SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  38
INFLUÊNCIA DO SOMBREAMENTO NATURAL DE
DUAS ESPÉCIES ARBÓREAS NA TEMPERATURA DE
               EDIFICAÇÕES

            MARIO CARLOS RODRIGUES AYRES


                Disciplina: Climatologia

     Orientador: Prof. Ms. Davi Gutierrez Antonio




                                 Alunas: Caetana Coevas
                                           Tâmara Saba
Objetivo

O objetivo desta pesquisa foi o estudo de
diferentes espécies arbóreas quanto ao
sombreamento e seus efeitos na temperatura de
um     ambiente    construído,   a    partir de
medições de temperaturas de globo e do ar,
umidade relativa e velocidade do vento.
Foram analisados o sombreamento de
duas     espécies   arbóreas,   a   Sibipiruna
(Caelsalpinia peltophoroides) e o Flamboyant
(Delonix regia), quanto à atenuação da
temperatura      em     ambientes    internos,
proporcionada            pela         sombra
de cada uma das espécies, em edificações
abertas.
Revisão Bibliográfica


•A ação da radiação solar
•Espectro da radiação solar
•Radiação solar e o filtro atmosférico
•Energia erradiada
•Radiação difusa
•Radiação de onda longa
Revisão Bibliográfica


•Clima
•Variáveis climáticas
•Radiação solar
•Temperatura do ar
•Umidade atmosférica
•Circulação atmosférica
O homem e o meio ambiente




As atividades do homem influenciam o clima e
estas, por sua vez, são influenciadas pelas
variáveis que integram e caracterizam o clima de
uma região.
Conforto térmico




O homem, como qualquer corpo, troca calor
com         o       meio        desde       que
exista o princípio da diferença de temperaturas.

 As trocas térmicas entre o homem e o meio
são governadas por muitas variáveis.
Processo de perda e ganho de calor.
Adaptada de: Romero (1988).
Variáveis de conforto térmico




As variáveis de conforto térmico se dividem em
variáveis   ambientais,    atividade  física e
vestimenta. As variáveis ambientais são a
temperatura do ar, umidade relativa e a
velocidade do vento.
As     condições    ambientais,    capazes   de
proporcionar sensação de conforto térmico são
diferentes para habitantes de clima quente e
úmido       e     de      clima      quente   e
seco e, principalmente, de clima temperado ou
frio, de acordo com Frota & Schiffer (2001).
A Vegetação


As características próprias da vegetação em
climas quentes as converte em perfeitos
condicionadores térmicos, quando recebem a
radiação solar.

A absorção das folhas é alta, em torno de 90%
das lumínicas e 60% das infravermelhas.
Uma pequena quantidade de radiação é
transmitida por transparência através da folha e
o restante, entre 15% e 30%, é refletida. Da
energia absorvida, uma parte se transforma em
energia química potencial por fotossíntese.
Elementos    vegetais   apresentam  melhor
desempenho térmico em relação aos materiais
inertes. Na figura observa-se que a grama
ao sol tem uma temperatura menor que o
passeio à sombra.




 Desempenho térmico dos vegetais em relação aos materiais inertes.
 Adaptada de: Rivero (1986).
Rivero (1986), comenta que em uma série de
medições            realizadas            nos
Estados Unidos, durante o verão, foram
encontradas as seguintes diferenças entre as
temperaturas máximas e mínimas registradas ao
longo                 do                  dia:


• No pavimento da rua: 32,60° C;
• No solo de areia: 25,90° C;
• No solo gramado: 16,00° C;
• No ar a 1,20m de altura: 14,20° C.
Pelo estudo pode-se comprovar que em regiões
de           clima           quente          é
importante o uso da grama nos solos exteriores
em vez dos materiais de construção.
A temperatura do ar próxima à edificação é
menor quando o solo é revestido por vegetação,
pois a ventilação que ingressa no espaço interior
produz melhores condições térmicas, uma vez
que os vegetais emitem menos energia radiante
em direção às paredes e possuem baixo
coeficiente de reflexão diante da radiação solar.
Efeitos físicos da vegetação




Nenhum efeito físico da vegetação que possa
interferir  no   ambiente     humano    ocorre
isoladamente, pois todas as funções do vegetal
visando     o    controle    climático   estão
interconectadas.
Controle da radiação solar




As árvores controlam os efeitos da radiação solar
filtrando os raios diretos, através da absorção do
calor irradiado da superfície do solo e pelo
controle da radiação refletida, mas sua eficiência
dependerá da forma, da natureza, das
exigências específicas do vegetal e do clima
local, de acordo com Furtado (1994).
Controle da radiação solar pela vegetação. Adaptada de: Robinette (1977   ).
Controle do vento



O controle do fluxo do vento é outra forma de
efeitos produzidos pela vegetação que afetam o
conforto humano e é controlado por meio da
obstrução, filtração e orientação da direção.




 Controle do vento pela vegetação.
 Adaptada de: Robinette (1977).
Controle da umidade




A vegetação, ao absorver a água das chuvas e
devolvê-la à atmosfera, altera o nível de
conforto no microclima, ao retirar umidade do
solo e ao transpirar. As árvores reduzem a
evaporação da umidade do solo para a
atmosfera, conservando-a e retendo-a.
Controle do microclima




Com a presença da vegetação a temperatura de
uma área poderá ser reduzida, mesmo que não
possua altura suficiente para fornecer sombra
Benefícios da vegetação



Dentre os vários aspectos positivos pode-se
destacar:
• a sua importância como filtro ambiental,
reduzindo os níveis de poluição do ar por meio
da fotossíntese;
•a atenuação da poluição sonora pelos
obstáculos que oferece à propagação das ondas
de som;
•o   equilíbrio    da   temperatura    ambiente
proporcionado pela sombra e evapotranspiração
que realiza; a redução da velocidade dos ventos;

•a redução do impacto das chuvas; a atração
para a avifauna e a harmonia paisagística e
ambiental de um
espaço.
Redução da temperatura




Os vegetais interceptam, refletem, absorvem e
transmitem a radiação solar, melhorando a
temperatura do ar no meio ambiente. A eficiência
do processo depende das características da
espécie utilizada, tais como a forma da folha, a
densidade foliar e o tipo de ramificação.
Sombreamento natural.




O sombreamento tem como objetivo melhorar
as condições de conforto humano nos espaços
edificados, de tal forma que essas condições
atuem quando os ambientes tornarem-se
desconfortáveis devido à temperatura elevada
e o uso de resfriamento artificial se prenuncie
necessário.
Sombreamento arbóreo a
o ar livre




O efeito do sombreamento pela vegetação
arbórea produz, durante o dia, redução na
temperatura do ar próximo à sua superfície.
Sombreamento em edificações




Sattler et al. (1987), em estudo sobre as
geometrias das sombras proporcionadas por
várias formas diferentes de copas de árvore,
usou, como ferramenta de projeto um programa
de computador que avalia os efeitos das
sombras das árvores em relação às edificações.
Sombreamento em edificações




Os resultados da comparação dos índices
mostraram que indivíduos arbóreos de copa
densa e baixa e folhas largas não são
recomendados sob o ponto de vista do conforto
térmico, pois a estrutura da copa dificulta a
ventilação em função da ascensão do ar
quente, tornando mais difícil a sua dissipação.
Sombreamento em edificações




  Formas de Árvores
  Adaptada de: Sattler et al.(1987).
Sombreamento em edificações



Pelas conclusões, das três espécies analisadas
a que proporciona a sombra com a melhor
qualidade térmica é a Sibipiruna (Caesalpinia
peltophoroides), em segundo lugar a Tipuana
(Tipuana tipu), e por ultimo a Sapucaia (Lecythis
pisonis).
A Vegetação e a edificação




Além da energia recebida pela radiação solar
direta e pela radiação solar difusa, a edificação
recebe, também, a energia solar refletida pelo
chão ou pelas construções vizinhas, o que pode
alterar a radiação total recebida e por
conseqüência, os critérios de orientação.
Sombreamento em edificações



De acordo com Mcpherson & Rowntree (1986),
estudos comprovam que a superfície externa de
uma fachada sombreada pela vegetação pode
estar 5ºC mais fria que uma superfície exposta
ao sol, desde que construída com o mesmo
material     e    apresentando as     mesmas
características construtivas.
Interação entre a vegetação
 e edificação



De acordo com Mcpherson (1984), nas
edificações a vegetação propicia resfriamento
passivo por meio de:

• Sombreamento lançado pela vegetação, que
reduz a conversão da energia radiante em calor
sensível, reduzindo as temperaturas de
superfície dos objetos sombreados.

• Evapotranspiração na superfície da folha,
resfriando a folha e o ar adjacente devido à
troca de calor latente.
A Vegetação e a edificação




Para escolha e localização da vegetação
adequada, em primeiro lugar faz-se necessário à
análise climática que deve orientar se há
necessidade do resfriamento e qual a sua
importância para a edificação, cita Rivero (1986).
A Vegetação e a edificação




A localização da vegetação para sombrear uma
edificação deve permitir um ótimo desempenho
no resfriamento e produzir também economia
de energia.
A Vegetação e a edificação




Para a aplicação da arquitetura bioclimática, é
necessário que se tenha uma interação entre
edificação e a vegetação, e que se possa
produzir resultados tanto no campo econômico
como no aspecto da construção do ambiente,
proporcionando ao usuário do espaço conforto e
qualidade de vida.
OBRIGADA!

Contenu connexe

Tendances

Dinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemasDinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemasinessalgado
 
Ficha Informativa Ecossistemas E Factores Abioticos
Ficha Informativa   Ecossistemas E Factores AbioticosFicha Informativa   Ecossistemas E Factores Abioticos
Ficha Informativa Ecossistemas E Factores AbioticosRui Jorge
 
Factores Abióticos - Solo
Factores Abióticos - SoloFactores Abióticos - Solo
Factores Abióticos - SoloCatir
 
Aula 2 O Solo Como Corpo Natural
Aula 2   O Solo Como Corpo NaturalAula 2   O Solo Como Corpo Natural
Aula 2 O Solo Como Corpo Naturalkelvilyn franco
 
Resumo CN 8º ano - Ecossistemas
Resumo CN 8º ano - EcossistemasResumo CN 8º ano - Ecossistemas
Resumo CN 8º ano - EcossistemasInês Mota
 
cn_8_factores_abioticos.pdf
cn_8_factores_abioticos.pdfcn_8_factores_abioticos.pdf
cn_8_factores_abioticos.pdfSónia Cardador
 
Factores abióticos
Factores abióticosFactores abióticos
Factores abióticosTânia Reis
 
Sucessões ecológicas
Sucessões ecológicasSucessões ecológicas
Sucessões ecológicasURCA
 
Resumo ecossistemas fatores bioticos abio
Resumo ecossistemas fatores bioticos abioResumo ecossistemas fatores bioticos abio
Resumo ecossistemas fatores bioticos abioStéphanie Lima
 
Ecologia - Recursos e Condições
Ecologia - Recursos e CondiçõesEcologia - Recursos e Condições
Ecologia - Recursos e CondiçõesRafael Nunes
 
Factores Abióticos - Água
Factores Abióticos - ÁguaFactores Abióticos - Água
Factores Abióticos - ÁguaCatir
 
3 s sucessão ecológica__21_11_2012
3 s sucessão ecológica__21_11_20123 s sucessão ecológica__21_11_2012
3 s sucessão ecológica__21_11_2012Ionara Urrutia Moura
 
Biosfera e factores abióticos
Biosfera e factores abióticosBiosfera e factores abióticos
Biosfera e factores abióticosCristina Vitória
 
Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]
Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]
Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]Jade
 

Tendances (18)

Dinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemasDinâmica dos ecossistemas
Dinâmica dos ecossistemas
 
1geo15
1geo151geo15
1geo15
 
Influência da luz e da temperatura
Influência da luz e da temperaturaInfluência da luz e da temperatura
Influência da luz e da temperatura
 
Ficha Informativa Ecossistemas E Factores Abioticos
Ficha Informativa   Ecossistemas E Factores AbioticosFicha Informativa   Ecossistemas E Factores Abioticos
Ficha Informativa Ecossistemas E Factores Abioticos
 
Plano 7
Plano 7Plano 7
Plano 7
 
Factores Abióticos - Solo
Factores Abióticos - SoloFactores Abióticos - Solo
Factores Abióticos - Solo
 
Plano 6
Plano 6Plano 6
Plano 6
 
Aula 2 O Solo Como Corpo Natural
Aula 2   O Solo Como Corpo NaturalAula 2   O Solo Como Corpo Natural
Aula 2 O Solo Como Corpo Natural
 
Resumo CN 8º ano - Ecossistemas
Resumo CN 8º ano - EcossistemasResumo CN 8º ano - Ecossistemas
Resumo CN 8º ano - Ecossistemas
 
cn_8_factores_abioticos.pdf
cn_8_factores_abioticos.pdfcn_8_factores_abioticos.pdf
cn_8_factores_abioticos.pdf
 
Factores abióticos
Factores abióticosFactores abióticos
Factores abióticos
 
Sucessões ecológicas
Sucessões ecológicasSucessões ecológicas
Sucessões ecológicas
 
Resumo ecossistemas fatores bioticos abio
Resumo ecossistemas fatores bioticos abioResumo ecossistemas fatores bioticos abio
Resumo ecossistemas fatores bioticos abio
 
Ecologia - Recursos e Condições
Ecologia - Recursos e CondiçõesEcologia - Recursos e Condições
Ecologia - Recursos e Condições
 
Factores Abióticos - Água
Factores Abióticos - ÁguaFactores Abióticos - Água
Factores Abióticos - Água
 
3 s sucessão ecológica__21_11_2012
3 s sucessão ecológica__21_11_20123 s sucessão ecológica__21_11_2012
3 s sucessão ecológica__21_11_2012
 
Biosfera e factores abióticos
Biosfera e factores abióticosBiosfera e factores abióticos
Biosfera e factores abióticos
 
Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]
Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]
Aulas De Ecologia E Meio Ambiente1[1]
 

Similaire à Influência do sombreamento natural de duas espécies arbóreas

Climatologia - Aula 2
Climatologia  - Aula 2Climatologia  - Aula 2
Climatologia - Aula 2marciotecsoma
 
A influencia do jardim vertical no microclima
A influencia do jardim vertical no microclimaA influencia do jardim vertical no microclima
A influencia do jardim vertical no microclimaHercilio Antonio Cândido
 
O ambiente e seus componentes dinâmica
O ambiente e seus componentes dinâmicaO ambiente e seus componentes dinâmica
O ambiente e seus componentes dinâmicaCAMPUS XIX
 
[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano
[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano
[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbanoNelson Amanthea
 
Revisão bimestral de geografia 2º bim 1º ano
Revisão bimestral de geografia 2º bim 1º anoRevisão bimestral de geografia 2º bim 1º ano
Revisão bimestral de geografia 2º bim 1º anoeunamahcado
 
Factores Abióticos
Factores AbióticosFactores Abióticos
Factores AbióticosTiagosb
 
Factores Abióticos
Factores AbióticosFactores Abióticos
Factores AbióticosTiagosb
 
Efeito estufa seminário química
Efeito estufa seminário químicaEfeito estufa seminário química
Efeito estufa seminário químicaIfatunmibi Odusola
 
Aula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticos
Aula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticosAula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticos
Aula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticosmatteusperrud
 
Trabalho sobre mudancas climaticas
Trabalho sobre mudancas climaticasTrabalho sobre mudancas climaticas
Trabalho sobre mudancas climaticasIvaristo Americo
 
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao Resgate Cambuí
 

Similaire à Influência do sombreamento natural de duas espécies arbóreas (20)

Resumo.pdf
Resumo.pdfResumo.pdf
Resumo.pdf
 
Clima e arquintetura1
Clima e arquintetura1Clima e arquintetura1
Clima e arquintetura1
 
Climatologia - Aula 2
Climatologia  - Aula 2Climatologia  - Aula 2
Climatologia - Aula 2
 
Clima
ClimaClima
Clima
 
A influencia do jardim vertical no microclima
A influencia do jardim vertical no microclimaA influencia do jardim vertical no microclima
A influencia do jardim vertical no microclima
 
O ambiente e seus componentes dinâmica
O ambiente e seus componentes dinâmicaO ambiente e seus componentes dinâmica
O ambiente e seus componentes dinâmica
 
[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano
[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano
[Livro] princípios bioclimáticos para o desenho urbano
 
A quimica no efeito estufa
A quimica no efeito estufaA quimica no efeito estufa
A quimica no efeito estufa
 
Revisão bimestral de geografia 2º bim 1º ano
Revisão bimestral de geografia 2º bim 1º anoRevisão bimestral de geografia 2º bim 1º ano
Revisão bimestral de geografia 2º bim 1º ano
 
Factores Abióticos
Factores AbióticosFactores Abióticos
Factores Abióticos
 
Factores Abióticos
Factores AbióticosFactores Abióticos
Factores Abióticos
 
Geografia atmosfera
Geografia atmosferaGeografia atmosfera
Geografia atmosfera
 
Sol e clima na terra_2013
Sol e clima na terra_2013Sol e clima na terra_2013
Sol e clima na terra_2013
 
Geoprocessamento 2
Geoprocessamento 2Geoprocessamento 2
Geoprocessamento 2
 
Interação sol terra
Interação sol terraInteração sol terra
Interação sol terra
 
Efeito estufa seminário química
Efeito estufa seminário químicaEfeito estufa seminário química
Efeito estufa seminário química
 
Aula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticos
Aula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticosAula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticos
Aula 1 -_conceitos_e_elementos_climáticos
 
Trabalho sobre mudancas climaticas
Trabalho sobre mudancas climaticasTrabalho sobre mudancas climaticas
Trabalho sobre mudancas climaticas
 
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao
RECURSOS NATURAIS DE CONFORTO TÉRMICO: UM ENFOQUE URBANO - Artigo194 publicacao
 
Sol e clima na terra
Sol e clima na terraSol e clima na terra
Sol e clima na terra
 

Plus de Caetana Coevas

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...Caetana Coevas
 
Indicadores ambientais
Indicadores ambientaisIndicadores ambientais
Indicadores ambientaisCaetana Coevas
 
Seminário bioquímica caetana
Seminário bioquímica caetanaSeminário bioquímica caetana
Seminário bioquímica caetanaCaetana Coevas
 
Fisiologia dos estômatos
Fisiologia dos estômatosFisiologia dos estômatos
Fisiologia dos estômatosCaetana Coevas
 
Efeitos do extrato aquoso syzygium cumini
Efeitos do extrato aquoso  syzygium cuminiEfeitos do extrato aquoso  syzygium cumini
Efeitos do extrato aquoso syzygium cuminiCaetana Coevas
 
Contenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadas
Contenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadasContenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadas
Contenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadasCaetana Coevas
 
Resumo UC UFSCar Caetana
Resumo UC UFSCar CaetanaResumo UC UFSCar Caetana
Resumo UC UFSCar CaetanaCaetana Coevas
 

Plus de Caetana Coevas (8)

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...
LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO DE PLANTAS DANINHAS EM ÁREA COM SISTEMA AGROFLO...
 
Indicadores ambientais
Indicadores ambientaisIndicadores ambientais
Indicadores ambientais
 
Seminário bioquímica caetana
Seminário bioquímica caetanaSeminário bioquímica caetana
Seminário bioquímica caetana
 
Fisiologia dos estômatos
Fisiologia dos estômatosFisiologia dos estômatos
Fisiologia dos estômatos
 
Efeitos do extrato aquoso syzygium cumini
Efeitos do extrato aquoso  syzygium cuminiEfeitos do extrato aquoso  syzygium cumini
Efeitos do extrato aquoso syzygium cumini
 
Contenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadas
Contenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadasContenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadas
Contenção do fluxo gênico de plantas geneticamente modificadas
 
Sem. de ecologia1
Sem. de ecologia1Sem. de ecologia1
Sem. de ecologia1
 
Resumo UC UFSCar Caetana
Resumo UC UFSCar CaetanaResumo UC UFSCar Caetana
Resumo UC UFSCar Caetana
 

Influência do sombreamento natural de duas espécies arbóreas

  • 1. INFLUÊNCIA DO SOMBREAMENTO NATURAL DE DUAS ESPÉCIES ARBÓREAS NA TEMPERATURA DE EDIFICAÇÕES MARIO CARLOS RODRIGUES AYRES Disciplina: Climatologia Orientador: Prof. Ms. Davi Gutierrez Antonio Alunas: Caetana Coevas Tâmara Saba
  • 2. Objetivo O objetivo desta pesquisa foi o estudo de diferentes espécies arbóreas quanto ao sombreamento e seus efeitos na temperatura de um ambiente construído, a partir de medições de temperaturas de globo e do ar, umidade relativa e velocidade do vento.
  • 3. Foram analisados o sombreamento de duas espécies arbóreas, a Sibipiruna (Caelsalpinia peltophoroides) e o Flamboyant (Delonix regia), quanto à atenuação da temperatura em ambientes internos, proporcionada pela sombra de cada uma das espécies, em edificações abertas.
  • 4. Revisão Bibliográfica •A ação da radiação solar •Espectro da radiação solar •Radiação solar e o filtro atmosférico •Energia erradiada •Radiação difusa •Radiação de onda longa
  • 5. Revisão Bibliográfica •Clima •Variáveis climáticas •Radiação solar •Temperatura do ar •Umidade atmosférica •Circulação atmosférica
  • 6. O homem e o meio ambiente As atividades do homem influenciam o clima e estas, por sua vez, são influenciadas pelas variáveis que integram e caracterizam o clima de uma região.
  • 7. Conforto térmico O homem, como qualquer corpo, troca calor com o meio desde que exista o princípio da diferença de temperaturas. As trocas térmicas entre o homem e o meio são governadas por muitas variáveis.
  • 8. Processo de perda e ganho de calor. Adaptada de: Romero (1988).
  • 9. Variáveis de conforto térmico As variáveis de conforto térmico se dividem em variáveis ambientais, atividade física e vestimenta. As variáveis ambientais são a temperatura do ar, umidade relativa e a velocidade do vento.
  • 10. As condições ambientais, capazes de proporcionar sensação de conforto térmico são diferentes para habitantes de clima quente e úmido e de clima quente e seco e, principalmente, de clima temperado ou frio, de acordo com Frota & Schiffer (2001).
  • 11. A Vegetação As características próprias da vegetação em climas quentes as converte em perfeitos condicionadores térmicos, quando recebem a radiação solar. A absorção das folhas é alta, em torno de 90% das lumínicas e 60% das infravermelhas.
  • 12. Uma pequena quantidade de radiação é transmitida por transparência através da folha e o restante, entre 15% e 30%, é refletida. Da energia absorvida, uma parte se transforma em energia química potencial por fotossíntese.
  • 13. Elementos vegetais apresentam melhor desempenho térmico em relação aos materiais inertes. Na figura observa-se que a grama ao sol tem uma temperatura menor que o passeio à sombra. Desempenho térmico dos vegetais em relação aos materiais inertes. Adaptada de: Rivero (1986).
  • 14. Rivero (1986), comenta que em uma série de medições realizadas nos Estados Unidos, durante o verão, foram encontradas as seguintes diferenças entre as temperaturas máximas e mínimas registradas ao longo do dia: • No pavimento da rua: 32,60° C; • No solo de areia: 25,90° C; • No solo gramado: 16,00° C; • No ar a 1,20m de altura: 14,20° C.
  • 15. Pelo estudo pode-se comprovar que em regiões de clima quente é importante o uso da grama nos solos exteriores em vez dos materiais de construção.
  • 16. A temperatura do ar próxima à edificação é menor quando o solo é revestido por vegetação, pois a ventilação que ingressa no espaço interior produz melhores condições térmicas, uma vez que os vegetais emitem menos energia radiante em direção às paredes e possuem baixo coeficiente de reflexão diante da radiação solar.
  • 17. Efeitos físicos da vegetação Nenhum efeito físico da vegetação que possa interferir no ambiente humano ocorre isoladamente, pois todas as funções do vegetal visando o controle climático estão interconectadas.
  • 18. Controle da radiação solar As árvores controlam os efeitos da radiação solar filtrando os raios diretos, através da absorção do calor irradiado da superfície do solo e pelo controle da radiação refletida, mas sua eficiência dependerá da forma, da natureza, das exigências específicas do vegetal e do clima local, de acordo com Furtado (1994).
  • 19. Controle da radiação solar pela vegetação. Adaptada de: Robinette (1977 ).
  • 20. Controle do vento O controle do fluxo do vento é outra forma de efeitos produzidos pela vegetação que afetam o conforto humano e é controlado por meio da obstrução, filtração e orientação da direção. Controle do vento pela vegetação. Adaptada de: Robinette (1977).
  • 21. Controle da umidade A vegetação, ao absorver a água das chuvas e devolvê-la à atmosfera, altera o nível de conforto no microclima, ao retirar umidade do solo e ao transpirar. As árvores reduzem a evaporação da umidade do solo para a atmosfera, conservando-a e retendo-a.
  • 22. Controle do microclima Com a presença da vegetação a temperatura de uma área poderá ser reduzida, mesmo que não possua altura suficiente para fornecer sombra
  • 23. Benefícios da vegetação Dentre os vários aspectos positivos pode-se destacar: • a sua importância como filtro ambiental, reduzindo os níveis de poluição do ar por meio da fotossíntese; •a atenuação da poluição sonora pelos obstáculos que oferece à propagação das ondas de som;
  • 24. •o equilíbrio da temperatura ambiente proporcionado pela sombra e evapotranspiração que realiza; a redução da velocidade dos ventos; •a redução do impacto das chuvas; a atração para a avifauna e a harmonia paisagística e ambiental de um espaço.
  • 25. Redução da temperatura Os vegetais interceptam, refletem, absorvem e transmitem a radiação solar, melhorando a temperatura do ar no meio ambiente. A eficiência do processo depende das características da espécie utilizada, tais como a forma da folha, a densidade foliar e o tipo de ramificação.
  • 26. Sombreamento natural. O sombreamento tem como objetivo melhorar as condições de conforto humano nos espaços edificados, de tal forma que essas condições atuem quando os ambientes tornarem-se desconfortáveis devido à temperatura elevada e o uso de resfriamento artificial se prenuncie necessário.
  • 27. Sombreamento arbóreo a o ar livre O efeito do sombreamento pela vegetação arbórea produz, durante o dia, redução na temperatura do ar próximo à sua superfície.
  • 28. Sombreamento em edificações Sattler et al. (1987), em estudo sobre as geometrias das sombras proporcionadas por várias formas diferentes de copas de árvore, usou, como ferramenta de projeto um programa de computador que avalia os efeitos das sombras das árvores em relação às edificações.
  • 29. Sombreamento em edificações Os resultados da comparação dos índices mostraram que indivíduos arbóreos de copa densa e baixa e folhas largas não são recomendados sob o ponto de vista do conforto térmico, pois a estrutura da copa dificulta a ventilação em função da ascensão do ar quente, tornando mais difícil a sua dissipação.
  • 30. Sombreamento em edificações Formas de Árvores Adaptada de: Sattler et al.(1987).
  • 31. Sombreamento em edificações Pelas conclusões, das três espécies analisadas a que proporciona a sombra com a melhor qualidade térmica é a Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides), em segundo lugar a Tipuana (Tipuana tipu), e por ultimo a Sapucaia (Lecythis pisonis).
  • 32. A Vegetação e a edificação Além da energia recebida pela radiação solar direta e pela radiação solar difusa, a edificação recebe, também, a energia solar refletida pelo chão ou pelas construções vizinhas, o que pode alterar a radiação total recebida e por conseqüência, os critérios de orientação.
  • 33. Sombreamento em edificações De acordo com Mcpherson & Rowntree (1986), estudos comprovam que a superfície externa de uma fachada sombreada pela vegetação pode estar 5ºC mais fria que uma superfície exposta ao sol, desde que construída com o mesmo material e apresentando as mesmas características construtivas.
  • 34. Interação entre a vegetação e edificação De acordo com Mcpherson (1984), nas edificações a vegetação propicia resfriamento passivo por meio de: • Sombreamento lançado pela vegetação, que reduz a conversão da energia radiante em calor sensível, reduzindo as temperaturas de superfície dos objetos sombreados. • Evapotranspiração na superfície da folha, resfriando a folha e o ar adjacente devido à troca de calor latente.
  • 35. A Vegetação e a edificação Para escolha e localização da vegetação adequada, em primeiro lugar faz-se necessário à análise climática que deve orientar se há necessidade do resfriamento e qual a sua importância para a edificação, cita Rivero (1986).
  • 36. A Vegetação e a edificação A localização da vegetação para sombrear uma edificação deve permitir um ótimo desempenho no resfriamento e produzir também economia de energia.
  • 37. A Vegetação e a edificação Para a aplicação da arquitetura bioclimática, é necessário que se tenha uma interação entre edificação e a vegetação, e que se possa produzir resultados tanto no campo econômico como no aspecto da construção do ambiente, proporcionando ao usuário do espaço conforto e qualidade de vida.