2. Não há um consenso entre os autores sobre o início do
período contemporâneo na arte. Neste artigo
considera-se que a arte contemporânea, em
seus estilos, escolas e movimentos, tenha surgido por
volta da segunda metade do século XX, mais
precisamente após a Segunda Guerra Mundial, como
ação de ruptura com a arte moderna.
Depois da guerra os artistas mostraram-se voltados às
verdades do inconsciente e interessados pela
reconstrução da sociedade. Sobrepôs-se aos costumes,
a necessidade da produção em massa. Quando surgia
um movimento na arte, este revelava-se por meio das
variadas linguagens, através da constante
experimentação de novas técnicas.
3. A arte contemporânea se mostrou mais evidente
na década de 60, período que muitos estudos
consideram o início do seu estado de plenitude. A
efervescência cultural da década começou a questionar
a sociedade do pós-guerra, rebelando-se contra o
estilo de vida difundido no cinema, na moda,
na televisão e na literatura.
Além disso, os avanços tecnológicos foram
convulsivamente impulsionados pela corrida espacial e,
como mostra dessa influência, as formas dos objetos
tornam-se, quase subitamente, aerodinâmicas, alusivas
ao espaço, com forte recorrência ao brilho do vinil.
A ciência e a tecnologia abriram caminho à percepção
das pessoas, de que a arte feita por outros, poderia
estar a traduzir as suas próprias vidas.
4. A consciência ecológica e o reaproveitamento
de materiais são temas recorrentes, que se
popularizaram no final do século XX. Em
paralelo, a revolução digital e a
consequente globalização, por meio
da internet, formam o período mais recente
da contemporaneidade
5. EXPRESSIONISMO ABSTRATO
Embora o termo expressionismo abstrato
tivesse sido usado durante os anos 20 para
descrever as primeiras abstrações de Vassili
Kandinsky, desde então ele passou a referir-se
a um grupo de artistas americanos ou
residentes nos Estados Unidos que ganharam
destaque durante os anos 40 e 50, sendo seus
principais: Willem de Kooning, Jackson Pollock
e Mark Rothko.
7. Assim como os expressionistas, eles sentiam
que o verdadeiro tema da arte eram as
emoções interiores do homem, seus tumultos
e, assim sendo, exploraram os aspectos
fundamentais do processo pictórico – gesto,
cor, forma, textura – por seu potencial
simbólico e expressivo. Com seus
contemporâneos europeus, eles
compartilhavam uma visão romântica do
artista como alguém alienado da sociedade
dominante, uma figura moralmente obrigada
a criar um novo tipo de arte que pudesse
enfrentar um mundo absurdo e irracional.
9. O termo action painting chamava a atenção
para o declarado engajamento corporal do
artista na pintura respingada de Pollock e nas
pinceladas violentas de De Kooning. Apesar da
diversidade de estilos, os artistas tinham em
comum muitas experiências e crenças. O fato
de crescer sob a Grande Depressão e a
Segunda Guerra Mundial havia levado a uma
perda de fé nas ideologias dominantes e nos
estilos a elas associados, fossem o socialismo
e o realismo social, o nacionalismo e o
regionalismo ou a utopia e a abstração
geométrica.
11. O mais conhecido pintor de ação contínua
continua sendo Jackson Pollock. Nos anos 50
ele operou uma renovação radical ao colocar
suas telas no chão, gotejando tinta sobre elas,
diretamente da lata ou por meio de uma
vareta ou espátula, criando imagens
labirínticas que descreveu como “energia e
movimento tornados visíveis”.