1) O documento discute a experiência estética e juízos estéticos, definindo-os como estados afetivos de agrado suscitados pela contemplação desinteressada de obras de arte ou objetos da natureza.
2) Apresenta as posições de subjetivismo e objetivismo estético sobre a natureza dos juízos de gosto.
3) De acordo com Kant, os juízos estéticos são subjetivos, baseados no sentimento de prazer desinteressado do observador, e não nas características objetivas da obra.
1. 'PRIMEIRO LIVRO ANALÍTICA DO BELO' Analítica da Faculdade de Juízo Estética Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro Comunicadores: João, Ana Carolina, Jean Alex, Carlos Faria Disciplina: Estética Prof. Ms.: Evandro Barbosa
2. Sumário 1) Introdução 2) Primeiro momento do juízo de gosto, segundo a qualidade 3) Segundo momento do juízo de gosto, segundo a quantidade 4) Considerações finais
6. >>> Observação das obras de arte: • Qual é o tema? • Que tipo de sentimentos exprimem as figuras? • Que elementos da composição justificam esses sentimentos? (dar atenção ao material, à proporcionalidade e expressividade das figuras, à postura, aos pormenores).
7. Caracterização da experiência estética Apesar de se tratar de uma obra de arte sacra, e representar a morte de Cristo (um momento importante do Cristianismo), a Pietá pode ser interpretada como uma representação simbólica do sofrimento de todas as mães perante a morte de um filho. A beleza formal da escultura estimula a nossa sensibilidade, provocando um estado afetivo paradoxal: somos ao mesmo tempo tocados pela dor e atraídos pela beleza da obra. A este tipo de experiência chamamos experiência estética
8. Experiência estética É um estado afetivo de agrado e de prazer suscitado pela apropriação subjetiva de um objeto, seja à contemplação da natureza, seja à criação ou a contemplação de uma obra de arte.
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10. Objeto estético O termo usa-se em dois sentidos: • Em sentido objetivo designa as obras de arte ou elementos da natureza capazes de provocarem uma experiência estética; • Em sentido subjetivo (no contexto da linguagem estética), designa as representações mentais dessas obras de arte ou desses objetos naturais. Míron(escultor grego,século V a.C.) - Discóbolo(cópia)
11. Tipos de Atitudes Quando nos colocamos perante os objetos podemos assumir: Uma atitude técnica, quando os “olhamos” como algo útil; Uma atitude teórica, quando procuramos compreender; Uma atitude religiosa quando os “olhamos” como sinais ou símbolos de uma outra realidade; Uma atitude estética, quando os “olhamos” para sentir simplesmente o prazer do ato de observar sem qualquer outra finalidade.
12. Atitude estética: é a atitude desinteressada, fixada apenas no sentimento de prazer proporcionado pela percepção do objeto. Alexander Calder, Lithograph Skybird -1974
13. Experiência estética: texto de Kant “ Apreender pela sua faculdade de conhecimento (…) um edifício regular e conforme a fins, é algo totalmente diverso do que ser consciente desta representação com a sensação de comprazimento. Aqui a representação é referida inteiramente ao sujeito e na verdade ao seu sentimento de prazer ou desprazer. (…) A cor verde dos prados pertence à sensação objetiva, como percepção de um objeto dos sentidos; o seu agrado, porém, pertence à sensação subjetiva, ao sentimento (…) do comprazimento”.
14. Pela contemplação da natureza, da sua beleza, do seu poder, grandiosidade e magnificência. Pela contemplação de objetos estéticos, especialmente pela contemplação da arte. A Pietá é um objeto estético porque a sua contemplação provoca uma emoção estética: um sentimento de prazer que está para além do dramatismo da situação
15. Sensibilidade estética Se nos colocarmos numa atitude estética, perceberemos os objetos como algo de que se gosta ou não se gosta. Sensibilidade estética é a capacidade de perceber e apreciar as formas, em termos de um sentimento de agrado ou desagrado. Embora, seja uma capacidade natural, a sensibilidade estética precisa de ser educada e desenvolvida. Ouvir música desenvolve a sensibilidade estética?
16. Em síntese 1) Se adotarmos uma atitude estética, olharmos os objetos desinteressadamente, fixando-nos no sentimento de agrado que o objeto nos dá, acedemos a uma experiência afetiva: a experiência estética. 2) Segundo Kant, a experiência estética não se centra no objeto, nas suas características ou utilidade, nem tem qualquer preocupação prática. Refere-se aosentimento de prazer ou de desprazer vivido pelo sujeito. 3) Se educarmos a nossa sensibilidade estética, poderemos aceder a experiências estéticas de grau mais elevado.
18. § 4. A complacência no bom é ligada a interesse Para considerar algo bom, preciso saber sempre que tipo de coisa o objeto deva ser, isto é, ter um conceito do mesmo. O agradável parece ser em muitos casos, idêntico ao bom. O bom é o objeto da vontade (isto é, de uma faculdade da apetição determinada pela razão).
19. § 5. Comparação dos três modos especificamente diversos de complacência O agradável e o bom têm ambos uma referência à faculdade da apetição... O agradável, o belo e o bom, designam três relações ao sentimento de prazer e desprazer, com referência ao qual distinguimos entre si objetos ou modos de representação.
20. § 6. O belo é o que é representado sem conceitos como objeto de uma complacência universal . Aquilo a respeito de cuja complacência alguém é consciente de que ela é nele próprio independente de todo interesse, isso ele não pode ajuizar de outro modo, senão de que tenha de conter um fundamento da complacência de qualquer um. Falará do belo como se a beleza fosse uma quantidade do objeto e o juízo fosse lógico...
21. § 7. Comparação do belo com o agradável e o bom através da característica acima. Com respeito ao agradável, cada um resigna-se com o fato de que seu juízo, que ele funda sobre um sentimento privado e mediante o qual ele diz de um objeto que ele lhe apraz, limita-se também simplesmente a sua pessoa.
22. Juízos estéticos Ao fazermos apreciações dos objetos em termos de beleza estamos a exprimir um juízo estético. Juízo estético é a expressão da apreciação dos objetos em termos de beleza. Dali, Mulher nua ao espelho
23. Convencer-se de que pelo juízo de gosto (sobre o belo) imputa-se a qualquer uma complacência no objeto, sem contudo se fundar sobre um conceito (pois, então se trataria do bom); e que esta reivindicação da validade universal pertence tão somente a um juízo pelo qual declaramos algo belo, que sem pensar essa universalidade ninguém teria ideia de usar essa expessão... § 8. A universalidade da complacência é representada em um juízo de gosto somente como subjetiva
24. Nada pode ser comunicado universalmente, a não ser conhecimento e representação, na medida em que ela pertence ao conhecimento. Se o fundamento determinante do juízo sobre esta comunicabilidade universal da representação deve ser pensado antes subjetivamente, ou seja, sem um conceito do objeto, então ele não pode ser nenhum outro senão o estado de ânimo... § 9. Investigação da questão, se no juízo de gosto o sentimento de prazer parece o ajuizamento do objeto ou se prazer precede o ajuizamento precede o prazer.
25. A cada uma destas alternativas corresponde uma concepção acerca da natureza dos juízos estéticos: subjetivismo ou objetivismo estético? Em que nos baseamos para dizer «A Vénus de Milo é uma escultura magnífica!», na emoção que sentimos ou nas suas características? Qual o fundamento do juízo estético?
26. Subjetivismo estético Os juízos estéticos são subjetivos ▼ A beleza depende dos sentimentos de prazer provocados pela contemplação desinteressada do objeto estético. Objetivismo estético Os juízos estéticos são Objetivos ▼ A beleza depende das propriedades dos objetos independentemente do que sente o observador. Subjetivismo e objetivismo estético
27. Gosto é a capacidade de julgar o sentimento de prazer ou desprazer que acompanha a representação de um objeto. Ora, se o gosto é que julga com base no sentimento de prazer ou desprazer, então, o juízo estético é determinado por um sentimento subjetivo desinteressado de belo ou de sublime. O juízo estético é singular, pois refere-se apenas ao sujeito que ajuíza. Universalmente subjetivo, pois deve ser válido para todos os sujeitos que julgam desinteressadamente. Tese de Kant: o juízo estético é subjetivo.