2. LITERATURA DOS VIAJANTES
OU
CRÔNICAS DE VIAGENS
OBJETIVOS
A TERRA
* INFORMAR AO REI OS HABITANTES
AS RIQUEZAS
* DILATAÇÃO DA FÉ CRISTÃ
(PREOCUPAÇÃO ESPIRITUAL)
3. • Pero Vaz de Caminha e a Carta do
descobrimento, enviada a Dom
Manuel (01/05/1500)
• Pero de Magalhães Gandavo em
1576, o Tratado da Terra do Brasil.
• Gabriel Soares de Souza (1540/
1591), Tratado Descritivo do Brasil,
em 1587.
• Fernão Cardim, padre jesuíta
(1540/1625) editou o Tratado da
Terra e Gente do Brasil.
4. CARACTERÍSTICAS DA CARTA DE
PERO VAZ DE CAMINHA
1o. DOCUMENTO – CERTIDÃO DE
NASCIMENTO BRASILEIRA
GUARDADA NA TORRE DO TOMBO –
EM PORTUGAL
TRADIÇÃO NACIONALISTA UFANISTA
5. DESCRIÇÃO DA TERRA
"De ponta a ponta é toda praia... muito chã
e muito fremosa. (...) Nela até agora não
pudemos saber que haja ouro nem prata...
porém a terra em si é de muitos bons ares
assim frios e temperados como os de entre
Doiro e Minho. Águas são muitas e infindas.
E em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela todo por bem das
águas que tem, porém o melhor fruto que
nela se pode fazer me parece que será
salvar essa gente e esta deve ser a principal
semente que vossa alteza em ela deve lançar".
6. OS ÍNDIOS
"Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam
nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergo-
nhas e estão acerca disso com tanta inocência como
têm em mostrar o rosto. (...) Eles porém contudo
andam muito bem curados e muito limpos e naquilo
me parece ainda mais que são como as aves ou
animálias monteses que lhes faz o ar melhor pena e
melhor cabelo que as mansas, porque os corpos
seus são tão limpos e tão gordos e
tão fermosos que
não mais pode ser.”
7. AS ÍNDIAS
"...Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem
novinhas e gentis, com cabelos mui pretos e
compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e
tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que de
nós as muito bem olharmos não tínhamos nenhuma
vergonha.“
8. PARÓDIA FEITA POR OSWALD DE
ANDRADE
MENINAS DA GARE
Eram três ou quatro moças bem e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
9. “Entre elas andava uma, com
uma coxa,do joelho até o quadril
e a nádega, toda tingida daquela
tintura preta; e todo o resto da
sua cor natural.
Outra trazia ambos os joelhos com as curvas
assim tintas, e também os colos dos pés; e suas
vergonhas tão nuas, e com tanta inocência
assim descobertas, que não havia nisso
desvergonha nenhuma.”
10. Também andava lá outra mulher,
nova, com um menino ou menina,
atado com um pano aos peitos, de
modo que não se lhe viam senão as
perninhas. Mas nas pernas da mãe,
e no resto, não havia pano algum.
11. PERO DE MAGALHÃES GANDAVO
* Tratado da Terra do Brasil
* História da Província de Santa Cruz
A motivação básica dos dois livros é:
• atrair os portugueses para a colonização do
Brasil, exaltando a riqueza e o clima da
colônia.
12. É o primeiro cronista a se referir ao índio como
escravo:
"E a primeira coisa que (os moradores) pretendem
adquirir são escravos para lhes fazerem suas
fazendas, e se uma pessoa chega na terra a
alcançar dous pares, ou meia dúzia deles (ainda
que outra coisa não tenha de seu), logo tem
remédio para poder honradamente sustentar sua
família; (...)“
13. DESCRIÇÃO DA BANANA
"Esta planta é mui tenra e não mui alta, não tem
ramos senão umas folhas que serão seis ou sete
palmos de comprido. A fruita dela se chama banana.
Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em
cachos. (...) Esta fruta é mui saborosa, e das boas,
que há na terra: tem uma pele de
figo (ainda que mais dura) a
qual lhe lançam fora quando a
querem comer; mas faz dano à
saúde e causa febre a quem se
desmanda nela.“
14. O tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de
Sousa (1587)
OS ÍNDIOS
"...antes de comer não dão graças a Deus,nem lavam
as mãos antes de comer, e depois de comer as
limpam nos cabelos, corpos e paus; não têm toalhas,
nem mesa, comem sentados, ou deitados nas redes,
ou em cócoras no chão, e a farinha comem de
arremesso, e deixo outras muitas particularidades
que têm no comer e no beber, porque estas são as
principais..."
15. LITERATURA JESUÍTICA
Os primeiros jesuítas desembarcam
no Brasil em 1549, juntamente com o
governador Tomé de Sousa.
• CRIAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS
• RELAÇÃO COM A CONTRA-REFORMA
OBJETIVOS
• Trabalho catequético
• Criação dos primeiros colégios
(ensino passa a ser monopólio
dos jesuítas)
16. LITERATURA LITERATURA
INFORMATIVA JESUÍTICA
•Europeia •Transplante literário
da Europa para a
•Ultramarina América
•Reflete o Brasil
•Reflete o Brasil visto visto de dentro
de fora
17. DEFESA DOS IDEAIS JESUÍTICOS
• A denúncia contínua dos massacres
cometidos contra os nativos.
• A resistência contra a escravidão
indígena pelos colonos.
• A luta para organizar os índios em
aldeamentos e missões (sociedade
comunista cristã primitiva).
• A transmissão da fé católica aos
indígenas garante a estes um lugar
no mundo (e depois dele).
18. CRÍTICA AOS JESUÍTAS
• A implacável destruição de valores
culturais dos indígenas (poligamia,
a antropofagia e a nudez).
• A contestação das crenças
(mentirosas e demoníacas).
• A substituição da vida nômade
pela vida de aldeamentos (presas
fáceis)
• A adoção de uma religiosidade que
não podem compreender e que
domestica seus instintos de defesa.
19. PRODUÇÃO JESUÍTICA
• a poesia didática - que tinha o obje-tivo
de dar exemplo moralizantes aos
indígenas;
• a poesia sem finalidade catequiza-dora –
relacionada à necessidade individual de
expressão;
• o teatro pedagógico - baseado em textos
extraídos da Bíblia;
• as cartas de informação - relatavam, aos
líderes da Igreja Católica Portu-guesa,
como iam os trabalhos de catequese no
Brasil.
20. PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA
LITERATURA JESUÍTICA
NO BRASIL
PADRES:
Fernao Cardim
José de Anchieta
Manuel da Nóbrega
21. OBRA ANCHETIANA
•Diversidade
bilinguismo / polilinguismo
de línguas:
•poesias líricas e épicas
•Teatro
•Cartas
•Sermões
•gramática tupi-guarani
22. A Santa Inês
Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,
de Jesus querida,
vossa santa vinda
o diabo espanta.
Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.
(...)