6. Contagem de Eritrócitos
Câmara de Neubauer( pouco acurada)
Contadores eletrônicos – princípio de
Coulter (contagem de pulsos de
impedância) mais exata e confiável
Coeficiente de variação <2%
Causas de erro: mais comum
crioaglutinação , rouleaux
Valores normais : ♂: 5,3 ± 0,8♀:4,7 ± 0,8
>70 a: 4,6 ± 0,7
7. Contagem de Eritrócitos
Diminuição da contagem
eritrocitopenia , quando acompanhado
de diminuição da Hb- anemia
Aumento da contagem
Eritrocitose , quando acompanhado do
aumento do Ht e Hb- poliglobulia
*no caso de microcitose pode haver
eritrocitose sem poliglobulia, e até
com anemia
8. Dosagem da Hemoglobina
Feita por espectofotometria após conversão
da hemoglobina em cianometemoglobina
Exatidão , com coeficiente de variação de
aproximadamente 2%
Causas de erro:
lipemia
alta contagem de leucócitos
sujeira na parede de leitura
Valores normais:♂ - 15,3 ± 2,5 ♀: 13,6 ± 2,0
9. HEMATÓCRITO
É o volume de massa eritróide de uma
amostra de sangue , expressa em
percentagem do volume desta
Contadores eletrônicos –cálculo derivado
através da multiplicação do VCM x E
Correlaciona-se melhor com a viscosidade
sangüínea que os eritrócitos
Valores normais: ♂: 47±7 ♀:42 ±6
11. Relação entre E ,Hb,Ht e volemia
Aumento volemia- hemodiluição →falsa
anemia → gestantes, ICC, IRC, infusão
excessiva de líquidos
Diminuição da volemia -
hemoconcentração→falsa poliglobulia →uso
de diuréticos , queimaduras, sudorese
excessiva , diarréia
Diminuição harmônica de plasma e
componente eritróide – inalterado-
hemorragias recentes
12. Índices Hematimétricos
VCM- volume corpuscular médio determina
o volume médio de cada eritrócito
VCM= Ht x10 / E
Correlaciona-se inversamente com o
número de E.
Causas comuns de erro:
Crioaglutinaçao / rouleaux
Conservação prolongada in vitro ⇑ VCM
Excesso EDTA- desidrata a célula-⇓VCM
Valores normais: 89±9
14. Índices Hematimétricos
HCM –é o conteúdo médio de
hemoglobina por eritrócito
HCM=Hb x 10÷E (pg/dl)
Valores normais – 24-33
CHCM - é a percentagem de
hemogobina em 100 ml de hemáceas
CHCM= Hb / Ht x 100
Valores normais 31-36%
15. Índices Hematimétricos
HCM e CHCM classificam as anemias
quanto à concentração de
hemoglobina ( que corresponde a
coloração da célula)
HIPERCRÔMICAS
NORMOCRÔMICAS
HIPOCRÔMICAS
16. RDW
RDW (Red blood cell Distribution
Width) – é a expressão numérica da
anisocitose ( presença de diferentes
tamanhos de hemáceas)
Inversamente proporcional a
homogeneidade da população
eritróide
Valores normais- 11-14,5
17. HISTOGRAMA
É uma curva de freqüência da distribuição e
tamanho dos eritrócitos, com o volume na
abscissa e a freqüência na ordenada
Quando a curva situa-se mais à esquerda
denota-se microcitose e mais a direita
macrocitose
Quando ocorre dupla população hemática
duas curvas podem se sobrepor e formar
uma curva em corcovas de camelo
22. RETICULÓCITOS
É a hemácea jovem após a perda do núcleo
Célula rica em RNA ribossômico
RNA atribui aos eritrócitos coloração
acinzentada ou arroxeada configurando
policromatocitose
Coloração com novo azul de metileno ou
azul brilhante de cresil- precipitação do
RNA que se encadeiam em forma de
retículo – reticulócitos
Valores normais 0,5-1,0%
25000-50.000/µl
25. Tamanho eritrocitário
Avaliar : macrocitose
normocitose
microcitose
Avaliar também a homogeneidade do
tamanho
anisocitose (quando não há
homogeneidade no tamanho
eritrocitário) expressa pelo RDW
43. Forma
Hemácea Normal
célula anucleada, rosada com palidez central
ocupando cerca de 1/3 da célula com
dimensões de 7-7,5µ
Formas anormais de hemáceas- chamados
pecilócitos ou poiquilócitos
Poiquilocitose ou Pecilocitose- presença de
formas anormais de hemáceas , comum em
anemias ferropênicas severas, anemia
megaloblástica, mielofibrose…
46. Principais Pecilócitos
Esferócitos - são eritrócitos de
biconcavidade e diâmetro reduzidos,
geralmente apresentam-se
hipercorados , forma esferocítica
devido a diminuição da superfície de
membrana
Podem ser encontrados na
esferocitose hereditária, anemias
hemolíticas
48. Principais Pecilócitos
Ovalócitos ou eliptócitos - são
eritrócitos com forma oval ou elíptica
decorrente de defeitos genéticos que
afetam as membranas do
citoesqueleto.Visto aneliptocitose
hereditária e pequeno número de
ovalócitos (<10%) também pode ser
visto nas anemias microcíticas e
megaloblásticas e nas síndromes
mieloproliferativas
50. Principais Pecilócitos
Estomatócitos – são eritrócitos com
a membrana retraída em cúpula . Na
lâmina é visto a área pálida central
em forma de fenda. Pode ocorrer no
RN,estomatositose
hereditária, doenças hepáticas , uso
de asparaginase
52. Principais Pecilócitos
Drepanócitos – caracteriza-se pela
presença de hemáceas em foice ou
forma de banana . Decorrente da
presença da hemoglobina S ,
presente em indivíduos portadores do
gen da anemia falciforme
54. Principais Pecilócitos
Equinócitos – são eritrócitos que
apresentam espículas regularmente
distribuídas em sua superfície , também
conhecidos por hemáceas crenadas .
Podem ser considerados artefatos quando
aparecem após conservação do sangue in
vitro , aquecimento da lâmina. E também
podem surgir em patologias como uremia
, no hipotireoidismo e no uso de heparina
intravenosa
56. Principais Pecilócitos
Acantócitos – são eritrócitos com
menor numero de espículas e
dimensões irregulares. São comuns
em hepatopatias , pós esplenectomia
58. Principais Pecilócitos
Leptócitos ou target cells – são eritrócitos
delgados com excesso de membrana. Ao
distender-se na lâmina coram-se mais no
centro e na periferia , por este motivo são
chamadas target cells (hemáceas em alvo). O
excesso de membrana pode ocorrer nas
hemoglobinopatias C e S , na ß-talassemia ,
asplenia e alterações da composição lipídica do
plasma que estão em contínua troca com as
moléculas de colesterol e lecitina da
membrana, como nas icterícias obstrututivas e
no tratamento com L-asparaginase
60. Principais Pecilócitos
Dacriócitos – são eritrócitos em
forma de gota , hemáceas em gota ,
ou tear drop cells . Quando
numerosos são bem característicos de
mielofibrose , quando vistos em
pequeno número podem estar
presentes em diversas anemias.
62. Principais Pecilócitos
Hemáceas fragmentadas ( helmet cells,
bite cells) – as hemáceas fragmentadas se
originam por vários mecanismos : trauma
por colisão em zonas de fluxo turbulento,
trauma ao passar por depósitos
intravasculares de fibrina ou agregados
plaquetários , trauma mecânico ( próteses
valvares) , agressão térmica (queimaduras)
, agressão química por fármacos oxidativos
63. Hemáceas Fragmentadas
O trauma geram invaginação na
membrana e após vacúolo cujo
rompimento deixa o eritrócito com
duas projeções simétricas
queratiformes que lhe dão aspecto de
capacete (helmet cells ou
queratócitos)
65. Hemáceas Fragmentadas
Quando a fragmentação é mais
intensa como em microangipatias
hemolíticas , geram pedaços de
eritrócitos em meia-lua, triângulo , ou
outras formas denominados
esquizócitos
70. Inclusões Eritrocitárias
Corpos de Howell-Jolly – são
restos nucleares remanescentes ,
vistos quando há hipofunção
esplênica , pela falta de função
filtrante do baço. Vistos também em
doenças com deseritropoiese
( anemias megaloblásticas ,
mielodisplasias ...)
72. Inclusões Eritrocitárias
Pontilhado basófilo – é um artefato
de coloração pela preciptação dos
ribossomos , quando muito ricos em
RNA. Pode ser visto em grandes
policromatocitoses, nos micrócitos da
ß-talassemia , deficiência genética de
pirimidina 5-nucleotidase , e um
pontilhado grosseiro é visto na
intoxicação pro chumbo (saturnismo).
74. Inclusões Eritrocitárias
Corpos de Heinz – são corpúsculos
maiores de hemoglobina desnaturada ,
precipitados por corantes como verde de
metila, azul brilhante de cresil e novo azul
de metileno. Pode ocorrer nas variantes
instáveis da hemoglobina, crises
hemolíticas da deficiência de G 6PD . São
removidos pelo baço, de modo que são
numerosos em pacientes
esplenectomizadas
76. Inclusões Eritrocitárias
Siderócitos – são grânulos de ferro
dispersos de modo irregular na
periferia do eritrócito , vistos nas
síndromes mielodisplásicas. São
vistos na coloração de Perls ( para
ferro- com azul da Prússia)
81. Inclusões Eritrocitárias
Anéis de Cabot – são restos de
membrana nuclear em forma de
filamento que permanece na
hemácea. Apresenta-se corado de
vermelho-violeta e em diferentes
formas : nó, oito, anel... Seu
aparecimento constitui sinal de
regeneração , ocorrendo em algumas
anemias graves e pós intoxicação por
chumbo
83. Maturidade
Eritroblastos são eritrócitos imaturos ,
ainda células nucleadas , não existem
normalmente no sangue periférico.
Aparecem em hiper-regenerações eritróides
extremas, metaplasia mielóide em baço e
fígado , quando a medula está ocupada por
fibrose, disseminação tumoral ou necrose .
Policromatocitose é o eritrócito jovem ,
intensa policromatocitose pode ser
encontrada em anemias hemolíticas,
aumento da eritropoiese
86. LEUCOGRAMA
É a parte do hemograma onde são
avaliados os leucócitos
*qualitativamente
*quantitativamente
87. LEUCOGRAMA
Avaliação quantitativa
*Contagem câmara de Neubauer
*Contadores eletrônicos – com
coeficiente de variação de 5%para
contagens entre 2.000 e 70-80.000 e
>10% para contagens <2.000
Valores normais: 3.600-11.000/µl
Neutropenia racial:10-20%valores
menores na raça negra
88. Avaliação quantitativa-Leucograma
Coleta matinal é a menos indicada,
geralmente 5-10% inferior à contagem
vespertina
Após refeições copiosas também causa
diminuição na contagem de leucócitos
Contagem feita ao final da manhã ou
entre as 15 e 18 horas é a preferida ,
sem exercício físico prévio ou trabalho
braçal
89. Leucograma
Ao contrário da contagem de leucócitos
, que é muito variável na população , a
proporção entre os tipos de leucócitos varia
pouco de pessoa a pessoa
Cada pessoa tem uma contagem própria de
leucócitos, mas todas tem mais ou menos a
mesma fórmula leucocitária, com amplo
predomínio de neutrófilos(entre metade e
dois terços do total) , alguns eosinófilos e
monócitos, e a terça parte restante de
linfócitos.Basófilos são raros, plasmócitos
só ocasionalmente vistos
91. Leucograma
Obs: neutrófilos totais são a soma de :
* bastonados ( 0-5%)
*segmentados
* e formas mais jovens mielóides como
metamielócito e mielócito
Na infância há um predomínio de linfócitos
sobre neutrófilos(7:3) até 6-7 anos, na
puberdade há equivalência e a partir daí o
hemograma do adulto como visto
previamente
92. Leucograma
Citopenias e citoses relativas nada
significam se não acompanhadas de
citopenias ou citoses absolutas.
A única exceção em que o valor
percentual tem significado
interpretativo é no número de
neutrófilos bastonados.
94. Neutrófilos
Precursores de neutrófilos:
*pool mitótico – blastos a mielócitos pré
mitóticos- evolução em torno de 8 dias
*pool pós-mitótico(maturativo)- mielócitos pós
mitóticos e metamielócitos
*neutrófilos de reserva- bastonados e
segmentados – com vida intra-medular de 3-7
dias
Esta reserva granulocítica medular contém
aproximadamente 14 vezes o número de
neutrófilos circulantes. Nela predominam os
neutrófilos bastonados sobre os segmentados,
na proporção de 3/2.
97. Características Celulares
Mielócito neutrófilo
*12-18µ
*Núcleo arredondado ou oval, relação
N/C 3:1, 3:2
*Podem apresentar nucléolos visíveis
*Citoplasma rosa-azulado, pequenas
granulações cor rosa-avermelhada,
aparecem primeiro junto ao núcleo,
espalhando-se depois pelo citoplasma
103. Características Celulares
Neutrófilo Segmentado
*10-16µ
*Núcleo com 2-5 lobos unidos entre si
por filamentos estreitos
*Relação N/C 1:3 a 1:5
*Citoplasma cor rosa-clara a azulada,
numerosos granulos pequenos de
distribuição uniforme de cor-de –rosa
a rosa-violeta
105. Neutrófilos
A distribuição dos neutrófilos na
circulação é disposta na corrente
circulatória, pool circulante, e outra
parte adere ao endotélio dos vasos ,
pool marginal, sendo que esta última
não é contada na avaliação
quantitativa leucocitária
106. Neutrofilia
É o aumento do número absoluto de
neutrófilos no sangue ( acima de
7000 e 10-20% menos nas
populações negras)
Descargas adrenérgicas podem
causar neutrofilia rápida e fugaz pela
mobilização do pool marginal
107. Desvio à Esquerda
É a quebra da hierarquia na liberação
dos neutrófilos da reserva
granulocítica medular para o sangue
É a única eventualidade em que o
valor percentual é o parâmetro a ser
julgado na interpretação
108. Causas de Neutrofilia
A neutrofilia é a expressão hematológica da
resposta defensiva do organismo
Pode ocorrer :
*doenças infecciosas
*doenças inflamatórias agudas e crônicas
*IAM – neutrofilia com eosinopenia
* fármacos- lítio, corticóide
* após trauma severo
*pós operatório
*neoplasias
109. Neutropenia
É a diminuição do número absoluto
de neutrófilos
Valores inferiores a 1500 são
anormais em pacientes brancos , mas
em pacientes negros apenas
inferiores a 1200/µl
Neutropenias entre 500-1000 são
ditas moderadas , < 500-severas
110. Causas de Neutropenia
Uso de fármacos: fenotiazinas,
antitireoideos, clozapina,
quimioterápicos
Neoplasias ( invasão de M.O.)
Doenças infecciosas
Neutropenias crônicas: neutropenia
cíclica, neutropenia crônica benigna,
sínd. Genéticas ( ChediaK-Higashi...)
111. Alterações Qualitativas dos Neutrófilos
A microscopia é indispensável para
notar as alterações citoplasmáticas ,
nucleares e identificação de células
imaturas da linhagem mielóide
As alterações podem ser ,
principalmente:
*reacionais
*defeitos genéticos notados à
microscopia
112. Alterações Reacionais
Granulações Tóxicas
Quando a granulopoiese é continuadamente
exigida , pela extensão e duração de um foco
inflamatório, há encurtamento do estágio
intermitótico e diminuição dos prazos de
maturação das células precursoras; sendo
asssim , os neutrófilos chegam ao sangue
periférico com granulações primárias, própria
dos pró-mielócitos. São grânulos grandes, ricos
em enzimas e coram-se em roxo-escuro.
Quando tais granulações estão presentes em
neutrófilos são ditas granulações tóxicas.
O tratamento com filgrastima também pode
causar o aparecimento de granulações tóxicas.
114. Alterações Reacionais
Vacuolização Citoplasmática
Vacúolos citoplasmáticos ocorrem pela
exocitose de material fagocitado e do
conteúdo de conglomerados de
lisossomos. São freqüentes em
infecções. A conservação in vitro com
EDTA causa vacuolização
116. Alterações Reacionais
Hipersegmentação Nuclear
Presença de neutrófilos com 5 ou mais lóbulos são
ditos neutrófilos hipersegmentados
É notada em:
Defeito genético
IRC
Neutrofilias de longa duração
Hematopoise megaloblástica
SMD e SMP
Tratamento com HU
Queimaduras extensas- neutrófilos botrióides
(neutrófilos com hipersegmentação nuclear
bizarra, com aspecto em cacho de uva)
118. Alterações Reacionais
Presença reacional de células mielóides
imaturas ( reação leucemóide)
É a presença de células mielóides imaturas com
predomínio de mielócitos reacional a
determinadas patologias:
Neutrofilia da gravidez
Uso de fármacos: corticóide , filgrastima
Neoplasias
Infecções graves
Obs : a coloração da fosfatase alcalina dos
leucócitos é útil no diagnóstico diferencial
119. Bastões de Auer-Rod
Inclusões citoplasmáticas, presentes
em mieloblastos e monoblastos, de
cor vermelho-púrpura e forma de
bastão , corresponde ao alinhamento
de grânulos primários
Ocorre em leucemias mielóides
121. Defeitos Genéticos
Notados à Microscopia
Anomalia de Pelger-Huët
É um defeito genético autossômico dominante,
sem significado patológico, da segmentação de
neutrófilos , com presença apenas de
bastonados e bissegmentados. Desvio à E
constante , que é normal no caso do portador
da anomalia. Poderá ser considerado pelo
médico, se não for informado a característica
da anomalia
Nas SMD(freqüentemente) e SMP (
raramente), pode hever um defeito de
segmentaçãodos neutrófilos que lembra a
anomalia genética, os neutrófilos são ditos
pelgeróides
123. Defeitos Genéticos
Notados à Microscopia
Anomalia de Alder-Reilly
Defeito recessivo raro da granulação de
neutrófilos, sem significância
patológica. Há uma granulação roxo-
escura nos neutrófilos, semelhante as
granulações tóxicas, mas mais
abundante
125. Defeitos Genéticos
Notados à Microscopia
Síndrome de Chediak-Higashi
É um grave defeito genético recessivo. Há
neutropenia e defeito funcional dos
neutrófilos, pancitopenia progressiva,
deficiência imunológica, albinismo óculo-
cutâneo,alterações neurológicas e morte
prematura. O hemograma mostra
leucócitos com granulações gigantes,
decorrentes da coalescência de lisossomos,
coradas em vermelho ou pardo-escuro
127. Linfócitos
Os linfócitos pequenos, que predominam no
sangue , são células de 7-15µ cromatina
densa que oculta os nucléolos, e escasso
citoplasma hialino de cor azul-celeste a
azul-escuro , geralmente sem
grânulosrelação N/C3:1. Os linfócitos
grandes tem mais citoplasma, e o núcleo
pode ter pequena chanfradura, que podem
confundir-se com monócitos
Normalmente 70-90% dos linfócitos
sangüíneos são T e 5-20% são B
129. Linfócitos
Os linfócitos vivem longamente , circulam no
sangue e na linfa e localizam-se por prazo variável
nos orgãos linfóides, onde podem ativar-se e
proliferar em resposta a estímulos imunológicos
Os linfócitos ativados têm cromatina frouxa ,
nucléolos perceptíveis e citoplasma amplo , quando
vistos no sangue periférico são ditos linfócitos
atípicos
Da proliferação terminal de linf.B originam-se os
plasmócitos , células de núcleo denso e excêntricoe
citoplasma muito basófilo, especializadas na síntese
de imunoglobulinas
Linfócitos ativados e plasmócitos surgem no sangue
em respostas imunológicas , principalmente à
viroses
131. Linfocitose
É o aumento no número absoluto de
linfócitos no sangue
Causas :
*Esplenectomia
*Hemopatias malignas
*Sífilis
*Mononucleose infecciosa EBV,geralmente
acompanhado de monocitose
*CMV
*HIV após incubação , com linfócitos atípicos
132. Linfopenia
É a diminuição do número de linfócitos
abaixo de 1000/µl
Causas :
*Linfopenia passageira- estresse agudo (eixo
hipófise –supra-renal)
*Após radioterapia
*Drogas imunossupressoras(globulina anti-
linfocítica, corticóides em alta dose)
*Linfoma de Hodgkin
*LES
*AIDS
133. Plasmocitose
Plasmócitos tem cerca de 9-20µ, núcleo roxo-
escuro, sem nucléolos, excêntrico, citoplasma
azul-escuro e abundante, apresentando uma
área clara junto ao núcleo
Em pequeno número, são vistos no sangue na
maioria das viroses e nas reações imunológicas
Hepatite A – palsmocitose geralmente 2-6%,
não há linfocitose
Rubéola –plasmocitose de 3-30% +
neutropenia e desvio à E
Mieloma múltiplo-alguns plasmócitos podem
ser notados no sangue
135. Eosinófilos
São células da linhagem mielóide
podendo ser metamielócitos,
bastonetes, segmentados que
apresentam granulação grosseira em
núcleo de cor negro-azulada e em
citoplasma de cor vermelho-laranja
137. Alterações dos eosinófilos
Eosinofilia – é o aumento do número
absoluto de eosinófilos, >500/µl
Causas :
*Parasitoses
*Doenças alérgicas e da pele
*Radioterapia
*Síndrome hipereosinofílica
*Leucemias
*Eosinofilia discreta pode ocorrer em:
colagenoses, serosites, TBC…
138. Eosinopenia
<50/µl
Causas :
*todos os casos de estímulo do eixo
hipófise/supra-renal ( estresse, dças
infecciosas)
*uso de corticóide
139. Basófilos
São células da linhagem mielóide
podendo ser metamielócitos,
bastonetes, segmentados que
apresentam granulação grosseira de
cor negro-azulada em núcleo e
granulações violeta-escuro em
citoplasma
141. Basofilia
É constante na LMC , nas etapas
tardias pode chegar a >4000
Nas demais SMP uma percentagem
de 2-4% é usual
OBS: Basopenia- é impossível de
interpretar, pois o limite de referência
inferior é zero
142. Monócitos
Os monócitos circulam brevemente no
sangue e exercem suas funções nos
tecidos, onde se localizam como
macrófagos fixos
É uma célula com cerca de 14-21µ com
núcleo em forma de ferradura ou
chanfrado, as vezes com imagens
semelhantes a circunvoluções, relação
N/C 1:1, sem nucléolos.Citoplasma azul-
acinzentado, com numerosas
granulações azuladas finas lembrando
poeira, presença ocasional de vacúolos
144. Monocitose
É o aumento dos monócitos acima de 1000/µl
Monocitoses reacionais entre 1000-2000/ µl,
são comuns, a monocitose acompanha a
neutrofilia nos processos inflamatórios
Dças infecciosas que se acompanham de
monocitose: endocardite, TBC, brucelose
Monocitose vicariante na neutropenia crônica
benigna,agranulocitose por fármacos,
neutropenia cíclica
Regeneração pós aplasia por QT, há
monocitose antes da neutrofilia
LMMC
145. LEUCOGRAMA DAS
DOENÇAS INFECCIOSAS
O leucograma das doenças infecciosas
varia com:
1. A localização e a extensão do processo
2. A magnitude das manifestações
sistêmicas
3. O agente etiológico
4. O grupo etário
5. As condições imunológicas do paciente
146. LEUCOGRAMA DAS
DOENÇAS INFECCIOSAS
Há neutrofilia nas pneumonias, meningites,
peritonites , artrites infecciosas, osteomielite,
septicemia e quando há coleções purulentas teciduais,
intra-cavitárias ou serosas
Os cocos G+ causam neutrofilia com maior
constância, mas processos similares por G- também
costumam fazê-lo
Pode não ocorrer neutrofilia quando as doenças
infecciosas acometem recém-nascidos , lactentes
desnutridos, pacientes muito idosos, debilitados,
alcoolistas, pacientes sem reserva granulocítica (por
radio ou quimioterapias prévias) e pacientes
imunossuprimidos
147. LEUCOGRAMA DAS
DOENÇAS INFECCIOSAS
Abdome agudo cirúrgico: a neutrofilia e o
desvio à esquerda são tão precoces que podem
anteceder os sinais clínicos. Contagens entre
12.000 e 18.000/µl, com 70-90 % de
neutrófilos. Geralmente acompanhado de
eosinopenia
Linfocitopenia inicialmente apenas relativa,
torna-se real nas horas subseqüentes
Persistindo o processo infeccioso sem resolução
, pode haver esgotamento da reserva
granulocítica , com queda súbita da neutrofilia,
piora clínica , choque séptico e óbito
149. Pneumonias
O hemograma varia com a s condições do paciente e com o
agente etiológico:
Pneumococo : neutrofilia e desvio à esquerda são
acentuados e precoces; leucocitos eacima de 20.000/µ é
comum, eosinopenia não é constante. Granulações tóxicas
são comuns. A eritrossedimentação acelera-se
precocemente
Estafilococo : neutrofilia considerável com grande desvio à
esquerda e granulações tóxicas
Haemophilus influenzae : geralmente neutrofilia e desvio à
esquerda , iguais a pneumocócica
Legionella : desvio à esquerda desproporcional à
leucocitose
Mycoplasma: neutrofilia moderada, não há linfocitose, mas
podem ser vistos alguns linfócitos atípicos. A crioagluinação
é característica
Pneumocystis carinii : típica de imunossuprimidos , causa
neutrfilia superior a 15.000 leucócitos
150. Meningites
Causadas por meningococo, pneumococo,
estafilococo, estreptococo e H. influenzae
têm hemogramas semelhantes, com grande
neutrofilia desvio à esquerda e eosinopenia
Nas meningites virais , a neutrofilia é
proporcioanal a gravidade dos sinais
clínicos, nos casos de rápida evolução o
hemograma pode ser normal , o que nunca
acontece nas meningites bacterianas
151. Outras Infecções
Endocardites: na subaguda-
neutrofilia moderada, com ou sem
desvio à esquerda, monocitose
Artrites sépticas: neutrofilia com
desvio à esquerda
Infecções faríngeas e amigdalianas:
linfocitose com linfócitos atípicos na
mononucleose e nas infecções
estreptocócicas neutrofilia discreta
152. Toxiinfecções alimentares
Diarréias sem leucócitos fecais: coli-
enterotóxicos, rotavirus, algumas cepas de
yersinia , o hemograma é inexpressivo
Diarréia com leucócitos fecais com ou sem
sangue: colite por germes invasivos caracteriza-
se por enorme desvio á esquerda, explicado pela
considerável perda de neutrófilos. Nas
shigueloses, há neutrofilia, nas infecções por coli-
invasivos, Campilobacter, Yersinias- invasivas e
Salmonella há neutropenia ou contagem normal
com grande desvio á esquerda que normaliza
rapidamente
Podem ocorrer outras alterações infecciosas já
descritas previamente
154. Leucograma
O leucograma também pode
apresentar alterações típicas de
doenças primeiramente
hematológicas como leucemias,
aplasia de medula...; que serão vistos
no estudo da hematologia clínica
propriamente dita.
155. Plaquetograma
É a avaliação qualitativa e quantitativa das
plaquetas
Os contadores contam e medem as plaquetas
pelo princípio de Coulter no mesmo canal de
eritrócitos ,através do limiar de volume
,plaquetas<20 fl e eritrócitos>30 fl
A exatidão ainda deixa a desejar
Satisfatória com coeficiente de variação <10%
em contagens entre 40.000 e 500.000
Insatisfatória nas baixas contagens ,
coeficiente de variação em torno de 50% entre
10.000 e 20.000 e em torno de 100% quando
abaixo de 10.000
156. Plaquetograma
Causa de erro:
Agregação plaquetária – EDTA
atraso na coleta
conservação in vitro
Satelitismo plaquetario- é mediado por
um fator plasmático ( IgG ou IgM), as
plaquetas aderem in vitro aos
neutrófilos, envolvendo-os como uma
coroa
158. Plaquetograma
Os contadores medem as plaquetas e
fornecem um resultado médio do
volume plaquetário ( VPM ) valores
em torno de 7-10 fl
Valores de referência da contagem
plaquetária
130.000- 400.000/µl
159. Avaliação Qualitativa
As plaquetas são vistas no sangue
periférico como pequenos discos ou
estruturas ovóides de 1-4µ
Pode haver presença de macroplaquetas >4
µ notadas a microscopia sem alterar o VPM
se em pequena quantidade
Nas SMD e SMP é usual a presença de
plaquetas gigantes e dismórficas
Algumas síndromes genéticas são
acompanhadas de plaquetas anormalmente
pequenas como na S.Wiscott-Aldrich
163. Trombocitose
Pode ser reacional ou por patologias
primárias de M.O.
Reacional :
*Dças inflamatórias, infecciosas ou
reumatológicas
*Anemia ferropênica
*Pós operatório
*Pós esplenectomia