3. Se discute três teoria sobre a possível
etiologia dos cânceres de ovário:
• TEORIA DA “OVULAÇÃO INCESSANTE”
Propõe que em cada ovulação o epitélio ovariano sofra
traumas e que na sua renovação celular frequente pode
ocorrer mutações e alterações carcinogênicas pela
reparação do DNA,
• TEORIA DO “EXCESSO DE
GONADOTROFINAS”
Acredita que o aumento da estimulação epitelial levando a
proliferação e diferenciação com risco de quem em um
momento exista a transformação maligna por associação
dos carcinogênios.
• TEORIA DA “MIGRAÇÃO DE CARCINOGÊNIOS
EXTERNOS’
Pela ascenção desde a área genital até a cavidade
abdominal, tendo como exemplo, o uso do talco.
Chirlei A Ferreira
4. Fator genético familiar: autossômica
dominante,
Aproximadamente entre 5-10% das
neoplasias de ovário podem ser
atribuidas a uma origem familiar e se
descrevem pelos padrões hereditários.
Síndrome do Câncer Ovariano Familiar
específico de Sítio
Câncer de mama-ovario: no qual as
mulheres têm carcinomas de mama e
ovário com maior frequencia combinados,
está associado a presença dos genes
BRCA-1 e BRCA-2;
Câncer de ovário- colon LYNCH II: tipo
familiar de câncer tanto em homens quanto
em mulheres têm o risco de sofrer de
câncer de cólon, ovário e gástrico.
Chirlei A Ferreira
5. 17 – B estradiol
2 – Hidroxiestradiol
4 – Hidroxiestradiol
16 a - hidroxiesterona
Chirlei A Ferreira
APOPTOSE
PROLIFERAÇÃ
O CELULAR
6. FATORES REPRODUTIVOS
• Nuliparidade
FATORES FARMACOLÓGICOS
• Medicamentos utilizados para
aumentar a fertilidade como o
citrato de clomifeno,
FATORES AMBIENTAIS
• Há trabalhos sugerindo a
exposição de talco e asbesto com
a neoplasia ovariana.
OUTROS
• obesidade
Chirlei A Ferreira
9. Cisto de corpo lúteo:
centro hemático com
orlas amareladas, em
geral únicos
b)Cistos teca-luteínicos:
grandes cistos com
conteúdo hemático e
grossas orlas
amareladas.
Causas: gravidez, no
curso de mola
hidatiforme e
coriocarcinomas, uso
de clomifene
(estimulantes da
ovulação)
Conduta:
cessada a causa
determinante os cistos
involuem.
Não tocar no ovário!
Chirlei A Ferreira
10. Ovários policísticos:
Síndrome de
Stein-Leventhal
Clínica:
oligomenorreia,
infertilidade,
hirsutismo, obesidade
Morfologia:
ovários aumentados,
fibrose do estroma
cortical,
cistos sub-corticais (do tipo
foliculares),
ausência de corpos lúteos.
Chirlei A Ferreira
12. NEOPLASIA
DERIVADAS DO
EPITÉLIO CELÔMICO
• Epitélio celômico (60%
adenomas, benignos)
• Tumores serosos – mais
frequentes
• Tumores mucinosos –
segundo mais frequente
• Tumores endometrióticos
– raro
• Tumores de células
claras – alta gravidade
• Tumores de Brenner
• .
Chirlei A Ferreira
SÃO DENOMINADOS
TUMORES EPITELIAIS
(ADENOCARCINOMAS)
13. BENIGNOS MALIGNOS
Unilateral em quase 90% dos casos Bilateral em quase 50% dos casos
Cápsula intacta Cápsula rota
Geralmente móvel Aderente, fixo
Superfície lisa Superficie irregular, nodular
Geralmente sem ascite, quando presente é
cristalina
Frequentemente com ascite hemorrágica
Peritôneo livre Peritôneo com implantes
Geralmente císticos de parede lisas Sólido, com áreas císticas, necrose e
excrescências
Quando sólido tem consistência firme Áreas de amolecimento
Superfície uniforme Superfície irregular
Chirlei A Ferreira
14. Representam 35-50% de todos os
tumores epiteliais malignos do ovário,
40-60% dos casos são bilaterais,
85% apresentam disseminação extra-
ovariana no momento de seu diagnóstico,
50% excedem 15 cm de diâmetro,
A maioria têm pouca diferenciação com
padrões de crescimento sólidos e
trabeculares,
Os corpúsculos PSAMMNONA são
característicos desse tumores
Chirlei A Ferreira
15. Microscopia:
- revestimento epitelial seroso
- papilas
- calcificações (“psamoma-Bodies”)
Benignidade x malignidade é
avaliada pela análise das papilas
Chirlei A Ferreira
16. Representam 10-20% dos tumores
epiteliais do ovário,
São bilaterais em pelo menos 10%
dos casos,
Apresentam dimensões de 16-17 cm,
embora podem alcançar imensas
dimensões
Chirlei A Ferreira
17. O pseudomixoma do peritôneo é
consequência da ruptura expontânea
ou cirúrgica de um cisto mucoso do
ovario,
CONSEQUENCIAS:
• Implantes peritoneais múltiplos,
mesmo sendo benignos,
• Granuloma de corpo estranho ao
muco,
• Fibrose e obstrução intestinal
progressiva sem tratamento prévio.
Chirlei A Ferreira
18. Exibem padrão adenomatóide
que lembra o carcinoma
endometrial,
30-50% são bilateriais,
Menos de 10% se originam de
um foco de endometriose.
Chirlei A Ferreira
19. Representam 5% dos
cânceres ovarianos
epiteliais,
São muito agressivos,
Cursam com hiperpirexia,
hipercalcemia,
Certas ocasiões dão
dificeis de serem
diferenciados com os
carcinomas mucinosos.
Chirlei A Ferreira
20. Composto por células que
se assemelham a
carcinomas de células
transicionais de baixo
grau da bexiga.
Chirlei A Ferreira
22. DISGERMINOMA
Tumor germinal maligno,
células seminais,
Teratoma maturo (sólido ou
cístico)
Estroma especializado
(cordões sexuais)
Tumores da granulosa –
50% de todos os tumores
pós-menopausicos,
Tumores fibrotectais,
Tumores de células de
Sertoly ou de Leydig
Chirlei A Ferreira
DIFERENCIAÇÃO: lesões
benignas não proliferativas
INVASÃO: do estroma em
células malignas
PROLIFERAÇÃO: invasão
de tumores “boderline” de
baixo potencial maligno
23. CISTOS DERMÓIDES
• MACROSCOPICAMENTE
Lisos, branco-acinzentados,
formam lojas com conteúdo de
material sebáceo, adiposo,
pêlos, pele,dentes.
Geralmente têm sua maior
parte cística e uma pequena
área sólida localizada.
• MICROSCOPICAMENTE
Pele, adiposo, glândulas
sebáceas, tireóide, células do
sistema respiratório, digestivo,
cartilagem, osso e dentes.
Chirlei A Ferreira
24. - Geralmente de
evolução benigna,
Quando observamos
presença de tecidos
tireoidiano chamamos
de “struma-ovari”,
A malignização ocorre
formando coarcinomas
epidermóide ou
melanomas a partir de
um tumor de pele.
Chirlei A Ferreira
25. . São divididos pela
diferenciação dos tecidos
presentes em I, II e III.
• São raros, contendo elementos
embrionários em sua
composição.
MACROSCOPICAMENTE:
• Volumosos, lisos, sólidos com
cavidades (poucas), pêlos,
cartilagem, osso,calcificação,
necrose, hemorragias.
Chirlei A Ferreira
27. São tumores comuns, correspondendo
a 4% de todos os tumores ovarianos,
COMPORTAMENTO
• Não são produtores de hormônios,
• Na maioria são unilaterais (90%),
• Síndrome de Meigs: fibroma = ascite +
derrame pleural a direita (hidrotórax)
MACROSCOPICAMENTE:
• Redondos, ovóide, brancos,l isos, duros,
fasciculados ao corte, com cápsula
Chirlei A Ferreira
28. Tumores “fibroides”, produtores de
estrogênio,
MACROSCOPIA
• Redondos, ovóide, encapsulados, duros,
com tendência a cor amarelada,
MICROSCOPIA
• Células fusiformes, semelhantes a
fibroblastos com gotas lipídicas.
Chirlei A Ferreira
29. São metástases ovarianas
bilaterais , de grandes
dimensões mais ou menos
simétricos,
Composto pro células em
“sinete” ou “anel de grau”
Chirlei A Ferreira
31. Sensãção de plenitude
abdominal,
Timpanismo
Massa dolorosa
Saciedade precoce
Pressão pélvica
Elevação do CA-125
plasmático em pacientes
com tumores epiteliais e do
β-HCG ou α-feto-proteína
em tumores de células
germinativas.
Chirlei A Ferreira
32. Os sintomas indicam enfermidade
avançada:
• Distensão abdominal,
• Aumento de peso pela ascite,
• Anormalidade menstrual,
• Compressão intestinal,
• Náuseas, vômitos,
• Sinais de obstrução intestinal.
Sinais menos comuns:
• Linfadenopatia supraclavicular,
• Dispnéia: por derrame,
• Toque bi-manual e reto-vaginal revelam
anexos de consistência variável
associado a massa.
Chirlei A Ferreira
33. Não há anormalidade que
precedem o diagnóstico:
• Seu principal valor reside na
determinação das
repercussões sistêmicas e
infecciosas pélvicas e
renais,
• Anemia intensa secundária
a metástases
gastrointestinais
MARCADOR CA-125
• É um determinante
antigênico que corresponde
a um anti-corpo monoclonal
de Imunoglobulina 1 murina
gerado contra a linhagem
celular do carcinoma
epitelial do ovário,
• Sua taxa de normalidade
varia até 35 UI/ml, têm uma
alta sensibilidade que
alcança até 82% das
pacientes com carcinoma
epitelial de ovário.
Chirlei A Ferreira
35. PROPÓSITOS DA
LAPAROTOMIA
• Diagnóstico e
estadiamento,
• Eliminar a porção
máxima do tumor,
• Aliviar obstrução
intestinal, caso tenha
ocorrido pela presença
da tumoração
Chirlei A Ferreira
36. Laparotomia Exploradora
Inicial para Estadiamento e
citorredução primária,
Cirurgia reclassificatória,
Cirurgia de intervalo,
‘Second-look”
Citorredução secundária
Citorredução paliativa
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37. Se define como aquela na qual se remove a
maioria do tumor e , sendo possível, as
metástases será instaurada pela terapia
complementar (quimioterapia):
• Compreende:
• Incisão vertical infra e supra-umbilical
• Lavado peritoneal para citologia
• Inspecção e palpação das superfícies
peritoneais e mesentéricas:
Se deve inspeccionar a cúpula
diafragmática com a lente do
laparoscopio
Histerectomia associado a
ooforectomia e esvaziamento linfonodal
e mesenterio.
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38. NA VISUALIZAÇÃO DE QUALQUER
ADERÊNCIA:
• Omentectomia infracólica,
• Biópsias peritoneais (bexiga, fundo de saco,
peritonêo pélvico, goteiras parietocólicas,
hemidiafragma)
PRESENÇA DE LINFONODOS
COMPROMETIDOS
• Em casos precoces se realiza a linfadenectomai
pelvica ipsilateral e biópsia para-aortica.
APENDICECTOMIA
• Nos casos precoces como parte da cirurgia
estadiadora é realizado.
• Nos casos avançados como parte da
citorredução é obrigatório a retirada do apêndice
e em casos de tumores mucinoso em qualquer
estado.
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39. Enfermidade
confinada a um único
ovário (Estadio Ia)
Histologia bem
diferenciada (Grau I)
Capsula intacta
Sem aderências do
tumor a região extra-
cística,
Sem ascite,
Citologias negativas
Chirlei A Ferreira
Exame pélvicos
Determinação de CA -
125
40. Disseminação extra-
ovariana,
Grau histológica III,
Capsula rota,
Aderências densas,
Tumoração extra-cística,
Histologia adversa (células
claras, Brenner ou tumor
indiferenciado)
Chirlei A Ferreira
41. ESTAGIO I
• Crescimento limitado aos
ovários
ESTAGIO II
• O crescimento afeto um
ou ambos os ovários com
extensão para a região
pélvica.
ESTÁGIO III
• O tumor afeta um ou
ambos os ovários com
implantes peritoneais fora
da cavidade pélvica e/ou
gânglios retroperitoneais,
• Há metástase hepática
superficiais,
• Tumor limitado a pelve
verdadeira mas com
extensão maligna ao
intestino delgado e
epiplons comprovados
histologicamente.
Chirlei A Ferreira
42. ESTAGIO IV
• Crescimento afeta um
ou ambos os ovários
com metástase a
distância,
• Há derrame pleural
com resultados
positivos citológicos,
• Metástase do
parênquima hepático
Chirlei A Ferreira
44. Lesão limitada a um
ovário,
Capsula
microscopicamente
íntegra, sem
excrescências tumorais
Ausência de derrames
Ausência de ascite
Lavados pélvicos e
abdominais negativos
Chirlei A Ferreira
SOBREVIDA EM
RELAÇÃO A 5 ANOS DE
APROXIMADAMENTE
90%
45. Quimioterapia coadjuvante
• Melfalán
Radioterapia
• Abdomen completo; 2250
cGy em 22 sessões
• Reforço pélvico de 2250 cGy
em 10 sessoes
Chirlei A Ferreira
46. Etapa IV ou resíduo microscópio
em Etapa III
4 semanas pós a quimioterapia
Se ocorrer ascite
• Acrescentar mais 7 a 10 dias de
quimioterapia
Chirlei A Ferreira
QUIMIOTERAPIA
47. Ciclofosfamida 500mg -1 g/m²
IV
Cisplatina 75-100 mg/m² IV
• 21-28 dias
• 6-8 ciclos
• antiéméticos
Chirlei A Ferreira