Anne e sua família se mudam para uma nova terra desconhecida. Lá, ela conhece Nataniel, um homem nativo que parece ter uma conexão especial com ela. Ele a leva para conhecer a aldeia e mostra que tem interesse em se aproximar mais de Anne.
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Anne olhava para fora do barco pensativa. Há cinco dias estava viajando para um lugar
desconhecido. Seu pai juntou a esposa e filhas e decidira recomeçar a vida em outro continente. Suas
irmãs mais jovens ficaram ressentidas por deixarem os amigos e não quiseram sair da cabine durante
todo o trajeto.
Anne obedeceu aos pais, ajudou a arrumar os baús e partira decidida a começar uma nova vida em
outro lugar. Ela nunca havia se apegado a amizades, uma vez que gostava de passar a maior parte do
tempo lendo um bom livro ou passeando pelo jardim de casa.
Seus pensamentos foram interrompidos quando avistou a terra ao longe. Aquela que viria a ser o seu
futuro lar. Olhou para o céu, fez uma prece e sorriu. Estava na hora de chamar suas irmãs
rabugentas.
Desceu um lance de escadas e bateu à porta das irmãs. Elas estavam com os olhos inchados e os
cabelos desgrenhados. Carinhosamente Anne passou a mão pelo cabelo da irmã mais nova, Grace.
Seus cabelos eram loiros e lisos e seus olhos de um azul profundo como os da mãe. Claire também
tinha os cabelos loiros e lisos, mas seus olhos eram verdes como os do pai de ambas. Anne tinha
lindos cabelos loiros e anelados que iam-lhe até o meio das costas. Seus olhos eram cinzas e serenos.
Elas já subiam as escadas quando os pais vieram lhes chamar. As três estavam bem arrumadas e
protegidas do sol, aguardando a chegada em terra. Desceram até um pequeno barco e seguiram em
silêncio a terra.
Anne e suas irmãs seguiram num barco e os pais em outro, com os baús logo atrás. Assim que
desceram, elas olharam ao redor. Anne jamais havia visto uma terra tão linda. A areia era branca, o
céu muito azul e ao redor, tudo era muito verde. Ela olhou para cima e viu uma ave colorida e um
sorriso brotou-lhe dos lábios. Ela não sabia, mas um par de olhos negros a observava há pouca
distância.
Quando deu por si, surgiram alguns homens de pele mais escura, longos cabelos trançados, olhos
negros e vestidos com umas roupas engraçadas. Elas eram de couro cru. As calças de um couro mais
curtido, escuro. A blusa era uma espécie de camisa sem mangas, que deixava de fora os braços
fortes. Eles calçavam mocassins também de couro. Pareciam homens rudes, mas foram gentis ao
guiar as pessoas e a carga para dentro da floresta.
Suas irmãs iam na frente de braços dados, curiosas e agora um pouco menos ranzinzas. Anne ia
segurando o seu vestido, com medo de tropeçar e cair, mas ela estava gostando do que via e sentiu
que aquele novo mundo seria importante em sua vida.
Assim que saíram da floresta fechada, chegaram até uma pequena aldeia onde várias famílias
estavam construindo suas casas. Anne franziu os olhos e seguiu os pais até uma pequena casa recém-
construída. A madeira era crua, ainda não tinha cor, mas a casa era simpática.
Por dentro havia 3 quartos, uma cozinha com um belo fogão a lenha e panelas de cobre penduradas
no teto. Havia uma sala com vários bancos de madeira e poltronas forradas de couro e pele. Anne
gostou especialmente da mesa de madeira rústica. Em cima havia vários vasos de barro com lindas
flores que ela havia visto na floresta. Acariciando-as, deu um pequeno sorriso e sentiu um arrepio em
sua nuca.
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Virou-se e seus olhos se encontraram com belos olhos negros como a noite. O homem estava parado
á porta segurando um dos baús. Ele tinha cabelos que caíam-lhe nos ombros, trançados. Sua pele era
escura marcada pelo contato do sol. Suas mãos eram longas. Seus braços eram firmes. Anne deu-se
conta que o estava encarando e deu-lhe um sorriso. Ele mostrou dentes brancos e perfeitos ao sorrir-
lhe de volta.
- onde devo colocar os baús senhora?
- a... ali, por favor, disse Anne, gaguejando e apontando para um dos quartos.
Ele se encaminhou tranquilamente até o quarto dela, onde depositou o baú ao lado de sua cama.
Anne seguiu seus passos com o olhar curioso. Ele era alto e magro, porém forte. As calças caíam-lhe
pelos quadris e inconscientemente ela mordeu os lábios no exato momento em que ele se virou e a
olhou novamente.
Os olhos dele escureceram, observando os dentes dela morderem os lábios macios e rosados. Ela
ouviu-lhe o suspiro e virou-lhe as costas, engolindo em seco.
- Moça! A senhora precisa de mais alguma coisa?
Anne virou-se de frente para ele....
- E... eu não sei. Preciso perguntar ao meu pai. Qual o seu nome, por favor?
- Nataniel!
- O meu é Anne.
- Neriahu!
- Como? Perguntou Anne, gaguejando.
- Neriahu. Esse nome surgiu em minha mente quando a vi pela primeira vez, na praia.
- oh... Anne não sabia o que dizer e ficou apertando as mãos, nervosamente.
Mordeu os lábios novamente e viu os olhos dele acompanhando os movimentos de seus lábios sendo
esmagados pelos dentes pequenos e retos.
Seus pais surgiram na sala, sem notarem o que estava acontecendo.
- Nataniel, há quanto tempo! Como vão as coisas por aqui? – Charles, pai de Anne cumprimentou
abraçando o homem como se fossem velhos amigos.
Sorrindo, o homem retribuiu o abraço. – Muito bem Charles, sejam todos bem-vindos. Os armazéns
estão abastecidos e as terras estão sendo cuidadas para o plantio ainda esta semana.
Sarah, mãe de Anne, também cumprimentou Nataniel, sorrindo. – Olá Nataniel, há muitos anos eu
não o vejo. Como vai sua família?
- Estão todos bem, Senhora. Minha mãe com certeza as aguarda, ansiosa.
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Anne ficou observando aquela conversa, confusa. Ela nunca havia visto aquele homem antes e seus
pais agiam como se o conhecessem há tempos. Franziu os olhos e Nataniel a encarou com os olhos
brilhando.
- Vejo que já conheceu Anne, minha filha mais velha, falou Charles com um sorriso nos lábios,
satisfeito.
- Sim, acabamos de nos conhecer.
- Minhas outras filhas estão com certeza andando pela aldeia, mais tarde você as conhecerá.
- Minha mãe os espera mais tarde com o jantar de boas-vindas. Espero que venham todos!
- Claro Nataniel. Será um prazer! Respondeu Sarah.
- Bom, creio que já vou indo. Ainda tenho que cuidar dos cavalos antes do anoitecer, falou Nataniel,
ainda encarando Anne.
Estendendo a mão, Charles respondeu: - Nos vemos mais tarde então Nataniel e agradeço pela ajuda
com os baús.
Anne observou-o saindo e ficou pensativa.
- Bonito rapaz não é Anne? Perguntou sua mãe.
- Ah... oh... é sim mãe.
- Chame suas irmãs. Vamos abrir os baús, arrumarmos a casa e trocarmos para o jantar na casa de
Nataniel. Você vai gostar da mãe dele.
Exaustas, as mulheres observaram a casa toda arrumada, satisfeitas. Anne seguiu até o seu quarto e
trancou a porta. Encheu sua pequena banheira esmaltada de branco com água quente e sentou-se ali
para se lavar. Ficou alguns minutos pensando em Nataniel. Os olhos dele não saíram dos seus
pensamentos desde que o tinha conhecido. Sentiu um arrepio percorrer a sua espinha e tratou de
sair rapidamente da água. Nem notou que já estava esfriando.
Escolheu um vestido branco, simples, bordado com pequenas flores coloridas. Vestiu suas longas
meias e calçou sapatos confortáveis. Prendeu seus cabelos no alto da cabeça, deixando alguns
cachos cair-lhe pelas costas. Saiu do quarto no exato momento em que seus pais e irmãs se reuniam
na sala. Eles se entreolharam satisfeitos e foram para fora.
Anne estranhou que o pai não trancou a porta de casa e seu pai sorriu, explicando que ali não havia
problema, que todos eram conhecidos.
Satisfeita, Anne deu o braço ás irmãs e foram caminhando até uma casa grande, com a madeira
pintada de branco. Antes de baterem á porta, esta se abriu e uma mulher robusta, de pele vermelha
curtida pelo sol saiu abraçando a todos, afável.
- Sarah! Charles!
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- Querida Carmem, há quanto tempo! Você está a mesma, não mudou nada. Disse a mãe de Anne,
sorrindo, feliz.
Estas são as minhas filhas: Anne, a mais velha; Grace, a mais nova e Claire, a do meio.
- Como elas são lindas, Sarah. Carmem abraçou as três em um longo abraço de urso. Elas sorriram
umas pras outras e entraram, satisfeitas. Carmem era uma mulher muito simpática e hospitaleira.
Sua mesa estava repleta de frutas que davam água na boca. Havia duas travessas de madeira
trabalhada onde estavam estendidosalguns peixes assados por cima de folhas de bananeira.
Carmem chamou os filhos e os apresentou: - Este é o meu filho do meio, Kai. Ele nasceu pouco
depois de Nataniel. O significado do seu nome é árvore salgueiro. Este é o meu filho mais jovem,
Kalisha, que significa caçador. E esta é Aiyana, minha flor eterna. Eles tem quase a mesma idade das
suas filhas Sarah.
- Isso é maravilhoso, Carmem. Tenho certeza que farão companhia uns aos outros!
Todos foram muito simpáticos. Eles eram muito parecidos com Nataniel. Tinham a pele queimada do
sol e seus dentes eram brancos. Os irmãos eram fortes, porém, não tão altos como o irmão mais
velho. Aiyana era pequena e magra, mas transmitia segurança.
As irmãs de Anne logo se juntaram ao grupo de jovens e Anne sorriu, observando-as. Logo
esqueceriam as antigas amizades. Ela ouviu seu estômago fazer um barulho estranho e sorriu consigo
mesma, pousando a mão na barriga.
- Isso é fome?perguntou uma voz atrás de si.
Ela se virou, assustada. - oh, Nataniel, eu não vi você chegando, ela respondeu, abrindo um sorriso. E
sim, estou com fome e só agora reparei nisso.
Sorrindo para ela, ele estendeu a mão, a levou até a mesa e sentou-se ao seu lado.
- Você está linda, ele falou baixinho, quase ao seu ouvido.
- M... muito obrigada, ela respondeu, baixinho e com as bochechas vermelhas.
- Você fica mais linda ainda corando desse jeito, ele falou rindo.
- Eu fico sem jeito com elogios, ela respondeu com um pequeno sorriso, sem graça.
- Não fique! Você é realmente linda! Ele falou e passou os dedos levemente sobre a sua mão,
estendida em cima da mesa.
Anne levantou o olhar, com medo que todos estivessem os observando, mas ninguém estava
olhando pra eles. Todos estavam rindo e conversando entre si, e ela respirou aliviada.
- Diga-me Neriahu, você está gostando da aldeia?
- É tão estranho você me chamar assim, mas ao mesmo tempo, eu gosto deste nome.
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- Este nome veio da tribo onde sou descendente. Minha mãe veio de outro continente e conheceu os
seus pais onde vocês moravam. Meu pai era americano descendente dos índios Cherokees. Neriahu
significa Deus, a Luz. Quando a vi pela primeira vez, descendo daquele barco na praia, eu a tão
branca e com os cabelos brilhando ao sol, como se fosse uma luz. E esse nome saiu da minha boca
antes que eu pensasse em outra coisa.
Anne suspirou diante dessa explicação. Um sentimento muito forte ligava-a a este homem. Seu
coração batia forte e ela não sabia como explicar. Apenas sentia...
Ele pegou sua mão por baixo da mesa. – Neriahu, gostaria de conhecê-la melhor. Posso levá-la para
conhecer a aldeia após o almoço? Ele perguntou baixinho.
- S...sim, sim, claro! Eu gostaria muito. Ela respondeu, sentindo seu rosto queimar.
Ele sorriu-lhe com aqueles belos dentes e se voltaram para a comida.
O jantar foi descontraído e cheio de surpresas. Carmem era uma mulher muito simpática que deixava
todos muito à vontade. Seu marido estava viajando a procura de novas mercadorias para o armazém
da família.
Logo após o jantar, todos se sentaram em confortáveis poltronas e Nataniel pediu a Charles para dar
um passeio com Anne.
A aldeia era pequena e Nataniel ia descrevendo as casas, as pessoas, os armazéns. Falou-lhe sobre as
praias, a floresta, os inúmeros pássaros e animais. Anne ouvia, embevecida. Sua voz era grave e
causava um prazer em ouvir-lhe. Eles andavam muito próximos um do outro, quando Anne tropeçou
numa pedra. Ele segurou-lhe o cotovelo, o que causou um arrepio nela.
- Está com frio Anne?
- N... não. Quer dizer, sim! Eu acho que sim!
Puxando uma chave do bolso, Nataniel parou em frente ao armazém da família. – Espere um
momento Anne, eu já volto.
Anne olhava ao redor, com interesse, aguardando Nataniel. Ouviu-o voltar e trancar a porta,
segurando algum tecido. De repente, ele estava ás suas costas, estendendo um lindo xale bordado à
mão, de múltiplas cores.
Surpresa e com os olhos muito abertos, ela segurou as pontas do tecido. Era macio como seda.
- Oh Nataniel, é lindo!
- Fique com ele Anne, é um presente.
Sorrindo e sentindo seu rosto esquentar, Anne pousou sua mão por cima da dele, em seu ombro.
- Muito obrigada. Eu gostei muito.
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Por uns momentos, ele olha nos olhos dela e passa os dedos levemente por sua mão. Seus dedos são
calejados, mas Anne não se importou. Ela apenas entreabriu os lábios e molhou-os com a ponta da
língua, fazendo um arrepio percorrer a espinha dele.
Estendendo a mão até o seu pescoço, ele chega seu rosto perto do dela.
- Anne...
- Sim Nataniel!
Suas bocas se encontram num beijo leve, calmo e doce. Nataniel lutava consigo mesmo para não
apertá-la com força. Ele a puxa para si e aprofunda o beijo. O gosto dela é doce. Seus corpos estão
trêmulos. Anne nunca havia se sentido daquele jeito. Desde o momento que o viu, ela sabia que
aquilo podia acontecer, como se uma corrente elétrica atravessasse o seu corpo.
Por outro lado, Nataniel estava se esforçando para se controlar. Sua vontade era de deitá-la ali
mesmo no chão e possuir o seu corpo tamanho desejo que sentia. Mas ele sabia que Anne era
diferente, que teria que ter paciência e delicadeza necessária para conquistá-la. Pela primeira vez na
vida, ele queria fazer diferente. Ele a queria para sua vida.
Depois do beijo, ele encosta a sua testa na dela para ambos respirarem, até seus corpos se
acalmarem. Ele tomou a sua mão e saíram andando, calados.
Pouco depois, Anne quebra o silêncio.
- Nataniel, porque você é o único que não tem nome cherokee?
Sorrindo, ele responde: - Eu tenho sim Anne, é Yenene ou Yen, como me chamam aqui na aldeia.
- Qual o significado? Ela pergunta.
- Feiticeiro, bruxo.
Anne sente novamente um arrepio percorrer o seu corpo, pensando em como aquele nome lhe caía
bem.
- Posso chamá-lo de Yen?
- Neriahu, você pode me chamar do que quiser, ele respondeu sorrindo.
- É bonito, eu gosto.
- Apenas minha mãe me chama de Nataniel, pois era o nome do meu bisavô.
- Também é um bonito nome, mas eu prefiro Yen. Acho que combina mais com você.
Segurando sua mão com força, Nataniel para e olha para Anne.
- Neriahu, amanhã quero vir buscar-lhe antes do sol nascer. Quero mostrar-lhe um lugar. Aceita?
- Sim. Eu aceito.
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- Ótimo, ele respondeu sorrindo.
Em alguns minutos ambos entraram novamente na casa de Carmem e se juntaram aos demais numa
conversa alegre. Ninguém reparou nos olhos brilhantes dos dois e no rosto vermelho de Anne.
Assim que chegaram em casa, todos estavam muito cansados, mas satisfeitos com o dia. Eles se
encaminharam aos seus quartos e se puseram a dormir. Anne não conseguia dormir. Olhava para o
teto, pensativa. Tinha um sorriso nos lábios. Pensava em Yen.
Por outro lado, Nataniel fazia o mesmo. Pensava em Anne e em sua pele branca. Seu nariz era
delicado e salpicado com pequenas sardas. Seus olhos eram acinzentados como os olhos de um lobo.
– Ah Neriahu...!
Charles bateu na porta do quarto de Anne. – Filha, acorda. Nataniel está na porta te esperando.
Levantando de um pulo, anne se troca rapidamente e abre a porta para Nataniel.
Um sopro suave joga-lhe os cabelos nos olhos e Nataniel estende a mão e coloca-os atrás de sua
orelha. Sorrindo, Anne agradece e sai de braços dados com ele.
- Para onde pretende me levar Yen?
- Gosto que me chame assim Neriahu, ele falou, com a voz quente. – É surpresa!
Encaminharam-se para dentro da floresta por uma pequena estrada. Em alguns minutos chegaram a
uma praia maravilhosa. Ali estava estendida uma esteira de palha trançada e por cima dela, pousava
um pequeno lanche: pão, suco, bolo, geleia e frutas variadas.
Abrindo um sorriso, Anne surpreende Nataniel com um abraço.
- Ah que lindo! Eu adoreiii !! Quando fez isso?
Sorrindo, feliz com o sorriso dela, ele respondeu: - Antes de ir te buscar, eu preparei tudo. Venha,
sente-se, ele falou estendendo a mão para ela se sentar na esteira.
- Anne puxou o vestido para cima e sentou-se graciosamente ao lado dele.
Ele passou o braço pelos ombros dela e a puxou para si. – Olhe Anne, o sol já vai nascer.
Ambos ficaram ali, abraçados e felizes, observando o presente da natureza para ambos.
O céu ainda estava um pouco escuro, mas estava se pintando de amarelo, roxo, azul, laranja, rosa,
lilás. O espetáculo era lindo e Anne prendeu a respiração, inconscientemente e falou sussurrando:
- É a coisa mais linda que eu já vi em toda a minha vida!
Nataniel sorriu satisfeito e a abraçou com mais força.
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Ambos ficaram parados observando o sol se erguer por longos minutos. Depois começaram a
conversar, saboreando o lanche. Anne tirou os sapatos e enterrou os pés brancos e delicados na
areia. Nataniel gostava de vê-la assim serena, feliz.
Partindo o bolo, ele coloca um pedaço em sua boca. Sorrindo, Anne morde as pontas de seus dedos e
ele a agarra, rindo, jogando-a de encontro à esteira. Seus olhos se encaram e eles ficam em silêncio.
Anne passa a língua levemente nos lábios e Nataniel a beija. Suas línguas se encontram apaixonadas
e eles ficam ali trocando carinho e se beijando.
Algumas horas depois, Nataniel se levanta e convida Anne para conhecer outro lugar. Levando-a para
a floresta, ele para pouco depois em uma pequena clareira. Perto dali corria um pequeno riacho,
descendo de uma cachoeira que ficava meio escondida entre as pedras.
- Neriahu, esse pedaço de terra é meu. É daqui que eu tiro a minha alimentação e vendo no
armazém, ele falou, estendendo os braços á sua volta. Quero construir a casa onde vou morar bem
aqui, de frente para a cachoeira, o que acha?
- É lindo esse lugar Yen. Quantas flores! Mostre-meo resto, por favor!
Eles seguiram e Anne ficou encantada com a quantidade de frutas, legumes e verduras ali plantadas.
Tudo era muito bem cuidado. Parando para descansar ao lado de lindas e grandes abóboras, Nataniel
estende a esteira e puxa Anne consigo. – Venha!
Os dois se deitam de mãos dadas, observando o céu azul e sem nuvens.
Anne suspira. – Esse lugar é lindo! Gostaria de ficar aqui para sempre.
- Você pode. Case-se comigo Neriahu!
Assustada, porém feliz, Anne respondeu-lhe:
- Yen, podemos ser loucos, mas eu aceito sim. Sinto que aqui é o meu lugar!
Puxando o corpo dela para cima do seu, Nataniel cola a sua boca na boca de Anne. Os dois se beijam
ardentemente. Nataniel rola, colocando o corpo de Anne abaixo do seu. Ele olha nos olhos dela, que
o encaram com um “sim” silencioso.
Com uma mão, ele leva os braços de Anne acima de sua cabeça e prende seus braços ali. Com a outra
mão, ele passa carinhosamente as pontas dos dedos pelo rosto dela, parando em seguida nos lábios
molhados, macios e inchados pelos beijos. Sua mão desce devagar. Anne morde os lábios quando as
mãos dele pousam no decote do seu vestido.
Os pequenos e delicados botões são abertos gentilmente. Seu seio direito salta pra fora do tecido.
Nataniel o observa embevecido. Sua pele é tão branca! Seu colo salpicado de pequenas sardas. O
bico é grande, rosado. Ele o acaricia, deixando a pele de Anne eriçada. Os bicos ficam duros de
encontro à palma da mão dele e ele o aperta, provocando arrepios no corpo dela.
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Ele solta o outro seio dela. Ambos são redondos e macios. Ele abaixa a cabeça e deposita um beijo
gentil nos dois enquanto sua mão desce pelo tecido até encontrar a barra do vestido. Sua mão toca
suas pernas. Anne puxa a perna, assustada. Ele olha nos olhos dela silenciosamente avisando para ela
confiar nele. Ela relaxa as pernas e ele as afasta uma da outra. Sua mão toca delicadamente sua coxa.
Aperta devagar e continua subindo. Anne fecha os olhos quando os dedos dele toca seu sexo por
cima da calcinha.
Ambos suspiram baixinho. Anne morde os lábios quando Nataniel puxa sua calcinha de lado e toca
seu sexo molhado. Seus dedos apenas encostam nela e ela estica as pernas, abrindo-as um pouco
mais. Ele puxa seu vestido para cima e seus olhos brilham ao observar o botão rosa sobressaindo dos
lábios macios. Seus dedos afastam os lábios e ele fica deliciosamente surpreso por ver o quanto ela
está molhada e pronta para ele.
Sua boca abaixa vagarosamente e ela emite um gemido alto quando sua boca toca seu sexo
molhado. A língua dele percorre vagarosamente os lábios de cima para baixo e de baixo para cima.
Ela agarra os cabelos dele e aperta sua cabeça. Ele gira os lábios em torno do botão rosado e
inchado, provocando um tremor que ela não imaginou que fosse possível. Agora sua língua aumenta
os movimentos e Anne se contorce em seus braços. Ele sente o desejo dela chegando ao máximo e
para, causando um soluço do fundo da garganta dela.
Ele sorri, apaixonado. Ela implora com o olhar. Nataniel penetra um dedo nela e ela joga a cabeça
para trás. Sua língua junta-se ao seu dedo e ele suga seu sexo com ardor. Anne se esforça para
segurar e quando sente que o orgasmo se aproxima, ele se ajoelha entre suas pernas e a puxa para
si, afundando seu falo grande e duro dentro dela.
Ela engole a saliva e geme. Os movimentos deles são perfeitos, num vai-e-vem delicioso. Sem sair de
dentro dela, Nataniel senta-se na esteira, puxando-apara si e ela se senta com ele dentro dela, em
seu colo. Os bicos duros de seus seios roçam os mamilos duros dele. As peles fazendo um contraste
entre ambos. Anne abraça seu pescoço e joga a cabeça para trás, oferecendo seu pescoço para a
boca dele.
Sua língua percorre o pescoço dela, seu maxilar, a orelha e chega até á boca úmida e inchada de
desejo. Ele aprofunda sua língua dentro da boca dela e ela suga sua língua com força, morde, lambe
novamente seus lábios e suga sua língua novamente. O corpo deles se retesa ao mesmo tempo e
ambos explodem em um orgasmo perfeito.
Nataniel abraça Anne com força e sente seu gozo enchendo o sexo dela... quente... muito quente!
Anne sente seu sexo sendo preenchido pelo gôzo dele e aperta as coxas, olhando nos olhos dele.
Longos minutos se passam até que ambos deitam abraçados. Anne não consegue falar. Ela apenas
sorri e seus olhos brilham, felizes. Nataniel cola seus olhos nos olhos dela e sorri junto dela, fazendo
um carinho no rosto dela.
- Neriahu, minha luz! Ele sussurra...
- Yen, meu feiticeiro!
Os lábios se encontram novamente....