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1500 - 1600
LITERATURA DOS VIAJANTES
                 OU
         CRÔNICAS DE VIAGENS

           OBJETIVOS

                    A TERRA
* INFORMAR AO REI   OS HABITANTES
                    AS RIQUEZAS


* DILATAÇÃO DA FÉ CRISTÃ
       (PREOCUPAÇÃO ESPIRITUAL)
• Pero Vaz de Caminha e a Carta do
 descobrimento, enviada a Dom
 Manuel (01/05/1500)

• Pero de Magalhães Gandavo em
 1576, o Tratado da Terra do Brasil.

• Gabriel Soares de Souza (1540/
 1591), Tratado Descritivo do Brasil,
 em 1587.

• Fernão Cardim, padre jesuíta
  (1540/1625) editou o Tratado da
 Terra e Gente do Brasil.
CARACTERÍSTICAS DA CARTA DE
PERO VAZ DE CAMINHA

1o. DOCUMENTO – CERTIDÃO DE
 NASCIMENTO BRASILEIRA

GUARDADA NA TORRE DO TOMBO –
 EM PORTUGAL

TRADIÇÃO NACIONALISTA UFANISTA
DESCRIÇÃO DA TERRA

"De ponta a ponta é toda praia... muito chã
e muito fremosa. (...) Nela até agora não
pudemos saber que haja ouro nem prata...
porém a terra em si é de muitos bons ares
assim frios e temperados como os de entre
Doiro e Minho. Águas são muitas e infindas.
E em tal maneira é graciosa que, querendo-a
aproveitar, dar-se-á nela todo por bem das
águas que tem, porém o melhor fruto que
nela se pode fazer me parece que será
salvar essa gente e esta deve ser a principal
semente que vossa alteza em ela deve lançar".
OS ÍNDIOS
 "Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam
 nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergo-
nhas e estão acerca disso com tanta inocência como
têm em mostrar o rosto. (...) Eles porém contudo
andam muito bem curados e muito limpos e naquilo
me parece ainda mais que são como as aves ou
animálias monteses que lhes faz o ar melhor pena e
melhor cabelo que as mansas, porque os corpos
seus são tão limpos e tão gordos e
tão fermosos que
não mais pode ser.”
AS ÍNDIAS




"...Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem
     novinhas e gentis, com cabelos mui pretos e
compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e
 tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que de
nós as muito bem olharmos não tínhamos nenhuma
                     vergonha.“
PARÓDIA FEITA POR OSWALD DE
             ANDRADE
       MENINAS DA GARE


Eram três ou quatro moças bem e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
“Entre elas andava uma, com
uma coxa,do joelho até o quadril
e a nádega, toda tingida daquela
tintura preta; e todo o resto da
sua cor natural.

Outra trazia ambos os joelhos com as curvas
assim tintas, e também os colos dos pés; e suas
vergonhas tão nuas, e com tanta inocência
assim descobertas, que não havia nisso
desvergonha nenhuma.”
Também andava lá outra mulher,
nova, com um menino ou menina,
atado com um pano aos peitos, de
modo que não se lhe viam senão as
perninhas. Mas nas pernas da mãe,
e no resto, não havia pano algum.
PERO DE MAGALHÃES GANDAVO

* Tratado da Terra do Brasil
* História da Província de Santa Cruz

A motivação básica dos dois livros é:

• atrair os portugueses para a colonização do
  Brasil, exaltando a riqueza e o clima da
  colônia.
É o primeiro cronista a se referir ao índio como
                       escravo:
"E a primeira coisa que (os moradores) pretendem
    adquirir são escravos para lhes fazerem suas
     fazendas, e se uma pessoa chega na terra a
  alcançar dous pares, ou meia dúzia deles (ainda
     que outra coisa não tenha de seu), logo tem
  remédio para poder honradamente sustentar sua
                     família; (...)“
DESCRIÇÃO DA BANANA
  "Esta planta é mui tenra e não mui alta, não tem
   ramos senão umas folhas que serão seis ou sete
palmos de comprido. A fruita dela se chama banana.
Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em
cachos. (...) Esta fruta é mui saborosa, e das boas,
que há na terra: tem uma pele de
figo (ainda que mais dura) a
qual lhe lançam fora quando a
querem comer; mas faz dano à
saúde e causa febre a quem se
desmanda nela.“
O tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de
Sousa (1587)
                OS ÍNDIOS

"...antes de comer não dão graças a Deus,nem lavam
     as mãos antes de comer, e depois de comer as
limpam nos cabelos, corpos e paus; não têm toalhas,
 nem mesa, comem sentados, ou deitados nas redes,
    ou em cócoras no chão, e a farinha comem de
  arremesso, e deixo outras muitas particularidades
  que têm no comer e no beber, porque estas são as
                    principais..."
LITERATURA JESUÍTICA
Os primeiros jesuítas desembarcam
no Brasil em 1549, juntamente com o
governador Tomé de Sousa.

• CRIAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS
• RELAÇÃO COM A CONTRA-REFORMA

               OBJETIVOS
• Trabalho catequético
• Criação dos primeiros colégios
  (ensino passa a ser monopólio
dos jesuítas)
LITERATURA             LITERATURA
  INFORMATIVA              JESUÍTICA

•Europeia                 •Transplante literário
                          da Europa para a
•Ultramarina              América


                            •Reflete o Brasil
•Reflete o Brasil visto     visto de dentro
de fora
DEFESA DOS IDEAIS JESUÍTICOS

• A denúncia contínua dos massacres
  cometidos contra os nativos.
• A resistência contra a escravidão
  indígena pelos colonos.
• A luta para organizar os índios em
 aldeamentos e missões (sociedade
 comunista cristã primitiva).
• A transmissão da fé católica aos
  indígenas garante a estes um lugar
  no mundo (e depois dele).
CRÍTICA AOS JESUÍTAS
•   A implacável destruição de valores
    culturais dos indígenas (poligamia,
    a antropofagia e a nudez).
•   A contestação das crenças
    (mentirosas e demoníacas).
•   A substituição da vida nômade
    pela vida de aldeamentos (presas
    fáceis)
•   A adoção de uma religiosidade que
    não podem compreender e que
    domestica seus instintos de defesa.
PRODUÇÃO JESUÍTICA
• a poesia didática - que tinha o obje-tivo
de dar exemplo moralizantes aos
indígenas;
• a poesia sem finalidade catequiza-dora –
relacionada à necessidade individual de
expressão;
• o teatro pedagógico - baseado em textos
extraídos da Bíblia;
• as cartas de informação - relatavam, aos
líderes da Igreja Católica Portu-guesa,
como iam os trabalhos de catequese no
Brasil.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA
    LITERATURA JESUÍTICA
          NO BRASIL

           PADRES:
        Fernao Cardim
       José de Anchieta
      Manuel da Nóbrega
OBRA ANCHETIANA
•Diversidade
                            bilinguismo / polilinguismo
 de línguas:
    •poesias líricas e épicas

       •Teatro
         •Cartas
         •Sermões

  •gramática tupi-guarani
A Santa Inês
 Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
 lhe dá lume novo!

Cordeirinha santa,
de Jesus querida,
vossa santa vinda
 o diabo espanta.

 Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
 lhe dá lume novo.
         (...)
OUTROS VIAJANTES (ESTRANGEIROS)
Crônicas de viagens 1500-1600
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Crônicas de viagens 1500-1600

  • 2. LITERATURA DOS VIAJANTES OU CRÔNICAS DE VIAGENS OBJETIVOS A TERRA * INFORMAR AO REI OS HABITANTES AS RIQUEZAS * DILATAÇÃO DA FÉ CRISTÃ (PREOCUPAÇÃO ESPIRITUAL)
  • 3. • Pero Vaz de Caminha e a Carta do descobrimento, enviada a Dom Manuel (01/05/1500) • Pero de Magalhães Gandavo em 1576, o Tratado da Terra do Brasil. • Gabriel Soares de Souza (1540/ 1591), Tratado Descritivo do Brasil, em 1587. • Fernão Cardim, padre jesuíta (1540/1625) editou o Tratado da Terra e Gente do Brasil.
  • 4. CARACTERÍSTICAS DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA 1o. DOCUMENTO – CERTIDÃO DE NASCIMENTO BRASILEIRA GUARDADA NA TORRE DO TOMBO – EM PORTUGAL TRADIÇÃO NACIONALISTA UFANISTA
  • 5. DESCRIÇÃO DA TERRA "De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito fremosa. (...) Nela até agora não pudemos saber que haja ouro nem prata... porém a terra em si é de muitos bons ares assim frios e temperados como os de entre Doiro e Minho. Águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela todo por bem das águas que tem, porém o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que será salvar essa gente e esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lançar".
  • 6. OS ÍNDIOS "Andam nus sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa de cobrir nem mostrar suas vergo- nhas e estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (...) Eles porém contudo andam muito bem curados e muito limpos e naquilo me parece ainda mais que são como as aves ou animálias monteses que lhes faz o ar melhor pena e melhor cabelo que as mansas, porque os corpos seus são tão limpos e tão gordos e tão fermosos que não mais pode ser.”
  • 7. AS ÍNDIAS "...Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem novinhas e gentis, com cabelos mui pretos e compridos pelas costas e suas vergonhas tão altas e tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que de nós as muito bem olharmos não tínhamos nenhuma vergonha.“
  • 8. PARÓDIA FEITA POR OSWALD DE ANDRADE MENINAS DA GARE Eram três ou quatro moças bem e bem gentis Com cabelos mui pretos pelas espáduas E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas Que de nós as muito bem olharmos Não tínhamos nenhuma vergonha.
  • 9. “Entre elas andava uma, com uma coxa,do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma.”
  • 10. Também andava lá outra mulher, nova, com um menino ou menina, atado com um pano aos peitos, de modo que não se lhe viam senão as perninhas. Mas nas pernas da mãe, e no resto, não havia pano algum.
  • 11. PERO DE MAGALHÃES GANDAVO * Tratado da Terra do Brasil * História da Província de Santa Cruz A motivação básica dos dois livros é: • atrair os portugueses para a colonização do Brasil, exaltando a riqueza e o clima da colônia.
  • 12. É o primeiro cronista a se referir ao índio como escravo: "E a primeira coisa que (os moradores) pretendem adquirir são escravos para lhes fazerem suas fazendas, e se uma pessoa chega na terra a alcançar dous pares, ou meia dúzia deles (ainda que outra coisa não tenha de seu), logo tem remédio para poder honradamente sustentar sua família; (...)“
  • 13. DESCRIÇÃO DA BANANA "Esta planta é mui tenra e não mui alta, não tem ramos senão umas folhas que serão seis ou sete palmos de comprido. A fruita dela se chama banana. Parecem-se na feição com pepinos e criam-se em cachos. (...) Esta fruta é mui saborosa, e das boas, que há na terra: tem uma pele de figo (ainda que mais dura) a qual lhe lançam fora quando a querem comer; mas faz dano à saúde e causa febre a quem se desmanda nela.“
  • 14. O tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587) OS ÍNDIOS "...antes de comer não dão graças a Deus,nem lavam as mãos antes de comer, e depois de comer as limpam nos cabelos, corpos e paus; não têm toalhas, nem mesa, comem sentados, ou deitados nas redes, ou em cócoras no chão, e a farinha comem de arremesso, e deixo outras muitas particularidades que têm no comer e no beber, porque estas são as principais..."
  • 15. LITERATURA JESUÍTICA Os primeiros jesuítas desembarcam no Brasil em 1549, juntamente com o governador Tomé de Sousa. • CRIAÇÃO DA COMPANHIA DE JESUS • RELAÇÃO COM A CONTRA-REFORMA OBJETIVOS • Trabalho catequético • Criação dos primeiros colégios (ensino passa a ser monopólio dos jesuítas)
  • 16. LITERATURA LITERATURA INFORMATIVA JESUÍTICA •Europeia •Transplante literário da Europa para a •Ultramarina América •Reflete o Brasil •Reflete o Brasil visto visto de dentro de fora
  • 17. DEFESA DOS IDEAIS JESUÍTICOS • A denúncia contínua dos massacres cometidos contra os nativos. • A resistência contra a escravidão indígena pelos colonos. • A luta para organizar os índios em aldeamentos e missões (sociedade comunista cristã primitiva). • A transmissão da fé católica aos indígenas garante a estes um lugar no mundo (e depois dele).
  • 18. CRÍTICA AOS JESUÍTAS • A implacável destruição de valores culturais dos indígenas (poligamia, a antropofagia e a nudez). • A contestação das crenças (mentirosas e demoníacas). • A substituição da vida nômade pela vida de aldeamentos (presas fáceis) • A adoção de uma religiosidade que não podem compreender e que domestica seus instintos de defesa.
  • 19. PRODUÇÃO JESUÍTICA • a poesia didática - que tinha o obje-tivo de dar exemplo moralizantes aos indígenas; • a poesia sem finalidade catequiza-dora – relacionada à necessidade individual de expressão; • o teatro pedagógico - baseado em textos extraídos da Bíblia; • as cartas de informação - relatavam, aos líderes da Igreja Católica Portu-guesa, como iam os trabalhos de catequese no Brasil.
  • 20. PRINCIPAIS REPRESENTANTES DA LITERATURA JESUÍTICA NO BRASIL PADRES: Fernao Cardim José de Anchieta Manuel da Nóbrega
  • 21. OBRA ANCHETIANA •Diversidade bilinguismo / polilinguismo de línguas: •poesias líricas e épicas •Teatro •Cartas •Sermões •gramática tupi-guarani
  • 22. A Santa Inês Cordeirinha linda, como folga o povo porque vossa vinda lhe dá lume novo! Cordeirinha santa, de Jesus querida, vossa santa vinda o diabo espanta. Por isso vos canta, com prazer, o povo, porque vossa vinda lhe dá lume novo. (...)