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Highlights

Simpósio
Metástases Cerebrais
Editorial

Metástases cerebrais

Metástases cerebrais ................. 1

Em maio de 2012 ocorreu, em São
Paulo, o 27o Congresso Internacional de Radiologia (ICR 2012) e a 42a
Jornada Paulista de Radiologia (JPR),
eventos realizados pela Sociedade
Internacional de Radiologia (ISR) e
pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR).
O ICR acontece a cada dois anos, em
diferentes locais do mundo, e teve a cidade do Rio de Janeiro como sede em
1977. É o maior congresso da área na
América Latina e conta com cerca de
seis mil congressistas.
Nesse evento, realizou-se um importante simpósio internacional com o
tema “Metástases Cerebrais”, que contou com palestrantes renomados como
Dr. James  Smirniotopoulos, professor
de Radiologia, Neurologia e Informática Biomédica da Uniformed Services University of the Health Sciences
de Washington, Estados Unidos,
Dra. Lara Brandão, neurorradiologista

Metástase cerebral: diagnóstico
pré-tratamento............................2
Teoria da cascata................................... 2
Única ou múltipla................................... 2
Localização variável................................ 3

Metástase cerebral: avaliação
pós-tratamento.........................	 4
Estudos funcionais................................. 4
Perfusão................................................. 4
Permeabilidade...................................... 5

Biossegurança no uso de meios
de contraste em ressonância
magnética ................................. 6

13869 Highlights.indd 1

da Clínica Radiológica Luiz Felippe
Mattoso do Rio de Janeiro, Brasil, e
Dr. Francisco Avendaño, Chefe do Serviço de Imagem da Clínica Bicentenário,
RedSalud CCHC, Santiago, Chile.
Esse simpósio reuniu cerca de 250
congressistas de várias partes do país, e
mais pessoas gostariam de ter participado, se não houvesse restrição de espaço.
Tal concorrido encontro teve como objetivo demonstrar os principais achados
de imagem das metástases intracranianas que auxiliam no diagnóstico e discutir os métodos avançados de imagem
que podem ajudar no diagnóstico diferencial entre metástase em progressão
e radio/quimionecrose. Houve também
uma palestra sobre biossegurança no
uso de meios de contraste.
A seguir, os leitores conferem as
palestras apresentadas durante esse
disputado simpósio.
Boa leitura!
Os editores

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Simpósio Metástases Cerebrais

Metástase cerebral: diagnóstico
pré-tratamento
Teoria da cascata
Dr. James Smirniotopoulos
Professor de Radiologia, Neurologia e Informática
Biomédica na Uniformed Services University of the
Health Sciences, Washington, DC, Estados Unidos

E

m uma palestra muito interessante, Dr. James Smirniotopoulos, professor de Radiologia,
Neurologia e Informática Biomédica
na Uniformed Services University of
the Health Sciences, Washington, Estados Unidos, comentou como a doença
metastática do sistema nervoso central
é comum. “A estimativa nos Estados
Unidos é de onze casos por cem mil
pessoas por ano, mas desconfia-se que
possa ser maior”, expôs o professor. Essa
incidência é quase igual à incidência dos
tumores primários. Cerca de um quarto
dos pacientes com câncer apresenta metástase cerebral, e um terço desses pacientes é assintomático. Além disso, há

um aumento de incidência de metástases cerebrais à medida que os pacientes
sobrevivem às neoplasias primárias por
períodos mais longos.
Os indivíduos com esse tipo de
metástase podem apresentar sintomas
neurológicos devido à presença das
metástases (massa) ou à síndrome paraneoplásica, mas a convulsão é o sintoma mais comum, acometendo cerca
de um terço dos pacientes.

13869 Highlights.indd 2

Única ou múltipla

A teoria da cascata da doença metastática explica por que nem todas as pessoas com câncer exibem metástases.
Segundo Dr. James, um ponto importante a ser lembrado é que o cérebro
não tem vasos linfáticos, portanto as
metástases ocorrem por disseminação
hematogênica.
Se a neoplasia é gastrointestinal,
como em colón, a drenagem sanguínea
do órgão acometido é direcionada para
a veia porta e, portanto, para o fígado.
Dessa forma, as células tumorais embolizam para os vasos e são retidas no
fígado. Logo, o paciente pode apresentar metástases hepáticas de um tumor
gastrointestinal antes que a neoplasia
chegue a qualquer outro local. Ao entrarem na circulação venosa sistêmica,
essas células são filtradas pelo pulmão.
Então, em teoria, e talvez seja verdade
patologicamente, todos os pacientes
com metástase cerebral têm metástase pulmonar. Outra possibilidade, que
ocorre com 20% das pessoas, é a presença de um shunt direita-esquerda
através de um forame oval patente no
coração, que pode desviar a filtragem
pulmonar. Quando as células metastáticas alcançam o cérebro, a maioria segue
para a região da artéria cerebral média,
mas há fatores locais que influenciam o
crescimento em local específico.

A doença metastática cerebral não
tem, necessariamente, múltiplas lesões. Aliás, pode haver uma única
metástase. Quando existia apenas a
tomografia computadorizada (TC),
estimava-se que cerca de 50% dos casos eram de metástase única, e essa
estimativa não se modificou com a
ressonância magnética (RM). A razão
da manutenção desse número é que
a RM pode mostrar uma metástase
única nos pacientes em que a TC não
demonstra lesão, da mesma forma que
a RM demonstra várias metástases em
pacientes em que a TC demonstra
apenas uma lesão.
Dr. Smirniotopoulos afirmou que
isso ocorre em estudos publicados
sobre contraste. “Se as doses de contraste forem dobradas ou triplicadas,
a identificação de lesões metastáticas
será maior em qualquer paciente, mas
também podem ser encontrados mais
pacientes considerados sem doença
metastática com uma única lesão”, disse o professor americano.
Na realidade, a determinação do
número de metástases depende da
meta. Se houver de quatro a sete metástases corticais ou subcorticais, esse
paciente pode ser tratado com radiação estereotáxica ou com ressecção
limitada, porém se houver mais de

06/06/12 14:26
Highlights

sete lesões metastáticas, o processo da

fluxo sanguíneo da região cervical pas-

pequeno e se mover para uma distância maior e chegar a um vaso sanguíneo
menor e mais periférico. “Sessenta por
cento das lesões metastáticas estão na
região da artéria cerebral média”, disse o
palestrante.
Em relação às lesões multifocais e à
disseminação hematogênica, é possível
que alguns tumores primários também
sejam multifocais, como ocorre com
o linfoma do sistema nervoso central.
A maioria dos linfomas do cérebro é
primária, apenas um a cada seis casos
é secundário. Lesões múltiplas também
não denotam metástases, e a doença
metastática não significa que o pacien-

sa pela artéria carótida interna e segue

te apresente lesões múltiplas.

doença é diferente e não depende do
número total de lesões. Portanto, não
há rotina para a administração de doses de contraste em um paciente com
suspeita de doença metastática. Novamente, o importante é estar ciente de
que o aumento de sensibilidade para
detecção de lesões adicionais em um
paciente também pode elevar a sensibilidade para detectar uma única lesão
em um paciente diferente.
Dr. James explicou que a distribuição
da doença metastática, teoricamente, é
feita pelo fluxo sanguíneo. A maioria do

para a artéria cerebral mediana. Cerca
de 85% do fluxo sanguíneo é supraten-

Localização variável

torial e 15%, infratentorial. Dessa forma,

A localização das metástases é variá­
vel. Na verdade, é importante reconhecer que a doença metastática do

o êmbolo, ao subir, pode ficar retido em
um ponto de ramificação ou pode ser

sistema nervoso central nem sempre é no cérebro e que também pode
ocorrer em ossos, dura-máter, espaço
subaracnoide, parênquima cerebral e
plexo coroide. Essas diferentes localizações acarretam imagens e diagnósticos diferenciais distintos. Além disso, a doença metastática pode imitar
outros tumores, como o meningioma.
“Cânceres são pensados como
neo­lasias infiltrativas e invasivas.
p
No cérebro, surpreendentemente, a
doença metastática é bem demarcada. Se a lesão for infiltrativa, há grande possibilidade de ser um tumor primário e não uma metástase”, concluiu
Dr. Smirniotopoulos.

Referência
Levin VA, Leibel SA, Gutin PH. Cancer: principles
& practice of oncology. Philadelphia: LippincottRaven, 1997. p.2022-82.

Dr. James Smirniotopoulos mostra exames de RM com metástases cerebrais de câncer de pulmão.

13869 Highlights.indd 3

06/06/12 14:26
Simpósio Metástases Cerebrais

Metástase cerebral:
avaliação pós-tratamento

tratamento ou se o aumento foi cau-

sível confiar em um único método”3,
afirmou a médica.

sado pela radiação, resultando em di-

Outro método disponível é o coe-

ficuldade na conduta do paciente. Na

ficiente de difusão aparente (CDA).

maioria dos casos em que há aumento

Segundo Dra. Lara, precisar o CDA

do tamanho, a histopatologia é com-

do tecido por imagens de RM é rápi-

patível com inflamação e necrose por

do, fácil, acessível e é uma modalida-

radiação, sem evidência de novo crescimento do tumor2.

de diferente das técnicas de imagem

permite determinar se houve falha no
Dra. Lara Brandão
Clínica Radiológica Luiz Felippe
Mattoso, Rio de Janeiro, Brasil
CRM-RJ 52.56623-7

Dra. Lara Brandão, neurorradiologista da Clínica Radiológica

as alterações no CDA ocorrem antes

Luiz Felippe Mattoso, do Rio
de Janeiro, explicou que a radiocirurgia estereotáxica (RCE), como uma
modalidade única ou em associação
com radioterapia do cérebro total
(RCT), é uma opção de tratamento
estabelecida para pacientes com um

convencionais utilizadas. Além disso,

Estudos funcionais
Para auxiliar na conduta dos pacientes com metástases cerebrais tratados
com RCE, utilizam-se os estudos funcionais, que facilitam o diagnóstico
diferencial entre necrose induzida

das alterações no tamanho da lesão. A
limitação desse método é que não estão determinadas suas especificidade
e sensibilidade, o que pode limitar o
uso clínico desses dados1.

pela radioterapia e metástase. Assim,

Perfusão

são empregados exames de ressonân-

A perfusão é um método útil para a

cia funcional, como espectroscopia,

avaliação de pacientes com metástases

aproximadamente 8 a 12 meses. A efi-

difusão, perfusão e permeabilidade.

cerebrais tratados radiocirurgicamen-

cácia da RCE é bem documentada.

Como não há consenso com relação à

te”4, explanou a neurorradiologista.

Entretanto, após o procedimento

sensibilidade e à especificidade diag-

Um estudo publicado em setembro de

radiocirúrgico, são necessários sema-

nóstica desses métodos funcionais, to-

2011 estabeleceu que a perfusão mos-

nas ou meses antes que a alteração no

dos os métodos devem ser usados em

tra melhor sensibilidade e acurácia na

tamanho do tumor seja clara na resso-

conjunto para se chegar a um diagnós-

diferenciação de recorrência tumoral

nância magnética (RM). Além disso,

tico mais preciso.

da lesão por radiação quando com-

número limitado de metástases cerebrais. A RCE pode aumentar a sobrevida média de três a seis meses para

alguns tumores podem não diminuir,

A espectroscopia de prótons pode

parada com a espectroscopia3. “Nos

e outros podem até aumentar após o

dar resultados conflitantes, já que au-

pacientes com metástases cerebrais es-

tratamento, porém esse aumento pode

mento da colina, tão característico de

peramos alta perfusão e baixo percen-

não estar relacionado à progressão do

lesão tumoral, pode ser visto também

tual de recuperação de sinal da curva

tumor, mas à necrose central induzida

na radionecrose devido a morte celu-

de perfusão devido à ausência de bar-

pela radiação . Cerca de um terço das

lar e astrogliose. Portanto, os resulta-

reira hematoencefálica, enquanto na

lesões apresenta aumento no tamanho

dos da espectroscopia não devem ser

radionecrose a perfusão é baixa e o

após a RCE, e a RM convencional não

analisados isoladamente. Não é pos-

percentual de recuperação de sinal da

1

13869 Highlights.indd 4

06/06/12 14:26
Highlights

está próxima ao osso, ou na fossa pos-

em que a lesão está junto ao leito cirúrgico e há grande susceptibilidade
magnética, a permeabilidade tem desempenho melhor do que a perfusão
para esclarecimento diagnóstico.
Em conclusão, Dra. Lara afirmou
que “em casos de metástases cerebrais,
que são lesões potencialmente fatais,
o melhor é realizar todos os exames
de RM: espectroscopia, imagens ponderadas em difusão e CDA, mapas e
curvas, tanto de perfusão quanto de
permeabilidade, para um diagnóstico

terior, ou com muitos efeitos de susce-

mais preciso”.

curva de perfusão é melhor do que na
metástase”5, esclareceu a palestrante.
Dra. Lara falou, também, sobre
qual sequência de perfusão seria mais
adequada, gradiente eco ou spin eco.
Em geral, o gradiente eco é melhor,
entretanto, em alguns casos, o spin eco
denota melhor desempenho. O gradiente eco é mais sensível aos grandes
vasos sanguíneos que caracterizam
neoplasias malignas e agressivas. “Entretanto, em situações em que a lesão

tibilidade relacionados à presença de
sangue e cálcio, o estudo de perfusão
com spin eco exibe melhor desempenho do que o estudo com gradiente
eco”, disse a médica.

Referências
1.	 Huang CF,  Chou HH,  Tu HT,  Yang MS,  Lee
JK,  Lin LY. Diffusion magnetic resonance
imaging as an evaluation of the response
of brain metastases treated by stereotactic
radiosurgery. Surg Neurol. 2008 Jan;69(1):62-8.

2.	 Patel TR, McHugh BJ, Bi WL, Minja FJ, Knisely
JP,  Chiang VL. A comprehensive review of
MR imaging changes following radiosurgery
to 500 brain metastases. AJNR Am J
Neuroradiol. 2011 Nov-Dec;32(10):1885-92.
3.	 Huang J,  Wang AM,  Shetty A,  Maitz AH,  Yan
D,  Doyle D,  et al. Differentiation between
intra-axial metastatic tumor progression
and radiation injury following fractionated
radiation therapy or stereotactic radiosurgery
using MR spectroscopy, perfusion MR imaging
or volume progression modeling. Magn Reson
Imaging. 2011 Sep;29(7):993-1001.
4.	
Hoefnagels FW,  Lagerwaard FJ,  Sanchez
E,  Haasbeek CJ,  Knol DL,  Slotman
BJ,  Vandertop WP. Radiological progression
of cerebral metastases after radiosurgery:
assessment of perfusion MRI for differentiating
between necrosis and recurrence. J
Neurol. 2009 Jun;256(6):878-87.
5.	Barajas RF,  Chang JS,  Sneed PK,  Segal
MR,  McDermott MW,  Cha S. Distinguishing
recurrent intra-axial metastatic tumor from
radiation necrosis following gamma knife
radiosurgery using dynamic susceptibilityweighted contrast-enhanced perfusion MR
imaging. AJNR Am J Neuroradiol. 2009
Feb;30(2):367-72.

Permeabilidade
Pode-se, ainda, realizar outro estudo funcional, a permeabilidade capilar. Em lesões metastáticas, em que a
BHE está ausente, o contraste atinge
rapidamente a lesão de modo que a
permeabilidade mostra-se alta. Já em
pacientes com necrose induzida pela
radioterapia, a permeabilidade capilar é baixa e a curva de permeabilidade mostra ascensão lenta e gradual.
De acordo com a neurorradiologista,
“para termos certeza de que a permeabilidade capilar da lesão está aumentada, é necessário comparar a curva da
permeabilidade da lesão com a curva
do parênquima normal, que não tem
permeabilidade e apresenta valores
próximos à linha de base”. Nos casos

13869 Highlights.indd 5

Dra. Lara Brandão demonstra diferentes estudos de permeabilidade.

06/06/12 14:26
Simpósio Metástases Cerebrais

Biossegurança no uso de meios de
contraste em ressonância magnética

Dr. Francisco Avendaño
Chefe do Serviço de Imagem da Clínica
Bicentenário, RedSalud CCHC, Santiago, Chile.

H

oje, há um grande aumento no número dos exames
por ressonância magnética
(RM). “De acordo com a Sociedade
Espanhola de Radiologia Médica (Seram), atualmente são realizados cerca
de 20 milhões de exames por ano na
Espanha e a cada ano esse número aumenta em 20%, além disso, um incremento semelhante ocorre na América
Latina”, afirmou Dr. Francisco Avendaño, chefe do Serviço de Imagem da
Clínica Bicentenário, RedSalud CCHC,
de Santiago no Chile.
Com o objetivo de melhorar o
desempenho da RM, emprega-se
uma ferramenta muito importante, o
agente de contraste. Quando se realiza a RM cerebral, as lesões intra- ou
extra-axiais (metástase ou meningioma) podem parecer isointensas antes
da administração do contraste; apenas nesse caso, as lesões podem ser
reconhecidas, contudo é melhor avaliar as margens e a invasão das estruturas adjacentes. “Esse agente pode
reduzir o limiar de detecção e melhorar a visualização para uma avaliação

13869 Highlights.indd 6

completa da anatomia e das funções
de órgãos e sistemas”, explicou o médico chileno.
Os agentes de contraste para RM
contendo gadolínio foram concebidos para atuar indiretamente sobre
o ambiente magnético local, alterando os tempos de relaxamento T1 e
T2. Gadolínio é um mineral raro com
efeito paramagnético que encurta os
tempos de relaxamento de prótons
em T1 e T2, com predominância do
encurtamento de T1 com o contraste
na concentração habitual de 100 micromol/kg. Em comparação com os
agentes à base de iodo utilizados na
tomografia computadorizada, o realce das lesões com gadolínio é equivalente ou levemente maior.
O contraste é administrado via intravenosa, rapidamente se distribui no
fluido extracelular e é excretado por
filtração glomerular. As reações adversas são raras quando esse tipo de
medicamento é aplicado, porém o extravasamento do contraste pode causar necrose e úlcera na pele. A dose é
calculada pelo peso do paciente, mas
usualmente aplica-se uma seringa
preenchida com 10 mL.
“Ao aplicar o contraste, alguns aspectos do paciente devem ser levados em consideração como histórico
de alergias e hipersensibilidade, arritmias, asma ou problemas respira-

tórios, insuficiência renal crônica,
anemia e hemoglobinopatias”, alertou
Dr. Avendaño. Abaixo constam outros
riscos que devem ser considerados:
•	 carcinogenicidade e mutagenicidade;
•	 prejuízo à fertilidade (a gadoversetamida não é prejudicial nesse aspecto);
•	 gravidez e lactação;
•	 a insuficiência renal moderada a
grave pode aumentar o risco de fibrose sistêmica nefrogênica e dermatopatia fibrosante nefrogênica;
•	 risco de contaminação (é importante o descarte adequado das seringas após o uso).
Segundo Dr. Avendaño, na Clínica Bicentenário são utilizadas
seringas preenchidas de contraste
para evitar contaminação por vírus
como os da imunodeficiência humana (HIV), da hepatite B (HBV)
ou C (HCV). O uso de seringas preenchidas de uso único reduziria ou
até eliminaria o risco de contaminação cruzada entre os pacientes; esse
risco está comprovado com uso de
frascos multidose1.

Referência
1.	Krause G,  Trepka MJ,  Whisenhunt RS,  Katz
D,  Nainan O,  Wiersma ST,  et al. Nosocomial
transmission of hepatitis C virus associated with
the use of multidose saline vials. Infect Control
Hosp Epidemiol. 2003 Feb;24(2):122-7.

06/06/12 14:26
OptiMARK® Gadoversetamida USO INTRAVENOSO SOMENTE / USO ADULTO INDICAÇÕES: ressonância magnética por imagem em
pacientes com barreira hematoencefálica anormal ou vascularização anormal do cérebro, coluna vertebral, tecidos associados, CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com reações alérgicas ou de hipersensibilidade conhecidas ao gadolínio, à versetamida ou a qualquer componente da
fórmula. ADVERTÊNCIAS: Os agentes de contraste à base de gadolínio aumentam o risco para fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) em pacientes
com: • insuficiência renal aguda ou crônica severa (taxa de filtração glomerular <30 mL/min/1.73m2) ou • insuficiência renal aguda de qualquer
severidade decorrente da síndrome hepatorenal ou no período perioperatório de transplante hepático. Nestes pacientes, evite o uso de agentes de
contraste à base de gadolínio. Ao administrar um agente de contraste à base de gadolínio, não exceda a dose recomendada e permita que haja um
período suficiente de tempo para a eliminação do agente pelo organismo antes de qualquer nova administração OptiMARK® não foi estudado em
pacientes com anemia falciforme e outras hemoglobinopatias. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: As interações com outros agentes de contraste
e outros fármacos não foram estudadas. REAÇÕES ADVERSAS: Reação alérgica, edema face, febre, síndrome semelhante a gripe, mal-estar,
descarga da membrana mucosa, rigidez cervical, dor cervical, aumento da transpiração. Arritmia, dor no peito, hipertensão, hipotensão, palidez,
palpitação, síncope, taquicardia, vasoespasmo. Digestivas: anorexia, aumento do apetite, constipação, secura na boca, disfagia, eructação, flatulência,
aumento da salivação, sede, vômito. Trombocitopenia. Elevação da creatinina, edema, hipercalcemia, hiperglicemia, hipoglicemia, hiponatremia. Artralgia, câimbras na perna, mialgia, miastenia, espasmo. Agitação, ansiedade, confusão, despersonalização, diplopia, distonia, alucinações, hipertonia,
hipoestesia, Nervosismo, sonolência, tremores, vertigens. Asma, tosse, dispnéia, epistaxe, hemoptise, laringismo, faringite, sinusite, alteração na voz.
Reação no local da aplicação, edema no local da aplicação, eritema multiforme, prurido, erupção macular-papular e Vesículo-bolhosa, secura na pele,
tromboflebite, inflamação no local da aplicação, urticária. Ambliopia, conjuntivite, hiperacusia, parosmia, zumbido. Disúria, oligúria, freqüência
urinária. Relatos de vigilância pós-mercado identificaram casos de convulsão. POSOLOGIA E MODO DE USAR: OptiMARK® deve ser administrado
sob a forma de injeção intravenosa na dose de 0,2ml/kg (0,1mmol/kg) e na velocidade de 1-2ml/segundo aplicada manualmente ou por meio de
bomba de contraste. Pode ser armazenado em temperatura de 37ºC por até um mês em um aquecedor de meios de contraste com ar circulante. Caso
o produto não seja utilizado após a permanência de um mês no aquecedor de contraste o mesmo deve ser destruído. Para períodos maiores do que
um mês, armazenar em temperatura de 20ºC a 25ºC. CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO: Manuseio do fármaco Todos os produtos de uso parenteral
devem ser inspecionados visualmente antes da administração. A solução não deve ser utilizada se apresentar descoloração ou partículas. Medicamentos ou produtos para nutrição parenteral não devem ser misturados com agentes de contraste e não devem ser administrados na mesma linha intravenosa devido ao potencial para incompatibilidade química. O uso deste produto em angiografia por ressonância magnética não foi avaliado. Reg. MS
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Referências: 1. Rohrer, M et al. Investigative Radiology, Volume 40, Number 11, November 2005; 2. Omniscan™ (bula). Princeton, NJ: GE Healthcare AS; Junho 2007. 3. ProHance® (bula). Princeton, NJ: Bracco
Diagnostics Inc.; maio 2007. 4. Magnevist® (bula). Wayne, NJ: Bayer HealthCare Pharmaceuticals, Inc.; junho 2007. 5. MultiHance® (bula). Princeton, NJ: Bracco Diagnostics Inc.; maio 2007.

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  • 1. Highlights Simpósio Metástases Cerebrais Editorial Metástases cerebrais Metástases cerebrais ................. 1 Em maio de 2012 ocorreu, em São Paulo, o 27o Congresso Internacional de Radiologia (ICR 2012) e a 42a Jornada Paulista de Radiologia (JPR), eventos realizados pela Sociedade Internacional de Radiologia (ISR) e pela Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (SPR). O ICR acontece a cada dois anos, em diferentes locais do mundo, e teve a cidade do Rio de Janeiro como sede em 1977. É o maior congresso da área na América Latina e conta com cerca de seis mil congressistas. Nesse evento, realizou-se um importante simpósio internacional com o tema “Metástases Cerebrais”, que contou com palestrantes renomados como Dr. James  Smirniotopoulos, professor de Radiologia, Neurologia e Informática Biomédica da Uniformed Services University of the Health Sciences de Washington, Estados Unidos, Dra. Lara Brandão, neurorradiologista Metástase cerebral: diagnóstico pré-tratamento............................2 Teoria da cascata................................... 2 Única ou múltipla................................... 2 Localização variável................................ 3 Metástase cerebral: avaliação pós-tratamento......................... 4 Estudos funcionais................................. 4 Perfusão................................................. 4 Permeabilidade...................................... 5 Biossegurança no uso de meios de contraste em ressonância magnética ................................. 6 13869 Highlights.indd 1 da Clínica Radiológica Luiz Felippe Mattoso do Rio de Janeiro, Brasil, e Dr. Francisco Avendaño, Chefe do Serviço de Imagem da Clínica Bicentenário, RedSalud CCHC, Santiago, Chile. Esse simpósio reuniu cerca de 250 congressistas de várias partes do país, e mais pessoas gostariam de ter participado, se não houvesse restrição de espaço. Tal concorrido encontro teve como objetivo demonstrar os principais achados de imagem das metástases intracranianas que auxiliam no diagnóstico e discutir os métodos avançados de imagem que podem ajudar no diagnóstico diferencial entre metástase em progressão e radio/quimionecrose. Houve também uma palestra sobre biossegurança no uso de meios de contraste. A seguir, os leitores conferem as palestras apresentadas durante esse disputado simpósio. Boa leitura! Os editores 06/06/12 14:26
  • 2. Simpósio Metástases Cerebrais Metástase cerebral: diagnóstico pré-tratamento Teoria da cascata Dr. James Smirniotopoulos Professor de Radiologia, Neurologia e Informática Biomédica na Uniformed Services University of the Health Sciences, Washington, DC, Estados Unidos E m uma palestra muito interessante, Dr. James Smirniotopoulos, professor de Radiologia, Neurologia e Informática Biomédica na Uniformed Services University of the Health Sciences, Washington, Estados Unidos, comentou como a doença metastática do sistema nervoso central é comum. “A estimativa nos Estados Unidos é de onze casos por cem mil pessoas por ano, mas desconfia-se que possa ser maior”, expôs o professor. Essa incidência é quase igual à incidência dos tumores primários. Cerca de um quarto dos pacientes com câncer apresenta metástase cerebral, e um terço desses pacientes é assintomático. Além disso, há um aumento de incidência de metástases cerebrais à medida que os pacientes sobrevivem às neoplasias primárias por períodos mais longos. Os indivíduos com esse tipo de metástase podem apresentar sintomas neurológicos devido à presença das metástases (massa) ou à síndrome paraneoplásica, mas a convulsão é o sintoma mais comum, acometendo cerca de um terço dos pacientes. 13869 Highlights.indd 2 Única ou múltipla A teoria da cascata da doença metastática explica por que nem todas as pessoas com câncer exibem metástases. Segundo Dr. James, um ponto importante a ser lembrado é que o cérebro não tem vasos linfáticos, portanto as metástases ocorrem por disseminação hematogênica. Se a neoplasia é gastrointestinal, como em colón, a drenagem sanguínea do órgão acometido é direcionada para a veia porta e, portanto, para o fígado. Dessa forma, as células tumorais embolizam para os vasos e são retidas no fígado. Logo, o paciente pode apresentar metástases hepáticas de um tumor gastrointestinal antes que a neoplasia chegue a qualquer outro local. Ao entrarem na circulação venosa sistêmica, essas células são filtradas pelo pulmão. Então, em teoria, e talvez seja verdade patologicamente, todos os pacientes com metástase cerebral têm metástase pulmonar. Outra possibilidade, que ocorre com 20% das pessoas, é a presença de um shunt direita-esquerda através de um forame oval patente no coração, que pode desviar a filtragem pulmonar. Quando as células metastáticas alcançam o cérebro, a maioria segue para a região da artéria cerebral média, mas há fatores locais que influenciam o crescimento em local específico. A doença metastática cerebral não tem, necessariamente, múltiplas lesões. Aliás, pode haver uma única metástase. Quando existia apenas a tomografia computadorizada (TC), estimava-se que cerca de 50% dos casos eram de metástase única, e essa estimativa não se modificou com a ressonância magnética (RM). A razão da manutenção desse número é que a RM pode mostrar uma metástase única nos pacientes em que a TC não demonstra lesão, da mesma forma que a RM demonstra várias metástases em pacientes em que a TC demonstra apenas uma lesão. Dr. Smirniotopoulos afirmou que isso ocorre em estudos publicados sobre contraste. “Se as doses de contraste forem dobradas ou triplicadas, a identificação de lesões metastáticas será maior em qualquer paciente, mas também podem ser encontrados mais pacientes considerados sem doença metastática com uma única lesão”, disse o professor americano. Na realidade, a determinação do número de metástases depende da meta. Se houver de quatro a sete metástases corticais ou subcorticais, esse paciente pode ser tratado com radiação estereotáxica ou com ressecção limitada, porém se houver mais de 06/06/12 14:26
  • 3. Highlights sete lesões metastáticas, o processo da fluxo sanguíneo da região cervical pas- pequeno e se mover para uma distância maior e chegar a um vaso sanguíneo menor e mais periférico. “Sessenta por cento das lesões metastáticas estão na região da artéria cerebral média”, disse o palestrante. Em relação às lesões multifocais e à disseminação hematogênica, é possível que alguns tumores primários também sejam multifocais, como ocorre com o linfoma do sistema nervoso central. A maioria dos linfomas do cérebro é primária, apenas um a cada seis casos é secundário. Lesões múltiplas também não denotam metástases, e a doença metastática não significa que o pacien- sa pela artéria carótida interna e segue te apresente lesões múltiplas. doença é diferente e não depende do número total de lesões. Portanto, não há rotina para a administração de doses de contraste em um paciente com suspeita de doença metastática. Novamente, o importante é estar ciente de que o aumento de sensibilidade para detecção de lesões adicionais em um paciente também pode elevar a sensibilidade para detectar uma única lesão em um paciente diferente. Dr. James explicou que a distribuição da doença metastática, teoricamente, é feita pelo fluxo sanguíneo. A maioria do para a artéria cerebral mediana. Cerca de 85% do fluxo sanguíneo é supraten- Localização variável torial e 15%, infratentorial. Dessa forma, A localização das metástases é variá­ vel. Na verdade, é importante reconhecer que a doença metastática do o êmbolo, ao subir, pode ficar retido em um ponto de ramificação ou pode ser sistema nervoso central nem sempre é no cérebro e que também pode ocorrer em ossos, dura-máter, espaço subaracnoide, parênquima cerebral e plexo coroide. Essas diferentes localizações acarretam imagens e diagnósticos diferenciais distintos. Além disso, a doença metastática pode imitar outros tumores, como o meningioma. “Cânceres são pensados como neo­lasias infiltrativas e invasivas. p No cérebro, surpreendentemente, a doença metastática é bem demarcada. Se a lesão for infiltrativa, há grande possibilidade de ser um tumor primário e não uma metástase”, concluiu Dr. Smirniotopoulos. Referência Levin VA, Leibel SA, Gutin PH. Cancer: principles & practice of oncology. Philadelphia: LippincottRaven, 1997. p.2022-82. Dr. James Smirniotopoulos mostra exames de RM com metástases cerebrais de câncer de pulmão. 13869 Highlights.indd 3 06/06/12 14:26
  • 4. Simpósio Metástases Cerebrais Metástase cerebral: avaliação pós-tratamento tratamento ou se o aumento foi cau- sível confiar em um único método”3, afirmou a médica. sado pela radiação, resultando em di- Outro método disponível é o coe- ficuldade na conduta do paciente. Na ficiente de difusão aparente (CDA). maioria dos casos em que há aumento Segundo Dra. Lara, precisar o CDA do tamanho, a histopatologia é com- do tecido por imagens de RM é rápi- patível com inflamação e necrose por do, fácil, acessível e é uma modalida- radiação, sem evidência de novo crescimento do tumor2. de diferente das técnicas de imagem permite determinar se houve falha no Dra. Lara Brandão Clínica Radiológica Luiz Felippe Mattoso, Rio de Janeiro, Brasil CRM-RJ 52.56623-7 Dra. Lara Brandão, neurorradiologista da Clínica Radiológica as alterações no CDA ocorrem antes Luiz Felippe Mattoso, do Rio de Janeiro, explicou que a radiocirurgia estereotáxica (RCE), como uma modalidade única ou em associação com radioterapia do cérebro total (RCT), é uma opção de tratamento estabelecida para pacientes com um convencionais utilizadas. Além disso, Estudos funcionais Para auxiliar na conduta dos pacientes com metástases cerebrais tratados com RCE, utilizam-se os estudos funcionais, que facilitam o diagnóstico diferencial entre necrose induzida das alterações no tamanho da lesão. A limitação desse método é que não estão determinadas suas especificidade e sensibilidade, o que pode limitar o uso clínico desses dados1. pela radioterapia e metástase. Assim, Perfusão são empregados exames de ressonân- A perfusão é um método útil para a cia funcional, como espectroscopia, avaliação de pacientes com metástases aproximadamente 8 a 12 meses. A efi- difusão, perfusão e permeabilidade. cerebrais tratados radiocirurgicamen- cácia da RCE é bem documentada. Como não há consenso com relação à te”4, explanou a neurorradiologista. Entretanto, após o procedimento sensibilidade e à especificidade diag- Um estudo publicado em setembro de radiocirúrgico, são necessários sema- nóstica desses métodos funcionais, to- 2011 estabeleceu que a perfusão mos- nas ou meses antes que a alteração no dos os métodos devem ser usados em tra melhor sensibilidade e acurácia na tamanho do tumor seja clara na resso- conjunto para se chegar a um diagnós- diferenciação de recorrência tumoral nância magnética (RM). Além disso, tico mais preciso. da lesão por radiação quando com- número limitado de metástases cerebrais. A RCE pode aumentar a sobrevida média de três a seis meses para alguns tumores podem não diminuir, A espectroscopia de prótons pode parada com a espectroscopia3. “Nos e outros podem até aumentar após o dar resultados conflitantes, já que au- pacientes com metástases cerebrais es- tratamento, porém esse aumento pode mento da colina, tão característico de peramos alta perfusão e baixo percen- não estar relacionado à progressão do lesão tumoral, pode ser visto também tual de recuperação de sinal da curva tumor, mas à necrose central induzida na radionecrose devido a morte celu- de perfusão devido à ausência de bar- pela radiação . Cerca de um terço das lar e astrogliose. Portanto, os resulta- reira hematoencefálica, enquanto na lesões apresenta aumento no tamanho dos da espectroscopia não devem ser radionecrose a perfusão é baixa e o após a RCE, e a RM convencional não analisados isoladamente. Não é pos- percentual de recuperação de sinal da 1 13869 Highlights.indd 4 06/06/12 14:26
  • 5. Highlights está próxima ao osso, ou na fossa pos- em que a lesão está junto ao leito cirúrgico e há grande susceptibilidade magnética, a permeabilidade tem desempenho melhor do que a perfusão para esclarecimento diagnóstico. Em conclusão, Dra. Lara afirmou que “em casos de metástases cerebrais, que são lesões potencialmente fatais, o melhor é realizar todos os exames de RM: espectroscopia, imagens ponderadas em difusão e CDA, mapas e curvas, tanto de perfusão quanto de permeabilidade, para um diagnóstico terior, ou com muitos efeitos de susce- mais preciso”. curva de perfusão é melhor do que na metástase”5, esclareceu a palestrante. Dra. Lara falou, também, sobre qual sequência de perfusão seria mais adequada, gradiente eco ou spin eco. Em geral, o gradiente eco é melhor, entretanto, em alguns casos, o spin eco denota melhor desempenho. O gradiente eco é mais sensível aos grandes vasos sanguíneos que caracterizam neoplasias malignas e agressivas. “Entretanto, em situações em que a lesão tibilidade relacionados à presença de sangue e cálcio, o estudo de perfusão com spin eco exibe melhor desempenho do que o estudo com gradiente eco”, disse a médica. Referências 1. Huang CF,  Chou HH,  Tu HT,  Yang MS,  Lee JK,  Lin LY. Diffusion magnetic resonance imaging as an evaluation of the response of brain metastases treated by stereotactic radiosurgery. Surg Neurol. 2008 Jan;69(1):62-8. 2. Patel TR, McHugh BJ, Bi WL, Minja FJ, Knisely JP,  Chiang VL. A comprehensive review of MR imaging changes following radiosurgery to 500 brain metastases. AJNR Am J Neuroradiol. 2011 Nov-Dec;32(10):1885-92. 3. Huang J,  Wang AM,  Shetty A,  Maitz AH,  Yan D,  Doyle D,  et al. Differentiation between intra-axial metastatic tumor progression and radiation injury following fractionated radiation therapy or stereotactic radiosurgery using MR spectroscopy, perfusion MR imaging or volume progression modeling. Magn Reson Imaging. 2011 Sep;29(7):993-1001. 4. Hoefnagels FW,  Lagerwaard FJ,  Sanchez E,  Haasbeek CJ,  Knol DL,  Slotman BJ,  Vandertop WP. Radiological progression of cerebral metastases after radiosurgery: assessment of perfusion MRI for differentiating between necrosis and recurrence. J Neurol. 2009 Jun;256(6):878-87. 5. Barajas RF,  Chang JS,  Sneed PK,  Segal MR,  McDermott MW,  Cha S. Distinguishing recurrent intra-axial metastatic tumor from radiation necrosis following gamma knife radiosurgery using dynamic susceptibilityweighted contrast-enhanced perfusion MR imaging. AJNR Am J Neuroradiol. 2009 Feb;30(2):367-72. Permeabilidade Pode-se, ainda, realizar outro estudo funcional, a permeabilidade capilar. Em lesões metastáticas, em que a BHE está ausente, o contraste atinge rapidamente a lesão de modo que a permeabilidade mostra-se alta. Já em pacientes com necrose induzida pela radioterapia, a permeabilidade capilar é baixa e a curva de permeabilidade mostra ascensão lenta e gradual. De acordo com a neurorradiologista, “para termos certeza de que a permeabilidade capilar da lesão está aumentada, é necessário comparar a curva da permeabilidade da lesão com a curva do parênquima normal, que não tem permeabilidade e apresenta valores próximos à linha de base”. Nos casos 13869 Highlights.indd 5 Dra. Lara Brandão demonstra diferentes estudos de permeabilidade. 06/06/12 14:26
  • 6. Simpósio Metástases Cerebrais Biossegurança no uso de meios de contraste em ressonância magnética Dr. Francisco Avendaño Chefe do Serviço de Imagem da Clínica Bicentenário, RedSalud CCHC, Santiago, Chile. H oje, há um grande aumento no número dos exames por ressonância magnética (RM). “De acordo com a Sociedade Espanhola de Radiologia Médica (Seram), atualmente são realizados cerca de 20 milhões de exames por ano na Espanha e a cada ano esse número aumenta em 20%, além disso, um incremento semelhante ocorre na América Latina”, afirmou Dr. Francisco Avendaño, chefe do Serviço de Imagem da Clínica Bicentenário, RedSalud CCHC, de Santiago no Chile. Com o objetivo de melhorar o desempenho da RM, emprega-se uma ferramenta muito importante, o agente de contraste. Quando se realiza a RM cerebral, as lesões intra- ou extra-axiais (metástase ou meningioma) podem parecer isointensas antes da administração do contraste; apenas nesse caso, as lesões podem ser reconhecidas, contudo é melhor avaliar as margens e a invasão das estruturas adjacentes. “Esse agente pode reduzir o limiar de detecção e melhorar a visualização para uma avaliação 13869 Highlights.indd 6 completa da anatomia e das funções de órgãos e sistemas”, explicou o médico chileno. Os agentes de contraste para RM contendo gadolínio foram concebidos para atuar indiretamente sobre o ambiente magnético local, alterando os tempos de relaxamento T1 e T2. Gadolínio é um mineral raro com efeito paramagnético que encurta os tempos de relaxamento de prótons em T1 e T2, com predominância do encurtamento de T1 com o contraste na concentração habitual de 100 micromol/kg. Em comparação com os agentes à base de iodo utilizados na tomografia computadorizada, o realce das lesões com gadolínio é equivalente ou levemente maior. O contraste é administrado via intravenosa, rapidamente se distribui no fluido extracelular e é excretado por filtração glomerular. As reações adversas são raras quando esse tipo de medicamento é aplicado, porém o extravasamento do contraste pode causar necrose e úlcera na pele. A dose é calculada pelo peso do paciente, mas usualmente aplica-se uma seringa preenchida com 10 mL. “Ao aplicar o contraste, alguns aspectos do paciente devem ser levados em consideração como histórico de alergias e hipersensibilidade, arritmias, asma ou problemas respira- tórios, insuficiência renal crônica, anemia e hemoglobinopatias”, alertou Dr. Avendaño. Abaixo constam outros riscos que devem ser considerados: • carcinogenicidade e mutagenicidade; • prejuízo à fertilidade (a gadoversetamida não é prejudicial nesse aspecto); • gravidez e lactação; • a insuficiência renal moderada a grave pode aumentar o risco de fibrose sistêmica nefrogênica e dermatopatia fibrosante nefrogênica; • risco de contaminação (é importante o descarte adequado das seringas após o uso). Segundo Dr. Avendaño, na Clínica Bicentenário são utilizadas seringas preenchidas de contraste para evitar contaminação por vírus como os da imunodeficiência humana (HIV), da hepatite B (HBV) ou C (HCV). O uso de seringas preenchidas de uso único reduziria ou até eliminaria o risco de contaminação cruzada entre os pacientes; esse risco está comprovado com uso de frascos multidose1. Referência 1. Krause G,  Trepka MJ,  Whisenhunt RS,  Katz D,  Nainan O,  Wiersma ST,  et al. Nosocomial transmission of hepatitis C virus associated with the use of multidose saline vials. Infect Control Hosp Epidemiol. 2003 Feb;24(2):122-7. 06/06/12 14:26
  • 7. OptiMARK® Gadoversetamida USO INTRAVENOSO SOMENTE / USO ADULTO INDICAÇÕES: ressonância magnética por imagem em pacientes com barreira hematoencefálica anormal ou vascularização anormal do cérebro, coluna vertebral, tecidos associados, CONTRAINDICAÇÕES: pacientes com reações alérgicas ou de hipersensibilidade conhecidas ao gadolínio, à versetamida ou a qualquer componente da fórmula. ADVERTÊNCIAS: Os agentes de contraste à base de gadolínio aumentam o risco para fibrose sistêmica nefrogênica (FSN) em pacientes com: • insuficiência renal aguda ou crônica severa (taxa de filtração glomerular <30 mL/min/1.73m2) ou • insuficiência renal aguda de qualquer severidade decorrente da síndrome hepatorenal ou no período perioperatório de transplante hepático. Nestes pacientes, evite o uso de agentes de contraste à base de gadolínio. Ao administrar um agente de contraste à base de gadolínio, não exceda a dose recomendada e permita que haja um período suficiente de tempo para a eliminação do agente pelo organismo antes de qualquer nova administração OptiMARK® não foi estudado em pacientes com anemia falciforme e outras hemoglobinopatias. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: As interações com outros agentes de contraste e outros fármacos não foram estudadas. REAÇÕES ADVERSAS: Reação alérgica, edema face, febre, síndrome semelhante a gripe, mal-estar, descarga da membrana mucosa, rigidez cervical, dor cervical, aumento da transpiração. Arritmia, dor no peito, hipertensão, hipotensão, palidez, palpitação, síncope, taquicardia, vasoespasmo. Digestivas: anorexia, aumento do apetite, constipação, secura na boca, disfagia, eructação, flatulência, aumento da salivação, sede, vômito. Trombocitopenia. Elevação da creatinina, edema, hipercalcemia, hiperglicemia, hipoglicemia, hiponatremia. Artralgia, câimbras na perna, mialgia, miastenia, espasmo. Agitação, ansiedade, confusão, despersonalização, diplopia, distonia, alucinações, hipertonia, hipoestesia, Nervosismo, sonolência, tremores, vertigens. Asma, tosse, dispnéia, epistaxe, hemoptise, laringismo, faringite, sinusite, alteração na voz. Reação no local da aplicação, edema no local da aplicação, eritema multiforme, prurido, erupção macular-papular e Vesículo-bolhosa, secura na pele, tromboflebite, inflamação no local da aplicação, urticária. Ambliopia, conjuntivite, hiperacusia, parosmia, zumbido. Disúria, oligúria, freqüência urinária. Relatos de vigilância pós-mercado identificaram casos de convulsão. POSOLOGIA E MODO DE USAR: OptiMARK® deve ser administrado sob a forma de injeção intravenosa na dose de 0,2ml/kg (0,1mmol/kg) e na velocidade de 1-2ml/segundo aplicada manualmente ou por meio de bomba de contraste. Pode ser armazenado em temperatura de 37ºC por até um mês em um aquecedor de meios de contraste com ar circulante. Caso o produto não seja utilizado após a permanência de um mês no aquecedor de contraste o mesmo deve ser destruído. Para períodos maiores do que um mês, armazenar em temperatura de 20ºC a 25ºC. CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO: Manuseio do fármaco Todos os produtos de uso parenteral devem ser inspecionados visualmente antes da administração. A solução não deve ser utilizada se apresentar descoloração ou partículas. Medicamentos ou produtos para nutrição parenteral não devem ser misturados com agentes de contraste e não devem ser administrados na mesma linha intravenosa devido ao potencial para incompatibilidade química. O uso deste produto em angiografia por ressonância magnética não foi avaliado. Reg. MS nº 1.1398.0025 VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA USO PROFISSIONAL/ENTIDADES ESPECIALIZADAS Av. das Nações Unidas, 12.995 - Conjs. 19 e 23 - São Paulo - SP 04578-000 - Tel.: 11 2187-6200 • Fax: 11 2187-6375 www.covidien.com - atendimento.brasil@covidien.com 13869 Highlights.indd 7 COVIDIEN, COVIDIEN com logo, o logo da Covidien e positive results for life são marcas comerciais da Covidien AG registradas nos EUA e internacionalmente. Mallinckrodt é uma marca comercial de uma empresa Covidien. © 2012. Todos os direitos reservados. 06/06/12 14:26
  • 8. Seringas Preenchidas Ultraject™ Seringas Preenchidas em apresentações de 10 ml, 15 ml, 20 ml e 30 ml Optimark™ (Gadoversetamida) Frascos em apresentações de 10 ml, 15 ml e 20 ml • Meio de Contraste Não Iônico, seguro, eficaz e conveniente em RM • Maximiza a capacidade diagnóstica, apresentando as menores variâncias de relaxividade1 • Único Meio de Contraste aprovado pelo FDA para utilização com injetoras2,3,4,5 • Seringas Preenchidas Ultraject™ e Frascos em diferentes apresentações Referências: 1. Rohrer, M et al. Investigative Radiology, Volume 40, Number 11, November 2005; 2. Omniscan™ (bula). Princeton, NJ: GE Healthcare AS; Junho 2007. 3. ProHance® (bula). Princeton, NJ: Bracco Diagnostics Inc.; maio 2007. 4. Magnevist® (bula). Wayne, NJ: Bayer HealthCare Pharmaceuticals, Inc.; junho 2007. 5. MultiHance® (bula). Princeton, NJ: Bracco Diagnostics Inc.; maio 2007. Av. das Nações Unidas, 12.995 - Conjs. 19 e 23 - São Paulo - SP 04578-000 - Tel.: 11 2187-6200 • Fax: 11 2187-6375 www.covidien.com - atendimento.brasil@covidien.com 13869 Highlights.indd 8 COVIDIEN, COVIDIEN com logo, o logo da Covidien e positive results for life são marcas comerciais da Covidien AG registradas nos EUA e internacionalmente. Mallinckrodt é uma marca comercial de uma empresa Covidien. © 2012. Todos os direitos reservados. 06/06/12 14:26