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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
   DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA I




           Condições Oftálmicas
                e Colírios


          Alunos: Danieli Conte
                  Eduardo C. P. de Oliveira
                  Elaine C. M. O. Antunes
                  Fernanda Valverde
                  Karla de Almeida Luiz
INTRODUÇÃO

    O OLHO E A VISÃO

       A visão é o mais valioso de nossos sentidos.

       O formato do olho proporciona um esboço perfeito para o
        foco, seleção, absorção e regulagem da intensidade dos raios
        de luz. A interpretação das imagens transportadas ao olho
        pela luz acontece no cérebro.

       Com freqüência ouvimos dizer que o olho é a "janela do
        corpo". Existem alguns males que afetam este órgão ou o
        processo visual de alguma forma. Em virtude disto, muitos
        especialistas médicos confiam no exame do olho para o
        diagnóstico ou monitoração de várias doenças.
2
COLÍRIOS

       Segundo a definição da Anvisa, colírio é uma “solução ou
        suspensão estéril, aquosa ou oleosa, contendo uma ou várias
        substâncias medicamentosas destinadas à instilação ocular.”




3
COLÍRIOS

       Como usar um colírio:

        - Lavar as mãos; levantar a
        cabeça e puxe a pálpebra para
        baixo para que o colírio caia
        dentro do olho; usar apenas
        uma gota; manter os olhos
        fechados por 2 minutos; não
        esfregue os olhos ou pisque
        depois de pingar o colírio.


4
COLÍRIOS
       Cuidados com o colírio:

        - Os vidros devem ser mantidos
        bem fechados e ao abrigo da
        luz;vidros abertos há muito tempo
        devem ser jogados fora. Observe
        o prazo de validade impresso na
        caixa ou no rótulo; ao usar o
        colírio, coloque a tampa em lugar
        limpo, evitando que a parte de
        dentro encoste em qualquer
        superfície ou objeto; cuidado com
        o uso repetido de colírio
        anestésico que pode levar à perda
        do olho.
5
INTRODUÇÃO

    DOENÇAS MAIS COMUNS:

       TERÇOL (HORDÉOLO):
        - O Hordéolo, popularmente conhecido por
        terçol, é a mais freqüente e conhecida
        afecção das glândulas localizadas na parte
        interna da pálpebra.

        -   É   uma      doença   produzida   por
        microorganismos como os estafilococos.
        Apresenta-se como um abscesso localizado,
        vermelho, intensamente doloroso, contendo
        pus em seu interior.
6
INTRODUÇÃO

    DOENÇAS MAIS COMUNS:
       PTERÍGIO:

        - O Pterígio é caracterizado por uma pelezinha
        na superfície do olho que cresce do canto para
        o meio, sobre a córnea. Seu crescimento se
        deve em parte, pela luz do sol, poeira ou vento.

        - Pode provocar queimação, ardor, vermelhidão,
        o que piora se a pessoa ficar exposta ao sol. Em
        muitos casos a cirurgia é indicada para removê-
        lo antes que alcance a pupila, mas também
        pode estacionar e não ser necessária a sua
        remoção cirúrgica.
7
INTRODUÇÃO

    DOENÇAS MAIS COMUNS:
       CATARATA:

        - A formação de catarata é parte do processo de
        envelhecimento. É comum nas pessoas mais idosas, mas
        também pode ocorrer em crianças e jovens.

        - Seja qual for a causa (trauma, congênita ou senil), o
        cristalino, a lente natural do olho, se torna opaco,
        impossibilitando a passagem da luz e conseqüentemente,
        diminuindo a visão e até provocando a cegueira.

        - Na maioria dos casos, a cirurgia é indicada para
        remover o cristalino opaco, e introduzir uma lente
        intraocular que fará o papel do cristalino, devolvendo a
        visão ao paciente em mais de 90% dos casos.
8
INTRODUÇÃO

    DOENÇAS MAIS COMUNS:
       GLAUCOMA CRÔNICO:

        - Parte do olho é preenchido por um líquido chamado humor aquoso.
        Este é produzido continuamente e seu escoamento também é contínuo.

        - Em condições anormais, verifica-se aumento de volume do líquido por
        produção excessiva ou por drenagem deficiente. Como o olho não pode
        aumentar de volume, aparece o aumento da pressão intra- ocular, levando
        ao prejuízo da visão.

        - Trata-se de uma doença perigosa, progressiva e lenta, caracterizada
        pelo aumento da pressão intra-ocular com diminuição do campo visual e
        atrofia do nervo óptico. Geralmente começa após os 40 anos e é causa
        freqüente de cegueira. Normalmente não apresenta sintomas, pois a perda
9       se inicia pela periferia do campo visual.
INTRODUÇÃO

     DOENÇAS MAIS COMUNS:
        GLAUCOMA CRÔNICO:

     - Pessoas acima dos 40 anos ou que tenham familiares com
       Glaucoma, devem consultar o oftalmologia a fim de ter a
       pressão dos olhos medida anualmente.




10
INTRODUÇÃO

     DOENÇAS MAIS COMUNS:
        GLAUCOMA AGUDO:

         - Ocorre quando o ângulo por onde é escoado o humor
         aquoso é muito estreito e em um determinado momento se
         fecha, levando a um aumento intenso da Pressão Intra
         Ocular. O quadro clínico é caracterizado por: dor intensa,
         cefaléia, vômitos, hiperemia e embaçamento visual
         importante. É uma emergência oftalmológica e deve ser
         tratada nas primeiras seis horas.

         - Obs: a Hipertensão Ocular implica em aumento da
         Pressão Intra Ocular sem prejuízo visual.
11
INTRODUÇÃO

     DOENÇAS MAIS COMUNS:
        GLAUCOMA AGUDO:




12
INTRODUÇÃO

     DOENÇAS MAIS COMUNS:
        DEGENERAÇÃO SENIL DA
         MÁCULA:
         - A Degeneração Senil da Mácula afeta a
         parte central da retina (tecido nervoso
         sensível à luz). Toda a retina contribui para a
         visão, mas somente a mácula define uma
         visão nítida, que permite ver detalhes. Se
         sua visão ficar distorcida ou com uma
         mancha escura no centro, faça logo um
         exame ocular.
13
INTRODUÇÃO

     DOENÇAS MAIS COMUNS:

        TRACOMA:

         - O Tracoma é uma fonte de conjuntivite
         crônica, não tão comum, mas bastante sério,
         que aos poucos vai piorando. Costuma durar
         meses ou até anos, e se não for tratado a
         tempo, pode provocar a cegueira.

         - A transmissão ocorre pelo contato direto
         com a pessoa contaminada, por objetos
         infectados ou ainda por moscas e mosquitos.
         É comum em regiões onde existe muita
         pobreza e falta de higiene.
14
FISIOPATOLOGIA:

      Condições      oftálmicas principais:
      - Olho seco: síndrome resultante de várias condições que leva a
      uma anormalidade no fluxo ou na estabilidade do filme lacrimal.

      - Corpo estranho nos olhos: Poeira, cílio ou partículas
      suspensas pelas lágrimas.

      - Olho vermelho: Trata-se de uma vermelhidão observada na
      parte branca do olho (córnea).

      - Conjuntivite alérgica: Manifestação ocular associada com rinite
      alérgica.
15
Olho seco:
        Trata-se de uma deficiência parcial ou absoluta de lágrimas em
         geral como resultado de oclusão parcial ou total das glândulas
         lacrimais.

        Decorre da exposição ao ar seco (sistema de aquecimento
         central, exposição a ar condicionado em viagens longas) ou a
         outros fatores ambientais.

        É comumente observado em mulheres na pós-menopausa,
         podendo estar relacionado com a deficiência de estrógeno.

        A habilidade para produzir a camada aquosa do filme lacrimal
         diminui em torno de 50% aos 45 anos.
16
Olho seco:
        A ceratoconjuntivite sicca (CCS) é uma forma mais grave de
         anormalidade do filme lacrimal.

        Produção de uma quantidade menor de mucina.

        É a causa de aproximadamente 80 a 90% dos casos
         diagnosticados de olho seco.

        A CCS associada a olho seco está relacionada às seguintes
         condições: doença ocular que cicatriza o ducto lacrimal e bloqueia
         a secreção do fluido, doença reumática, deficiência de vitamina A,
         hepatite C, infecção por HIV, diabete, atrofia da glândula lacrimal
         e vírus Epstein-Barr.
17
Olho seco:

        O olho seco também está relacionado à:
         - radioterapia,;
         - conjuntivite alérgica;
         - lente de contato;
         - diminuição do reflexo de piscar os olhos associados com
         concentração intensa.

        Alguns medicamentos também podem induzir olho seco, sendo
         eles:
         - diuréticos, anti-histamínicos, anticolinérgicos, fenotiazinas,
         antidepressivos tricíclicos, colírios contendo conservantes, terapia
         de reposição hormonal, isotretinoína, entre outros.
18
Olho vermelho


        Trata-se de irritação e inflamação do olho, resultante de
         poluentes nocivos transportados por via aérea (gases ou
         fumaça de cigarro), água clorada ou micropartículas.

        Está também associado a graves condições médicas, como
         doenças infecciosas, glaucoma, doença auto-imune, varicela e
         hipertireoidismo.




19
Conjuntivite Alérgica



     A   conjuntivite alérgica é causada pelos
       mesmos      tipos    de    exposição    que
       desencadeiam a rinite alérgica (exposição a
       pêlos de animais, pólen, mofo).



20
EPIDEMIOLOGIA


        Olho seco:
         - Maior probabilidade em pessoas acima de 65 anos.
         - Mais comum em mulheres

        Olho vermelho:
         - Comum em adultos.

        Conjuntivite alérgica:
         - Início geralmente antes dos 30 anos de idade.


21
SINAIS E SINTOMAS

     Olho seco:

        Desconforto ocular e visão borrada que pioram com o passar do
         dia, percepção dos olhos, desejo de esfregar ou coçar os olhos,
         sensação de que há areia ou sujeira dentro dos olhos,
         queimação ou vermelhidão, sensibilidade à luz e necessidade de
         interromper atividades e fechar os olhos. Pode haver
         lacrimejamento paradoxal em resposta à irritação.

        Olho seco crônico pode levar a inflamação e eventual destruição
         das glândulas lacrimais, perda do epitélio conjuntival e possível
         queratinização da córnea, ocasionando a perda da visão.

22
SINAIS E SINTOMAS

     Corpo estranho nos olhos:

        Ocorrem irritação e inflamação dos olhos, frequentemente
         acompanhadas por vermelhidão, inchaço, secreção de muco
         ou lacrimejamento involuntário.

        Desejo incontrolável de piscar os olhos.

        As queixas incluem sensação de corpo estranho, desconforto,
         queimação e sensação de agulhada e coceira.

23
SINAIS E SINTOMAS

     Conjuntivite alérgica:

        Afeta ambos os olhos (geralmente).
        Pode ser crônica ou recorrente.
        Ocorre coceira acentuada.
        Os olhos ficam levemente avermelhados, com
         lacrimejamento e queimação, mas pouca secreção.
        Os sintomas parecem piorar pela manhã, ao acordar.

24
SINAIS E SINTOMAS

        Olhos vermelhos




25
TRATAMENTOS NÃO-FARMACOLÓGICOS


        Usar proteção nos olhos

        Se o problema for pior no inverno, o uso de
         umidificador misto ou vaporizador poderá ser útil;

        O paciente deve evitar situações irritantes como
         fumaça de cigarro e vapores químicos;


26
TRATAMENTOS NÃO-FARMACOLÓGICOS


         Em casos de ducto lacrimal não bloqueado, aplicar
          compressas úmidas mornas aplicadas sobre os olhos
          fechados;

         Oclusão do ponto lacrimal (abertura do ducto lacrimal no
          lado interno do olho) com pequenos tampões (Tears
          Naturale Silicone Punctum Plug®) aplicados por um
          médico pode aumentar o acúmulo de lágrimas nos olhos;

         Intervenção cirúrgica para diminuir o fluxo lacrimal ou
          aumentar a produção de fluido.
27
CUIDADOS

     Colírios ou gotas oculares:

        Se o paciente apresenta dor nos olhos, alteração na visão,
         vermelhidão continuada ou irritação do olho, ou se a condição
         piora ou persiste (por mais de 72 horas no caso do uso de
         vasoconstritores, emolientes, adstringentes), os pacientes
         devem interromper o uso e consultar um médico.

        Os pacientes devem evitar a contaminação de gotas
         oftálmicas, não colocando a extremidade do frasco em
         qualquer superfície ou ao recolocar a tampa após o uso.


28
CUIDADOS

     Colírios ou gotas oculares:

        Produtos de dose única devem ser descartados após o uso por
         não conter agentes conservantes, podendo contaminar-se.

        Pacientes que usam gotas oftálmicas devem descartar o
         produto se a solução apresentar alteração de cor ou se estiver
         turva.

        A administração de gotas oftálmicas OTC deve ser separada
         por mais de cinco minutos de uma aplicação sob prescrição
         médica.

29
Encaminhamento Médico

     ENCAMINHAR AO MÉDICO, PACIENTES:
        Com idade inferior a 2 anos;

        Com dor no olho ou alteração na visão;

        Cujo problema nos olhos dure mais de 72 horas;

        Cujos olhos continuem vermelhos e irritados;

        Com lesão aberta dentro ou próxima aos olhos;
30
Encaminhamento Médico

     ENCAMINHAR AO MÉDICO, PACIENTES:
        Com possível infecção nos olhos ou nas pálpebras;

        Com glaucoma de ângulo fechado que queiram             usar
         medicamento OTC para tratar a vermelhidão ocular;

        Com objeto incrustado no olho ou edema de córnea, ou com
         qualquer um dos seguintes fatores: trauma ocular, exposição
         química ou queimadura por faíscas de solda.

        Que usam medicamentos antiplaquetários ou anticoagulantes
         apresentam alto risco de desenvolver pequenas áreas de
         hemorragia na parte frontal da esclera.
31
ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES

        Mesmo um trauma aparentemente menor deve ser encaminhado
         a uma avaliação médica, para assegurar que não se trata de um
         trauma mais profundo.

        Quando não removido, um corpo estranho pode causar infecção
         ocular ou catarata dentro de poucas horas se a lente retiver esse
         objeto ou se for perfurada por ele. Corpos estranhos também
         podem causar glaucoma.

        Partículas incrustadas na córnea geralmente causam
         desconforto inicial. Uma vez que a córnea se adapta
         rapidamente à estimulação continuada, a sensação de
         desconforto desaparece (como ocorre com lentes de contato
         duras). Esses pacientes devem ser encaminhados ao médico de
         um departamento de emergência para avaliação mais
         cuidadosa.
32
ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES

        Nos casos de exposição dos olhos a ácidos ou álcalis fortes, é
         necessário tratamento de emergência envolvendo a irrigação
         dos olhos com água limpa ou soluções de irrigação ocular OTC
         (como lava olhos) por um período de 30 minutos. Uma demora
         para iniciar o tratamento pode resultar em perda da visual.

        Injúrias alcalinas ao olho (cal virgem, argamassa, gesso)
         podem não apresentar danos em um primeiro momento, mas a
         substância química continua a penetrar no tecido,
         eventualmente resultando em cicatrização profunda.



33
ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES

        Os farmacêuticos devem combater o uso de remédios caseiros
         em ocorrências oftálmicas.

        É importante também que os farmacêuticos alertem os
         pacientes de que os produtos OTC não devem ser usados por
         mais de 72 horas no tratamento de vermelhidão dos olhos,
         pois este fato pode estar associado a outras condições
         médicas mais graves.

        Como muitos pacientes desconhecem o tipo de glaucoma que
         tem, os farmacêuticos devem alertar todos os pacientes com
         glaucoma contra o uso de vasoconstritores oftálmicos, exceto
         se souberem que tem glaucoma de ângulo aberto.


34
ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES


        Pacientes com glaucoma de ângulo fechado devem evitar o
         uso de anti-histamínicos via oral, pois seus efeitos
         anticolinérgicos podem causar midríase, que bloqueia o fluxo
         do humor aquoso e aumenta a pressão intra-ocular, colocando
         o paciente em alto risco para cegueira.

        Vasoconstritores oftálmicos podem desencadear hiperemia
         rebote (aumento do fluxo sanguíneo causado pela cessação
         da circulação seguida da restauração da circulação e piora da
         vermelhidão), especialmente quando os produtos são usados
         com freqüência ou por um período muito prolongado.


35
TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM
     PRESCRIÇÃO MÉDICA:

     Olho seco: Lágrima artificial e pomadas

        Genérico: lágrima artificial. Produtos representativos: Hypo Tears, Murine tears.
         Nacionais: Vidisic Gel. Os colírios de hipromelose, carmelose ou contendo agentes
         mucolíticos (acetilcisteína, carbómeros, hidroxietilcelulose (Lacrifilm), parafina
         líquida, álcool polivinílico) são usados para alívio da irritação ocular crónica
         associada a redução da secreção lacrimal. Os colírios de soro fisiológico (NaCl
         0,9%) são usados frequentemente em caso de insuficiência lacrimal ou para facilitar
         a remoção de lentes de contacto. Os colírios de sulfato de zinco são usados como
         adstringentes em situações de lacrimejo. As pomadas oftálmicas simples são
         usadas para amolecer as crostas em caso de blefarites, como lubrificantes e como
         protectores da superfície ocular. Mecanismos de ação: atuam de forma semelhante
         a mucina, revestindo a superfície do olho, protegendo dos estímulos e irritantes
         externos. Facilitam a umidificação da córnea e previnem o ressecamento do tecido
         afetado por meio do aumento do volume de fluído no olho.

        Genérico: Óleo mineral e petrolato branco. Produtos representativos: Refresh PM,
         Stye. Mecanismos de ação: Formam um filme oclusivo na superfície do olho que
         previne a perda de umidade e amacia o tecido. Precauções: Uma vez que esses
         produtos podem causar visão borrada, o melhor momento para o uso é ao deitar-se.
36
TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM
     PRESCRIÇÃO MÉDICA:

         Corpo estranho nos olhos: soluções
         para lavar os olhos

        Genérico: Solução isotônica estéril que contém ácido
         bórico, borato de sódio e água estéril como principais
         substâncias.     Produtos    representativos:    Água
         Boricada, Baush & Lomb Eye Wash e Collyrium for
         Fresh Eyes Eye Wash. Mecanismos de ação: Lavar,
         irrigar, limpar ou banhar o olho para remover corpos
         estranhos e diluir substâncias irritantes.


37
TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM
     PRESCRIÇÃO MÉDICA:

         Olho vermelho e irritação dos olhos:
         vasoconstritores e adstringentes oftálmicos

        Genérico: Nafazolina (também pode conter emolientes e
         lubrificantes para o tratamento de olhos secos). Produtos
         representativos: Moura Brasil, Neo Química Colírio, Clear eyes
         e Clear eyes ACR. Mecanismos de ação: Amina
         simpatomimética que, quando aplicada ao olho contrai os vasos
         sanguíneos dilatados, reduzindo a vermelhidão (vasoconstritor
         oftálmico).

        Genérico: tetraidrozolina. Produtos representativos: Murine
         Tears Plus e Visine. Mecanismos de ação: mesma descrição
         anterior.
38
TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM
     PRESCRIÇÃO MÉDICA:

         Olho vermelho e irritação dos olhos:
         vasoconstritores e adstringentes oftálmicos

        Genérico: Oximetazolina. Produto representativo: Visine LR.
         Mecanismos de ação: mesma descrição anterior, só que
         apresenta maior tempode ação que os outros produtos.

        Genérico: Fenilefrina. Produtos representativos:       Relief.
         Mecanismos de ação: mesma descrição anterior.

        Genérico: sulfato de zinco. Produtos representativos: Eye-Sed.
         Mecanismos de ação: um adstringente suave que precipita os
         componentes protéicos do muco. A proteína precipitada é mais
         facilmente removida do olho.
39
TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM
     PRESCRIÇÃO MÉDICA:

     Conjuntivite alérgica: medicamentos combinados

        Genérico: Nafazolina (vasoconstritor) e feniramina (anti-
         histamínico). Produtos representativos:.Opcon-A, Visine-A e
         Naphcon. Mecanismos de ação: Combinação de um
         vasoconstritor e um anti-histamínico para o alívio de
         vermelhidão oftálmica e coceira causada por reação alérgica.

        Genérico: Nafazolina (vasoconstritor) e antazolina (anti-
         histamínico).    Produtos      representativos:Vasocon-A..
         Mecanismos de ação: mesma da anterior.

        Genérico:       produtos       homeopáticos.      Produtos
         representativosSimilasan Eye Drops #2. Mecanismos de ação:
         desconhecido.     Segurança    desconhecida    e   eficácia
40       questionável.
Condições Oftálmicas e Colírios




            CASOS CLÍNICOS



41
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso clínico 1 – Sem Encaminhamento Médico

            Mulher, 26 anos, chega à farmácia com os olhos
       vermelhos e lacrimejando muito. Ela diz sentir coceira e diz
       também que os sintomas apareceram há mais ou menos 24
       horas. Ao ser questionada pelo farmacêutico, disse que sua
       residência possui carpete e que possui animais de estimação
       que circulam dentro da residência. Ela disse ainda usar lentes
       de contato e que não as retirou, mesmo apresentando os
       sintomas relacionados e comentou sofrer de rinite alérgica.


42
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 1 – Sem Encaminhamento Médico

     Problema “diagnosticado”: CONJUNTIVITE ALÉRGICA

     Tratamento não-famacológico:
      - Retirar imediatamente as lentes de contato;
      - Não levar as mãos aos olhos para coçá-los;
      - Evitar ficar exposta a situações de pó, pólen e no caso desta
        paciente, de pêlos de animais;
      - Manter o carpete sempre limpo, para evitar ao máximo a
        presença de ácaros.
43
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 1 – Sem Encaminhamento Médico
     Tratamento farmacológico:

        Produto oftálmico contendo anti-histamínico e vasoconstritor ou
         anti-histamínico oral.
        Ex: Nafazolina (vasoconstritor) + Feniramina (anti-histamínico)
            Nafazolina (vasoconstritor) + Antazolina (anti-histamínico)
        Combinação de um vasoconstritor e um anti-histamínico para o
         alívio de vermelhidão oftálmica e coceira causada por reação
         alérgica.
        Encaminhar ao médico em casos de pacientes portadores de
         doenças cardíacas, com hipertensão, dificuldade para urinar ou
         glaucoma de ângulo fechado.
44
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 2 – Sem Encaminhamento Médico

       Mulher de 50 anos chega à farmácia reclamando que seus
       olhos estão doloridos devido à secura e sua visão é borrada.
       Sente coceiras e tem súbitos períodos de lacrimejação que
       cessam em seguida para a secura novamente. Relata que o
       problema se iniciou há pelo menos um mês, quando ela
       começou a sentir como se houvesse “areia” nos olhos. Diz que
       a agravação do problema foi percebida com a terapia de
       reposição hormonal que seu médico recomendou.


45   Diagnóstico provável: Olhos secos
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 2 – Sem Encaminhamento Médico
        Conduta farmacêutica: A exposição a fatores ambientais, uso de determinados
         medicamentos ou execução de tarefas de atenção que impedem
         inconscientemente a pessoa de piscar com freqüência, podem ser causas deste
         problema oftalmológico bastante comum. O olho seco decorre da deficiência
         parcial ou absoluta de lágrimas. É necessário que o olho seja lubrificado para
         impedir o surgimento ou agravação de condições oculares mais graves. Assim, o
         farmacêutico pode indicar um colírio OTC, ou solução lubrificante à base de
         vaselina ou óleo mineral, capazes de manter o olho umectado, mas que devem ser
         utilizados apenas ao deitar pois intensificam o efeito “borrado” da visão. Deve-se
         recomendar à paciente que pisque forçosamente várias vezes ao dia, para forçar a
         atividade do canal lacrimal, mantenha sempre boa higiene dos olhos e utilize
         óculos para se proteger das alterações ambientais como vento, que agrava o
         problema. A reposição hormonal pode agravar o problema de secura nos olhos, o
         que deve ser informado ao médico responsável por esta terapia na próxima
         consulta.

        Decisão: dispensar gotas oftalmológicas OTC para umectação dos olhos, ou
46       colírios à base de vaselina e/ou óleo mineral para uso noturno.
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 3 – Com Encaminhamento Médico

            Homem, 55 anos, chega à farmácia solicitando o
       medicamento Nafazolina, pois começou a sentir uma dor pulsátil
       forte e repentina no olho esquerdo. Ao ser questionado pelo
       farmacêutico, diz que não é a primeira vez que o mesmo fato
       ocorreu, mas que a sensação de pressão no olho sempre
       desaparece quando utiliza o medicamento que havia sido
       recomendado por um conhecido. Além disso, diz que se sente
       incomodado em ambientes sem muita iluminação, pois sua visão
       fica cada vez mais turva nessa situação. Seu olho esquerdo
       apresenta-se lacrimoso e vermelho, além de estar com as
       pálpebras inchadas.

47
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 3 – Com Encaminhamento Médico

     Diagnóstico provável: Glaucoma de ângulo fechado

     Conduta farmacêutica:
      Evitar qualquer medicamento, mesmo que OTC
      Observar espaço entre córnea e a íris
      Evitar locais pouco iluminados
      Não fazer exames que utilizem gotas oftálmicas


     Decisão: Encaminhamento médico.
48
Condições Oftálmicas e Colírios

     Caso Clínico 4 – Com Encaminhamento Médico
              Homem de 23 anos de idade chega à farmácia e refere o
         seguinte:
              Há um dia desenvolveu secreção com aspecto purulento nos
         olhos, sente coceiras e vontade de esfregar os olhos. A visão não
         está alterada, mas tem lacrimejamento intenso, sente dor e
         ardência limitantes para suas atividades diárias.

        Diagnóstico provável: Conjuntivite Bacteriana

        Conduta farmacêutica: O quadro se assemelha com uma
         conjuntivite bacteriana devido à presença de secreção purulenta.

49
Condições Oftálmicas e Colírios
     Caso Clínico 4 – Com Encaminhamento Médico
     Cuidados:
      Deve-se orientar o paciente a não coçar os olhos, manter sempre as mãos
        limpas quando for realizar os cuidados de higiene. Ele deve lavar os olhos
        para retirada da secreção e utilizar um colírio OTC de limpeza para amenizar
        a irritação. Para o tratamento correto da conjuntivite deve ser prescrito um
        colírio ou pomada com antibiótico, o que só deve ser realizado por um
        médico. Devido à idade do paciente e o quadro, não se pode descartar
        conjuntivite gonocócica, que pode levar a complicações mais sérias e até
        perda da visão. O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível.

     Tratamento farmacológico:
      Colírio ou pomada de associação de dexametasona (glicorcorticóide) para
        inibição da resposta inflamatória, com cloranfenicol (antibiótico de amplo
        espectro) para combater o agente causador da infecção.

     Decisão: encaminhamento médico.
50

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Condições oftálmicas e colírios

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA I Condições Oftálmicas e Colírios Alunos: Danieli Conte Eduardo C. P. de Oliveira Elaine C. M. O. Antunes Fernanda Valverde Karla de Almeida Luiz
  • 2. INTRODUÇÃO O OLHO E A VISÃO  A visão é o mais valioso de nossos sentidos.  O formato do olho proporciona um esboço perfeito para o foco, seleção, absorção e regulagem da intensidade dos raios de luz. A interpretação das imagens transportadas ao olho pela luz acontece no cérebro.  Com freqüência ouvimos dizer que o olho é a "janela do corpo". Existem alguns males que afetam este órgão ou o processo visual de alguma forma. Em virtude disto, muitos especialistas médicos confiam no exame do olho para o diagnóstico ou monitoração de várias doenças. 2
  • 3. COLÍRIOS  Segundo a definição da Anvisa, colírio é uma “solução ou suspensão estéril, aquosa ou oleosa, contendo uma ou várias substâncias medicamentosas destinadas à instilação ocular.” 3
  • 4. COLÍRIOS  Como usar um colírio: - Lavar as mãos; levantar a cabeça e puxe a pálpebra para baixo para que o colírio caia dentro do olho; usar apenas uma gota; manter os olhos fechados por 2 minutos; não esfregue os olhos ou pisque depois de pingar o colírio. 4
  • 5. COLÍRIOS  Cuidados com o colírio: - Os vidros devem ser mantidos bem fechados e ao abrigo da luz;vidros abertos há muito tempo devem ser jogados fora. Observe o prazo de validade impresso na caixa ou no rótulo; ao usar o colírio, coloque a tampa em lugar limpo, evitando que a parte de dentro encoste em qualquer superfície ou objeto; cuidado com o uso repetido de colírio anestésico que pode levar à perda do olho. 5
  • 6. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  TERÇOL (HORDÉOLO): - O Hordéolo, popularmente conhecido por terçol, é a mais freqüente e conhecida afecção das glândulas localizadas na parte interna da pálpebra. - É uma doença produzida por microorganismos como os estafilococos. Apresenta-se como um abscesso localizado, vermelho, intensamente doloroso, contendo pus em seu interior. 6
  • 7. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  PTERÍGIO: - O Pterígio é caracterizado por uma pelezinha na superfície do olho que cresce do canto para o meio, sobre a córnea. Seu crescimento se deve em parte, pela luz do sol, poeira ou vento. - Pode provocar queimação, ardor, vermelhidão, o que piora se a pessoa ficar exposta ao sol. Em muitos casos a cirurgia é indicada para removê- lo antes que alcance a pupila, mas também pode estacionar e não ser necessária a sua remoção cirúrgica. 7
  • 8. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  CATARATA: - A formação de catarata é parte do processo de envelhecimento. É comum nas pessoas mais idosas, mas também pode ocorrer em crianças e jovens. - Seja qual for a causa (trauma, congênita ou senil), o cristalino, a lente natural do olho, se torna opaco, impossibilitando a passagem da luz e conseqüentemente, diminuindo a visão e até provocando a cegueira. - Na maioria dos casos, a cirurgia é indicada para remover o cristalino opaco, e introduzir uma lente intraocular que fará o papel do cristalino, devolvendo a visão ao paciente em mais de 90% dos casos. 8
  • 9. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  GLAUCOMA CRÔNICO: - Parte do olho é preenchido por um líquido chamado humor aquoso. Este é produzido continuamente e seu escoamento também é contínuo. - Em condições anormais, verifica-se aumento de volume do líquido por produção excessiva ou por drenagem deficiente. Como o olho não pode aumentar de volume, aparece o aumento da pressão intra- ocular, levando ao prejuízo da visão. - Trata-se de uma doença perigosa, progressiva e lenta, caracterizada pelo aumento da pressão intra-ocular com diminuição do campo visual e atrofia do nervo óptico. Geralmente começa após os 40 anos e é causa freqüente de cegueira. Normalmente não apresenta sintomas, pois a perda 9 se inicia pela periferia do campo visual.
  • 10. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  GLAUCOMA CRÔNICO: - Pessoas acima dos 40 anos ou que tenham familiares com Glaucoma, devem consultar o oftalmologia a fim de ter a pressão dos olhos medida anualmente. 10
  • 11. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  GLAUCOMA AGUDO: - Ocorre quando o ângulo por onde é escoado o humor aquoso é muito estreito e em um determinado momento se fecha, levando a um aumento intenso da Pressão Intra Ocular. O quadro clínico é caracterizado por: dor intensa, cefaléia, vômitos, hiperemia e embaçamento visual importante. É uma emergência oftalmológica e deve ser tratada nas primeiras seis horas. - Obs: a Hipertensão Ocular implica em aumento da Pressão Intra Ocular sem prejuízo visual. 11
  • 12. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  GLAUCOMA AGUDO: 12
  • 13. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  DEGENERAÇÃO SENIL DA MÁCULA: - A Degeneração Senil da Mácula afeta a parte central da retina (tecido nervoso sensível à luz). Toda a retina contribui para a visão, mas somente a mácula define uma visão nítida, que permite ver detalhes. Se sua visão ficar distorcida ou com uma mancha escura no centro, faça logo um exame ocular. 13
  • 14. INTRODUÇÃO DOENÇAS MAIS COMUNS:  TRACOMA: - O Tracoma é uma fonte de conjuntivite crônica, não tão comum, mas bastante sério, que aos poucos vai piorando. Costuma durar meses ou até anos, e se não for tratado a tempo, pode provocar a cegueira. - A transmissão ocorre pelo contato direto com a pessoa contaminada, por objetos infectados ou ainda por moscas e mosquitos. É comum em regiões onde existe muita pobreza e falta de higiene. 14
  • 15. FISIOPATOLOGIA:  Condições oftálmicas principais: - Olho seco: síndrome resultante de várias condições que leva a uma anormalidade no fluxo ou na estabilidade do filme lacrimal. - Corpo estranho nos olhos: Poeira, cílio ou partículas suspensas pelas lágrimas. - Olho vermelho: Trata-se de uma vermelhidão observada na parte branca do olho (córnea). - Conjuntivite alérgica: Manifestação ocular associada com rinite alérgica. 15
  • 16. Olho seco:  Trata-se de uma deficiência parcial ou absoluta de lágrimas em geral como resultado de oclusão parcial ou total das glândulas lacrimais.  Decorre da exposição ao ar seco (sistema de aquecimento central, exposição a ar condicionado em viagens longas) ou a outros fatores ambientais.  É comumente observado em mulheres na pós-menopausa, podendo estar relacionado com a deficiência de estrógeno.  A habilidade para produzir a camada aquosa do filme lacrimal diminui em torno de 50% aos 45 anos. 16
  • 17. Olho seco:  A ceratoconjuntivite sicca (CCS) é uma forma mais grave de anormalidade do filme lacrimal.  Produção de uma quantidade menor de mucina.  É a causa de aproximadamente 80 a 90% dos casos diagnosticados de olho seco.  A CCS associada a olho seco está relacionada às seguintes condições: doença ocular que cicatriza o ducto lacrimal e bloqueia a secreção do fluido, doença reumática, deficiência de vitamina A, hepatite C, infecção por HIV, diabete, atrofia da glândula lacrimal e vírus Epstein-Barr. 17
  • 18. Olho seco:  O olho seco também está relacionado à: - radioterapia,; - conjuntivite alérgica; - lente de contato; - diminuição do reflexo de piscar os olhos associados com concentração intensa.  Alguns medicamentos também podem induzir olho seco, sendo eles: - diuréticos, anti-histamínicos, anticolinérgicos, fenotiazinas, antidepressivos tricíclicos, colírios contendo conservantes, terapia de reposição hormonal, isotretinoína, entre outros. 18
  • 19. Olho vermelho  Trata-se de irritação e inflamação do olho, resultante de poluentes nocivos transportados por via aérea (gases ou fumaça de cigarro), água clorada ou micropartículas.  Está também associado a graves condições médicas, como doenças infecciosas, glaucoma, doença auto-imune, varicela e hipertireoidismo. 19
  • 20. Conjuntivite Alérgica A conjuntivite alérgica é causada pelos mesmos tipos de exposição que desencadeiam a rinite alérgica (exposição a pêlos de animais, pólen, mofo). 20
  • 21. EPIDEMIOLOGIA  Olho seco: - Maior probabilidade em pessoas acima de 65 anos. - Mais comum em mulheres  Olho vermelho: - Comum em adultos.  Conjuntivite alérgica: - Início geralmente antes dos 30 anos de idade. 21
  • 22. SINAIS E SINTOMAS Olho seco:  Desconforto ocular e visão borrada que pioram com o passar do dia, percepção dos olhos, desejo de esfregar ou coçar os olhos, sensação de que há areia ou sujeira dentro dos olhos, queimação ou vermelhidão, sensibilidade à luz e necessidade de interromper atividades e fechar os olhos. Pode haver lacrimejamento paradoxal em resposta à irritação.  Olho seco crônico pode levar a inflamação e eventual destruição das glândulas lacrimais, perda do epitélio conjuntival e possível queratinização da córnea, ocasionando a perda da visão. 22
  • 23. SINAIS E SINTOMAS Corpo estranho nos olhos:  Ocorrem irritação e inflamação dos olhos, frequentemente acompanhadas por vermelhidão, inchaço, secreção de muco ou lacrimejamento involuntário.  Desejo incontrolável de piscar os olhos.  As queixas incluem sensação de corpo estranho, desconforto, queimação e sensação de agulhada e coceira. 23
  • 24. SINAIS E SINTOMAS Conjuntivite alérgica:  Afeta ambos os olhos (geralmente).  Pode ser crônica ou recorrente.  Ocorre coceira acentuada.  Os olhos ficam levemente avermelhados, com lacrimejamento e queimação, mas pouca secreção.  Os sintomas parecem piorar pela manhã, ao acordar. 24
  • 25. SINAIS E SINTOMAS  Olhos vermelhos 25
  • 26. TRATAMENTOS NÃO-FARMACOLÓGICOS  Usar proteção nos olhos  Se o problema for pior no inverno, o uso de umidificador misto ou vaporizador poderá ser útil;  O paciente deve evitar situações irritantes como fumaça de cigarro e vapores químicos; 26
  • 27. TRATAMENTOS NÃO-FARMACOLÓGICOS  Em casos de ducto lacrimal não bloqueado, aplicar compressas úmidas mornas aplicadas sobre os olhos fechados;  Oclusão do ponto lacrimal (abertura do ducto lacrimal no lado interno do olho) com pequenos tampões (Tears Naturale Silicone Punctum Plug®) aplicados por um médico pode aumentar o acúmulo de lágrimas nos olhos;  Intervenção cirúrgica para diminuir o fluxo lacrimal ou aumentar a produção de fluido. 27
  • 28. CUIDADOS Colírios ou gotas oculares:  Se o paciente apresenta dor nos olhos, alteração na visão, vermelhidão continuada ou irritação do olho, ou se a condição piora ou persiste (por mais de 72 horas no caso do uso de vasoconstritores, emolientes, adstringentes), os pacientes devem interromper o uso e consultar um médico.  Os pacientes devem evitar a contaminação de gotas oftálmicas, não colocando a extremidade do frasco em qualquer superfície ou ao recolocar a tampa após o uso. 28
  • 29. CUIDADOS Colírios ou gotas oculares:  Produtos de dose única devem ser descartados após o uso por não conter agentes conservantes, podendo contaminar-se.  Pacientes que usam gotas oftálmicas devem descartar o produto se a solução apresentar alteração de cor ou se estiver turva.  A administração de gotas oftálmicas OTC deve ser separada por mais de cinco minutos de uma aplicação sob prescrição médica. 29
  • 30. Encaminhamento Médico ENCAMINHAR AO MÉDICO, PACIENTES:  Com idade inferior a 2 anos;  Com dor no olho ou alteração na visão;  Cujo problema nos olhos dure mais de 72 horas;  Cujos olhos continuem vermelhos e irritados;  Com lesão aberta dentro ou próxima aos olhos; 30
  • 31. Encaminhamento Médico ENCAMINHAR AO MÉDICO, PACIENTES:  Com possível infecção nos olhos ou nas pálpebras;  Com glaucoma de ângulo fechado que queiram usar medicamento OTC para tratar a vermelhidão ocular;  Com objeto incrustado no olho ou edema de córnea, ou com qualquer um dos seguintes fatores: trauma ocular, exposição química ou queimadura por faíscas de solda.  Que usam medicamentos antiplaquetários ou anticoagulantes apresentam alto risco de desenvolver pequenas áreas de hemorragia na parte frontal da esclera. 31
  • 32. ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES  Mesmo um trauma aparentemente menor deve ser encaminhado a uma avaliação médica, para assegurar que não se trata de um trauma mais profundo.  Quando não removido, um corpo estranho pode causar infecção ocular ou catarata dentro de poucas horas se a lente retiver esse objeto ou se for perfurada por ele. Corpos estranhos também podem causar glaucoma.  Partículas incrustadas na córnea geralmente causam desconforto inicial. Uma vez que a córnea se adapta rapidamente à estimulação continuada, a sensação de desconforto desaparece (como ocorre com lentes de contato duras). Esses pacientes devem ser encaminhados ao médico de um departamento de emergência para avaliação mais cuidadosa. 32
  • 33. ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES  Nos casos de exposição dos olhos a ácidos ou álcalis fortes, é necessário tratamento de emergência envolvendo a irrigação dos olhos com água limpa ou soluções de irrigação ocular OTC (como lava olhos) por um período de 30 minutos. Uma demora para iniciar o tratamento pode resultar em perda da visual.  Injúrias alcalinas ao olho (cal virgem, argamassa, gesso) podem não apresentar danos em um primeiro momento, mas a substância química continua a penetrar no tecido, eventualmente resultando em cicatrização profunda. 33
  • 34. ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES  Os farmacêuticos devem combater o uso de remédios caseiros em ocorrências oftálmicas.  É importante também que os farmacêuticos alertem os pacientes de que os produtos OTC não devem ser usados por mais de 72 horas no tratamento de vermelhidão dos olhos, pois este fato pode estar associado a outras condições médicas mais graves.  Como muitos pacientes desconhecem o tipo de glaucoma que tem, os farmacêuticos devem alertar todos os pacientes com glaucoma contra o uso de vasoconstritores oftálmicos, exceto se souberem que tem glaucoma de ângulo aberto. 34
  • 35. ASPECTOS CLÍNICOS IMPORTANTES  Pacientes com glaucoma de ângulo fechado devem evitar o uso de anti-histamínicos via oral, pois seus efeitos anticolinérgicos podem causar midríase, que bloqueia o fluxo do humor aquoso e aumenta a pressão intra-ocular, colocando o paciente em alto risco para cegueira.  Vasoconstritores oftálmicos podem desencadear hiperemia rebote (aumento do fluxo sanguíneo causado pela cessação da circulação seguida da restauração da circulação e piora da vermelhidão), especialmente quando os produtos são usados com freqüência ou por um período muito prolongado. 35
  • 36. TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM PRESCRIÇÃO MÉDICA: Olho seco: Lágrima artificial e pomadas  Genérico: lágrima artificial. Produtos representativos: Hypo Tears, Murine tears. Nacionais: Vidisic Gel. Os colírios de hipromelose, carmelose ou contendo agentes mucolíticos (acetilcisteína, carbómeros, hidroxietilcelulose (Lacrifilm), parafina líquida, álcool polivinílico) são usados para alívio da irritação ocular crónica associada a redução da secreção lacrimal. Os colírios de soro fisiológico (NaCl 0,9%) são usados frequentemente em caso de insuficiência lacrimal ou para facilitar a remoção de lentes de contacto. Os colírios de sulfato de zinco são usados como adstringentes em situações de lacrimejo. As pomadas oftálmicas simples são usadas para amolecer as crostas em caso de blefarites, como lubrificantes e como protectores da superfície ocular. Mecanismos de ação: atuam de forma semelhante a mucina, revestindo a superfície do olho, protegendo dos estímulos e irritantes externos. Facilitam a umidificação da córnea e previnem o ressecamento do tecido afetado por meio do aumento do volume de fluído no olho.  Genérico: Óleo mineral e petrolato branco. Produtos representativos: Refresh PM, Stye. Mecanismos de ação: Formam um filme oclusivo na superfície do olho que previne a perda de umidade e amacia o tecido. Precauções: Uma vez que esses produtos podem causar visão borrada, o melhor momento para o uso é ao deitar-se. 36
  • 37. TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM PRESCRIÇÃO MÉDICA: Corpo estranho nos olhos: soluções para lavar os olhos  Genérico: Solução isotônica estéril que contém ácido bórico, borato de sódio e água estéril como principais substâncias. Produtos representativos: Água Boricada, Baush & Lomb Eye Wash e Collyrium for Fresh Eyes Eye Wash. Mecanismos de ação: Lavar, irrigar, limpar ou banhar o olho para remover corpos estranhos e diluir substâncias irritantes. 37
  • 38. TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM PRESCRIÇÃO MÉDICA: Olho vermelho e irritação dos olhos: vasoconstritores e adstringentes oftálmicos  Genérico: Nafazolina (também pode conter emolientes e lubrificantes para o tratamento de olhos secos). Produtos representativos: Moura Brasil, Neo Química Colírio, Clear eyes e Clear eyes ACR. Mecanismos de ação: Amina simpatomimética que, quando aplicada ao olho contrai os vasos sanguíneos dilatados, reduzindo a vermelhidão (vasoconstritor oftálmico).  Genérico: tetraidrozolina. Produtos representativos: Murine Tears Plus e Visine. Mecanismos de ação: mesma descrição anterior. 38
  • 39. TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM PRESCRIÇÃO MÉDICA: Olho vermelho e irritação dos olhos: vasoconstritores e adstringentes oftálmicos  Genérico: Oximetazolina. Produto representativo: Visine LR. Mecanismos de ação: mesma descrição anterior, só que apresenta maior tempode ação que os outros produtos.  Genérico: Fenilefrina. Produtos representativos: Relief. Mecanismos de ação: mesma descrição anterior.  Genérico: sulfato de zinco. Produtos representativos: Eye-Sed. Mecanismos de ação: um adstringente suave que precipita os componentes protéicos do muco. A proteína precipitada é mais facilmente removida do olho. 39
  • 40. TRATAMENTOS QUE NÃO EXIGEM PRESCRIÇÃO MÉDICA: Conjuntivite alérgica: medicamentos combinados  Genérico: Nafazolina (vasoconstritor) e feniramina (anti- histamínico). Produtos representativos:.Opcon-A, Visine-A e Naphcon. Mecanismos de ação: Combinação de um vasoconstritor e um anti-histamínico para o alívio de vermelhidão oftálmica e coceira causada por reação alérgica.  Genérico: Nafazolina (vasoconstritor) e antazolina (anti- histamínico). Produtos representativos:Vasocon-A.. Mecanismos de ação: mesma da anterior.  Genérico: produtos homeopáticos. Produtos representativosSimilasan Eye Drops #2. Mecanismos de ação: desconhecido. Segurança desconhecida e eficácia 40 questionável.
  • 41. Condições Oftálmicas e Colírios CASOS CLÍNICOS 41
  • 42. Condições Oftálmicas e Colírios Caso clínico 1 – Sem Encaminhamento Médico Mulher, 26 anos, chega à farmácia com os olhos vermelhos e lacrimejando muito. Ela diz sentir coceira e diz também que os sintomas apareceram há mais ou menos 24 horas. Ao ser questionada pelo farmacêutico, disse que sua residência possui carpete e que possui animais de estimação que circulam dentro da residência. Ela disse ainda usar lentes de contato e que não as retirou, mesmo apresentando os sintomas relacionados e comentou sofrer de rinite alérgica. 42
  • 43. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 1 – Sem Encaminhamento Médico Problema “diagnosticado”: CONJUNTIVITE ALÉRGICA Tratamento não-famacológico:  - Retirar imediatamente as lentes de contato;  - Não levar as mãos aos olhos para coçá-los;  - Evitar ficar exposta a situações de pó, pólen e no caso desta paciente, de pêlos de animais;  - Manter o carpete sempre limpo, para evitar ao máximo a presença de ácaros. 43
  • 44. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 1 – Sem Encaminhamento Médico Tratamento farmacológico:  Produto oftálmico contendo anti-histamínico e vasoconstritor ou anti-histamínico oral.  Ex: Nafazolina (vasoconstritor) + Feniramina (anti-histamínico)  Nafazolina (vasoconstritor) + Antazolina (anti-histamínico)  Combinação de um vasoconstritor e um anti-histamínico para o alívio de vermelhidão oftálmica e coceira causada por reação alérgica.  Encaminhar ao médico em casos de pacientes portadores de doenças cardíacas, com hipertensão, dificuldade para urinar ou glaucoma de ângulo fechado. 44
  • 45. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 2 – Sem Encaminhamento Médico Mulher de 50 anos chega à farmácia reclamando que seus olhos estão doloridos devido à secura e sua visão é borrada. Sente coceiras e tem súbitos períodos de lacrimejação que cessam em seguida para a secura novamente. Relata que o problema se iniciou há pelo menos um mês, quando ela começou a sentir como se houvesse “areia” nos olhos. Diz que a agravação do problema foi percebida com a terapia de reposição hormonal que seu médico recomendou. 45 Diagnóstico provável: Olhos secos
  • 46. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 2 – Sem Encaminhamento Médico  Conduta farmacêutica: A exposição a fatores ambientais, uso de determinados medicamentos ou execução de tarefas de atenção que impedem inconscientemente a pessoa de piscar com freqüência, podem ser causas deste problema oftalmológico bastante comum. O olho seco decorre da deficiência parcial ou absoluta de lágrimas. É necessário que o olho seja lubrificado para impedir o surgimento ou agravação de condições oculares mais graves. Assim, o farmacêutico pode indicar um colírio OTC, ou solução lubrificante à base de vaselina ou óleo mineral, capazes de manter o olho umectado, mas que devem ser utilizados apenas ao deitar pois intensificam o efeito “borrado” da visão. Deve-se recomendar à paciente que pisque forçosamente várias vezes ao dia, para forçar a atividade do canal lacrimal, mantenha sempre boa higiene dos olhos e utilize óculos para se proteger das alterações ambientais como vento, que agrava o problema. A reposição hormonal pode agravar o problema de secura nos olhos, o que deve ser informado ao médico responsável por esta terapia na próxima consulta.  Decisão: dispensar gotas oftalmológicas OTC para umectação dos olhos, ou 46 colírios à base de vaselina e/ou óleo mineral para uso noturno.
  • 47. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 3 – Com Encaminhamento Médico Homem, 55 anos, chega à farmácia solicitando o medicamento Nafazolina, pois começou a sentir uma dor pulsátil forte e repentina no olho esquerdo. Ao ser questionado pelo farmacêutico, diz que não é a primeira vez que o mesmo fato ocorreu, mas que a sensação de pressão no olho sempre desaparece quando utiliza o medicamento que havia sido recomendado por um conhecido. Além disso, diz que se sente incomodado em ambientes sem muita iluminação, pois sua visão fica cada vez mais turva nessa situação. Seu olho esquerdo apresenta-se lacrimoso e vermelho, além de estar com as pálpebras inchadas. 47
  • 48. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 3 – Com Encaminhamento Médico Diagnóstico provável: Glaucoma de ângulo fechado Conduta farmacêutica:  Evitar qualquer medicamento, mesmo que OTC  Observar espaço entre córnea e a íris  Evitar locais pouco iluminados  Não fazer exames que utilizem gotas oftálmicas Decisão: Encaminhamento médico. 48
  • 49. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 4 – Com Encaminhamento Médico Homem de 23 anos de idade chega à farmácia e refere o seguinte: Há um dia desenvolveu secreção com aspecto purulento nos olhos, sente coceiras e vontade de esfregar os olhos. A visão não está alterada, mas tem lacrimejamento intenso, sente dor e ardência limitantes para suas atividades diárias.  Diagnóstico provável: Conjuntivite Bacteriana  Conduta farmacêutica: O quadro se assemelha com uma conjuntivite bacteriana devido à presença de secreção purulenta. 49
  • 50. Condições Oftálmicas e Colírios Caso Clínico 4 – Com Encaminhamento Médico Cuidados:  Deve-se orientar o paciente a não coçar os olhos, manter sempre as mãos limpas quando for realizar os cuidados de higiene. Ele deve lavar os olhos para retirada da secreção e utilizar um colírio OTC de limpeza para amenizar a irritação. Para o tratamento correto da conjuntivite deve ser prescrito um colírio ou pomada com antibiótico, o que só deve ser realizado por um médico. Devido à idade do paciente e o quadro, não se pode descartar conjuntivite gonocócica, que pode levar a complicações mais sérias e até perda da visão. O tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível. Tratamento farmacológico:  Colírio ou pomada de associação de dexametasona (glicorcorticóide) para inibição da resposta inflamatória, com cloranfenicol (antibiótico de amplo espectro) para combater o agente causador da infecção. Decisão: encaminhamento médico. 50