos e Renda
R$ 180,00
(11/10)
Fonte: IPEA – Biocombustíveis no Brasil: Etanol e Biodiesel (2010)
15. COPPE/UFRJ
Desafios na Expansão da Oferta de
Biodiesel Nacional
• Problemas de não-conformidade (qualidade de processo)
• Dificuldades no enquadramento de normas técnicas
internacionais (matéria prima)
• Falta de estímulos para Exportação (Lei Kandir)
• Falta de competitividade vis a vis diesel mineral -> Alto
custo de matéria prima
• No curto e médio prazo, falta de alternativa à soja
16. COPPE/UFRJ Biodiesel: Problemas de Qualidade
A ANP analisou 6.758 amostras da mistura B5 comercializada em agosto 2012. O teor de
biodiesel fora das especificações representou 20,6% do total de não conformidades
identificadas. Em julho, o teor de biodiesel representou 20,9% do total de não conformidades.
Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
17. Matérias Primas para a Produção de Biodiesel no Brasil
COPPE/UFRJ
Atuais
Futuros?
Macaúba Babaçu Pinhão-Manso
18. COPPE/UFRJ
Dificuldades em Enquadrar Biodiesel Brasileiro
junto à Norma Europeia (EN 14214) (*)
(*) Norma EN 14214 baseada em biodiesel de Colza
Fonte: IBP, 2007
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19. COPPE/UFRJ
Cenário EPE de Expansão da Demanda
por B100
“ O cenário é de que os preços dos insumos graxos sigam, no período decenal, trajetória
crescente, mantendo-se em patamares sempre muito superiores ao do óleo diesel, mesmo
considerando aumento deste... Nessas condições, a projeção da demanda de biodiesel se
refere basicamente à adição obrigatória de 5% no diesel mineral.”
Fonte: EPE – Plano Decenal de Expansão 2020
20. COPPE/UFRJ Matéria Prima: Custo e Oferta
• Dadas as rotas utilizadas comercialmente (éster metílico, via
catálise alcalina), é necessário o uso de matéria prima de alta
qualidade (baixa acidez)
• De acordo com a Agência Internacional de Energia, ele
representa entre 85% e 92% do custo total do biodiesel
• Tecnologias inovadoras permitem a utilização de matéria
prima de baixa qualidade, diminuindo os custos de
produção e aumentando a oferta de insumos
21. COPPE/UFRJ Biodiesel: Custo Pouco Competitivo
Fonte: MME – Boletim dos Combustíveis Renováveis (9/2012)
22. COPPE/UFRJ
Cenário de Preço de Insumos Graxos (US$/t)
Fonte: EPE – Plano Decenal de Expansão de Energia 2019
23. Rota Alternativa de Produção de Biodiesel
COPPE/UFRJ
Catálise ácida é
requerida quando
insumo apresenta
>3% de acidez.
Processo mais
lento (180 min. vs.
60 min.), corrosivo
(H2SO4) e
energo-intensivo
(quebra dos
ácidos-graxos,
destilação)
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24. COPPE/UFRJ
Produção de Biodiesel Enzimático
Tecnologia Tsinghua: nenhuma
Abordagem tradicional
perda de atividade das lipases
mesmo após 200, 300 bateladas
25. COPPE/UFRJ
Vantagens do Biodiesel Enzimático (c/
Tecnologia Tsinghua & Novozymes)
Mais barato do que biodiesel por rota química
Menor consumo de energia
Transforma tanto óleos & gorduras quanto a borra
(ácidos graxos livres) em Biodiesel
i. Realiza tanto a transesterificação quanto a esterificação na mesma
batelada
ii. Processa óleos com altíssimo teor de acidez e umidade
iii. Rota química, por outro lado, demanda catálise ácida (H2SO4) para
matéria-prima com > 3% acidez -> mais
Rota Etílica é Preferível: mais Eficiente
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26. COPPE/UFRJ
Vantagens do Biodiesel Enzimático (c/
Tecnologia Tsinghua & Novozymes)
Utiliza Etanol Hidratado (~90%) e Anidro – Facilita
recuperação de álcool sem unidade de desidratação
Pós-tratamento facilitado: não necessita
neutralização, lavagem
Glicerol com maior teor de pureza: maior valor de
mercado, mais opções de conversão
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27. COPPE/UFRJ Processo Testado com vários Insumos
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28. COPPE/UFRJ BIODIESEL DE ESGOTO
• Aproveitamento da gordura recuperável da escuma de esgoto
mediante um processo de extração na presença de solvente.
• A partir desta matéria graxa obtida (basicamente ácidos
graxos), é possível produzir biodiesel, através do processo de
esterificação, com rendimento reacional superior a 75%.
29. COPPE/UFRJ BIODIESEL DE ESGOTO
Escuma Matéria Biodiesel
Tanque de Escuma Graxa
30. COPPE/UFRJ BIODIESEL DE ESGOTO
Planta Piloto para Produção de Biodiesel de Esgoto – ETE Alegria - CEDAE
31. Oportunidades para Expansão da Demanda
COPPE/UFRJ
Doméstica por Biodiesel
• Novo marco regulatório para o Biodiesel?
• Por ora, não há sinais de aumento da mistura -> problemas com a
qualidade do B100
• Dois grandes projetos na Região Norte (biodiesel de dendê):
I. Petrobrás/Projeto Pará -> atender demanda região Norte
II. VALE/Biopalma -> autoconsumo dos trens e maquinário Carajás (B20)
• Possibilidade de inserção de maior teor de mistura (B20?) para
deslocar diesel utilizado em sistemas isolados -> CCC custou R$ 4
bilhões em 2011
• Frotas cativas e grandes consumidores de diesel podem ter
interesse em colocar B20 (MDL, NAMA)
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32. Oportunidades para Exportação de Biodiesel
COPPE/UFRJ
• Petrobrás/Projeto Belém:
I. Produção e Exportação de óleo de dendê para a GALP (Petroleira
portuguesa).
II. Esta produz “Diesel Verde” para atender demanda do mercado Europeu
• Conflitos políticos entre Argentina (grande exportador de
biodiesel) e Espanha podem tornar este um cliente potencial
do Brasil
• No entanto, cabe frisar que, por considerações ambientais, a
UE deve limitar uso de biocombustíveis de 1a geração.
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